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Gerenciamento de riscos de investimentos em projetos de telecomunicações

Este trabalho, apresentado no MBA de Gerenciamento de Projetos do IAG PUC Rio, trata sobre
gerenciamento de riscos de investimentos em projetos e consiste em utilizar o modelo de Opções Reais (ROA
- Real Options Analysis) na análise de investimentos associado às práticas PMBOK.

Fornece uma base analítica para construção de modelo de gerenciamento e análise de riscos de
investimentos para tomada de decisão em projetos, visando o crescimento sustentável das empresas de
telecomunicações permitindo a garantia da continuidade dos serviços e a escolha de alternativas para o
consumidor.

Ricardo Balog

Atua desde 1992 no mercado de telecomunicações, em empresas de grande porte, exercendo atividades nas
áreas de projeto, implantação, operações e financeira.

Com MBA em Gerenciamento de Projetos pelo IAG PUC Rio, graduado em Administração pela UFRJ e
formação técnica em Eletrônica, ocupou a posição de Gerente do Centro de Gerenciamento de Redes da
Vésper até 2003. Atualmente atua na área financeira da Embratel.

Email: ricardo.balog@gmail.com

Categoria: Operação e Gestão


Nível: Introdutório Enfoque: Negócios
Duração: 15 minutos Publicado em: 27/06/2005

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Gerenciamento de Riscos: O que é?

Com o dinamismo da evolução tecnológica dos mercados de telecomunicações, as empresas têm se deparado
com o seguinte dilema: investir em novos projetos, ampliar o que já existe, abandonar certos projetos ou
atrasar a implantação de outros visando manter ou ampliar o "share" de mercado, aproveitar oportunidades e
minimizar prejuízos financeiros.

Assim que novos produtos são lançados pelos fornecedores para oferecer novas opções de serviços ao
consumidor, as operadoras se deparam com o desafio de investir. Porém vislumbram grande risco do
investimento em função das diversas variáveis de mercado do setor das telecomunicações, uma vez que os
projetos de tecnologia apresentam um retorno muito volátil, ou seja, ora os ganhos podem ser extremamente
altos, ora baixos, devido a diversos fatores como economia, demanda, fatos regulatórios, entre outros.

Considerando que o volume de investimentos no setor é exorbitante, e considerando que o ciclo de vida do
produto tecnológico é cada vez menor, torna-se necessário analisar os riscos dos investimentos de forma
mais rigorosa, porém sem perder a oportunidade que o mercado pode oferecer, haja vista que projetos no
setor de telecomunicações são financeiramente vultuosos e demandam grande tempo de implantação. Sendo
assim antecipar-se à concorrência de forma a correr riscos calculados pode fazer a diferença entre
permanecer no mercado ou deixar o espaço para a concorrência.

No que se refere às grandes variações em termos de receita gerada pelos projetos em telecomunicações
(Volatilidade ), projetos inicialmente calculados através dos modelos tradicionais de Fluxo de Caixa
Descontado, podem não se apresentar financeiramente viáveis em mercados que oscilam tanto, como o de
tecnologia, telecomunicações, energia, petróleo, farmacêuticos, etc...

Uma alternativa que maximiza as oportunidades dos investimentos em tecnologia é avaliar os projetos da
mesma forma como o mercado de Opções é avaliado. Ou seja, fazer investimentos menores hoje para reduzir
riscos mais adiante, sem perder a oportunidade de mercado, mantendo a possibilidade de realizar
investimentos maiores no futuro se assim o cenário se apresentar, ou abandonar o investimento caso o
mesmo não se mostre mais viável.

Este método conhecido como Opções Reais ou Opções Estratégicas, e em inglês como Real Options tem
ganhado cada vez mais adesão nos diversos setores (das indústrias, como pesquisa e desenvolvimento,
avaliação de projetos, aquisições e fusões), por associar características gerenciais às análises de
investimentos, permitindo a flexibilidade de adiar um projeto, atrasá-lo, vendê-lo, abandoná-lo, etc...

