Sunteți pe pagina 1din 9

Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

- Controle da Administração

Professor: Henrique Cantarino

1
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

Conceito
No exercício de suas funções, a Administração Pública sujeita-se a controle por parte dos Poderes
Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o controle sobre seus próprios atos. Esse controle
abrange não só os órgãos do Poder Executivo, mas também os dos demais Poderes, quando exerçam
função tipicamente administrativa. Em outras palavras, abrange a Administração Pública considerada em
sentido amplo.
O controle constitui poder-dever dos órgãos a que a lei atribui essa função, precisamente pela sua
finalidade corretiva: ele não pode ser renunciado nem retardado, sob pena de responsabilidade de quem se
omitiu. Abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais e, em certa medida, dos inconvenientes ou
inoportunos.
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, “Controle, em administração pública, é a faculdade de
vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de
outro”. Já segundo Maria Sylvia Di Pietro, “... pode-se definir o controle da Administração Pública como o
poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos do poder Judiciário, Legislativo e
Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são
impostos pelo ordenamento jurídico”.

Espécies e Características
Vários critérios existem para classificar as modalidades de controle. Assim, os tipos e formas de
controle da atividade administrativa podem ser classificados:
a)quanto ao órgão que o exerce: controle administrativo, legislativo ou judicial;
b)quanto ao momento em que se efetua: controle prévio, concomitante ou posterior;
c)quanto ao seu fundamento: controle hierárquico ou finalístico;
d)quanto à localização do órgão que o realiza: controle interno ou externo;
e)quanto ao aspecto controlado: controle de mérito ou de legalidade

a) Quanto ao órgão:
a.1- Controle Administrativo
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, “Controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os
órgãos de administração dos demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-las
dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua
realização, pelo que é um controle de legalidade e de mérito”.
O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre seus
próprios atos e agentes. Vale aqui mencionar a súmula 473 do STF, segundo a qual “A Administração pode
anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Conforme o órgão que realize o controle administrativo, podemos ter:
 Controle hierárquico próprio: realizado pelos órgãos superiores, sobre os órgãos
inferiores, pelas chefias, sobre os atos de seus subordinados, e pelas corregedorias, sobre
os órgãos e agentes sujeitos à sua correição.
 Controle hierárquico impróprio: realizado por órgãos estranhos à repartição que expediu o
ato recorrido, mas com competência julgadora expressa como, por exemplo, as Delegacias
de Julgamento da Receita Federal e os Conselhos de Contribuintes do Ministério da
Fazenda.
 Controle finalístico: realizado pela Administração Direta sobre as entidades da
Administração Indireta. Esse controle é principalmente realizado pelos ministérios sobre as

2
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

entidades da Administração Indireta a eles vinculadas (como exemplo, o controle exercido


pelo Ministério da Previdência e Assistência Social sobre o INSS, autarquia vinculada).
a.2- Controle Legislativo
O controle legislativo, ou parlamentar, é o exercido pelos órgãos legislativos ou por comissões
parlamentares sobre determinados atos do Poder Executivo. O controle parlamentar, em respeito ao
princípio da independência e harmonia dos Poderes, cláusula pétrea de nosso ordenamento, insculpido no
art. 2º da CF/88, somente se verifica nas situações e nos limites expressamente previstos no próprio texto
constitucional.
Como indica sua definição, o controle legislativo é um controle externo. O controle legislativo
configura-se, sobretudo, como um controle político, razão pela qual podem ser controlados aspectos
relativos à legalidade e à conveniência pública dos atos do Poder Executivo que estejam sendo controlados.
O art. 49, V, da CF/88 estabelece a competência do Congresso Nacional para "sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa". Nesse caso, o controle exercido pelo Poder Legislativo será um controle de legalidade e
legitimidade, e não de mérito, uma vez que não se está autorizando o Legislativo a apreciar a oportunidade
ou a conveniência dos atos praticados pelo Executivo, mas, sim, a sustar aqueles que extrapolem ou
contrariem as leis em razão das quais sejam editados.

