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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS

CURSO: CIENCIAS SOCIAIS IV SEMESTRE

PROF DRA: MARCELA PESSOA

DISCENTE: MARCOS CARVALHO PACHECO

Atividade sobre as obras de Durkheim: As regras do método sociológico e O suicídio.

1 - “Há algum tempo a sociologia está na moda”. Sobre a defesa da sociologia por Durkheim:
Qual sua observação sobre a postura do senso comum da própria academia?

Essa frase é dita por Durkheim na introdução do livro O Suicídio, observa-se pelo
contexto em que foi escrita, o cuidado que Durkheim tem em não se deixar contaminar pelo
senso comum, sobretudo da própria academia. Ao tratar o suicídio como fato social, o autor se
afasta toda a noção do senso comum que afirmava ser este decorrente de motivações
individuais. Desssa forma o autor afirma:

“De fato, se, em vez de enxergá-los apenas como acontecimentos


particulares, isolados um dos outros e cada um exigindo um exame
à parte, considerarmos o conjunto dos suicídios cometidos numa
determinada sociedade durante uma determinada unidade de
tempo, constataremos que o total assim obtido não é uma simples
soma de unidades independentes, uma coleção, mas que constitui
por si mesmo um fato novo e sui generis, que tem sua unidade e
sua individualidade, por conseguinte sua natureza própria, e que,
além do mais, essa natureza é eminentemente social.”
(DURKHEIM, p.17)
2 – Em que medida Durkheim pode ser considerado revolucionário ou conservador?
Em termos metodológicos Durkheim foi de fato revolucionário, pois foi o responsável
em sistematizar a sociologia, dando a esta o caráter acadêmico. Em seu livro “As regras do
método sociológico”, estabelece o fato social como objeto da sociologia, sendo uma das
primeiras regras da sociologia tratar este fato social como coisa, ou seja:

“ [...]todo objeto de conhecimento que não é naturalmente apreendido


pela inteligência, tudo aquilo que não podemos adquirir uma noção
adequada por um simples processo de análise mental, tudo o que o
espírito só consegue compreender na condição de sair de si próprio, por
vias de observações e de experimentações, passando progressivamente
das características mais exteriores e mais imediatamente acessíveis às
menos visíveis e às mais profundas”... (DURKHEIM, P.17)

Em contrapartida, se por conservador entendermos aquele que defende a manutenção da


ordem, Durkheim poderia ser enquadrado nessa categoria, haja vista sua obra é em grande
parte influenciada pelo Positivismo de August Comte, cujo lema era: “O amor por princípio, e a
ordem por base; o progresso por meta. Todavia deve-se ter em mente que no mesmo momento
em que viveu Durkheim outro sociólogo também teve destaque, o Karl Marx, esse propunha um
modelo de sociedade baseada no Comunismo, tendo a necessidade de fazer-se uma revolução
do proletariado. Ao comparar os dois modelos de interpretação da sociedade podemos incorrer
no erro de tentar rotular Durkheim como conservador, no entanto toda obra deve ser analisada
com cuidado, as contribuições de ambos foram e são importantes e nos oferecem ferramentas
uteis para entendermos as sociedades hodiernas. Prova disso é o próprio Florestan Fernandes
que em se livro ”A integração do negro na sociedade de classes”, usa tanto o método de Marx,
como o de Durkheim.

3 – “Em matéria de método, jamais se pode fazer senão o provisório, pois os métodos mudam
à medida que a ciência avança”. Como esse argumento pode ser interpretado?

Essa frase, simplesmente expressa o reconhecimento por parte de Durkheim do fato de


que a ciência está sempre em contínua mudança, deste modo, em termos metodológicos, é
preciso que sempre o cientista esteja inovando nas suas pesquisas, haja vista não se pode
conseguir obter resultados diferentes utilizando-se sempre o mesmo método experimental. A
sociologia como ciência recém-nascida deveria ter um canal de divulgação de seus estudos e
pesquisas para que os resultados estivessem acessíveis a um público maior, é nesse contexto
que Durkheim funda a Année Sociologique instituição que de fato contribuiu para o
reconhecimento da sociologia como ciência.

4 – Qual a diferença esclarecida entre as ciências da natureza e as ciências humanas que


fundamenta sua principal dificuldade?

A diferença consiste no objeto de estudo, diferente das ciências da natureza as ciências


humanas têm como objeto de estudo o ser humano, desse modo a dificuldade reside no fato de
ser o ser humano estudando o ser humano (investigador e objeto). Ora, ao estudar um
fenômeno da natureza (a chuva, o ar, a terra, etc.) o cientista não recebe destes nenhuma
influência nem exerce sobre este alguma influência que prejudique sua análise. Porém ao
estudar o ser humano, deve-se considerar que este é coberto de desejos, pensamentos,
linguagens, influencias e está a todo momento sujeito a mudanças, dessa forma há um cuidado
e atenção maior nas ciências humanas o que as singularizam e as diferenciam das demais
ciências.

5 – Como observar a funcionalidade do Fato Social, construída pelo autor?

A Funcionalidade Do fato Social se observa, segundo Durkheim, devido as suas 3


características, que são, respectivamente. Exterioridade, generalidade e coercitividade. O Fato
Social é exterior porque quando o indivíduo nasce, já se tem todo um conjunto de regras pré-
estabelecidas que o mesmo deverá seguir, exemplo: a indumentária, a linguagem, o que é certo
ou errado, tudo isso é transmitido através da educação familiar. A generalidade do fato, como
o próprio nome já diz, é porque determinado costume, regra, comportamento é compartilhado
por uma totalidade de indivíduos numa determinada sociedade, e por fim, a coercitividade, ora,
se um indivíduo por sua vontade quiser praticar algo que vá de encontro com que o meio social
ao qual ele esteja inserido determina, estará sujeito a coerção, ou seja, será punido de alguma
forma.

