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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS –

ESBAM
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE
MICROBIOLOGIA GERAL

ASSUNTO: FAMÍLIA PLASMODIIDAE (PLASMODIUM)


E RICKETTSIACEAE (FEBRE MACULOSA)

ANA SÍLVIA ARAÚJO APARÍCIO

MANAUS/AM
JUNHO/2013
INTODUÇÃO
A malária é uma doença que acomete os seres humanos desde a mais remota
antiguidade. Há relatos de febres intermitentes e sazonais em textos assírios, chineses e
indianos. Originária provavelmente da África, acompanhou as migrações humanas pelas
regiões do mediterrâneo, Oriente Médio, Índia e Sudeste Asiático. Quanto a sua
introdução nas américas, não há consenso, por falta de informações confiáveis. Após a
chegada dos colonizadores portugueses e espanhóis, a partir do final do século XVI, é
possível que a presença de casos da doença relacionados ao Plasmodium vivax já
existissem, e os colonizadores teriam apenas introduzido o P. falciparum.
Posteriormente, já no século II d. C., médicos gregos e romanos referiram-se a
esta doença, que ocorria de forma epidêmica nos países mediterrâneos e em outras
partes da Europa e era conhecida como febre romana.
Associando a malária às emanações provenientes de pântanos, no século XVIII,
durante a vigência da teoria miasmática de causalidade de doenças, recebeu o nome
malária, que em italiano quer dizer “mau ar”.
Dentro deste contexto nos dias atuais a malária mata 3 milhões de pessoas por
ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas
todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de
morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a
cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e
muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm
dificuldades de aprendizagem.

ASPECTOS BIOLÓGICOS
Os esporozoítos são a forma infectantes para os seres humanos, inoculados nos
capilares sanguíneos pela picada dos insetos vetores. Permanecerem pouco tempo, cerca
de 30 minutos, na circulação sanguínea, penetrando em seguida nos hepatócitos. Nestas
células, evoluem para trofozoítos e, e por esquizogonia, originam os esquizontes
tissulares ou pré-eritrocíticos. Esta fase constitui a fase pré-eritrocítica ou tecidual. Os
esquizontes multiplicam-se também assexuadamente, dando origem a milhares de
merozoítos, os quais rompem os hepatócitos e, caindo na circulação sanguínea, vão
invadir os glóbulos vermelhos, dando início à segunda fase do ciclo, a fase eritrocítica.
Na fase tecidual, os indivíduos infectados não apresentam manifestações clínica
da doença. Sua duração varia conforme a espécie de plasmódio: cerca de 1 semana para
o P.vivax e P. falciparum, de 2 semanas para o P.malariae e de 9 dias para o P.ovale. No
caso do P. vivax e do P. ovale, existem populações de esporozoítos distintas quanto à
duração da sua atividade dentro dos hepatócitos, sendo uma mais lenta, denominada
hipnozoítos. Estas formas explicariam as recaídas que ocorrem nos doentes por estes
plasmódios, quando não devidamente tratados.
Na fase eritrocítica, os merozoítos que invadiram os eritrócitos transformam-se
em trofozoítos, que, por reprodução assexuada, multiplicam-se em esquizontes e estes
se multiplicam em novos merozoítos. Estes rompem as hemácias e penetram em outras,
dando início a novos ciclos de esquizogonia eritrocitária. Depois de algumas gerações
de merozoítos, algumas formas se diferenciam em formas sexuadas: os macro e
microgametócitos. Estes não mais se dividem e desenvolvem-se nos insetos vetores para
dar origem a novos esporozoítos.

