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Chaos
Série - Unyielding
Livro Um
Nashoda Rose
Equipe Pégasus Lançamentos:
Envio: Soryu
Tradução: Erika, Ana Oliveira, Camila, Marta, Maria Jose, Ale
Costa.
Revisão Inicial: Julia, Ana Beatriz, Susana Isabel, Marta, Camila
e Caroline T.
2ª Revisão Inicial – Karine
Revisão Final – Lyli Cunha
Leitura Final: Lola
Formatação: Lyli Cunha e Lola
Verificação: Mandy Marx, Carla C. Dias
Sinopse
GEORGIE
Eu minto para sobreviver.
Tenho feito isso desde que eu tinha dezesseis anos e meu mundo caiu
no caos. Mas encontrei uma maneira de suportar, ou melhor, ela me
encontrou. Agora eu sou uma prisioneira da minha própria missão, me
escondendo atrás de uma máscara de falsidade para que ninguém veja a
verdade. Nem mesmo o homem que quero, mas não posso ter - Deck. Mas eu
errei e as mentiras estão transbordando, fora de controle.
Deck é implacável e não vai se contentar com nada menos do que a
verdade. Ele exige tudo de mim - TUDO - ainda que isso me rasgue.
DECK
Eu mato para ter uma vida.
Inflexível - É como sobrevivo em minha linha de trabalho. Eu dobro
as pessoas à minha vontade... Exceto Georgie. Mas agora isso termina. Eu
joguei o seu jogo por muito tempo. Agora é hora de jogarmos o meu.
Aviso
Este é um romance erótico com alguns elementos obscuros. Se você
fica desconfortável com sexo explícito, linguagem dura e cenas
perturbadoras, então este livro pode não ser para você.
Para os leitores.
Obrigado por todo vosso apoio.
Pelas mensagens reconfortantes.
Pelas amizades.
Por fazer minha jornada como autora tão incrível.
Este livro é para vocês.
Prólogo
Georgie
Não.
Connor.
Connor.
Corra.
Tum.
Tum.
Tum.
Tum.
Depois, o silêncio.
Eu parei de balançar.
A porta se abriu.
— Georgie.
— Georgie.
Nada ajudaria.
Connor.
Ele se foi.
Dor.
Devastação.
'Caos'.
Destruição.
Descanse Em Paz.
Lágrimas.
Correr.
Correr.
Correr.
Correr. Fugir.
— Te odeio.
Parei de lutar.
Ele esperou um segundo e depois me liberou. Enfiou a
mão no bolso de trás e tirou um livro pequeno, de capa de
couro, bordas desgastadas e um pouco torto.
Eu não tinha ideia de por que eu fiz isso, mas andei até
a janela, abri as cortinas brancas e fiquei olhando, enquanto
ele caminhava, com tensão nas costas e passos rígidos.
Georgie
— Azul?
Eu pisquei.
— Oi, Deck.
— Namorado?
Eu ri.
E, sucesso.
Eu sorri.
— Quem?
— Georgie.
— Vamos, Deck. Você já não sabia disso? — Suas
sobrancelhas suavizaram. — Bem, ele tem vindo aqui por três
semanas. — As câmeras de segurança teriam dito isso a ele.
Quando comprei o café, ele as instalou, disse que era um
impedimento para os assaltantes. Eu sabia que uma maneira
dele manter o olho em mim.
Revirei os olhos.
— Rylie disse...
Sentei-me.
Rylie assentiu.
Rylie estremeceu.
— Talvez devêssemos deixar esfriar por alguns dias.
Estivemos em noitadas durante semanas. Além disso, estou
com pouco dinheiro. A menos que queira me dar um
aumento? — Ela sorriu.
Eu sorrio.
Deck
— Tudo bem?
Olhei para ele e ele sorriu. Idiota. Ele sabia muito bem
que nada, nunca, estava bem quando o assunto era Georgie.
E agora era pior. Esta não era apenas uma jovem garota que
ia a festas e bebia demais. Georgie estava tendo problemas
com a bebida.
— Claro que ela sabe. Ela pode não saber dessa merda
toda, o que você é capaz de fazer..., mas ela sabe que você se
importa com ela. Ela sabe que você a protege com seus
homens e com sua vida. Chefe, Georgie te conheceu antes de
você começar o Unyielding Riot. Essa menina se apaixonou
por você há milhares de anos e Connor também sabia disso.
Dirigi meus olhos para Tyler.
Mas eu cedi.
Eu cedi à Georgie.
Georgie
Ele riu.
— Georgie!
— Relaxe, Luther.
E obrigada, Lionel.
— Se vista.
— Cala a boca.
Eu calei, porque fiquei sem ar e não consegui respirar.
Além disso, me senti doente com meu estômago revirando
com as bebidas que consumi. Então, eu estava um pouco
bêbada esta noite, nada de errado com isso.
Georgie
1
Dispositivo usado em BDSM para aumentar a vulnerabilidade das partes inferiores, amarrando os
tornozelos (ou joelhos) no extremo oposto, impedindo de proteger/ocultar os órgãos genitais.
baixo, entre seus peitorais. Ele permaneceu frio e imóvel
como uma pedra – o típico Deck, não revelando nada.
Irritava-me, enquanto eu era um livro aberto com páginas
sendo arrancadas – que ele que estava lendo. Pelo menos
quando se tratava de minha atração sexual com ele. Ele não
lia nada mais do que eu havia me tornado. Deck perdeu as
páginas mais importantes, quando desapareceu, durante
esses dois anos.
Talvez...
— Parar o quê?
Eu parei.
E foi isso.
Deck
— Chefe?
Georgie
2
Froot Loops São rosquinhas de cereal à base de milho, aveia e trigo, com sabor de frutas.
— Você quer me dizer que o suco de laranja não tem
vodca nele?
**************
Pular da janela do segundo andar deveria ter sido fácil,
exceto quando há um galho de árvore para se segurar e ele
acaba quebrando. Eu nunca tive que fugir da minha própria
casa antes. Só esperava que Vic ouvisse o chuveiro ligado e
não ficasse desconfiado, por pelo menos dez minutos. Depois
disso.... Bem, ninguém iria me encontrar até que eu quisesse
ser encontrada.
Só eu e minha dor.
Ele riu.
— Algum problema?
Eu bufei.
— Se ele descobrisse...
Tanner assentiu.
Silêncio.
3
Chaos - em alguns momentos essa palavra não foi traduzida, quando se refere a nome próprio. Porém seu
significado é caos.
todos os anos antes de entrar na escuridão da dor
insuportável, onde o passado se juntava ao presente.
Paz.
Eu abri a porta.
— Olá, Chaos.
Capítulo 5
Georgie
Respirei profundamente.
Lentas e rítmicas.
— Não é?
Eu balancei a cabeça.
Balancei a cabeça.
O caos perfeito.
Deck
Goldie.
— Entendi.
— E Vic?
— Sim, Chefe.
— Entendi.
— Sim, é ele.
— Chefe.
— Chefe.
— Deck!
Peguei o telefone.
— O Quê?
— Houve um acidente.
Era como se todas aquelas palavras que eu tinha
acabado de pensar explodissem como uma granada. Meu
coração batia forte e eu tinha dificuldade em engolir.
Mantenha a compostura.
— E sobre Connor?
Georgie
Eu gritava e gritava.
— Sim, bem, não foi lindo para mim também. E Vic não
tinha que perturbá-lo. E você não tinha que vir. — Mas é
claro que ele viria. Deck imprevisível era previsível quando se
tratava de manter sua palavra. E não importa o quanto mais
difícil tornava a minha vida.... Eu o amava por isso.
— Deck...
—Deck...
Eu não podia.
— É tarde demais.
Eu arranquei o monitor cardíaco e, em seguida, a
intravenosa, sai da cama e corri para a porta, virando para o
corredor. Eu não tinha ideia de onde estava indo, exceto que
a palavra correr se mantinha em mim, como se eu fosse
aquela menina de dezesseis anos de idade, novamente.
— Responda-me.
— Responda-me. Porra.
— Deck!
— Não, Georgie. Terminei.
Georgie
Não.
— Segure-a.
— Deck. Deck.
Deck?
Eu gemia.
— Deck. — Eu chorei.
Balancei a cabeça.
— Não.
Os olhos de Deck se fecharam por um breve momento,
em seguida, ele deixou o cinto de segurança, endireitou-se e
fechou a porta. Ele se virou e falou alguma coisa com Tyler,
embora eu não pudesse ouvir. Tyler acenou com a cabeça,
olhou para mim e em seguida, sentou no banco de trás, com
o telefone no ouvido.
— O que aconteceu?
— O que aconteceu?
— A polícia... — Eu comecei.
— Já está tratado.
— Minha casa.
Georgie
Talvez fosse por isso que era mais fácil ser alguém
diferente de quem realmente era. Ele rejeitou aquela pessoa,
não meu verdadeiro eu. Mas agora, era como se meus dois
mundos colidissem e eu não tinha escapatória.
— Acabaram as mentiras.
Não tinha certeza do que ele sabia, não sabia sobre que
mentiras ele estava se referindo. Havia tantas que eu já nem
sequer sabia que parte de mim era verdade e o que não era.
Mas revelar qualquer uma das verdades tinha consequências
das quais ele me avisou e eu sabia as regras, quando tudo
começou. Na época, eu nunca pensei que Deck fosse voltar.
— Deck...
Deck
— Está no congelador.
Capítulo 9
Georgie
Fiquei rígida.
— Você era.
Deck bufou.
— Georgie.
Eu disse baixinho:
Ele me virou.
E ele deixou.
Capítulo 10
Georgie
— Por quê? Por que você não disse a eles? Jesus, você
poderia ter chamado minha unidade. Alguém teria me
contatado. — Ele virou de costas, levando-me junto, para que
ficasse por cima dele. Seu braço ainda estava por perto,
impedindo qualquer fuga.
— Eu vou encontrá-lo.