É neste cenário de incertezas que a metodologia de Opções Reais entra como uma avançada ferramenta
financeira de modelagem que estende o VPL aos retornos de investimentos ajustados ao risco e a projetos
estratégicos, alinhando às decisões gerenciais.

Para as questões gerencias que visam à tomada de decisão no momento certo, o gerenciamento de riscos
apresentado pelo PMBOK - A Guide to the Project Management Body of Knowledge - é abordado.

Em face de esta abordagem, surge a seguinte questão:

Como as empresas de telecomunicações podem realizar suas decisões de investimentos em projetos de


tecnologia de modo a minimizar os prejuízos financeiros futuros decorrentes de mudanças de cenários?

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Gerenciamento de Riscos: Ferramentas de análise

Muitas empresas de tecnologia, nacionais e multinacionais ainda utilizam as tradicionais ferramentas de


análise de investimentos para seus projetos, e cuja metodologia tem a capacidade de maximizar os valores
em cenários sem incertezas e sem necessidade de atuação gerencial.

Estas ferramentas são a análise de Fluxo de Caixa Descontado ou FDC e a Taxa Interna de Retorno TIR que
indica o retorno do investimento esperado através de estimativas de receitas e custos, onde as incertezas
consideradas na taxa de desconto são ajustadas pelo risco através do WACC ou CAPM.

Essas taxas não são capazes de traduzir a complexidade dos cenários de incertezas dos investimentos de
mercados voláteis, como o mercado de telecomunicações, e ao mesmo tempo não incorporam a flexibilidade
gerencial e a importância estratégica do investimento.

Portanto, induzem a decisões equivocadas de investimentos por ignorar a irreversibilidade do investimento e


a possibilidade de adiamento do mesmo.

Entretanto, ultimamente, muitas empresas têm mudado suas prioridades de investimentos em projetos de
longo prazo devido a não obtenção das provisões de demanda confiáveis, que são função de variáveis de
risco, cuja amplitude das variações é alta, ou seja, de grande volatilidade. É neste contexto o setor de
telecomunicações está enquadrado.

Mercados Voláteis

Quando o mercado é volátil como o de petróleo ou tecnologia ou ainda de telecomunicações, os resultados


da análise do FCD podem indicar que um investimento em determinado projeto de longo prazo apresente
prejuízos. E nesse contexto, a empresa pode decidir em não realizar o investimento.

Para uma análise mais apurada desses mercados voláteis, e com o objetivo de evitar a perda de oportunidade
e ao mesmo tempo minimizar prejuízos, uma nova ferramenta vem sendo crescentemente adotada pelo
mercado: Opções Reais ou Opções Estratégicas (ROA - Real Options Analysis).

Através dessa ferramenta, projetos que inicialmente apresentaram no FDC um VPL nulo ou negativo podem
possuir potenciais de ação gerencial de abandono ou continuação podendo vir a ser extremamente rentáveis
e lucrativos caso estes potenciais sejam levados em consideração.

Comparação Entre VPL e ROA

Na metodologia de Fluxo de Caixa Descontado, se o valor presente (VP) resultante dos fluxos de caixa for
superior ao custo de capital e ao valor presente líquido (VPL) das alternativas de investimento, a empresa
permanece com o projeto, caso contrário o investimento não é realizado.

Em Opções Reais, uma árvore de decisões é desenhada ilustrando os diferentes possíveis cenários que
podem ocorrer ao longo de toda a vida do projeto. As probabilidades e as taxas de desconto são atreladas a
cada cenário e o VPL é calculado. Caso seja positivo, a empresa pode investir ao menos em parte do projeto.

A avaliação através da metodologia de ROA inicia-se a partir do VPL, e nesse sentido, a nova abordagem
complementa o VPL tradicional na avaliação de investimentos.

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Esse modelo permite também que a empresa realize menores investimentos inicias dando a empresa maior
flexibilidade nas decisões de investimentos. A cada período de análise, a empresa pode:

abandonar;
parar;
recomeçar mais adiante;
ampliar;
reduzir;
segmentar;
mudar de tecnologia.

Valor Estratégico do Investimento (ROA)

Desde que a flexibilidade gerencial exista, quanto mais longo o período melhor, haja vista que quanto maior
a incerteza maior o valor.

