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DIREITO CONSTITUCIONAL

10 O Poder Executivo

10.1 - Introdução

O Poder Executivo e as Figuras do Governo


Noções Iniciais:
A Constituição Federal adota o regime presidencialista, atribuindo cumulativamente a chefia de
Estado e a chefia de governo ao Presidente da República.

A Chefia do Estado:
Por chefe de estado entende-se, em última análise, a representação tanto externa quanto interna da
unidade do Estado. O titular dessa chefia é quem simboliza, aos olhos estrangeiros, o Estado; e aos
olhos do cidadão, a unidade nacional.

A Chefia do Governo:
Por chefia do governo entende-se a liderança na política nacional pela orientação da máquina
administrativa. É o chefe do governo o guia da nação em busca de um alto destino, como cabeça de
sua estrutura política.

Os Ministros:
Os ministros são os vogais de todo o governo. Sua tarefa específica é chefiar departamentos básicos
da administração pública, conduzir os trabalhos das grandes seções especializadas da máquina estatal
- os ministérios.

A Administração Civil:
A administração civil é aquela seção do Executivo, de caráter subordinado, hierarquizado e não
militarizado, que prepara, acompanha a execução ou executa por si leis e outras resoluções políticas,
que não toma.

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As Formas de Estruturação do Executivo
A Forma Monocrática:
É a forma mais simples, sendo sua característica fundamental a fusão da chefia do Estado com a
chefia do governo. Também é de se ressaltar que os ministros são simples auxiliares do Chefe-de-
Estado-Chefe-de-Governo, a quem servem enquanto a este bem parecer. No Brasil, se poderia dizer
sem forçar a verdade que, de 1822 até hoje, sempre tivemos um Executivo monocrático.

A Forma Dualista:
Forma mais complexa, onde a chefia do Estado é separada do governo, propriamente dito. Este
último era tradicionalmente confiado a um órgão coletivo, entretanto, como se salientou logo acima,
a tendência atual é conferir-se a órgão unipessoal a chefia do governo, reduzindo-se os ministros a
sua tarefa de assessoria e conselho. Esta forma de Executivo é a do Parlamentarismo, no qual sempre
se separou o chefe de Estado, rei ou presidente do governo, do gabinete, no seio do qual cada vez
mais avulta a preponderância do Chanceler (Alemanha) ou do Presidente do Conselho (França).

A Forma Colegiada:
Esta forma se caracteriza por concentrar as funções de chefia do Estado e as governamentais num
único órgão coletivo, cabendo a personificação da chefia relativamente a seus membros (ex:
executivo diretorial suíço).

No Brasil, conforme a atual Constituição, o Presidente da República é o chefe do governo e o chefe


de Estado.

10.2 – A Presidência da República

O Presidente e o Vice-Presidente
Exercício do Poder Executivo:

CONSTITUIÇÃO Art. 76 - O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
FEDERAL de Estado.

Eleição do Presidente:
A eleição para Presidente da República é realizada diretamente, através do voto universal e secreto.
São condições para elegibilidade do Presidente e Vice-Presidente:
ƒ ser brasileiro nato;
ƒ estar no gozo dos direitos políticos;

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ƒ ter mais de trinta e cinco anos;
ƒ não ser inelegível.

CONSTITUIÇÃO Art. 77 - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,


FEDERAL simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial
vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 16, de 04.06.97)

§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver
a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição
em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados
e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um


candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Posse:

CONSTITUIÇÃO Art. 78 - O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso


FEDERAL Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as
leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência
do Brasil.

Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

O Vice-Presidente:
O Vice-Presidente substitui o Presidente, no caso de impedimento, ou o sucede, na hipótese de
vacância. Ele é eleito vinculadamente ao Presidente da República e com os mesmos requisitos de
elegibilidade.

CONSTITUIÇÃO Art. 79 - Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-


FEDERAL Presidente.

Parágrafo único - O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para
missões especiais.

Vacância dos Cargos:

CONSTITUIÇÃO Art. 80 - Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos


FEDERAL respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da
Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

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1) Presidente da Câmara dos Deputados
È
2) Presidente do Senado Federal
È
3) Presidente do Supremo Tribunal Federal

Devemos notar, porém, que o exercício da presidência por essas três últimas autoridades é sempre
provisório e até a eleição de novos presidente e vice, se vagos. É substituição e não sucessão.