6 – Qual a relação entre as chamadas consciência individual e consciência coletiva, e como


observa-las a partir das instituições?
A grosso modo, consciência coletiva é tudo aquilo que pertence ao coletivo, ou seja, o
conjunto de regras, crenças e sentimentos compartilhados por uma sociedade, já a consciência
individual, fundamente-se nas percepções, crenças e sentimentos que cada indivíduo possui em
particular e que o torna único. Para Durkheim a consciência coletiva é superior a individual,
contudo não existiria sem ela, em seu livro “As regras elementares da vida religiosa”, afirma:

“[...] foi sob a forma de pensamento coletivo que o pensamento impessoal pela
primeira vez se revelou à humanidade, e não vemos de que outra maneira
poderia ter ocorrido essa revelação. Pelo simples fato de existir a sociedade,
existe também, fora das sensações e das imagens individuais, todo um sistema
de representações que gozam de propriedades maravilhosas. Graças a elas os
homens se compreendem, as inteligências se interpenetram. Elas possuem uma
espécie de força, de ascendência moral, em virtude da qual se impõem aos
espíritos particulares. Por conseguinte, o indivíduo se dá conta, ao menos
obscuramente, de que acima de suas representações privadas existe um mundo
de noções-tipos segundo as quais deve regular suas ideias: ele percebe todo um
reino intelectual do qual participa, mas do qual o excede. ” (DURKHEIM, p. 485)

As instituições (religião, direito, família, escola, etc.) são exemplos perfeitos de como a
consciência coletiva está de certo modo acima das consciências individuais, você pode optar por
esta ou aquela banda de música, porém é muito difícil duvidar do que estar sendo passado como
verdadeiro na escola.

7 – Qual a contraposição entre fenômenos normais e patológicos?

O fenômeno é normal, segundo Durkheim, quando este está na média das sociedades e
qualquer desvio em relação a este padrão torna-se patológico. Nesse sentido, discordando da
maioria dos criminologistas, o autor surpreende ao classificar o crime, (entendido como
patológico), como algo pura e simplesmente normal, pois em primeiro lugar uma sociedade
isenta dele é impossível, explica Durkheim:

“O crime não se observa só na maior parte das sociedades desta ou


daquela espécie, mas em todas as sociedades de todos os tipos. Não há
nenhuma que em que não haja criminalidade. Muda de forma, os atos
assim qualificados não são os mesmos em todo o lado; mas sempre e
em toda a parte existiram homens que se conduziam de modo a incorrer
na repressão penal. Se, pelo menos, a taxa de criminalidade, ou seja, o
quociente entre o número atual de crimes e o da população, tendesse a
baixar, à medida que as sociedades passam dos tipos inferiores para os
superiores, poder-se-ia crer que, apesar de permanecer um fenômeno
normal, o crime tende, no entanto, a perder este caráter. Mas não
temos nenhum motivo para acreditar na realidade dessa regressão.
Muitos fatos parecem antes demonstrar a existência de um movimento
no sentido inverso” (DURKHEIM, p.82)

Dessa forma o crime não só é visto como normal, mas como necessário e útil:

“O crime é necessário; está ligado às condições fundamentais de


qualquer vida social mas, precisamente por isso, é útil; porque estas
condições de que é solidário são elas mesmas indispensáveis à evolução
normal da moral e do direito. [...] onde ele existe, não só os sentimentos
coletivos estão no estado de maleabilidade necessária para tomar uma
nova forma, como também contribui, por vezes, para determinar a
forma que estes tomarão. Segundo o direito ateniense, Sócrates era um
criminoso, e a sua condenação nada atinha de injusto. Contudo, o seu
crime, a saber, a independência de seu pensamento, era útil não só a
humanidade, mas também à sua pátria: servia para preparar uma moral
e uma fé novas de que os atenienses necessitavam naquele momento,
porque as tradições de que tinham vivido até então já não estavam em
harmonia com as suas condições de existência”. (DURKHEIM, p.86)

8 – Qual a preocupação de Durkheim em fazer uma análise sobre o suicídio e estados


psicopáticos, a partir de suas conclusões?

Os estados psicopáticos são tratados no capítulo 1 Os fatores extra sociais, Durkheim


analisa nesse capítulo os argumentos de diversos alienistas que afirmavam o suicídio está ligado
a loucura, ou até mesmo este ser uma doença em si, afirma o autor:

“Em suma, os suicídios vesânicos, distinguem-se dos outros tal


como as ilusões e as alucinações se distinguem das percepções
normais e como os impulsos automáticos se distinguem dos atos
deliberados. É verdade, no entanto, que se passa de uns para os
outros sem solução de continuidade; mas, se isso fosse razão para
identifica-los, dever-se-ia igualmente confundir, de maneira geral,
a saúde com a doença, pois esta não é mais do uma variação
daquela. Mesmo que tivéssemos demonstrado que os indivíduos
médios nunca se matam e só se destroem os que apresentam alguma
anomalia, ainda assim não teríamos razões para considerar a
loucura como uma condição necessária do suicídio; pois um
alienado não é simplesmente um homem que pensa ou que age de
maneira um pouco diferente da média”. (DURCKHEIM, p. 45)

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