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IMUNIDADE NO NASCIMENTO
• As crianças nascem sem sistema imune completamente desenvolvido assim sofrem de doenças
infecciosas quando jovens, isso ocorre porque o sist. Imune leva tempo para construir uma
resposta intensa a grande variedade de germes encontrados
ANTÍGENOS X ANTICORPOS
• Anticorpo: proteína do soro formada em resposta à imunização, que se liga especificamente ao
antígeno imunizante.
• Antígeno: qualquer material estranho que se liga especificamente a anticorpos para serem
destruídos
Imunidade Inata
• Imunidade inata = natural ou nativa
– Defesa presente em indivíduos saudáveis, desde o nascimento e preparada para bloquear a
entrada de micróbios e eliminar micróbios que têm sucesso entrando em tecidos. EXISTEM
ANTES DA INFECÇÃO
• Imunidade adaptável = específica ou adquirida
– Defesa estimulada por micróbios que invadem tecidos, i.e., adapta à presença de invasores
microbianos. DEPOIS DA INFECÇÃO
IMUNIDADE ADQUIRIDA
• Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos
agentes infecciosos
• Aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um micróbio
particular
• Esta forma de imunidade desenvolve-se como uma resposta a infecção e se adapta a ela
• Características:
• a grande especificidade para as distintas macromoléculas
• capacidade de "lembrar" (memória) e responder mais vigorosamente as repetidas exposições
ao mesmo micróbio
• É mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos
B.
• Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos microbianos, neutralizam a
infecciosidade dos micróbios e marcam os micróbios para a eliminação pelos vários
mecanismos efetores.
• É o principal mecanismo de defesa contra os micróbios extracelulares e suas toxinas.
• Especificidade
• Discriminação entre o próprio e o não-próprio
• Memória
Especificidade
• O SI potencial p/ distinguir um bilhão de ag diferentes ou porções.
– Exposição anterior para um antígeno não modifica a resposta para outro.
• Especificidade = especificidade de linfócito = “repertório de linfócitos”.
Memória
Propriedade compartilhada com o Sistema Nervoso, é a capacidade de recordar um contato
prévio com uma molécula e responder a este novo contato de forma mais rápida e ampla.
Imunidade Adquirida
Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos agentes
infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a
um micróbio particular. Pelo fato de que esta forma de imunidade desenvolve-se como uma
resposta a infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida.
Existem dois tipos de respostas imunes adquiridas, designadas imunidade humoral e imunidade
mediada por células,
Imunidade humoral é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são
produzidos pelos linfócitos B.
Abaixo um esquema de como interagem citocinas e fatores de crescimento para a formaçao das
células sanguíneas:
O Sistema Imunológico
Os historiadores indicam Thucidides, em Atenas, durante o quinto século antes de Cristo, como
o primeiro a relacionar a imunidade a uma infecção, que ele chamou de “peste” (mas que
provavelmente não era a peste bubônica que conhecemos atualmente). O conceito de imunidade
pode ter existido a muito mais tempo, conforme sugere o antigo hábito chinês de tornar as
crianças resistentes à varíola fazendo-as inalar pós obtidos de lesões cutâneas provenientes de
pacientes em recuperação dessa doença.
Com base nessa observação, ele injetou o material de uma pústula de varíolas no braço de um
menino de 8 anos. Quando, mais tarde esse menino foi intencionalmente inoculado com varíola,
a doença não se desenvolveu. O tratado de Jenner sobre vacinação (do latim vaccinus, das
vacas) foi publicado em 1798.
Este levou a aceitação generalizada desse método para induzir imunidade contra doenças
infecciosas, e a vacinação persiste como método mais eficaz para evitar infecções.
Desde 1960 tem havido notável transformação do nosso conhecimento sobre o sistema imune e
suas funções. Os avanços nas técnicas de culturas de células (incluindo a produção de
anticorpos monoclais), na imunoquímica, na metodologia de DNA recombinante, na
cristalografia de raio x , e na criação de animais geneticamente alterados ( especialmente o
camundongo transgênico e o nocaute) promoveram a imunologia de uma ciência em grande
parte descritiva para outra, na qual os diversos fenômenos imunes podem ser explicados em
termos estruturais e bioquímicos.
