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9/16/2018 Afinal, o que raios é “fascismo”?

| Gazeta do Povo

Nenhuma palavra é mais usada no vocabulário político do que “fascismo”, e nenhuma


parece mais apartada da realidade. Vendo os discursos de políticos, jornalistas e
intelectuais no Brasil, parece que sairemos à rua e nos depararemos com camisas
negras, glorificações a Mussolini e exigências de tudo ser colocado dentro do Estado,
nada fora do Estado, nada contra o Estado. Na vida real, não vemos nada disso. Aliás,
vemos o último: mas quem pede a estatização total da vida são justamente os que mais
acusam os outros de fascistas.

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Isso tem explicação. Lew Rockwell já alertou, em A ameaça fascista, que nenhuma outra
palavra é mais pesada no vocabulário político. “Fascismo” é visto como o mal em si, algo
que une a direita e a esquerda em seu repúdio. Entretanto, ao se pedir para as mesmas
pessoas que detestam fascistas que descrevam o sistema político que defendem, muitas
acabarão justamente defendendo o fascismo.

Sobretudo graças ao Holocausto promovido pelos nazistas, espécie de ultrafascistas, a


narrativa histórica parece apenas promovê-los como assassinos desmotivados. Pelo
contrário: o genocídio fascista do século 20 tinha profunda base filosófica – o que é uma
violência ainda mais perigosa. E esta base continua movendo corações e políticas mundo
afora.

O grosso do fascismo é justamente o que é


defendido pelos supostos “críticos”, que adoram
chamar seus adversários de fascistas

veja também

https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/afinal-o-que-raios-e-fascismo-6o0txefvgp2mm45mbu2awstnq/ 1/2
9/16/2018 Afinal, o que raios é “fascismo”? | Gazeta do Povo

O “antifascismo” é fascista? (artigo de Bernardo


Santoro, publicado em 22 de março de 2014)

O delírio totalitário de Rui Falcão (editorial de 1.º


de fevereiro de 2013)

O jornalista John T. Flynn analisa os pontos que definem um governo fascista. O governo
é totalitário, pois desconhece limites para seu poder. É uma ditadura, baseada no princípio
da liderança. Permite algum mercado, mas atolado numa imensa burocracia. A economia
é cartelizada e controlada por sindicatos. O planejamento econômico é baseado no
princípio da autarquia. O governo se sustenta com gastos e empréstimos. Os gastos são
sobretudo militares, e com fins imperialistas. Excetuando-se estas últimas definições,
nada muito diferente do sistema atual do Brasil, por exemplo. Para subir ao poder,
fascistas disputam eleições livremente, e logo começam com conchavos com empresários
que aceitem trocar a livre concorrência no mercado por monopólios com o Estado.
Familiar?

Tentar encarar o fascismo apenas pelo militarismo tampouco convence. Fascistas


promovem amplas campanhas de desarmamento para concentrar o poder nos líderes do
Estado. Parece com os militares brasileiros ou com seus críticos, hoje no poder?

O coletivismo é a tônica, com total subordinação das liberdades individuais – seja ter uma
opinião, escrever em um jornal ou criar uma empresa e lucrar o quanto quiser – aos
ditames de um Estado total, com um planejamento central. Parece mais algo de
“coxinhas” ou justamente dos progressistas atuais?

Na narrativa típica, vemos o fascismo por seus aspectos periféricos. Na realidade, o


grosso do fascismo é justamente o que é defendido pelos supostos “críticos”, que adoram
chamar seus adversários de fascistas. Inclusive os judeus, as maiores vítimas dos
fascistas, foram vítimas justamente por serem a “burguesia”, a elite de hoje.

Xingar um fascista de fascista não ofende. Todavia, chamar alguém que repudia o
fascismo disso ofende. Sem perceber, ao chamar tudo de “fascista”, progressistas não
percebem que provam que os liberais são radicalmente adversários do fascismo.

Flavio Morgenstern é analista político e autor de “Por trás da máscara – do passe livre aos black
blocs”.

https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/afinal-o-que-raios-e-fascismo-6o0txefvgp2mm45mbu2awstnq/ 2/2

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