Geralmente a falta de informação devido às incertezas também é fator que cria valor em Opções, ou seja, ao
realizar a análise de investimento, muitas vezes a totalidade das incertezas não é considerada, e desta forma,
considerar Opções nestas análises pode significar mudar o curso de um projeto fracassado para um projeto
viável financeiramente.

A estratégia de investimento pode ser entendida como uma aquisição de um ativo que contém nele uma
oportunidade de mercado futura.

ROA pode ser observada sob três óticas:

Planejamento estratégico;
Gerenciamento de riscos;
Ferramenta de análise de investimentos.

A grande diferença entre o método tradicional de Fluxo de Caixa Descontado e as Opções Reais é que
enquanto o primeiro aponta para "GO/NO-GO" (Tudo ou nada), a segunda dá a empresa flexibilidade ou
opção de investir inicialmente para posteriormente, num segundo momento ou etapa, decidir pela
continuidade do projeto, adiamento, redução, ampliação, ou aborto, inclusive venda.

Duas observações são válidas:

Quando o VPL é alto, haverá pouca probabilidade de qualquer intervenção gerencial durante o ciclo de vida
do projeto que o torne ainda mais interessante do ponto de vista financeiro. Ao mesmo tempo, se o VPL for
muito negativo, haverá pouca probabilidade de qualquer intervenção gerencial salvar o projeto. Desta forma,
a maioria das aplicações de Opções Reais enquadra-se em projetos cujo VPL está próximo de ZERO.

Quanto ao risco, enquanto o mesmo está embutido no WACC na análise de VPL, na análise de Opções
Reais (ROA) o risco está quantificado em termos de volatilidade do projeto. Ou seja, no VPL, o fluxo de
caixa é descontado à taxa WACC, enquanto que no ROA o fluxo de caixa é modelado pela volatilidade do
projeto e descontado à taxa livre de risco.

Definição de Opção Real


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"Uma opção real é o direito, mas não a obrigação, de empreender uma ação, como, por exemplo, diferir,
expandir, contrair ou abandonar, a um custo predeterminado que se denomina preço de exercício, por um
período preestabelecido - a vida da opção"

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Gerenciamento de Riscos: Aplicação das opções reais em Telecomunicações

Seleção da tecnologia (ex. TDMA, CDMA, GSM, etc...);


Aplicações móveis de terceira geração 3G ;
Localização e construção de PPIs (Ponto de Presença de Interconexão),
Avaliação de Investimento em Capacidade do Backbone de fibra/rádio;
Avaliação de investimento em Tecnologia do Backbone (IP x ATM);
Compra e venda de provedor de internet;
Ampliação de Rede celular (overlay);
Implantação de rede Banda Larga;
Substituição de Redes.

Modelagem de Opções Reais

>>> Identificar as
Opções Reais
>>> Especificar as
disponíveis para o
incertezas de
PPI; >>> Avaliar o
demanda;
projeto através do
>>> Calcular o método dos
>>> Simular Monte
valor de cada nó portfólios
Carlo para as
>>> Calcular os da árvore do replicados;
variáveis;
fluxos de caixa último período
livres. para o primeiro; >>> Apontar as
>>> Calcular o
opções ótimas do
desvio padrão da
>>> Calcular o >>> Em cada nó exercício das
evolução do VP;
VPL da árvore opções reais;
comparar o valor
>>> Calcular os
>>> Calcular o VP da Opção Real >>> Descontar do
fatores ascendente e
esperado em cada com o valor de ROA o valor de
descendente para
período. Investimento e VPL para obter o
evolução do VP;
Abandono; valor das opções
investimento e
>>> Obter árvore de
>>> Apontar a abandono
eventos para o VP,
alternativa de combinadas.
utilizando Fluxo de
máximo valor em
Caixa Livre/VP.
cada nó da árvore
de decisão.

Vamos analisar um case para modelar Opções Reais:

Um projeto de telecomunicações apresenta o Fluxo de Caixa em milhões MM à taxa de desconto de 12% aa.
e taxa livre de risco (rf) a 5%, conforme ilustra a figura a seguir:
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Na análise de VPL, o projeto apresentou-se com valor negativo, e a princípio inviável.

