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Fichamento do livro Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade e responsabilidade civil da autora Liliana Minardi Paesani.
Feito para pesquisa sobre Direito à Privacidade na Internet
Titlu original
Fichamento - Liliana Minardi Paesani - Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade e responsabilidade civil
Fichamento do livro Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade e responsabilidade civil da autora Liliana Minardi Paesani.
Feito para pesquisa sobre Direito à Privacidade na Internet
Fichamento do livro Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade e responsabilidade civil da autora Liliana Minardi Paesani.
Feito para pesquisa sobre Direito à Privacidade na Internet
Fichamento – Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade e responsabilidade civil
Autor – Liliana Minardi Paesani
Referência – PAESANI, Liliana Minardi. Direito e Internet: liberdade de informação, privacidade
e responsabilidade civil. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
PÁGINA TRANSCRIÇÃO RESUMO
5 A informação deve ser observada sob o aspecto ativo e passivo. No primeiro caso, aborda-se a possibilidade de acesso aos meios de informação em igualºdade de condições, possibilitando o direito de expressar o pensamento e informar; o aspecto passivo salvaguarda o direito de assimiliar e receber as notícias e as opiniões expressas por alguém. 7 Os dispositivos enunciados enfatizam a Em referencia ao art. 5º, IV e IX, além dos liberdade de xpressão, de pensamento e arts. 220 e 221, onde se prevê a proibição o direito à informação. A censura é a do anonimato e o respeito aos valores negação desse direito, mas se torna éticos e sociais da pessoa e da família em necessária para responsabilizar quem se conjunto com a proteção da liberdade de comunica mal. expressão 7 Refere-se também ao Direito Espacial, que engloba a telecomunicação por satélites e etc. 8 A importância do fenômeno – liberdade informática – no desenvolvimento democrático das sociedades contemporâneas está sintetizada de forma positiva na recomendação nº 854, emitida pelo Parlamento Europeu de 1979, que enuncia: “somente uma sociedade informatizada pode ser uma sociedade democrática” 8 Toda liberdade, por mais ampla que seja, encontra limites, que servem para garantir o desenvolvimento ordenado da sociedade e dos direitos fundamentais de qualquer sujeito, e este príncipio se aplica também ao direito à liberdade de informação 8 A partir do momento que os meios de comunicação se tornam mais sofisticados e tecnologicamente mais avançados, os que têm maiores disponibilidades econômicas para promover o exercício de tais liberdades dispõem de oportunidades concretas para defender e divulgar o próprio pensamento. Portanto, torna-se necessária uma vigilância sobre as empresas de comunicação, para que esse novo poder de disposição da informação não se transforme em poder de censura e arbítrio. CAPÍTULO 2 – INTERNET: A NOVA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 12 Portanto, a rede telemática é uma oportunidade de encontro, de confronto, de troca de opiniões, de crescimento de relações interpessoais (global village), com todas as vantagens e riscos das relações sociais. 13 O município de Aniéres na Suíça realizou votação pela internet, usando como inspiração as urnas eletrônicas brasileiras. Uma cédula impressa e cifrada validava o voto de cada leitor 14 Além do mais, está-se assistindo a um Explica que os Estados delegam seus processo de integração que não se poderes à comunidade, diferenciando-se confunde com o de globalização. Essa do direito internacional tradicional. integração, que se convencionou denominar de Direito Comunitário, é fruto direto dos novos meios eletrônicos, que operam uma aproximação cultural, comercial e institucional dos Estados num processo em marcha irreversível. 15 Está-se, portanto, diante de duas vias que convergem para um mesmo ponto. Tanto o fenômeno da integração regional, que está solapando os poderes absolutos dos atuais Estados, quanto a globalização, que é resultado da evolução tecnológica, debilitam o papel do Estado Nacional, que inevitavelmente migra para a Corporação, e determinam uma produção cultural e jurídica comum. Indicam pois, o surgimento, num futuro próximo, de diplomas normativos supranacionais, como produtos de uma Federação de Estados, e não de meros organismos internacionais, como ocorria até o momento. 