ASPECTOS CLÍNICOS
O conjunto de sintomas e sinais conhecido como acesso malárico, caracteriza-se
por intenso calafrio seguido de elevação rápida da temperatura corpórea, acompanhada
de náuseas e/ou vômitos, dor de cabeça, dores musculares e abdominais. À medida que
a temperatura começa a baixar, o doente apresenta intensa sudorese. Este acesso, que
pode durar vários minutos ou horas, se repete com intervalos diferentes, de acordo com
a espécie do plasmódio, ou seja:
P.vivax e P.ovale - acessos em dias alternados, 48 em 48 horas
P. malariae - os acessos se repetem cada 72 horas
P. falciparum - com intervalos de 36 a 48 horas, por vezes com febre
ininterrupta.
Anemia, falta de apetite, aumento do tamanho do fígado e do baço
(hepatoesplenomegalia), fraqueza e distúrbios gastrointestinais também podem estar
presentes. Apesar deste quadro preocupante, a malária quando causada pelo P.vivax,
P.ovale e P.malariae não é entendida como causa direta de eventuais mortes.
Diametralmente oposta pode ser a evolução de uma infecção por Plasmodium
falciparum que, se não diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, pode
produzir quadros extremamente graves. A anemia pode ser muito intensa, a função renal
pode ser comprometida ou mesmo falir totalmente, a função respiratória pode apresentar
serias deficiências, quadros neurológicos como confusão mental e coma igualmente
podem ser verificados. Enfim, como uma doença que provoca grande distúrbio
sistêmico, a morte pode ser o desenlace em cerca de 1 a 2% dos casos detectados.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O método mais seguro e mais utilizado para o diagnóstico é demonstrar a
presença de Plasmodium no sangue do paciente. O exame deve ser feito o mais breve
possível para se evitarem as formas grave da malária.
Preparar um esfregaço de sangue, como indica a figura, fixá-lo e corá-lo pelo
método de Giemsa ou equivalente.
Recomenda-se também fazer uma preparação de “gota espessa”, que será
desemoglobinizada, fixada e corada.
A busca de plasmódios deve ser minuciosa e feita por um profissional
competente.
A espécie do plasmódio deve ser identificada, para orientar a escolha da
terapêutica adequada a cada caso.

Fazer uma gota de sangue do paciente (1), lisada ao ser misturada com a solução
“buffer” A (2), migrar por capilaridade sobre uma fita de nitrocelulose (3) que contém
os anti-corpos monoclonais de plasmódios.
Estes estão dispostos em 3 sítios ao longo da fita:
 O 1º, contendo a proteína II (rica em histidina) testemunha se o teste está
funcionando.
 O 2º, contendo a desidrogenase láctica (existente nas formas asse-xuadas dos 4
plasmódios), diz se há anticorpos de algum plasmódio: diagnóstico positivo para
malária.
 O 3º, diz se eles são de P. falcipa-rum: diagnóstico de terçã maligna.
Os complexos antígeno-anticorpos formados são revelados pela solução
“buffer”B, que migra ao longo da fita e opera a lavagem, tornando visível o resultado
(4).
Como os anticorpos da malária permanecem detectáveis durante algum tempo
depois da cura, um teste imunológico positivo pode significar, apenas, que o paciente
teve malária em período recente.
Por isso a triagem de doadores de sangue, em áreas endêmicas, requer como
alternativa métodos que informem sobre a presença de antígenos de Plasmodium no
sangue ou na urina.
A técnica da acridina-orange, um corante que se liga ao DNA e RNA dos
parasitos, é usada para marcar as hemácias com plasmódios.
Centrifugando-se o sangue a 14.000 rotações/min, os glóbulos vermelhos
sedimentam e permitem ver (sob um foco de luz de determinado comprimento de onda),
nos casos de malária, a marcação fluorescente de acridina-orange concentrada nesse
sedimento.
De execução fácil e rápida (sem microscópio), seu uso é limitado pelo custo
muito alto, se comparado com o da parasitoscopia.
A técnica de PCR também é muito sensível, mas de uso restrito para pesquisa,
em vista de seu custo, complexidade, necessidade de equipamento e pessoal
especializado.

TRATAMENTO
A malária quando detectada correta e precocemente é uma doença de tratamento
bastante simples. Para cada espécie do plasmódio é utilizado medicamento ou
associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação particular
de cada doente. Quando há retardo no diagnóstico, em especial em um caso de infecção
por Plasmodium falciparum, graves complicações podem surgir, culminando com o
óbito do doente.

