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1.

Introdução

Apesar do rápido aumento na utilização das ligas metálicas leves e dos


polímeros, as ligas ferrosas, particularmente os aços, continuam a ser o material
estrutural predominante com uma produção mundial que constitui um índice
fundamental para avaliação do estado do sistema económico global. O desenvolvimento
da sua tecnologia de processamento permitiu a produção de diferentes ligas e
qualidades, alcançando uma gama de características tão diversificada que não é coberta
por qualquer outra família de materiais.1

Tendo vista o exposto, o presente trabalho dedicou – se ao estudo comparativo


de diversos tratamentos térmicos e termomquímicos aplicados ao aço VC 131 e SAE
1045. Posteriormente foi realizado ensaios de dureza Rockwell em todas as amostras,
além da análise de micrografia, verificando-se a microestrutura obtida pela realização
desses tratamentos e comparando-a com um padrão previamente estabelecido.

2. Referêncial Teórico

As limitações apresentadas pelos aços sem liga para satisfazerem determinadas


aplicações, além de dificuldades inerentes ao processo de fabrico, como garantia de
homogeneidade e isotropia sobretudo em tratamentos térmicos, levaram à produção dos
aços ligados. Estes aços são fabricados quase exclusivamente em forno Martin e
eléctrico por processos análogos aos dos aços não ligados, sendo o elemento de liga
adicionado no final da operação.1

O aço - VC 131 apresentação composição química constituída pelos seguintes


elementos químico (C = 2,10 %; Cr = 11,5 %; W = 0,70 %; V = 0,15 %), nas
concentrações específicas segundo normas/similares DIN X 210 CrW 12; Wnr 1.2436;
AISI D6; ABNT D6; JIS G 4404-72; Tipo SDK 2, cores de identificação Amarelo –
Verde – Amarelo, características gerais, alta estabilidade dimensional e excelente
resistência ao desgaste, especialmente em condições abrasivas2,3
O uso de aços ligados visa a melhoria das propriedades dos materiais, sobretudo
as características mecânicas. 1
Sendo o aço – VC 131 amplamente aplicado à matrizes
de corte, facas e tesouras de alto rendimento, estampos para corte de precisão na
industria de papel, ferramentas para prensagem de pós-metálicos e materiais altamente
abrasivos, guias para máquinas operatrizes, e ferramentas em geral, que exige a máxima
resistência à abrasão e retenção de corte3.

Os tratamentos podem dividir-se da seguinte forma, em função da técnica de execução:


Tratamentos mecânicos

Tratamentos térmicos

Tratamentos termomecânicos

Tratamentos termoquímicos

Tratamentos superficiais1

No escopo deste trabalho, dar se ênfase apenas as tratamentos térmicos e


termoquímicos.

Tratamentos térmicos

Recozimento – consiste no aquecimento do material e manutenção de uma temperatura


determinada (Temperatura de recozimento) seguido de arrefecimento lento (a uma
velocidade prescrita) através do domínio da transformação perlítica. Existem diversas
formas de recozimento que constam da figura e respectiva descrição. 1

Têmpera – consiste no aquecimento do material à temperatura de austenização (cerca de


50º superior a AC3 para os aços hipoeutectoides), seguido de um arrefecimento a uma
velocidade igual ou superior à velocidade crítica da têmpera. Obtém-se estruturas
bainiticas ou martensíticas. 1

Revenido – é um tratamento que consiste no alívio das tensões internas produzidas pela
têmpera, responsáveis por dureza excessiva e fragilidade do material. O material depois
de revenido fica com melhor ductilidade e tenacidade. Secundariamente o revenido
pode provocar endurecimento. O tratamento consiste num aquecimento abaixo de A1
seguido de um arrefecimento lento ao ar ou em banho de óleo. 1
Recozido de normalização – tem por fim a obtenção duma estrutura homogénea ou a
regeneração do grão que ficou demasiado grande, criando assim uma estrutura
preparatória favorável à têmpera. 1

Recozido para aumentar o tamanho do grão - consiste num aquecimento a uma


temperatura superior a Ac3, com estágio mais ou menos longo a esta temperatura e
arrefecimento lento para a obtenção dum grão grosseiro (normalmente a entrar por ter
fraca tenacidade). 1

Martêmpera – tratamento que consiste no resfriamento do aço logo acima da


temperatura de obtenção da fase martensita até que a a peça atinja temperatura uniforme
em todo seu volume para então diminuir a temperatura de martensita, esse tratamento
tem como objetivo a redução de tensões e trincas por resfriamento [5].

