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Ciclo diário das principais variáveis atmosféricas:

Vento

Profa. Dra. Gyrlene A. Mendes da Silva


gyrlene@gmail.com
Inicialmente veremos a definição de vento e, posteriormente, como ocorre a sua formação.

Vento é o ar em movimento na horizontal e é representado por um vetor.


É caracterizado por uma direção e a velocidade. Rosa dos ventos

Direção – é a posição do horizonte


aparente do observador a partir da qual
o vento sopra. Unidade: o (graus)

É expressa em termos do ângulo em que


o vetor velocidade do vento forma com o
norte geográfico (0o), medido no mesmo
sentido do movimento dos ponteiros de
um relógio.

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017).


Velocidade: deslocamento do ar em um intervalo de tempo.
Unidade: m/s ou knot (nó); 1 knot ~ 0,5 m/s

Velocidade V ≅ 0 m/s equivale à calmaria.

Turbulência: gera variações rápidas na velocidade e direção do vento devido à proximidade


com o solo e presença de edifícios, árvores, topografias elevadas ou aquecimento da
superfície.

Rajada: Variação brusca na velocidade e direção do vento devido à turbulência.


Ocorre na presença de correntes convectivas, diferenças de altitude entre terrenos, ao
longo de frentes frias quando há variação brusca de temperatura e pressão.
Em um série de dados de ventos, a rajada é identificada por valores médios
correspondentes a um intervalo de 10 minutos e não a um único registro do vento a cada
10 minutos.
Escala Beaufort
Grau Designação m/s Efeitos
0 Calmo < 0,3 Fumaça sobe na vertical

1 Aragem 0,3 a 1,5 Fumaça indica direção do vento

2 Brisa leve 1,6 a 3,3 As folhas das árvores movem; os moinhos começam a trabalhar

3 Brisa fraca 3,4 a 5,4 As folhas agitam-se e as bandeiras desfraldam ao vento

4 Brisa moderada 5,5 a 7,9 Poeira e pequenos papéis levantados; movem-se os galhos das árvores

5 Brisa forte 8 a 10,7 Movimentação de grandes galhos e árvores pequenas

6 Vento fresco 10,8 a 13,8 Movem-se os ramos das árvores; dificuldade em manter um guarda chuva aberto; assobio em fios de postes

7 Vento forte 13,9 a 17,1 Movem-se as árvores grandes; dificuldade em andar contra o vento

8 Ventania 17,2 a 20,7 Quebram-se galhos de árvores; dificuldade em andar contra o vento; barcos permanecem nos portos

9 Ventania forte 20,8 a 24,4 Danos em árvores e pequenas construções; impossível andar contra o vento

10 Tempestade 24,5 a 28,4 Árvores arrancadas; danos estruturais em construções

11 Tempestade 28,5 a 32,6 Estragos generalizados em construções


violenta
12 Furacão > 32,7 Estragos graves e generalizados em construções

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Beaufort, adaptada.


Ventos mais intensos como os de tornado podem ser encontrados na Escala Fujita.
Meteograma dos ventos em 10m

Quanto maior o vetor, maior a velocidade do vento.


Azul – velocidade do vento.

Fonte: http://previsaonumerica.cptec.inpe.br/, adaptada.


Rosa dos ventos

Gráfico onde é possível


analisar o comportamento do
vento em termos de
velocidade, direção e
frequência de ocorrência.

Fonte:
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/EIA_RIMA/USINA_TERMOELETRICA_K
CC/Estudo_de_Dispersao_Atmos ferica_KCC_22102009.pdf
Fonte: http://www.r-bloggers.com/visualising-diurnal-wind-climatologies-2/
Os ventos são gerados quando há diferença de pressão atmosférica na horizontal. Para entender a
formação dos ventos é preciso analisar as forças que afetam o movimento horizontal do ar.

São elas: Força do Gradiente de Pressão; Força de Coriolis, Força Centrípeta e Força de Atrito.

