Sunteți pe pagina 1din 9

1

A HISTÓRIA DE VERMELHO VELHO, DISTRITO DE RAUL SOARES/MG:


CONSTRUÇÃO DE UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SOBRE O
PRIMEIRO CENTENÁRIO (1837-1948)1

José Aristides da Silva Gamito2


Resumo
O presente artigo procurar construir uma referência bibliográfica sobre a história do
primeiro centenário do distrito de Vermelho Velho, município de Raul Soares (MG),
abrangendo o período de 1837 a 1948, abordar os primeiros habitantes, fundação e
desenvolvimento do distrito.

Palavras-chave: Vermelho Velho, fundação, desenvolvimento.

Abstract
This paper aims to build a bibliographical reference about the first century of the district
of Vermelho Velho, municipality of Raul Soares (MG), it includes a period from 1837
to 1948, focusing first inhabitants, foundation and development of the district.

Key-words: Vermelho Velho, foundation, development.

1. Introdução

A pesquisa e a sistematização da história do distrito de Vermelho Velho tiveram


início com coletas de dados realizadas por mim em julho de 2006. Depois nos anos de
2009 e 2010, José Alves Frutuoso se juntou ao projeto. A partir desta parceria ficou
pronto um texto intitulado “Vermelho Velho: Memórias e Perspectivas”. O texto não foi
publicado por falta de patrocínio. A tarefa era registrar e sistematizar a história do
distrito de 1837 até os anos 2000.
A história regional apresenta grandes desafios, principalmente, quando se trata
de uma região com menor importância econômica e política. Os registros são escassos e
a oralidade apresenta o desafio das divergências e da confiança sem provas
documentais. Os poucos arquivos existentes ainda apresentam resistências à pesquisa
por parte de seus responsáveis. De qualquer modo, muita informação pôde ser levantada

1
Comunicação proferida a 14 de setembro de 2018 na Escola Estadual “Albano Pires”, em Vermelho
Velho, município de Raul Soares (MG).
2
Bacharel e licenciado em filosofia, mestre em Ciências das Religiões, membro do Conselho de
Patrimônio Histórico e Cultura de Conceição de Ipanema. Pesquisa história regional dos municípios de
Conceição de Ipanema e de Raul Soares. E-mail: joaristides@gmail.com.
2

e tornou possível clarear as origens e o desenvolvimento do povoado. Um levantamento


pioneiro já tinha sido feito em 1965 por Jésus de Araújo Gomes. Em parte, acolhemos a
contribuição desse cronista.
Neste artigo destinado a uma comunicação na Escola Estadual “Albano Pires”,
em Vermelho Velho, a 14 de setembro de 2018, optei por tratar dos 100 primeiros anos
do distrito, abordando os habitantes originários e antigos e o desenvolvimento
econômico, político e cultural do século XX.

2. Os habitantes originários de Vermelho Velho e região

A tradição oral nos transmitiu que na localidade onde atualmente é a “rua da


Estação” havia uma aldeia indígena e que eles foram dizimados por uma epidemia de
sarampo entre fins do século XIX e início do século XX. Apesar da notícia de que os
índios remanescentes do Córrego do Boachá fossem botocudos 3 , a bibliografia
especializada identifica todo o território de Vermelho Velho como área de presença
puri. Ademais as recordações de puris trabalhando entre brancos, os casamentos
forçados, são narrativas presentes nas falas populares. A informação sustentada por
Santos4 e outros cronistas sobre Raul Soares pode ter razão porque poderia ter ocorrido
uma migração isolada de alguns botocudos já que eram nômades e viviam fugindo da
investida dos fazendeiros. De qualquer modo, boachá é uma designação de um grupo e
não de uma etnia indígena.
Os primeiros habitantes da região são os puris (ou puris-coroados) que ocupavam
uma área desde o rio Peixe, afluente do Paraibuna até o médio rio Doce.5 Durante o
processo de aldeamento há registros da presença de puris em Abre Campo, Ponte Nova
e Manhuaçu. 6 Eles habitavam a região de Mutum em 1873. 7 A ocorrência dos
botocudos era na região do Rio Doce.