Consiste de mecanismos que existem antes da infecção, que são capazes de rápidas respostas
aos micróbios e que reagem essencialmente do mesmo modo às infecções repetidas.
Imunidade Adquirida
Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos agentes
infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a
um micróbio particular. Pelo fato de que esta forma de imunidade desenvolve-se como uma
resposta a infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida.
Existem dois tipos de respostas imunes adquiridas, designadas imunidade humoral e imunidade
mediada por células,
Imunidade humoral é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são
produzidos pelos linfócitos B.
NEUTRÓFILOS
Os neutrófilos ou polimorfonucleares têm núcleos formados por dois a cinco lóbulos (mais
freqüentemente, três lobulos) ligados entre si por finas pontes de cromatina. Constituem
importante defesa celular contra a invasão de microorganismos. Os neutrófilos no sangue
circulante são esféricos e não fagocitam, mas se tornam amebóides e fagocitários tão logo
toquem um substrato sólido sobre o qual possam emitir seus pseudópodos.
A bactéria invasora é rodeada por pseudópodos, que se fundem em torno dela. Assim, a bactéria
finalmente ocupa um vacúolo (fagossomo) delimitado por uma membrana derivada da
superfície do neutrófilo. Logo a seguir, os grânulos específicos situados nas proximidades
fundem suas membranas com a dos fagossomos e esvaziam seu conteúdo no interior destes. Em
seguida os grânulos azurófilos (lisossomos) descarregam suas enzimas no fagossomo, onde tem
lugar a morte e digestão dos microorganismos. Bombas de prótons localizadas na membrana do
fagossomo acidificam o interior deste vacúolo. O pH ácido pode matar bactérias e constitui
ambiente adequado à atividade das hidrolases dos lissomos.
EOSINÓFILOS
Os eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas 2-3% do
total de leucócitos. Seu núcleo, em geral, é bilobulado. O citoplasma do eosinófilos é quase
inteiramente ocupado por grânulos específicos. O retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o
aparelho de Golgi são pouco desenvolvidos.
Essas células fagocitam e eliminam complexos de antígenos com anticorpo que aparecem em
casos de alergia, como a asma brônquica. Observou-se experimentalmente que o eosinófilo não
fagocita antígeno (soroalbumina bovina) nem seu anticorpo (gamaglobulina específica)
isoladamente. Todavia, o eosinófilo fagocita o complexo desse antígeno com seu anticorpo.
Esses granulócitos são atraídos para as áreas de inflamação alérgica pela histamina, produzida
principalmente por basófilos e mastócitos. Há evidências de que os eosinófilos produzam
moléculas que inativem leucotrienos e histamina, assim modulando a inflamação.
BASÓFILOS
Os basófilos têm núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular. A membrana plasmática
dos basófilos, como a dos mastócitos, possui receptores para a imunoglobulina E (IgE). Eles
liberam seus grânulos para o meio extracelular, sob a ação dos mesmos estímulos que
promovem a expulsão dos grânulos dos mastócitos. No entanto, apesar das semelhanças,
basófilos e mastócitos não são aspectos diferentes do mesmo tipo celular, pois se originam de
precursores diferentes.
LINFÓCITO T
Os linfócitos T são células que tem diversas funções no organismo, e todas são de extrema
importância para o sistema imune. O nome linfócito T derivada das células serem dependentes
do timo para o seu desenvolvimento, sendo então o T de Timo-dependentes.
O linfócito T-helper possui receptor CD4 na superfície, que tem a função de reconhecer
macrófagos ativados. É o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais
importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para diversos leucócitos para
realizar a guerra imunológica contra o agente agressor. O linfócito T-helper é a célula que
interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.A IL-1 estimula a
expansão clonal de linfócito T-helper monoclonais que vão secretar diversas interleucinas,
sendo portanto, dividido em LT helper 1 e LT helper 2. Esses subtipos de LT helper secretam
interleucinas distintas, cada uma com uma função específica.
