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Curso Completo de Microeconomia

Profa. Amanda Aires


Teoria e Questões Comentadas

Parte 2: Elasticidades

Sumário Página
4. Elasticidades 7
4.1. Elasticidade-preço da demanda 7
4.2. Elasticidade-preço cruzada 24
4.3. Elasticidade Renda da Demanda 26
4.4. Elasticidade Renda da Oferta 29

4. Elasticidades
Primeira pergunta, já para começar: “O que é um elástico?”

De acordo com o dicionário, elástico quer dizer: algo que é capaz de retornar
a sua forma primitiva depois de ser comprimido ou de ser esticado. Flexível.
E o que isso tem com o nosso assunto? Algo bastante simples:

Logicamente é importante saber que, segundo a lei da demanda, quando o


preço aumenta, a quantidade demandada diminui. Mas, essa
informação, por si só, não traz consigo realmente os impactos de uma
variação de preços sobre todos os tipos de bem, por exemplo.

Explicando melhor: Eu sei que quando o preço da gasolina ou do sal


aumenta, as pessoas comprarão uma menor quantidade desses bens.
Contudo, é possível observar que a redução na quantidade demandada da
gasolina será infinitamente maior do que a redução observada na demanda
por sal, certo?

Por que isso? Porque esses bens possuem curvas de demanda com
elasticidades distintas, ou seja, curvas de demanda possuem flexibilidade
diferentes! Logo, podemos dizer que a elasticidade de uma curva está
associada à resposta que o agente dá quando o preço de determinado bem
aumenta ou diminui.

No caso analisado acima, é possível observar que a curva de demanda da


gasolina é muito mais flexível que a curva de demanda do sal. A justificativa
para isso não é difícil: uma vez que o preço da gasolina aumenta, eu posso,

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facilmente, trocar gasolina por álcool. No caso do sal, a coisa não é tão
simples assim já que se o preço do sal aumentar eu não tenho outro bem
próximo para trocar. Quanto mais flexível a curva de demanda, mais
elástica ela será!

Uma análise semelhante ao que é visto na curva de demanda, pode ser


transpassada para o caso da oferta. Antes de falar da oferta, contudo,
vamos concluir o estudo da demanda!

4.1. Elasticidade-preço da demanda


Conforme analisado acima, uma questão importante para formuladores de
políticas econômicas e produtores, é avaliar a sensibilidade da demanda
de um bem com relação a mudanças nos seus preços, como forma de
mensurar os seus efeitos.

Matematicamente, a medida utilizada para verificar o grau de flexibilidade da


demanda é a elasticidade-preço da demanda, calculada da seguinte
forma:

onde QD é a quantidade demandada, P é o preço do bem, Q D é a variação


da quantidade produzida e P é a variação ocorrida no preço e P é o preço
do bem em questão. Assim, a elasticidade-preço da demanda mostra qual o
impacto proporcional na quantidade demandada que ocorre devido à
variação de, por exemplo, 1% nos preços.

Vamos fazer um exemplo disso?

Digamos que para um determinado bem, a demanda de mercado era de


1000 unidades enquanto seu preço era igual a $10, e que devido a um
aumento em $5 no seu preço, a demanda se reduza para 800. Nesse caso
temos que a elasticidade desse bem será de:

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Note que, a variação da quantidade demandada será de -200 ( Q D = Qfinal –


Qinicial =800 – 1000). A variação no preço do bem será igual a 5 ( P = Pfinal –
Pinicial =15 – 10). Um outro ponto que você deve notar é sobre a razão
10/1000, circulada abaixo:

Veja que isso acontece porque nós consideramos, a elasticidade no ponto


inicial, ou seja, quando para o preço de $10, as pessoas consumiam 1.000
unidades. Logicamente, seria possível utilizar o preço de $15 e a quantidade
demandada de 800, sem problemas. O resultado será diferente porque ao
longo da curva de demanda, teremos vários valores de elasticidades. Apenas
por convenção, utilizamos os valores iniciais, ok?

Existe ainda outra forma de medir a elasticidade demanda. É o que nós,


economistas, chamamos de elasticidade no arco ou no ponto médio.

𝑷𝒇 +𝑷𝑫
∆𝑸𝑫 𝟐 ∆𝑸𝑫 𝑷𝒇 + 𝑷𝑫
∙ 𝑸𝒇 +𝑸𝑫 = ∙
∆𝑷 ∆𝑷 𝑸𝒇 + 𝑸𝑫
𝟐

A princípio, eu sei, a coisa parece feia, mas não é! A expressão que apenas
mostrar que, ao invés de considerar quantidade e preços iniciais ou finais,
considera-se a média deles! E vou dizer uma coisa, as bancas adoram essa
notação por uma razão simples: Aqui, não importa sob que ângulo você olha
o problema (se do ângulo da situação inicial ou final), o resultado será
sempre o mesmo!

Compreendido?

Por fim, a elasticidade pode ser ainda vista em termos de variações


percentuais. Assim, além da fórmula vista acima, a demanda também pode
ser vista através de outra fórmula:

∆𝑄𝐷 % ∆𝑄𝐷 𝑃
𝜀= = ∙
∆𝑃% ∆𝑃 𝑄

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Que é exatamente o que nós vimos anteriormente. Então, uma forma


alternativa de enunciar a elasticidade preço da demanda é dizer que ela
mede a variação percentual na quantidade demandada dado que houve
uma variação percentual no preço. Nesse caso, se a questão pede para
verificar as variações percentuais, levante as mãos para os céus e agradeça!
Essas questões são, normalmente, as mais simples de resolver!

