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Algumas palavras do historiador Rudolf Arheim no seu estudo Cinema como Arte [1932]:
- A maioria das pessoas, vide o sujeito comum, ainda pensa que a arte é apenas a
reprodução de objetos, tanto hoje como três mil anos atrás, e repara somente no conteúdo da
obra de arte, julga a obra somente pela sua semelhança com a realidade.[...] Por isso, até hoje,
a fruição da arte é confundida com o prazer que a obra de arte proporciona. Quando uma
pessoa fica em paz ao observar por um instante uma paisagem bucólica em frente a uma
Vênus de mármore, ela pensa se comportar como um apreciador da arte. [...]
Esta sociedade de massa que é a nossa, percebe no cinema só o enredo narrativo e
assim volta seu interesse somente à história contada. Ignorando, por exemplo, toda a força
de um andar de um corpo.
Observação importante: -Neste seu estudo Cinema como Arte, desde 1932 um clássico sobre
o cinema e suas formas, R. Arnheim já sinalizava, como é muito mais importante que a técnica
este encanto da presença do corpo, do corpo da imagem no saber-fazer de todas artes, do
encanto da própria dinâmica de um andar. E dos seus imprevistos de imagem-dinâmica, ou
seja, portanto desse “sentimento formal inconsciente [que] levou o cinema a construir obras
magistrais”.