CONSTITUIÇÃO Art. 81 - Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição


FEDERAL noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

Dois primeiros anos Dois últimos anos

Eleições normais após 90 dias Eleições após 30 dias, realizada pelo


Congresso Nacional

CONSTITUIÇÃO § 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
FEDERAL

Mandato:

CONSTITUIÇÃO Art. 82 - O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de
FEDERAL janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 16,
de 04.06.97)

Ausência:

CONSTITUIÇÃO Art. 83 - O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
FEDERAL Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Atribuições do Presidente da República


Tendo adotado o sistema presidencialista, as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado
acumulam-se na figura do Presidente da República e são enumeradas no art. 84.

CONSTITUIÇÃO Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República:


FEDERAL
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

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II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 32, de
11.09.01)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional n°
32, de 11.09.01)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda
Constitucional n° 32, de 11.09.01)

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso


Nacional;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

X - decretar e executar a intervenção federal;

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da


sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;

Indulto é o perdão da pena. É concedido de forma genérica a determinados criminosos. Comutação


de penas é a sua substituição por outra mais leve.

CONSTITUIÇÃO XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
FEDERAL do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 23, de 02.09.99)

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da


União;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

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XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

A Lei Complementar n° 90/97 regulamenta este inciso e determina os casos em que forças
estrangeiras possam transitar pelo território nacional ou nele permanecer temporariamente.

CONSTITUIÇÃO XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
FEDERAL orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.

Parágrafo único - O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos


incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.

Os Crimes de Responsabilidade e o Impeachment


Os Crimes de Responsabilidade:
Os ocupantes de certos cargos públicos do Estado estão sujeitos não só às sanções previstas para a
prática de atos infringentes das leis penais do País, mas também a uma especial apenação que
consiste na desinvestidura dos cargos que ocupam, acompanhada ou não da proibição de vir assumir
novas funções públicas.

Responsabilização:
A consequência da aplicação do julgamento não tem caráter penal. A pena é política, como
geralmente entende a doutrina e se concretiza nos textos constitucionais, provocando a
desqualificação funcional e a inabilitação para o exercício de funções públicas durante certo período
de tempo. Trata-se de medida político-administrativa que alcança na hipótese o Presidente da
República e, conexos, os Ministros de Estado, Ministros do STF e Procurador Geral da República.

CONSTITUIÇÃO Art. 85 - São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
FEDERAL a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos


Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

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IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único - Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.

O Impeachment:
O impeachment é considerado como uma das fases do processo de responsabilização político-
administrativa, sendo a primeira, onde a autoridade processada é provisoriamente afastada de seu
cargo. Por impeachment se entende, apenas, a acusação formulada pela representação popular, ou
seja, a primeira fase do processo de responsabilidade, que, no sistema brasileiro, termina com o
afastamento provisório da autoridade processada.

O impeachment de prefeito.
O impeachment é instituto destinado a possibilitar o afastamento de agente político, como
o Presidente da República, por forma dada pela Constituição Federal e como os
Governadores dos Estados, conforme as constituições estaduais. Como o processo
político-administrativo de responsabilização pressupõe duas fases, não há impeachment
de Prefeitos no nosso ordenamento jurídico, onde só é possível apenas uma fase. Tal
situação decorre do fato de que a Constituição Federal não conferiu ao município
competência para legislar sobre matéria processual.

Fases Presidente da República Governadores


Juízo de admissibilidade Câmara dos Deputados Assembléias legislativas dos
(impeachment) estados
Julgamento Senado Federal Tribunal Especial, em geral
formado por deputados
estaduais e
desembargadores.

Origem:
O instituto do impeachment surgiu na Inglaterra, no fim da Idade Média. Originou-se como uma
instituição mediante a qual a Câmara dos Comuns formulava acusações contra os ministros do Rei e
a Câmara dos Lordes os julgava. A Câmara Baixa era assim, como ainda hoje o é, o tribunal de
acusação e a Câmara dos Lordes funcionava como hoje, a Corte de Julgamento. Por razões
compreensíveis, o impedimento foi perdendo sua razão de ser à medida que o sistema de governo foi
evoluindo para o parlamentarismo. Neste, a noção de censura, que conduz à queda do Gabinete, veio
a fazer-lhe as vezes. A constituição americana adotou o impeachment, com a particularidade,
entretanto, de reservá-lo para os crimes políticos praticados tão-só por algumas autoridades,
basicamente os funcionários nomeados pelo Presidente, ficando fora de sua abrangência os deputados
e senadores.

CONSTITUIÇÃO Art. 86 - Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
FEDERAL Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

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§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da


República não estará sujeito a prisão.