Mas, finalmente, para que serve mesmo esse cálculo todo? Para dizer se
determinada curva de demanda é muito ou pouco flexível a variações nos
preços. De forma simples, podemos dizer que:

 Elasticidade preço menor que -1, demanda elástica (sensível ou


flexível);

 Elasticidade preço igual a -1, demanda de elasticidade unitária;

 Elasticidade preço maior que -1, demanda inelástica (insensível ou


inflexível).

Ou seja, no caso anterior, como o resultado foi de -0,4, temos que a


demanda é inelástica! Assim, variações no preço não levam a grandes
variações na quantidade demandada. Um exemplo desse tipo de bem é o sal
(visto anteriormente). Outros exemplos seriam: água, remédios controlados
que não possuem genéricos, etc.

Note que também é bastante comum encontrar o valor da elasticidade-preço


da demanda em módulo. Nesse caso, note que se considera uma demanda
elástica quando o seu valor em módulo é maior que 1; unitária, quando
o valor é igual a 1, e inelástica quando seu valor em módulo é menor
que 1.

Em matemática, o módulo é expresso como o valor absoluto de um


número, ou seu valor sem sinal. Por exemplo, -5 e +5 possuem o mesmo
valor em módulo, 5. Simbolicamente, o módulo é apresentado da seguinte
forma: |x| = x.

No caso do estudo de elasticidades, a maior parte das bancas considera


os valores em módulos para facilitar a compreensão do efeito do sinal.
Para ser sincera, é muito mais confuso analisar com os negativos!

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Considerando os valores em módulo, temos que:

 Elasticidade preço maior que 1, demanda elástica (sensível ou


flexível);

 Elasticidade preço igual a 1, demanda de elasticidade unitária;

 Elasticidade preço menor que 1, demanda inelástica (insensível


ou inflexível).

Logo, ainda considerando o valor do exemplo anterior, -0,4, tomando o valor


em módulo, temos que |-0,4| = 0,4. Assim, de acordo com o quadro acima,
temos que a demanda é inelástica! Simples não é?

Existem ainda dois casos extremos que teremos que analisar no que diz
respeito à elasticidade-preço da demanda. O primeiro caso é o que os
economistas chamam de demanda infinitamente elástica! Nessa
situação, uma pequena variação nos preços leva a uma imensa variação na
quantidade demandada. O segundo ponto fala sobre a demanda
infinitamente inelástica. Nesse caso, por mais que existam variações nos
preços, a demanda se mantém inalterada.

Note que nesse caso, é difícil dizer o que é uma variação muito grande ou
uma variação muito pequena. Por isso, normalmente, as bancas não pendem
essas definições. Eu disse: normalmente.

A figura abaixo mostra os formatos das curvas de demanda quando essas


são elásticas ou inelásticas. Observe que quanto mais elástica, mais
horizontal será a curva e quanto mais inelástica, mais vertical será a
curva.

Não é difícil observar que quanto mais inelástica for uma curva,
independentemente da variação no preço, a quantidade demandada
será exatamente a mesma. Já no caso da demanda elástica, mesmo
uma variação muuuuiiito pequena de preços, levará a uma variação

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imensamente grande na quantidade demandada!

Quando se fala em elasticidade da


demanda, nós estaremos, o tempo todo,
falando de deslocamentos AO LONGO da
curva de demanda, ok?

Através do gráfico acima, observa-se ainda que à medida que a demanda se


torna mais inelástica, a curva tende a se tornar cada vez mais vertical,
lembrando o formato de um “i” de inelástica!

Segue um bizu para como verificar, através dos gráficos, a elasticidade das
curvas:

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Então, quanto mais horizontal for a curva, mais elástica ela será! Quanto
mais vertical for, mais |nelástica será! Assim fica facinho de ver nas
questões! Vamos ver um exemplo de como isso é visto em uma questão da
Cesgranrio?

Exercício 1

(CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Observe os gráficos


abaixo, que representam Curvas de Elasticidade da Demanda e da
Oferta.

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Assinale a opção que descreve corretamente a elasticidade-preço


das curvas.

M N O P
Perfeitamente Elasticidade Elástica e maior Perfeitamente
(A)
Elástica Unitária do que 1 Inelástica
Perfeitamente Elástica e Elasticidade Perfeitamente
(B)
Elástica maior do que 1 Unitária Inelástica
Elasticidade Perfeitamente Inelástica e Perfeitamente
(C)
Unitária Elástica maior do que 1 Inelástica
Elasticidade Inelástica e Perfeitamente Perfeitamente
(D)
Unitária maior do que 1 Elástica Inelástica
Perfeitamente Elasticidade Elástica e maior Perfeitamente
(E)
Inelástica Unitária do que 1 Elástica

Dúvidas? É só lembrar que quanto mais Elástica for uma curva, mas
horizontal ela será, ou seja, mais o seu formato lembrará o traço do meio da
letra E. Por outro lado, quanto mais Inelástica for uma curva, mais vertical
ela será, ou seja, mais um I ela lembrará! Apenas sabendo disso, já
podemos ver que a alternativa correta é a letra (E)! para isso, basta apenas

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observar que o gráfico (M) diz respeito a uma curva perfeitamente inelástica
enquanto o gráfico (P) diz respeito a uma curva perfeitamente elástica!

Simples? Vamos continuar com a nossa amiga CESPE agora?

Exercício 2

(ANTAQ, Especialista em Regulação de Serviços de Transportes


Aquaviários, 2009) Com relação à aplicação dos conceitos básicos
de microeconomia, julgue os itens subsequentes.

