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Vento
2 Brisa leve 1,6 a 3,3 As folhas das árvores movem; os moinhos começam a trabalhar
4 Brisa moderada 5,5 a 7,9 Poeira e pequenos papéis levantados; movem-se os galhos das árvores
6 Vento fresco 10,8 a 13,8 Movem-se os ramos das árvores; dificuldade em manter um guarda chuva aberto; assobio em fios de postes
7 Vento forte 13,9 a 17,1 Movem-se as árvores grandes; dificuldade em andar contra o vento
8 Ventania 17,2 a 20,7 Quebram-se galhos de árvores; dificuldade em andar contra o vento; barcos permanecem nos portos
9 Ventania forte 20,8 a 24,4 Danos em árvores e pequenas construções; impossível andar contra o vento
Fonte:
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/EIA_RIMA/USINA_TERMOELETRICA_K
CC/Estudo_de_Dispersao_Atmos ferica_KCC_22102009.pdf
Fonte: http://www.r-bloggers.com/visualising-diurnal-wind-climatologies-2/
Os ventos são gerados quando há diferença de pressão atmosférica na horizontal. Para entender a
formação dos ventos é preciso analisar as forças que afetam o movimento horizontal do ar.
São elas: Força do Gradiente de Pressão; Força de Coriolis, Força Centrípeta e Força de Atrito.
dif. de pressão
Gradiente de Pressão =
distância
∆
= em mb/Km = hPa/km
1020
1020 – 1016
1016
= = 0,04
0,04 mb/km
Agora suponha:
1020
1020 – 1016
1016
= = 0,08
0,08 mb/km
O que indica que houve a mesma variação de
pressão só que em uma área menor, ou seja, um
gradiente mais intenso que o da figura anterior.
FGP = -
A FGP se dirige das altas para as baixas pressões formando
ângulos retos com as isóbaras. Quanto mais intenso o GP
mais intensa será a FGP.
Se o ar escoa das altas para as baixas pressões por que o escoamento não é
constantemente direcionado da superfície para as maiores altitudes?
O que faz a atmosfera não colapsar em direção à superfície do Planeta já que a gravidade
força toda a massa em direção à superfície terrestre?
O motivo é a relação que entre a FGP_vertical e Força da Gravidade (FGR) que tendem ao
equilíbrio hidrostático e que é atingido quando ambas as forças possuem o mesmo valor e
atuam em sentidos opostos (FGP_vertical aponta da superfície para as mais altas altitudes;
FGR aponta das altas altitudes em direção à superfície).
Em um determinado nível:
FGR > FGP_vertical implica em movimento descendente da parcela de ar em uma atmosfera estável. Como
consequência, não há formação de nuvens ou, se a parcela estiver úmida, podem se formar poucas
nuvens com pouco desenvolvimento vertical).
FGR < FGP_vertical implica em movimento ascendente da parcela de ar em uma atmosfera instável. Como
consequência, pode haver formação de nuvens se a parcela estiver úmida.
Se a divergência em altos níveis exceder a convergência em superfície, a pressão no centro da baixa irá
diminuir mais, e as isóbaras em torno da baixa pressão ficarão mais próximas umas das outras. Haverá
intensificação do GP e, consequentemente, da FGP na horizontal. Isto causa aumento da velocidade do
vento em superfície em direção ao centro da baixa.
Enquanto o fluxo de ar divergente em altos níveis não se equilibrar com o fluxo convergente de ar na
superfície, a pressão no centro da baixa continuará diminuindo.
Configuração oposta ocorre na relação entre convergência, quando associada a uma baixa pressão em
altitude, e a divergência, quando associada a uma alta pressão em superfície.
Força de Coriolis (FCO) - desvio
Na imagem a seguir, vemos que os ventos (vetores coloridos) não formam ângulos retos com as
isóbaras.
Isto ocorre devido ao efeito de rotação da Terra sobre os corpos que resulta na FCO. Ela desvia a direção
do movimento dos corpos em relação ao sistema de coordenadas fixo à Terra.
L = baixa pressão
H = alta pressão
Fonte: https://darktimeschronicle.wordpress.com/what-are-high-and-low-pressure-systems/
Ventos escoando da alta para a baixa pressão pela FGP. Na alta pressão, os valores de pressão
aumentam da periferia para o centro, assim, FCO é maior na periferia. Na baixa pressão, os valores de
pressão diminuem da periferia para o centro, então, FCO diminui na periferia e a FGP domina no
escoamento em direção ao centro da baixa.
Enquanto houver divergência em altitude, o escoamento vai ficando cada vez mais fechado em direção
ao centro da baixa em superfície e a pressão tenderá a diminuir cada vez mais neste nível.
Vento Geostrófico – escoamento constante
Ocorre acima de 1 km de altitude onde não há o efeito da Força de Atrito e os ventos podem escoar
paralelamente às isóbaras (FGP e FCO tendem ao equilíbrio).
Representação do vento geostrófico
Considere o deslocamento de uma parcela de ar distante do equador onde a FCO não é desprezível.
Acima da camada de atrito, o ar inicialmente em repouso começa a acelerar até tornar-se paralelo às
isóbaras em função da FGP estar balanceada com a FCO.
Representação do vento geostrófico
Assim, o vento geostrófico é o vento que surge quando a FGP está em balanço com a FCO.
No escoamento geostrófico, as isóbaras são retas e igualmente espaçadas e o vento é constante.
No HS, o vento geostrófico flui deixando as pressões mais baixas a sua direita e as pressões mais altas a
sua esquerda. O contrário ocorre no HN.
Vimos que o vento pode escoar de maneira mais retilínea, em direção a um ponto ou
formar curvas. Na atmosfera, as trajetórias de parcelas de ar em forma de curvas são
chamadas de ondas (uma onda = uma crista e um cavado).
Anteriormente, vimos que em localidades mais frias a coluna de ar tende a ser mais baixa
e tem pressão reduzindo rapidamente com a altura. Já em localidades mais quentes, a
coluna de ar tende a ser mais alta e a redução da pressão com a altura é menor do que
numa coluna de ar mais frio.
Para saber em que altitude acima do NMM está um determinado nível de pressão é
analisado o parâmetro chamado altura geopotencial. Unidade: m .
Lembrar que este não equivale à altura verdadeira medida em metros.
A figura a seguir, ilustra em que altitude está o nível de pressão de 500 hPa (nível médio).
É possível observar que as isolinhas de altura geopotencial são onduladas formando
cristas e cavados.
Altura geopotencial em 500 hPa
Cavado - isolinha de altura geopotencial com valor mínimo e que indica uma região de ar frio e baixa pressão
em altitude.
Crista - isolinha de altura geopotencial com valor máximo e que indica uma região de ar mais quente e alta
pressão em altitude.
Configuração de uma crista e um cavado no HS e o tempo associado
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Horas(UTC)
3
Estação Iguape (SP)
Velocidade (m/s)
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Ynoue, RY; Reboita, MS; Ambrizzi, T; da Silva, GAM. Meteorologia: noções básicas. Editora Oficina
de Textos, 184 págs., 2017. ISBN:978-85-7975-263-6.