3
SANTOS, Andréia. Revista Olha, Raul Soares, n.1, ano 1, abril, 2004, p. 7.
4
SANTOS, 2004, p. 7.
5
RAMIREZ, Henri; VEGINI, Valdir; FRANÇA, Maria Cristina Victorino de. Koropó, puri, kamakã e
outras línguas do Leste brasileiro: revisão e nova proposta de classificação. Liames, v. 15, n. 2, Campinas,
2015, p. 223-277.
6
Pelo registro de terras do Aldeamento de Ponte da Aldeia, Manhuaçu, sabemos que os puris estavam
assentados naquela localidade em 1856. Cf. MINEIRO, Arquivo Público. Terras Públicas. Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/terras_publicas_docs/photo.php?lid=81083. Acesso em 07
set. 2018.
7
SILVEIRA, Álvaro A. da. Memórias Chorográphicas. Volume I. Belo Horizonte: Imprensa Official do
Estado de Minas Gerais, 1921, p. 521-522.
3

A história da ocupação da região de Vermelho Velho se integra à história da


colonização da Zona da Mata de Minas Gerais. Os sertanistas vieram do litoral à
procura de ouro e de esmeraldas, exploraram a região central da capitania, depois do
declínio da atividade mineradora, houve um movimento de ocupação do leste. As
regiões da Zona da Mata e do Vale do Rio Doce, a porção leste das Comarcas de Vila
Rica e do Rio das Mortes, formavam um espaço denominados de áreas proibidas ou
sertão do leste.
Além de ser uma região de mata fechada, o leste era denominado pelos guerreiros
botocudos. O príncipe dom João VI, através da Carta Régia de 13 de maio de 1808,
declarou guerra aos botocudos acusando-os de dificultarem a colonização da área. As
justificativas do príncipe regente para aldear os indígenas à força eram as seguintes:

deveis considerar como principiada contra estes Indios antropophagos uma


guerra offensiva que continuareis sempre em todos os annos nas estações
seccas e que não terá fim, senão quando tiverdes a felicidade de vos
senhorear de suas habitações e de os capacitar da superioridade das minhas
reaes armas de maneira tal que movidos do justo terror das mesmas, peçam a
paz e sujeitando-se ao doce jugo das leis e promettendo viver em sociedade,
possam vir a ser vassallos úteis.8

Os fazendeiros que se assentaram na região do rio Doce estavam frequentemente em


conflitos com os índios. Além de haver, nas regiões do Doce e da Mata, uma disputa
entre puris e botocudos; os botocudos guerreavam também contra os fazendeiros
invasores, atacando-os e destruindo-lhes as plantações. Para facilitar o cultivo das terras
da região, o príncipe regente mandou exterminar os indígenas resistentes e colocar os
sobreviventes em aldeias controladas. A sua estratégia foi subdividir a região do Rio
Doce em seis divisões militares. Portanto, o povoamento contínuo e permanente desta
região dar-se-ia a partir de 1808. Embora, já existissem ocupações desde fim do século
XVIII.
Como incentivo para a ocupação da Zona da Mata, o rei de Portugal passou a
conceder as sesmarias a fazendeiros, a intenção era compensar a diminuição de
impostos que ocasionou a crise da atividade mineradora.9 O decreto de dom João VI de
22 de junho de 1808 ordenava a continuar a concessão de terras com o fim de aumentar
a agricultura e a povoação. Segundo este documento, os atos estavam paralisados por

8
BRASIL. Carta Régia de 13 de maio de 1808. Coleção de Leis do Império do Brasil – 1808, v. 1, p. 37.
9
LAMAS, Fernando Gaudareto. Conquista, conflito e ocupação na área central da Zona da Mata mineira
na segunda metade do século XVIII. XII Congresso Brasileiro de História Econômica & 13ª Conferência
Internacional de História de Empresas.
4

falta de comunicação com o Tribunal do Conselho Ultramarino.10 Um decreto de 1807


