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1 - “Há algum tempo a sociologia está na moda”. Sobre a defesa da sociologia por Durkheim:
Qual sua observação sobre a postura do senso comum da própria academia?
Essa frase é dita por Durkheim na introdução do livro O Suicídio, observa-se pelo
contexto em que foi escrita, o cuidado que Durkheim tem em não se deixar contaminar pelo
senso comum, sobretudo da própria academia. Ao tratar o suicídio como fato social, o autor se
afasta toda a noção do senso comum que afirmava ser este decorrente de motivações
individuais. Desssa forma o autor afirma:
3 – “Em matéria de método, jamais se pode fazer senão o provisório, pois os métodos mudam
à medida que a ciência avança”. Como esse argumento pode ser interpretado?
“[...] foi sob a forma de pensamento coletivo que o pensamento impessoal pela
primeira vez se revelou à humanidade, e não vemos de que outra maneira
poderia ter ocorrido essa revelação. Pelo simples fato de existir a sociedade,
existe também, fora das sensações e das imagens individuais, todo um sistema
de representações que gozam de propriedades maravilhosas. Graças a elas os
homens se compreendem, as inteligências se interpenetram. Elas possuem uma
espécie de força, de ascendência moral, em virtude da qual se impõem aos
espíritos particulares. Por conseguinte, o indivíduo se dá conta, ao menos
obscuramente, de que acima de suas representações privadas existe um mundo
de noções-tipos segundo as quais deve regular suas ideias: ele percebe todo um
reino intelectual do qual participa, mas do qual o excede. ” (DURKHEIM, p. 485)
As instituições (religião, direito, família, escola, etc.) são exemplos perfeitos de como a
consciência coletiva está de certo modo acima das consciências individuais, você pode optar por
esta ou aquela banda de música, porém é muito difícil duvidar do que estar sendo passado como
verdadeiro na escola.
O fenômeno é normal, segundo Durkheim, quando este está na média das sociedades e
qualquer desvio em relação a este padrão torna-se patológico. Nesse sentido, discordando da
maioria dos criminologistas, o autor surpreende ao classificar o crime, (entendido como
patológico), como algo pura e simplesmente normal, pois em primeiro lugar uma sociedade
isenta dele é impossível, explica Durkheim:
Dessa forma o crime não só é visto como normal, mas como necessário e útil: