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Um agente confirma ter participado da operação para abater Dhlakama em Zimpinga
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2 Savana 11-03-2016
TEMA DA SEMANA
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o
N
ove de Fevereiro de 2013, riamente e que a situação se agravou
explode o painel de con- nos finais de FFevereiro.
log
trolo na sala de comando “Aqui no Bairro Central temos tido
da subestação que funcio- cortes todos os dias. Talvez 10 ve-
na na antiga Central Térmica de zes por dia. Ligamos sempre para
Maputo, nas imediações do bairro a EDM a reportar a situação, mas
Luís Cabral, e deixa às escuras toda sempre dizem que vão restabelecer,
a região sul do país, incluindo a ca- porém acabamos o dia inteiro sem
pital. luz”, anota.
Por isso, viu-se na necessidade de
A EDM não consegue explicar as investir na compra de um gerador,
ció
reais causas do incidente, num equi- mas que, à semelhança ao da Padaria
pamento montado em 2007 e con- Aliança, este só alimenta as máqui-
cebido como um dos mais modernos nas e, por vezes, as lâmpadas.
que existem no mundo e que custa- “Com este gerador só posso ligar as
ram à empresa cerca de 10 milhões máquinas e não os ares-condiciona-
de dólares americanos. dos. Por isso não se trabalha à vonta-
Na altura, o então Presidente do de”, reclama, afirmando que, no seu
Conselho de Administração (PCA) caso, este aparelho lhe consome en-
da EDM, Augusto de Sousa, anun- tre 500 a 600 meticais por dia, valor
so
ciou a criação duma comissão de que não compensa para o trabalho
inquérito e a vinda de técnicos ale- desenvolvido.
mães, ligados à firma ABB – Tecnel, Segundo Ana Paula Taha, gerente
que é responsável pela produção do do restaurante Cantinho do Brasil,
equipamento. os prejuízos, no seu caso, têm sido
As avarias constantes das subestações da EDM deixam os consumidores com as calças na mão
Augusto de Sousa referiu na altura dois: “primeiro, porque deixamos
que a EDM iria investir cerca de de produzir e segundo porque o que
Reparação que nunca se sário substituir 300 quilómetros de Vítor Miguel, gerente da Padaria está produzido deteriora-se e deitá-
cinco milhões de dólares americanos
materializou linha e até ao momento só se substi- Aliança, na cidade de Maputo, afir- mos fora”.
na reposição do equipamento ava-
De Fevereiro de 2013 até hoje pas- tuiu 50 quilómetros. ma que a situação é preocupante e “Quando a EDM corta a energia
riado e o processo da verificação da
um
sam três anos e ninguém, dentro da Negam que a avaria da Central Tér- que nos últimos dias tornou-se ainda não avisa e, quando a gente liga, não
avaria, passando pela reparação ou
EDM, fala da redundância da SO- mica da antiga SONEFE bem como mais insustentável. nos sabem dizer quanto tempo irá
substituição do mesmo, levaria no NEFE, dos resultados da comissão as construções de grandes edifícios “Os cortes são terríveis. Têm criado durar esse corte. Às vezes dizem que
mínimo 12 meses. Isto é, a Central de inquérito que averiguou a avaria na cidade de Maputo influenciem prejuízos enormes a todos os mu- vão mandar uma equipa para o terre-
Térmica de Maputo voltaria a fun- e muitos menos da reparação. nícipes e, em particular, à indústria
nas restrições de energia, na medida no, mas sabendo que o problema não
cionar normalmente a partir de Fe- De lá a esta parte os cortes de ener- em que, sobre o consumo, a EDM panificadora. Por exemplo, hoje
vereiro de 2014. é específico e é do seu conhecimento.
gia avolumavam-se cada vez mais e tem um plano director que prevê o (segunda-feira) o corte verificou-se
Sousa frisou que, para minorar o Noutros momentos desligam os te-
os gestores da EDM tornaram-se crescimento dos níveis do consumo por volta das 9:00 horas e só teremos lefones”, constata.
problema de energia na região sul do especialistas na elaboração de justifi- e sempre se tomam medidas para energia às 17:00 horas, no momento Neste estabelecimento, os cortes ve-
país, seria feita uma ligação directa cações. Aqui falou-se de tudo, desde responder a essas demandas. em que os nossos trabalhadores esta- rificam-se duas vezes por semana e
a partir da subestação de Fomento. o vento, a chuva, o nevoeiro, a poeira rão de saída”, diz a fonte, realçando sempre que o festival começa a pro-
Apontou a medida como probatória, e outros subterfúgios. O grito dos consumidores que nesta situação, “não é possível
Com a avaria da subestação de Fo- dução também pára.
de
visto que a mesma não resolveria o Os cortes chegam a durar mais de aumentarmos a produtividade”, que
mento, o festival dos cortes de ener- “Quando não há energia, ficamos
problema dos cortes de energia. 10 hor
horas por dia e repetindo-se por o governo tanto propala nos seus
gia ganhou proporções alarmantes, sem trabalhar e a EDM nunca se
Soube o SAVANA que a subesta- quase toda a semana. discursos.
sobretudo na zona baixa da cidade responsabilizou por nada. Nunca
ção da antiga SONEFE funcionava Assim, este cenário faz com que os “Choramos todos a dias a pedir o contactamos a defesa do consumi-
como redundância e desempenhava de Maputo.
serviços e bens dependentes da elec- aumento da produtividade, mas não dor, porque sabemos que esse tipo
Neste momento, os gestores da
um papel fundamental na gestão de tricidade sejam fornecidos a conta- há condições para que isso aconte- de associações não funcionam aqui”,
EDM dizem que precisam de mais
energia eléctrica na região sul, in- -gotas, o que preocupa não só os ça”, destaca. explica.
12 meses para normalizar a distri-
cluindo a capital. seus fornecedores, mas também os Porque a sua actividade é preponde-
buição da energia eléctrica.
A subestação de Infulene tinha Referem que tudo passa pela repara- utentes. rante para a vida do munícipe (o pão Soluções na versão dos
como papel distribuir energia para a ção da subestação de Fomento, num Para compreendermos o drama que é o produto mais consumido na ca- consumidores
io
região norte de Maputo bem como investimento de 150 milhões de me- se vive na capital do país, o SAVA- pital do país), Miguel avança que, na O SAVANA não quis saber apenas
nas províncias de Gaza e Inhamba- ticais, assim como na modernização NA saiu à rua e ouviu alguns agen- ausência da corrente eléctrica, a sua dos problemas, mas também das so-
ne. Por seu turno, a subestação de e ampliação da rede de distribuição e tes económicos. Estes são unânimes padaria tem recorrido ao gerador, luções para acabar com esta situação,
Fomento era responsável pela dis- de transporte de energia na região de em dizer que os prejuízos causados mas só para alimentar as máquinas, que atrasa a economia nacional.
tribuição de energia na região sul grande Maputo, um investimento na pelos frequentes e sucessivos cortes porque “não aguenta sustentar as Ana Paula é da opinião de que a
de Maputo incluindo a zona baixa ordem dos 250 milhões de dólares da corrente eléctrica são enormes e o lâmpadas e nem os ares-condicio- EDM deve explicar o que está a
ár
da capital. Em caso de avaria numa americanos. mais agravante é que a empresa for- nados”. acontecer e assumir responsabilida-
dessas subestações, activava-se auto- Sublinham que o processo do me- necedora dos serviços, EDM, nada “Temos recorrido ao gerador, como des pelos danos, porque “temos um
maticamente a subestação da antiga lhoramento da rede já começou e faz para alterar a situação, assim alternativa, mas só serve para ali- contrato e quando há infrações só o
SONEFE e o consumidor não se consiste na substituição de linhas de como nunca se responsabilizou pe- mentar as máquinas. Os escritórios cliente é penalizado e ela não”.
apercebia da avariaia até ao término transporte da rede erguida no tempo los danos materiais que tem causado ficam sem corrente, porque não te- Vítor Miguel apontou a monopo-
da sua reparação. colonial. Feitas as contas, é neces- aos clientes. mos capacidade financeira para tra- lização dos serviços como o maior
Di
Nicol´s, defende que a EDM não rede de distribuição de energia na de transporte e, até ao momento, salvou que há necessidade urgente enquanto a da Gigawatt é cara por-
tem capacidade para se responsabi- região de grande Maputo foi ergui- apenas conseguiu 50 quilómetros. de se encontrar outras fontes de pro- que o processo de produção também
lizar pelos danos provocados pelos da há mais de quatro décadas para Amado nega que a avaria da Central dução de energia para se reforçar a é dispendioso, para além de que é
cortes e oscilação da energia eléc- uma demanda inferior à actual e, até Térmica da antiga SONEFE esteja rede porque a procura está a crescer necessário repor o investimento fei-
trica e que, se um dia se quiser res- ao momento, ainda não houve um na origem dos cortes constantes de muito. to.
ponsabilizar, esta poderá fechar as trabalho de fundo no que concerne à energia eléctrica e refere que o pro- Sobre a diferença dos preços de Sublinha que há vontade de se ad-
portas. substituição, reabilitação ou moder- blema deriva do cansaço da rede de aquisição da energia, Luís Amado quirir
ir toda a energia na HCB, mas
Por isso, afirma a fonte, é preciso que nização das mesmas. distribuição assim como das avarias referiu que tudo depende da fonte e a empresa está no limite e só pode
o
o Estado assuma as responsabilida- Os gestores da EDM apontam a dos postos de transformação. da forma como essa fonte produz a fornecer até 500 Megawatts à EDM,
des e crie mecanismos para resolver falta de fundos para desencadear a Segundo o gestor da EDM, o con- energia. entretanto, como a sua firma tem o
este assunto, que afecta o dia-a-dia operação. Contudo, mesmo alegan- sumo de energia cresce 17 a 18% Exemplificando, a fonte disse que a compromisso de garantir energia aos
do cidadão. do falta de fundos para melhorar a ano e a sua empresa tudo faz para energia da HCB é mais barata por- consumidores, tem de arranjar ou-
log
“A falta da energia eléctrica provoca qualidade de energia destinada aos responder à procura. Contudo, res- que a sua produção também é barata tras fontes.
a falta de água, insegurança e ou- consumidores, a EDM continua a
tros”, destaca. distribuir os seus recursos às elites
Mouzinho conta que a sua institui- políticas, todas ligadas ao partido
ção, em tempos, já fez exposições Frelimo.
àquela empresa pública, tendo na al- O caso mais recente chega-nos a
tura respondido às solicitações, mas partir da Central Termoeléctrica de
desde que a situação se tornou insus- Gás Natural, localizada na região de
tentável, esta passou a não responder. Ressano Garcia, distrito de Moam-
Apesar desses problemas, Mouzi- ba, província de Maputo, recente-
ció
nho não aponta a monopolização mente inaugurada pelo Presidente
dos serviços como a razão para a má da República, Filipe Nyusi.
gestão daquela empresa pública e A companhia responsável pela nova
avança que este sector, à semelhança central de gás tem como um dos
aos do fornecimento de água, é o dos accionistas o antigo Presidente da
mais difíceis de liberalizar, devido à República, Armando Guebuza. Tra-
gestão da rede. ta-se da empresa Intelec Holdings,
liderada pelo então presidente da
“O maior problema deste sector está
Confederação das Associações Eco-
na gestão da rede, que é sempre di-
so
nómicas (CTA), Salimo Abdula.
fícil, quando há concorrência no sec-
Na estrutura accionista constam ain-
tor. Podíamos dizer que seja o priva-
da os nomes dos familiares do antigo
do a gerir o processo de expansão da
ministro da Indústria e Comércio,
electrificação do país, mas teríamos
Carlos Morgado, já falecido.
problemas na fonte. Portanto, é pre-
Esta empresa, denominada Giga-
ciso que se mude a gestão da empre-
watt Moçambique, firmou um con-
sa. É preciso que faça a substituição
trato com a EDM para esta fornecer
de todo o equipamento obsoleto, a sua energia àquela empresa públi-
para acompanhar as mudanças”, fi- ca.
um
naliza. A Gigawatt tem como PCA o enge-
nheiro Castigo Langa, antigo minis-
“O governo está a traba- tro de Energia e membro do Comité
lhar”, Munir Sacur – CTA Central da Frelimo.
Contactado pela nossa reportagem O contrato com a Gigawatt, cujos
para falar dos impactos deste pro- contornos não são do domínio pú-
blema na economia nacional, o chefe blico, foi rubricado numa altura em
do Pelouro da Energia, na Confe- que Armando Guebuza era Presi-
deração das Associações Económi- dente da República.
cas (CTA), Munir Sacur, apontou No contrato ficou acordado que a
a guerra dos 16 anos como sendo a EDM devia pagar entre 9,5 a 10
responsável pela situação actual do icanos por qui-
dólares norte-americanos
de
tricas, Sacur disse ser cedo para ava- do, a EDM tem na sua manga uma
liarmos os impactos destes, porque carteira de investimentos com vista a
estas ainda são novas e os problemas regularizar o problema de cortes.
não são novos. Dentre várias datas que a empresa já
indicou, desta vez Amado aponta o
1RPHQNODWXUDDVÀ[LD('0 prazo de 12 meses como o período
Di
o
do SAVANA denuncia
aquilo que se classifica
de tentativas de obstru-
ção e manipulação da deliberação
log
da Comissão de Licenciamento
de Empreiteiros e Consultores de
Construção Civil do Ministério
de Obras Públicas, Habitação e
Recursos Hídricos em relação às
infracções cometidas pela em-
presa JRC – Construções, num
concurso público promovido pelo
Regadio do Baixo Limpopo para
ció
a contração de empreitada de re-
abilitação de 43,5 km de estrada
de terra.
so
Moçambicana de Empreiteiros
(FME), a 27 de Março de 2015,
um ofício denunciando um con-
junto de infracções cometidas pela
empreiteira JRC-Construções e
que nos termos do artigo 29 do
Regulamento do Licenciamento
da Actividade de Empreiteiros de
Construção Civil concorre para a
um
cassação e retirada do alvará. Parte dos documentos apresentados na denúncia contra a empreiteira JRC-Construções cujo fecho aguarda pela decisão do ministro das Obras Públicas
As irregularidades foram cometi-
das no concurso público lançado A referida equipa foi depois en- sabiam da denúncia, exigiram que existe e está na posse de alguns Conta Soca que o processo seguiu
pelo então Ministério de Agricul- viada ao terreno onde apurou, em o empreiteiro apresentasse uma integrantes da CLECCC. todos os passos e ainda está à es-
tura, hoje Ministério de Agricul- É nesta senda que o documento
relatório, que de facto havia indí- carta abonatória da CLECCC pera da decisão final.
tura e Segurança Alimentar, em em nosso poder recomenda que,
cios bastantes do cometimento da que deixasse claro que o inquérito Na qualidade de presidente da
2014, visando a reabilitação do na qualidade de denunciante das
infracção da parte do empreiteiro em curso não tinha nenhum efeito CLECCC, Brito Soca tem ape-
Regadio do Baixo Limpopo na falcatruas da JRC-Construções, a
JRC- Construções. jurídico sobre o empr
empreiteiro.
província de Gaza. nas a missão de fazer cumprir as
Para o efeito, o elenco da Para tal, o empreiteiro contactou FME devia, perante a apatia do
Sublinha a nossa fonte que, depois presidente da CLECCC em levar deliberações da Comissão porque
CLECCC reuniu-se, em sessão a Comissão e esta, através do seu
de receber a queixa, a CLECCC, as decisões resultaram da votação
de
ordinária, no passado mês de Ou- presidente, produziu uma missiva o caso à homologação do ministro,
liderada por Brito António Soca, tomar medidas com vista ao cum- colegial.
o, para analisar os resultados
tubro, para o Regadio onde desaconse-
director Nacional de Edificações primento da decisão da Comissão. Refere que não há espaço para in-
do relatório produzido pela sub- lhava a participação desta empresa
no Ministério das Obras Públicas, A carta que viemos a citar foi
comissão criada para investigar os no concurso enquanto decorria o fluenciar sobre as mesmas, na me-
Habitação e Recursos Hídricos, entregue à FME e a entrada foi
factos e chegou à conclusão de que processo. O documento em causa dida em que todas as reuniões da
exigiu, em ofício datado de 03 de confirmada por Agostinho Vuma,
a JRC – Construções violou as re- está em poder do SASAVANA. Comissão são resumidas em actas
Junho de 2015, provas que fun- presidente da FME, que referiu
damentassem a acusação contida gras do concurso em causa e que No entanto, de acordo com as assinadas por todos os integrantes.
devia ser aplicada a medida de co- nossas fontes, estranhamente, dias que nada podia falar do momento,
na queixa, o que foi satisfeito no na medida em que o assunto está “Sempre que recebemos uma de-
mesmo dia. ação mais pesada que é a cassação depois, o presidente da CLECCC
a ser tratado em fóruns próprios, núncia mandámos investigar antes
io
Avança a fonte que, depois da e o cancelamento do alvará. mudou de ideia e tentou inverter a
mas que tudo indica que haverá de tomar qualquer decisão. Nestas
CLECCC receber as evidências Para tal, o colégio da CLECCC decisão e procurou formas de in-
produziu uma deliberação, duzir o jurista afecto à CLECCC boa fé e a decisão contida na deli- coisas de denúncias, é bom saber
que provavam o facto da JRC beração será homologada.
apoiando-se no relatório, na qual a elaborar outra carta em benefício que o acusado goza de presunção
– Construções ter forjado os do- Recordar que a CLECCC é um
sancionava a empreiteira JRC a empreiteira JRC - Construções. de inocência antes que se prove
cumentos para conseguir a adju- órgão colegial que tem dentre vá-
– Construções com a pena de A missiva em causa declarava que o contrário. É nesse quadro que
ár
bilizar a instauração do respectivo O SAVANA está na posse da acta da pelo referido jurista por achar
Recursos Minerais e Energia, dito que em breve será tomada a
processo disciplinar usando táticas da reunião e da deliberação que que se tratava duma medida ilegal.