ordena redistribuir as terras da Capitania de Minas Gerais.
Em 1837, Domingos Lana e Cassimiro Lana tomaram posse das terras da região de
Raul Soares. Em 1841, Francisco Alves do Valle adquiriu essas terras e José Alves do
Valle, seu filho, nascido em 1813, adquire terras no distrito de Vermelho. Em 1856, as
terras do Córrego Santo Antônio aparecem registradas em escritura pública no seu
nome. 11 Este proprietário possuía duas sesmarias em Vermelho Velho e Vermelho
Novo. A segunda família a adquirir terras em Vermelho Velho foi a família Quintão.
José Alves do Valle casou-se com Maria Joaquina Quintão que pertencia à aquela
família recém-chegada.
Segundo fontes orais, Luiz da Costa e José da Costa adquiriram as terras que
compõem o território de Vermelho. Essas terras foram divididas em duas grandes
fazendas. Luiz da Costa ocupou a porção norte onde se desenvolveu a família Fialho,
enquanto, José da Costa ocupou a outra porção onde se assentou a família Lima.
Portanto, as três famílias pioneiras parecem ter sido Alves, Quintão e Costa.12

3. A criação da paróquia e do distrito de Vermelho Velho

Na década de 50 do século XIX, Vermelho Velho era uma vila com dimensões
notáveis. Francisco Antunes da Costa e Maria Rita de São José doaram as terras do
atual distrito para a Igreja Católica em 1852.13 Em 1858, o Ribeirão Vermelho tornou-se
distrito pela lei provincial 875 de 4 de junho e, em 18 de novembro de 1865, foi elevada
à categoria de paróquia pela lei 1.246. Porém, em 20 de julho de 1868, a sede da
freguesia foi transferida para Santa Helena da Cabeluda (atual Caputira) pela lei 1.547.14
Toda a região integrava o município de Ponte Nova.
Em 1882, a lei 2.915 de 25 de setembro devolveu a sede da freguesia, que tinha sido
transferida em 1868 para Santa Helena da Cabeluda, para o São Francisco do Vermelho

10
BRASIL. Decreto de 22 de junho de 1808. Coleção de Leis do Império do Brasil – 1808, v., p. 58.
11
MINAS GERAIS. Assembleia Provincial e Arquivo Mineiro. Disponível em:
<http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/assembleia_docs/photo.php?lid=154412 >. Acesso 07
set. 2018.
12
FRUTUOSO, José Alves. Os fundadores do povoado do Vermelho. Relato com base em fontes orais de
janeiro de 2010.
13
ARAÚJO, 1965.
14
MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 1.547 de 20 de julho de 1868. Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras/brtacervo.php?cid=2536. Acesso a 01 ago.
2018.
5

constituindo-o numa freguesia independente.15 A nova freguesia tinha uma extensão de


um extremo ao outro de 56 a 63 quilômetros quadrados.
O recenseamento do Império do Brasil de 1872 identificou 1.330 habitantes na
freguesia de São Francisco do Ribeirão Vermelho. 16 Em 1882, já havia 1.800
habitantes. Em 23 de setembro daquele ano a lei 2.912 havia criado a primeira escola na
localidade para o sexo masculino. 17 O padre mais antigo de que se tem notícia a
trabalhar em Vermelho Velho é João José de Souza. Ele pode ter sido o primeiro
pároco. Duas datas indicam sua presença em São Francisco do Vermelho em 1879 e
1884. Entre 1880 e 1882, encontramos registros da atuação do padre João Facundo.18
No século XX, o distrito de Vermelho Velho foi suprimido em 1913 e criado
novamente pela lei 843 de 7 de setembro de 1923.19 Passou a integrar o município de
Raul Soares durante o movimento emancipatório de 1947, especificamente, pela lei 336
de 27 de dezembro de 1948.20 O processo emancipatório representou o esforço mais
concreto de elevar Vermelho Velho à categoria de município.

