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Universidade de Brasília

Instituto de Letras
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas
Profa. Cíntia da Silva Pacheco
Laboratório: Resolução de Problemas de Leitura e de Redação
Alunas: Samara Souza da Silva Matrícula: 160072395

FICHAMENTO TEXTO 7

SPERANDIO, Natália Elvira. Multimodalidade e processamento metafórico em um texto


digital: abordando o sentido a partir da interação entre o verbal e o imagético. UFMG.
Hipertextus Revista Digital, n. 8. Jun, 2012. Disponível em:
<http://www.hipertextus.net/volume8/06-Hipertextus-Vol8-Natalia-Elvira-Sperandio.pdf>

O texto aborda sobre a teoria da multimodalidade, onde os autores Kress e Van


Leeuwen (2001) reivindicam que se pense em uma linguagem constituída como multimodal,
onde os sentidos sejam resultado da relação textual estabelecida a partir dos diferentes modos
utilizados na sua constituição.
Houve um grande crescimento na utilização de textos multimodais. Na década de 60,
os periódicos eram impressos em preto e branco, porém, na década de 90 eles passam a obter
cores e imagens. Hoje, a informação é transmitida pelos dois modos (imagem e texto). Assim,
os elementos verbais e não-verbais de um texto articulam-se na composição de seu sentido,
sendo que o elemento visual não é visto como sendo dependente do verbal, mas com uma
organização e estrutura independente.
Desde a antiguidade, a metáfora era considerada um fenômeno de linguagem, ou
seja, um ornamento linguístico. Era concebida como um desvio da linguagem usual, em
determinados usos, como a linguagem poética e a persuasiva.
A partir de 1970, ocorreu uma mudança paradigmática. A metáfora passa a ter seu
valor cognitivo reconhecido, deixando de ser uma simples figura de retórica para uma
operação cognitiva fundamental.
Segundo os autores Reddy, Lakoff e Johnson (1980), lançam como tese central a
pressuposição de que a metáfora é onipresente e essencial na linguagem e no pensamento, ou
seja, a metáfora passa a fazer parte do cotidiano das pessoas não apenas na linguagem, mas
também nas ações e no pensamento na medida em que todo sistema conceitual ordinário,
sistema através do qual pensamos e agimos, passa a ser concebido como predominantemente
metafórico por natureza.
Lakoff e Johnson examinam expressões linguísticas buscando encontrar evidências
da predominância metafórica de nosso sistema conceitual e, ao identificar metáforas que
estruturam nossa maneira de agir, pensar e perceber; defendem essa categoria como uma
forma de compreender e experienciar uma coisa em termos de outra.
A autora acredita que uma teoria da metáfora não pode basear-se apenas nas
manifestações verbais, isso poderia resultar em uma visão parcial do que a constitui, ainda
mais nos contextos atuais onde, a partir dos estudos de Kress e Van Leeuwen (1996), a
dimensão multimodal dos sistemas semióticos tem impulsionado a interpretação dos
elementos constitutivos de um texto em direção à complexidade das articulações entre verbal
e o não-verbal. Diante disso, necessita-se de uma proposta que aborde as metáforas que são
construídas não apenas pelo modo verbal, mas aquelas que são construídas entre os diferentes
modos que constituem um texto multimodal.
A metáfora monomodal é definida como aquela que alvo e fonte são exclusivamente
ou predominantemente processados em apenas um modo. Por outro lado, a metáfora
multimodal é aquela em que alvo e fonte são representados exclusivamente ou
predominantemente sobre diferentes modos. Entende-se modo Forceville (2009) como os
signos interpretáveis que também relacionam sentidos e outros sons não-verbais: 1) signo
pictórico, 2) signo escrito, 3) signo falado, 4) gestos, 5) sons, 6) música, 7) cheiro, 8) gosto e
9) toque.
De acordo com a análise sucinta feita de uma charge de Maurício Ricardo e tendo
como base teórica a proposta de Forceville (2009), a autora pôde inferir como cada um dos
domínios presentes na construção do sentido da charge são construídos a partir da
sobreposição de dois modos semióticos, neste caso o verbal e o imagético, estamos diante da
denominada metáfora não-verbal, já que nessa temos fontes e/ou alvos que são construídos
sobre mais de um modo simultaneamente.
Conclui-se então, que foi possível observar, de acordo com as teorias apresentadas,
que a metáfora não se materializa apenas pelo plano verbal, mas entre o verbal e o imagético,
ou seja, que a metáfora pode ser codificada a partir dos diferentes modos que compõem um
determinado discurso multimodal. Dessa forma, a proposta de Forceville (2009) pode ser
considerada uma forma de se analisar o texto multimodal, já que a partir dela podemos
observar que a imagem não apenas completa o verbal, mas ela está conectada com o verbal na
construção do sentido.

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