Justiça, Administração Nacional decisão”, frisou.
de manobras dilatórias com objec- determinou o cancelamento da li- A renitência do jurista custou-lhe
de Estradas, Federação Moçam- Sobre o jurista que supostamen-
tivo único de retardar o andamen- cença da JRC-Construções. o afastamento da CLECCC.
bicana de Empreiteiros, Ordem
to do expediente. Sublinha que, em vez do presiden- te foi afastado alegadamente por
dos Engenheiros de Moçambique,
Sublinha que as tentativas de ma- Truques te da CLECCC mandar o proces- Associação dos Consultores e o ter recusado acatar as ordens do
nipulação do processo começam Sublinha a nossa fonte que, em so para ministro, a fim de homo- sindicato do sector de construção. seu chefe, Brito Soca referiu que
logo com a criação da subcomissão vez de canalizar a deliberação ao logar a decisão, tem procurado a CLECCC não tem nenhum
para apurar os factos denunciados ministro para efeitos de homolo- formas de manipular a comissão Presidente da CLECCC jurista, todos os juristas que asses-
pela FME, onde o presidente da gação, o presidente da CLECCC no sentido de produzir uma outra distancia-se soram a Comissão pertencem ao
CLECCC mostrou dificuldades engavetou a decisão. deliberação a ilibar a JRC-Cons- Contactado pelo SAVANA, Brito
Gabinete Jurídico do ministério e
em enviar os integrantes da Co- No período em que decorria o in- truções, alegando que nunca hou- António Soca confirmou a recep-
missão para o Regadio de Bai- quérito, a JRC-Construções ten- ve nenhuma deliberação contra a ção da denúncia da FME sobre a podem ser movimentados a qual-
xo Limpopo para confrontar os tou concorrer a uma outra obra no cassação do alvará desta constru- empreiteira bem como a criação quer momento. “Isso não depen-
factos arrolados na denúncia da Regadio do Limpopo, mas como tora, facto que não constitui a ver- da subcomissão para investigar os dente do presidente da Comissão”.
FME. os gestores do empreendimento dade, pois o documento em alusão factos arrolados. (Redacção)
Savana 11-03-2016 5
TEMA
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DA SEMANA
6 Savana 11-03-2016
SOCIEDADE
o
Por Argunaldo Nhampossa
O
presidente da Repú- o vice-ministro, Justiça, Assun- depositando plena confiança quem criou o mal-entendido trangeiros daquele país vizinho,
log
blica, Filipe Nyusi, e tos Constitucionais e Religiosos, em Jacob Zuma, alegando que foi a ministra dos Negócios Es- Maite Mashabane
Mashabane.
o líder da Renamo, Joaquim Veríssimo, a fazer uma
Afonso Dhlakama, comunicação sem direito a per-
manifestaram uma vez mais, guntas.
esta semana, a disponibilida- Na referida comunicação, Ve-
de de reatarem o diálogo para ríssimo garantiu que estavam
devolver a estabilidade ao país. asseguradas todas as condições
Mas, como tem sido hábito, na logísticas e de segurança para o
ció
hora do avanço começam a sur- diálogo entre Nyusi e Dhlaka-
gir entretantos que podem hi- ma, tendo sublinhado que o
potecar estas expectativas. Um mesmo deve acontecer sem
dia depois de ter respondido quaisquer pré-condições.
favoravelmente ao convite de Muchanga diz que a comuni-
Nyusi, mas com a condição de cação de Veríssimo constitui
incluir o grupo dos mediado- um atentado à preparação do
res, o governo, através do vice- encontro, uma vez que as par-
so
-ministro da Justiça, Assuntos tes têm usado correspondências
constitucionais e Religiosos, para troca de impressões. Diz
Joaquim Veríssimo, veio dizer ainda que isto denota falta de
publicamente que o diálogo não liderança do PR, porque na sua
pode ter condicionantes. ausência os membros do gover-
no emitem comunicados acres-
É caso para recordar os impasses centando novos dados que não
que se verificaram nas negocia- constam da carta convite envia-
ções havidas no Centro de Con- da ao seu partido.
um
ferências Joaquim Chissano que Precisou que o nome do vice-
levaram mais de 100 rondas sem -ministro da Justiça, Assuntos
consensos. Constitucionais e Religiosos
O interesse de retomada do diá- não consta da lista constituída
logo entre as partes não é novo, por Nyusi para cuidar dos pre-
mas esta semana ganhou nova parativos, facto que mostra que
dinâmica, dada a tensão polí- desta vez nem os ministros e
tico-militar em que o país está muitos menos os vice-ministros
mergulhado e que já começou a farão parte da comitiva. Assim,
fazer vítimas civis. avançaa que este tipo de discur-
de
o
O
Instituto Superior de eficaz”, referiu Nazira Abdula. entre 2003 e 2011, na ordem dos Inquérito Demográfico
áfico de Saúde. convidados, corpo docente e admi-
Ciências de Saúde (IS- “Segundo: O ISCISA pode (e 408 por 100 mil nascidos vivos, Na abertura do ano académico nistrativo, estudantes, quadros do
CISA) abriu oficial- deve) formar profissionais de saú- ainda de acordo com os dados do 2016 estiveram presentes, além de singulares.
sector e pessoas singular
log
mente, na passada sex- de altamente qualificados, isto é,
ta-feira, o ano académico 2016. tecnicamente bem preparados e
Como é habitual, a abertura do imbuídos de altos valores morais...
ano académico é acompanhada recordo que esta é uma premissa
por uma oração de sapiência. para serviços de qualidade”, acres-
centou ela.
Nazira Abdula, ministra da Saúde, Em relação ao primeiro aspecto, a
foi a convidada para abrir o ano ministra destacou que, como qual-
com uma oração de sapiência que quer outra instituição académica,
ció
esteve subordinada ao tema: Es- acredita que o ISCISA tem um
tratégia Nacional para Redução enorme potencial para o desenvol-
da Mortalidade Materna em Mo- vimento de pesquisa, sobretudo a
çambique. pesquisa operacional. Isto deve, na
A mortalidade materna e infan- visão da ministra, constituir uma
til é, na verdade, um problema de força motriz, apesar de reconhe-
saúde pública em Moçambique, cer que a realização de pesquisas
daí que as autoridades moçambi- científicas exige recursos que, in-
felizmente, nem sempre estão dis-
so
canas têm estado a assumir uma
postura de maior proactividade no poníveis.
sentido de corrigir e combater os “Mesmo assim, não nos devemos
factores tidos como propiciadores dar por vencidos.... em contra-
da existência de índices elevados partida, devemos olhar para este
de morte de mulheres (no parto e cenário como uma oportunidade
após o parto) e também o nasci- para inovar....ou como diriam al-
mento de nados mortos, além de guns.....para pensar fora da caixa!”,
morte de crianças instantes após o acrescentou.
Falou, igualmente, da necessidade
um
parto.
Entretanto, a correcção desta re- de, além da formação eminente-
mente científica, o ISCISA buscar
alidade continua a andar a passo
condimentos para assegurar uma
de camaleão, visto que, apesar dos
formação de quadros com forte
esforços em curso, os números des-
domínio do contexto sócio-cul-
ta problemática continuam altos,
tural moçambicano e de valores
tendo em conta as metas global-
morais.
mente acordadas pelos Estados no
concerto das Nações.
Situação em números
A ministra da Saúde, Nazira Ab- Em Moçambique,, maior parte
dula, reconhece este problema e das mortes maternas acontecem
promete que dias melhores virão,
de
Homenageando Samora
o
Mantchiyani Machel*
É
com grande prazer e honra onde se refere: “O espírito de vi- a disciplina que era uma das suas Poucos tiveram o privilégio de
que me dirijo a vós, nesta tória impede-nos de estudar e de mais importantes caraterísticas. As chamar Samora “marido, pai, ir-
log
homenagem a Samora tirar lições do fracasso”. Hoje, mais minhas tias e tios foram repreen- mão, tio ou primo”. Eu não tive
Moisés Machel, primeiro do que nunca, existe um défice de didos por fazer coisas que hoje em oportunidade de lhe chamar “avô”,
Presidente de Moçambique atra- auto-crítica construtiva, simples e dia qualquer jovem acha normal. nem ele de me ouvir pronunciar
vés da objectiva de Kok Nam. humana. O debate das lideranças Esses actos que hoje consideramos essa palavra. Porque, Samora como
Gostaria de convidar a todos os está direccionado para quem vai extremos deram a Samora autori- comandante-em-chefe, pôs o amor
presentes a descreverem Samora dirigir em vez de como devemos dade moral. Por isso os discursos por Moç
Moçambique em primeiro lu-
numa palavra apenas... (…presi- desenvolver. A preocupação é de dele não eram vazios ou cheios de gar. Uma dor para a família, mas
dente, honesto, filósofo, inteligen- ver quem fica com que parte do palavras para ouvir, bater palmas e também motivo de grande orgulho.
te, corajoso). bolo em vez de ver como vamos serem
em esquecidas no tempo…
tempo Os Samora não vendeu o país, muito
ció
fazer pão. Se continuarmos neste seus discursos são perenes, atem- menos o seu nome. Hoje em dia
Sim, ele era tudo isso, mas acima caminho não vai haver bolo ou pão, poral, clássicos. existem pessoas que tentam usar
de todos os atributos ele colocava e continuaremos a pedir esmola. Os moçambicanos deram credibi- e tirar proveito do seu nome para
as suas responsabilidades à frente Repito, Samora ensina-nos que o lidade à sua honestidade e palavra. fins obscuros. O único, o maior e
das suas necessidades. Samora en- primeiro dever de um governante O povo reconhece a voz da verdade, o mais valioso bem que Samora
sinava a saber estar, a saber ser um é servir o povo e em último lugar por isso o povo o protegia e conti- nos deixou foi o seu exemplo. Em
bom enfermeiro, um bom profes- servir-se a si próprio. nua a protegê-lo, da mesma forma África existem poucos líderes que
sor, um bom camponês e operário. Se analisarmos atentamente os úl- que ele defendia e protegia o povo. deixaram somente isso para a sua
Enfim, a dar dignidade ao moçam- timos 30 anos, em alguns períodos Quantas vezes ouvimos desabafos família directa.
so
bicano, a dar esperança num tempo Samora foi propositadamente es- Mantchiyani Machel tais como,
como “no tempo de Samora, Neste álbum está identificado
em que não havia mais do que isso. quecido pelos seus mais próximos, ou...se Samora estivesse vivo isto quem é o inimigo e as suas tácticas:
Ele estaria orgulhoso de ver o nú- mas imortalizado pelo seu patrão minha atenção é a seguinte: “Se ou aquilo não havia de acontecer”. divisão, supressão e imposição. Não
mero de jovens que as nossas uni- — o povo! Este álbum também o trabalhador da cervejaria pode Isto mostra que a “autoridade mo- podemos apenas alertar o povo e
versidades já formaram. Feliz de revela que Samora era um polícia levar cerveja para casa, se o traba- ral” não se cria à força, bem pelo tornarmo-nos expectadores.
ver as milhares de crianças unifor- de elite para os governantes, uma lhador da avícola pode levar gali- contrário, conquista-se com actos Não precisamos de reinventar a
mizadas caminhando diariamente ameaça para o poder na era dele e nhas para casa… já agora o caixa concretos...
concr Isso é o que eu chamo roda, as lições do nosso fracasso
em todo o país para a escola. Os ainda hoje continua a ser. poderia levar o dinheiro para casa. de legado.
lega foram identificadas anos atrás. A
hospitais, as estradas, as pontes, os O Samora que me é revelado a mim Isso é roubo!” …Nesta frase pode- Os ensinamentos que nos são tra- questão agora é se vamos aprender
um
sistemas de comunicação... Aque- e a toda a minha geração através de ríamos hoje substituir as palavras zidos através de meios como este ou continuar a andar num círculo
les que o conheceram sabem que vídeos, entrevistas, documentários, trabalhador e caixa por governante. álbum estão a ser testados pelo vicioso, em que todos vamos per-
até iria gabar-se da beleza da mu- fotos e testemunhos como este O meu pai (Idelson) teve de devol- tempo. Não pode haver melhor der. A única diferença é que vão ser
lher moçambicana e de como di- ensinou-me a questionar, adaptar, ver uma motorizada que lhe tinha teste de um legado se o povo ain- uns mais que os outros e os mais
ria, ao vê-la maquilhada, “… ahhh inovar. Questionar o Presidente? sido oferecida por investidores.
investidor da fala bem de ti. Não sei se outros culpados vão-se auto-homenagear
como fica linda de batom vermelho Sim, questionar injustiças, a prepo- Outra vez, foi impedido de entrar dirigentes passarão do tempo ou heróis da história. Para onde vamos
nos lábios”! tência, o roubo, mesmo que alguém no palácio e detido por uns dias por do teste. Lembrem-se que faz 30 é uma escolha que só a nós cabe.
Para Samora: “O dever de cada um seja da sua família. ordem do Ministro da Seguran- anos e ele continua ser a sombra A Luta Continua
de nós e dos líderes, em particular, Ou não foi ele que disse: “Se eu ça que dizia que ele tinha violado espiritual de Moçambique e da sua
é de sermos os últimos nos bene- levantar um prédio… Façam o fa- regras de segurança. Samora não família. Claro que cometeu erros e *Neto de Samora Machel, discurso
fícios e os primeiros no sacrifício”. vor de perguntar…Samora onde interveio. Manteve-se Presidente. não foram poucos. Africanos que proferido no dia 4 de Março, no
de
Como os tempos mudaram… arranjou o dinheiro?”. Muito provavelmente “apertou” o somos, dos nossos antepassados lançamento de um álbum fotográfico,
Fazemos o lançamento deste ál- Uma outra citação ão que captou a seu coração de pai, mas manteve devemos colher os bons frutos. “Samora... por Kok Nam”.
bum num momento em que esta-
mos em crise; económica, militar e
moral. Esta obra mostra quão re-
levante a mensagem de Samora se
tornou hoje. Os mesmos inimigos
do povo continuam a existir e mais
fortes ainda: corrupção, tribalismo,
ganância. Isso me deixa a pensar
io
o
log
Convite Público
Evento: &RQIHUrQFLD(FRQRPLDH*RYHUQDomR'HVDÀRVH3URSRV-
&RQIHUrQFLD(FRQRPLDH*RYHUQDomR'HVDÀRVH3URSRV
WDV$QiOLVHGRSULPHLURDQRGDJRYHUQDomRGH)LOLSH-DFLQWR1
WDV$QiOLVHGRSULPHLURDQRGDJRYHUQDomRGH)LOLSH-DFLQWR1\XVL
ció
Data: 23 de Março de 2016
Local: &HQWURGH&RQIHUrQFLDVGD7'0&LGDGHGH0DSXWR
Entrada: /LYUHQmRUHTXHULQVFULomR
so
2&HQWURGH,QWHJULGDGH3~EOLFD&,3,QVWLWXWRGH(VWXGRV6RF
2&HQWURGH,QWHJULGDGH3~EOLFD&,3,QVWLWXWRGH(VWXGRV6RFLDLVH
(FRQyPLFRV,(6(H2EVHUYDWyULRGR0HLR5XUDO205RUJDQL]DPD
(FRQyPLFRV,(6(H2EVHUYDWyULRGR0HLR5XUDO205RUJDQL]DP
2ª CONFERÊNCIA ECONOMIA E GOVERNAÇÃO: DESAFIOS E
HVWHDQRGHGLFDGDjDQiOLVHGDJRYHUQDomRGH)LOLSH-D
PROPOSTASHVWHDQRGHGLFDGDjDQiOLVHGDJRYHUQDomRGH)LOLSH-D-
um
FLQWR1\XVL
$FRQIHUrQFLDWHPSRUREMHFWLYRDQDOLVDUDHYROXomRGRSDtVHPDOJXPDV
$FRQIHUrQFLDWHPSRUREMHFWLYRDQDOLVDUDHYROXomRGRSDtVHP
iUHDVGXUDQWHRSULPHLURDQRGRPDQGDWRGR3UHVLGHQWH)LOLSH-DFLQWR
iUHDVGXUDQWHRSULPHLURDQRGRPDQGDWRGR3UHVLGHQWH)LOLSH-
1\XVL$DQiOLVHVHUiUHDOL]DGDjOX]GDVVXJHVW}HVHGRGHEDWLGRQD
1\XVL$DQiOLVHVHUiUHDOL]DGDjOX]GDVVXJHVW}HVHGRGHEDWL
de
SUHRFX-
1D SULPHLUD FRQIHUrQFLD IRUDP DSUHVHQWDGDV DV SULQFLSDLV SUHRFX
SDo}HV TXDQWR j VLWXDomR GR SDtV H SRVVtYHLV PHGLGDV QDV iUHDV TXH
io
FRQVWLWXHPRREMHFWRGHWUDEDOKRGDVWUrVRUJDQL]Do}HVSURPRWRUDVGR
FRQVWLWXHPRREMHFWRGHWUDEDOKRGDVWUrVRUJDQL]Do}HVSURPRWRU
HYHQWR$ViUHDVGDSROtWLFDJRYHUQDomRSROtWLFDVS~EOLFDVHFRQRPLD
HYHQWR$ViUHDVGDSROtWLFDJRYHUQDomRSROtWLFDVS~EOLFDVH
ár
DJULFXOWXUDHPHLRUXUDOFRQVWLWXHPRIRFRGRHYHQWR
FRQIRUPH R
$ FRQIHUrQFLD HVWi HVWUXWXUDGD HP TXDWUR FRPXQLFDo}HV FRQIRUPH
Di
SURJUDPDHPDQH[R
o
- Adriano Nuvunga, do CIP, chama atenção para que a operação, que poderá ligar Cabo Delgado, em Moçambique, e Gauteng, na África
África do Sul, não se
transforme numa segunda EMATUM
Por Armando Nhantumbo
log
É
mais um daqueles casos que lio João Mandanda Chipande. Cada têm” diz, reiterando que é preciso as-
encerram a promiscuidade um dos accionistas detém 50% da segurar que não seja a cota do gás re-
entre a política e os negó- Chetu”, refere a análise, acrescentan- servado ao gás doméstico que há-de
cios em Moçambique, onde do que “no dia 23 de Junho de 2015, ir para o país vizinho.