Considerando que o mercado de telecomunicações está inserido em ambiente de muitas incertezas,


caracterizando um mercado volátil, e que após realizar a simulação de Monte Carlo para as fontes de
incertezas identificadas no projeto considerando um intervalo de confiança de 95%, obteve-se uma
volatilidade de 40%.

Desta forma, podemos calcular os movimentos ascendentes e descendentes para o Valor Presente.

Movimento ascendente u = 40% ou 1,4000


Movimento descendente d = 1/u = 0,71429

Podemos então elaborar a árvore de decisão, considerando que as incertezas são mais prováveis de
acontecerem a partir do 1º ano, e desta forma, estaremos aplicando os efeitos da volatilidade do projeto do
ano dois em diante:

VP (1) = 126
VP (2) up = 126 x 1,40000 = 176
VP (2) down = 126 x 0,71429 = 90
VP (3.1) up = VP (2) up x 1,40000 = 246
VP (3.1) down = VP (2) up x 0,71429 = 126
VP (3.2) up = VP (2) down x 1,40000 = 126
VP (3.3) down = VP (2) down x 0,71429 = 64

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Vamos considerar que existe a opção do projeto ser vendido por $90 a qualquer momento, e que é possível
realizar investimento de $100 para aumento de 50% no valor das operações, assim como também é possível
realizar a venda de parte da capacidade operacional do projeto, 50%, com a venda de equipamento no valor
de $65.

Começamos a análise do final para o início na árvore e neste caso, e neste caso o Valor Presente da opção
não exercida é comparada com as opções do projeto:

Max (VP Opção não-exercida; VP Expansão; VP Contração; VP Abandono).

Onde a melhor alternativa a ser selecionada é a de maior valor.

Para o nó F a melhor alternativa é abandonar o projeto, vendendo-o a $90;

Para o nó E a melhor alternativa é reduzir ou contrair o projeto a 50% obtendo um Valor Presente de $128.

Para o nó D a melhor alternativa é expandir ou ampliar o projeto a 50% obtendo um Valor Presente de $269.

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Desta forma, é necessário recalcular os Valores Presentes nos nós B e C, replicando-os para o nó A.

Para encontrar os valores de B e C, utiliza-se a abordagem do Portifólio Replicado.

Cálculo para o nó B:

269 - 128 141


m= _____________ = _____________________= 1,16833
176 x (up - down) 176 x (1,4 - 0,71429)

(u x 128) - (d x 269) / (1 + rf) (1,4 x 128) - (0,71429 x 269) / (1 + 5%)


B= ______________________________ = _______________________________________= -18
(u - d) (1,4 - 0,71429)

V (B) = m x 176 + B = 1,16833 x 176 + (-18) = 188

Faz-se o mesmo para o nó "C", e posteriormente para o nó "A".

Agora podemos realizar a comparação com o VPL.

Este novo Valor Presente do nó A correspondente ao Valor presente do Ano 1, adicionado ao fluxo de caixa
livre deste mesmo período de $75, obtido no Fluxo de Caixa, totalizando $220 = (145 + 75), é em seguida
descontado à taxa livre de risco de 5%, pois o risco do projeto está na volatilidade e não na taxa de
desconto, obtendo-se o Valor Presente no ano 0 de:

220
VP = ________ = $ 210
(1 + 5%)°

Considerando o Fluxo de Caixa no ano zero, correspondente ao investimento de ($200), tem-se como Valor
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de Opções Reais (ROA):

ROA = 210 + (-200) = $10

Comparando-se com o VPL o valor ROA permite dizer que o projeto é viável financeiramente, passando dos
$(21) negativos para os $10 positivos, conforme ilustra a figura a seguir.

Como é possível observar a abordagem ROA não é uma mágica. Nela estão implícitas considerações
imprescindíveis de decisão ao longo do ciclo de vida do projeto como ampliar, contrair, vender, etc., ao
contrário da análise de VPL cuja decisão ocorre apenas antes de se iniciar o projeto.