4. O desenvolvimento do distrito de Vermelho Velho

O grande marco do progresso para Vermelho Velho foi a passagem da estrada de


ferro na década de 30. A economia estava se desenvolvendo e a ferrovia tornou-se uma
solução vantajosa para o comércio do café e de cereais. A cafeicultura foi o marco
econômico da Zona da Mata.
Muitos trabalhadores vieram para a região para a construção da estrada de ferro da
Leopoldina. A expansão das ferrovias era resultado de uma política do Império. Este

15
MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 2.915 de 25 de setembro de 1882. Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras_docs/photo.php?lid=79598. Acesso a 01
ago. 2018.
16
BRAZIL, Império do. Recenseamento do Império do Brazil em 1872. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-
%20RJ/Recenseamento_do_Brazil_1872/Imperio%20do%20Brazil%201872.pdf>. Acesso em 08 set.
2018.
17
MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 2.912 de 23 de setembro de 1882. Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras_docs/photo.php?lid=79602 . Acesso a 01
ago. 2018.
18
ARAÚJO, 1965.
19
MINAS GERAIS. Lei 843. Disponível em:< http://leisestaduais.com.br/mg/lei-ordinaria-n-843-1923-
minas-gerais-dispoe-sobre-a-divisao-administrativa-do-estado?q=distrito+de+Vermelho+Velho >. Acesso
em 5 set. 2018.
20
MINAS GERAIS. Lei 336. Disponível em:< http://leisestaduais.com.br/mg/lei-ordinaria-n-336-1948-
minas-gerais-estabelece-a-divisao-administrativa-e-judiciaria-do-estado-a-vigorar-de-1o-de-janeiro-de-
1949-a-31-de-dezembro-de-1953-e-da-outras-providencias?q=S%C3%A3o+Francisco+do+Vermelho >.
Acesso em 05 set. 2018.
6

projeto de ferrovia iniciou em 1883, vindo a ligar Ponte Nova a Caratinga a 12 de


fevereiro de 1931. Uma linha de trem ligava Caratinga a Petrópolis diariamente. Neste
sentido, Vermelho Velho estava ligado à capital do país, Rio de Janeiro, na época.
O café que era vendido para Ponte Nova passou a ter escoamento direto na estação
de Vermelho Velho. O armazém Castro Mendes & Cia é um testemunho deste período
de prosperidade. Carmo Parente, Zizinho Mendes e Paulo Fernandes criaram esta firma
para a exportação do café. O distrito era um rico produtor de milho, feijão, porco,
frango e ovos. Segundo relatos orais, um só produtor chegou a vender 7 mil arrobas de
café naquela época. A extração de malacacheta numa localidade próxima à Estação foi
uma aposta dos empreendedores daquela época. Entre as décadas de 30 e 40, havia
cerca de 40 lojas na sede do distrito. Havia lojas de tecidos, sapatarias (2), alfaiatarias
(3), produtos de granja (2), ferreiros (2), barbearias (2) e armazéns (3). A vinda da
estrada de ferro impulsionou o comércio e a agricultura.
A religião majoritária era o catolicismo e naquela época de prosperidade levou a
população a empreender a construção de uma nova Igreja Matriz. Após 1934, a diocese
de Caratinga construiu uma casa paroquial e destinou um pároco para fixar residência.
Em 1932, a agência dos correios foi reinaugurada sob a direção de Diolinda Fialho
Garcia. O cemitério foi cercado pelo padre Antônio Gaspar de Sousa Coutinho (por
volta de 42). O padre Antônio Custódio Braga iniciou a construção da atual Igreja
Matriz na década de 40.
Padre Braga teve um importante papel na história do distrito de Vermelho Velho, ele
liderou a primeira comissão a cogitar a sua emancipação. Em 1947, houve um embate
em torno da emancipação. Os dois partidos da época eram alcunhados de “Bacurau” e
“Caranguejo”. Os partidários do “Bacurau” eram liderados pelo padre Braga e a família
Albergaria. Eles eram a favor da emancipação, mas os partidários do “Caranguejo”,
liderados pelo coronel José Martha Pires eram contra e acabaram vencendo a disputa.21
A emancipação não se concretizou por causa de divergências políticas. Padre Braga
encontrava-se numa situação de oposição partidária. Além do envolvimento político, o
pároco incentivou a cultura, criando o cinema e o teatro.
A prosperidade financeira se nota nas construções que realizadas nas décadas de 50 e
de 60. Olarino Olímpio Pereira (Lico) foi um destaque da construção civil e foi
responsável pela construção da Igreja Matriz São Francisco de Assis e pela Igreja