os grandes empreendimentos com o casal Chipande, aliás, os sócios da Para o entrevistado, a ser essa cota, é
participação privada, regra geral, Chetu Lda., deliberaram em Assem- preciso assegurar que o gás seja ven-
caem nas mãos da elite frelimista. bleia Geral Extraordinária, realizada dido ao preço do mercado, ressalvan-
Com tentáculos em vários negócios, na sede da empresa (que coincide do contudo que as iniciativas domés-
alguns dos quais conseguidos à meia- com a residência do casal) a partici- ticas moçambicanas não podem ficar
-noite, fruto de negociatas encober- pação da Chetu, Limitada na socie- com défice de provisão de gás porque
ció
tas pela sua forte influência política, dade Profin Consulting, SA”. o mesmo está a ser exportado para a
o general Alberto Chipande, tio do No acto da constituição da Profin, o África do Sul.
actual presidente da República, Fi- casal Chipande foi representado pela Entende, por outro lado, que é pre-
lipe Nyusi, é, juntamente com sua sua filha Doroteia Alberto Chipande ciso assegurar que a construção des-
esposa, Hortência Chipande, um e o CIP publicou documentos oficiais ta mega infra-estrutura não seja, em
dos accionistas do consórcio SacOil- que comprovam todas as ligações. si, lesiva ao Estado, ou seja, nada de
-ENH-Profin que, semana finda, No seu comunicado, o consórcio Alberto Chipande, o todo-poderoso que quer tudo Moçambique aparecer no negócio
anunciou uma ambiciosa intenção SacOil-ENH-Profin diz ter priori- como avalista conforme fez com a
Digital da Radiodifusão que, sem jectos dependerão da avaliação e
de construir um gasoduto de 2600 zado a participação do empresariado Empresa Moçambicana de Atum
concurso público, foi adjudicado à aprovação do Gov Governo, mediante
so
quilómetros ligando a província de nacional, uma vez que integra na sua (EMATUM) que hoje penaliza os
StarTimes, uma empresa participada concurso público que, nos termos da
Cabo Delgado, em Moçambique, à estrutura accionista a Profin, empresa moçambicanos.
pela Focus 21 de Armando Guebuza transparência governativa, deverá ser
província sul-africana de Gauteng, de capitais privados moçambicanos. “Isso significa que não deve ser o Es-
e seus filhos. lançado para o efeito. É que, até aqui,
num orçamento de seis bilhões de “De resto, a garantia da participação tado moçambicano a construir ou o
tudo o que existe são apenas projectos
dólares. do empresariado nacional nos pro- Estado moçambicano a dar garantias
O general vem de uma derrota privados de empresas interessadas na
jectos do sector extractivo e de ou- execução do gasoduto que faz parte soberanas para a construção desse pi-
Quando a notícia chegou, semana A corrida de Alberto Chipande para
tras infra-estruturas tem sido feita do plano nacional de desenvolvimen- peline. Essa tem de ser uma iniciati-
passada, a partir da África do Sul, o negócio da construção do gasodu-
através de empresas da elite política to do gás natural nacional. va puramente privada, impulsionada
criou alguma preocupação para aque- to que poderá ligar Cabo Delgado e
ligada ao partido no poder, como a Por isso, depois do anúncio, seguir- pela demanda do gás na África do
les que, nas memórias, guardam o Gauteng acontece meses depois de o
Profin”, repara a organização que luta Sul” recomendou, sublinhando: “é
um
“homem do primeiro tiro”, juntamen- -se-ão etapas de estudos de viabili-
histórico de um negócio que em 10 pela boa governação, transparência e preciso assegurar que a própria infra-
te com outras figuras sonantes como dade económica e social do projecto
anos, de acordo com uma pesqui- integridade. -estrutura não seja EMATUM 2”.
Raimundo Pachinuapa, José Katu- bem como a elaboração do projecto
sa publicada em 2013 pelo Centro Em Outubro de 2015, a estatal ENH Fora esses dois pontos, Nuvunga diz
pha, Oldivanda Bacar, Abdul Magid de construção do gasoduto, um pro-
de Integridade Pública (CIP), qua- e a Profin do todo-poderoso Alberto que o CIP recebeu a notícia da cons-
Osman e Carimo Abdul Mahomed cesso que não deverá durar menos de
se nada rendeu para Moçambique, Chipande assinaram um acordo para trução do “Renascimento Africano”
Issa, ter perdido, em finais de 2015, seis meses. Depois será submetido ao
nomeadamente, a exploração de gás a “participação como um parceiro de com bastante tranquilidade, uma vez
de Pande e Temane, na província de a batalha na quinta ronda de concur- Governo para análise que se espera
joint-venturee nos projectos de gás so para a concessão de projectos de seja em concurso público. que o gás a sair da bacia do Rovuma
Inhambane, pela multinacional sul- natural integrada, sob reserva da sua precisará de mercado para a sua co-
-africana SASOL que, em contra- pesquisa e exploração de hidrocar- Para além da Chetu, Lda. de Alberto
exequibilidade técnica e viabilidade bonetos na bacia de Angoche, onde Chipande, a Profin, de acordo com mercialização.
partida, era apontada como estando a comercial”, anunciou a SacOil. Até porque considera inevitável a
arrecadar fabulosos lucros no negócio. estavam em jogo 15 concessões, em ofícios publicados pelo Centro de
Assim, o recém-anunciado projecto terra e no mar, com potenciais blocos Integridade Pública, tem na sua es- infra-estrutura e esclarece que tem
Foi assim que, esta semana, o SAVA-
para a construção do gasoduto é o uma diferença fundamental com o
de
NA foi atrás de entendidos na ma- com poços de petróleo naquele distri- trutura accionista, a Phambile - In-
primeiro grande empreendimento to costeiro da província de Nampula. vestimentos, Imobiliária, Logística e projecto da SASOL.
téria para perceber os contornos do
de infra-estrutura ao serviço do gás Mas a empresa dessa nomenklatura, Procurment, Sociedade Unipessoal “O acordo que a SASOL teve foi de
anúncio da SacOil-ENH-Profin.
natural da Bacia do Rovuma em que a Petroinvest, criada em 2014 e sem Limitada, com 18,7%, uma empre- exportar todo o seu gás para a Áfri-
O director do Centro de Integridade
a Profin participa, no âmbito do refe- credenciais petrolíferas conhecidas, sa detida por Milva Luís Ribeiro ca do Sul. A SASOL veio para aqui
Pública, Adriano Nuvunga, abriu as
rido acordo assinado entre a empresa não conseguiu inclusão em nenhu- dos Santos, que em perfis públicos construir uma arquitectura de um
portas do CIP, esta quarta-feira, para
privada do tio e conterrâneo de Filipe ma das propostas de multinacionais apresenta-se como gestora de vendas projecto que envolvia pipeline para a
abordar o dossier que ainda está en-
Nyusi e a ENH. concorrentes. Mais do que isso, a sua e marketing no Serena Polana Hotel. exploração e a exportação do gás para
volto a muitas zonas de penumbra.
Em 2015, Alberto Chipande, depu- proposta de última hora de se can- Foi a 19 de Junho de 2015 que a úni- a África do Sul. É diferente deste
Mais do que dar explicações, Nu-
tado da Assembleia da República e didatar como não operador em duas ca accionista da empresa decidiu, em caso em que temos duas concessioná-
vunga deixou recomendações àqueles
Membro da Comissão Permanente, assembleia-geral extraordinária, par- rias, o grupo da Anadarko e o grupo
io
as ligações do general Alberto Chi- Numa altura em que choviam críti- O martelo está com o governo singular da Profin. Para além da Pro- nárias do gás”, tranquiliza.
pande com o consórcio que pretende cas de todos os cantos sobre a forma A pretensão da SacOil-ENH-Profin fin, Quilambo tem uma outra empre- Nuvunga diz ainda que o que há até
construir o gasoduto apelidado por nada transparente,
transpar e até de contornos é de construir um gasoduto com 2600 sa registada em seu nome, denomina- aqui é que a empresa sul-africana de
Renascimento Africano. criminosos, como foi criada a insus- quilómetros conectando o norte de da J. Quilambo - Industrial Property, gás e petróleo, a SacOil, associou-se à
De acordo com o CIP, a Profin, parte tentável Empresa
Empr Moçambicana de Moçambique e a África do Sul. Limitada, na qual tem como sócio Profin para fazer um estudo de viabi-
do consórcio que inclui a sul africana Atum (EMATUM), Chipande che- Com um orçamento de seis bilhões Stayleir Marroquim, advogado e can- lidade para financiarem e executarem
SacOil e a Empresa Nacional de Hi- gou a afirmar que os desfalques ao de dólares, a infra-estrutura, caso didato a Bastonário da Ordem dos este projecto.
Di
o
A eni east Africa S.p.A. convida as empresas interessa- indicado abaixo:
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀ
das a submeterem a sua Manifestação de Interesse para o KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀ-
log
Fornecimento de Serviço de Aluguer de Viaturas. cation/Mozambique-Application (para as candidaturas
HP,QJOrV
O âmbito do trabalho deverá incluir: KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD
$OXJXHUGHYHtFXORVPRWRUL]DGRVGHSDVVDJHLURVOLJHL- Autocandidatura-Mozambico (para as candidaturas em
ros, vans, pick-ups (caixa automática ou manual e 4x4 3RUWXJXrV
URGDVPRWUL]HVPLQLDXWRFDUURVHDXWRFDUURVHPFXUWR
ció
e longo termo condições; IMPORTANTE
$FDQGLGDWXUDGHYHUi
$FDQGLGDWXUDGHYHU iID]HUUHIHU
ID]HUUHIHUrr
2VYHtFXORVDIRUQHFHUGHYHPXVDUFRPRFRPEXVWLYHO $FDQGLGDWXUDGHYHUiID]HUUHIHUrQFLDDRVHJXLQWHFyGLJR
gasolina ou diesel; GHSURGXWRVHUYLoR
%$²0($16
%$²0($1 62)75$1
3URYLVmR GH VHUYLoRV GH PDQXWHQomR H UHSDUDomR GRV 66%$²0($162)75$1632575(17$/
YHtFXORVDOXJDGRVHVHJXURVFRQWUDVLQLVWURVLQFOXLGR No website de candidatura, na secção “Objecto da Candi-
9HtFXORVFRPVLVWHPDGHPRQLWRUL]DomRHDFRPSDQKD- datura”, o campo “Origem do Convite” deverá ser preen-
PHQWRLQFOXLGRVWDLVFRPR*36HRX,906,Q9HKLFOH chido com o seguinte: “Serviço de Aluguer de Viaturas”. Viaturas”
so
0RQLWRULQJ6\VWHP Sujeito à submissão da Manifestação de Interesse e ao
9HtFXORVDIRUQHFHUSUHIHUHQFLDOPHQWHGHYHUmRVHUQR- cumprimento com toda a documentação acima indica-
vos e devem cumprir com todos os requerimentos exi- da, as empresas interessadas poderão receber da eni east
RORFDOGHDFRUGRFRPDVHVSHFLÀFD- $IULFDR3DFRWHGH4XDOLÀFDomR
RORFDOGHDFRUGRFRPDVHVSHFLÀFD
JLGRVSHODOHJLVODomRORFDOGHDFRUGRFRPDVHVSHFLÀFD- $IULFDR3DFRWHGH4XDOLÀFDo
ções do fabricante e terem toda a documentação legal; A Eni East Africa S.p.A fará uma avaliação da documen-
3URYLVmRGHVHUYLoRGHPRWRULVWDVSDUDDVYLDWXUDVVROL-
SDUDDVYLDWXUDVVROL- tação acima solicitada e, caso o resultado da avaliação
SDUDDVYLDWXUDVVROL
FLWDGDVDFXUWRRXORQJRSUD]R VDWLVIDW
VHMD VDWLVIDWyULR LUi LQFOXLU R FDQGLGDWR QD VXD /LVWD GH
um
0RWRULVWDVGHYHPHVWDUKDELOLWDGRVHFHUWLÀFDGRVDFRQ-
0RWRULVWDVGHYHPHVWDUKDELOLWDGRVHFHUWLÀFDGRVDFRQ Fornecedores com vista a considerar a empresa em futu-
GX]LU RV YHtFXORV
FXORV VROLFLWDGRV H GHYHP VHU FHUWLÀFDGRV ros processos de concurso relacionados com as activida-
QRV &XUVRV GH &RQGXomR R 'HIHQVLYD H 3ULPHLUR 6RFRU-
6RFRU
RFRU- des em questão.
ros; A solicitação de informação e documentação tem como
0RWRULVWDVGHYHPIDODUÁXHQWHPHQWH3RUWXJXrrVHSUH
0RWRULVWDVGHYHPIDODUÁXHQWHPHQWH3RUWXJX
0RWRULVWDVGHYHPIDODUÁXHQWHPHQWH3RUWXJXrVHSUH- VHSUH-- REMHFWLYRLQLFLDUXPD´DYDOLDomRSDUDTXDOLÀFDomRµHGDU
REMHFWLYRLQLFLDUXPD´DYDOLDo
VHRX,WDOLDQRHRX)UDQFrrV
VHRX,WDOLDQRHRX)UDQF
IHUHQFLDOPHQWH,QJOrVHRX,WDOLDQRHRX)UDQFrV uma oportunidade às empresas seleccionadas de forne-
2VVHUYLoRVGHYHPVHUH[HFXWDGRVSULRULWDULDPHQWHQDV FHU GHWDOKHV GD VXD HVWUXWXUD OHJDO JHVWmR H[SHULrQFLD
UHDV PHWURSROLWDQDV GH 0DSXWR 3HPED H 3DOPD QmR
iUHDV Qm recursos e sua capacidade global para executar o serviço.
