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Roteirismo – A Abordagem da Sequência

texto de Valéria Olivetti

Olá! Voltamos hoje com a crítica do livro


Screenwriting: The Sequence Approach​ , de Paul
Joseph Gulino, publicado pela Continuum International
Publishing Group Inc. O texto foi escrito por Jack
Brislee para o site The Story Department. O livro está
disponível para ler de graça pelo Google Books.

Gulino Paul é Professor Associado de Roteiro da


Universidade de Chapman, na Califórnia. Ele é um
roteirista e dramaturgo com trabalhos já produzidos.

ORIGENS

O método da sequência nos leva de volta a 1897, e ao


advento da projeção. Raramente os filmes se
estendiam para além de um rolo, e tinham de 10 a 15
minutos de duração. Conforme os cinemas adquiriam
um segundo projetor, filmes mais longos podiam ser
exibidos quase sem interrupção, mas os manuais de
roteiro escritos antes da Primeira Guerra Mundial
aconselhavam aos escritores estruturarem seus
trabalhos em torno da divisão das bobinas.

Esta estrutura persistiu até a década de 1950, com as


seqüências identificadas pelas letras A, B, C, D, etc.

Gulino não nos diz por que a abordagem da sequência


à escrita terminou, mas ele nos diz por que acredita
que ela deva ser recuperada. “…o seqüenciamento
ajuda os escritores a criarem mecanismos dinâmicos e
dramáticos que impulsionem as suas histórias para
frente. E, ao contrário de outras abordagens populares
de roteirismo, o método da sequência se concentra no
modo como o público irá sentir a história e no que o
escritor pode fazer para tornar aquela história melhor.”

Qualquer método de roteirismo que torne a tarefa do


escritor mais fácil e que concentre-se na experiência do
público, vale a pena ser examinado.

OITO SEQUÊNCIAS

Um típico filme de duas horas, Gulino nos diz, é


composto por oito sequências – duas no primeiro ato,
quatro no segundo e duas no terceiro. Cada sequência
é um curta-metragem que espelha a estrutura de um
filme completo.

Mas enquanto os filmes completos têm conflitos e


problemas que são resolvidos no final, as seqüências
têm conflitos e problemas que são apenas parcialmente
resolvidos. Porque são apenas parcialmente resolvidos,
eles prendem a atenção do leitor e do telespectador.

De acordo com a E. M. Forster, uma história “…tem


apenas um mérito: o de fazer o público querer saber o
que acontece em seguida. E, do mesmo modo, ela
pode ter apenas um defeito: o de fazer o público não
querer saber o que acontece em seguida.” (Aspectos
do Romance, 1917)
FERRAMENTAS DE ANTECIPAÇÃO

Gulino não nos diz apenas para manter a platéia


envolvida. Ele nos mostra como isso é feito com quatro
ferramentas. Elas são, em ordem crescente de
importância, a telegrafia (e a telegrafia reversa), a
causa pendente, a ironia dramática e a tensão
dramática (particularmente perseguições e fugas).

Outras ferramentas são discutidas durante a sua


análise de onze roteiros.

O método de Gulino torna mais fácil escrever roteiros.


Em vez de encarar uma folha de papel em branco
perguntando-se como preenchê-la 120 vezes, um
roteirista tem apenas que criar um mini-filme de 10 a
15 minutos para estar no rumo em direção a um
roteiro completo.

QUESTÕES REMANESCENTES

O livro é uma excelente introdução à arte do


seqüenciamento, mas não responde a todas as
perguntas. Por que o seqüenciamento perdeu a sua
popularidade, por exemplo. Será que o “Roteiro” de
Syd Field, com seus três atos e múltiplos pontos de
virada expulsou a arte do seqüenciamento? O
seqüenciamento foi visto como um dispositivo que
dividia um filme, ao invés de enfatizar o seu todo? E
por que, se o seqüenciamento é um instrumento tão
bom, os roteiristas tentam esconder esta estrutura?
Muito poucos filmes utilizam títulos de capítulos, mas
eu acho esses títulos bastante satisfatórios. Golpe de
Mestre (The Sting, 1973), Uma Janela Para o Amor (A
Room with a View, 1986) e, mais recentemente, 500
Dias Com Ela (500 Days of Summer, 20) usam títulos
de capítulos para identificar as seqüências. Em 500
Dias Com Ela esta técnica foi essencial, pois o filme
salta para frente e para trás no tempo e sem os títulos
dos capítulos o público não saberia o estado atual do
relacionamento de Tom e Summer.

SEQÜENCIANDO O DVD

Isso me leva a outra vantagem do seqüenciamento –


uma esquecida por Gulino. A maioria das pessoas não
vê os filmes nos cinemas. Elas os vêem na privacidade
de suas próprias casas, com a vantagem dos controles
remotos que permitem que o espectador pause, volte e
avance. A maioria dos espectadores programam as
suas pausas de comida, bebida e banheiro de forma
que coincidam com o fim de uma seqüência, e o
roteirista que tem isso em mente vai produzir uma
experiência visual mais confortável.

É interessante notar que a divisão dos filmes de 100


anos atrás era ditada pelo tamanho da bobina, mas
agora ela é ditada pela fraqueza da bexiga. Isso é
progresso.

DURAÇÃO DA SEQUÊNCIA
Enquanto Gulino sugere que as seqüências têm
geralmente de 10 a 15 minutos, ultimamente têm
havido uma tendência em direção a seqüências muito
mais curtas.

Diretores que começaram suas carreiras com clipes da


MTV muitas vezes se iludem acreditando que podem
criar um filme de longa-metragem. O resultado tem
sido uma série de filmes com cenas e seqüências muito
curtas, tal como O Ultimato Bourne (The Bourne
Ultimatum, 2007). Na minha opinião, a maioria destes
filmes são insatisfatórios. Eles não permitem que o
público seja atraído para a história.

O público está preparado para suspender a descrença


até certa medida, mas as súbitas e repetidas mudanças
de personagem e de locação são chocantes e servem
para lembrar ao público que ele está apenas assistindo
a um filme.

ONZE ANÁLISES

Gulino ilustra seus argumentos com a análise de onze


roteiros. Ao contrário de muitos escritores, ele não
escolheu filmes que se encaixassem exatamente em
sua tese. Cinco de seus exemplos não têm a estrutura
de oito seqüências sugerida: Lawrence da Arábia (16),
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (12), Intriga
Internacional e Um Estranho no Ninho (9) e A Primeira
Noite de Um Homem (7). Um que de fato se encaixa é
o Força Aérea Um, escrito por Andrew Marlowe, que
estudou com Frank Daniel, um fervoroso defensor de
seqüenciamento e mentor de Gulino.

Os exemplos ilustram o drama subjacente de cada


sequênciae a relação com o drama do filme como um
todo. Notei que um blogueiro criticou o Gulino por
oferecer apenas 19 páginas de teoria, e 205 páginas de
exemplos, mas ele obviamente deixou passar as
pérolas de sabedoria que residem em cada um dos
exemplos.

CONCLUSÃO

Screenwriting: The Sequence Approach é um dos


melhores livros disponíveis sobre estrutura roteiro. Ele
simplifica o processo de escrita e enfatiza o drama
subjacente de cada sequênciae a sua relação com o
roteiro como um todo. É uma leitura essencial para
roteiristas, tanto novatos quanto experientes. 

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