PREVENÇÃO E CONTROLE
Os métodos usados para prevenir a dispersão da malária ou proteger as pessoas
em áreas endêmicas incluem: erradicação do mosquito, drogas profiláticas, e prevenção
de picadas de mosquitos. A transmissão da malária pode ser reduzida prevenindo-se as
picadas de mosquito com repelentes e redes contra mosquitos, assim como controlando
a proliferação dos mosquitos com inseticidas e drenagem de água parada onde eles
depositam seus ovos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/malaria.php
http://www.kxoninho.com/parasitologia/index.php?
option=com_content&view=category&id=66&Itemid=282
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pncm.pdf
www.pastoraldacrianca.org.br/index.php?option=com_content.
INTODUÇÃO
A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença
infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é intracelular
obrigatória e tem como vetor biológico o carrapato Amblyomma cajennense, conhecido
como “carrapato estrela”. Esta enfermidade é uma zoonose que acomete o homem e
diversos animais.
Esta doença não é comum, mas o número de casos tem aumentado desde o ano
de 1996. É mais comum na zona rural, principalmente no interior de São Paulo, Minas
Gerais e Rio de Janeiro.
O vetor desta bactéria é o maior responsável pela manutenção da R. rickettsii na
natureza, pois há a transmissão transovariana (transmissão para ovos e larvas) e a
transmissão transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas, para as fases de
ninfa e adulto). Isto permite que o carrapato fique infectado por toda a sua vida e
também por várias gerações.
A única forma de transmissão é através da picada do carrapato, após ficar fixado
no hospedeiro por um período que varia de 4 a 6 horas, ficando incubado por cerca de 2
a 14 dias.

ASPECTOS BIOLÓGICOS
As fêmeas após fecundadas e ingurgitadas desprendem-se do hospedeiro, caindo
no solo para realizar postura única em torno de 5.000 a 8.000 ovos antes de morrerem.
Após período de incubação (30 dias à temperatura de 25ºC) ocorre a eclosão dos ovos e
nascimento das ninfas hexápodes (larvas). As ninfas sobem pelas gramíneas e arbustos e
aí esperam a passagem dos hospedeiros. Após sugarem sangue do hospedeiro por 3 a 6
dias, desprendem-se deste e no solo ocorre a ecdise (18 a 26 dias), transformando-se no
estágio seguinte que é a ninfa octópode. As ninfas fixam-se em um novo hospedeiro e
em 6 dias ingurgitam-se de sangue, e no solo sofrem nova ecdise (23 a 25 dias),
transformando-se no carrapato adulto. O Amblyomma cajennense completa uma geração
por ano, mostrando os três estágios parasitários marcadamente distribuídos ao longo do
ano. As ninfas hexápodes ocorrem basicamente entre os meses de março a julho e
sobrevivem até 6 meses sem se alimentar. As ninfas octópodes entre os meses de julho a
novembro e os adultos entre os meses de novembro a março, sobrevivem até 1 ano e 02
sem se alimentar, respectivamente. Os carrapatos Amblyomma cajennense são
responsáveis pela manutenção da R.rickettsii na natureza, pois ocorre transmissão
transovariana e transestadial. Esta característica biológica permite ao carrapato
permanecer infectado durante toda a sua vida e também por muitas gerações após uma
infecção primária.

ASPECTOS CLÍNICOS
Os sintomas mais característico da febre maculosa são:
 Febre, de moderada a alta, podendo durar de 2 a 3 semanas;
 Fortes dores de cabeça;
 Dor no corpo;
 Calafrios;
 Edema dos olhos e conjuntiva.