21
ARAÚJO, 1965.
7

Presbiteriana. O presbiterianismo foi o segundo segmento religioso a chegar a


Vermelho Velho, a inauguração do templo da Igreja Presbiteriana aconteceu em 1953.
As outras igrejas evangélicas chegaram somente mais tarde. O atual templo católico foi
inaugurado em 1966. Outra benfeitoria para a vila foi o prédio da Sociedade de São
Vicente Paula com a finalidade de asilo. O terreno foi adquirido em 1951.
As Escolas Reunidas “Coronel Martha Pires” foi criada a 1º de fevereiro de 1960 e
14 de maio o fazendeiro Francisco Isidoro Pires doou um lote para construção de um
prédio escolar. A lei 2.482 de 3 de novembro de 1961 as denominou de Coronel José
Pires.22 Em 1965, a escola recebeu o nome de “Albano Pires” em homenagem ao pai do
doador do terreno. A inauguração da atual escola se deu a 7 de agosto de 1965.
Inicialmente, a escola só oferecia os primeiros anos do ensino fundamental, passou a
ofertar os anos finais em 1976.23
A arte e o esporte sempre tiveram presente na história de Vermelho Velho. Na
primeira metade do século XX, o destaque maior pode ser dado à arte. Como incentivo
cultural, padre Braga criou na década de 40 um cinema e um teatro. O distrito chegou a
ter duas bandas de música. Um registro fotográfico de 1918 mostra uma banda de
música em plena atividade. Assim como outro registro, datado de 1945, mostra o Salão
do Teatro realizando uma sessão musical.
Os times mais tradicionais de Vermelho Velho vieram na segunda metade do século
passado. O time América foi fundado a 13 de maio de 1946. À sua data de fundação
vinculou-se a tradicional Festa do Vermelhense Ausente que também é chamada de
“Festa do América”. O segundo time, o Cruzeiro, foi fundado em 1955, e chegou a ter
também a sua festa.
Além dos êxitos na economia, no progresso, na arte e no esporte, Vermelho Velho
logrou importante representação política no município de Raul Soares. Embora, não
sendo possível a emancipação sonhada na década de 40 pelo padre Braga e seus
companheiros, Vermelho Velho conseguiu eleger alguns de seus filhos ao cargo de
prefeito. A 3 de outubro de 1954, José Zeferino Pires foi eleito prefeito. Em 1958, o
22
MINAS GERAIS, Estado de. Lei 2.482. Disponível em: <http://leisestaduais.com.br/mg/lei-ordinaria-
n-2482-1961-minas-gerais-da-as-escolas-reunidas-do-distrito-de-vermelho-velho-municipio-de-raul-
soares-o-nome-de-cel-jose-pires?q=distrito%20de%20Vermelho%20Velho>. Acesso em 05 set. 2018.
23
PASCOAL Online. Breve História da Escola Estadual “Albano Pires” de Vermelho Velho. Disponível
em: <http://portalraulsoares.blogspot.com/2015/05/breve-historia-da-escola-estadual.html>. Acesso a 01
ago. 2018.
8

segundo vermelhense eleito foi Carlito Ferreira Brandão. Em 1962, foi Wilson Damião
e em 1976, foi José Macário da Luz. A partir dos anos 80, a representação política
permaneceu apenas através dos cargos de vereadores. Os vereadores José de Souza
Pires (Juquita) e Hélcio Araújo representaram os interesses vermelhenses por vários
mandatos.

1. Considerações finais

Algumas mudanças significativas ocorrem na década 70. O êxodo rural foi um


acontecimento de impacto em toda a região. A população do distrito de Vermelho Velho
que era 19.624 (1965), na década seguinte reduziu para 9.902 (1978) e chegou a 2.625
habitantes em 2000. Muitos vermelhenses foram para o Paraná e São Paulo em busca de
empregos. As chuvas de 1979 destruíram a ferrovia. Nos anos 80, a estrada de ferro foi
paralisada. Na década seguinte, foi substituída pelo asfalto.
O distrito de Vermelho Velho teve seus tempos áureos nas décadas de 30 a 50. O
crescimento econômico, o desenvolvimento cultural e a representatividade política
marcam esses tempos.