15 Hoje, a noção de uma soberania ilimitada do Estado está completamente prescrita no mundo interpenetrado pela globalização da economia e pela integração comunitária. 16 E conclui que não se trata de substituição Explica um artigo de Miguel Reale de da “era do capitalismo” pela “era da 2000 chamado “Os fins do Estado”, informação”, mas de uma evolução do publicado no O Estado de São Paulo. capitalismo, que desloca seu eixo, em que a informática dá significado e forma ao capital em razão de sua aplicação, prevalecendo a informação sobre a posse dos bens e a produção. 17 O consumidor deve ter a liberdade de Atenta sobre a ambivalência dos juristas escolha entre os vários fornecedores, entre regular ou não regular a informação assim como estes devem dispor da mais na internet. Considera o acesso à internet ampla liberdade para selecionar as um serviço prestado ao cidadão-usuário. estruturas que pretendem utilizar para E acolhe que basta uma aplicação dos fornecer os serviços. princípios constitucionais como no caso dos vídeo on demand, que se deve prezar pela escolha do consumidor entre TV ou diferentes vídeos por streaming. CAPÍTULO 3: ANOMALIA NA INTERNET. DELITOS E RESPONSABILIDADE NA REDE. 20 A intenret não pertence a ninguém, não é financiada por instituições, governos ou organizações internacionais, e também não é um serviço comercial. Até o presente momento, os únicos órgãos que desenvolvem a função de direção, controle e funcionamento da rede são , respectivamente, a Internet Society (Isoc) e a Internet Engineering Task Force (IETF) 20 Chama a atenção pública mundial a absoluta ausência de uma legislação supranacional para discipliná-la, decorrente principalmente de sua própria estrutura, para intervir no controle, na censura e na distribuição de informação. 20 [A Icann...] vem implementando um modelo de “governança corporativa” que envolve os setores privados e públicos, como os responsáveis pela manutenção da Internet. 21 A Internet foi programada para funcionar e distribuir informações de forma ilimitada. Em contrapartida, as autoridades judiciárias estão presas às normas e instituições do Estado e, portanto, a uma nação e um território limitado 21 A Internet introduziu um outro elemento inovador: tornou a sociedade efetivamente transparente, possibilitando a qualquer pessoa o acesso a uma quantidade máxima de informações em relação a qualquer aspecto da vida social. 21 O recurso direcionado à autodisciplina permitiria manter a liberdade da rede e, ao mesmo tempo, disciplinar toda forma de comportamento mantida na Internet por operadores e usuários. 21 Ou seja: conforme explica A. Monti, as normas internas da rede devem de um lado, conciliar a exigência da aplicação das leis de cada Estado aos sujeitos que operam no interior dos correspondentes ordenamentos jurídicos, e, por outro lado, tentar uniformizar o comportamento no plano transnacional, condição indispensável para a existência e o desenvolvimento da Internet. 23-24 A autoria discorre sobre os sites racistas na internet, que geraram no Brasil pedidos de providências como a criação de um departamento da polícia especializado e proposta à ONU para convenção internacional sobre o assunto. Discorre também sobre as correntes, tratadas como invasão a privacidade e sem proteção da lei contra o envio de tais e-mails. 25-26 Entretanto, é necessário admitir que os Após expor o problema da pedofilia na problemas levantados pelo mau uso da internet. Internet são infinitamente menores que os benefícios trazidos por esse notável canal de aproximação dos povos, de democratização dos conhecimentos e da globalização da sociedade. Seus desvios não serão resolvidos por meio de ineficazes tutelas governamentais. Na verdade, a Internet salienta uma nova realidade: chegou para todos sobretudo para a família, a hora da liberdade e da responsabilidade. 