Linfócitos T supressores são linfócitos que tem a função de modular a resposta imune através
da inibição da mesma. Ainda não se conhece muito a respeito desta célula, mas sabe-se que ele
age através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles no
organismo numa reação imune. Sabe-se que o linfócito T-helper ativa o linfócito T-supressor
que vai controlar a atividade destes linfócito T- helpers, impedindo que eles exerçam sua
atividades excessivamente. Os linfócitos T-supressores também participam da chamada
tolerância imunológica, que é o mecanismo por qual o sistema imune usa para impedir que os
leucócitos ataquem as próprias células do organismo. Portanto se houver deficiência na
produção ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um ataque auto-imune ao
organismo.
O linfócito T de memória apresenta receptores TCR, e é uma célula preparada para responder
mais rapidamente e com maior intensidade, diante de nova exposição ao mesmo antígeno.
LINFÓCITOS B
Os linfócitos B são células que fazem parte de 5 a 15% dos linfócitos circulantes, se originam
na medula óssea e se desenvolvem nos órgãos linfóides. O nome linfócito B é devido a sua
origem na cloaca das aves na Bursa de Fabricius.
São células de núcleo grande e que possuem o retículo endoplasmático rugoso e o complexo de
Golgi extremamente desenvolvidos em seu citoplasma, e especialistas em síntese de
gamaglobulinas quando ativadas. Porém em repouso, estas organelas não estão desenvolvidas.
CÉLULAS NK
Os linfócitos NK (Natural Killer) são células matadoras naturais, ou células assassinas e fazem
parte de 10-15% dos linfócitos do sangue. Elas lisam (destroem) a células tumorais (estranhas)
ou infectadas por vírus sem que estas expressem algum antígeno ativador da resposta imune
específica. Este tipo de resposta é chamada de resposta imune inespecífica, pois não há
reconhecimento de epítopos e nem formação de células monoclonais específicas ou qualquer
memória imunológica (que é sempre específica).
Estas células costumam expressar receptores CD de superfície, não existindo nenhum marcador
específico para os NK. O marcador mais encontrado e usado atualmente para detectá-los é o
CD16 ou o CD56.
As células NK também lisam células cobertas por IgG. Essa função é denominada de
citotoxidade celular dependente de anticorpo.
MACRÓFAGOS
Os macrófagos são células de altíssimo poder fagocitário.O interferon gama produzido por
linfócitos T helper estimula a fusão dos lisossomas com o fagossoma para que haja a digestão
intracelular. Estes fagócitos possuem diversas enzimas hidrolíticas em seus lisossomas. Não
possuem a mieloperoxidase, mas mata bactérias por liberação de radicais derivados do oxigênio,
como o superóxido, radical hidroxila e o peróxido de hidrogênio (H2O2). Estes vão oxidar a
membrana da célula da bactéria e formar pontes dissulfeto entre os aminoácidos cisteína de
diversas proteínas estruturais da bactéria, o que leva a morte da mesma.
Apresentador de antígenos
Os macrófagos são células que vão fagocitar a antígeno e digerí-lo no fagolisossoma. Porém os
seus epítopos são levados até a superfície da célula e apresentado ao linfócito T ou ao linfócito
B. Ao mesmo tempo ele sintetiza o MHC-classe II (MHC é um antígeno produzido pela célula,
originado em genes chamados de HLA-D) que se combinará com o linfócito T. Este irá
estimular todo o sistema imune do organismo e “convocar” as células para o ataque.
Limpador
Os macrófagos são células que chegam para fazer a limpeza de um tecido que necrosou, ou que
inflamou. Eles fagocitam restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo que se
formou numa fratura, tecido de cicatrização exuberante etc. Após esta limpeza, os fibroblastos
ativos (no caso de uma necrose) vão ao local e preenchem o espaço com colágeno.
