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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
NATAL/RN
2017
HEULYSON ARRUDA ALMINO
NATAL/RN
2017
AGRADECIMENTOS
Primeiro meu agradecimento é a Deus, sem ele nada disso seria possível, graças a sua imensa
misericórdia e amor. Por ter me guiado sempre por todas as veredas da vida.
Aos meus pais e minha irmã por sempre me apoiarem e incentivarem nas horas mais difíceis.
Por todo o amor dedicado. Por toda a educação, conselhos e valores partilhados.
A minha noiva, Romanniny Hévillyn, por me amparar, incentivar, ajudar, compreender, por
se fazer sempre presente e companheira com um lindo sorriso no rosto, leve e reconfortante, que me
passava a paz e a tranquilidade necessária para seguir.
À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Márcia Regina da Silva Pedrini, a quem devo agradecer pelo
apoio е confiança, não só para realização deste trabalho, como durante toda a graduação. Minha
gratidão por todos os ensinamentos que me foram passados e que foram fundamentais para meu
crescimento profissional.
Ao meu supervisor, Engenheiro Eletricista, Superintendente de Integração do Sistema do
CREA/RN, Carlos Roberto Noronha e Souza, minha gratidão por sempre se dispor, pela sua
compreensão, sensibilidade e apoio para a realização deste trabalho.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 6
2. EMPRESA................................................................................................................................................ 7
1. INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado obrigatório constitui-se em uma atividade que proporciona ao aluno
colocar em prática todo o conhecimento e as habilidades adquiridas durante a vida acadêmica. Essa
etapa possibilita a vivência com situações reais na área de formação, que levam a um grande
desenvolvimento não só profissional como também pessoal e sociocultural. Assim, com objetivos
que vão de aprimorar hábitos e atitudes profissionais, a ser instrumento de integração entre
universidade, empresas e a comunidade, vemos que o estágio vai muito além de um simples
cumprimento de exigências acadêmicas (MAIA, 2015).
Este presente relatório tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas no estágio
supervisionado do curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte – UFRN, durante o período de 165 horas, no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
do RN – CREA/RN.
Com o propósito de conceber a função do CREA/RN e suas implicações no processo de
fiscalização do exercício profissional do Engenheiro de Alimentos, compreendendo os procedimentos
e os parâmetros aplicados ao universo desses profissionais. Abordando aspectos práticos e legais da
atividade com base nas legislações em vigor.
Depreendendo em torno da função institucional do sistema CONFEA/CREA, quanto ao papel
e a responsabilidade de cada um na regulamentação e fiscalização do exercício da atividade
profissional, dentre as profissões de engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos e meteorologistas,
onde está inserido o Engenheiro de Alimentos.
Assim como a necessidade de aprofundar-se no conhecimento sobre a atuação desses
profissionais, contribuindo para a discussão acadêmica, ainda incipiente a respeito do seu campo
profissional. Percebendo quais as suas competências, regulamentações, áreas de atuação, atividades
e atribuições. Apontando a abrangência e os limites do exercício da profissão desse engenheiro.
Pois, o não conhecimento por parte de alguns profissionais e por grande parte dos estudantes
pode vir a refletir em grandes percas para a categoria. Tendo em vista que o Conselho é formado por
profissionais da área, logo, quanto mais engajamento e conhecimento sendo trocado, mais vantagens
e direitos serão conquistados. Esse não conhecimento pode ocasionar em desvalorização da categoria,
perda de cargos que somente aquele profissional poderia estar ocupando, divergência de atividades,
assim refletindo em uma má prestação de serviço para toda a sociedade (GONDIM; ADALBERTO,
2015).
Portanto um trabalho de relevante importância teórica para profissionais e estudantes da
Engenharia de Alimentos contribuindo para entender e compreender o contexto da profissão dentro
do sistema CONFEA/CREA.
