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03 Identificação
Médico-Legal
03.1 - Introdução
Noções Gerais
Identificação:
Identificação é o ato mediante o qual se estabelece a identidade de alguém ou de alguma
coisa. Considerada apenas a identidade física do homem, identificar consiste em demonstrar
que certo corpo humano, que em dado momento se apresenta a exame, é o mesmo que em
ocasião anterior já havia sido apresentado. Identificar é, pois, reconhecer. O ato de
identificar compõe-se de três partes:
um primeiro registro: ou fichamento, de determinado grupo de caracteres
permanentes do indivíduo, capazes de o distinguirem de qualquer outro;
um segundo registro: ou mera inspeção, do mesmo grupo de caracteres permanentes
do indivíduo que é novamente encontrado;
um julgamento: mediante comparação entre os dois registros, pelo qual se afirma ou
se nega a identidade.
1) Unicidade:
Cada indivíduo é, com efeito, absolutamente único, distinto dos demais. Os elementos
escolhidos para a composição da ficha sinalética precisam distinguir efetivamente cada
indivíduo de todos os demais.
2) Imutabilidade:
Os elementos sinaléticos devem permanecer idênticos a si próprios a partir do momento em
que se constituem: devem resistir à ação da idade, à doença e aos artifícios de má-fé.
3) Praticabilidade:
O sistema de identificação deve ser prático, sem dificuldades para obtenção de um registro,
que é muito volumoso hoje em dia.
4) Classificabilidade:
O armazenamento dos arquivos de identificação deve proporcionar uma classificação eficaz
e rapidez na consulta dos dados.
Antropometria
Espécie e Raça:
A espécie e a raça humana pode ser determinada através de:
sistema de Harvers: mostra o sistema estrutural do osso de cada espécie;
anatomia comparada: o ser humano tem 208 ossos;
pele: melanodermo (negro), leucodermo (branco), facodermo (pardo) e xantodermo
(amarelo);
cabelo: lisótrico (escorrido), cimótico (ondulado) e ulótrico (carapinha);
ângulos faciais de Camper, Jacquart e Cloquet.
Sexo:
O sexo pode ser determinado através de:
corpúsculo de Barr: mostra a cromática sexual, no sexo feminino;
bacia pélvica do esqueleto (o do homem é mais robusto e rugoso);
o índice de Baldoin é maior no crânio do homem;
cavidade ocular: o homem tem bordos rombos, a mulher tem bordos afilados.
Datiloscopia
Noções Iniciais:
A datiloscopia é um meio de identificação eficaz, pois é fácil, rápido e de perfeita segurança.
Logo abaixo da epiderme, na palma das mãos e na planta dos pés, a derme se apresenta com
pequenas elevações, as papilas dérmicas, que se dispõem em fileiras regulares, que são as
cristas papilares. No ápice de cada papila está o orifício da glândula sudorípara. São as
papilas dérmicas, dispostas em cristas capilares que vão dar as impressões das polpas dos
dedos, chamadas impressões digitais.
Perenidade e Imutabilidade:
Os desenhos papilares se apresentam inalterados durante toda a vida do indivíduo.
EXTREMIDADE
Estampada nos dedos desde o sexto mês de vida fetal, permanece até a putrefação. Ela aparece
desde a Pré-História, em pinturas rupestres e peças de cerâmicas, como marca de identificação.
O método de identificação utilizado hoje no Brasil, criado em 1891 por Juan Vucetich, é capaz de
comprovar que determinada impressão digital de fato pertence a uma pessoa por meio da comparação
de 12 pontos, que devem ser idênticos e estarem localizados na mesma posição.
Apenas 5% da população apresenta impressão digital tipo “arco”. As presilhas aparecem em 60%. A
externa surge quase que exclusivamente na mão direita; a interna, na esquerda. Os verticilos
aparecem em 35% das pessoas.
Dentro dessas figuras, é possível encontrar nove características. Por exemplo: um ponto entre uma
linha e outra se chama “ilhota”; duas linhas que se encontram formam a chamada “confluência”; o
contrário, uma linha que se divide em duas, “bifurcação”. Esses “pontos característicos” se multiplicam
apenas em uma impressão em torno de cem vezes.
O relógio é o parâmetro usado para a descrição. Por exemplo: o dedo apresenta uma ilhota em
direção à hora 3, uma bifurcação logo após a hora 7, etc.
O desenho nasce na derme, que é a camada mais profunda da pele, e se reproduz na epiderme.
Portanto, só desaparece devido a corte profundo ou queimadura de terceiro grau. Após cortes e
queimaduras superficiais, o desenho se recompõe.
Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, é obrigatório o registro da impressão de digitais do pé do
recém-nascido para identificação. A aplicação do pé no papel é mais fácil nessa fase.
04 - Identificação é
( ) a) sinônimo de reconhecimento.
( ) b) antônimo de reconhecimento.
( ) c) sinônimo de qualificação.
( ) d) definir algumas características individualizantes.
05 - Radiografias dos punhos são utilizadas, em perícia médico-legal, entre outras finalidades,
para
( ) a) avaliar a idade do indivíduo.
( ) b) identificar o sexo genético do indivíduo.
( ) c) avaliar a idade gestacional do sexo.
( ) d) identificar a raça do indivíduo.
Bibliografia
Curso Básico de Medicina Legal Medicina Legal
Odon Ramos Maranhão Hélio Gomes
Revista dos Tribunais Freitas Bastos
Medicina Legal
03 – Identificação Médico Legal
Atualizada em 10.12.2011