Tratamentos termoquímicos

Os tratamentos termoquímicos, em geral, são responsáveis pelo endurecimento


superficial de ligas metálicas até certa profundidade que podem ser controladas de
acordo com as leis de Fick. [5]

Nitretação – promove difusão de elementos de Nitrogênio para superfície de aços


através de gases com até 2mm de espessura, responsável por aumentar a dureza,
resistência à corrosão e causa menos empenamento que cementação, as diferenças nas
propriedades mecânicas estão ligadas ao tipo de estrutura cristalina do aço. [4]

Cementação - o processo consiste em elevar o teor de carbono numa fina camada do aço
para aumento de dureza e resistência ao desgaste, não superior a eutetóide levando em
consideração que acima desse nível facilitam formação de redes de carboneto, este tipo
de tratamento funciona em temperaturas entre 900°C e 950°C, a profundidade da
camada depende do tempo quando submetido a uma temperatura constante [6].

Cianetação – consiste na introdução simultânea de nitrogênio e carbono realizado via


líquido a temperaturas próximas a 850°C, normalmente utiliza-se cianeto de sódio e a
camada gerada raramente ultrapassa 0,25mm e é aplicado a aços-carbono de baixo teor
de carbono [7].

Fases inerentes a ligas ferrosas


As fases básicas das ligas ferrosas são: austenita, martensita, ferrita e cementita
podendo obter fases secundárias que dependem da temperatura, resfriamento e
composição química do aço [7,8].

Estável em temperaturas acima de 727°C,


formada por solução sólida de carbono no
Austenita ferro gama e apresenta grãos irregulares
em sua estrutura, possui boa resistência
mecânica.
Ferro alpha contendo resquícios de
carbono, baixa dureza e resistência à
Ferrita
tração, porém, aumenta resistência ao
impacto e possui elevado alongamento.
Carboneto de ferro obtido na concentração
Cementita de 6,63% C, responsável pela dureza em
aços.
Formada abaixo de 220°C com o
resfriamento lento da austenita, nucleados
Martensita
no interior da austenita, confere alta
dureza em aços assim como cementita.
Tabela 1. Descrição das fases básicas de ligas ferrosas

As ligas ferrosas podem formar as seguintes microestruturas resultantes das


transformações de fase:1

Descrição
constituída por 88% de ferrite e 12% de
carboneto de ferro em lamelas alternadas
Perlita
(contém 0,86% C) é o eutectoíde do
sistema metaestável.
estrutura de carbonetos esferoidais em
Martensita revenida
ferrite.
dispersão de carbonetos de ferro com
Bainita ferrite, é um produto intermediário entre a
martensita e a perlita.
mistura de austenite e cementite que
ocorre principalmente em ferros fundidos
com C > 2%; este constituinte é duro e
Ledeburita
frágil, devido à cementite ser cerca de
50%; é o eutéctico do sistema metaestável
(C=4.3%).
Tabela 2. Descrição de propriedades das fases secundárias de ligas ferrosas

3. Objetivos

 Realizar análise comparativa entre aços SAE 1045 e AISI D6 em diferentes


condições de tratamentos
 Verificar a influência de tratamentos térmicos e termoquímicos na
microestrutura e dureza

4. Metodologia
Preparação dos corpos de prova

Para realizar esse trabalho foi utilizado oito corpos de prova divididos igualmente entre
aço 1045 e aço ligado AISI D6, cada CP foi submetido a sucessão crescente de lixas,
iniciando pela lixa n°80 e passando por 110, 220, 400, 600, 800, 1200 e 1500. Ao passo
que a superfície de cada amostra não apresentava riscos ou marcas profundas, foi
iniciado o polimento visando um melhor acabamento superficial utilizando Alumina em
suspensão – 0,3 mícrons e finalmente, a superfície foi analisada por um microscópio
óptico.