Força do Gradiente de Pressão (FGP) - geradora


O Gradiente de Pressão equivale à variação da pressão numa determinada distância.

dif. de pressão
Gradiente de Pressão =
distância


= em mb/Km = hPa/km
1020
1020 – 1016
1016
= = 0,04
0,04 mb/km

No exemplo, ao irmos da direita para a esquerda,


a pressão aumenta 0,04 mb a cada km.

Agora suponha:

1020
1020 – 1016
1016
= = 0,08
0,08 mb/km
O que indica que houve a mesma variação de
pressão só que em uma área menor, ou seja, um
gradiente mais intenso que o da figura anterior.

O GP aponta para a região da maior pressão.


Porém, a FGP (força líquida) aponta para a região
de menor pressão.
Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.
A FGP é a força líquida que existe pela presença do
GP e que gera os ventos.

FGP = -
A FGP se dirige das altas para as baixas pressões formando
ângulos retos com as isóbaras. Quanto mais intenso o GP
mais intensa será a FGP.

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Ela é a única capaz de gerar os ventos, mas não é a única a atuar no escoamento, caso contrário,
veríamos apenas os ventos se dirigindo das altas para as baixas pressões. Existem outras forças atuam
nos ventos. Sabemos que o ar escoar na horizontal (vento) e vertical (mov. ascendente ou descente).

Se o ar escoa das altas para as baixas pressões por que o escoamento não é
constantemente direcionado da superfície para as maiores altitudes?

O que faz a atmosfera não colapsar em direção à superfície do Planeta já que a gravidade
força toda a massa em direção à superfície terrestre?
O motivo é a relação que entre a FGP_vertical e Força da Gravidade (FGR) que tendem ao
equilíbrio hidrostático e que é atingido quando ambas as forças possuem o mesmo valor e
atuam em sentidos opostos (FGP_vertical aponta da superfície para as mais altas altitudes;
FGR aponta das altas altitudes em direção à superfície).

Em um determinado nível:

FGR = FGP_vertical implica que não há aceleração do ar na vertical.

FGR > FGP_vertical implica em movimento descendente da parcela de ar em uma atmosfera estável. Como
consequência, não há formação de nuvens ou, se a parcela estiver úmida, podem se formar poucas
nuvens com pouco desenvolvimento vertical).

FGR < FGP_vertical implica em movimento ascendente da parcela de ar em uma atmosfera instável. Como
consequência, pode haver formação de nuvens se a parcela estiver úmida.

As parcelas de ar terão movimento ascendente até encontrarem a tropopausa ou até


que haja o equilíbrio hidrostático.
Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.

Na baixa pressão há convergência do ar em direção ao seu centro. Por conservação de


massa já que o ar que converge e não pode penetrar no solo, ele ascende lentamente na
atmosfera.

E acima da baixa pressão em superfície, em ~ 6 km, começa a existir divergência do ar para


compensar a convergência em superfície.
Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.

Se a divergência em altos níveis exceder a convergência em superfície, a pressão no centro da baixa irá
diminuir mais, e as isóbaras em torno da baixa pressão ficarão mais próximas umas das outras. Haverá
intensificação do GP e, consequentemente, da FGP na horizontal. Isto causa aumento da velocidade do
vento em superfície em direção ao centro da baixa.

Enquanto o fluxo de ar divergente em altos níveis não se equilibrar com o fluxo convergente de ar na
superfície, a pressão no centro da baixa continuará diminuindo.
Configuração oposta ocorre na relação entre convergência, quando associada a uma baixa pressão em
altitude, e a divergência, quando associada a uma alta pressão em superfície.
Força de Coriolis (FCO) - desvio
Na imagem a seguir, vemos que os ventos (vetores coloridos) não formam ângulos retos com as
isóbaras.

Isto ocorre devido ao efeito de rotação da Terra sobre os corpos que resulta na FCO. Ela desvia a direção
do movimento dos corpos em relação ao sistema de coordenadas fixo à Terra.

A FCO forma ângulos retos com as isóbaras.

Ω = velocidade angular da rotação da Terra


V= velocidade do vento
φ = latitude onde ocorre o movimento

FCO é perpendicular ao eixo de rotação da Terra e ao vetor da velocidade do corpo em


movimento.
Deflexão do vento para a esquerda do movimento no HS
Qual a interpretação desta força aplicada e para a direita do movimento no HN
na atmosfera?

• Se o corpo está em repouso não


sofrerá com a ação da FCO;

• Se a Terra não gira-se, não haveria


FCO atuando;

• FCO depende da velocidade do


movimento. Quanto mais intenso o
vento, maior será o seu desvio.

• FCO é diretamente proporcional ao


seno do ângulo da latitude, ou seja, é
máxima nos polos e mínima no
equador.

Fonte: Adaptado de Strahler e Strahler (1997).


Deflexão do vento para a esquerda do movimento no HS
e para a direita do movimento no HN
• Sendo perpendicular ao eixo de rotação da
Terra e ao vetor da velocidade do corpo em
movimento: Se o vento se afasta do eixo de
rotação, ela desvia o escoamento no sentido
contrário da rotação.
Se o vento se aproxima do eixo de
rotação, o escoamento é desviado no
mesmo sentido que a rotação do Planeta.

Todos os corpos que se movimentam


livremente na atmosfera, incluindo o vento,
são desviados para a direita do seu
movimento no Hemisfério Norte (HN) e para
esquerda no Hemisfério Sul (HS).

Fonte: Adaptado de Strahler e Strahler (1997).


Vento Gradiente – mudança de direção e sentido do giro

O ar num escoamento curvo é chamado de vento gradiente que é resultado da Força


Centrípeta (FCP ) que desloca o ar para o centro da trajetória em um movimento curvilíneo.

A FCP muda a direção do vento e define o sentido horário ou anti-horário do escoamento.

FCP = FGP – FCO

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Hemisfério Sul
FCP = FGP – FCO

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Hemisfério Norte
FCP = FGP – FCO

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Na baixa pressão:
Uma parcela de ar está inicialmente em repouso na posição 1. A
FGP acelera o ar na direção do centro de baixa pressão e a FCO
desvia o movimento do ar para a esquerda até que o ar se mova
com velocidade constante e paralelo às isóbaras na posição 2.

Enquanto a FGP (que aponta para o centro de baixa) for maior do


que a FCO (que aponta para o sentido oposto), o vento gradiente
fluirá em torno do centro de baixa pressão. Ele também
continuará acelerando e terá a sua direção modificada devido
ao movimento circular.

Baixa pressão do HS: gira no sentido horário.

Baixa pressão do HN: gira no sentido anti-horário.

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


E em que sentido giram os ventos em torno de
uma alta pressão no HS e HN?

O significado físico de um sistema de alta ou baixa


pressão é o mesmo independente do hemisfério.
O que muda é o sentido do giro que será horário ou
anti-horário.

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Força de atrito (Fa) - desaceleração
O atrito exerce mais influência próximo da superfície: reduz a velocidade do vento e,
consequentemente, a FCO.
A FGP fica equilibrada pela soma da Fa com FCO e, assim, os ventos cruzam as isóbaras devido ao atrito.

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.


Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.
Hemisfério Sul
(PNMM e vento)

L = baixa pressão
H = alta pressão

Fonte: https://darktimeschronicle.wordpress.com/what-are-high-and-low-pressure-systems/

Ventos escoando da alta para a baixa pressão pela FGP. Na alta pressão, os valores de pressão
aumentam da periferia para o centro, assim, FCO é maior na periferia. Na baixa pressão, os valores de
pressão diminuem da periferia para o centro, então, FCO diminui na periferia e a FGP domina no
escoamento em direção ao centro da baixa.
Enquanto houver divergência em altitude, o escoamento vai ficando cada vez mais fechado em direção
ao centro da baixa em superfície e a pressão tenderá a diminuir cada vez mais neste nível.
Vento Geostrófico – escoamento constante
Ocorre acima de 1 km de altitude onde não há o efeito da Força de Atrito e os ventos podem escoar
paralelamente às isóbaras (FGP e FCO tendem ao equilíbrio).
Representação do vento geostrófico

Fonte: Varejão-Silva, 2006, adaptada.

Considere o deslocamento de uma parcela de ar distante do equador onde a FCO não é desprezível.
Acima da camada de atrito, o ar inicialmente em repouso começa a acelerar até tornar-se paralelo às
isóbaras em função da FGP estar balanceada com a FCO.
Representação do vento geostrófico

Fonte: Varejão-Silva, 2006, adaptada.

Assim, o vento geostrófico é o vento que surge quando a FGP está em balanço com a FCO.
No escoamento geostrófico, as isóbaras são retas e igualmente espaçadas e o vento é constante.

No HS, o vento geostrófico flui deixando as pressões mais baixas a sua direita e as pressões mais altas a
sua esquerda. O contrário ocorre no HN.
Vimos que o vento pode escoar de maneira mais retilínea, em direção a um ponto ou
formar curvas. Na atmosfera, as trajetórias de parcelas de ar em forma de curvas são
chamadas de ondas (uma onda = uma crista e um cavado).

Anteriormente, vimos que em localidades mais frias a coluna de ar tende a ser mais baixa
e tem pressão reduzindo rapidamente com a altura. Já em localidades mais quentes, a
coluna de ar tende a ser mais alta e a redução da pressão com a altura é menor do que
numa coluna de ar mais frio.

Para saber em que altitude acima do NMM está um determinado nível de pressão é
analisado o parâmetro chamado altura geopotencial. Unidade: m .
Lembrar que este não equivale à altura verdadeira medida em metros.

A figura a seguir, ilustra em que altitude está o nível de pressão de 500 hPa (nível médio).
É possível observar que as isolinhas de altura geopotencial são onduladas formando
cristas e cavados.
Altura geopotencial em 500 hPa

Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.

Cavado - isolinha de altura geopotencial com valor mínimo e que indica uma região de ar frio e baixa pressão
em altitude.
Crista - isolinha de altura geopotencial com valor máximo e que indica uma região de ar mais quente e alta
pressão em altitude.
Configuração de uma crista e um cavado no HS e o tempo associado

Bom tempo Mau tempo


Atm. estável Atm. instável
Fonte: Ynoue, RY. et al. (2017), adaptada.
Fonte: http://cursos.cptec.inpe.br/~rcursos/pratico_analise_previsao_tempo/pdf/MetBasico.pdf

Na alta atmosfera, o comprimento de onda típico é ~ 3000 km.


A configuração de uma crista e um cavado difere em relação aos Hemisférios Norte e Sul, mas a interpretação
física do tempo esperado em superfície devido ao suporte da divergência e convergência em altos níveis é o
mesmo. Sempre fazer associação com o ar frio polar que tende a se deslocar em direção ao equador e o ar
quente tropical tende a migrar em direção aos polos.
Vento (10m) em 04/05/2014
6
Estação Tramandaí (RS)
Velocidade (m/s)

5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Horas(UTC)

3
Estação Iguape (SP)
Velocidade (m/s)

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Horas(UTC) Fonte de dados: INMET.


Referências

Instituto Nacional de Meteorologia. http://www.inmet.gov.br

NOTA TÉCNICA No. 001/2011/SEGER/LAIME/CSC/INMET. Rede de Estações Meteorológicas


Automáticas do INMET. http://www.inmet.gov.br/portal/css/content/topo_iframe/pdf/Nota_Tecnica-
Rede_estacoes_INMET.pdfV

Varejão-Silva, M. A. Meteorologia e Climatologia. Recife: Versão Digital, 2006. 463 p.

Ynoue, RY; Reboita, MS; Ambrizzi, T; da Silva, GAM. Meteorologia: noções básicas. Editora Oficina
de Textos, 184 págs., 2017. ISBN:978-85-7975-263-6.

Fonte dos emoticons: https://br.pinterest.com/

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