§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.

Os Ministros de Estado
Noções Gerais:
O Presidente da República é auxiliado pelos ministros de Estado, os quais, contando com pelo menos
21 anos, ocupam cargos de provimento em comissão, ou seja, o Presidente pode livremente nomear
ou demitir os ministros. Cabem aos ministros, entre outras, as seguintes tarefas: referendar os atos
presidenciais e expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos. Contudo, a
principal das funções do ministro é a de dirigir a seção do mecanismo administrativo que lhe houver
sido confiada.

CONSTITUIÇÃO Art. 87 - Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos
FEDERAL e no exercício dos direitos políticos.

Parágrafo único - Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas


nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração


federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da
República;

II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.

Art. 88 - A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração


pública. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 11.09.01)

Delegação do Presidente da República:


Os ministros de Estado podem receber delegação do Presidente da República para a
realização de atos próprios da chefia do Poder Executivo. Tal competência vem prevista
no parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal. Esta delegação também poderá
ocorrer para o Procurador-Geral da República ou para o Advogado-Geral da União.

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10.3 – Os Órgãos de Consulta

Noções Gerais
Conta o Presidente com dois órgãos superiores de consulta. O Conselho da República e o Conselho
de Defesa Nacional, ambos com composição e competência definidos na Lei Maior, e cuja
organização e funcionamento foram deixados para serem regulados pela lei ordinária.

Composição
Conselho da República Conselho de Defesa Nacional
Vice-Presidente Vice-Presidente
Presidente da Câmara dos Deputados Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal Presidente do Senado Federal
Os líderes da maioria e minoria na Câmara dos Deputados O Ministro de Estado da Defesa
Os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal Ministro das Relações Exteriores
Ministro da Justiça Ministro do Planejamento
Seis cidadãos com mais de 35 anos: Comandantes da Marinha, do Exército e
2 Nomeados pelo Presidente da Aeronáutica
2 eleitos pelo Senado Federal
2 Eleitos pela Câmara dos Deputados

O Conselho da República
O Conselho da República é órgão com função consultiva do Presidente da República, cabendo-lhe
pronunciar-se sobre: intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio e sobre questões relevantes
para a estabilidade das instituições democráticas.

O Presidente da República não poderá tomar qualquer decisão sobre as questões que envolvam a
estabilidade das instituições democráticas, a decretação da intervenção federal, o estado de defesa e o
estado de sítio sem a audiência do Conselho da República. Mas isto não significa que o Presidente
será obrigado a acompanhar as opiniões de seus membros, pois sua função é apenas consultiva e não
deliberativa.

CONSTITUIÇÃO Art. 89 - O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e


FEDERAL dele participam:

I - o Vice-Presidente da República;

II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

III - o Presidente do Senado Federal;

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IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;

V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;

VI - o Ministro da Justiça;

VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

Art. 90 - Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:

I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;

II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

§ 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião


do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

O Conselho de Defesa Nacional


O Conselho de Defesa Nacional é o órgão destinado a assessorar o Presidente da República nas
questões relativas à defesa do território nacional.

CONSTITUIÇÃO Art. 91 - O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos
FEDERAL assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
participam como membros natos:

I - o Vice-Presidente da República;

II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

III - o Presidente do Senado Federal;

IV - o Ministro da Justiça;

V – o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 23, de


02.09.99)

VI - o Ministro das Relações Exteriores;

VII - o Ministro do Planejamento;

VIII – os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda


Constitucional n° 23, de 02.09.99)

§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:

I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;

II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;

III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do

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território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;

IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a


independência nacional e a defesa do Estado democrático.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

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Questões de Concursos

01 - (Magistratura Federal / 3ª Região – XI) O Presidente da República pode dispor mediante decreto:
( ) a) da organização da administração federal, inclusive a criação e extinção de órgão
público, se não implicar aumento de despesas;
( ) b) da organização da administração federal, se não implicar aumento de despesas, nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
( ) c) da organização da administração federal, mesmo que implique aumento de despesas
ou criação e extinção de órgãos públicos;
( ) d) não pode dispor da organização da administração federal sem autorização do
Congresso Nacional.

02 - (Magistratura Federal / 3ª Região – XI) O Presidente da República, na vigência de seu mandato:


( ) a) não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções;
( ) b) pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções;
( ) c) só pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, se a
violação for de natureza penal;
( ) d) só pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, se
tiverem causado prejuízos a terceiros.