Fiscalização Financeira e Orçamentária: é conferida ao Congresso Nacional, mas se refere à


prestação de contas de todo aquele que administra bens, valores ou dinheiro públicos. O controle interno é
feito pelo Executivo e o controle externo pelo Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de Contas da
União.
Controle pelos Tribunais de Contas: os Tribunais de Contas são órgãos independentes,
auxiliares dos Poderes Legislativos e colaboradores dos Executivos. Exercem suas funções no âmbito do
controle externo da administração financeira, orçamentária e fiscal. Usualmente, a atuação dos Tribunais de
Contas deve ser a posteriori, não possuindo atribuições constitucionais de controle prévio, salvo as
inspeções e auditorias in loco, as quais podem ser realizadas a qualquer tempo. As competências dos
Tribunais de Contas estão elencadas no art. 71 da CF/88.
As atividades dos Tribunais de Contas expressam-se fundamentalmente em funções técnicas
opinativas, verificadoras, assessoras e jurisdicionais administrativas, desempenhadas simetricamente tanto
pelo TCU quanto pelos Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que os
tiverem (atualmente, apenas Rio de Janeiro e São Paulo).

a.3- Controle Judicial


O controle judiciário (ou judicial) é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos
administrativos praticados pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo ou pelo próprio Poder Judiciário,
quando realiza atividades administrativas. É sempre a posteriori, somente relativo à legalidade dos atos
administrativos. O controle judicial é, sobretudo, um meio de preservação de direitos individuais dos
administrados (nisso diferindo do controle político, exercido pelo Legislativo). O Poder Judiciário, no
exercício de sua atividade jurisdicional, sempre age mediante provocação do interessado ou do legitimado
(em casos como o da ação popular ou a ação civil pública pode não existir interesse direto do autor
relativamente ao bem ou direito lesado).
Importante lembrarmos que não se admite a aferição do mérito administrativo pelo poder Judiciário.
Se fosse dado ao juiz decidir sobre a legitimidade da valoração de oportunidade e conveniência realizada
pelo administrador na prática de atos discricionários de sua competência, estaria esse mesmo juiz
substituindo o administrador no exercício dessa atividade valorativa.
Não se deve, entretanto, confundir a vedação de que o Judiciário aprecie o mérito administrativo
com a possibilidade de aferição pelo Poder Judiciário da legalidade dos atos discricionários. O que o
Judiciário não pode é invalidar, devido ao acima explicado, a escolha pelo administrador (resultado de sua
valoração de oportunidade e conveniência administrativas) dos elementos motivo e objeto desses atos, que
formam o chamado mérito administrativo, desde que feita, essa escolha, dentro dos limites da lei. No ato
administrativo discricionário, além desses dois, temos outros três elementos que são vinculados
(competência, finalidade e forma) e, por conseguinte, podem, e devem, ser aferidos pelo poder Judiciário
quanto à sua legalidade. Vale repisar: o ato discricionário, como qualquer outro ato administrativo, está

3
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

sujeito à apreciação judicial; apenas em relação a dois de seus elementos – motivo e objeto - não há, em
princípio, essa possibilidade.

Atos sujeitos a controle comum


São os atos administrativos, em geral. A competência do Judiciário para a revisão de atos restringe-
se ao controle da legalidade e da legitimidade do ato impugnado; por legalidade entende-se a conformidade
do ato com a norma que o rege; por legitimidade entende-se a conformidade do ato com a moral
administrativa e o interesse coletivo, indissociáveis de toda atividade pública. É permitido perquirir todos os
aspectos de legalidade e legitimidade para descobrir e pronunciar a nulidade do ato administrativo onde ela
se encontre, e seja qual for o artifício que a encubra; não é permitido pronunciar-se sobre o mérito
administrativo.

Atos sujeitos a controle especial


- atos políticos: são os que, praticados por agentes do Governo, no uso de sua competência constitucional,
se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência ou oportunidade de sua realização, sem se
aterem a critérios jurídicos preestabelecidos.