26 A educação para o exercício da liberdade é o grande desafio de nossos dias. A aventura da liberdade responsável, sem intervenção do Estado, acaba gerando uma sociedade mais consciente e amadurecida. 26 As redes que preservam o anonimato estão sendo usadas em todos os grandes protestos mundiais, complicando o trabalho da inteligência policial e facilitando a articulação dos rebeldes. 26-27 A autora explica a relação da internet com os direitos americano e chinês que temos melhores e mais atualizadas informações em outras fontes. Maior parte relevante para nossas pesquisas foram atualizadas recentemente ou estão sendo atualizadas atualmente. O mesmo serve para a legislação brasileira, atualizada com as adições ao código penal e na criação do Marco Civil. CAPÍTULO 4: INTERNET E PRIVACIDADE 34 Tem-se demonstrado particularmente delicada a operação para delimitar a esfera da privacidade, mas é evidente que o direito à privacidade constitui um limite natural ao direito à informação. 34 Em contrapartida, está privada de tutela a divulgação da notícia, quando consentida pela pessoa. Admite-se, porém, o consentimento implícito, quando a pessoa demonstra interesse em divulgar aspectos da própria vida privada. 34 Entretanto, podem ser impostos limites à Atenta que a informação deve se limitar normal esfera de privacidade até contra a apenas ao escopo de utilidade do público, vontade do indivíduo, mas em protegendo ainda a esfera privada da vida correspondência à sua posição na do sujeito que não é relevante para a vida sociedade, se for de relevância pública. pública 35 [...] passamos a ter um novo conceito de privacidade que corresponde ao direito que toda pessoa tem de dispor com exclusividade sobre as próprias informações mesmo quando disponíveis em bancos de dados. 35 Por obra do judiciário alemão, nasce o direito à autodeterminação da informação, ou seja, o poder de acesso e controle dos próprios dados pessoais e o direito de selecionar o que cada indivíduo quer expor de si mesmo aos outros através da manifestação do consentimento. Logo, o consentimento do interessado é o ponto de referência de todo o sistema de tutela da privacidade. 35 O Press Council é uma espécie de órgão Explica a tutela do direito a privacidade na legislativo que estabelece princípios Inglaterra, onde se segue a regra do gerais que configuram um direito breach of confidence (analisa se a autônomo sobre a privacidade. Subsiste, informação é confidencial; se há portanto, uma genérica proibição quanto obrigatoriedade do silêncio; e o uso não à divulgação de fatos pessoais e privados autorizado da notícia). A tutela é realizada sem o consentimento dos interessados, a caso a caso e há o chamado Press menos que exista a legitimate public Council. interest, que não deve ser confundida com o interesse público. 35 Na França, a lei é seguramente a mais severa; o art. 9º do Código Civil prevê o direito de cada um ao respeito da própria vida privada, o art. 226 do Código Penal pune com detenção de até um ano e multa máxima de 300 mil francos aquele que atenta contra a intimidade da vida privada alheia. 36-37 Segue explicando outras legislações versando sobre privacidade em diferentes países. Ressaltando o USA Patriot Act nos EUA indo contra a privacidade. 37 A web transformou-se num mercado e, nesse processo, fez a privacidade passar de um direito a uma commodity. 37 As considerações sobre os riscos provenientes do uso da informática conduzem ao reconhecimento de um direito à autodeterminação informática ou à privacidade informática, que devem ser incluídos entre os direitos fundamentais e contrabalanceados entre os interesses do Estado (segurança interna ou internacional, polícia, justiça), e relevantes direitos individuais coletivos, como, por exemplo: o direito de crônica ou, mais intensamente, o direito à saúde em sua dimensão coletiva, ou seja, a difusão da informação deverá tutelar a saúde da coletividade, mas não discriminar o indivíduo. 37 – 38 A evolução do conceito de privacidade chegou a incluir no próprio conceito o direito de não saber, identificado como poder negativo, como direito de excluir da própria esfera privada uma categoria de informações (ex.: notícia de uma doença mortal que poderia abater o ânimo da pessoa que venha a ter conhecimento de seu estado). 