Amblyoma cajennense, o carrapato-estrela, vetor da Febre Maculosa a mácula


(origem do nome da doença) pode aparecer logo nos primeiros dias de febre. São lesões
de pele, de coloração rosada, localizadas nos punhos e tornozelos, progredindo para o
tronco, face, mãos e pés. Após alguns dias estas lesões podem ser sentidas ao toque,
devido a um aumento de volume e ganham uma tonalidade mais escura, podendo ficar
arroxeadas após 4 dias. Em áreas mais intensas, pode haver descamação e onde houve a
picada, pode aparecer uma úlcera necrótica. Pode haver a evolução para cura espontânea
após 3 semanas. Já nos casos mais graves, pode haver áreas de necrose nos dedos,
orelhas, palato mole e genital, podendo vir acompanhado de sangramento de gengiva,
do nariz, vômitos e forte tosse seca.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
É feito através de exames laboratoriais, como a imunofluorescência indireta
(RIFI) que é um exame específico para esta doença. Também é importante considerar os
achados clínicos e os dados epidemiológicos, pois o resultado deste exame é muito
demorado.
TRATAMENTO
É feito com a administração de antibióticos, como a tetraciclina e o
cloranfenicol, nos primeiros 2 ou 3 dias, sendo que o ideal é estender a medicação por
10 a 14 dias. Quando o tratamento é feito tardiamente, podem ocorrer graves
complicações, comprometendo o sistema nervoso central, rins, pulmões e lesões
vasculares, podendo levar ao óbito.
É praticamente impossível eliminar definitivamente os carrapatos, portanto é
importante minimizar o contato com animais domésticos, principalmente em áreas
consideradas endêmicas e, também, controlar a população deste vetor através do
controle químico nos animais e no meio ambiente.

PREVENÇÃO E CONTROLE

Como a febre maculosa é uma zoonose, doença transmitida a partir do animal


para o homem, é muito importante que as pessoas tomem alguns cuidados quando
estiverem no meio rural.
Em primeiro lugar, você deve saber que cada fêmea de carrapato infectada pode
gerar até 16 mil filhotes aptos a transmitir rickettsias. Deste modo, se você tem o hábito
de levar o seu cãozinho para viajar com você, tome cuidado para que ele não se torne
reservatório da febre maculosa quando você retornar para a sua cidade. Os cães, muitas
vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença.
Para quem mora nas regiões rurais, é bom não deixar cachorro dentro de casa e
procurar fazer com frequência a higiene dos animais, principalmente dos cavalos, com
carrapaticidas. Uma medida eficaz, que também evita a proliferação dos carrapatos, é
aparar o gramado rente ao solo uma vez por ano na época das águas, de preferência com
roçadeira mecânica. Com o capim baixo, os ovos ficarão expostos ao sol e não vingarão,
quebrando-se o ciclo do parasita.

Outro dado importante para se fazer a prevenção, é que a febre maculosa é mais
comum entre junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do
carrapato, conhecidas como micuins. Algumas pessoas acreditam que os micuins não
transmitem a febre maculosa, o que é um erro. Por serem muito pequenos, os micuins
passam mais despercebidos que os carrapatos adultos e, muitas vezes, ninguém sequer
nota a presença deles.
Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos e dos micuins, é muito
importante que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, estejam de calça e
camisa compridas e claras e, preferencialmente, de botas. A parte inferior da calça deve
ser posta dentro das botas e lacradas com fitas adesivas. Se possível, evite caminhar em
áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e, a cada duas horas, verifique se há
algum deles preso ao seu corpo. Quanto mais depressa ele for retirado, menores os
riscos de infecção.
Mas quando for retirar um carrapato, não o esmague com as unhas. Com o
esmagamento, pode haver liberação das rickettsias que têm capacidade de penetrar
através de microlesões na pele. Também não force o carrapato a se soltar, encostando
agulha ou palito de fósforo quente. O estresse sofrido pelo artrópode faz com que ele
libere grande quantidade de saliva, o que aumenta as chances de transmissão de
rickettsias. Retire-os, com cuidado, por meio de leve torção, para liberar as peças bucais
(da boca).
Existem também repelentes, com concentrações maiores do produto químico
DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), que são eficientes contra mosquitos e carrapatos.