Qm
de
HVQRWHUULWy
HVQRWHUULWyULR0RoDPELFD Este inquérito não deverá ser considerado um convite
H[FOXLQGRRXWUDVORFDOL]Do}HVQRWHUULWyULR0RoDPELFD-
no; para concurso e portanto, não representa nem constitui
2VYHLFXORVHPRWRULVWDVGHYHPHVWDUKDELOLWDGRVDYLD nenhuma promessa, obrigação ou compromisso de qual-
2VYHLFXORVHPRWRULVWDVGHYHPHVWDUKDELOLWDGRVDYLD-
MDUSDUDRVSDLVHVYL]LQKRVWDLVFRPRÉIULFDGR
MDUSDUDRVSDLVHVYL]LQKRVWDLVFRPRÉIULFDGR6XO6X- quer tipo da parte da eni east Africa S.p.A em celebrar
D]LOkQGLD7DQ]DQLDHRXWURV contratos ou acordos com qualquer empresa que partici-
pe do presente inquérito.
io
As empresas interessadas em participar deverão subme- Consequentemente, todos os dados e informações forne-
ter a seguinte informação e documentação: cidos pela empresa não deverão ser considerados como
1. Estrutura da Empresa e do Grupo com a lista dos prin- um compromisso por parte da eni east Africa em celebrar
FLSDLVDFFLRQLVWDVHGRVEHQHÀFLiiULRVÀQDLVFDVRDHPSUH um contrato ou acordo com a empresa, nem deverá pos-
FLSDLVDFFLRQLVWDVHGRVEHQHÀFL
FLSDLVDFFLRQLVWDVHGRVEHQHÀFLiULRVÀQDLVFDVRDHPSUH-
ár
RHVWHMDFRWDGDQDEROVDGHYDORUHV
VDQmRHVWHMDFRWDGDQDEROVDGHYDORUHV VLELOLWDUTXHDHPSUHVDUHLYLQGLTXHTXDOTXHULQGHPLQL]D-
SLDDXWHQWLFDGDGD&HUWLG
6FDQGDFySLDDXWHQWLFDGDGD&HUWLGmRGH5HJLVWR&R- ção da parte da eni east Africa S.p.A.
mercial e nome da Entidade Legal; 7RGRVRVGDGRVHLQIRUPDo}HVIRUQHFLGRVQRkPELWRGHVWH
3HVVRDGHFRQWDFWRSDUDUHFHSo
3HVVRDGHFRQWDFWRSDUDUHFHSomRGDLQIRUPDomR LQTXpULWRVHUmRWUDWDGRVFRPRHVWULWDPHQWHFRQÀGHQFLDLV
Di
o
Eni East Africa S.p.A. invites interested companies to https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/Quali-
VXEPLW([SUHVVLRQVRI,QWHUHVWIRUWKH3URYLVLRQ5HQWDO ÀFDWLRQ0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ(for
ÀFDWLRQ0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ(for applications in
log
Cars Service. (QJOLVKODQJXDJH
7KHVFRSHVKDOOLQFOXGH KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀ-
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀ
5HQWDO VHUYLFHV IRU PRWRUL]HG OLJKW SDVVHQJHU YHKL- ca/Autocandidatura-Mozambico (for applications in
cles, vans, pick-ups (automatic or manual gearbox and 3RUWXJXHVH,WDOLDQODQJXDJH
3RUWXJXHVH,WDOLDQODQJXDJH
[ZKHHOGULYHPLQLEXVHVDQGEXVHVLQVKRUWDQG
long term conditions; IMPORTANT:
7KHYHKLFOHWRSURYLGHVKRXOGXVHDVIXHOJDVROLQHRU 7KHVXEPLVVLRQPXVWUHIHUWRWKHIROORZLQJFRPPRGLW\
ció
diesel; code:
3URYLVLRQRIPDLQWHQDQFHVHUYLFHDQGUHSDLURIUHQWHG 66%$²0($162)75$1632575(17$/
%$²0($16
%$²0($1 62)75$1
2)75$16 6
vehicles and insurance against accidents included; :LWKLQWKHZHEVLWHDSSOLFDWLRQXQGHUWKHVHFWLRQ´7\SH
9HKLFOHV ZLWK PRQLWRULQJ DQG IROORZXS V\VWHP LQ- RI WKH $SSOLFDWLRQµ SOHDVH FKRRVH ´5HFRPPHQGDWLRQ
FOXGHGVXFKDV*36DQGRU,906,Q9HKLFOH0RQLWR- or invitation received by eni” and as “Origin of invita-
ULQJ6\VWHP WLRQµVSHFLI\´&$55(17$/6(59,&(µ
WLRQµVSHFLI\´&$55(17$/
9HKLFOHVWREHSURYLGHGSUHIHUDEO\VKRXOGEHEUDQG
new and must comply with all the requirements requi-
red by local law, in accordance with the manufacturer’s
VSHFLÀFDWLRQVDQGKDYHDOOWKHOHJDOGRFXPHQWDWLRQ
3URYLVLRQRIVHUYLFHRIGULYHUVIRUWKHFDUVUHTXHVWHG
in the short or long term conditions;
so
Subject to the submission of the application and to the
compliance of all the above documentation, Compa-
nies interested in this Expression of Interest may recei-
YHIURPHQLHDVW$IULFDWKH4XDOLÀFDWLRQ3DFNDJH
Eni East Africa will evaluate the above requested docu-
PHQWDWLRQDQGLIVDWLVÀHGZLOOLQFOXGHWKHDSSOLFDQWLQ
um
'ULYHUVPXVWKDYHOLFHQVHWRGULYHWKHYHKLFOHVDQG its Vendor List for consideration in future tender pro-
&HUWLÀFDWLRQDVDPLQLPXPLQ'HIHQVLYH'ULYLQJ&RXU-
&HUWLÀFDWLRQDVDPLQLPXPLQ'HIHQVLYH'ULYLQJ&RXU- cesses regarding the subject activities.
ses and Basic First Aid; 2QO\TXDOLÀHGFRPSDQLHVRUFRQVRUWLDRU-9WKDWKDYH
'ULYHUV PXVW VSHDN ÁXHQW 3RUWXJXHVH DQG LGHDOO\ proven capability and recent experience of supplying
NQRZOHGJHRI(QJOLVKDQGRU,WDOLDQDQGRU)UHQFK the above required services will be considered for po-
7KHVHUYLFHVPXVWEHH[HFXWHGPDLQO\LQPHWURSROL-
7KHVHUYLFHVPXVWEHH[HFXWHGPDLQO\LQPHWURSROL tential tenders for the scope of service described above.
WDQDUHDVRI0DSXWR3HPEDDQG3DOPDZLWKRXWH[FOX-
WDQDUHDVRI0DSXWR3HPEDDQG3DOPDZLWKRXWH[FOX 7KHSXUSRVHRIWKHLQIRUPDWLRQDQGGRFXPHQWVUHTXHVW
GLQJRWKHUORFDWLRQVLQ0R]DPELTXH LVWRVWDUWD´TXDOLÀFDWLRQDVVHVVPHQWµDQGWRJLYHDQ
de
7KHYHKLFOHVDQGGULYHUVPXVWEHDEOHWRWUDYHOWRQHL-
7KHYHKLFOHVDQGGULYHUVPXVWEHDEOHWRWUDYHOWRQHL opportunity to the selected companies to provide de-
JKERULQJ FRXQWULHV VXFK DV 6RXWK
RXWK $IULFD 6ZD]LODQG
6ZD]LODQG tails of their legal structure, management, experience,
7DQ]DQLDDQGRWKHUV resources and overall capability to perform the service.
7KLV HQTXLU\ VKDOO QRW EH FRQVLGHUHG DQ LQYLWDWLRQ WR
7KH &RPSDQLHV LQWHUHVWHG LQ WKLV LQYLWDWLRQ PD\ VXE-
VXE bid and therefore it does not represent or constitute any
mit, the following required information and documen- promise, obligation or commitment of any kind on the
io
6FDQQHG&HUWLÀHGFRS\RIWKH7UDGH5HJLVWHU/HJDO
FDQQHG&HUWLÀHGFRS\RIWKH7UDGH5HJLVWHU/HJDO you shall not be construed as a commitment on the part
Entity name of eni east Africa to enter into any agreement or arran-
&RQWDFWSHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀFDWLRQDQGFRP-
&RQWDFWSHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀFDWLRQDQGFRP gement with you, nor shall they entitle your company
mercial information; to claim any indemnity from eni east Africa.
Di
4. Compliance
mpliance declaration; All data and information provided pursuant to this en-
5HIHUHQFHV EULHIGHVFULSWLRQVHUYLFHVSURYLGHGGX-
5HIHUHQFHV EULHIGHVFULSWLRQVHUYLFHVSURYLGHGGX TXLU\ZLOOEHWUHDWHGDVVWULFWO\FRQÀGHQWLDODQGZLOOQRW
ULQJWKHODVWWKUHH\HDUVZLWKUHJDUGVWRSURYLVLRQRI
ULQJWKHODVWWKUHH\HDUVZLWKUHJDUGVWRSURYLVLRQRI
ULQJWKHODVWWKUHH EHGLVFORVHGRUFRPPXQLFDWHGWRQRQDXWKRUL]HGSHU-
above service; sons or companies except eni east Africa.
/DWHVWEDODQFHVKHHW$QQXDO5HSRUWRIWKHFRPSDQ\ 7KHGHDGOLQHIRUWKHVXEPLVVLRQRI([SUHVVLRQRI,QWH-
DQGRIWKHFRPSDQ\JURXSLIDSSOLFDEOHSURYLQJPLQL- rest through our website is set at 31st March 2016.
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of work. Any cost incurred by interested companies in prepa-
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their Expression of Interest on our website indicated Companies who shall have no recourse to eni east Afri-
below: ca in this respect.
18 Savana 11-03-2016
OPINIÃO
EDITORIAL Cartoon
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o
N
este momento, os dois principais partidos do nosso parla-
mento tri-partido têm unanimidade sobre um único pon-
log
to. Uma rara excepcionalidade em si, considerando o seu
patológico antagonismo. Embora a partir de abordagens
completamente distintas, quer a Frelimo quer a Renamo estão de
acordo quanto à necessidade de se avançar com um processo de
revisão da Constituição da República.
A única coisa que os distingue é o alcance dessa revisão constitu-
cional. A Renamo quer que seja um acto pontual, destinado apenas
a permitir que ela governe seis províncias que se situam a norte do
Rio Save, onde reivindica ter obtido maioria nas eleições gerais de
ció
2014. Liderança
derança Jurássica
Jurá
rá
Por seu lado, a Frelimo pretende que a revisão seja mais abrangen-
te. Mais abrangente do que a sua própria versão de revisão pontual
na legislatura passada.
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O processo de produção de uma Constituição, que de entre outras LQWHUQDFLRQDLVDSDUWLUGRSHQVDPHQWRGH6HYHULQR(OLDV1JRHQKD
LQWHUQDFLRQDLVDSDUWLUGRSHQVDPHQWRGH6HYHULQR(OLDV1JRHQKD
coisas implica fazer escolhas sobre como a sociedade se organiza
é, eminentemente, um acto político que deve ter como base expe- Por Luca Bussotti*
riências do passado, ao mesmo tempo que incorpora as aspirações
A
filosofia na África Lusófona da revista «Philosophia Africana», é contemporânea. Aqui o jogo de cintura
do futuro. desde sempree representa uma quem conduz a entrevista central jun- resulta evidente, assim como as dificul-
so
A actual Constituição em vigor foi um esforço para o estabele- parte extremamente
emamente marginal to com Severino Ngoenha. Dos mui- dades de propor um pensamento livre e
cimento do Estado de Direito, dentro de um novo contexto de do pensamento filosófico afri- tos assuntos que a entrevista aborda (e de libertação no interior dum país que
democracia multipartidária introduzida pela revisão de 1990. De cano que, por seu turno, é periférico se que os vários artigos dos autores acima se encontra ainda «amarrado» aos fan-
facto, foi a primeira Constituição da República a ser aprovada por comparado com os eixos fundamentais mencionados tocam e desenvolvem, tasmas do seu passado e às promissoras
um parlamento resultante de eleições multipartidárias. do pensamento moderno e contempo- cada um à sua maneira), gostaria aqui riquezas do seu presente e futuro. Que
Uma revisão constitucional do tipo daquela que é proposta pela râneo. Esta situação de «dupla perife- de realçar dois, mutuando inclusive al- tipo de espaço poderá haver um filósofo
ricidade» não é difícil de entender, uma guma temática do último livro de Ngo- que pauta pela procura duma democra-
Renamo tem algumas limitações óbvias. Cria para um conjunto de
vez que o continente africano não está enha, Terceira Questão. cia «autêntica», participada e conscien-
províncias um estatuto que as diferencia das restantes em termos no centro da economia e das relações O primeiro tópico tem a ver com a pos- te? Que tipo de espaço poderá haver
da sua relação com o poder central. Assim teríamos as três provín- internacionais e, dentro deste continen- tura da filosofia moçambicana relativa- um filósofo que coloca no centro das
um
cias do sul e uma do norte a serem regidas pela actual Constituição, te, os países de língua oficial portugue- mente às questões fundamentais que suas reflexões e, porque não, sugestões,
e as restantes por um novo dispositivo consagrado a título pontual. sa (PALOPs) também encontram-se ela aborda, desde a sua recente origem. a questão «ética», o «bem comum», ou
É desnecessário dizer que este cocktail será o ponto de partida numa situação de marginalidade. Como Ngoenha destaca, o objectivo seja, todos aqueles elementos que, desde
para o desmembramento do Estado moçambicano na sua actual Assim sendo, são raros os congressos e sempre foi, desde o início, olhar para o o seu surgimento, a filosofia considerou
configuração. Os que defendem esta posição insistem que esse não as conferências internacionais, sem falar futuro muito mais do que para o pas- como fundantes duma sociedade justa e
é o objectivo, mas em termos práticos é isso mesmo o que se pre- das publicações, em que pensadores da sado. E isso significa, citando Derrida, transparente?
África Lusófona conseguem mostrar as procurar inter-relações, intercultura-
tende; dois países num único Estado. Se há necessidade de conferir Responder a estas perguntas é tarefa
suas reflexões sobre a sociedade actual, lidades e encontros, uma vez que «a complicada, pois o filósofo – e disso
uma maior autonomia às províncias, tal como isso tem vindo a ser nomeadamente sobre os países em que filosofia não tem passaporte». Parecem
defendido em vários sectores, é importante que esse processo seja Severino Ngoenha e todos os outros
eles encontram-se a actuar. afirmações banais, mas não o são: se a
conduzido numa base de igualdade. têm pleno conhecimento – vive e ac-
A revista internacional «Philosophia filosofia de Ngoenha, Castiano, Ma-
tua dentro dum meio social e político
Mas há outras questões que a futura revisão da Constituição deve Africana», no seu primeiro número de zula, ou seja, dos iniciadores, tivesse
determinado historicamente e social-
levar em conta. Uma delas é como garantir que o Presidente da 2015 (o Volume 17 da sua história), olhado para o passado, isto ia significar,
de
de líder de um partido.. Os recursos que são destacados para o pre- A figura central deste número da «Phi- tâncias que levaram ao conflito dos 16
losophia Africana» é sem dúvidas Se- anos, que infelizmente foi retomado em nho de paz e de bem-estar para todos
sidente do partido, em missões de natureza puramente partidária,
verino Ngoenha, actualmente Reitor da 2013 e continua até hoje. Olhar para possa ser retomado, independentemen-
são muitas vezes confundidos com os que são colocados à sua dis-
Universidade Técnica de Moçambique o futuro duma maneira intercultural, te dos posicionamentos partidários.
posição na qualidade de Chefe do Estado. A pergunta final que surge espontânea
(UDM), considerado por todos os ou- portanto, revela o intuito de construir
Numa outra vertente, a transparência que se deseja no funciona- é a seguinte: será que não estamos a
tros como o iniciador dum pensamento uma sociedade nova e possível, em que
mento das instituições do Estado poderia ser minimamente garan- precisar dum novo contrato, além dos
ár
libertação que ele há muito tempo vem sobretudo nas análises de Castiano e rias que cada um pode ter?
no processo de tomada de decisões por parte dos seus superiores
propondo, juntamente com o novo con- Mucale, além que em Terceira Questão Se Moçambique estiver preparado para
na hierarquia
arquia partidária. E certamente que ajudaria muito a afastar
trato social pensado para Moçambique. do próprio Severino Ngoenha, tem a este desafio, o caminho da filosofia e da
os fantasmas da exclusão. Anke Graness, da Universidade de Vie- ver com o papel que o filósofo pode de- liberdade poderá continuar a ter evolu-
na, organizadora deste número especial sempenhar na sociedade moçambicana ções particularmente interessantes.