Produtor de interleucinas
O macrófago é o principal produtor da interleucina I (IL-1). Ele produz a IL-1 quando fagocita
organismos invasores (micróbios), que dá o alarme para o sistema imune. Esta citocina estimula
linfócitos T helper até o local da infecção, onde serão apresentados aos epítopos nos
macrófagos. Além disso a IL-1 estimula a expansão clonal dos linfócito T-helper e dos
linfócitos B específicos contra os epítopos (são moléculas específicas dos antígeno que é capaz
de criar uma população de células específica para combatê-lo)
A IL-1 é responsável pela febre nas infecções e inflamações que ocorrem no corpo. Ela vai ao
hipotálamo e estimula a produção de prostaglandinas, que ativam o sistema de elevação da
temperatura. A IL-1 também aumenta a produção de prostaglandinas pelos leucócitos , que vai
contribuir para a inflamação e dor. Além disso a IL-1 estimula a síntese de proteínas de adesão
leucocitária nos endotélios (como a ICAM-1) e facilita a adesão dos leucócitos para realizar a
diapedese.
Os macráfagos são resposáveis pelo sistema monocítico fagocitário (SMF), pois vem da
maturação dos monócitos que chegam pelo sangue. Existem células que são morfologicamente
diferentes dos macrófagos, mas tem a mesma função, e provém dos monócitos da mesma forma,
sendo, então parte do SMF.
São eles:
Micróglia - SNC
CÉLULAS DENDRÍTICAS
Estas células se originam de precursores provenientes da medula óssea, sendo possível que
derivem dos monócitos. Elas estão presentes em muitos órgãos, são abundantes nos órgãos
linfóides nos locais ricos em linfócitos T e, na pele recebem o nome de células de Langerhans.
São consideradas células imunoestimuladoras pois, além de apresentarem os antígenos às
células T, elas são capazes de estimular células T que ainda não entraram em contato com
qualquer antígeno (células T- naïve).
Células dendríticas são levadas pelo sangue para muitos órgãos não linfáticos, onde elas se
alojam, ainda numa forma imatura. Essas células dendríticas imaturas se caracterizam por sua
grande capacidade de capturar e processar antígenos, porém têm pequena capacidade para
estimular células T. A inflamação induz a maturação das células dendríticas que, então, migram
pelo sangue ou pela linfa, indo para os órgãos linfáticos periférico.
MASTÓCITOS
Esta célula não tem significado no sangue, sendo uma célula própria do tecido conjuntivo. Ela
participa de reações alérgicas (de hipersensibilidade), na qual chama os leucócitos até o local e
cria uma vasodilatação.
MONÓCITOS
1-Idealmente dentro das primeiras 12 horas de vida, ou, pelo menos, antes da alta.
Crianças de 12 a 23 meses que não completaram o esquema de 3 doses ou que não se vacinaram
no primeiro ano de vida deverão fazer apenas uma (1) dose contra Haemophilus influenzae tipo
b.
Crianças de 12 a 23 meses com esquema completo de 3 doses no primeiro ano de vida não
precisam de reforço.
3-Nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins, Mato Grosso e Maranhão), Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal,
vacinam-se os menores de 15 anos. No restante do país, vacinam-se os menores de 2 anos. Em
todo o território nacional, vacinam-se os grupos de risco, com a 1ª dose em qualquer idade, a 2ª
e a 3ª dose, respectivamente, após 30 e 180 dias da 1ª dose.
4-Toda a população deve ser vacinada, brasileiros e estrangeiros, especialmente aqueles que
residem e/ou viajam para as áreas consideradas de risco. No Brasil: Amazônia Legal
(Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Pará, Maranhão e Mato Grosso),
Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal; no exterior (Ver Regimento Sanitário
Internacional/OMS). A vacina é administrada em dose única, conferindo proteção após 10 dias.
Requer revacinação a cada 10 anos. Em casos de situações epidemiológicas críticas (ex.:
surtos), o Mato Grosso do Sul preconiza a antecipação da idade mínima de vacinação para 6
meses de idade.