- atos legislativos: a lei, propriamente dita. Não ficam sujeitos a anulação judicial pelos meios processuais
comuns, e sim pela via especial da Ação direta de Inconstitucionalidade (Lei 9868/99), tanto para a lei em
tese como para os demais atos normativos (art. 102 e 103 da CF/88).
- atos interna corporis: não é tudo que provém do seio da Câmara ou de suas deliberações internas. São
só aquelas questões ou assuntos que entendem direta e imediatamente com a economia interna da
corporação legislativa, com seus privilégios e com formação ideológica da lei, que, por sua própria natureza,
são reservados à exclusiva apreciação e deliberação do Plenário da Câmara. Também são vedados à
revisão judicial.

Meios de Controle Jurisdicional


São as vias processuais de procedimento ordinário, sumário ou especial de que dispõe o titular do
direito lesado ou ameaçado de lesão para obter a anulação do ato ilegal em ação contra a Administração
Pública.

- mandado de segurança individual: destina-se a coibir atos ilegais da autoridade que lesem direito
subjetivo, líquido e certo do impetrante, não amparado por habeas corpus ou habeas data. O prazo para
impetração é de 120 dias do conhecimento oficial do ato a ser impugnado (Lei 12.016/09; CF, art. 5º, LXIX).

- mandado de segurança coletivo: seus pressupostos são os mesmos do individual, inclusive quanto ao
direito líquido e certo, só que a tutela não é individual, mas coletiva (Lei 12.016/09; CF, art. 5º, LXX).

- ação popular: é um instrumento de defesa dos interesses da coletividade, utilizável por qualquer cidadão,
no gozo de seus direitos cívicos e políticos. O beneficiário direto e imediato é o povo (Lei 4717/65; CF, art.
5º, LXXIII).

- ação civil pública: ampara os direitos difusos e coletivos, não se prestando para direitos individuais, nem
se destinando à reparação de prejuízos (Lei nº 7347/85; CF art. 129, III).

- mandado de injunção: ampara quem se considerar prejudicado pela falta de norma regulamentadora que
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a direitos e
liberdades constitucionais e à nacionalidade, à soberania e à cidadania (CF, art. 5º. LXXI).

- habeas data: assegura o conhecimento de registros concernentes ao postulante e constantes de


repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, ou para retificação de seus dados pessoais (Lei
9507/97; CF, art. 5º, LXXII).

- ação direta de inconstitucionalidade: é usada para atacar a lei em tese ou qualquer outro ato normativo
antes mesmo de produzir efeitos concretos (CF, art. 102, I e 103).

4
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

- medida cautelar: feito pelo argüente de inconstitucionalidade, será julgado pelo STF; exige os
pressupostos das cautelares comuns. A liminar suspende a execução da lei, mas não o que se aperfeiçoou
durante sua vigência. Produz efeitos ex nunc.

- ação de inconstitucionalidade por omissão: objetiva e expedição de ato normativo necessário para o
cumprimento de preceito constitucional que, sem ele, não poderia ser aplicado.

- ação declaratória de constitucionalidade: de lei ou ato normativo, será apreciada pelo STF, a decisão
definitiva de mérito tem efeito erga omnes.

b) Quanto ao momento:
b.1) Controle Prévio (preventivo; a priori)
Diz-se prévio o controle quando exercido antes do início da prática ou antes da conclusão do ato
administrativo, constituindo-se em requisito para a validade ou para a produção de efeitos do ato controlado.
Exemplo de controle prévio é a autorização do Senado Federal necessária para que a União, os Estados, o
DF ou os Municípios possam contrair empréstimos externos.