Tratamentos térmicos

Após as peças serem preparadas, os corpos de prova foram tratados termicamente pela
empresa Samaúma Tratamentos Térmicos em Metais Ltda., cada amostra foi nomeada
como CP + número da amostra para identificação de seus respectivos tratamentos, como
mostra a seguinte tabela:

Tratamento Temperatura Tempo


Amostra Resfriamento
térmico (°C) (h)
Cementação 870 1,5
Em água a
1 Revenimento 300 3
35°C
Nitretação 565 4
Cementação 870 1,5
SAE 2 1h a 160°C
Revenimento 300 3
1045
Martêmpera
3 Cementação 870 1,5
por 1h a 160°C
Temperatura
4 Nitretação 565 4
ambiente
5 Têmpera
Revenimento 250 3 Martêmpera
6
Têmpera 950 1 por 1h a 200°C
AISI D6 Martêmpera
7 Têmpera 950 1
por 1h a 200°C
Temperatura
8 Nitretação 565 2
ambiente
Tabela 3. Especificações dos tratamentos térmicos realizados nas amostras

Finalmente, as peças foram cortadas ao meio e preparadas conforme a primeira etapa


novamente, na superfície interna no CP a fins de análises comparativas com a
microestrutura pré e pós-tratamento térmico.

Ensaios de dureza

Em sequência, foi realizar ensaio de dureza em todas as amostras pelo equipamento


TH320 – Rockwell Hardness Tester utilizando penetrador de aço esférico de 1/16
polegadas, cada amostra sofreu três identações aplicando força nominal de 10kgf
seguido a uma força total de 100kgf ao longo de 15s.
5. Resultados e discussões

5.1 Endurecimento de Aços

Dureza (Hardness Rockwell C)


Aço Corpo de Prova
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Média
CP 1 32,4 35,9 34,7 34,3
CP 2 42,7 39,9 42,8 41,8
CP - Aço SAE 1045
CP 3 39,4 37,5 38,6 38,5
CP 4 11 32,8 34,7 26,16
CP 5 51,8 51,5 51,5 51,6
CP6I 59,1 59,8 59,9 59,6
CP - Aço AISI D6
CP 7 57,9 62,6 63,1 61,2
CP 8 21,2 18,3 10,5 16,6
Tabela 4. Dureza Rockwell C dos corpos de Prova

Aço Dureza (Hardness Rockwell C)

Aço SAE 1045 4


Aço AISI D6
46
(VC131)
Tabela 5. Dureza Rockwell C tabelada dos aços SAE 1045 e AISI D6/VC 131 [9,10]

Corpo de Prova Tratamento Térmico

CP 1 Cementação + Revenimento + Nitretação


CP 2 Cementação + Revenimento
CP 3 Cementação + Martêmpera
CP 4 Nitretaçao
CP 5 Têmpera + Martêmpera + Revenimento + Nitretação
CP 6 Têmpera + Martêmpera + Revenimento
CP 7 Têmpera + Martêmpera
CP 8 Nitretaçao
Tabela 6. Tratamentos Térmicos – Termoquímicos e respectivos corpos de prova

O processo de endurecimento em aços, contendo quantidade de carbono e


elementos de liga suficientes para o processo se dá da maneira em que estes são
resfriados rápidos o suficiente de acima da temperatura de transformação (TA3) para
produzir Martensita (a fase de alta dureza e resistência mecânica).
Após o resfriamento, o aço está duro e quebradiço e com internamente cheio de
tensões. Antes de sua aplicação final, é necessária uma redução destas tensões e
aumentar sua resistência a partir da têmpera. Como resultado do alívio de tensão será a
redução parcial da dureza, e ainda a temperatura de têmpera ditará as propriedades
finais do material.

Já os processos termoquímicos como nitretação e carbonitretação envolvem a


difusão de carbono e nitrogênio em profundidades pré-determinadas de peças, com o
objetivo de obter um endurecimento superficial, sem que ocorra transformações
profundas na microestrutura.[11]

Inicialmente observa-se que todas as peças de aço SAE 1045 sofreram um


grande processo de endurecimento, já que sua dureza em escala Rockwell C saiu de 4 e
atingiu valores que ficam na faixa média de 26 a 42 HRC. Isto se deve ao fato de que
todas as peças atingiram pontos onde uma microestrutura foi formada, sendo esta de alta
dureza. No caso dos corpos de prova CP1, CP2, CP3, a incrementação da dureza é
explicada pela formação da Martensita no material, pois o tratamento térmico foi
realizado na temperatura de 870˚C, acima da temperatura crítica TA3, ocorrendo a
austenitização do material, que seguida do revenimento e da martêmpera contribuem
para o alívio de tensões presentes.

Curiosamente o corpo de prova CP1 (submetido a têmpera e nitretação)


apresentou dureza menor que os outros corpos de prova que não passaram por processo
termoquímico, isso porque seu resfriamento ocorreu de forma demorada, não gerando a
quantidade de martensita necessária para ter uma dureza elevada.