A criança que chega aos 12 meses sem a vacina contra o sarampo, deve receber a partir dessa
idade, preferentemente, a tríplice viral. Em não havendo disponibilidade, administrar dose única
contra sarampo.
6-Preferencialmente aos 10 anos, podendo ser antecipada para os 6 anos, por motivos
operacionais.
7-A dupla do tipo adulto (dT), contra difteria e tétano, deve ser aplicada dez anos depois da
última dose da tríplice (DPT). Em caso de gravidez, ou ferimentos de alto risco para tétano (Ver
Tratamento Profilático contra o tétano acidental), deve-se aplicar dose de reforço se decorridos
5 anos ou mais da última dose.
8-Dispensável caso já tenha recebido a vacina contra rubéola (tríplice viral, dupla viral ou a
vacina monovalente).
Dr Gene Mayer
I. VISÃO GERAL
A. Patógenos extra-celulares
Anticorpos são a defesa primária contra patógenos extra-celulares e eles funcionam de
três maneiras principais:
B. Patógenos intracelulares
Como anticorpos não penetram nas células hospedeiras, eles são ineficazes
contra patógenos intracelulares. O sistema imune usa uma abordagem diferente
para lidar com esses tipos de patógenos. Respostas mediadas por células são a
defesa primária contra patógenos intracelulares e a abordagem é diferente
dependendo de onde está o patógeno na célula hospedeira (i.e., no citosol ou no
interior de vesículas). Por exemplo, a maioria dos virus e algumas bactérias
residem no citoplasma da célula hospedeira. Entretanto, algumas bactérias e
parasitas na verdade vivem no interior de endossomas na célula hospedeira
infectada. A defesa primária contra patógenos no citosol é o linfócito T
citotóxico (Tc ou TCL). Contrariamente, a defesa primária contra um patógeno
no interior de vesículas é uma sub-divisão de linfócitos T auxiliares (Th1).
TCLs são uma sub-divisão de linfócitos T que expressam um tipo especial de antígeno nas suas
superfícies chamado CD8. Essas células reconhecem antígenos do patógeno que são exibidos
na superfície da célula infectada e matam a célula impedindo portanto que a infecção se espalhe
pelas células vizinhas. TCLs matam pela indução de apoptose na célula infectada.
Células Th são uma sub-divisão de células T que expressam um tipo especial de antígeno nas
suas superfícies chamado CD4. Uma sub-população de células Th, células Th1, é a defesa
primária contra patógenos intracelulares que vivem no interior de vesículas. Células Th1
reconhecem antígenos de patógenos que são expressados na superfície das células infectadas e
liberam citocinas que ativam a célula infectada. Uma vez ativada, a célula infectada pode então
matar o patógeno. Por exemplo, Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da tuberculose,
infecta macrófagos mas não é morto porque ele bloqueia a fusão dos lisossomos com os
endossomos nos quais ele reside. Células Th1 que reconhecem antígenos de M. tuberculosis na
superfície de um macrófago infectado podem secretar citocinas que ativam macrófagos. Uma
vez ativado o macrófago, os lisossomos se fusionam com os endossomos e as bactérias de M.
tuberculosis são mortas.
Embora respostas imunes sejam dirigidas ao patógeno e para o local onde o patógeno reside,
a maioria dos patógenos pode emitir uma resposta mediada tanto por anticorpos como por
células, ambas as quais podem contribuir para que o hospedeiro se livre do patógeno.
Entretanto, para um patógeno em particular, um anticorpo ou uma resposta mediada por
célula pode ser mais importante para a defesa contra o patógeno.
Todas as células do sistema imune se originam de uma célula tronco hematopoiética que
origina duas linhagens principais, uma de células mielóides progenitoras e uma de células
linfóides progenitoras (Figura 4). Esses dois progenitores originam células mielóides
(monócitos, macrófagos, células dendríticas, megacariócitos e granulócitos) e células
linfóides (células T, células B e células assassinas naturais (NK), respectivamente. Essas
células constituemos componentes celulares dos sistemas imunes inato(não específico) e
adaptativo (específico).
