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גֹ אֵ ל גֹ אֵ ל
Pr. A. Carlos G. Bentes
DOUTOR EM TEOLOGIA
PhD em Teologia Sistemática
American Pontifical Catholic University (EUA)
DIAIRESIOLOGIA
A DOUTRINA DAS DIVERSIDADES
DONS, MINISTÉRIOS E OPERAÇÕES
CONTEÚDO
I. DIVERSIDADE DE DONS 8
IDÉAS ERRONEAS ACERCA DOS DONS 9
O FALAR EM LÍNGUAS NA HISTÓRIA 27
Cessacionismo e o Falar em línguas 31
BIBLIOGRAFIA 67
OPERAÇÕES
OPERAÇÕES
DONS DONS
DONS
MINISTERIAIS
ESPIRITUAIS MINISTERIAIS
A unidade dos dons espirituais está na Pessoa do Espírito Santo, pois os dons,
que são diversos, pertencem a ele, e a diversidade está nos membros do Corpo (Igreja)
de Cristo. Nós os membros deste Corpo somos os canais por onde a Manifestação
(fanerosis - φανέρωσις) flui. A corrente elétrica flui através dos fios, flui através do
filamento ou dos gases de uma lâmpada e então acontece uma manifestação – a luz. Da
1 SPROUL, R. C. Filosofia Para Iniciantes. São Paulo: Editora Vida Nova, 2002, p. 16.
2 SPROUL, R. C. Ministério do Espírito Santo. 1ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 157.
3 http://en.wikipedia.org/wiki/Kurio.
Também podemos adicionar: com que propósito este dom é usado? Pode ser o
conhecimento dos pensamentos dos corações. Ex: Lc 5.22; 6.8; 7.36-50; Mt 3.7-12; 1
Rs 21.17-20; Jo 11.11-14; At 11.27-30; 9.10-18; 10.1-9; 1 Rs 6.9; 2 Rs 5.20-27; At 5.1-
10.
Lembrete: o fato de que algo seja revelado não significa, que ele deva ser
proferido imediatamente, ou até mesmo mais tarde. Uma palavra de conhecimento,
muitas vezes, vem inesperadamente, e tem freqüentemente, o propósito de nos levar à
oração com relação ao que Deus nos mostra. Ela pode envolver uma necessidade na
vida de um parente, de algum crente, ou de uma igreja local.
“A Palavra do Conhecimento” pode ser recebida através de uma revelação
silenciosa e a pessoa que recebeu esta manifestação deve pedir a Deus que lhe mostre o
que fazer com ela.
A palavra do conhecimento também pode ser usada para revelar doenças ou
possessão demoníaca (At 16.16-18).
11. O DOM DA FÉ. É o maior dos três dons de poder. É um dom do Espírito
para o crente, para que este possa realizar milagres. Quando se opera o Dom da Fé, é a
Fé concedida por Deus que funciona através dos homens (At 3.16).
Definição: Fé é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe
conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões em que só um milagre
glorioso poderia alterar a situação; confiar quando tudo está aparentemente perdido;
confiar quando não há a mínima esperança de uma solução.
TIPOS DE FÉ SOBRENATURAL:
1ª) Fé Salvadora. Esta é aquela resposta de Fé inicial a Deus, a qual nos
introduz no reino de Deus. Ela é a habilitação de Deus a uma pessoa para que esta o
Aceite e creia Nele (Jo 1.12; Gl 2.8,9; At 16.31; Rm 10.8-17; 12.3; Hb 11.1,6). O
veículo de Deus para nos salvar foi a Graça; nosso veículo em aceitá-la é a Fé ou uma
resposta de receptividade à sua Graça.
A. Carlos G. Bentes Página 17 18/2/2017
2ª) Fé como Fruto do Espírito Santo. Esta é a Fé gradativa, cada vez que
crescemos na Graça e no Conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Fé como
qualquer árvore cresce (Gl 5.22).
3ª) O Dom da Fé. É a habilidade dada por Deus de se crer Nele para o
impossível numa determinada situação. Ele não é tanto a Fé geral que crê em Deus para
suprir as nossas necessidades, etc, mas ele vai um passo além, onde “simplesmente
sabemos” que uma determinada coisa é a vontade de Deus e que vai acontecer.