RELATIVIZANDO
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O
Presidente da Repúbli- das “decisões” do CNDS, o que Igreja Católica, duas entidades no mais curto espaço de tempo oposição tivesse proposto quadros
ca (PR), Filipe Jacinto se nos afigura no mínimo “inte- avançadas pelo maior partido da possível, “devolvido a bola”, como seus ou da sua confiança
confianç para,
Nyusi, enviou, na última ressante”, por este órgão, à seme- oposição moçambicana em finais se diz na gíria desportiva, ao PR também, cuidarem das questões
log
sexta-feira, 4 de Março, lhança do Conselho de Estado, de 2015. (um claro desafio), a quem com- práticas de preparação do encon-
por via do seu gabinete, uma carta não nos parecer ter competências Esta segunda-feira, 7 de Março, a pete,, igualmente, agir de imedia- tro (incluindo, nisso, a discussão
à liderança da Renamo, o maior para decidir seja o que for, limi- Renamo anunciou, em conferên- to, a bem deste direito natural: a de mediadores), tal seria ao todo
partido da oposição em Moçam- tando-se apenas à produção de cia de imprensa, ter já respondido paz! positivo, pois o tempo urge.
bique, através da qual o Chefe do recomendações. ao convite que lhe foi endereçado Apesar de a Renamo manter al- Enquanto isso, quanto mais o
Estado convida Afonso Macacho Por outro lado, o convite de Nyu- pelo PR, tendo declinado entrar gumas questões prévias, o que, a tempo passa parece crescer a
Marceta Dhlakama e o seu parti- si é feito numa altura em que a em detalhes, alegadamente por nosso ver, até se acham justifi- pressão sobre Nyusi, que, há
do ao reatamento do diálogo, sem Renamo já dissera, publicamente, somente o gabinete de Nyusi ter cáveis, por a confiança entre as cerca de um mês, admitiu publi-
pré-condições, visando o reesta- que a condição prévia para o re- legitimidade para tal. Entretan- partes quase inexistir em abso- camente que já estava a perder
ció
belecimento da paz efectiva no atamento do diálogo era que ela to, a mesma foi por outras vias luto por estes dias, o facto de ela paciência. Ou seja, Nyusi está já
país. assumisse, primeiro, plena e efec- tornada pública, significando, si- ter recuado da exigência que, em a caminhar para o segundo ano
O convite de Nyusi a Dhlakama tivamente, a governação nas seis multaneamente, uma vitória e um boa verdade, constitui o âmago da sua administração, com muito
ocorre uma semana depois de o províncias em que, supostamente, desafio ao PR: se, por um lado, a da questão em diferendo (gover- pouco, senão quase nada, de ma-
PR, na sua qualidade de coman- venceu nas eleições de 2014; outra Renamo desiste do início da go- nação
ão das seis províncias em que terialmente relevante em termos
dante-chefe das Forças de Defesa exigência da Renamo, de há duas vernação nas seis províncias em diz ter ganho), é uma boa notícia. de resultados, tendo em conta que
e Segurança, ter presidido a um semanas, igualmente em jeito que reivindica ter ganho, manten- Defendendo ele que “a única al- o ambiente de quase guerra acaba
encontro do Conselho Nacional de condição prévia, é no sentido do, entretanto, Jacob Zuma, Igre- ternativa à paz é a própria paz”, esvaziando o pouco que ainda se
de Defesa e Segurança (CNDS), de a União Europeia (UE) fazer ja Católica e a UE como media- apesar de tal ainda carecer de poderia citar como avanços.
so
de tal sorte que o próprio convite parte da equipa de mediadores, dores (o que nos parece ece ser uma consubstanciação material, preve- O próximo (2017) será o último
ao líder da Renamo referia que o juntamente com o Presidente da vitória parcial paraa o PR), há, por mos que o PR parta de imedia- da governação de Nyusi que não
mesmo era feito como corolário África do Sul, Jacob Zuma, e a outro, o facto de a Renamo ter, to para a discussão das questões seja um ano eleitoral, tendo em
prévias colocadas pela Renamo. conta que o país vai a eleições em
Muito provavelmente, talvez terá 2018 (autárquicas) e em 2019
que admitir a mediação de parte (gerais e para as assembleias pro-
dos entes que são propostos pela vinciais). Se a questão da insta-
Renamo ( Jacob Zuma e Igreja bilidade político-militar não for
um
Católica), sendo pouco provável resolvida este ano, não é preciso
que faça o mesmo em relação à ser génio para prever que tal po-
UE. Nisso, não será de estranhar derá ter custos políticos elevados
que o PR também proponha um para a Frelimo, de que Nyusi é
presidente desde 29 de Março de
Depoimento 3
ou outro mediador, eventualmen-
te para ‘desequilibrar’ o aparente 2015.
‘equilíbrio’ existente entre Jacob Diferentemente de muitos, que
dizem que Nyusi teve o azar de se
(
Zuma e a Igreja Católica.
Seja como for, há uma questão de tornar PR num momento com-
ssineta, sim, com dois esses. partir,, ficando; ou me apetece ficar, a sociedade quer pôr de lado por
fundo nisto: quando endereçou a plicado para o país (conjuntura
Mas podes tratar-me por partindo.. O azul do céu e o azul do razões que nem têm racionalidade
Netinha. Hahaha… É um carta-convite à Renamo, Nyusi económica desfavorável, severi-
mar sugerem-me um universo sem nenhuma, ou seja, tenho aqui seis
de
tratamento de uso restrito, constituiu uma equipa, consti- dade das mudanças climáticas,
limites, uma vontade de ser e não raparigas declaradamente lésbicas.
mas traz-me à memória os mo- ser. Tenho também homossexuais e tuída por três moçambicanos da instabilidade político-militar,
mentos mais felizes da minha vida; Netinha também me sugere ou- transsexuais, e tenho duas senho- sua confiança, para cuidarem da etc.), continuamos a pensar que
traz-me à memória a minha infân- tros momentos de felicidade, mui- ras a quem a vida quis pôr de lado, preparação logístico-operacional tal deve ser relativizado, pois é em
cia livre e despreocupada, feita de de: quando o céu ficava
to mais tarde: mas que agora, aos 40 anos, sentem desse encontro entre si e Dhlaka- momentos destes que os líderes se
cores e sons. elas e eu me enroscava no
sem estrelas que podem mudar um pouco de ma, mas a Renamo, na sua tem- revelam. Como diria o outro: um
A cor verde, de finais de ano e corpo do Amós, meu marido, que estilo de vida sendo prestáveis para pestiva resposta, primou pelo PR deve resolver os problemas
princípios de outro, quando os ca- Deus o tenha, feita um novelo de a sociedade. Eram prostitutas, tra- silêncio quanto a isso. Achamos do povo e não se transformar em
jueiros ficavam verdes, de um verde lã, ou de linho ou de seda; um cáli- balharam durante muito tempo na nós que se o maior partido da mero analista ou comentador!
io
profundo e denso, quando as man- ce de néctar, os meus seios túrgidos, Rua Araújo, no Dancing Penguin.
gueiras também ficavam densas, duros de encontro ao peito dele, os Dou-me muito bem com todos
quando as mafurreiras e as árvores meus cabelos confundindo-se com eles.
de jambolão - a que na nossa in- os pêlos do seu peito
peito. Sim, porque Apesar dos meus 90 anos, ainda
génua infantilidade chamávamos o Amós tinha essa particularidade me sinto bem quando os bisnetos
jambalão - assim também ficavam. que eu adorava e que muito pou- ou trinetos me tratam por “vovó
ár
E mesmo assim, era um verde que cas mulheres conheciam. Talvez eu Netinha”. Eu fui muito bela, sabes! Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
contrastava profundamente com o fosse a única, tirando a mãe dele: E, aliás, se reparares bem em mim, Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
vermelho do fruto, sob o peso do o Amós tinha um peito cheio de vais notar que ainda tenho traços 467
qual essas mesmas árvores quase pêlos. E no meio desse devaneio dessa beleza no meu rosto. O meu
que se ajoelhavam. Era o caju, era
a mafurra, eram as mangas, era o
de dilúvio, quando se dava o fragor
terramoto sobre nós e os nossos
de terr
cabelo está todo branco, o que me
dá um ar, não digo de superiorida- Crianças e aprendizagem
Di
A
Mas também me traz a cor ala- culos de mel, a única coisa que ele moral para abraçar quem quer que s más condições de vida ancilostomótica são outros pro-
ranjada de Maio e Junho, quando conseguia dizer aos meus ouvidos seja a qualquer momento. E mesmo de muitas das nossas blemas sérios que afectam o ren-
as tangerineiras, as laranjeiras e os era esse meu diminutivo: “Netinha, assim, nunca perco a oportunidade crianças podem afec- dimento escolar.
ananaseiros estavam em flor e se Netinha minha filha.” de dar um beijo na boca àqueles a tar negativamente a sua O rendimento escolar pode ain-
distribuía no ar a fragrância delico- saúde e, por consequência, o ren- da ser afectado pela distância
Netinha é diminutivo. De nome quem desejo bem, que não são pou-
dimento escolar. São múltiplas que medeia entre a casa do aluno
-doce das flores dessas fruteiras. completo chamo-me Essineta João cos.
as situações de vida responsáveis e a escola. São muitas as nossas
Era um prazer de vida. Macassa, nasci em Morrumbe- Podes tratar-me por Netinha, é
por problemas de saúde e pelo crianças que, diariamente, em
Uma cor que me marca muito e me ne, fiz os meus estudos aqui mes- assim que gosto que me tratem, mau rendimento escolar. Por particular nas zonas rurais, têm
marcou desde essa altura é o azul mo perto, na Missão de Cambine. porque gosto que as pessoas perce- exemplo: casas sem ventilação ou de percorrer enormes distâncias
– o azul do mar e o azul do céu –, Agora, que tenho 90 anos, cultivo bam que sou capaz de amar, e amar com ventilação deficiente, falta entre as suas casas e as escolas,
porque me punham e ainda hoje esta vontade que me vem de dentro profundamente e sem interesse ne- de protecção na estação fresca, não poucas vezes sem terem co-
me põem essa necessidade e ur- de tentar criar à volta de mim este nhum imediato subjacente a esse água não potável e não canaliza- mido o que quer que seja. Esse
gência de partir. Partir sem destino, universo de esperança que é feito amor. Amo por uma questão muito da, higiene, etc. esforço tem efeitos negativos no
mas também sem vontade própria desta casa onde albergo meia dúzia simples: gosto de amar. Sinto-me Malária, parasitoses e anemia rendimento escolar.
de partir. Quer dizer, apetece-me de adolescentes e jovens a quem bem quando amo.
20 Savana 11-03-2016
OPINIÃO
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com mais balelas
Maria de Lourdes Torcato
N
os últimos dias a memória de Mandela asso- mal compreendido pelos seus próprios camaradas, ele
o
ciada ao que vivi na África do Sul, entre 1985 sabia que aquele era o tempo da negociação e não do
e 1997, não me sai da cabeça. Sim, falo desse derramamento de sangue. E assumindo todos os riscos,
log
tes do planeta quando morreu há pouco mais de dois iam sendo libertados, o apartheid procedia a algumas
anos, serenamente, de doença e idade avançada. Nem mudanças e chegou o dia da sua própria libertação. A
C
ausou alguma surpresa na medida em que grande parte
a morte de Samora, esse sim desaparecido em circuns- partir daí o diálogo, agora já não em segredo, mas se-
que Filipe Nyusi tenha desse armamento foi comprado tâncias dramáticas, teve tal impacto. guido e escrutinado pelos media nacionais e de todo o
escolhido um militar com os impostos pagos pelos O que fez de Mandela uma personalidade fora do mundo, ia mostrando a complexa situação da África
de carreira, e não um militantes e simpatizantes da- comum, admirado sem contestação pelos seus pares do Sul e as crises sucessivas a que Mandela, sempre
quadro da Polícia, para suceder quele partido. e amado por gente de países distantes nas geografias ele, tinha de acudir. Conflitos que não degeneraram em
a Khalau. Não percebo porquê. De qualquer forma, nas cir- mais diversas, resumo-a assim: foi um jovem com so- banhos de sangue porque o país ouviu dele as palavras
Se fosse eu a escolher, muito cunstâncias actuais, faz perfei- nhos simples a nível pessoal, mas com grandes ambi- oportunas. Várias vezes a guerra civil e fratricida pare-
ció
provavelmente teria escolhido tamente sentido ir buscar um ções para a África do Sul. Dedicou a vida ao ANC ceu inevitável,
inevitáv mas ele sempre soube lidar com diferen-
um civil. Porque, para mim, o general de carreira para dirigir enquanto organização que devia libertar o povo sul- tes adversários usando a argumentação certa. Entretan-
corpo de polícia deve ser um um órgão cuja principal activi- -africano do regime do apartheid e morreu com essa to, as conversações terminaram, a Nova Constituição
órgão civil, não militar nem dade é, neste momento, de ca- missão cumprida. Foram as suas qualidades morais e foi acordada, e os sul-africanos festejaram a vitória e
militarizado. rácter militar. intelectuais aliadas à integridade e firmeza nos propó- exaltaram o seu principal protagonista, Nelson Man-
Mas não fui eu a escolher e Se o general Jane vai dar conta sitos, que mais contribuíram para a rendição dos ini- dela.
quem o fez actuou de acordo do recado onde Khalau falhou migos. Mandela sabia ser intransigente nos princípios e flexí-
com a realidade actual do país. isso é o que o futuro nos dirá. O que se passa com Moçambique que não tirou lições vel nos detalhes. Mas nunca lhe faltou o discernimento
da história do país vizinho quando, infelizmente, nos para separar o essencial do secundário e só assim diálo-
so
Isto é, o facto de que, neste mo- Em relação a ter uma PIC a
mento, a maioria dos meios po- funcionar devidamente, segu- seus 40 anos de independência não teve praticamente go e negociação podem avançar. Quando teve de fazer
liciais do país não está a exercer rança nas ruas, uma Polícia de uma década em paz? cedências, e conhecemos-lhe muitas, nunca saiu delas
Mandela, como homem não teve uma vida comum, diminuído.
tarefas policiais mas sim mili- Trânsito menos corrupta e ou-
tranquila ou sem dramas. Casamentos e divórcios, a Quem me está a ler já se perguntou a que propósito
tares. tras coisas do género não tenho
dor de perder um dos filhos, a sua ausência como chefe vem este elogio a Mandela? Vem a propósito do que
Em relação às actividades que, grandes esperanças na mudan- de família que não lhe permitiu cumprir esse papel, fo- estamos a viver em Moçambique neste preciso mo-
normalmente, constituem o ça. ram o fardo pessoal que carregou durante a maior parte mento em que escrevo. Será possível que o conflito ar-
principal esforço de uma po- Preferia, no entanto, que as da sua vida. Mas isso nunca o desviou da grande causa mado, que quase destruiu este país durante 16 anos de
lícia, deslindar assassinatos e habilidades militares do novo a que escolheu como destino: a luta por uma África atrocidades e horrores, se vai repetir? O que se passa já
um
raptos, capturar traficantes de Comandante Geral da Polícia do Sul livre, de vários povos reconciliados e unidos em não são sinais, já não são avisos, já não são ensaios. É
drogas e coisas dessas, nada se não tivessem oportunidade de torno de uma Constituição
Constituiç democrática,
democrátic sem racismo e um perigosíssimo jogo entre adversários que têm tudo
ouve, a não ser o habitual “es- ser demonstradas, por o país ter sem discriminações.
discrimina em mente menos a vida do povo moçambicano que os
tamos a trabalhar”. Já quando entrado, finalmente, num pro- O que se destaca na vida de Mandela é, em primeiro suporta há demasiado tempo. É um jogo que ninguém
se trata de escoltas armadas nas cesso sério de negociações para lugar, a maneira como se preparou para cumprir o des- ganhará mas que já sabemos quem perde: os moçambi-
estradas, tentativas de assalto a uma Paz duradoura. tino que escolheu para si. Preparou-se estudando, tra- canos jovens que atrasarão anos do seu futuro por causa
bases da Renamo ou apareci- Só que não sei se o bom sen- balhando como profissional e nas estruturas do ANC. dos que se entregam aos seus estúpidos desafios pelo
mentos, em pé de guerra, para so demonstrado na retirada de Criou o seu círculo de camaradas e amigos próximos poder. As crianças, os inocentes entre os inocentes, já
impedir actividades políticas da Khalau é suficiente para afastar que o viriam a acompanhar de perto até ao resto da não chegarão a viver uma vida digna desse nome por
oposição, isso é o pão nosso de da paisagem política as múmias vida, alguns deles a seu lado na cadeia. Foram eles que causa dos estragos que já foram feitos, somados aos que
cada dia. que impedem o avanço desse melhor compreenderam e reconheceram na sua gran- hão-de vir, e que resultam da ganância pelas coisas mais
deza moral, inteligência e sabedoria as qualidades ne- mesquinhas que vêm com o poder de decidir sobre ou-
de
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O
provável retomar do diálogo com nistração Eleitoral (STAE) para que ninguém trolo e isenção. Não basta cantarolar que a Re- ainda não dialogaram? O provável reto-
vista a estabelecer novos caminhos duvide dos resultados eleitorais e que isso não namo sempre reclama dos resultados eleitorais, mar do diálogo deve sanar a problemática
para a paz em Moçambique já está cause mortes e destruições. é preciso, isso sim, não dar motivos para que da nossa máquina eleitoral. Esta é uma das
Di
a dar os seus sinais positivos. A Há em Moçambique, recorrentemente, uma ela se sinta obrigada a isso. Qual o alcance e o questões de fundo. Muitos moçambicanos
Renamo pode ter ponderado, assim, a go- fortíssima ligação entre os problemas político- significado quando ressurgem expressões como perderam a vida devido ao impacto negati-
vernação nas “suas províncias”. As partes -militares e o tipo e qualidade de trabalho “roubaram votos”, “encheram urnas”, “destru-
vo da problemática surgida da contestação
em conflito, por esta via, dão indicações de realizado pela CNE e STAE (sobretudo em íram editais”? E por outro lado reprova-se ou
abandono de hostilidades de índole políti- momentos de pico eleitoral). É importante que rejeitam-se tais pronunciamentos alegando que dos últimos resultados eleitorais. A máquina
co-militar que têm produzido um conside- estes órgãos de gestão eleitoral sejam potencia- não devem reclamar porque eles estavam lá pre- eleitoral não pode e nem deve ser, directa ou
rável número de óbitos (sobretudo jovens). dos e realimentados em termos de ética eleito- sentes. Ou seja, houve enchimento porque uns indirectamente, uma máquina de produção
Os acontecimentos ocorridos no centro do ral, em termos de reinterpretação do significado e outros distraíram-se. A vontade popular pode de mortes, emigração forçada e exclusão. Su-
país, que nos fizeram temer a reedição do de “eleições livres, justas e transparentes”. Pode- ser, assim, manipulada. Como dizia, é preciso gerimos, deste modo, que este aspecto seja,
triste passado que Moçambique atravessou -se dizer, aqui e ali, que as eleições na África repensar ou debater-se profundamente sobre a sem delongas, um dos pontos em discussão
com a Guerra dos 16 anos, serviram uma subsaariana valem pelas reclamações de fraude, composição e o mérito que se pretende da CNE entre as partes. A democracia tem os seus
vez mais para voltarmos a perceber que o mas esta suposta verdade obriga-nos a que não e do STAE. É que os políticos estão sempre a
custos: à imagem, por exemplo, da Nigéria,
diálogo entre o Governo/Frelimo e a Re- nos acomodemos nesse rótulo. O que é mau não estragar a sopa. Esta é consumida em ambiente
namo é fundamental para o progresso deste pode ser bom para nós! de repulsa (por todos) e, em função da “cami- Costa do Marfim e Tanzânia, já é tempo de
país, que é mister reformular e/ou recriar a Ao que parece, para o nosso caso, as eleições sola partidária”, cada um diz se a sopa é boa ou enveredarmos pelo “voto electrónico” como
Comissão Nacional de Eleições (CNE) e gerais aparentam ter muito menos qualidade péssima. solução, como motivação para a coesão entre
respectivo Secretariado Técnico de Admi- relativamente às municipais, em termos de con- O que se espera que as partes dialoguem, que os moçambicanos.
Savana 11-03-2016 21
PUBLICIDADE
o
MENSAGEM DO PRESIDENTE AOS MOÇAMBICANOS POR
OCASIÃO DA PASSAGEM DO SÉTIMO ANIVERSÁRIO DO
PARTIDO
log
Compatriotas, YHPID]HUXPDSHORjUHÁH[mRSDUDTXHWRGRVRV
Dessa maneira, o MDMYHPID]HUXPDSHORjUHÁH[mRSDUDTXHWRGRVRV
moçambicanos, homens e mulheres de boa vontade, considerem como ur-
Hoje celebramos o sétimo aniversário do partido sob fogo cruzado em Mo- gente a discussão do tema das Eleições para Governadores Provinciais, da
çambique, no meio de matanças por parte de moçambicanos contra outros decentralização efectiva em todo o território nacional e da Revisão Consti-
moçambicanos, esta naturalmente não é a nossa opção, mas devido a intole- tucional e da Lei da Apartidarização do Estado chumbada pela Assembleia
rância politica, arrogância, o ódio e expropriação do destino comum, somos da República.. Somente através do exercício do voto, poderemos avançar em
sujeitos a viver num país, onde se procura encontrar na arma e no sangue mais uma etapa de legitimação da estabilidade política, da unidade nacional
PRGXVRSHUDQGRHWHPRVDPDWXULGDGHVXÀFLHQWHSDUDRGLDGHVWDFHOHEUD- ipalmente, da melhoria da nossa qualidade democrática.
e, principalmente,
ção dizer aos que enriquecem por esta via, de que estão do lado errado e
ció
não aceitamos que hipotequem a nossa historia, o nosso bem-estar e das O MDM quer a redução dos poderes do Chefe do Estado, pois muitos dos
gerações vindoiras. problemas de governação têm as suas razões na estrutura constitucional vi-
gente e nos amplos poderes concentrados nas mãos de única pessoa, o Pre-
É sabido por nós e por eles de que o cidadão moçambicano consciente não sidente da República. Por outro lado, urge, para o bom funcionamento da
quer a guerra, nem apologia da guerra, nem os riscos da guerra ofensiva. O justiça moçambicana, libertar os diferentes juízes e a procuradoria da inter-
cidadão moçambicano quer que assuntos dos homens sejam tratados com ferência do poder político devendo, os respectivos cargos, serem ocupados
humanidade e não por meio de violência; as tensões, os casos contenciosos SRUJHQWHSURÀVVLRQDOPHQWHFRPSHWHQWHHGHQWURGDVSURYLGHQFLDV
SRUJHQWHSURÀVVLRQDOPHQWHFRPSHWHQWHHGHQWURGDVSURYLGHQFLDVLQWHUQDV
H RV FRQÁLWRV GHYHP VHU FRPSRVWRV SRU QHJRFLDo}HV UD]RiYHLV H QmR FRP
so
a força; as oposições ideológicas devem confrontar-se num clima de diálo- O MDM considera que o sistema de Justiça é um pilar do Estado de Direito
go e discussão livre; os interesses legítimos de determinados grupos devem HWDPEppPXPIDFWRUGHHÀFLrQFLDGDHFRQRPLD$VXDLPSRUW
HWDPE
HWDPEpPXPIDFWRUGHHÀFLrQFLDGDHFRQRPLD$VXDLPSRUWkQFLDpSRU
ter em consideração também os interesses legítimos de outros grupos aos isso, transversal a várias dimensões da vida pública e social.
quais digam respeito e as exigências do bem comum; o recurso as armas
para silenciar seja quem for, ou para procura de protagonismo muscular não Garantir a aplicação do Direito é uma das funções de soberania fundamen-
GHYHVHULQVWUXPHQWRSDUDUHVROYHURVFRQÁLWRVWHPRVTXHVDOYDJXDUGDURV tais do Estado. Sem um sistema de Justiça que faça respeitar a legalidade,
direitos humanos em todas as circunstâncias; não se deve produzir cultura UHSULPDDVXDYLRODomRHGHFLGDRVFRQÁLWRVHQWUHRVSDUWLFXODU
UHSULPDDVXDYLRODomRHGHFLGDRVFRQÁLWRVHQWUHRVSDUWLFXODUHVHHQWUHHVWHV
de matar, silenciar vozes, e nem se deve tolerar matança para impor solução. e o Estado, não há condições mínimas para que os cidadãos se sintam em
segurança quanto à sua integridade física e moral.
um
*RVWDULDGHFKDPDUDUHÁH[mRDWRGRVGHTXHHPTXDOTXHUQDomRFLYLOL]D-
LYLOL]D--
LYLOL]D
da, em primeira instancia a responsabilidade primordial pela prevenção dos O MDM defende mecanismos práticos para operar uma reforma profunda
FRQÁLWRVUHFDLDR*RYHUQRHXPDHVWUDWpJLDGHSUHYHQomRHÀFD]H[LJHXPD
JLDGHSUHYHQomRHÀFD]H[LJHXPD do Sistema Judicial do País, dando às Magistraturas todas as garantias de
abordagem global, envolvendo todas forças vivas da sociedade, dai apela- independência, de dignidade e de soberania que precisam para orgulhar o
mos ao governo do dia para o ataque das causas estruturais profundas que Estado Moçambicano e o seu Povo.
estão frequentemente subjacentes aos sintomas políticos.
Dai ser um imperativo Transformar o Conselho Constitucional em Tribunal
23DtVSUHFLVDGHDGRSWDUPHFDQLVPRVDSURSULDGRVHHÀFD]HVSDUDHQIUHQWDU
23DtVSUHFLVDGHDGRSWDUPHFDQLVPRVDSURSULDGRVHHÀFD]HVSDUDHQIUHQWDU Constitucional, a existência do Tribunal de Contas, o reforço das competên-
os problemas, nomeadamente instituições que assegurem uma boa governa- cias da Polícia de Investigação Criminal e sua colocação sob tutela do Minis-
ção e o Estado de Direito Democrático, instituições democráticas interdepen- tério Público.
dentes e uma imprensa livre das amarras partidárias.
de
6yDVVLPpTXHRSDtVSRGHUiWHUXPVLVWHPDHÀFD]GHFRPEDWHjFRUUXSomR
É imperativo tratarmos das questões relacionas à PAZ e à ECONOMIA, que à informalidade e a posições dominantes, e um sistema de regulação mais
tanto impacto têm na vida dos nossos concidadãos, sobretudo os mais ca- coerente e independente.
renciados. Porém, essas questões não encontrarão a solidez e continuarão na Se as sementes da actual discórdia residem nas governações provinciais,
esfera apenas das palavras, se não forem tratadas também do ponto-de-vista mostremos ao mundo e aos nossos concidadãos que somos capazes de so-
da JUSTIÇA e das REFORMAS POLÍTICAS. lucionar os problemas, sem o retrocesso da luta armada. Moçambique pode
sim ser um Estado dinâmico e moderno, rico em recursos, em cultura e so-
Importante ressaltar que “Interdependência” não é sinónimo de “depen- bretudo em madurez democrática, saindo do estigma dos Estados belicistas,
“separação” VLJQLÀFD D OLEHUGDGH que afugentam os investimentos, que atrasam o crescimento e desenvolvi-
dência”,, mas sim colaboração mútua; e “separação”
io
necessária
essária para tratar e gerir cada uma de suas esferas. Num verdadeiro mento económico e social, com consequências cruéis para todo o nosso povo.
Estado Democrático de Direito, esses são princípios vividos e praticados de
facto,
to, com autonomia e relação respeitosa entre poderes. Por isso, nenhum Pensemos agora em nossos irmãos, refugiados no Malawi, a representar
dos poderes pode estar atrelado ao outro, sobretudo no que se refere às ques- uma cena triste de abandono, de fome, de medo, porque não encontraram
tões económicas. em seus próprios representantes a segurança. Pensemos agora em como vai
ár
Por que insistir nessa linha de ação, sabedores que somos todos de que a O MDM continuará empenhado na busca e luta pela razão do bemestar de
única solução para retomada da estabilidade e do crescimento económico cada moçambicano, e termino endereçando felicitações e cordiais saudações
é a garantia de um estado de PAZ? Por que continuar a falar de PAZ, em- aos nobres companheiros nesta celebração do Sétimo Aniversário do Mo-
punhando armas, se as verdadeiras armas são a do debate e da participa- vimento Democrático de Moçambique, e agradecemos aos moçambicanos
ção democrática? Cada passo da nossa ainda jovem e frágil Democracia tem que tem vindo dia após dia a acreditarem no nosso exercício, e mesmo aque-
avançado com muito esforço, com muito trabalho, com muita resistência, les que por qualquer razão o MDM não é a sua opção mas pelo facto de
através do exercício eleitoral. Viver esse avanço da óptica da oposição tem WRGRV VHUPRV ÀOKRV GHVWD WHUUD FRQWLQXDUHPRV D URJDU H DSUHFLDU D YRVVD
demonstrado que não é fácil, mas o MDM tem sido coerente na opção pe- contribuição na construção da sociedade moçambicana.
los caminhos democráticos e da participação em todos os escrutínios, por
considerar que não há Democracia sem eleições, sem participação popular e Obrigado pela vossa atenção
sem descentralização do poder. Sendo assim, não podemos nos ausentar de Moçambique para Todos!
DÀUPDUTXHQmRKDYHUiOyJLFDHPQRVVRPRGHORGHUHSUHVHQWDomRHQTXDQWR Nampula, 07 de Março de 2016
não existir o respeito da vontade popular. Daviz Mbepo Simango
22 Savana 11-03-2016
DESPORTO
o
Por Abílio Maolela
log
O
país testemunha, este fim- quarta-feira, a instituição gestora
-de-semana, o arranque do campeonato renovou o contrato
de mais uma edição do de parceria com as Linhas Aéreas
campeonato nacional de de Moçambique para esta época e
futebol, neste caso, o Moçambo- cerca de 4900 passagens serão emi-
la-2016. O pontapé de saída será tidas nesta temporada, numa prova
dado na vila de Songo, província de orçada em mais de 121 milhões de
Tete, com União Desportiva local meticais.
metic
e Desportivo de Nacala como pro- Até à data do arranque da prova,
ció
tagonistas. A prova, a contar pela apenas 13 campos estão garan-
primeira vez com 16 equipas, em tidos, faltando fazer-se a vistoria
representação de oito províncias, nos campos de Desportivo de Tete
excepto Manica, Cabo Delgado e (onde Chingale vai acolher seus jo-
Maputo Província, será disputada gos) e Municipal 1º de Maio, em
em 30 jornadas, registando 240 Lichinga, para o Desportivo doe-
jogos e com mais de 400 atletas a Niassa.
correm atrás da bola. Esta será efectuada na próxima
semana, segundo garantiu Augus-
so
to Pombuane, acrescentando que
Nas vésperas do arranque da maior os técnicos da LMF efectuaram
competição futebolística do país, o visitas aos referidos campos, mas
SAVANA procurou os protagonis- constataram algumas irregularida-
tas para saber o nível de preparação des no processo de reabilitação dos
para o novo ano, assim como para o Quatro meses depois, Moçambola regressa aos relvados mesmos.
novo figurino da mesma (16 equi- Sendo assim, caso os erros não te-
pas). sul-africana, SuperSport, mas, esta se. de cinco jogadores estrangeiros por
nham sido corrigidos, o Chingale
O presidente da Liga Moçambi- semana, revelou que o negócio ain- Ou seja, o Moçambola vai começar partida, além dos três permitidos de Tete será obrigado a realizar
cana de Futebol (LMF), Ananias da não está concluído. na Televisão de Moçambique, ape- pelo Regulamento, mas o timonei- os seus jogos em Songo, enquanto
um
Couane, garante que está tudo a “Ainda estamos a trabalhar com sar da dívida existente, que ascende ro daquela instituição explica que o Desportivo de Niassa terá de se
postos para o arranque da prova, eles. Têm uma nova administra- aos 30 milhões de meticais, não se esse dossier é da competência da deslocar a Nampula para receber os
faltando apenas o acerto de alguns ção e isto fez retardar os contactos sabendo em que canal televisivo vai FMF. seus adversários.
pormenores. que estávamos a estabelecer. Mas, desaguar. “Aguardamos por uma comuni- Quem já tem a vida resolvida é o
Entre os pormenores ainda por o Moçambola vai ser transmitido O outro e menos importante por- cação da FMF sobre esse caso. Se Ferroviário de Nacala que, graças
acertar estava a questão da arbitra- porque trabalhamos em dois mol- menor a ser resolvido é a permissão não se pronunciar, vamos assumir à intervenção do governo distrital,
gem que, até ao dia do fecho desta des: o comercial e o social. Do lado de uso de, no mínimo, cinco joga- o que está no regulamento (três jo- conseguiu chegar a acordo com o
edição (quarta-feira), não se sabia social, temos a televisão pública que estrangeiros pelas equipas,
dores estrangeir gadores)”, confessou. Desportivo local para receber os
quantos árbitros seriam envolvidos tem a obrigação de transmitir os jo- por cada jogo. O que já está acertado é a questão seus jogos naquele recinto, deixan-
na competição. gos e comercial, que ainda estamos Na referida AG, os clubes exigi- do transporte, que também tem do então a hipótese de se deslocar a
O facto é que 16 árbitros habilita- a negociar com a SuperSport”, dis- ram que a LMF permitisse o uso preocupado esta agremiação. Nesta Nampula para o fazer.
dos para apitar a primeira divisão
de
A
lista dos árbitros aptos para dirigir Vila de Songo, na pro- uma grande equipa e a primeira levou o SAVANA a questio-
a prova, a ser apresentada pela Fe- víncia de Tete, tornou- jornada é sempre a mais difícil, por- nar se este cenário estava sen-
deração Moçambicana de Futebol, -se no destino nacio- que entramos em pé de igualdade”, do acautelado para esta época,
io
órgão que tutela a Comissão Na- nal mais procurado da concluiu, referiu. ao que Mohamed respondeu:
cional de Árbitros. ssemana.
emana. Não é para menos. É Entretanto, não foi possível ouvir o “A Comissão de Gestão está a
“Estamos à espera da lista a ser distrital, que
que aquela sede distr técnico de Nacala, que não atendeu fazer todo o possível para que
fornecida pela FMF, mas continu- se localiza junto à Albufeira de o nosso telefonema. possamos ter um campeonato
amos preocupados com a qualida- Cahora Bassa (quarta maior Além da partida de Songo, no sá- nacional tranquilo”, garantiu.
de dos nossos árbitros. Somos pela de África), acolhe o festival bado, a primeira jornada reserva, Quanto ao jogo do próximo
ár
verdade desportiva e pela mudança de abertura do campeonato no domingo, o clássico entre os domingo com o Maxaquene,
de atitude dos mesmos”, reafirmou. nacional de futebol, uma ceri- vizinhos da capital, a ter lugar no Uzaras Mohamed afirmou
“A CNAF tem uma nova direcção mónia que se caracteriza por Estádio Nacional do Zimpeto. que vai ao Zimpeto com o
e está num processo de reestru- muita festa, misturada ao fu- Uzaras Mohamed, treinador do objectivo de ganhar, mas se
turação. Já tivemos uma reunião tebol. O ponto mais alto será Desportivo de Maputo, diz que a não for possível, “não dá para
técnica juntos esta semana”, acres- a partida de abertura da prova sua equipa parte para o Moçambo- perder”.