É também exemplo a aprovação, pelo Senado Federal, da escolha de ministros dos tribunais
superiores, do Procurador-Geral da República, do presidente do Banco Central etc., conforme previsto no
art. 52 da CF. A aprovação ali referida é um ato de controle prévio, pois precede a nomeação dos citados
agentes públicos, conforme se depreende da leitura do art. 84, XIV, da CF.

b.2) Controle Concomitante (sucessivo)


O controle concomitante, como o nome indica, é exercido durante a realização do ato e permite a
verificação da regularidade de sua formação. São exemplos de controle concomitante a fiscalização da
execução de um contrato administrativo, a realização de uma auditoria durante a execução do orçamento, o
acompanhamento de um concurso pela corregedoria competente, etc.

b.3) Controle Posterior (corretivo; a posteriori)


O controle subseqüente, talvez a mais comum das modalidades, é exercido após a conclusão do
ato controlado, visando a corrigir-lhe eventuais defeitos, declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia. O
controle judicial dos atos administrativos é, regra geral, um controle subseqüente.

Exemplos de controle posterior são a homologação de um procedimento licitatório, a homologação


de um concurso público, a sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar, etc.

c) Quanto ao fundamento:
c.1) Controle Hierárquico
É aquele resultante do escalonamento vertical dos órgãos da Administração Direta ou das entidades
da Administração Indireta, em que os órgãos inferiores são subordinados aos órgãos superiores. Desse
escalonamento decorre que os órgãos de cúpula exercem o controle pleno dos órgãos subalternos. Essa
espécie de controle pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização,
aprovação, revisão e avocação das atividades controladas, assim como os meios corretivos dos agentes
responsáveis.
O controle hierárquico é típico do Poder Executivo, sendo, sempre, um controle interno. Assim, na
Administração Direta Federal, os ministérios exercem controle hierárquico sobre suas secretarias, as quais,
por sua vez, controlam hierarquicamente suas superintendências, que exercem controle hierárquico sobre
suas delegacias, e assim por diante.
Em razão de sua natureza, o controle hierárquico é pleno (irrestrito), permanente e automático (não
depende de norma específica que o estabeleça ou autorize). Por meio do controle hierárquico podem ser
verificados todos os aspectos concernentes à legalidade e ao mérito de todos os atos praticados pelos
agentes ou órgãos subalternos a determinado agente ou órgão.

c.2) Controle Finalístico

5
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

O controle finalístico é aquele exercido pela Administração Direta sobre as pessoas jurídicas
integrantes da Administração Indireta. É estabelecido pela norma legal para as entidades autônomas,
indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. È um
controle limitado e externo, visando a verificação do enquadramento da entidade no programa de governo,
bem como a verificação dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas funções.
Em resumo, o controle finalístico, uma vez que fundamentado numa relação de vinculação entre
pessoas (e não em subordinação entre órgãos ou agentes), é um controle limitado e teleológico, ou seja,
restringe-se à verificação do enquadramento da entidade controlada no programa geral do governo e à
avaliação objetiva do atingimento, pela entidade, de suas finalidades estatutárias.

d) Quanto à localização do órgão:


d.1) Controle Interno
O controle interno é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, automaticamente ou por meio de
órgãos integrantes de sua própria estrutura. Assim, o controle que as chefias exercem sobre os atos de
seus subordinados dentro de um órgão público é classificado como controle interno. Este assunto encontra-
se descrito no art. 74 da CF/88.
Exemplificando, o controle que o Ministério da Previdência e Assistência Social exerce sobre
determinados atos administrativos praticados pela autarquia Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é
forma de controle interno.
O mesmo raciocínio vale para os demais Poderes. Sempre que um agente ou órgão do Poder
Legislativo possuir atribuição de fiscalizar a prática de determinado ato administrativo praticado pelo mesmo
Poder Legislativo, estaremos diante de hipótese de controle interno. Igualmente, quando órgãos ou agentes
do Poder Judiciário verificam a legitimidade e a regularidade dos atos administrativos praticados pelo
próprio Judiciário, a hipótese será de controle interno.

