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Professor PDE/2010
Relação Interdisciplinar -
JACAREZINHO – PR
2012
MAGALI MOEDINGER MORENO
JACAREZINHO – PR
2012
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Resumo
O presente artigo em por finalidade fazer uma abordagem sobre a Educação Inclusiva,
essa ideia humaniza as instituições e abre novas perspectivas sociais e comportamentos.
É importante questionarmos como vem sendo tratado essas diferenças no interior das
escolas. Este estudo leva aos professores orientações, reflexões e discussões sobre
como lidar com crianças e adolescentes como o Transtorno de Deficit de Atenção e
Hiperatividade – TDAH. Esse transtorno se associa a problemas na escola e no
relacionamento dos adolescentes com pais, amigos e professores. Quanto a prática dos
professores foi possível identificar dificuldade de trabalhar com alunos com TDAH, pois
seus sintomas são classificados como preguiçosos, não inteligentes, e parecem estar no
“mundo da lua”, não correspondendo às expectativas do professor. Com base nestas
reflexões este trabalho teve como proposta viabilizar grupo de estudos com professores
do Colégio a fim de direcionar o trabalho do professor contribuindo, dessa forma, para que
o aluno com TDAH tenha acesso a uma qualidade de vida e um melhor desempenho
escolar.
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Pós-graduada em Psicopedagogia, graduada em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional
pela Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Jacarezinho, Pedagoga no Colégio Estadual Rui
Barbosa – EFMP – Jacarezinho – Paraná.
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Mestre em Educação, Pós-graduada em Educação Especial, Psicopedagogia e Políticas Públicas,
formada em História e Pedagogia com Habilitação em Orientação e Supervisão Escolar pela Universidade
Estadual do Norte do Paraná, professora da UENP/Campus Jacarezinho – Paraná.
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1. INTRODUÇÃO
Comungam com essa ideia os autores Kaplan, Sadock e Grebb quando dizem que
cerca de 20% dos adultos sofrem com os sintomas do TDAH.
Mattos (2005) acredita que:
Nas 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental, nota-se uma agitação muito grande nos
alunos, do sexo masculino, dificultando o despertar da atenção deste aluno na sala de
aula.
Conforme as ideias de Bromberg (2001), Facion (2007) e Mattos (2005) as
características do TDAH aparecem na infância, o comportamento é crônico e com
duração de no mínimo seis meses. As principais características para o reconhecimento do
TDAH são hiperatividade, o distúrbio de atenção (ou concentração), a impulsividade e a
agitação.
Estes autores afirmam que a criança com TDAH pode ser desatenta, hiperativa,
impulsiva, sendo que esse transtorno é classificado em três tipos clínicos:
-Predominante desatento;
-Predominante hiperativo / impulsivo
-Tipo misto ou Tipo combinado
Predominante Desatento
1- Não presta atenção aos detalhes e comete erros por descuido;
Predominante/Hiperativo/Impulsivo
1- Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se mexe muito na cadeira;
2- Dificuldade em permanecer sentada;
3- Corre sem destino em situações inapropriado (em adultos, há um sentimento
subjetivo de inquietação);
4- Dificuldades em engajar- se em atividade silenciosa;
5- Fala excessivamente;
6- Responde perguntas antes de elas serem formuladas;
7- Age como se fosse movido a motor;
8- Dificuldade em esperar sua vez;
9- Interrompe e intromete nas conversas dos outros.
Estudos mostram que adultos com TDAH tendem a desenvolver problemas sérios
de comportamentos, desempenho acadêmico e profissional pouco satisfatório, problemas
com ansiedade e abuso de substâncias tóxicas. Compete à identificação do diagnóstico
ao neurologista a prescrição de psicofármacos e a parceria com a escola em relação à
compreensão do quadro clínico deste aluno requerendo certos cuidados no
desenvolvimento global.
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7- Elogie muito a criança agitada quando ela fizer qualquer coisa certa,
8- Evite encher sua casa com muito bibelô, porcelanas, vasos de vidros, pois crianças
hiperativas tem dificuldades com coordenação motora,
apresentam este transtorno. Foi distribuído aos participantes um texto com dicas sobre o
assunto.