38 [...] o célebre e recente Relatório Bangermann, de 1994, que adverte os Estados europeus sobre a necessidade da aprovação de uma disciplina comum, para evitar que a diferença de nível de proteção previsto nas leis dos Estados- membros façam com que as autoridades nacionais – para proteger os dados pessoais – possam restringir a liberdade de circulação de novos serviços entre os Estados-membros. 39 [...] os dois problemas estão destinados a Privacidade x anonimato se cruzarem e indaga-se quais serão as consequências se uma pessoa considerar que sua privacidade está sendo violada por uma informação anônima na rede. 39 Toda tentativa de limitar a possibilidade de anonimato (como, por exemplo, obrigado o usuário a fornecer a própria identidade ao gestor da rede, que poderia revelá-la somente ao magistrado em caso de crime ou dano civil) violaria um dos pontos cardeais da Internet: o de ser o espaço da liberdade total. 40 [...] a liberdade de preservar ou não a própria intimidade e privacidade é um direito do cidadão, confirmado por preceito constitucional, e cabe ao Estado a função de tutelar este direito; e, se o Estado se omite, delega-se ao cidadão o poder de substituí-lo. 41 Entende a doutrina que, diante dos fins visados, é possível a ação interceptora, sacrificando-se os direitos individuais em prol do bem comum. Essas interferências estão legitimadas pelo sistema jurídico, em função da orientação que cabe ao Estado de conceder segurança a seus cidadãos. 44 Parece que a sociedade está obcecada pela defesa da privacidade contra o olhar penetrante da Internet que a observa e escuta. Na realidade, observa Umberto Eco, todos querem se expor. Observa o escritor na revista L’Espresso, de 19 de junho de 2014, “...aparecer, até mostrando o pior de si, é a única maneira de existir”. 44 É certo que nenhuma autoridade garante o valor das informações disponíveis na rede. No entanto, os sites Web são produzidor e frequentados por pessoas e instituições que defendem sua validade perante a comunidade dos internautas. 44 As informações de uma empresa são garantidas pela respectiva organização, que põe em jogo sua reputação no Web do mesmo modo que em outras formas de comunicação. CAPÍTULO 5: INTERNET E O DIREITO Optei por não resumir este capítulo, DE AUTOR existem fontes mais especializadas sobre o assunto inclusive da mesma autora. CAPÍTULO 6: A RESPONSABILIDADE Foquei nas partes relevantes para nossa CIVIL NA INTERNET E NO MERCADO pesquisa apenas INFORMÁTICO 67 A questão fundamental, que com extrema pertinência expõe, é a quem atribuir a eventual responsabilidade de dano. 79 Considerando o Direito Positivo, pode-se afirmar que o ilícito cometido por meio da internet demanda a responsabilidade dos patrões ou responsáveis. 79 Sem ferir os critérios gerais de equidade e justiça, parece razoável assimilar a responsabilidade do provedor ou do titular do site à responsabilidade de um direito de um jornal ou revista. 80 Contatou-se que, pela natureza global da Internet, o mesmo comportamento ilícito pode ser tutelado, regulamentado ou sancionado por vários ordenamentos jurídicos com igual aplicabilidade e submetidos à jurisdição de mais juízes igualmente competentes. Parece que alcançamos não uma carência, mas, ao contrário, um excesso de normas. 83 [Com o Marco Civil da Internet] Os usuários respondem pelo conteúdo que publicarem e os provedores de acesso não podem ser responsabilizados por danos decorrentes de conteúdos gerados por usuários. Todavia, os provedores de conteúdo serão responsabilizados caso não acatem no prazo determinado decisões judiciais que mandem tirar do ar conteúdos gerados pelos usuários. 90 Entende-se que, configurada a situação acima, de conflito de normas ou de competência, torna-se necessária a adequação do conflito ao Código de Auto- regulamentação para os serviços de Internet (ver Anexo B) ou pelo sistema de Arbitragem Virtual. 90 O Diretor da Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (UNCITRAL) alega que grandes mudanças estão sendo introduzidas para a solução de disputas judiciais em negócios eletrônicos e suas consequências. Segundo sua opinião, deverá prevalecer o Sistema de Arbitragem Virtual.