Di
o
Nkutumula, surpreen- O assessor Inácio Bernardo, que provincial da Juventude e Despor- Administração no Fundo de Pro-
deu meio-mundo, ao afastar dos também já foi director nacional de Sofala; Albino Perieia, de Cabo tos de Cabo Delgado; Cachimo moção Desportiva e Ivan Ernesto,
seus cargos figuras com larga ex- e director nacional adjunto dos Delgado, e Ângela Reane, de Nam- Raul, para Nampula e Rui de Sou- o Departamento de Planificação.
periência no dirigismo. Entre os Desportos e director do Fundo de
log
sacrificados, conta-se António Promoção Desportiva não esca-
Munguambe, que já ocupou várias pou à vassourada. Outros afasta-
pastas no ministério, entre elas, as dos foram: Alexandre Zandamela,
de director nacional de Desportos, jornalista sénior e antigo chefe da
director nacional adjunto, director redacção desportiva do Notícias,
de Estudos e Projectos, director da e Ceise Mabjaia, que, entretanto,
Juventude e Desportos da cida- passa a chefiar o departamento de TÉCNICA – Engenheiros Consultores, Lda
de de Maputo, director-geral do Gestão de Património no Fundo de
Instituto Nacional de Desportos, Promoção Desportiva .
INADE, entre outras. Mas a vassourada de Nkutumu-
ció
la não termina por aqui, pois do
Para além de Munguambe, Antó- Fundo de Promoção Desportiva
nio Enes e José de Sousa Pereira, mandou cessar funções Martinha
director-geral e director-geral ad- Mulungo, chefe do Departamento
junto do Complexo Desportivo do de Administração, e Sandra Tembe, COMUNICADO
Zimpeto, foram despromovidos. chefe do Departamento de Planifi-
Enes já esteve afecto à Direcção cação e Estatística.
Provincial da Juventude e Des- Cessaram ainda os directores pro- A TÉCNICA-Engenheiros Consultores, Lda, na se-
so
quência do acidente da queda parcial da parede da
fachada
hada frontal do Complexo de Piscinas da Vila
Olimpica, ocorrido no passado dia 20 de Fevereiro
de 2016, vem por este meio comunicar que:
1. A TÉCNICA-Engenheiros Consultores Lda, nun-
ca teve Contrato para a Fiscalização do Complexo
um
de Piscinas da Vila Olimpica;
o
Angola (MPLA) e foi Secretário-geral do a entrega total à causa do povo angolano, o
MPLA durante a guerra pela independência empenho para tornar Angola um país uno e
de Angola e durante a guerra civil. indivisível, fizeram de Lúcio Lara uma figura
incontornável no seio do MPLA.
log
Foi um dos fundadores do MAC (Movimen- A luta gloriosa levada a cabo ao longo de 14
to Anti-Colonialista / Movimento Anti-Co- anos de guerrilha em Angola, que se espalhou
lonial), que também incluiu Agostinho Neto, praticamente por todo o país, a par das guer-
Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Noémia ras de libertação que teve de enfrentar nas
de Sousa, Humberto Machado e Eduardo outras ex-colónias, levaram o poder colonial
dos Santos, entre outros. a claudicar. O golpe de Estado que em 25 de
Lúcio Lara, filho de pai português e mãe Abril de 1974 pôs fim à ditadura colonial fas-
angolana, natural da província do Huam- cista em Portugal foi o corolário de todo esse
bo, fez os seus estudos em Portugal. A sua longo processo de desarticulação da máquina
que Salazar havia montado.
ció
militância no partido maioritário iniciou-se
Como resultado, a 8 de Novembro de 1974
na década de 1950, em Angola e entre an-
Lúcio Lara aterrava em Luanda à frente da
golanos no exílio, tendo sido eleito secretário
primeira delegação do MPLA que se deslo-
da organização e dos quadros do partido na
cou à capital angolana depois do derrube da
primeira conferência nacional do MPLA, em Lúcio Lara ditadura em Portugal. Viria então preparar o
Dezembro de 1962. Posteriormente, passou a
ao povo angolano o sonho de independên- Agostinho Neto, Humberto Machado, Zito regresso de Agostinho Neto, que teria lugar
secretário-geral. em Fevereiro de 1975. Foi Lúcio Lara quem
Para se saber com exactidão quem foi, na óp- cia que a implantação do colonialismo havia Van-Dúnem, e outros nacionalistas, Lara fa-
empossou Agostinho Neto como primeiro
tica do regime, Lúcio Lara, nada melhor do roubado. zia também parte do Clube Marítimo
Mar Africa-
Presidente de Angola, e foi também Lúcio
so
que transcrever o texto do Jornal de Angola: A repressão colonial fascista fez emergir uma no, em Lisboa, importante ponto de encontro
Lara quem deu posse ao Presidente José
“Também conhecido por Tchiweka, pseudó- geração de angolanos que procurou, dentro para troca de informações, de documentos e
Eduardo dos Santos, depois do desapareci-
nimo de guerra escolhido em homenagem à e fora do país, criar as condições para que o de coordenação da luta clandestina contra o
mento físico do fundador da nação.
terra da sua mãe, uma aldeia situada no Hu- processo de luta anti-colonial ganhasse uma poder colonial. Falar de Lúcio Lara é tão somente falar de
ambo, a morte de Lúcio Lara é a partida de outra dinâmica e reconhecimento a nível Quando a PIDE (polícia secreta portugue- um dos grandes vultos da política angolana
uma das principais figuras da luta pela inde- africano e internacional. sa) desencadeia uma vaga de perseguições que, ao lado de Agostinho Neto, marcou de
pendência do país do jugo colonial. É neste contexto que Lúcio Lara se destaca e detenções, entre 1950 e 1959, Lúcio Lara forma inapagável um dos mais ricos períodos
Lúcio Lara foi o exemplo de jovens que, na como um dos impulsionadores de todo o pro- refugia-se na Alemanha. É seguindo, depois, da história da luta pela autodeterminação do
década de 40 do século XX, abraçaram os cesso de organização política que veio a de- a rota Tunes (Tunísia), Rabat (Marrocos) e povo angolano e pela afirmação de Angola
um
ideais de liberdade e de progresso e, deter- senvolver-se, tendo como ponto de partida a Conacry (Guiné Conacry) que faz o regresso como país soberano no concerto das nações.
minados, formaram um amplo movimento Casa dos Estudantes do Império, em Coim- ao continente. A partir desta última capital, Com a sua morte, parte o último fundador
de libertação nacional com o objectivo de bra, onde se encontrava a estudar e onde deu enceta um intenso trabalho político que, em até então vivo do Movimento Popular de Li-
quebrar as algemas da repressão e devolver início à actividade política, em 1949. Com conjunto com Agostinho Neto e demais na- bertação de Angola”.
O
autor de O Nome da Rosa, que tinha eram os seus temas”, diz o historiador Dio-
O
84 anos, era um dos mais conheci- go Ramada Curto. “O ensaio, a história mas saxofonista moçambicano gia, consultora de imagem e desenho
dos intelectuais europeus. O escritor sobretudo, desde a publicação de O Nome da Moreira Chonguiça vai par- de moda, trabalhou vários anos como
italiano Umberto Eco, autor de O Rosa, a obra de ficção eram os instrumentos ticipar em Portugal, no Moda manequim, uma profissão que lhe des-
Nome da Rosa, morreu na noite de 19 de Fe- de que se servia para responder tanto às pre- Lisboa, no dia 13 de Março pertou a paixão pelas artes e pelo fas-
vereiro na sua casa em Milão. Tinha 84 anos ocupações pelo presente, como pelo passado.” corrente. O etnomusicólogo moçambi- cinante mundo da moda, em especial, a
e era uma das mais relevantes figuras da cul- Dr. Eco nasceu em Alexandria, na região do cano vai actuar acompanhando o desfi- moda africana.
io
tura italiana dos últimos 50 anos. Não foi re- Piemonte, a 5 de Janeiro de 1932. Cresceu le da estilista angolana Nadir Tati. Ela Nadir Tati afirma que encontra inspira-
velada a causa da sua morte, mas o intelectual durante a II Guerra Mundial, estudou filo- vai apresentar uma colecção denomina- ção na sua própria vida e na história de
e professor de Semiótica na Universidade de sofia e estética e formou-se com uma tese da A voz de Angola. “O meu trabalho vida dos Angolanos. As suas colecções
Bolonha sofria de um cancro há vários anos. é de “transportar” para o mundo toda são elegantes, modernas e glamorosas
sobre a estética de São Tomás de Aquino
O seu último livro, com o título Pape Satàn uma história africana que passa por sem, contudo, esquecer a identidade an-
mas, sublinha o Le Monde, não se mantém
Aleppe,, será publicado em Maio. um processo de identidade e afirma- golana .
ár
vendeu mais de 10 milhões de cópias. Mais seu pensamento na área da semiótica na qual moda angolana”, explica Nadir. que cada vez mais sofisticada luta para
tarde, foi adaptado ao cinema pelo realizador defende que cada obra é composta por uma um lugar de destaque na sociedade. É
Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery a infinidade de signos e por isso oferece a pos- uma colecção sublime de vestidos de
Moreira Chonguiça afirma que o traba-
desempenhar o papel principal. sibilidade de múltiplas interpretações. noite dourados e vermelhos trabalhados
lho conjunto é uma referência na pro-
Umberto Eco foi um pioneiro da semiótica, a Entre os seus livros mais conhecidos está o moção e divulgação de cultura e criati- ao detalhe”, finaliza.A.S
ciência dos signos, um teórico da linguagem já referido O Pêndulo de Foucault, editado vidades africanas. “Conheço a estilista
e autor de vários ensaios filosóficos. Foi só re- em 1988, uma obra na qual cruza templários, Nadir Tati. Na cultura não há fronteiras
lativamente tarde que publicou o seu primei- kabala e sociedades secretas. Além de vários e temos os dois a parceria em outros
ro romance, precisamente O Nome da Rosa, romances, em que se incluem ainda A Ilha projectos. Essa é mais uma experiência
mas foi este que lhe garantiu uma populari- do Dia Anterior (1994), Baudolino (2000), A que resulta dessa cooperação existente
dade mundial ao pôr a sua enorme erudição Misteriosa Chama da Rainha Loana (2004) entre nós como artistas e como países,
ao serviço da construção do romance históri- e O Cemitério de Praga (2011), Eco é autor Moçambique e Angola”.
co. “A linguagem, a informação, a retórica dos de inúmeros ensaios sobre semiótica, estética Nadir Tati é a principal referência
discursos e a necessidade de compreender as medieval, linguística e filosofia. Mas conside- quando se fala de moda contemporânea
configurações culturais em que vivemos, em rava-se sobretudo “um filósofo”: “Só escrevo em Angola. Formada em Criminolo-
comparação com as que existiam outrora, romances aos fins-de-semana.”
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1157 DE MARÇO DE 2016
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2 Savana 11-03-2016 Savana 11-03-2016 3
SUPLEMENTO
Savana 11-03-2016 27
OPINIÃO
o
log
É de analisar
A
notícia da exoneração do Comandante Geral da Polícia,
Jorge Khalau, foi motivo de muitos comentários. Agora,
com a sua saída, os comentários sobre o seu desempenho
estão a cair a granel. Os mais atentos consideram que o
ció
seu desempenho não atingiu as expectativas. A criminalidade no
país continua alarmante. Muita coisa ficou por resolver no que diz
respeito ao combate ao crime no mandato de Jorge Khalau.
so
por acaso que a conversa entre os juízes Augusto Paulino e Luís
Sacramento é de preocupação.
As figuras ligadas à segurança e tranquilidade públicas têm muito
com que se preocupar com a situação. Em todos os momentos que
se encontram procuram encontrar formas de resolver a questão de
segurança. Como vemos nesta segunda imagem, o vice-Ministro do
Interior, José dos Santos Coimbra, está a comentar alguns aspectos
ligados à situação de segurança do país para o Ministro do Interior,
um
Basílio Monteiro, que nem presta atenção para a saudação do antigo
Comandante Geral da Polícia, Miguel dos Santos. No entanto, o
outro antigo Comandante Geral da Polícia, Pascoal Rungo, escuta o
José dos Santos Coimbra.
Na hora do adeus, o exoneradoado Comandante Geral da Polícia, Jorge
Khalau, aproveita para trocar um dedo de conversa com o actual
Comandante Geral da Polícia, Julião Jane. O semblante de Jorge
Khalau é sinal de alívio pelo sucedido. Como se estivesse a dizer
paraa o seu sucessor que é a tua vez de encarar os problemas que não
consegui resolver no meu mandato.
de
Parece que muitos ficaram felizes com saída de Jorge Khalau do seu
cargo. Ouvimos que foi motivo de comemoração no seio da polícia.
Não é por acaso que vemos o antigo Ministro da Segurança da era
do Samora, Mariano Matsinha, a felicitar o novo Comandante Ge-
ral da Polícia.
Nesta última imagem foi na cerimónia do lançamento do livro de
fotografias de Samora Machel feitaseitas pelo fotojornalista Kok Nam.
Dado curioso nesta imagem, tivemos conhecimento que Narsecia
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a direcção executiva da QSPNFTTBEFDPOTUSVJSVNBFSPQPSUPOP'SFMJNJTUÍP
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que (CTA) alugou uma aeronave t %FQPJT EF PVWJS UBNBOIBT DSÓUJDBT TPCSF B OPNFBÎÍP EF VN
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o processo de eleição dos presiden- t 0IPNFNRVFOÍPUFNNFEPEFmDBSSJDPQPSRVFMVUPVQFMB
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Rogério Manuel e a aeronave da sua empresa que foi alugada à CTA
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Savana 11-03-2016 1
EVENTOS
EVENTOS
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o
20 anos de Cism
Papel de Institutos de
log
Investigação em África
ció
so
um
de
A
Fundação Manhiça jun- o alcance dos Objectivos de De- 20 anos de existência do CISM, ram um grande valor, naquela que gariar fundos locais para o desen-
tou, na última terça-feira, senvolvimento Sustentável. Aliás, a primeira em termos de impacto foi a geração de políticas a nível volvimento de pesquisas.
em Maputo, Directores de este foi o tema chave do debate nacional e global, de seguida o de- global, especificamente na área da Este momento foi igualmente so-
Centros de Investigação apresentado por diferentes orado- senvolvimento de ensaios de vaci- malária, em que contribuiu recen- lene, pois terminou com uma ho-
em Saúde em África e seus repre- res e suscitou diferentes questões nas, “que não era comum no país”, temente para a aprovação da im- menagem ao Dr. Pascoal Mocum-
sentantes, parceiros internacionais por parte
te da plateia, sobre até que e por fim a tradução da pesquisa plementação da vacina pela OMS bi, patrono da Fundação Manhiça,
chaves, cientistas, sector privado, a ponto a investigação representa para
par a parte clínica. nos programas de vacinação. um dos grandes impulsionadores
academia e a sociedade civil para um papel importante no desen- No país, o CISM foi envolvente Apesar dos avanços destas insti- de investigação no país. Este mo-
io
um simpósio em saúde global. O volvimento dos países africanos. porque aumentou, quer para a so- tuições de investigação a nível do mento único e emotivo contou
encontro, que teve lugar no salão Segundo o Dr. Betuel Sigaúque, ciedade civil quer para o governo, o continente, foram apresentados com discursos de figuras que, junto
nobre do Conselho Municipal da um dos investigadores do CISM, interesse em pesquisa, assim como durante este simpósio alguns cons- deste governante, vivenciaram os
cidade de Maputo, faz parte das a exemplo da instituição onde tra- o aumento da consciencialização trangimentos e desafios no que se desafios e sucessos da pesquisa em
comemorações do 20º aniversário balha, as pesquisas têm um grande em termos de importância desta refere à sustentabilidade e desafios
Moçambique e em África. Trata-se
ár
da criação do Centro de Investiga- impacto na formulação de políticas para o país. O centro esteve envol- destas instituições nos locais onde
do antigo Presidente da República
ção em Saúde de Manhiça, criado a nível nacional e internacional. O vido em outras pesquisas que não actuam. Um deles tem a ver com
de Moçambique, Joaquim Chissa-
em 1996. O crescimento desta ins- mesmo aponta que, desde a criação fossem só na Malária, como por a maximização destas pesquisas
no, o Director Executivo da EDC-
tituição e a adopção de novas po- do CISM, uma instituição inicial- exemplo Meningite, Pneumonias, para um impacto maior a nível da
TP, Parceria entre a Europa e os
líticas com o passar de ano, como mente virada para a pesquisa em ITS e diarreias, e com os resulta- sociedade civil, não somente na re-
a criação da Fundação Manhiça, Malária, esta instituição, de carác- dos destas contribuiu para a imple- alização de publicações científicas. Países em Desenvolvimento para
a Realização de Ensaios Clínicos,
Di
dotando o CISM de uma estrutura ter sólido e com padrões interna- mentação de políticas em Moçam- Foi igualmente atribuída uma nota
legal moçambicana, fez com que a cionais, conseguiu ao longo dos bique na introdução de vacinas no negativa aos Centros de Investi- Michael Makanga, a Ministra da
mesma reflectisse sobre o papel das anos angariar fundos para diferen- programa alargado de vacinação. gação, para aquilo que são as suas Saúde, Nazira Abdula, e o Director
instituições de pesquisa biomé- tes pesquisas. O investigador refere Em termos de impacto global, os políticas de marketing e promoção do Programa Mundial para Malá-
dicaa no continente africano para três grandes áreas de conquista nos ensaios clínicos do CISM trouxe- das actividades como forma de an- ria da OMS, Pedro Alonso.