Para que ROA se consolide é necessário tomar decisões nos momentos certos. Para isso é necessária uma
capacidade gerencial sobre decisões.

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Gerenciamento de Riscos: Processo decisório em projetos

Como toda decisão relativa a grandes investimentos, é importante saber qual o melhor momento para
investir assim como qual a melhor tecnologia empregar, se a existente ou a intermediária em
desenvolvimento, sendo que a decisão tomada certamente impactará nos resultados financeiros da empresa
assim como sua posição de mercado.

Desta forma, os custos dos investimentos e os riscos associados a demanda são fatores importantes na
determinação do melhor momento para se investir.

As variáveis a seguir são consideradas de suma importância na tomada de decisão:

Previsão de Demanda
Crescimento da Demanda
Taxa livre de risco
Retorno do investimento pelo risco
Custos de ampliação, manutenção, de pioneirismo de nova tecnologia.

É importante lembrar que o aproveitamento de oportunidades é possível quando o corpo gerencial da


empresa, ou executivo, está preparado e é capaz de decidir em tempo hábil, através de informações
adequadas, o melhor investimento e a melhor hora de se investir.

É neste contexto que o PMBOK permite com que a análise de Opções se consolide entre as melhores
ferramentas para análise de investimentos em projetos inseridos em mercados voláteis.

A Metodologia Pmbok

Gerenciar riscos é uma atividade que se estende ao longo de todo o projeto onde o responsável pelo
gerenciamento é gerente de projetos, entretanto todos são co-responsáveis por identificar os riscos e sugerir
ações corretivas.

Tradicionalmente, o Risco era visto como algo muito negativo. Hoje o conceito sobre risco mudou. Ele não
apenas pode ser negativo, como também positivo, representando oportunidades para a empresa.

Desta forma, a variável de risco tem que ser tratada para explorar os aspectos positivos.

Como definição, "Risco é um evento potencial que pode afetar o projeto".

Através das melhores práticas em Gerenciamento de Projetos PMBOK - A Guide to the Project
Management Body of Knowledge - torna-se possível gerenciar o Projeto e seus riscos com mais eficiência e
assim permitir a tomada de decisões corretas ao longo da vida de um projeto objetivando o sucesso do
investimento.

O PMBOK (versão 2000) define a Gerência de Risco como "Processo sistemático de identificação, análise
e respostas aos riscos do projeto. Isso inclui maximizar a probabilidade e as conseqüências de eventos
positivos e minimizar a probabilidade e conseqüências que eventos adversos possam trazer aos objetivos
do projeto".

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Durante o ciclo de vida do projeto é necessário acompanhar indicadores como Receita, custos operacionais,
Valor Presente do Projeto, etc, para que a cada nó, haja uma decisão correta a ser tomada em função do
resultado dos mesmos.

Essa disciplina na tomada de decisões embasada por indicadores confiáveis permite que o ciclo de vida do
projeto caminhe dentro da árvore de decisão desenhada.

Quando falamos das decisões, estamos querendo enfatizar o momento certo e o tipo de decisão em que a
mesma deve ser tomada, de tal forma a ter disciplina para encerrar o projeto sem atrasos caso o retorno
esperado estiver de acordo com os cenários que apontam para tal recomendação.

As ações estratégicas precisam estar planejadas dentro de um contexto de contingências antes do início do
projeto, utilizando as técnicas de Planejamento e Controle, conforme metodologia PMBOK, de tal forma a
evitar perda de tempo em tomada de decisões, análises, etc, quando o projeto estiver em operação.

Uma observação importante em relação às questões gerenciais é que muitas empresas permanecem
financiando seus projetos mesmo sem apresentarem resultados esperados, muitas vezes pelo fato do
envolvimento e desejo de vê-los continuar.

É por essa razão que os valores das opções têm mais relação com os aspectos relativos ao gerenciamento de
projetos do que com a própria metodologia financeira, como gerenciamento do tempo (cronograma),
aquisições (contratos), custos, riscos, onde um processo formal de avaliação das várias opções é necessário.

Para manter o projeto dentro do planejado é necessário trabalhar o Gerenciamento de Riscos do mesmo.