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2. EMPRESA
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RN foi criado em 10 de julho 1969,
através da Resolução nº 179/69 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, que até então era
uma inspetoria do estado da Paraíba, perfazendo 48 anos de fundação. Tem sua sede e foro em Natal,
situado na Av. Senador Salgado Filho, 1840, Lagoa Nova, e está distribuído no Rio Grande do Norte
em 05 (cinco) Inspetorias Regionais: Assú, Caicó, Macau, Mossoró e Pau dos Ferros, sendo
construída mais uma IR em Currais Novos e uma nova sede em Caicó. Atualmente com 89
funcionários, sendo 11 (onze) Profissionais de Fiscalização (PFI), profissionais do sistema, os quais:
02 (dois) Engenheiros Civis, 01 (um) Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, 01 (um)
Engenheiro de Produção e de Segurança do Trabalho, 01 (um) Técnico em Mecânica, 01 (um)
Técnico em Agropecuária, 01 (um) Técnico em Geologia / Mineração, 01 (um) Técnico em Desenho
da Construção Civil, 01 (um) Técnico em Estradas e 02 (dois) Técnicos em Edificações.
sociedade da prática ilegal das atividades abrangidas pelo Sistema, aplicando as Resoluções e
Decisões Normativas emanadas pelo Conselho Federal.
O CONFEA é a instância superior da fiscalização do exercício profissional da Engenharia e
da Agronomia, instituída pelo Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, com 83 anos de
existência, atualmente regida pela Lei 5.194/66, com sede em Brasília e 27 Conselhos Regionais
instalados nas capitais, dentre os quais o CREA/RN (Figura 2). Que tem a competência para
normatizar, orientar e disciplinar o exercício e as atividades das profissões ligadas ao sistema em todo
o território nacional.
CONFEA
O Plenário é o órgão colegiado decisório da estrutura básica que tem por finalidade decidir os
assuntos relacionados às competências do Conselho Regional, constituindo a segunda instância de
julgamento no âmbito de sua jurisdição, ressalvado o caso de foro privilegiado. É constituído por um
presidente e por conselheiros regionais, brasileiros, diplomados nas áreas profissionais do Sistema,
representantes das instituições de ensino superior e representantes das entidades de classe de nível
superior e médio registradas no CREA/RN.
As Câmaras Especializadas é o órgão decisório da estrutura básica do CREA/RN que tem por
finalidade apreciar e decidir os assuntos relacionados à fiscalização do exercício profissional, e
sugerir medidas para o aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional, constituindo a primeira
instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição, ressalvado o caso de foro privilegiado.
A Presidência é o órgão executivo máximo da estrutura básica que tem por finalidade dirigir
o CREA/RN e cumprir e fazer cumprir as decisões do Plenário.
A Diretoria é o órgão executivo da estrutura básica do CREA/RN que tem por finalidade
auxiliar a Presidência no desempenho de suas funções e decidir sobre questões administrativas.
A inspetoria é o órgão executivo que representa o CREA/RN no município ou na região onde
for instituída e tem por finalidade fiscalizar o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema
CONFEA/CREA.
legal, técnico ou administrativo. São instituídas pelo Plenário do Conselho Regional quando
necessário, as seguintes comissões: Comissão do Mérito, Comissão Eleitoral Regional e Comissão
de Sindicância e de Inquérito.
O Grupo de Trabalho é órgão de caráter temporário que tem por finalidade subsidiar os órgãos
da estrutura básica e da estrutura de suporte por intermédio do estudo de tema específico, objetivando
fixar entendimentos e apresentar propostas.
O Órgão Consultivo, que também compõe a estrutura de suporte, tem por finalidade auxiliar
o Plenário ou a Presidência em discussão de temas, no desenvolvimento de atividades ou na
implantação de estratégias do Conselho.
3. ATIVIDADES REALIZADAS
Durante o estágio supervisionado no CREA/RN, percebeu-se como se aplicam as leis e
normas na indústria de alimentos e na atividade profissional do Engenheiro de Alimentos,
identificando quais as suas competências, regulamentações, áreas de atuação, atividades e atribuições.
Assinalando a abrangência e os limites do exercício da profissão desse engenheiro. Além de como o
ele está inserido dentro do sistema CONFEA/CREA.
Bem como a forma de atuação do Conselho Regional em suas ações fiscalizatórias, sob os
diversos aspectos envolvidos de como é desenvolvida para promover a valorização profissional e
garantir a primazia dos exercícios das atividades profissionais.
