Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
JOÃO PESSOA – PB
2018
GEYSIANE KARLA CRUZ DOS SANTOS
JOÃO PESSOA - PB
2018
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRATC
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16
4
RESUMO
ABSTRACT
The implementation of the SUAS is a key milestone in the normatization of the Social
Assistance Policy and determining its recognition as a public policy of social protection.
As a result of a deep socio-historical construction process, SUAS aims to constitute a
decentralized management standard that goes beyond the centralization,
fragmentation and discontinuity trajectory that historically has marked the Brazilian
Social Assistance Policy. More than a decade after its implementation, it is possible to
evaluate and analyze the processes required to implement public policies through the
model of a system that, although unique, allows the management of several federative
entities. The present article intends to analyze SUAS through the decentralization of
management and social control.
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O lugar cada vez mais privilegiado que a pobreza assume no debate sobre
política social faz com que as formas assumidas para o enfrentamento da
questão social impeçam a generalização dos direitos sociais. O problema não
está só na prioridade da pobreza enquanto categoria de análise para pensar
as políticas sociais, mas na forma e no tratamento dado aos ‘pobres’, que são
renomeados por suas fragilidades, descontextualizados, deshistoricizados,
aparecendo no discurso tecnocrático reconstituído por um novo tipo de
vigilância moral (MAURIEL, 2012, p. 181).
Essa perspectiva da pobreza traz implicaturas que não podem deixar de ser
observadas pela Política de Assistência social, uma vez que passa a ser dever dela
atender de modo prioritário o combate à pobreza. De acordo com Mauriel (2012, p.
189), a Política da Assistência Social legitimou-se em um momento que as questões
sociais estavam centralizadas no enfrentamento à pobreza, e por esse motivo torna
complexo “o processo de desconstrução simbólica e ideológica da Seguridade
enquanto base para pensar e construir as políticas sociais, dificultando justamente o
caráter intersetorial que tal política deveria ter com as demais políticas públicas”.
Ainda sob essa perspectiva é fundamental a análise de Mota (2008), quando
destaca que as novas diretrizes da Política de Assistência Social estão pautadas não
no direito ao trabalho e a autonomia, mas no sentido de integrar o indivíduo que vive
na linha de pobreza, transferindo renda aos que não estão inseridos no mercado de
9
nenhum período. Com relação a qualquer tipo de orientação oferecida pelo Estado
apenas 5% dos técnicos ou gestores municipais da assistência não participaram de
nenhum tipo de atividade.
Quanto ao cofinanciamento municipal verifica-se 64% dos municípios alocam a
totalidade dos recursos destinados para o financiamento de serviços
socioassistenciais no fundo municipal. Os demais municípios 22,8% alocam
parcialmente e 13% não alocam. Comprometendo assim a transparência e
corresponsabilidade na implementação das ações.
No que diz respeito a gestão Financeira, 96,9% do Municípios tem consolidado
o Fundo Municipal de Assistência Social, 2,9% estão em processo de implantação e
apenas 0,2% não dispõem. Mas se analisada a responsabilidade na ordenação de
despesas verifica-se que apesar de 64, 3% dos municípios o responsável é o
secretário municipal, ainda 28,5% doa municípios o controle dos recurso está nas
mãos do prefeito. O que demonstra ainda uma centralização e subordinação dos
recursos às determinações do governo, em que pese a perspectiva do controle social.
CONTROLE SOCIAL
Dados trazidos no SUAS 103 informam que no que diz respeito ao controle
social do Programa Bolsa Família, em 80,06% dos municípios é feito pelo próprio
Conselho Municipal de Assistência Social ou comissão permanente do CMAS, 0,8%
Conselho de outra instância, 18,02% comitê exclusivo do Programa Bolsa Família.
O controle social surge como um outro desafio, ainda que a implementação dos
conselhos tenha apontado como a possibilidade de propor uma nova lógica na
3 http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/Suas10Anos_2015.pdf
13
condição das políticas sociais, ela traduziu-se em novas práticas, apoiadas em lógicas
antigas. A participação é tida no sentido restrito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
NOGUEIRA, Marco Aurélio. Um Estado para a sociedade civil: temas éticos e polí-
ticos da gestão democrática. São Paulo: Cortez, 2004.