Em relação ao ciclo de vida dos projetos em telecomunicações, grande parte dos riscos fica associado ao
fluxo de caixa da empresa, o qual é afetado por redução da capacidade operacional, aumento dos custos
operacionais, erros de estimativas sobre capacidade projetada, demanda, etc...

Estes Riscos podem ser mitigados através do uso de tecnologia comprovada, contratos adequados com
fornecedores relativos às especificações de capacidade, seguro, etc...

Quanto aos riscos relativos ao fornecimento de equipamentos, podemos citar os custos, qualidade, câmbio, e
disponibilidade. As formas de mitigar estes riscos podem estar nas garantias contratuais, reservas de capital,
etc...

Os riscos relativos à tecnologia são basicamente caracterizados pela compatibilidade de redes e sistemas,
custos e obsolescência, sendo que para mitigar esses riscos é necessário garantia contratual junto aos
fornecedores, como obrigação de upgrades de software, etc...

Em termos de mercado, os riscos de demanda e concorrência de preços podem ser mitigados por estudos de
mercados mais detalhados e precisos.

Existem também riscos que podem afetar a capacidade da rede e reduzir a capacidade destas do dia para a
noite, como é o caso de vendavais que derrubam torres, postes, desalinham antenas. Para estes casos é
recomendável seguro para evitar gastos inesperados, assim como e reservas de capacidade ou equipamentos
sobressalentes, ainda que para restabelecer a capacidade do sistema afetado seja necessário um prazo
relativamente longo.

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A seguir, começamos a descrever a metodologia PMBOK para Gerenciamento de Riscos para projetos do
setor de Telecomunicações.

De acordo com o PMBOK o Gerenciamento de Riscos possui o objetivo de "aumentar a probabilidade e o


impacto da ocorrência de eventos positivos, e minimizar a probabilidade e o impacto da ocorrência de
eventos adversos ao projeto", e é dividido em 6 Processos:

Planejamento do Gerenciamento de Riscos;


Identificação dos Riscos;
Análise Qualitativa do Risco;
Análise Quantitativa do Risco;
Planejamento de Resposta aos Riscos;
Monitoração e Controle dos Riscos.

O Planejamento do Gerenciamento de Riscos consiste no planejamento, execução e na maneira de


conduzir as atividades do gerenciamento de riscos do projeto.

Como resultado elabora-se um Plano de Gerenciamento de Riscos do Projeto, onde é possível descrever
como o Gerenciamento de Riscos estará estruturado e como será executado, incluindo metodologia, regras e
responsabilidades, orçamento para o gerenciamento dos riscos incluído nos custos do projeto, freqüência da
execução dos processos de gerenciamento dos riscos durante o ciclo de vida do projeto, processo sistêmico
de identificação de riscos e definição das probabilidades e impactos dos mesmos.

A Identificação dos Riscos consiste em determinar quais riscos podem afetar o projeto, onde todos
envolvidos no projeto devem contribuir, e como resultado desta identificação espera-se uma lista de riscos
identificados, assim como uma lista de potencial de respostas aos mesmos, suas causas, e se for o caso, uma
atualização das categorias dos riscos levantados.

Em termos do setor de telecomunicações podemos citar alguns dos riscos associados às categorias:

Organizacional: política da empresa, mudança de controle acionário, etc...


Escopo: riscos relativos a erros na especificação da capacidade do sistema ou rede; riscos de
integração de sistemas e redes (interoperabilidade);
Tecnologia: riscos de bugs de softwares relativos às capacidades, serviços;
Qualidade: riscos relativos a interrupções de serviços relativos a bugs de softwares dos sistemas da
rede;
Contrato: riscos de entrega operacional da rede no prazo contratual;
Regulatório: riscos relativos aos diversos entendimentos, mudança de faixa de freqüência;
Concorrência: riscos relativos a interconexão da rede;
Fraude: riscos relativos a fraudes na rede;
Recursos: riscos relativos ao conhecimento técnico;
Financiamentos: riscos relativos a contra-partida e garantias patrimoniais;
Priorização: riscos relativos ao aparecimento de projeto concorrente com prioridade maior;
Planejamento, controle, comunicação relativos ao Gerenciamento do Projeto.

