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AULA 1.1
1.4
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA DO DIREITO PENAL: Origem na declaração francesa
de direitos do cidadão. O direito penal deve ser utilizado como última opção do legislativo,
que só vai entrar em cena se não der pra resolver com as outras esferas de controle. O Direito
penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que sua intervenção
fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiário),
observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Direito penal Fragmentário, quer dizer que ele só atua em casos de relevante lesão ou perigo
de lesão ao bem jurídico tutelado.
2.1
Além dos requisitos objetivos, devem ser analisados outros fatores que podem impedir a
aplicação do princípio da insignificância: O valor sentimental do bem, a condição econômica
da vítima, as condições pessoais do agente, também devem ser analisadas as circunstancias
do delito, e por fim as consequências do crime.
O plenário do STF diz que não é possível fixar uma regra geral sobre a insignificância
na reincidência, todo caso tem que ser analisado caso a caso. Contudo, observa-se que na
maioria dos casos os tribunais negam o principio a reu reincidente ou que já responda outras
infrações penais.
Posse de droga para consumo pessoal: A imensa maioria dos julgados não admite o princípio
da insignificância para porte de drogas para consumo próprio. A pequena quantidade de
drogas é inerente ao tipo penal do artigo 28 da lei de drogas. O crime é de perigo abstrato, a
lei presume a lesão ao bem jurídico.
Tráfico ilícito de drogas: Nem em sonho se aplica a insignificância, porque o bem jurídico é
de extrema relevância, que é a saúde pública. Crime também de perigo abstrato.
Crimes do estatuto do desarmamento: Não é admitido pela jurisprudência a aplicação da
insignificância, pois crime é pluriofensivo, protege toda a coletividade, um bem jurídico
difuso. Crime de perigo abstrato, ainda que a arma esteja desmuniciada. CUIDADO com
relação à munição sendo usada como brinco ou pingente ou chaveiro, pois o STF diz que é
fato atípico usar munição como pingente, chaveiro etc.
2.2
Crimes cometidos em situação de violência doméstica: É absolutamente inaplicável.
Crimes contra a administração pública: O STF não concorda com o STJ, pois o supremo
admite a aplicação da insignificância nesse tipo de crime. O STJ não admite.
Crimes ambientais: Tanto o STF quanto o STJ dependendo do caso concreto, tem aplicado
esse princípio aos delitos ambientais.
Atos infracionais: Admite-se a aplicação do princípio ao delito. Ora, se aplica em crime, pq
não em atos infracionais?
3.1
Norma penal em branco ao quadrado ou raiz quadrada da norma penal em branco: uma
norma penal que vai precisar de 2 complementos, vai precisar de um complemento só que
esse complemento vai precisar de outro complemento. Ocorre quando a norma penal precisa
de dois complementos.
Norma penal em branco ao revés, ao avesso ou invertida: A regra é que a norma penal em
branco a descrição da conduta seja incompleta e a pena completa, na norma penal em branco
invertida o preceito primário (descrição da conduta) estará completa, más no preceito
secundário é que a norma precisará ser completada por outra norma. A pena tem que ser
exclusivamente dada pela lei, não pode vir numa norma, decorre do princípio da
legalidade, quem descreve pena é o legislador, não podendo vir uma norma qualquer
descrevendo pena.
Norma penal em branco de dupla face: os preceitos primário e secundário precisam de
complementação aqui.
TEMPO DO CRIME
Teoria da atividade: Considera-se praticado o crime no momento da conduta.
LUGAR DO CRIME
Teoria mista ou Ubiquidade: No lugar da ação bem como no lugar onde se produziu o
resultado.
Crimes a distância: o crime percorre dois países.
Crimes em trânsito: o crime percorre mais de dois países.
Crimes plurilocais: Ação ocorre em uma comarca más vai terminar em outra. Aqui em regra
adota-se a teoria do resultado.
4.1
LEI PENAL NO ESPAÇO
Territorialidade: é regra. Local do crime é BR.
Extraterritorialidade: é exceção. Crime fora do brasil, lei BR.
Intraterritorialidade: é outra exceção. Local do crime BR, lei estrangeira.
INTRATERRITORIALIDADE
A lei penal estrangeira entra no território brasileiro para alcançar os fatos praticados aqui.
Tem previsão legal no art.5 caput. Não se trata de privilégio da pessoa, más prerrogativa da
sua função. Em razão disso, não se admite renúncia por parte do diplomata. O estado sim
pode renunciar, aí sim aplicaríamos a lei brasileira.