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
portal.saude.gov.br/.../gve_7ed_web_atual_febre_maculosa_brasileir
www.unigranrio.br/unidades_acad/ibc/sare/v02n01/.../A02N01P01.pdf
www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1002&sid..
ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS –
ESBAM
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE
MICROBIOLOGIA GERAL

ASSUNTO: ABORDAGEM SOBRE MÉTODOS DE


CAPTURA E CRIAÇÃO DE INSETOS VETORES

ANA SÍLVIA ARAÚJO APARÍCIO

MANAUS/AM
JUNHO/2013
ABORDAGEM SOBRE MÉTODOS DE CAPTURA E CRIAÇÃO DE
INSETOS VETORES

COLETADE ADULTOS COM CAPTURADORES À BASE DE SUCÇÃO

Este é um dos métodos mais frequentemente utilizados por sua simplicidade e


economia. Existem vários modelos de capturadores, baseados no dispositivo
inicialmente descrito.
Os insetos são sugados individualmente para um tubo ou recipiente de vidro ou
outro material transparente, provido de uma tela fina em uma extremidade, a qual se liga
uma mangueira para sucção ou bomba que gera uma pressão negativa. Os mosquitos
assim capturados podem ser transferidos diretamente para recipientes mortíferos
(contendo éter, clorofórmio, cianetos etc.) ou para gaiolas de transporte, caso haja
interesse de mantê-los vivos.
Em levantamentos entomológicos de mosquitos de importância médica usa-se
frequentemente, como medida de densidade populacional, a expressão
"coleta/homem/hora", correspondente ao número médio de insetos capturados por um
indivíduo treinado durante uma hora. Embora essa medida seja inevitavelmente
influenciada pelas diferenças individuais, é considerada válida quando é empregada
comum a amostra de tamanho adequado. Com esse tipo de capturadores pode-se fazer
capturas intra e extradomiciliares de mosquitos pousados sobre paredes, tetos, móveis,
plantas, ou iscas humanas e de outros animais. A isca humana pode ser o próprio
indivíduo que captura ou outra pessoa.
O método de coleta com utilização de iscas pode ser associado ao uso de
armadilha de Shannon e similares.

COLETADEADULTOSCO MARMADILHADE
SHANNO NECORRELATAS

Consiste originalmente de uma estrutura de tecido branco e tela apropriada para


a captura de mosquitos ao ar livre. Pode-se utilizar, para atrair os insetos, uma fonte
luminosa em seu interior, associada ou não a uma isca humana ou animal. Os mosquitos
que voam para o seu interior são coletados com capturadores de sucção. Como variante
desse método, podem ser montadas "tendas" de tecido fino, tipo filó, de vários formatos
e tamanhos a cerca de 20cm de altura do solo, providos de isca humana ou animal.

COLETADEADULTOSCOMARMADILHAS
LUMINOSASAUTOMÁTICAS
Existem vários tipos e marcas de armadilhas automáticas baseadas na atração
exercida por uma fonte luminosa com um ou de luz ultravioleta, junto a qual está
instalada uma hélice cujo movimento aspira os mosquitos para um recipiente. Podem
conter ou não substâncias tóxicas, tais como inseticidas, gás carbônico, ou diversas
substâncias atrativas. Os tipos de "CDC" estão entre os mais utilizados, existindo
descritas numerosas variantes, inclusive versões bastante leves e práticas. O fato de nem
todas as espécies de mosquitos serem atraídas uniformemente pela luz, deve ser levado
em conta ao ser e correra esses dispositivos para levantamentos faunísticos.