Referências
BRASIL. Carta Régia de 13 de maio de 1808. Coleção de Leis do Império do Brasil –
1808, v. 1, p. 37.

______. Decreto de 22 de junho de 1808. Coleção de Leis do Império do Brasil – 1808,


v., p. 58.

BRAZIL, Império do. Recenseamento do Império do Brazil em 1872. Disponível em:


<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-
%20RJ/Recenseamento_do_Brazil_1872/Imperio%20do%20Brazil%201872.pdf>.
Acesso em 08 set. 2018.

FRUTUOSO, José Alves. Os fundadores do povoado do Vermelho. Relato com base em


fontes orais de janeiro de 2010.

LAMAS, Fernando Gaudareto. Conquista, conflito e ocupação na área central da Zona


da Mata mineira na segunda metade do século XVIII. XII Congresso Brasileiro de
História Econômica & 13ª Conferência Internacional de História de Empresas.

MINAS GERAIS, Estado de. Lei 2.482. Disponível em:


<http://leisestaduais.com.br/mg/lei-ordinaria-n-2482-1961-minas-gerais-da-as-escolas-
reunidas-do-distrito-de-vermelho-velho-municipio-de-raul-soares-o-nome-de-cel-jose-
pires?q=distrito%20de%20Vermelho%20Velho>. Acesso em 05 set. 2018.
9

MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 1.547 de 20 de julho de 1868.


Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras/brtacervo.php?cid=2536.
Acesso a 01 ago. 2018.

MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 2.912 de 23 de setembro de 1882.


Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras_docs/photo.php?lid=7960
2 . Acesso a 01 ago. 2018.

MINAS GERAIS. Arquivo Público Mineiro. Lei 2.915 de 25 de setembro de 1882.


Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/leis_mineiras_docs/photo.php?lid=7959
8. Acesso a 01 ago. 2018.

MINAS GERAIS. Assembleia Provincial e Arquivo Mineiro. Disponível em:


<http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/assembleia_docs/photo.php?lid=15441
2 >. Acesso 07 set. 2018.

MINAS GERAIS. Lei 336. Disponível em:< http://leisestaduais.com.br/mg/lei-


ordinaria-n-336-1948-minas-gerais-estabelece-a-divisao-administrativa-e-judiciaria-do-
estado-a-vigorar-de-1o-de-janeiro-de-1949-a-31-de-dezembro-de-1953-e-da-outras-
providencias?q=S%C3%A3o+Francisco+do+Vermelho >. Acesso em 05 set. 2018.

MINAS GERAIS. Lei 843. Disponível em:< http://leisestaduais.com.br/mg/lei-


ordinaria-n-843-1923-minas-gerais-dispoe-sobre-a-divisao-administrativa-do-
estado?q=distrito+de+Vermelho+Velho >. Acesso em 5 set. 2018.
MINEIRO, Arquivo Público. Terras Públicas. Disponível em:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/terras_publicas_docs/photo.php?lid=810
83. Acesso em 07 set. 2018.
PASCOAL Online. Breve História da Escola Estadual “Albano Pires” de Vermelho
Velho. Disponível em: <http://portalraulsoares.blogspot.com/2015/05/breve-historia-da-
escola-estadual.html>. Acesso a 01 ago. 2018.

RAMIREZ, Henri; VEGINI, Valdir; FRANÇA, Maria Cristina Victorino de. Koropó,
puri, kamakã e outras línguas do Leste brasileiro: revisão e nova proposta de
classificação. Liames, v. 15, n. 2, Campinas, p. 223-277, 2015.

SANTOS, Andréia. Revista Olha, Raul Soares, n.1, ano 1, abril, p.7, 2004.

SILVEIRA, Álvaro A. da. Memórias Chorográphicas. Volume I. Belo Horizonte:


Imprensa Official do Estado de Minas Gerais, 1921.

S-ar putea să vă placă și