TEORIA DO CRIME
Conceito analítico de crime. Critério tripartite: 1 fato típico. 2 ilicitude, 3 culpabilidade.
A punibilidade não integra o conceito de crime.
1- Fato típico: fato humano indesejado que norteado pelo princípio da intervenção mínima,
consiste numa conduta provocadora de um resultado, ajustanto-se a um tipo penal.
Elementos: a) Conduta: b) Humana, c) Resultado, d) Nexo causal, e) Tipicidade.
Estudar teoria clássica pq não entendi nada.
Teoria Neoclássica ou neokantista: Conceito de crime pra essa teoria: Fato típico, ilícito e
culpável. Na culpabilidade: Imputabilidade / dolo e culpa / exigibilidade de conduta diversa.
Aqui a culpa passa a ser teoria psicológico – normativa. O dolo e a culpa estão na
culpabilidade. Logo o dolo continua sendo normativo. Conduta: é um comportamento
humano voluntário causador de um resultado.
Teoria finalista: Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado, na
culpabilidade. Crime aqui é fato típico, ilícito e culpável. Aqui a culpabilidade é composta de
imputabilidade do agente, exigibilidade de conduta diversa e a potencial consciência da
ilicitude. Aqui existe a teoria normativa pura da culpabilidade. Dolo e culpa foram parar na
conduta. Dolo natural, independe da consciência da ilicitude, é vontade + consciência. A
consciência da ilicitude é questão afeta à culpabilidade.
1 Culpabilidade vazia é pq foi esvaziada no tocante aos seus elementos psicológicos.
2 Dolo natural, neutro, acromático, independe da consciência da ilicitude.
Conduta para o finalismo: Comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um
fim, toda conduta é orientada por um querer. Supera-se a cegueira do causalismo com um
finalismo vidente.
5.1
Teoria do funcionalismo penal, busca adequar a dogmática penal aos fins do direito penal.
Percebe que o direito penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem
ser compreendidos de acordo com essa missão. A conduta deve ser compreendida de acordo
com a missão conferida ao direito penal.
Teoria funcionalista teleológica: proteção de bens jurídicos, conceitua conduta com base na
missão, que é a proteção do bem jurídico. Crime aqui é fato típico, ilicitude e reprovabilidade
ou responsabilidade. A culpabilidade de acordo com roxin é limite da pena. Como assim limite
da pena a culpabilidade?
Conduta: comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Teoria funcionalista sistêmica: conceitua conduta com base na missão proteção do sistema,
e não do bem jurídico. Crime aqui é fato típico, ilicitude e culpabilidade.
Conduta: comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema,
frustrando as expectativas normativas.
Qual foi a teoria adotada pelo CP? CUIDADO! O código penal militar, é expressamente
causalista. O nosso código penal normal é finalista. A doutrina moderna está adotando em
partes a teoria funcionalista teleológica, tirando a reprovabilidade e voltando a culpabilidade.
Então a missão do direito penal é proteger os bens jurídicos relevantes.
TEMA: CONDUTA
A conduta é o primeiro substrato do conceito analítico de crime, sendo parte do fato típico.
Para o finalismo, não existe conduta sem dolo ou culpa, isso é a chamada responsabilidade
penal subjetiva, objetiva seria se não levasse em conta a conduta. O artigo 19 do cp exclui a
responsabilidade penal objetiva.
Existe alguma norma em que há um resquício de responsabilidade penal objetiva? Sim, a
doutrina diz que há duas situações; 1 Rixa qualificada (137, §1) Todos os que estavam na rixa
vão responder pelos resultados da rixa, ou lesão ou morte. 2 Teoria da actio libera in causa,
que permite a punição de infrações penais praticadas em estado de embriaguez voluntária
ou culposa.
5.2
Conduta Dolosa
Diz-se o crime doloso quando o agente quis o resultado ou quando ele assumiu o risco
de produzir o resultado. Dolo é a vontade e consciência de produzir os elementos que estão
descritos no tipo penal incriminador.
Elementos do dolo: 1 intelectivo: representado pela consciência, 2 volitivo, representado
pela vontade.
Espécies de dolo:
1 dolo direto e indireto. Dolo direto o sujeito prevê o resultado e busca alcança-lo. O dolo
indireto se subdivide em 2, o dolo indireto pode ser alternativo, o agente prevê uma
pluralidade de resultado, dirige sua conduta na realização de qualquer um deles. EX: o agente
prevê lesão corporal, más também prevê pluralidade de resultados, então ele sabe que sua
conduta pode causar uma lesão corporal ou um homicídio, então ele vai realizar a conduta
pra atingir a lesão corporal ou o homicídio, tanto faz. O dolo indireto pode ser também o
dolo eventual, o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta na realização
de um más aceita o outro. OBS, o dolo alternativo é a mesma intensidade de vontade dos
resultados, no dolo eventual ele queria um, más veio outro resultado, então tá bom.