COLETADE ADULTOS COM ARMADILHAS DE


OVIPOSIÇÃO OU DE FÊMEAS GRÁVIDAS
Diversas armadilhas têm sido desenvolvidas e produzidas comercialmente,
baseadas na atração exercida por fatores físicos e químicos sobreas fêmeas grávidas que
buscam um local para a oviposição. Tais armadilhas podem comparar-se favoravelmente
às armadilhas luminosas, sendo ou não específicas quanto à espécie de mosquitos
capturados. Nos estudos epidemiológicos, possuem a vantagem de, ao capturar em
seletivamente fêmeas grávidas, incluírem naturalmente também um maior percentual de
mosquitos infectados. Autores descrevem um tipo eficiente e bastante utilizado,
baseado na armadilha luminosa "CDC" miniatura, na qual a fonte luminosa é substituída
por um recipiente de material plástico preto, contendo água à qual podem ser
adicionados diversos produtos atraentes. Ao aproximar-se da superfície da água, a
fêmea atraída é sugada para o recipiente superior da armadilha. Existem diversos
modelos variantes, baseados nesse método, produzidos comercialmente.
COLETA INTRADOMICILIAR DE ADULTOS COM
AUXÍLIO DE INSETICIDAS
Esse método presta-se para avaliar a densidade populacional e composição da
fauna de mosquitos intradomiciliares de maneira rápida e eficiente. Se forem utilizados
inseticidas residuais nos locais de captura, eventuais repetições poderão ficar
inviabilizadas por tempo variável. Tal inconveniente poderá ser evitado empregando-se
um produto não residual, como o piretro. Na casa ou cômodo escolhido, fecham-se
todas as portas e janelas e recobrem-se o assoalho e móveis com pedaços de tecido
branco, de forma contínua. Com uma bomba manual ou aspersor ULV (aerosol), aplica-
se prodigamente o inseticida no cômodo, começando por eventuais aberturas que
possam permitir a fuga. Caso o número de aberturas seja grande, é aconselhável fazer
simultaneamente a aplicação nas paredes externas, para formar uma barreira de
inseticida contra escapes. Fecha-se o cômodo por cerca de 1 0 minutos, e de corrido
esse prazo recolhem-se os mosquitos mortos sobre as superfícies brancas com auxílio de
pinças. Em casas pequenas, ocupadas por muitas pessoas, os quartos de dormir
costumam ser os mais produtivos. Esse método tem sido extensivamente utilizado nos
levantamentos entomológicos relacionados à malária na África.
COLETA DE LARVAS COM CONCHAS
É o método mais simples. Existem conchas de variados tamanhos e materiais:
metálicos ou de materiais plásticos diversos, providos ou não com uma tela lateral para
a eliminação do excesso de água. Podem possuir ainda uma escala volumétrica. Esse
dispositivo é útil principalmente para coletas em criadouros maiores, devendo a sua
forma e cabo serem adaptados a cada finalidade. Um dispositivo que facilita a separação
das larvas coletadas dos detritos e impurezas que possam estar presentes nas amostras.

COLETA DE LARVAS COM REDES


Redes com malhas finas (cercade0,3mm), com cerca de 20 a 30 cm de diâmetro,
providas de um cabo de tamanho adequado ao local podem ser utilizadas para "varrer" a
água logo abaixo da superfície. As larvas, então, são lavadas da rede para outro
recipiente. Este método permite coletar grande número de larvas em pouco tempo, e um
cabo comprido permite o acesso a locais de outra forma difíceis.
COLETA DE LARVAS POR PIPETAGEM
Para criadouros pequenos ou de difícil acesso, tais como bromélias, buracos de
árvores, internódios de bambu etc., a pipetagem é o método mais indicado. Pode ser
feita diretamente, com um dispositivo tipo "conta-gotas" ou indiretamente com
utilização de um sifão, ao qual pode ser adaptado uma pequena bomba de vácuo que
substitui o processo de sucção bucal.

MEDIDAS QUANTITATIVAS DE LARVAS


Medidas por área de superfície coloca-se uma armação em forma de "moldura",
medindo por exemplo 1metro quadrado, em um criadouro e recolhem-se todas as larvas
encontradas dentro da mesma. Se o fundo do criadouro não for plano ou se houver
vegetação irregular isso poderá interferir na precisão da medida.
Medidas por volume da água
a. Por conchada
É possível fazer um cálculo aproximado da quantidade de larvas, pré-
estabelecendo um número de conchadas, correspondentes a um determinado volume de
água, por criadouro e intervalo de tempo.
b. Por bombeamento
Pode-se bombear um determinado volume de água, contando ou estimando o
número de larvas encontradas. Se a amostra de larvas capturadas for razoavelmente
homogênea, pode-se estimar o seu número, ainda que relativamente grande,
concentrando-as em uma proveta fina e previamente perfurada para permitir o
escoamento da água e a retenção das larvas. Tendo-se apurado previamente o número
médio de larvas que se acumulam por ml, pode-se fazer uma estimativa do número de
larvas capturadas. Para cada amostra de larvas com características diferentes, os
cálculos do número acumulado que ocupa o volume de1ml devem ser refeitos.
Nenhum desses métodos, exceto a contagem individual, fornece dados com
valor absoluto, o que deve ser levado em conta ao serem analisados os resultados.