Encontrada a elasticidade-preço da demanda de um produto


em determinado nível de preço, é possível afirmar que a
elasticidade aplica-se para todos os níveis de preço desse
produto, uma vez que esse parâmetro é uma constante.

Essa aqui a gente já respondeu quando falou de foco no cálculo da


elasticidade de demanda, lembra?

“Digamos que para um determinado bem, a demanda de mercado era de


1000 unidades enquanto seu preço era igual a $10, e que devido a um
aumento em $5 no seu preço, a demanda se reduza para 800. Nesse
caso temos que a elasticidade desse bem será de:

Note que, a variação da quantidade demandada será de -200 ( Q D = Qfinal –


Qinicial =800 – 1000). A variação no preço do bem será igual a 5 ( P = Pfinal –
Pinicial =15 – 10). Um outro ponto que você deve notar é sobre a razão
10/1000, circulada abaixo:

Veja que isso acontece porque nós consideramos, a elasticidade no ponto


inicial, ou seja, quando para o preço de $10, as pessoas consumiam 1.000
unidades. Logicamente, seria possível utilizar o preço de $15 e a quantidade
demandada de 800, sem problemas. O resultado será diferente porque

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ao longo da curva de demanda, teremos vários valores de


elasticidades. Apenas por convenção, utilizamos os valores iniciais, ok?”

Lembra disso? Logo, ao longo da curva de demanda, a elasticidade terá


valores diferentes! Existirão casos em que a curva de demanda possuirá a
mesma inclinação, como o caso da curva de demanda linear, mas, ainda
assim possuirá elasticidade diferente, ok?

GABARITO: FALSO

A partir de agora, vamos resolver uma série de questões que possuem


exatamente o mesmo tipo de resolução! Como eu já tinha dito a vocês
antes, a CESPE adora se repetir! 

Exercício 3

(ANCINE, Cargo 1, Caderno Chaplin, Economia, Administração e


Contábeis, 2005.) A respeito dos conceitos microeconômicos e da
economia da regulação, julgue os itens a seguir.

O fato de os ingressos, em alguns cinemas, serem mais


baratos nos dias úteis da semana que nos feriados e fins de
semana leva a aumentos tanto da demanda de sessões de
cinema, no meio da semana, como da elasticidade preço da
demanda desses serviços.

E vamos lá para a primeira de MUITAS.

Não sei no resto do Brasil, mas em Recife, eu lembro que o cinema é


bem mais barato nas segundas (R$ 3,50 eu acho) e nas quartas (R$
4,50). Essa política não é muito antiga. Acho que há uns anos o cinema
era exatamente o mesmo preço todos os dias da semana.

O que acontece quando esse tipo de política é implementada? A princípio,


podemos observar que mais pessoas passarão a ir aos cinemas nos dias
de semana em que os preços são mais baratos, certo? Logo, quando a
questão fala que isso leva a aumentos da demanda de sessões de
cinema, no meio da semana, ela está correta.

Além disso a questão afirma que haverá também um aumento da


elasticidade preço da demanda desses serviços, o que também é
verdade já que agora, como as pessoas têm mais opções durante a
semana, se o preço da entrada do cinema nos fins de semana aumentar,

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elas possuem outras possiblidades, logo, poderão reagir mais a variações


de preços, o que implica, em última instância que haverá um aumento na
elasticidade-preço da demanda!

Antes de ir para a próxima questão, apenas para deixar uma coisa bem
clara: o preço dos ingressos de cinema são mais caros nos fins de
semana e feriados porque as pessoas que vão ao cinema nesses dias,
não tem outros dias para ir. Por exemplo, quando eu estava no Brasil,
trabalhava o dia todo na Agefepe e à noite dava aula nas Universidades
e/ou cursinhos para concurso. Resultado: por mais caro que seja a
entrada do cinema, eu não tinha muitas opções a não ser pagar =\

O dono do cinema sabe disso. Sabe que não só eu, mas muitas pessoas
possuem o mesmo tipo de rotina, o que impossibilita idas ao cinema nos
dias de semana. Dessa forma, ele aplica um preço mais alto nos fins de
semana porque sabe que essas pessoas não tem outra alternativa. Nesse
caso, o preço aplicado não tem nenhuma ligação com os custos da
empresa, mas apenas com a elasticidade da demanda do consumidor!
Até porque, cá entre nós, não há nenhuma diferença de custos entre
passar um filme na segunda à noite e o mesmo filme no sábado seguinte!

Compreendido?

A elasticidade-preço da demanda dependerá, em grande


parte da quantidade de substitutos que determinado
bem possui. Quanto maior for a quantidade de
substitutos, maior tende a ser a elasticidade-preço da
demanda. Quanto menor a quantidade, menor a
elasticidade!

Exercício 4

(Pref. Vitória/ES, Controlador de Recursos Municipais, 2008) A


análise microeconômica estuda o comportamento individual dos
agentes econômicos e, por essa razão, constitui um fundamento
sólido à análise dos grandes agregados econômicos. A esse
respeito, julgue os itens a seguir.

O fato de que os ingressos de cinema costumam ser mais


baratos no período vespertino é consistente com a idéia de
que a elasticidade preço da demanda, nesse horário, é mais

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elevada quando comparada com as sessões noturnas após as


18 horas.

Outra questão sobre cinema?

Pois é, como eu disse, a Cespe gosta muito de se repetir. Eis aí a prova


disso. Mesmo raciocínio.

O que vale para a segunda e a quarta-feira no Recife, vale também para


as sessões no fim de semana que começam antes das 15h (no caso de
Recife).