d.2) Controle Externo


Diz-se externo o controle quando exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados
por outro Poder. Segundo Hely Lopes Meirelles, é o que se realiza por órgão estranho à administração
responsável pelo ato controlado.
São exemplos de atos de controle externo a sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos
do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (CF, art. 49, V); a anulação de um ato do
Executivo por decisão judicial; o julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas prestadas pelo
Presidente da República e a apreciação dos relatórios, por ele apresentados, sobre a execução dos planos
de governo (CF, art. 49, IX); a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas sobre despesas realizadas pelo
Executivo, etc.
Cabe aqui uma ressalva acerca do controle externo popular. Uma vez que a Administração deve
sempre atuar visando à satisfação do interesse público, nada mais lógico (e necessário) do que a existência
de inúmeros mecanismos, constitucionalmente previstos, à disposição dos administrados, que possibilitem a
verificação da regularidade da atuação da Administração e impeçam a prática de atos ilegítimos, lesivos ao
indivíduo ou à coletividade, ou possibilitem a reparação dos danos decorrentes da prática destes atos (art.
31, §3º; art.5º, LXXIII; art. 74, §2º, todos da CF/88).

e) Quanto ao aspecto controlado:


e.1) Controle de Mérito
É o que se consuma pela verificação da conveniência e da oportunidade da conduta administrativa.
A competência para exercê-lo é da Administração, e, em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao
Legislativo (CF, art. 49, IX e X), mas nunca ao Judiciário.

e.2) Controle de Legalidade (legitimidade)


É o que verifica a conformidade da conduta administrativa com as normas legais que a regem. Esse
controle pode ser interno ou externo, sendo que, por legalidade deve-se entender não só o atendimento de
normas legisladas como, também, dos preceitos da Administração pertinentes ao ato controlado. Esse tipo
de controle pode ser exercido pela Administração, pelo Legislativo e pelo Judiciário, com a diferença de que
o Executivo exercita-o de ofício ou mediante provocação recursal, enquanto o Legislativo só o efetiva nos
6
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

casos constitucionalmente previstos, e o Judiciário através da ação adequada, por provocação do


interessado. Por esse controle o ato ilegal e ilegítimo somente pode ser anulado, e não revogado.

QUESTÃO 12
Provas Anteriores

1)(ESAF/COMEX/98) - São interesses da comunidade protegidos por meio de ação popular, no controle da
Administração Pública, exceto:
a) patrimônio público
b) meio ambiente
c) patrimônio histórico e cultural
d) direitos do consumidor
e) moralidade administrativa

2)(ESAF- ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO- TCU/2000 ) No âmbito do controle externo, não


compete ao Tribunal de Contas da União:
a) aplicar multas aos responsáveis por ilegalidades de despesa pública
b) fiscalizar aplicação de qualquer recurso federal a Estado ou Município
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal por concurso público
d) fiscalizar as contas internacionais de empresas supra nacionais de cujo capital social a União participe
e) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal

3)(CESPE- PROCURADOR FEDERAL/2002) Com relação ao controle e aos poderes da administração


pública, julgue os itens subseqüentes.
1-Quando a administração se vale de lei que prevê a demissão de servidor público pela prática de ato
definido como crime e demite um servidor, ela exerce o poder disciplinar.
2-O controle externo é o que se realiza por órgão estranho à administração responsável pelo ato controlado,
como, por exemplo, a apreciação das contas dos Poderes Executivo e Judiciário pelo Poder Legislativo.
3-Quando o presidente da República expede um decreto para tornar efetiva uma lei, ele exerce o poder
regulamentar.
4-Por meio do controle administrativo, a administração só pode anular os seus próprios atos.
5-O controle externo exercido pelos tribunais de contas objetiva verificar unicamente a conformação do ato
ou do procedimento administrativo com as normas legais que o regem (controle formal), desconsiderando,
portanto, a análise da eficiência.