No mês de setembro ocorreu a implementação do Projeto aos professores do
Ensino Fundamental e Médio nos períodos matutino e vespertino do Colégio Estadual Rui
Barbosa. As contribuições foram valiosas, visto que os sintomas de TADH são
apresentadas em alguns alunos no Ensino Regular. É de suma importância o professor
conhecer o TDAH, para poder diferenciá- lo de “má-educação”, “intolerância” ou
“preguiça”.
Para finalizar o encontro foi distribuído aos docentes para leitura e reflexão um
roteiro de dicas para o professor sobre o tema, destacando alguns pontos de uma série
de estratégias e intervenções que podem auxiliar o professor no ambiente da sala de aula
com a criança e adolescente com TDAH.
No dia 17 de outubro foi apresentado no período noturno, o projeto de
implementação para os professores do Curso Técnico em Enfermagem, Recursos
Humanos, Administração, Segurança do Trabalho e Agente Comunitário de Saúde.
No dia 13 de outubro no período vespertino e noturno foi realizada a
Implementação do Projeto de intervenção aos acadêmicos do Curso de Pedagogia da
UENP, no campus de Jacarezinho, visto que esta ação foi muito significativa aos futuros
professores.
Nas horas atividades dos professores, com pequenos grupos de professores, foi
realizada a apresentação do vídeo do Dr. Paulo Mattos, um dos autores utilizados na
minha pesquisa, que apresentou de forma clara o tema proposto.
Foi muito valiosa esta Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na
escola, pois além do enriquecimento pessoal, pude levar aos profissionais da educação
um estudo aprofundado acerca do TDAH, podendo assim, auxiliar os professores e
alunos com TDAH, para um melhor desempenho acadêmico.
3. RESULTADOS
relevante foi a diferença de comportamento dos alunos que tomavam medicação segundo
orientações médicas, e após o uso pareciam ser outra pessoa, acalmavam e ao mesmo
tempo parecia estar cansado.
Mattos (2005) afirma que uma vez feito o diagnóstico, é necessário o início
imediato do medicamento, e não deixá- lo “para último caso”. Os benefícios do tratamento
adequado são enormes em poucas semanas já bastam para se ver o resultado sobre a
hiperatividade, a impulsividade e a desatenção.
Para Benczik (2000) estudos avaliam a eficácia do metilfenidato no tratamento do
TDAH a inquietude sem propósito definido torna- se mais dirigida a um objetivo, e a
atenção sustentada melhora assim como a impulsividade.
Os autores utilizados nesta pesquisa mostram que a psicoterapia não deve ser
vista como uma alternativa ao tratamento farmacológico, e sim como uma medida
complementar.
Quanto aos demais professores relataram o comportamento agitado das crianças
e adolescentes com TDAH são conhecidos como “avoados”, “hiperativos”, e “impulsivos”,
não param quietos por muito tempo, e “parecem estar ligados no 220”, querem fazer tudo
ao mesmo tempo e costumam irritar as pessoas com facilidade.
De acordo com Facion (2007):
O autor acima nos mostra que o problema maior se concentra na escola, visto que,
exige- se maior concentração. Essas crianças passam como perturbadas, não
conseguindo acompanhar as aulas, os trabalhos são confusos e quase sempre não
conseguem concluir suas tarefas. As atividades que exigem um esforço mental maior e
mais constante são vivenciadas como desagradáveis.
De acordo com Mattos (2005) ao escolher uma escola para uma criança ou um
adolescente com TDAH, é importante levar em consideração algumas características:
levar em conta as diferenças individuais de aprendizagem, adaptar metodologias
diversificadas de acordo com as necessidades dos alunos, o professor deverá utilizar
critérios diversificados ao avaliar e não compará- lo a media da turma. Para se utilizar
diferentes critérios de avaliação é recomendável classes com poucos alunos e a
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
MANTOAN, Maria Teresa Eglér; PRIETO, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: pontos
e contrapontos. Summus Editorial, 2006.
SUZUKI, Juliana Telles Faria. TCC; elaboração e redação. Londrina: Redacional Livraria
e Editora, 2009.
VALLE, Luiza Elena L. Ribeiro do; VALLE, Eduardo L. Ribeiro do. Neuropsiquiatria:
infância e adolescência. Abordagem multidisciplinar de problemas na clínica, na
família e na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2007.