A Análise Qualitativa dos Riscos consiste em priorizar os riscos identificados através da combinação da
probabilidade de ocorrência e o respectivo impacto.

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Cada risco é rankeado de acordo com sua probabilidade de ocorrência e impacto nos objetivos, através das
percepções dos especialistas associadas às expectativas das áreas financeiras (custo), engenharia (escopo),
operações (qualidade de rede), marketing (prazo):

Como resultado desta análise tem-se uma lista de riscos com suas respectivas prioridades, agrupadas por
categorias, descritas anteriormente, assim como a relação dos mesmos que exigem respostas para o curto-
prazo, ou requerem análises adicionais.

A Análise Quantitativa dos Riscos consiste em quantificar os efeitos dos riscos identificados, que uma vez
priorizados, os riscos podem ser quantificados através da associação numérica.

Os riscos podem ser quantificados através de uma faixa de sensibilidade de cada risco como visão otimista,
pessimista e moderada.

Através da árvore de decisão a ser descrita anteriormente, é possível quantificar os riscos, pois incorpora a
probabilidade de ocorrência dos mesmos, apontando a melhor decisão a ser tomada em determinado
momento durante o ciclo de vida do projeto.

O Planejamento de Respostas aos Riscos consiste em desenvolver ações para minimizar as ameaças ao
projeto.

As estratégias podem ser:

Evitar os riscos, transferir, mitigar, explorar , compartilhar, aumentar , aceitar e contingenciar, sendo que o
objetivo do primeiro é eliminar o risco ou flexibilizar o prazo, escopo, etc...

Explorar os riscos nas oportunidades positivas corresponde a dar a oportunidade do projeto de conseguir
aproveitar a oportunidade.

Aumentar uma oportunidade corresponde a melhorar os fatores que possam incrementar a probabilidade de
ocorrência do impacto positivo.

A Monitoração e Controle dos Riscos consistem em acompanhar os riscos identificados, identificar novos
riscos, executar o plano de resposta aos riscos, avaliando a eficiência durante o ciclo de vida do projeto.

Para acompanhar os riscos é necessário definir indicadores de performance.

Ex. nos projetos envolvendo Opções Reais, em que em algum momento previamente definido há a
necessidade de tomar uma decisão quanto a ampliar, manter, alternar ou abandonar o projeto, observando os
indicadores de performance como demanda, custos, status do projeto, qualidade do mesmo e ainda
identificando novos riscos como as interpretações regulatórias, reação da concorrência, etc...

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Gerenciamento de Riscos: Considerações Finais

Hoje em dia, controlar custos deixou de ser vantagem competitiva, e passou a ser necessidade, assim como a
qualidade. Desta forma, saber aproveitar as oportunidades, passou a ser tão importante quanto descobrir
nichos de mercado.

Através da ROA é possível identificar oportunidades que antes eram desprezadas e agora passam a ser
reconsideradas quando estas são analisadas em conjunto com opções reais de investimento, como expansão,
contração, abandono e adiamento de projetos.

A análise de Opções Reais pode identificar a melhor alternativa para a empresa quando ela decide investir
em um mercado caracterizado pela volatilidade da demanda, rápidas mudanças tecnológicas e incertezas
regulatórias.

Em resumo, a teoria de Opções Reais na avaliação de um projeto de investimento aliada ao gerenciamento


de projetos através da metodologia PMBOK se apresenta como a melhor ferramenta a ser utilizada para
gerenciar riscos de investimentos em envolvendo projetos do setor de telecomunicações.

Referências

COPELAND, T om E., Antikarov, V. - Opções Reais: um novo paradigma para reinventar a avaliação de
investimentos - Campus, 2001.
PMBOK 2004 - A Guide to the Project Management Body of Knowledge 3 rd Edition - PMI Project
Management Institute.
STROUSE, Karen G. Marketing Telecommunications Services: new approaches for a changing environment
- Artech House Telecommunications Library, 1999.

15
Gerenciamento de Riscos: Teste seu Entendimento

© 2010 Teleco Imprima


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