Ora, vale aqui, o mesmo tipo de raciocínio: Eu não consigo chegar antes
das 18 horas no cinema, como diz a questão, porque eu tenho que
trabalhar ou fazer alguma outra obrigação, por exemplo. Logo, a minha
demanda passa a ser menos flexível ou mais inelástica. Agora imagine
que uma determinada pessoa possa ir ao cinema antes das 18h. Nesse
caso, se o preço do ingresso do cinema aumentar muito para as sessões
após às 18h, essa pessoa pode, simplesmente, chegar um pouco mais
cedo e ver o filme em um horário mais barato!

Assim, quando a questão afirma que O fato de que os ingressos de


cinema costumam ser mais baratos no período vespertino é
consistente com a idéia de que a elasticidade preço da demanda,
nesse horário, é mais elevada quando comparada com as sessões
noturnas após as 18 horas, ela é verdadeira!

GABARITO: VERDADEIRA

Exercício 5

(MPE/TO, Analista Ministerial, 2006) A análise microeconômica é


o estudo do comportamento individual dos agentes econômicos e,
por essa razão, constitui fundamento sólido para a análise dos
grandes agregados econômicos. A esse respeito, julgue os
seguintes itens.

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Tarifas telefônicas mais baixas durante o fim de semana e o


período noturno são compatíveis com o fato de os
consumidores domésticos desses serviços possuírem menor
elasticidade-preço da demanda por esses serviços.

Para responder essa questão eu te faço uma pergunta: imagine que você
está no meio de uma investigação muito séria na Polícia Federal e precise
fazer uma ligação interurbana. Você vai esperar até 20h para poder fazer
a ligação? Não, né?

Agora imagine uma outra situação: você está em casa e quer muito falar
com um grande amigo que mora em uma outra cidade. Você sabe
também que depois das 20h fica mais barato ligar para ele. Você liga
agora ou espera mais um pouco? Possivelmente, você verá que não custa
nada esperar mais um pouquinho para conversar com seu amigo
pagando menos!

Nos dois casos, quem é mais sensível a variação de preços? O seu “eu”
policial ou o seu “eu” amigo? Pelo que foi visto acima, o seu “eu” amigo é
mais sensível a variações de preços ou possui uma maior elasticidade-
preço da demanda!

A questão diz que as Tarifas telefônicas mais baixas durante o fim


de semana e o período noturno são compatíveis com o fato de os
consumidores domésticos desses serviços possuírem menor
elasticidade-preço da demanda por esses serviços. Veja que a
questão está errada pela mesma razão que a questão do cinema também
estava. Na verdade, o preço das chamadas são mais baratas porque as
pessoas são mais elásticas nesse período. Como vimos acima, se você
estiver no meio de uma investigação, não importa qual seja o valor da
ligação, você a efetuará de qualquer jeito!

Esse mesmo tipo de raciocínio sabe para os vôos comerciais. Se uma


determinada empresa deseja fechar com você um contrato em uma
cidade a 1.000km da sua, independentemente do valor que seja a
passagem. Nesse caso, diremos que essas pessoas possuem demanda
inelástica. Esse fato não é visto caso você queira ir para a mesma cidade
passear!

Compreendido?

GABARITO: FALSO

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Exercício 6

(Anatel, Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações, 2004) A microeconomia estuda o
comportamento individual dos agentes econômicos e, por essa
razão, constitui um sólido fundamento à análise dos agregados
econômicos. A esse respeito, julgue os itens subseqüentes.

A diferenciação de preços das chamadas telefônicas, de


acordo com a qual as tarifas são mais elevadas no horário
comercial, justifica-se pelo fato de a elasticidade preço da
demanda por serviços de telefonia das empresas ser mais
elevada do que aquela referente à demanda residencial.

Eis aí o inverso da questão anterior! Por que as chamadas telefônicas são


mais caras no horário comercial?

Porque as empresas não tem escolha! Ou ligam para fechar um contrato


ou atender um cliente ou perdem dinheiro! Dessa forma, assim como
vimos na questão anterior, as chamadas serão mais caras quanto
menos elásticas forem as curvas de demanda dos consumidores!

No caso da questão acima, afirma-se que as tarifas são mais elevadas


pelo fato de a elasticidade preço da demanda por serviços de telefonia
das empresas ser mais elevada do que aquela referente à demanda
residencial, o que nós já vimos que não é correto!

Logo, a alternativa é incorreta. Ela estaria correta se considerasse que a


elasticidade-preço da demanda é menor para as empresas ou é maior
para o caso das famílias!

Facinho?

GABARITO: FALSO

Exercício 7

(Ministério da Saúde, Economia da Saúde, 2008) A


microeconomia, que analisa o comportamento dos agentes
econômicos individuais, constitui um instrumental importante na
análise de questões ligadas à economia da saúde. A respeito
desse assunto, julgue os itens de 51 a 65.

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O fato de as academias de ginástica geralmente cobrarem


preços mais baixos para os horários em que há baixa
freqüência de usuários explica-se porque a demanda, nesses
horários, é mais inelástica.

E aí? Vale aqui o mesmo raciocínio!

O preço das academias é mais barato quando há uma menor frequência


porque, nesses horários, os consumidores são mais elásticos com relação
aos preços. Raciocínio idêntico ao que foi visto anteriormente! Não tem
nem o que pensar, não é?

Como a questão diz que a demanda será mais inelástica, podemos


dizer que ela é falsa! Ela só será inelástica nos horários em que há alta
frequência, como, por exemplo, antes das 7h ou depois das 18h.

Compreendido?

GABARITO: FALSO

Exercício 8

(Basa, Técnico Científico, 2004) As elevadas exigências — quanto


a qualificação técnica e habilidade — indispensáveis aos bons
neurocirurgiões concorrem para reduzir a elasticidade da
demanda pelos serviços desses profissionais em relação àquelas
que caracterizam a demanda pelos serviços de médicos menos
especializados. A teoria microeconômica estuda o processo de
decisão dos agentes econômicos, incluindo-se aí consumidores e
produtores. Com relação a esse tema, julgue os itens a seguir.

Lojas de conveniência que ficam abertas 24 horas cobram


preços mais elevados por produtos que podem ser
adquiridos por preços inferiores nos supermercados, em
razão de se defrontarem com uma curva de demanda menos
elástica em relação ao preço.

Já se perguntaram por que as lojas de conveniência são tão caras mesmo


durante o dia? A resposta para essa pergunta não é difícil. Essas lojas
não estão interessadas em vender durante o dia, quando existem
milhares de concorrentes, mas durante a noite, em que elas operam
praticamente sozinhas!

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Por que isso? Pela mesma razão que a chamada telefônica durante o
horário comercial é mais cara ou o vôo marcado na véspera. Porque eles
se deparam com curvas de demanda mais inelásticas, exatamente como
diz o enunciado da questão.

Então, apenas para finalizar a resolução, as lojas de conveniência


venderão mais caro produtos encontrados em outros lugares por um
valor mais barato porque essas empresas se defrontam com curvas de
demanda mais inelásticas ou menos elásticas!

GABARITO: FALSO

Viram como a Cespe adora se repetir?

Vamos agora ver umas coisas diferentes, ainda na Cespe?

Exercício 9

(ANVISA, Analista Administrativo – economia, 2004) A análise


microeconômica estuda o comportamento individual dos agentes
econômicos e, por essa razão, constitui um fundamento sólido à
analise dos grandes agregados econômicos. A esse respeito,
julgue os itens a seguir.

Na alta estação, hotéis de praias badaladas, como Porto de


Galinhas, aumentam, consideravelmente, seus preços.
Assim, se nesse período, o aumento de 30% dos preços das
diárias reduzir em 5% os gastos hoteleiros, pode-se afirmar
que, nesse mercado, a curva de demanda é elástica em
relação ao preço.

Finalmente uma coisinha diferente, hein, Cespe? E olha só, com um


pouco de matemática também!

A princípio assusta, mas é bem fácil de resolver. Vamos analisar juntos?

Veja só, de fato, o aumento do preço dos hotéis não é um luxo verificado
apenas para Porto de Galinhas, em Pernambuco. Em todo o Brasil, vários
hotéis fazem exatamente a mesma coisa. Dessa forma, a questão diz o
seguinte: se nesse período, o aumento de 30% dos preços das
diárias reduzir em 5% os gastos hoteleiros...O que acontecerá?

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Nesse caso, embora tenhamos variações percentuais, veja que não se


fala em variação percentual da quantidade de do preço, mas do preço e
dos gastos. O que são esses gastos, finalmente?

Quando eu falo que gasto, por exemplo, R$ 300,00 com combustível, isso
quer dizer que eu utilizo 120 litros e pago R$ 2,50 por cada unidade
consumida. Então, para o consumidor, a função gasto possui a seguinte
expressão:

Gasto = preço * quantidade

Veja que na questão a banca fala que quando há uma variação de 30%
nos preços, os gastos caem 5%. Vamos analisar isso?

Imagine que inicialmente você compre 1 unidade de determinado bem e


pague, por isso R$ 1,00. Logo, a sua função gasto pode ser representada
pela seguinte expressão:

Gasto = preço * quantidade

Gasto = 1*1

Gasto = 1

Logicamente, essa é a nossa situação inicial. Agora, de acordo com a


banca, teremos um aumento de 30% no preço do bem em análise,
assim, o novo preço será de R$ 1,30. Ainda nessa situação, a banca
afirma que os gastos serão reduzidos em 5%, ou seja, agora, você
gastará, no total R$ 0,95.

Finalmente, a questão diz que nessa situação, o bem em análise é


elástico. Para saber se determinado bem é elástico ou não, teremos que
verificar o que acontece com a quantidade demandada dado que houve
uma variação nos preços. Vejamos:

Gasto = preço * quantidade

0,95 = 1,30 * quantidade

Quantidade = 0,95 / 1,30

Quantidade = 0,73

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Ou seja, para um preço de R$ 1,30 e um gasto de R$ 0,95, a quantidade


demandada deverá ser de 0,73 unidades. Agora, sim, com essas
informações podemos calcular a elasticidade-preço da demanda.

∆𝑄𝐷 % ∆𝑄𝐷 𝑃 𝑄𝑓 − 𝑄𝑖 𝑃 0,73 − 1 1 −,027


𝜀= = ∙ = ∙ = = = −0,9
∆𝑃% ∆𝑃 𝑄 𝑃𝑓 − 𝑃𝑖 𝑄 1,30 − 1 1 0,30

Nas nossas continhas anteriores, isso nos levaria a uma demanda


inelástica, já que o módulo de -0,9 é 0,9 e como esse valor é menor que
1, nossa demanda é inelástica no ponto (1,1).

Masss a banca diz que a questão é verdadeira!!

Pois é, a Cespe dá essa questão como verdadeira no gabarito oficial! Nesse


caso, conforme visto, ela não é verdadeira para todos os casos, logo, caberia
aqui, facilmente, um recurso.

GABARITO OFICIAL: VERDADEIRA

Vamos para a última questão sobre elasticidade-preço da demanda?