A especificidade na resposta imune adaptativa reside nos receptores de antígenos nas células T e
B, os receptores TCR e BCR, respectivamente. TCR e BCR são semelhantes no fato de que
cada receptor é específico para um determinante antigênico mas eles diferen no fato de que
BCRs são divalentes enquanto que TCRs são monovalentes (Figura 5). Uma consequência
dessa diferença é que enquanto células B podem ter seus receptores de antígenos em ligação
cruzada com um antígeno, TCR não podem. Isso tem implicações sobre como as células B e T
podem se tornar ativadas.
Cada célula B e T tem um receptor que é especifico para um determinante antigênico particular e
existe uma grande variedade de receptores diferentes em ambas as células B e T. A
questão sobre como esses receptores são gerados foi o principal assunto para
imunologistas por muitos anos. Duas hipóteses básicas foram propostas para explicar a
geração dos receptores: a hipótese instrucionista (original) e a hipótese da seleção clonal.
1. Hipótese instrucionista
A hipótese instrucionista estabelece que existe apenas um receptor comum codificado na
linhagem germinativa e que receptores diferentes são gerados usando o antígeno como molde.
Cada antígeno faria com que o receptor comum fosse dobrado para se amoldar ao antígeno.
Enquanto essa hipótese era simples e atraente, ela não era consistente com o que se sabia sobre
o dobramento de proteínas (i.e. dobramento de proteínas é ditado pela sequência de aminoácidos
na proteína). Além disso essa hipótese não explicava a discriminação do sistema imune do
próprio /não próprio. Ela não poderia explicar por que o receptor único comum não se dobrava
para acomodar antígenos próprios.
a. Cada linfócito carrega um único tipo de receptor com uma especificidade única.
b. A interação entre uma molécula estranha e um receptor de linfócito capaz de se ligar a esta
molécula com alta afinidade leva à ativação do linfócito.
d. Linfócitos carregando receptores para moléculas próprias são deletados nos estágios iniciais
do desenvolvimento da célula linfóide e estão portanto ausentes no repertório de linfócitos
maduros.
A hipótese da seleção clonal é geralmente aceita nos dias atuais como a hiótese correta que
explica como o sistema imune adaptativo opera. Ela explica muitas das características da
resposta imune: 1) a especificidade da resposta; 2) o sinal necessário para a ativação da resposta
(i.e. antígeno); 3) o período de incubação da resposta imune adaptativa (tempo necessário para
ativar as células e para expandir os clones de células); e 4) discriminação do próprio/não
próprio.
Linfócitos não instruídos (virgens) entram nos nódulos linfáticos deixando o sangue via
vênulas endoteliais altas (HEVs). Receptores-guias nos linfócitos dirigem as células para
os HEVs. Nos linfonodos, linfócitos com o receptor de antígeno apropriado encontram o
antígeno, que foi transportado aos linfonodos pelas células dendríticas ou macrófagos.
Após a ativação os linfócitos expressam novos receptores que permitem as células sairem
do linfonodo e se re-introduzirem na circulação. Receptores nos linfócitos ativados
reconhecem moléculas de adesão celular expressas nas células endoteliais próximo ao
local de uma infecção e quimiocinas produzidas no local da infecção ajudam a atrair as
células ativadas (Figura 7).
IMUNIDADE: CONTRASTES ENTRE NÃO-ESPECÍFICO E ESPECÍFICO
1. O sistema imune específico "lembra" cada encontro com um micróbio ou antígeno estranho,
de forma que encontros subsequentes estimulam o aumento progressivo de mecanismos
eficientes de defesa.
1. a linhagem linfóide
Linfócitos T (células T)
Linfócitos B (células B)
Células assassinas naturais (células NK)
Monócitos, macrófagos
Células de Langerhans, células dendríticas
Megacariócitos
Granulócitos (eosinófilos, neutrófilos, basófilos)
Seleção clonal