CRIAÇÃO DE CULICÍDEOS
O estabelecimento de colônias de culicídeos em laboratório é feita com muitas
finalidades, tais como estudos de biologia (comportamento, fisiologia, genética,
citologia etc), infectividade com diversos patógenos e susceptibilidade a possíveis
agentes de controle: químicos, físicos ou biológicos. Em AMCA (1970), encontram-se
descritos e referidos processos diferenciados para a criação de 95 espécies de
mosquitos, pertencentes a18 gêneros.
Espécies eurígamas, tais como grande parte dos mosquitos do gênero Anopheles
neotropicais, possuem em geral exigências complexas, principalmente quanto às
condições de acasalamento. Populações limitadas podem ser mantidas com a utilização
de técnicas de fecundação artificial.
Embora espécies de mosquitos não vetoras de doenças e aquelas comum
potencial muito reduzido de se tornarem vetores possam ser colonizadas de maneira
razoavelmente despreocupada, a justificativa para a criação de mosquitos transmissores
de patógenos em áreas potencialmente endêmicas, especialmente se exóticas, deve ser
cuidadosamente avaliada. Tais colônias devem ser preferencialmente evitadas. De forma
alguma devem ser mantidas espécies vetoras previamente inexistentes no Brasil,
mesmo que em pequeno número e por tempo limitado. A responsabilidade ética do
entomologista nesses casos é similar àquela do bacteriologista que cultiva agentes
patogênicos (AMCA,1970).
A criação de potenciais vetores, quando inevitável, demanda medidas adicionais
de segurança:
- As janelas no insetário, se existentes, devem ser permanentemente vedadas .
- Deve haver somente uma porta de acesso ao insetário, sendo o mesmo
precedido por uma ante câmara, internamente pintada de branco, vazia e bem iluminada
e provida de uma porta, a qual, como a outra, deve vedar perfeitamente qualquer
abertura.
- Cada pessoa ao deixar o insetário deverá examinar cuidadosamente a
antecâmara e eliminar todos os mosquitos eventualmente encontrados.
- Filtros ou telagens especiais devem ser instalados nos condicionadores de ar.
- A água que é drenada pelas pias, ralos etc, deve passar por reservatórios nos
quais sejam colocados inseticidas regularmente.
- As larvas devem ser criadas em recipientes cobertos com tela.
-As pupas devem ser removidas diariamente e colocadas dentro de gaiolas para a
emergência.
-Os animais para a alimentação sanguínea das fêmeas devem ser colocados sobre
as gaiolas telada senão dentro delas.
- A manga que dá acesso à gaiola de adultos deve ser provida de elástico, de
forma a aderir ao braço quando seja necessário manipular utensílios dentro das gaiolas.
-Deve-se treinar o pessoal técnico no sentido de capturar imediatamente
qualquer mosquito solto no insetário .
-Espalhar, num raio de1000 m em torno do insetário, armadilhas de oviposição
adequadas à espécie em questão, controlando-as semanalmente.
O insetário normas gerais
É essencial que seja estabelecido em uma sala na qual haja possibilidade de um
bom isolamento térmico e de umidade. Uma ante-sala, que poderá servir para o
armazenamento de materiais utilizados no próprio insetário, é útil como zona-tampã o
para a manutenção das condições climáticas dentro do insetário. O ideal é que este não
possua janelas, fazendo-se a ventilação por condicionadores de ar, mas se janelas
estiverem presentes, devem ser pequenas e sempre teladas e bem vedadas. Toda a
superfície internado insetário deve possuir revestimento claro e lavável, como azulejos
ou pintura com tinta a óleo branca e piso de cerâmica clara ou de materiais sintéticos.
As portas devem ser claras e têm que possuir ajuste perfeito, sem frestas. Deve haver
um mínimo de duas pias, uma delas com torneira ligada a um reservatório de água
desprovida de cloro.