2 dolo cumulativo: o agente pretende alcançar dois ou mais resultados numa sequencia. O
agente depois de ferir a vítima, ele resolve então praticar outro crime doloso, então ele
resolve matá-la, é a típica hipótese de progressão criminosa.
3 dolo de dano e dolo de perigo: o dolo de dano a vontade do agente é causar uma efetiva
lesão ao bem jurídico tutelado. O dolo de perigo é apenas expor a risco o bem jurídico
tutelado.
4 dolo normativo (hibrido) e dolo natural (neutro). No dolo normativo, o sujeito tem
consciência do que faz e de que o que tá fazendo é proibido. Dolo natural é aquele que
independe da consciência da ilicitude, é constituído apenas de elementos naturais,
consciência e vontade.
5 dolo genérico e dolo específico: no genérico, o agente atua com vontade de realizar uma
conduta descrita no tipo penal e não exige um fim específico. No dolo específico, o agente
atua com vontade de praticar o tipo penal com um fim específico. Hoje o dolo genérico é
chamado apenas de dolo, e o dolo específico é chamado de elemento subjetivo o tipo, alguns
chamam de elemento subjetivo do injusto. Por isso que furto de uso não é crime.
6 dolo de 1º grau, de 2º Grau e de 3º Grau. Dolo de primeiro grau é o dolo direto, o objetivo
desejado pelo agente com a sua conduta. Dolo de segundo grau é uma espécie do dolo
direto. É o dolo de consequência necessária. Abrange os efeitos colaterais do crime, de
verificação praticamente certa. O agente não persegue imediatamente os efeitos colaterais,
más tem por certa sua ocorrência. Caso se concretize, o resultado imediatamente
pretendido. É diferente do dolo eventual, o dolo de segundo grau é um dolo direto, o
resultado paralelo é certo e inevitável. O dolo eventual é um tipo de dolo INDIRETO, pois o
resultado paralelo não é certo, é um dolo que eventualmente pode vir a ocorrer. O dolo de
segundo grau o resultado é certo e inevitável. Dolo de 3º grau é o dolo de dupla consequência
necessária, é o dolo onde também há efeitos colaterais, más são efeitos colaterais dos efeitos
colaterais. EX: cara quer matar a sogra que tá no avião, mata também os outros passageiros.
Se entre os passageiros tiver uma grávida, em relação ao feto é dolo de terceiro grau.
7 dolo geral ou erro sucessivo:
É o erro quanto ao meio de execução do crime. Por exemplo, o cara quer matar outro, dá um
tiro no peito dele e depois joga no rio, depois se soube que o cara morreu foi afogado e não
do tiro. Nesse caso, o agente responde por homicídio doloso, o erro quanto ao momento da
morte é irrelevante para o direito penal, pois o que importa é que o agente queria um
resultado morte e o alcançou. O dolo é chamado geral pois alcança todo o desenrolar do
tramite da morte do indivíduo.
TEORIAS DO DOLO
Teoria da vontade: Ambas as teorias são adotadas no brasil. O brasil não adotou a teoria da
representação (a qual confunde o dolo eventual com a culpa).
Teoria do consentimento ou assentimento: ele consente com o resultado.
CRIME CULPOSO
O crime culposo consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não querido
ou aceito pelo agente, más que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente
previsto (culpa consciente) e que poderia ser evitado se empregasse a cautela necessária.
Crime culposo = conduta voluntária + resultado ilícito involuntário
Elementos do crime culposo:
1 conduta humana voluntária, conduta dirigida a realização de um resultado lícito, porém,
diverso daquele que efetivamente se produz. O resultado que se produz é ilícito.
2 violação de um dever de cuidado objetivo, é o dever de diligência. Como saber se houve
ou não diligencia? Nós precisamos analisar as circunstancias do caso concreto. Se evitável
pelo homem médio, então ele agiu com culpa. Se inevitável inclusive pelo homem médio, o
agente não agiu com culpa. São três formas de infringir o dever de diligência: 1 Imprudência:
precipitação, afoiteza, é uma forma positiva de culpa, o sujeito está praticando uma ação
imprudente. 2 negligência: ausência de precaução, é uma forma negativa da culpa. 3
Imperícia: Falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão.