2 Savana 11-03-2016
EVENTOS
O
cidade de Maputo, no dia 08 zação da mulher e acesso ao crédito investir na implementação da legis- programa de estágio Segundo Sérgio Paunde, Director
de Março, dia Internacional como forma de empondera-lá. “Te- lação existente”. “Portas Abertas” da de Recursos Humanos e Comu-
mos consciência de que a emanci- empresa Corredor de nicação da CDN ``a CDN de-
o
da Mulher, acolheu as cerimónias Refira-se que, segundo dados qua-
centrais desta data, com o início da pação da mulher é a condição pri- litativos da ONU MULHERES, Desenvolvimento do cidiu dar uma oportunidade aos
deposição da coroa de flores na Pra- mordial para o desenvolvimento e, duas em cada três mulheres sofrem Norte (CDN), divulgado há dois jovens da região norte com en-
por isso, somos todos convidados meses, recrutou 75 jovens com sino médio geral ou técnico-pro-
ça dos Heróis Moçambicanos, pela de qualquer tipo de violência, daí
a participar através do reforço da ensino médio e técnico-profis- fissional, de aprenderem a profis-
log
Ministra do Género, Criança e Ac- a necessidade de consciencializar e
alfabetização, combate à violência sional, com a oportunidade de são ferroviária e ingressarem no
ção Social, Cidália Chaúque. sensibilizar para reduzir os números
doméstica, prevenção e combate a ingressar no mercado de trabalho mercado de trabalho, permitindo
de actos que enfermam a sociedade.
através de uma empresa sólida e aumentar os seus conhecimentos
Esta efeméride decorreu sob o lema: casamentos prematuros”, apelou. Actualmente Moçambique conta
em constante crescimento. Este em ambiente real de trabalho. Es-
“Planeta 50/50 Até 2030: Acelere o Por seu turno, o embaixador do Ja- com legislações que protegem a mu- numero foi seleccionado de um peramos que estes jovens contri-
passo rumo à Igualdade de Géne- pão, Akira Mizutani, presente na lher, nomeadamente a Lei da Famí- total de 7000 candidaturas de buam, com o seu saber e vontade
ro” cujo objectivo é chamar atenção cerimónia, reafirmou o compromis- lia, Lei sobre Violência Doméstica Nampula, Nacala e Cuamba, lo- de aprender, para o crescimento
dos Governos, das organizações, do so daquele país nipónico em apoiar praticada contra a Mulher; e várias cais onde a empresa opera. da empresa e da economia da re-
sector privado e da sociedade, para Moçambique na erradicação da vio- organizações da sociedade civil que O estágio deste ano será faseado gião norte do país.
a necessidade de redobrar os esfor- lência contra as mulheres e raparigas trabalham na prestação de serviços, e dividido em grupos e realizar-
ció
Este programa vem complemen-
ços, individuais e colectivos, para a e feminização do HIV/SIDA. com destaque para a MULEIDE -se-á de Fevereiro a Abril do cor- tar recrutamento recente de mais
promoção e elevação do estatuto da “Nenhuma sociedade pode atingir (associação Mulher, lei e Desen- rente ano com módulos de ma- de 20 engenheiros recém-forma-
mulher na sociedade. o seu pleno desenvolvimento quan- volvimento), que se tem notabiliza- nutenção de vagões e carruagens; dos, que constituem a primeira
Na sua intervenção, a Ministra do do metade da população é negada do na área de assistência jurídica e de via permanente e operação turma de engenheiros ferroviá-
Género, Criança e Acção Social, a oportunidade de alcançá-lo. O psicológica às vítimas de doméstica. assistida. rios da empresa.
afirmou que o dia Internacional da Japão acredita que cultivar o poder (Elisa Comé)
Mulher serve de reflexão sobre o das mulheres como maior potencial
respeito, direitos da mulher e com- para o crescimento da nação e de
promisso para a igualdade de género criar uma sociedade em que as mu-
so
na esfera política, económica, social lheres brilham trará vigor ao mun-
e cultural. do”, comentou.
A titular da pasta referiu na ocasião Já a representante da ONU MU-
que, em Moçambique, “a promoção LHERES em Moçambique, Flo-
de igualdade de género é prioridade rence Raes, referiu: “o nosso país
do Governo, pois, a pobreza deve possuí um quadro legal bastante UNIVERSIDADE WUTIVI
deixar de ter o rosto da Mulher.” progressivo no que diz respeito ao
(ex ISTEG)
É
já nos próximos dias 1 e 2 de São mais de 40 artistas, dos quais III. GESTÃO DE EMPRESAS
de
mais cobiçados da época, por cele- traz ao de cima um ambiente de se de Dados e Desenvolvimento de Aplicações
brar o estilo jazz em todas as suas amizade e partilha. Parte desta par-
vertentes culturais. Para além de se tilha e destes sabores de amizade e
realizar na cidade mais internacio- celebração da música sem fronteiras Através de actividades organizadas e facilitadas por docentes
nal e turística da África do Sul, este nem bandeiras é reconhecido pela Doutorados, os cursos habilitam os mestrandos a:
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Inscreva-se já.
A
Universidade Politécnica fórum profissional organizado pela
A
e a Total Moçambique as- Universidade Politécnica, a primei- rrancou, esta quarta-fei- sobre os Planos e Relatórios de Ac- tando ser “importante que sejam
sinaram, na última sexta- ra instituição privada de ensino su- ra, 9 de Março, na cidade tividade, a Proposta do Orçamento redobrados os esforços no sentido
de Maputo, o primeiro Anual, a Expansão e Modernização de melhor servir o utilizador desta
o
-feira, 4 de Março, um me- perior a estabelecer-se no País.
Para a directora da Unidade de Ex- Conselho Consultivo do da Rede de Observadores, entre ou- informação”.
morando de entendimento visando
Instituto Nacional de Meteoro- tros assuntos relevantes para o pleno Por seu turno, a directora geral do
a formação, patrocínios, recruta- tensão e Cooperação Universitária
logia de Moçambique (INAM), funcionamento e desenvolvimento INAM, Cândida Nhapulo, asse-
mento e oferta de estágios e bolsas da Universidade Politécnica, Rosâ-
que se vai debruçar sobre os Pla- do instituto”. gurou
ou no discurso de apresenta-
log
de estudo aos estudantes com alto nia da Silva, a assinatura deste me- nos e Relatórios de Actividade, Contextualizando a situação calami- ção do Conselho Consultivo que
aproveitamento académico e ou morando de entendimento “marca entre outros assuntos relevantes tosa do País, Olívio Pinto referiu que, o encontro visa a planificação das
carenciados daquela instituição de a abertura e ampliação dos nossos para o pleno funcionamento da no ano passado, o Governo foi desa- relacionadas com a
actividades relacio
ensino superior. horizontes para áreas mais técni- instituição. fiado por inundações que assolaram a salvaguarda de vidas e bens, pas-
cas”. cidade de Maputo, bem como as pro- sando pelas que dizem respeito à
“A oferta de estágios aos nossos A reunião, que terá a duração de víncias da Zambézia e de Nampula agricultura, à navegação aérea e
Este memorando visa igualmente
estudantes e as possibilidades de três dias, conta com a participa- sendo que, actualmente, enquanto marítima, bem como ao turismo.
o desenvolvimento de conteúdos
emprego que se abrem com a assi- ção de delegados provinciais do as zonas Norte e Centro têm estado Como desafio, Cândida Nhapulo
educacionais e a realização de pa-
natura deste acordo encorajam-nos INAM, quadros técnicos e re- a registar cenários de enxurradas, a disse: “o INAM deve providenciar
lestras, cursos e apresentação de ca- a apostar mais nas áreas técnicas”, presentantes do Ministério dos
ció
zona Sul do País continua afectada informação fiável, atempada e de
sos de estudo por parte de trabalha- referiu Rosânia da Silva. Transportes e Comunicações. por uma grave seca. Por isso, acres- fácil compreensão para o públi-
dores qualificados e experientes da Já o director-geral da Total Mo- O inspector geral do Ministério centou, “estas situações gravosas do co, bem como para outros acto-
Total Moçambique, empresas afi- çambique, Joseph Kouamé, con- dos Transportes e Comunicações, tempo e do clima precisam de uma res da sociedade por forma a que
liadas ou estudantes universitários. sidera que este memorando vai Olívio Pinto, fez o discurso de pronta resposta do INAM e, a nos- compreendam e tomem medidas
Nesse sentido, a Universidade Po- permitir a formação de jovens com- abertura, em representação do mi- sa expectativa, é que as medidas para necessárias para proteger vidas e
litécnica deverá organizar debates petentes e preparados para ingres- nistro de tutela, Carlos Mesquita, uma resposta mais eficiente saiam meios de subsistência, reduzindo
relativos aos conteúdos dos cursos tendo explicado que o Conselho deste Conselho Consultivo”. desta maneira o risco de desastres
sar no mercado de trabalho.
ou programas de formação que mi- Consultivo está estabelecido no “Estamos cientes de que os fenóme- naturais”.
“Há necessidade de formarmos
nistra a fim de adaptá-los às neces- Estatuto Orgânico do INAM, nos naturais não podem ser travados Ainda de acordo com Cândida
so
jovens para desenvolver o País e recentemente aprovado pelo Go-
sidades de empresas como a Total pelo homem. Mas o seu impacto na Nhapulo, este primeiro Conselho
este acordo vai ajudar os estudan- verno.
Moçambique ou do seu sector de vida humana pode ser reduzido se Consultivo irá também apreciar os
tes universitários a aliar a teoria à Trata-se, segundo referiu, “de um tivermos uma informação meteoroló- novos instrumentos normativos para
actividade. prática e, por via disso, terem ideia órgão de consulta e de coordena- gica correcta e a chegar aos utilizado- o funcionamento do INAM, recen-
Como contrapartida, a Total Mo- do que o mercado espera deles após ção, com o dever de se pronunciar res atempadamente”, disse, acrescen- temente aprovados pelo Governo.
çambique irá participar em feiras a formação”, explicou o director-
de emprego ou qualquer tipo de -geral da Total Moçambique.
ANÚNCIO DE VAGA
um
Samora Machel em Consultor para Saúde Ambiental
O
salão nobre do Municí- cumentam importantes fazes es do Tarefas:
pio de Maputo acolheu início da história de Moçambique
ambique Na áreaea de desenvolvimento
d da estratégia nacional de saúde ambiental:
na passada sexta-feira o Independente que vão desde a fase &RQWULEXLUSDUDRSURFHVVRGHGHVHQYROYLPHQWRGDHVWUDWpJLDGHVD~GHDPELHQWDO
&RQWULEXLUSDUDRSURFHVVRGHGHVHQYROYLPHQWRGDHVWUDWpJLD
lançamento do livro de de nacionalizações, passando pela 2. Prestar apoio técnico ao Assessor de saúde ambiental da OMS facilitando o desenvolvimento
fotografias de Samora Machel guerra de libertação da Rodésia GDHVWUDWpJLDJOREDO
de
Candidaturas:
Os candidatos interessados deverão, formalizar a sua candidatura até ao dia 15 de Março de 2016
através do e-mail afwcomz@who.int
Para mais informações, acesse o link http:/www.afro.who.int/en/Mozambique/vacancies.html
4 Savana 11-03-2016
EVENTOS
o
Comunidade (FDC) sentou-se à devido à crise financeira que abalou zer valer esta janela de modo a con-
mesa com uma dezena de raparigas o parceiro. Para dar volta à situa- tribuir para o desenvolvimento do
para fazer o balanço e o respectivo ção, trançava cabelos, confeccio- país. Assim foi e em 2009 conclui
encerramento do projecto de finan- nava comida tipicamente nacional o curso e regressou a Moçambique,
log
ciamento de bolsas de estudos. em alguns restaurantes e, um anos sendo que actualmente trabalha
depois, a FDC conseguiu um outro como Técnica Informática do Mil-
parceiro que deu continuidade ao lennium Bim.
Trata-se de uma iniciativa que, en-
financiamento dos estudos. Depois Márcia Guido contempla o gru-
tre 2010 a 2012, atribuiu 132 bolsas
po de raparigas que beneficiou de
de estudos a raparigas moçambica- da formação voltou a Moçambique
bolsa de estudos para estudar em
nas, provenientes de famílias ca- e trabalha no Ministério de Eco-
Moçambique. Guido, de 28 anos
Moç
renciadas. As bolsas vão do ensino nomia e Finanças e é docente na
que a educação é vector de inclusão saber fazer para que juntamente de idade e natural do Niassa, cur-
medio ao superior, quer dentro e Universidade São Tomás.
social. com o homem possam fazer as de- sou Administração e Gestão de
fora do país, tendo abrangido quase Cidália Piwalo, de 30 anos de ida- Empresas no ISPU de Quelimane,
A dirigente destaca que é chegado vidas transformações.
ció
todas as províncias nacionais. de, é natural de Sofala, e depois de mas voltou a sua terra natal onde
Segundo Zélia Menete, directora o momento de construir uma so- Isabel Nampava, de 35 anos de ida- concluir o nível médio não vislum-
ciedade baseada no conhecimento, de e natural de Inhambane, foi uma trabalha na direcção provincial de
executiva da FDC, esta iniciativa brava a possibilidade de continuar Saúde, no sector de contabilidade
é exclusiva para mulheres, porque com massa crítica para alavancar das mulheres beneficiárias do pro- com os estudos superiores porque a e é docente da UP na delegação de
formar a mulher é a posta certa o crescimento do país. Isto porque jecto de bolsas de estudo da FDC. família não dispunha de condições Lichinga.
para o desenvolvimento. Menete Moçambique tem muitos recursos Concorreu à bolsa e formou-se em financeiras para tal. Márcia Guido agradeceu o gesto
defende ainda que em Moçambi- que podem catapultar o país para Economia no Brasil. Conta que Em 2004 concorreu às bolas da da FDC, pois transformou a sua
que as mulheres representam 54% outros níveis de crescimento, mas foi uma experiência difícil, porque FDC juntamente com outras sete vida e hoje sente-se realizada por-
da população nacional e, muitas ve- para tal é preciso que a mulher não nasceu em Inhambane e cresceu em raparigas da sua província, tendo que contribui com os seus conheci-
so
zes, têm sido excluídas das oportu- fique alheia a esses processos, pelo Cabo Delgado e, logo nos primei- sido seleccionada para cursar Ma- mentos para o desenvolvimento da
nidades de desenvolvimento, sendo que há necessidade de provê-la do ros dias, teve problemas de adapta- temática Aplicada e Informática no sua província.
outr meios.
las e outros incomodam, ando sempre à
foram entregues, pela Odebrecht, – 40 carteiras; Escola Primária de Os vencedores das três catego-
A Odebrecht aderiu à iniciativa procura de respostas e não as
500 carteiras escolares no Distrito Chitucazima – 50 carteiras; Escola rias serão anunciados em Se-
do Ministério da Educação e De- encontro”. Em 2015, o 2º e
de Bilene-Macia na Província de Primária de Guagua – 40 carteiras; tembro de 2016. Cada vencedor
senvolvimento Humano por ter o 3º lugar do Prémio Emerging
Gaza. Na fase a seguir a decorrer Escola Primária de Madjele – 50 receberá um prêmio de US$
compromisso com os valores éticos, Voices Artes foram atribuídos
nos próximos meses, serão entre- carteiras; Escola Primária de Tso- com a formação profissional e do 40.000, e o segundo e terceiro a Fabiola Menchelli Tejeda e
gues 1.600 carteiras escolares na veca – 50 carteiras; Escola Primá- humano
ser humano. classificados por cada categoria Pablo Mora Ortega, de Mé-
Província da Zambézia. ria Completa Mao Tsé Tung – 40 Em Moçambique, através do Pro- irá receber US$ 5.000. xico e Colômbia respectiva-
Na Província de Gaza, dez escolas carteiras e Escola Primária Mitine grama “Acreditar”, já certificou O Prémio Emerging Voices mente.
receberam o apoio da Odebrecht 1 – 50 carteiras. mais de 1.700 pessoas de modo a 2016 dá continuidade ao su- As inscrições estão abertas até
io
como instituição Amiga da Educa- “É um grande passo em frente. atender as demandas geradas na cesso do programa inaugu- dia 3 de Maio e, em Junho
ção e membro do Clube dos Ami- As crianças sentavam-se no chão. construção civil nas regiões de Tete ral lançado em Dezembro de próximo, será anunciada a lis-
gos da Educação. Vamos cuidar muito bem destas e Nampula. Em parceria com o 2014. No ano passado, a escul- ta dos candidatos para cada
Em Dezembro de 2015, foi reali- carteiras”, avalia Carlos Benhane, Governo e a sociedade civil, tam- tora Cristina Planas, do Peru, categoria e os participantes
zada a primeira entrega oficial de Director da Escola Primária de bém já apoiou programas de saúde, ganhou o Prémio Emerging de cada lista por categoria se-
Chihacho que teve três salas de aula Voices Artes com um conjun- rão anunciados em Agosto de
ár