Exercício 10

(Economia e Finanças, Banco do Brasil, Certificação Interna, 2010)


Em relação a elasticidade, assinale a opção correta.

Bens necessários tendem a ter demanda preço elástica.

Esse aqui é, disparado, um dos itens mais simples que nós vimos! Mas, vá
Por mim, há uma tendência enorme de errar esse tipo de questão!

Vamos ver?

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Observe que, geralmente, os bens necessários tendem a possuir, de fato,


curvas de demanda mais inelásticas! Mas eu disse: tendem! Por que
tendem? Porque, como vimos anteriormente, a elasticidade está fortemente
associada com o grau de substituição que determinado bem possui. Ou
seja, quanto maior for a quantidade de bens substitutos, maior
tenderá a ser a elasticidade-preço da demanda desse bem. Por
exemplo, o feijão preto é um bem necessário para a dieta do brasileiro
típico. Mas eu posso dizer que ele possui demanda inelástica? Nesse caso,
possivelmente não. A razão para isso é que o feijão preto possui uma grande
quantidade de bens substitutos, como o feijão mulatinho (no bom
pernambucanês ).

Compreendido?

Nesse caso, a questão não é verdadeira.

GABARITO: FALSO

Agora que já vimos muitos exercícios sobre elasticidade-preço da demanda,


vamos ver os outros tipos de elasticidade que envolvem o consumidor?

4.2. Elasticidade-preço cruzada


Assim como usamos a elasticidade preço para medir a sensibilidade ou
flexibilidade da demanda com relação ao próprio preço, também
podemos calcular essa sensibilidade com relação ao preço de outros bens,
inclusive os substitutos. Essa sensibilidade do preço com relação ao preço
de outros bens é denominada elasticidade preço cruzada, e é calculada
de modo semelhante à elasticidade preço:

onde QDx é a quantidade demandada por um bem x, Py é o preço de um


bem y, Qx é a variação da quantidade produzida e Py é a variação ocorrida
no preço.

Veja que pouco mudou com relação à elasticidade-preço da demanda. Com


um tempo, você verificará que quando se falar em elasticidade estará se

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analisando, para a maior parte dos casos, a variação da quantidade


demandada com relação à variação de alguma outra variável. No caso
que vamos ver agora, será com relação ao preço do bem relacionado.

No caso da elasticidade-preço cruzada (é cruzada e não cruzado, porque é a


elasticidade cruzada!), o que muda, em relação a elasticidade-preço da
demanda é a interpretação! Aqui, ao invés de comparar com 1, nós
analisaremos os valores com relação a zero!

Assim, se um aumento do preço do bem relacionado promove um


crescimento da demanda, então teremos valores positivos para a
elasticidade-preço cruzada. Nesse caso, diremos que os bens são bens
substitutos. O raciocínio para isso é simples. Digamos que eu esteja
olhando o preço da gasolina e os seus impactos sobre a demanda por álcool.
Nesse caso, se o preço da gasolina aumentar (o que leva a uma variação
positiva de Py ) isso provocará uma redução na demanda por gasolina.
Como consequência, haverá um aumento da demanda por álcool.
Finalmente, quando a elasticidade-preço cruzada é positiva, os bens são,
como dito anteriormente, substitutos!

Deve-se avaliar o resultado da seguinte forma:

 Elasticidade-preço cruzada positiva: bens substitutos;

Dessa forma, se eu quero dizer que dois bens são substitutos, posso dizer
que eles possuem elasticidade-preço cruzada positiva! (isso aqui é bem
importante para as bancas!)

Quando o valor da elasticidade-preço cruzada é negativo, diremos que os


bens não são substitutos, mas complementares. Esses bens precisam
ser consumidos em conjunto com outros, como, por exemplo, o consumo de
café depende do consumo de açúcar. Se o preço do açúcar crescer, o
consumo de café tende a diminuir. Ou seja, o consumo de um bem se reduz
caso ocorra um aumento no preço de um bem que precisa ser consumido
conjuntamente.

Nesse caso, a avaliação da elasticidade preço cruzada para um bem


complementar deve ser:

 Elasticidade-preço cruzada negativa: bens complementares.

Simples de observar?

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4.3. Elasticidade Renda da Demanda


Como vimos na aula 01, outro fator que influencia o consumo dos indivíduos
é a renda, pois determina a capacidade de compra. Com uma renda
maior, os indivíduos podem consumir mais unidades dos produtos, mas
quando a renda se reduz, os indivíduos têm escolhas mais limitadas.

A sensibilidade da demanda com relação a mudanças na renda é medida


pela elasticidade renda da demanda, que, de forma semelhante ao que
foi visto anteriormente, é calculada da seguinte forma:

onde Q é a quantidade demandada, R é o preço do bem, Q é a variação da


quantidade produzida e R é a variação ocorrida na renda.

Assim como a elasticidade-preço cruzada, a elasticidade renda também


tem como base para comparação o valor 0. Dessa forma, a interpretação
para a elasticidade-renda é a seguinte:

 Elasticidade renda positiva: bem normal;

 Elasticidade renda negativa: bem inferior;

Como nós vimos, um bem normal é aquele que o consumo aumenta com
o aumento da renda. Já o bem inferior é aquele que quando a renda
aumenta, o consumo diminui. Um exemplo de bem inferior é a carne de
segunda.