Caio Fábio define este dom dizendo: É a possibilidade de discernir os propósitos
de Deus para o futuro, mesmo que as coisas se desencadeiem em condições
desfavoráveis no presente. Os que possuem tal dom são responsáveis por ver além da
nuvem (1 Co 12.9; Mc 11.22,23). Exemplos: Mt 8.1-3; 11.11-14,23-43; Jo 9.1-7; Mc
1.31; At 3.1-7; 5.1-10; 16.16-18; 20.7-12; 27.21-25; 1 Rs 17.1,14; 2 Rs 1.10-14; 2.23-
24; 3.16-20; 6.18; Nm 27.18; Dt 34.9; Js 10.12-14; At 13.8-11; 14.8-10.
Kenneth E. Hagin dá seis manifestações para o Dom da Fé:
1ª) O Dom da fé para Bênçãos Sobrenaturais. Os patriarcas impunham as mãos
sobre os filhos e ordenavam bênçãos sobre os filhos e muitas vezes estas bênçãos se
realizavam anos depois. Vemos isto nas vidas de Abrão, de Isaque, e de José.
2ª) O Dom da Fé para a Proteção Pessoal (Dn 6.16,17,19-23).
3ª) O Dom da Fé para Sustento Sobrenatural (1 Rs 17.2-6).
4ª) O Dom da Fé para Ressuscitar os Mortos. Segundo relata Albert Hibbert o
grande evangelista Smith Wigglesworth ressuscitou 14 pessoas durante o seu
ministério. Para a ressurreição de mortos os três dons de poder entram em ação. O Dom
da Fé, o dom Operações de Milagres e os Dons de Curar.
5ª) O Dom da Fé para a Expulsão de Demônios (Mc 16.17). Na operação deste
dom para expulsão de demônios muitas vezes outros dons entram em ação como os
dons de Discernir os espíritos e a Palavra do Conhecimento. (At 16.16-18).
6ª) O Dom da Fé para ministrar o Espírito Santo (Gl 3.5). Esse dom da Fé entra
em operação na imposição das mãos para as pessoas receberem o Batismo no Espírito
Santo (At 9.17,18; 8.15-19; 19.6).
5 Ibid.
6 JETER, Huhg. Pelas Suas Pisaduras. Editora Vida, 1980, p. 72.
7 Ibid. p. 72.
Cremos que a Grande Comissão é ainda obrigação dos cristãos atuais. Se a ordem
está em vigor, o poder para cumprir a ordem ainda deve estar disponível. O Espírito
Santo foi enviado para estar conosco sempre. Por certo seus dons de poder serão
sempre concedidos aos que sinceramente confiam nele para obter essas capacitações
divinas. Os dons do Espírito são desejáveis para um ministério efetivo aos enfermos. 9
Os milagres internos: Ef 1.17-19; 3.16-20; Fp 3.10; Cl 1.11.
Os milagres externos: At 1.8;3.12; 4.7; 4.33; 6.8; 8.10; Mc 16.17-20; João 14.12-
20.
Alguns Milagres do Velho Testamento:
1. A divisão do mar vermelho (Ex 14.21-31).
2. A parada do Sol e da Lua (Js 10.12-14).
3. A farinha e o óleo não esgotaram (1 Rs 17.8-16).
4. A descida de fogo no monte Carmelo (1 Rs 18.17-39).
5. O regresso de 10 graus no relógio do sol (2 Rs 20.8-11).
6. A divisão das águas do rio Jordão (2 Rs 2.9-14).
8 Ibid. p.73.
9 Ibid. p.73.
Muitas curas parecem ser miraculosas. Qual a diferença, se houver alguma, entre
os dons de curar e o dom de operações de milagres? Já observamos que alguns milagres
nada têm que ver com a cura física. Há os crêem que os milagres devem ser
instantâneos embora a cura (mesmo a divina) pudesse tomar tempo para sua
completação.
OS DONS VERBAIS
PROFECIA (PROFETÉIA - προφητεία). A palavra hebraica “NABA”
significa fluir. Ela está definitivamente relacionada à
expressão “fonte” ou “nascente de água”, de maneira que a declaração profética
possa ser descrita como um jorrar. outra palavra para profecia é “deixar cair”,
palavra geralmente associada com chuva o orvalho. É um pronunciamento
sobrenatural num idioma conhecido. A profecia é o mais importante dos dons verbais
(1 Co 14.5). A palavra hebraica que é traduzida “profetizar” significa “sair fluindo” e
transmite o pensamento de “borbulhar como uma fonte, gotejar, jorrar”. A palavra
grega - profeteia significa “falar em prol de alguém”. Significa falar em nome de Deus,
ou ser Seu porta-voz (Ex 7.1). A profecia é a própria voz de Cristo falando a Igreja.
Assim como oramos por alguém e é Deus quem cura, assim também quando alguém
inspirado, movido pelo Espírito Santo profetiza, não é o elemento humano quem está
falando pelo seu intelecto, mas é o Espírito Santo fornecendo-lhes as palavras.
11
http://www.igrejadafeapostolica.com/as-lnguas-estranhas-na-historia
A afirmação da soberania de Deus significa isto: se Deus quiser fazer uma pessoa
falar num idioma que ela nunca aprendeu, ele pode e fará. É simples assim. Se ele faz
isso ou não é uma coisa, mas não deveria haver dúvida que é possível, mesmo hoje.
12
http://www.vincentcheung.com/2009/03/09/cessationism-and-rebellion/.
Jesus diz: “Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que
dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino
dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado
grande no Reino dos céus” (Mateus 5.19). Deus me ordena: “Não matarás”. Se você
deseja promover uma doutrina que requeira de mim (Vicent Cheung) mudar isso para,
“sempre matarás”, então antes de eu ir para a matança, irei demandar que você produza
um mandamento bíblico direto que substitua o primeiro, ou um argumento bíblico
apoiando o novo mandamento ou obrigação que seja claro e perfeito, sem qualquer
possibilidade de erro ou lugar para crítica. Se eu percebo sequer a mínima falha ou
fraqueza, irei permanecer com o que é claro e direto, isto é, “não matarás”.
Você pode dizer: “Tudo bem dizer que não devemos proibir falar em línguas,
mas devemos proibir a falsificação”. Como isso é relevante neste ponto? Se na tentativa
de se opor à falsificação, você se opõe a todas as alegações de falar em línguas como
uma questão de princípio, então você volta a desafiar o mandamento de Paulo
novamente. Se você admite que não devemos proibir falar em línguas, mas devemos
Então, no curso do sermão, ele ofereceu cinco princípios que tinha derivado: A
igreja primitiva tinha 1) Uma mensagem transcendente, 2) Uma congregação
regenerada, 3) Uma perseverança resoluta, 4) Uma pureza evidente, e 5) Uma liderança
qualificada. Contudo, qualquer expositor honesto deveria ter adicionado, 6) Um
ministério de falar em línguas, curar coxos, ressuscitar mortos, expelir demônios,
destruir mentirosos, romper prisões, sacudir casas, amaldiçoar feiticeiros, ter visões,
predizer o futuro e realizar milagres. Todas essas coisas são registradas no Livro de
Atos, não são?
Eu vou lhe dizer qual é o padrão no Livro de Atos – é o padrão de não permitir
que a desonestidade e o preconceito obscureçam os ensinos claros da palavra de Deus.
Se nos forçássemos a ser caridosos sem justificação, poderíamos dizer que MacArthur
evitou a questão para economizar tempo de mencionar algo no qual ele não crê. Mas ele
violou, no mínimo superficialmente, seu próprio padrão de pregar a Palavra de Deus
como ela está escrita. É muito difícil, se não impossível, excusar alguém de mencionar
os milagres quando ele mesmo, com tanto zelo e indignação, repreende a igreja por
falhar em seguir o padrão no Livro de Atos.
Jesus disse que receberíamos poder quando o Espírito Santo viesse sobre nós.
Assim, onde está o poder? Você que não acredita na continuação dos dons
sobrenaturais: Você diz que tem o Espírito, que todos os crentes têm o Espírito, mas
onde está o poder? Seu hipócrita – você finge ter isso redefinindo o conceito. E você
que crê na continuação dos dons sobrenaturais: Você alega ter o Espírito, mas onde está
o poder? Seu hipócrita – você insulta o Espírito implementando um padrão baixo, de
forma que as falsidades e os excessos são numerados juntamente com o que é genuíno,
se é que há manifestações de fato genuínas entre vocês. Quando Elias desafiou os falsos
profetas, ele não tornou isso fácil para si mesmo ou para o Senhor. Ele não derramou
gasolina nos sacrifícios, mas derramou muita água. Ele era da opinião que se Deus não
fizesse isso, então que não fosse feito, mas se Deus fizesse, então que não houvesse
dúvida que foi um milagre do Senhor, e não dos esquemas e artimanhas dos homens.