Projetos
Operação e
Processos
superviisão
Áreas
Qualidade
Gestão
e produção
Engenheiros Químicos
Engenheiros de Alimentos
Engenheiros de Materiais
Engenheiros de Petróleo
CEEQ Engenheiros Têxteis
Engenheiros Industriais
Engenheiros de Produção
Engenheiros de Operação,
Os Tecnólogos e Técnicos
Essas ações fiscalizatórias são baseadas em levantamento de dados num primeiro instante,
implementadas através de três tipos de procedimentos: diretos, indiretos e conjuntos. Os
procedimentos diretos são executados in loco através da visita dos agentes fiscais aos locais onde
estejam situados empreendimentos que envolvam atividades técnicas de profissionais legalmente
habilitados, bem como em órgãos oficiais. Já os procedimentos indiretos são identificados em
diferentes meios de informações, os serviços técnicos e execuções de atividades relacionadas a
Engenharia de Alimentos, como Receita Federal, Federação das Indústrias, etc. E nos procedimentos
conjuntos são fiscalizações conjuntas com outros órgãos oficiais como Ministério Público,
Ouvidorias, Prefeituras, etc.
As informações que deverão ser averiguadas são: objetivo social da indústria, o quadro técnico
da empresa (profissionais de nível superior e médio), contratos e/ou notas fiscais de fornecedores de
insumos, contratos de empresas terceirizadas para serviços técnicos afins e correlatas e de outras
áreas, serviços de elaboração de programas (POP, APPCC, BPF, etc), laudos, vistorias, avaliações e
inspeções.
Posteriormente se procedem às verificações dos dados e elementos coletados dos profissionais
e/ou das empresas no sistema de informações do CREA/RN, verificando cada situação
minunciosamente. Quando constatada qualquer irregularidade ou ilegalidade o Profissional de
Fiscalização procede com as devidas orientações e a autuação da empresa ou do profissional, através
da lavratura do Auto de Infração (Figura 7) que é o ato processual que instaura o processo
administrativo, expondo os fatos ilícitos atribuídos ao autuado e indicando a legislação infringida,
conforme a Resolução 1.008/04 do CONFEA, em seu Art. 10.
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No sistema CONFEA/CREA, conforme seu site, no Brasil estão registrados, até 01 de outubro
de 2017, um total de 5.682 (cinco mil seiscentos e oitenta e dois) profissionais com formação em
Engenharia de Alimentos. No sistema interno do CREA do estado do RN, o SITAC, estão registrados
atualmente 40 (quarenta) Engenheiros de Alimentos. Desses 40 registrados, 19 (dezenove) são do
sexo masculino e 21 (vinte e um) do sexo feminino. Em plena atividade regular da profissão apenas
17 (dezessete) desses profissionais, 23 se encontram em situação irregular ou cancelados.
Sexo masculino
Sexo Feminino
Regulares
Irregulares / Cancelados
conselho, contudo possuindo como responsável técnico profissionais com outras formações:
Engenheiros Químicos, Engenheiros de Pesca e Engenheiros Agrônomos. Áreas que são consideradas
como sombreamento de profissões, onde profissionais possuem atribuições semelhantes, que chegam
até a gerarem conflitos.
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7. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O estágio supervisionado foi de grande valia para o discente. Além do enriquecimento no
conhecimento obtido, possibilitou a aplicação do conteúdo adquirido em sala de aula, tão importante
para a formação profissional de um graduando em Engenharia de Alimentos.
Conclui-se que o estágio é uma etapa no processo de desenvolvimento e aprendizagem do
aluno, por promover a troca de experiências, novas ideias e conceitos. A experiência prática
complementa a teórica nesse processo educacional.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei n. 5.194, de 27 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de Engenheiro,
Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, e dá outras providências. Diário Oficial da União em 27 de
dezembro de 1966.
RIO GRANDE DO NORTE. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Ato Normativo n. 66,
de 01 de abril de 2015. Altera o Normativo de Administração – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte – CREA/RN. Plenário
do CREA/RN em 01 de abril de 2015.