Valor de
Elasticidade referência
Classificação do bem

Infinitamente elástico,
Elasticidade-preço da
1 inelástico, elasticidade unitária
demanda
e infinitamente inelástico
Elasticidade-preço
0 Substituto ou complementar
cruzada
Elasticidade-renda 0 Normal ou inferior

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Sempre que se falar em elasticidade-preço da demanda,


o valor de referência será 1, e o bem é classificado como
infinitamente elástico, inelástico, elasticidade unitária e
infinitamente inelástico. Quando se falar em elasticidade-
preço cruzada ou em elasticidade-renda, o valor de
referência é 0 e o bem será classificado como substituto ou
complementar (para o caso da elasticidade-preço
cruzada) ou como normal ou inferior (para o caso da
elasticidade-renda).

Exercício 11

(Pref. Vitória/ES, Controlador de Recursos Municipais, 2008) A


análise microeconômica estuda o comportamento individual dos
agentes econômicos e, por essa razão, constitui um fundamento
sólido à análise dos grandes agregados econômicos. A esse
respeito, julgue os itens a seguir.
De acordo com um estudo recente, a elasticidade renda da
demanda de leite em pó, no Brasil, é negativa para todas as
faixas de renda. Supondo-se que essa elasticidade esteja
corretamente estimada, é possível afirmar que, para esse
produto, o efeito renda reforça o efeito substituição.

Eis aí o que eu chamo de uma questão completa. Por que completa? Porque
ela traz a noção de elasticidade a e noção dos efeitos renda e substituição
juntos.

Vamos dar uma olhada por partes.

Na primeira parte, a questão diz que a elasticidade renda da demanda


de leite em pó, no Brasil, é negativa para todas as faixas de renda.
Até aqui, o que nós podemos concluir? Quando a elasticidade-renda da
demanda é negativa, temos um caso de um bem inferior, aquele em que
quando a renda aumenta o consumo diminui! Então, a questão falará, até o

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final do que ocorre com um bem inferior. Em seguida, ela afirma que
supondo-se que essa elasticidade esteja corretamente estimada, é
possível afirmar que, para esse produto, o efeito renda reforça o
efeito substituição. Agora, depois que a questão conclui sua
caracterização sobre o bem, diz que, para esse bem, os efeitos renda e
substituição (vistos na aula passada) se reforçam.

Veja, você deve lembrar que os efeitos renda e substituição só se reforçam


para o caso dos bens normais. Para os bens inferiores e de Giffen, nós vimos
que os dois efeitos tendem a se anular, prevalecendo o efeito substituição
para o caso dos bens inferiores ordinários e o de renda, para o caso dos
bens de Giffen.

Assim, a questão está falsa, pois considera inicialmente que o leite em pó é


um bem inferior e depois afirma que os efeitos renda e substituição tendem
a se reforçar!

GABARITO: FALSO

Exercício 12

(Economia, DPU, Cespe, 2010) Assinale a opção correta em relação a


elasticidade da procura.

Um bem de luxo é um bem normal com elasticidade renda da


demanda inferior a 1.

Eis aí uma definição que ainda não tínhamos visto:

BEM DE LUXO.

Por definição, chamamos um bem de bem de luxo quando a elasticidade-


renda da demanda é superior a 1!

Eis aí a definição simples! Falou-se em bens de luxo, falaremos,


necessariamente nesse valor de elasticiade.

Mas veja, a questão diz que a elasticidade-renda demanda é inferior a 1!


Nesse caso, a alternativa é incorreta! Apenas pela definição dá para verificar
isso, ok?

GABARITO: FALSO

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Exercício 13

(Economia, DPU, Cespe, 2010) Assinale a opção correta em relação a


elasticidade da procura.

A elasticidade renda da demanda por um bem inferior é menor


que 1.

Por fim, veja que a questão é super simples de resolver, mas ela sempre
pega a gente no detalhe e na atenção. Veja que se você fizer essa questão
na pressa, vai marcar que ela está verdadeira. O raciocínio é simples: bem
inferior, elasticidade menor do que o valor dado como parâmetro. Como
para o caso da elasticidade-preço da demanda, o valor de referência é 1,
você tenderá a fazer isso para o caso da elasticidade-preço também!

Mas... como nós já vimos, esse tipo de análise não é correto porque, para o
caso da elasticidade-renda, o valor de referência não é 1, mas 0. Logo,
quando um bem possui elasticidade renda positivo (mesmo que seja
+0,00001) esse bem é dito normal! Ele só será inferior se possuir
elasticidade renda menor que zero, ok?

Finalmente, para complementar, o bem será dito normal e de luxo se tiver


uma elasticidade renda maior que 1. Compreendido?

GABARITO: FALSO

Com essa questão, nós finalizamos a análise sobre o consumidor e todos os


seus tipos de elasticidade: preço da demanda, renda e preço cruzada.
Para concluir a parte de elasticidades e entrar, finalmente, no assunto da
aula de hoje, precisaremos ver a elasticidade das empresas!

4.4. Elasticidade Renda da Oferta


De modo análogo à análise da demanda, podemos encontrar a curva de
oferta de mercado a partir da soma das ofertas de cada firma para cada
preço, e podemos calcular a sensibilidade da oferta com relação a mudanças
nos preços. A elasticidade preço da oferta é dada por:

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O que é exatamente igual ao que foi visto para o caso da demanda! Assim,
se, por exemplo, a elasticidade preço da oferta é igual a 2, então se o preço
de mercado aumenta em 1%, a quantidade produzida crescerá em 2%.

É possível perceber que, diferentemente da demanda, a elasticidade preço


da oferta é um valor positivo, assim não será necessário utilizar o módulo. A
quantidade ofertada cresce se o preço do produto sobe (Lei da Oferta).