3 resultado naturalístico involuntário, no crime culposo a conduta é voluntária mas o
resultado é involuntária.
4 nexo entre conduta e resultado, aqui dispensa comentários.
5 resultado involuntário previsível, previsível não se confunde com algo previsto, previsível
é a possibilidade de prever o perigo advindo da conduta.
6 tipicidade. Os tipos penais todos são dolosos, se o legislador quiser prever a forma culposa
ele deve fazer de maneira expressa. Trata-se do princípio da excepcionalidade do crime
culposo.
A previsibilidade subjetiva, entendida como a possibilidade de conhecimento do
perigo, analisada sob o prisma subjetivo do autor, e não mais do homem médio, levando em
consideração seus dotes intelectuais, sociais e culturais, NÃO É ELEMENTO DA CULPA, más
será analisada pelo juiz na culpabilidade. (será analisada na culpabilidade, na exigibilidade de
conduta diversa).
ESPÉCIES DE CULPA
Culpa consciente ou ex lascívia: culpa com previsão do resultado más espera que ele não
ocorra, supondo poder evita-lo com suas habilidades ou com sua sorte. EX: atirador de facas.
Culpa inconsciente ou ex ignorantia: sem previsão do resultado por parte do agente, embora
seja objetivamente previsível, qualquer pessoa de inteligência mediana teria condições de
prever aquele resultado. O agente não previu aqui pois foi negligente, imprudente ou
imperito. A culpa consciente é mais grave que a culpa inconsciente? Não, o código penal dá
um tratamento igual pras duas. A previsão do resultado por si só não representa maior grau
de reprovabilidade na conduta. Qual a diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente?
5.4
Resposta: No dolo eventual, o sujeito prevê o resultado, más ele aceita que ele resultado
ocorra, ele tolera que ocorra. Na culpa consciente o sujeito também prevê o resultado, más
não o aceita, não o tolera, acha que com sua perícia vai poder evita-lo.
MACETE: Dolo eventual é a teoria do foda-se, não tá nem aí pro resultado. Teoria do fodeu,
é a culpa consciente.
Culpa própria: é gênero do qual são espécies a culpa consciente e a culpa inconsciente.
Culpa imprópria / culpa por equiparação / culpa por assimilação ou por extensão: é aquela
em que o agente por erro evitável, imagina certa situação de fato que, se presente, excluiria
a ilicitude (descriminante putativa).
Provoca intencionalmente determinado resultado típico, más responde por culpa, por
razões de política criminal.
Culpa imprópria, é a consequência da descriminante putativa por erro evitável.
Descriminante é o que exclui a ilicitude. Descriminante putativa é imaginária, o cara acha que
está amparado por essa excludente más não está.
A estrutura do crime é dolosa, más o agente é punido a título de culpa. Conduta
voluntária + resultado voluntário.
Sendo a estrutura do crime dolosa, é a única culpa que admite a tentativa.
Culpa in re ipsa ou culpa presumida: A culpa não se presume, mesmo que o cara esteja com
uma cnh vencida e se envolva num acidente isso não quer dizer que tenha sido o culpado.
ISSO NÃO EXISTE, não se admite a culpa presumida em nosso ordenamento jurídico, devendo
ser sempre comprovada.
CONDUTA PRETERDOLOSA (HÍBRIDA)
O agente pratica crime distinto do que havia projetado cometer, advindo da conduta dolosa,
resultado culposo mais grave do que o projetado. Cuida-se de figura híbrida, havendo
concurso de dolo no antecedente e culpa no consequente. EX: lesão corporal seguida de
morte. O sujeito quer só praticar uma lesão corporal no desafeto, dá um soco no nariz do seu
desafeto, só que o sujeito caiu no chão e morreu de traumatismo craniano.
Crimes agravados pelo resultado:
1 crime doloso agravado ou qualificado pelo dolo. EX homicídio qualificado
2 Crime culposo agravado ou qualificado pela culpa: EX incêndio culposo qualificado pela
morte culposa.
3 Crime culposo agravado ou qualificado pelo dolo. EX: homicídio culposo agravado ou
qualificado pela omissão de socorro.
4 Crime doloso agravado qualificado pela culpa. EX lesão corporal seguida de morte. (Só essa
hipótese configura o crime preterdoloso).
Nem todo crime agravado pelo resultado é preterdoloso. As três primeiras hipóteses
trabalham crimes também agravados pelo resultado, más que não caracterizam o preterdolo.