CONTROLE DE TEMPERATURA E UMIDADE


São fatores essenciais para uma colônia bem-sucedida, que possa apresentar um
rendimento uniforme. Deve existir permanentemente dentro do insetário um termômetro
para medidas máximas e mínimas diárias e um higrómetro. Existem, também, sistemas
de climatização industriais que podem ser instalados, mantendo a temperatura e a
umidade desejadas. Para a maioria dos mosquitos neotropicais esses valores se situam
entre 26 a 28°C e 70 a 80 % de umidade relativa do ar. Na maioria das regiões do Brasil,
onde os extremos de temperatura são raros, podem-se obter resultados bastante
satisfatórios com a utilização de aquecedores elétricos, aos quais termostatos podem ser
acoplados. A umidade pode ser aumentada com o uso de vaporizadores. Em insetários
bem isolados, esses últimos podem tornar-se supérfluos devido à existência das
numerosas superfícies aquáticas formadas pelos recipientes com larvas, que por vezes
fornecem a umidade desejada. Se necessário, pode-se estender camadas de algodão ou
gaz e úmidas sobre as gaiolas contendo insetos adultos, para aumentar a umidade, tendo
o cuidado de renovar essa cobertura com frequência.

LUMINOSIDADE
A intensidade luminosa e a duração dos períodos de luminosidade afetam o
desenvolvimento dos mosquitos. Períodos de 14 horas de luz e 10 horas de escuridão
parecem ser os mais adequados a um grande número de espécies. O controle dos
fotoperíodos pode ser conseguido com a instalação de um aparelho do tipo timer na rede
elétrica.
Manutenção de adultos
Os insetos adultos devem ser transferidos para gaiolas apropriadas, das quais
existem vários tipos, tamanhos e materiais (madeira, metal, Eucatex, papelão grosso
etc). Gaiolas cúbicas de acrílico transparente (4 0x40x40cm),com cantos arredondados,
possuindo 3 faces teladas e a face superior em forma de tampa removível mostram-se
muito satisfatórias quanto à visibilidade, facilidade de limpeza e dificuldade de
instalação de fungos e aranhas. As mangas, de tecido de náilon, são igualmente
removíveis. É possível conseguir o acasalamento de espécies estenógamas em espaços
menores, mas para uma criação implica em aumento de trabalho e muitas vezes em
menor rendimento.

MOSQUITOS QUE DESOVAM NA ÁGUA


Recipientes de vidro ,material plástico, cerâmica ou esmaltados, contendo água,
devem ser colocados dentro das gaiolas contendo as fêmeas grávidas. É aconselhável,
para obter um bom rendimento e facilitar o manejo, que a superfície líquida tenha no
mínimo 30 cm e a profundidade não seja inferior a 2cm.
As características químicas da água devem ser compatíveis com a oviposição da espécie
(por exemplo, há espécies compatíveis e incompatíveis com a presença de salinidade
mesmo baixa na água). Recipientes escuros são mais atraentes para muitos mosquitos,
assim como a água na qual estiveram as formas imaturas da sua espécie; a adição de
vários tipos de matéria orgânica pode ainda propiciar a oviposição. A oviposição pode
ser também induzida pelo traumatismo, isto é, fêmeas cujo período de gravidez tenha
terminado (geralmente 3 dias), ovipõem, prontamente, se as anestesiamos ligeiramente
com acetato de etila, arrancamo –lhes uma das asas e as colocamos sobrea superfície da
água. Quando mosquitos que habitualmente desovam na água passam a fazê-lo em
superfície súmidas, tais como o papel de filtro que contém o alimento açucarado, algum
fator muito desfavorável deve estar presente na água oferecida para a oviposição. Os
ovos podem ser facilmente transferidos para outros recipientes com auxílio de pedaços
de papel de filtro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Consoli, Rotraut A. G. B.. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil /
Routraut A. G. B.. Consoli de Oliveira. - Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.

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