Finalmente, a classificação dos bens seguirá exatamente o mesmo formato


do que foi visto para o caso da demanda. Ou seja, a oferta é elástica com
relação ao preço se a elasticidade produção é maior que 1, é inelástica
se a elasticidade é menor que 1, e tem elasticidade unitária, quando a
elasticidade é igual a 1, exatamente da mesma forma que foi visto para o
caso da demanda.

Exercício 14

(CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Se a quantidade


oferecida de um bem reage substancialmente a uma variação nos
preços, temos um caso de:

a) oferta elástica com elasticidade menor do que 1.


b) elasticidade - preço da demanda.
c) oferta inelástica com elasticidade entre 0 e 1.
d) oferta elástica com elasticidade maior do que 1.
e) oferta infinitamente elástica.

Essa aqui é importante! Vamos analisar. A questão pede para classificar


determinado bem sabendo-se que a quantidade

Veja que ele diz na questão que a quantidade ofertada reage


substancialmente a uma variação nos preços. Só com essa onformações
podemos “matar” uma série de itens. Vamos ver juntos?

A letra (B) diz que isso se trata da elasticidade-preço da demanda! Como


assim? Veja que ele fala que a quantidade ofertada varia em relação ao

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preço, não a quantidade demandada! Logo, é fácil ver que a questão é


absolutamente incorreta.

Vamos ver outro aqui que de cara está errado!

Vejamos...

A letra (A) fala que quando a quantidade varia sensivelmente com relação
aos preços teremos um caso de oferta elástica com elasticidade menor que
1. Aqui, eu nem preciso saber do que a questão fala! Basta saber que oferta
elástica só é possível com valor maior que 1 que nós já saberemos que a
questão é incorreta! É um erro conceitual.

Restaram as alternativas (C), (D) e (E).

A assertiva (C) afirma que se a oferta variar substancialmente a uma


variação de preços, ela será dita inelástica. Como nós já vimos, a oferta
inelástica está ligada a uma pequena variação da quantidade dado que
houve uma variação nos preços. Logo, a alternativa não é correta também.
Nesse caso, apenas para complementar, a oferta será inelástica quando seu
valor foi menor que 1 ou entre 0 e 1, conforme dito na alternativa.

Sobrou para escolhermos as letras (D) e (E). Aqui, vale uma notificação
importante. Uma coisa infinitamente elástica não deve ser, por definição,
algo maior que 1? Assim, as duas letras respondem fundamentalmente a
mesma coisa!

Contudo, a banca deu como resposta correta, a letra (E). Logicamente, essa
seria a mais óbvia de se responder, mas o problema é que a letra (D) não
pode ser considerada totalmente falsa! Logo, apesar de concordar que a
letra (E) seria a mais adequada. Colocaria que aqui caberia, fácil, um
recurso!

GABARITO: (E)

Outra quente?

Exercício 15

(DPF, Escrivão da Polícia Federal, 2009, CESPE) Julgue os itens que


se seguem, a respeito de tributos, tarifas e subsídios, e tendo como
foco a eficiência econômica e a distribuição da renda.

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[62] Um dos principais fatores determinantes da elasticidade-


preço da oferta de produtos agrícolas é a disponibilidade de
crédito subsidiado para custeio e investimento. Restrições ou
escassez de crédito ou encargos elevados tornam menos
elástica a capacidade de oferta mesmo com aumentos nas
cotações dos produtos

Uma quentinha para alegrar! 

Vamos lá pensar juntos!

Digamos que você possui uma fazendinha que produz manga no Vale do São
Francisco (Região entre Pernambuco e Bahia). Digamos ainda que Israel
está em guerra com a Palestina. Logo, você estará todo(a) interessado(a)
em aproveitar essa leva de preços altos! Mas, para plantar você precisa de
reais, certo? E se você não tiver reais em caixa? Seria possível aumentar a
produção? Nesse caso, o seu aumento de produção em decorrência de um
aumento de preços dependerá do acesso que você tem ao crédito bancário!
Assim, quanto maior o volume de crédito disponível, maior será a sua
elasticidade-preço da oferta, o que torna a questão perfeitamente correta!

Apenas completando nas palavras da alternativa: Restrições ou escassez


de crédito ou encargos elevados tornam menos elástica a capacidade
de oferta mesmo com aumentos nas cotações dos produtos.

GABARITO: VERDADEIRA

Exercício 16

(Ministério da Saúde, Economia da Saúde, 2008) A microeconomia,


que analisa o comportamento dos agentes econômicos individuais,
constitui um instrumental importante na análise de questões ligadas
à economia da saúde. A respeito desse assunto, julgue os itens de 51
a 65

As flutuações de preço que caracterizam os mercados agrícolas


serão tanto maiores quanto mais elástica for a curva de oferta
dos produtos transacionados nesses mercados.

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Vamos analisar juntos?

Essa questão aqui tem uma pegadinha! Veja só, ela fala que o preço variará
muito quanto mais elástica for a curva de oferta! Aqui vale um raciocínio
simples para resolver: veja que uma curva elástica implica que uma
pequena variação nos preços levará a uma forte variação na quantidade!
Assim, não será a flutuação de preços que será grande, mas a flutuação da
quantidade ofertada! Compreende isso?

Pequenas variações no preço levaraão a imensas variações na quantidade!

Agora imagine que a oferta fosse inelástica. Nesse caso, par que seja
possível gerar qualquer variação na quantidade, os preços terão que variar
muito. Nesse caso, sim, as flutuações de preço serão maiores!

Compreendido?

GABARITO: FALSO

Diferentemente do que acontece com o


consumidor, a empresa possuirá apenas um
tipo de elasticidade que irá nos interessar: a
elasticidade-preço de oferta.

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