03 - (Magistratura / MG – 2003) Compete privativamente ao Presidente da República:


( ) a) autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e
a pesquisa e lavra de riquezas minerais.
( ) b) aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
dois mil e quinhentos hectares.
( ) c) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União.
( ) d) nomear um terço dos Ministros do Tribunal de Contas da União, com aprovação do
Senado Federal.
( ) e) nomear todos os vogais do Conselho da República.

04 - (Ministério Público / RS – XLI) Suponhamos que determinado candidato a Presidente da


República tenha sido eleito, mas seu candidato a Vice, não. Diante do fato,
( ) a) far-se-ia nova eleição, dentro de 60 dias;
( ) b) assumiria o Vice com maior votação, mesmo se pertencente a outro partido ou
coligação;
( ) c) a suposição é absurda em face da Constituição Federal;
( ) d) assumiria o suplente do Vice;
( ) e) far-se-ia nova eleição dentro de 90 dias.

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05 - (Procurador / SP – 2002) Pode ser objeto de delegação do Presidente da República aos
Ministros de Estado
( ) a) a prestação de contas anual ao Congresso Nacional.
( ) b) o veto de projetos de lei.
( ) c) a nomeação, após aprovação pelo Senado Federal, do Procurador-Geral da República.
( ) d) a Presidência do Conselho da República.
( ) e) a competência para editar decretos sobre determinadas matérias,

06 - Vagando os cargos de Presidente da República e Vice-Presidente da República, durante o


quarto ano do período presidencial,
( ) a) serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência, o Presidente da Câmara
dos Deputados, e do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal, para completar
o referido período.
( ) b) far-se-á eleição 90 (noventa) dias após aberta a última vaga, cabendo aos eleitos
completar o período de seus antecessores.
( ) c) far-se-á na forma da lei, pelo Congresso Nacional, eleição para ambos os cargos 30
(trinta) dias depois da última vaga, cabendo aos eleitos completar o período de seus
antecessores.
( ) d) será chamado ao exercício da Presidência o Presidente do Congresso Nacional, para
completar o referido período.

07 - A competência regulamentar do Presidente da República, compreende:


( ) a) A expedição de medidas provisórias.
( ) b) A elaboração de decretos-lei.
( ) c) A expedição de decretos e regulamentos para fiel execução das leis.
( ) d) A elaboração de decretos-lei e medidas provisórias para fiel execução das leis.
( ) e) A expedição de medidas provisórias que são espécies normativas inferiores às leis.

08 - No processo de impeachment, o Presidente da República poderá


( ) a) apenas perder o cargo, cabendo ao Senado Federal autorizar o processamento e, à
Câmara dos Deputados, o julgamento.
( ) b) apenas perder o cargo, cabendo à Câmara dos Deputados autorizar o processamento e,
ao Senado Federal, o julgamento.
( ) c) perder o cargo e ser inabilitado para o exercício da função pública por certo período
de tempo, cabendo à Câmara dos Deputados autorizar o processamento e, ao Senado
Federal, o julgamento.
( ) d) perder o cargo e ser inabilitado para o exercício da função pública por 8 anos, cabendo
ao Senado Federal autorizar o processamento e, à Câmara dos Deputados, o
julgamento.

09 - Considera-se eleito o Presidente da República, mediante sufrágio universal e voto direto e


secreto
( ) a) obtida maioria simples de votos, incluídos os votos em branco e os nulos.
( ) b) alcançada maioria absoluta de votos, considerados os votos em branco.
( ) c) presente maioria absoluta de votos, não-computados os votos em branco e nulos.
( ) d) alcançada maioria simples de votos, excluídos os votos nulos.

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10 - Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República ou vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência:
( ) a) o Presidente do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o Ministro-Chefe do
Estado Maior das Forças Armadas.
( ) b) o Presidente do Senado, o da Câmara e o do Supremo Tribunal Federal.
( ) c) o Presidente do Supremo, o do Senado e o da Câmara.
( ) d) o Presidente da Câmara, o do Senado e do STF.

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Gabarito
01.B 02.A 03.D 04.C 05.E 06.C 07.C 08.C 09.C 10.D

Bibliografia

„ CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL „ DIREITO CONSTITUCIONAL


Manoel Gonçalves Ferreira Filho Alexandre de Moraes
Saraiva Atlas

„ CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL „ DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO


Celso Ribeiro Bastos José Afonso da Silva
Saraiva Malheiros

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Direito Constitucional
10 – O Poder Executivo

Atualizada em 10.12.2011

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