Já o aço ferramenta VC 131 (que em padrões internacionais é descrito como


AISI D6 ou SAE D6) que apresenta dureza extremamente elevada, pode tê-la ainda
mais incrementada por meio da têmpera. Como no aço 1045 nitretado, observou-se
também uma queda dureza após nitretação, isso porque o resfriamento demorado não
favorece a formação de uma microestrutura ou fase de alta dureza. Observa-se um
incremento relativo de aproximadamente 21% na dureza na escala Rockwell C, para as
peças que não foram nitretadas.
5.2 AÇO 1045 com diferentes tratamentos térmicos
A análise comparativa envolvendo o aço 1045 sem tratamento e os quatro
corpos de prova com diferentes tratamentos térmicos com patamares de permanência
distintos e condições diferentes de resfriamento são mostrados na figura 5.1. Em (a),
nota-se a microestrutura do aço 1045 bruto compreendendo a matriz ferrítica nas regiões
mais claras, enquanto que nas regiões escuras são representadas pelos grãos de perlita.
A micrografia confirma a relação com a dureza Rockwell na literatura, devido a ao que
se denomina equixialidade dos grãos, induzindo a valores de dureza muito baixos tanto
das microestruturas da fase ferrita quanto para os grãos de perlita. Em (b), a qualidade
da metalografia na amostra não seguiu o protocolo, logo esperava-se uma
microestrutura evidenciando uma diminuição do contorno de grão em comparação com
a amostra bruta de 1045. Em (c), o procedimento de cementação e revenimento
evidencia a identificação das fases ferrita (clara) e perlita (escura), considerando teor de
fase perlita superior, ocasionando o aumento de dureza demostrado na tabela, sendo
obtido uma média de dureza superior as demais amostras. Em (d), o tratamento
termoquímico de cementação propiciou a introdução de átomos de carbono na
microestrutura conferindo o aumento da dureza em relação a amostra bruta, logo houve
a contribuição para a fase cementita na microestrutura. E em (e), no qual o corpo de
prova foi submetido a nitretação, no qual nota-se riscos brancos na estrutura, no qual
apenas por microscopia óptica não é possível aprofundar a análise sobre a camada
branca formada que possibilitaria apontar o nível de enriquecimento superficial com
nitrogênio. Contudo, as partes claras podem indicar que houve o processo difusional do
N na estrutura do aço, no entanto, a formação da camada branca durante o processo tem
sua aceleração de formação diminuída, devido a densidade elevada atuante como uma
espécie de barreira para que ocorra o transporte de massa12.
Figura 5.1: Aço 1045 sem tratamento (a), CP1 (b), CP2 (c), CP3 (d)
E CP4 (e).
(a) (b) (c)

(b)

(d) (e)
A) CP5 B) CP6

C) CP7 D) CP8

6. Conclusão

7. Referências

1. Gordo, J. M. A. M. Tecnologia Naval - Materiais Metálicos. (2004).


2. Nonato, R. et al. ANÁLISE COMPARATIVA COM DIFERENTES
TRATAMENTOS TÉRMICOS NO AÇO VC 131. (2016).
3. Metals, V. VC131- Aços para trabalho a frio. (2009).
4. GARZÓN, C. M.; TSCHIPTSCHIN, A. P. Nitretação gasosa em alta
temperatura de aços inoxidáveis. Revista matéria, v. 10, n. 4, p. 502-525, 2005.
5. Donald R. Askeland, Pradeep P. Fulay, Wendelin J. Wright - The Science and
Engineering of Materials, Sixth Edition (2010, CL-Engineering)
6. MONTEIRO, Francisco Miguel Matos Barbosa et al. Caracterização do processo
de cementação realizada pelos processos de baixa pressão e de atmosfera controlada.
2004.
7. CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos, ABM, 6ª edição, São Paulo, 1988.
8. CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma. Introdução. John
Wiley & Sons, Inc., 2002.
9. AZO Materials. AISI 1045 Medium Carbon. Disponível em:
https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=6130
10. AZO Materials. Grade D6 Tool Steel (UNS T30406). Disponível em:
https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=9139
11. AZO Materials. Heat Treatment of Steels - The Processes. Disponível em:
https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=543
12. DIEHL, I,L. Análise de camadas obtidas por nitretação gasosa controlada nos aços
SAE H13 E SAE 4140. Dissertação (Mestrado), UFRGS, Programa de Pós-
graduação em Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais. 2017

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