Vocês dizem que têm o Espírito, mas quando os discípulos foram cheios com o
Espírito no Livro de Atos, houve tamanhas manifestações de poder que fizeram os
incrédulos tremer. Onde está o poder? É verdade que uma demonstração de poder
divino nem sempre equivale a milagres, mas existe alguma manifestação de poder entre
vocês? Qualquer uma que seja? Onde está a autoridade divina em sua pregação? Onde
está a sabedoria divina em seu conselho? Onde está a ousadia divina em suas ações?
Você tem seus métodos expositivos, seus diplomas de seminário, seus ensaios de
ordenação, e os livros deste ou daquele teólogo em sua biblioteca. Mas você não tem o
poder.
A alma e o corpo, sem o auxílio, não estão equipados com as faculdades que
possibilitam uma completa expressão do espírito humano. O espírito recém nascido
comunica-se com o Senhor através da língua (linguagem) recém nascida.
A linguagem que a nossa alma conhece e os pensamentos que a nossa mente
pensa colocam grandes restrições na livre expressão do nosso espírito. O nosso espírito,
com o Espírito Santo nele habitando, transcende a alma e sempre requer um outro meio
de expressão, além daquele que a alma proporciona. É por isto que é de grande valor
que não limitemos as nossas orações e a nossa adoração ao que a mente compreende. É
uma vantagem ao invés de desvantagem que não saibamos o que estamos dizendo. Isto
faz com que as nossas capacidades mentais que são limitadas sejam ignoradas e nos
lança na esfera ilimitada do Espírito de Deus.
O orar-se em línguas é uma grande chave para o crente em seu caminhar no
Espírito. Este era um dos grandes segredos de Paulo (1 Co 14.18). Enquanto o nosso
espírito não estiver fluindo na oração, a nossa vida de oração não está nem “a meio
caminho andado”. Temos que aprender a nos entregar e a orar no Espírito para que
tenhamos uma vida de oração eficaz e alegre.
Através de nossa perseverança em, profundamente, usarmos as línguas em nossas
vidas privadas, o Espírito Santo, continuamente transmite poder e energia a todo o
nosso ser. Através desta avenida, Deus pode dar-nos revelações e um estímulo às
nossas mentes, permear todo o nosso sistema emocional com o Seu Espírito, além de,
Não é exatamente correto que digamos que o Espírito Santo fala em línguas. Ele
nos estimula e nós falamos em língua. Contudo, numa forma geral é apropriado que
digamos que o Espírito está falando através de nós. Este princípio é ilustrado nestas
duas referências:
At 13.2: “... disse o Espírito Santo...” (provavelmente através de um dos profetas
presentes).
1 Tm 4.1: “O Espírito afirma expressamente...” (contudo foi através de Paulo que
a mensagem veio na verdade).
CONSCIENTE
SUBCONSCIENTE
14ESTRADA, Juan Antonio. Para Compreender Como Surgiu a Igreja. 1ª ed. São Paulo: Editora Paulinas, 2005, p.
322-324.
17 MORENO, José. O Caminho do Peregrino. 1ª ed. Belo Horizonte, MG: www.anglicanalivre.org,br, 2006, p. 57,58.
administração.
21
MORENO, José . Op. Cit., p. 59,60.
DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS
IGREJA
OS DONS
MINISTERIAIS
OS 12 APÓSTOLOS
JESUS
22ESTRADA, Juan Antonio. Para Compreender Como Surgiu a Igreja. 1ª ed. São Paulo: Editora Paulinas, 2005, p.
313-314.
23 GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 1ª ed. São Paulo: Editora Vida Nova, 1999, p. 760—764.
Muitos supõem que o profeta não faz nada a não ser profetizar. Mas o principal
ministério do profeta é PREGAR e ENSINAR a Palavra de Deus.
João Batista era um grande profeta, todavia não há nenhum registro de nenhuma
profecia a não ser que após ele viria o Messias. Mas João pregou a mensagem do
Reino.
Aconselho os irmãos a lerem os livros: “Compreendendo a UNÇÃO”; “ELE
concedeu Dons aos Homens”; “Os Dons do Ministério” de Kenneth Hagin.
Um pequeno exemplo: “Um dia na congregação da Assembleia de Deus em
Manaus no bairro chamado São Jorge, estava pregando uma mensagem e no meio
desta, uma jovem entrou no templo, e neste momento me veio uma palavra de
conhecimento - O Espírito Santo revelou-me que aquela moça pretendia dar fim a sua
vida. Passei então a narrar para aquela igreja local e para aquela jovem o que me vinha
ao meu espírito; ela veio chorando a frente e confirmou tudo aquilo que o Senhor
estava revelando.