Só há crime preterdoloso se o crime for doloso e o resultado culposo.
Se o resultado agravador for oriundo de caso fortuito ou força maior isso não vai poder ser
atribuído ao agente.
6.1
CAUSAS QUE EXCLUEM A CONDUTA:
1: movimentos reflexos:
2: sonambulismo
3: Hipnose
4: Caso fortuito e força maior
5: Coação física irresistível. Na coação física irresistível não há crime, pois não há conduta do
agente. Na coação moral irresistível também não há crime, pois não há culpabilidade, diante
da inexigibilidade de conduta diversa.
Crimes omissivos podem ser: 1 Próprios ou puros: a conduta omissiva está no tipo penal,
por exemplo, o crime de omissão de socorro (deixar de prestar assistência). 2 Impróprios,
impuros, espúrios ou comissivos por omissão: O tipo descreve uma ação, más o crime é
cometido por omissão por aquele que tinha obrigação de agir e não agiu (art.13, §2) EX: mãe
que deixa de alimentar a criança, levando-a, a morte. EX2, salva vidas que não entra no mar
para socorrer um banhista que está se afogando
NEXO CAUSAL
É o vínculo entre a conduta e o resultado. Só se aplica aos crimes materiais, pois os
crimes formais de mera conduta não vamos ter resultado, e não vamos ter o nexo causal.
1 Teoria da equivalência dos antecedentes: REGRA GERAL, prevista no artigo 13. Também
chamada de conditio sine qua non. Conceito de causa: é todo e qualquer acontecimento sem
o qual o resultado não teria ocorrido como ocorreu e quando ocorreu.
Como saber se o fato foi causa para o resultado? Precisamos usar uma fórmula: Teoria da
equivalência dos antecedentes + método de eliminação hipotética = causa. Uma conduta
causou um resultado, você exclui a conduta usando a imaginação, se o resultado
desaparecer, é porque a conduta foi causa do resultado. A causa é apenas um pré-requisito,
ou seja, é uma conditio sine qua non.
6.4
Nos termos dessa teoria, toda ação ou omissão que de alguma forma contribui para o
resultado é considerado causa. Levando-se em conta que inúmeros fatos antecedem um
resultado, a doutrina costuma somar à teoria da equivalência dos antecedentes causais o
processo de eliminação hipotética de Thyrén. De acordo com esse método, deve-se suprimir
mentalmente determinado fato que se insere na cadeia delituosa, e depois verificar se o
resultado teria ocorrido da mesma maneira como se deu. Se eliminarmos hipoteticamente o
fato e o resultado deixar de ocorrer, será considerado causa objetiva.
Crítica: não basta a causalidade física (objetiva), ou seja, a mera relação física entre a conduta
e o resultado. Deve-se demonstrar também a causalidade psíquica (subjetiva), isto é, a
verificação de que o agente atuou com dolo ou culpa para alcançar o resultado, sob pena de
alcançarmos o chamado regresso ao infinito.
Dolo e culpa são filtros que evitam a imputação do crime regressar ao infinito. Graças
a necessidade de dolo e culpa é que eu evito regresso ao infinito da imputação do crime. A
causalidade física objetiva regressa ao infinito. Existem 3 limites de regresso ao infinito:
a) Dolo e culpa: é a chamada imputação subjetiva. Fórmula: causalidade física = teoria da
equivalência dos antecedentes + método de eliminação hipotética. + causalidade
psíquica, que é o dolo e a culpa. = imputação do crime.
b) Outro limite ao regresso ao infinito são as concausas: mais de uma causa contribuindo
para o evento.
c) Terceiro limite é a chamada imputação objetiva.
TIPICIDADE:
É um elemento do fato típico, presente em todo e qualquer crime. Tipicidade formal: é a
relação entre um fato concreto e um tipo penal. Tipicidade material: é a lesão ou perigo de
lesão ao bem jurídico tutelado pela norma. – lembra o princípio da lesividade ou
ofensividade, e o princípio da insignificância ou bagatela própria, pois se não houver uma
efetiva lesão ou perigo ao bem jurídico tutelado, aí nós vamos ter uma exclusão da tipicidade
material.
O que vem a ser o direito penal quântico? É aquele que não se contenta com a mera relação
de causalidade física, causa e efeito, exigindo também a análise do nexo normativo,
(imputação objetiva), e da tipicidade material, a serem aferidos pelos operadores do direito
no caso concreto. Ou seja, nada mais é do que o nexo normativo exigido pela teoria da
imputação objetiva + tipicidade material.