4)(ESAF- PROCURADOR BACEN/2002) Não se insere no elenco de competências do sistema de controle


interno, constitucionalmente previstas:
a) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da aplicação de recursos
públicos por entidade de direito privado.
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União.
d) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, se verificada ilegalidade.
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

5)(ESAF/Auditor – TCE-ES/2001) A fiscalização financeira e orçamentária,de responsabilidade do poder


legislativo, classifica-se no controle:
a) judicial
7
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

b) interno
c) administrativo
d) externo
e) político

6)(ESAF/Controlador – TCE-ES/2001) Em tema de controle da Administração Pública, é correto afirmar-se


que:
a) A fiscalização das contas públicas é voltada exclusivamente para o aspecto da legalidade.
b) Entre as funções do controle interno está a de apreciar para fins de registro a legalidade dos atos de
admissão de pessoal.
c) O controle externo não tem competência para fiscalizar a aplicação dos recursos repassados pela União
aos Estados mediante convênio.
d) Compete ao controle interno fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.
e) Em caso de ilegalidade de despesa, o Tribunal de Contas pode aplicar aos responsáveis multa
proporcional ao dano causado ao erário.

7)(ESAF/AFC-SFC/2000) O sistema de controle interno não tem a atribuição de:


a) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, as sanções legais, inclusive multa.
b) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.
c) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União.
d) Comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
e) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

8)(ESAF/AFRF/2000) Atribuição do Congresso Nacional de sustar contratos considerados irregulares,


classifica-se como um ato do controle:
a) Financeiro
b) Administrativo
c) Interno
d) Judicial
e) Político

9)(UFSC/Fiscal de Tributos – SC/1998) O controle que a Secretaria de Estado exerce sobre uma autarquia
a ela vinculada é:
a) Interno
b) Hierárquico
c) Pleno e ilimitado
d) Judicial
e) Finalístico

10)(NCE/Delegado Polícia Civil - RJ/2002) Com relação ao controle da Administração Pública, analise as
afirmativas:
I-O exercício do direito de petição, previsto no art. 5º, XXXIV, a da Constituição reflete o exercício do
controle judicial da atividade administrativa do Estado.
II-O controle de mérito e de legalidade exercido pela Administração Pública sobre sua própria atividade
independe de provocação da parte interessada.
III-Os atos interna corporis praticados pelas casas legislativas não se submetem ao controle judicial em
nenhuma hipótese.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:

8
Aulas de Direito Administrativo Henrique Cantarino

a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

11)(ESAF/AFC/2002) Ao Tribunal de Contas da União, no exercício da sua função institucional de controle


externo, compete apreciar para fim de registro os atos de admissão de pessoal da Administração Pública
Federal,
a) excluídos os das sociedades de economia mista.
b) inclusive das empresas privadas concessionárias de serviços públicos.
c) inclusive para cargos de provimento em comissão.
d) exceto para cargos de provimento em comissão.
e) exceto para cargos de órgãos do poder Judiciário.

12)(ESAF/AFC/2002) No contexto do controle externo da Administração Pública Federal, quanto ao que


concerne ao tribunal de Contas da união, pode-se afirmar ser correto que:
a) das suas decisões cabe recurso para o Congresso Nacional.
b) as suas decisões são insusceptíveis de revisão judicial.
c) escapam da sua jurisdição os órgãos do Poder Legislativo.
d) lhe compete sustar a execução de contrato por ele impugnado por vício de ilegalidade não sanada.
e) lhe compete aplicar multa aos responsáveis por despesa ilegal, cuja decisão tem eficácia de título
executivo.

13)(ESAF/AFCE-TCU/2000) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos


atos da Administração Pública, exercida pelo Tribunal de Contas da União, no desempenho das suas
funções institucionais de controle externo, conforme previsto na Constituição, expressamente, comporta
exame quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade, conveniência e oportunidade dos
atos de gestão.
a) Incorreta esta assertiva, porque não comporta exame quanto à conveniência e oportunidade.
b) Incorreta esta assertiva, porque não comporta exame quanto à conveniência e economicidade.
c) Correta esta assertiva.
d) Incorreta esta assertiva, porque não comporta exame quanto à legitimidade e conveniência.
e) Incorreta esta assertiva, porque não comporta exame quanto à legitimidade e economicidade.

GABARITO

Controle da Administração

1-D ; 2-D ; 3-CCC anulada E ; 4-D ; 5-D ; 6-E ; 7-A ; 8-A ; 9-E ; 10-B ; 11-D ; 12-E ; 13-A

S-ar putea să vă placă și