— Fazer o quê?
— Kai?
Merda.
Georgie
— Ele sabe.
Silêncio.
Parecia que ele estava abrindo uma porta e depois ouvi
o barulho do tráfego.
— Então?
— Por favor, Kai. Não. Vou fazer tudo que você quiser.
Por favor, não o mate. Não é culpa dele, é minha. Faça o que
você quiser comigo, mas com ele não. Por favor, não com
Deck. — Respirei fundo, tentando me acalmar, minhas
entranhas estavam enroladas como fios emaranhados.
Kai suspirou.
Ele riu.
— Sutiã.
Ele esperou.
Seu beijo era uma invasão. Percebi o que ele quis dizer
com 'não haver volta'. Ele me perguntou se eu tinha certeza,
porque Deck estava tomando-me e, eu tinha de dar ou ser
devorada. O pensamento me excitou, ainda mais e, eu o beijei
avidamente, como se tivesse fome dele.
— Tudo.
— Eu sei.
— Os cortes?
Balancei a cabeça.
— Huh?
— Por quê?
— Parar o quê?
Ele me ignorou.
— Ia dar?
Porra, Deck.
— Mais forte.
— Baby?
—Sim.
— Robbie Krovakov.
Seu corpo enrijeceu e ele colocou a mão no bolso de
trás, puxando o celular.
Deck
Saí do quarto.
Silêncio.
— Também disse para você ficar nua.
— Pare.
— Vem cá.
— Um pouco.
Eu me afastei.
Georgie
Tomando.
Reivindicando.
— Mais.
— Você me quer?
Deck
Eu ri.
— Cerejas? — Não sabia de onde ela tirou a ideia de
comparar homens a sobremesas, mas era Georgie... E eu
achava aquilo adorável. Porra, eu disse adorável. Merda.
Arqueei as sobrancelhas.
— Formigas vermelhas?
Fiquei tenso.
— Não.
— Deck...
— Preciso disso.
Caminhei até à porta. Não sabia por quê. Ela dizer que
queria estar perto de Robbie o tinha tornado muito real. O
medo no qual ela tinha vivido. A dor. E depois sua
necessidade de se libertar. Jesus, eu não a tinha protegido. E
sabia que essa era a razão pela qual eu estava tão irritado.
— Qualquer merda que você tem com Kai terminou.
Ideias sobre chegar perto do desgraçado que te machucou,
“terminaram”. E este é o fim da discussão.
— Não. — Eu rosnei.
— Nós podemos...
— Baby, ajude-me.
E agora... ela teria que aceitar tudo sobre mim, por que
ela estava trancada a mim, e não havia nenhuma chance dela
receber a chave de saída.
— Deck?
Georgie
— Oops.
Eu sorri.
— Georgie.
— Minha cabeça não está bem. Ela agora meio que está
na terra dos doces.
— Mas Kai sabia. Não sei como, mas ele sabia o que
Robbie estava fazendo comigo, e me deu uma saída. A
princípio, eu recusei. Eu estava tão perdida e imune à dor
que não me importava com nada. E eu tinha pavor de Robbie
descobrir e ir atrás de minha mãe, como disse que faria.
Connor tinha sumido e você...
Balancei a cabeça.
— E os irmãos?
Dei de ombros.
Balancei a cabeça.
— Não. Kai não gosta de armas. Ele disse que elas são
perigosas. — Deck zombou disso. — E eu nunca tive a
intenção de usar uma.
— E Robbie?
— Porra.
Balancei a cabeça.
— E você, não é?
Balancei a cabeça.
—Não sei.
Eu disse baixinho.
— Preciso de Kai.
Georgie
— Agora não.
A minha resposta?
— Quando?
Deck riu.
— E você?
— Ele voltou, com uma arma. Ele atirou nela, bem entre
os olhos, em seguida, chutou-a uma e outra vez. Foi no meio
da noite. Acordei com o tiro e fui correndo pelas escadas para
vê-lo batendo em seu corpo morto e sem vida. — Oh, Deus.
Eu me senti mal do estômago e coloquei a mão sobre a boca.
Eu não tinha percebido que eu estava chorando até que senti
uma gota lágrima quente na minha mão.
— Vem aqui.
Eu ri.
Deck
— Querida.
— Tudo bem.
Georgie
— E isso significa?
—Ok.
— Fica quieta!
Estendi a mão.
Deck se ajoelhou na cama e montou em mim.
Georgie
Eu devia saber.
Deck resmungou.
Silêncio, então.
— E se for você?
Eu não sabia como lidar com uma arma, mas eu não era
estúpida e tinha estado em torno de Deck toda minha vida.
Acho que eu estava recebendo minha lição mais cedo do que
eu pensava.
Deck
— Terminou agora?
Ela bufou.
— Isso é besteira.
Tyler bufou.
— Apelido. — Esclareci.
Vic resmungou.
— Lionel...
— Agora não.
Eu sabia muito bem que Kai tinha uma faca sob a mesa,
pronta para cortar a artéria femoral na minha coxa no
segundo que parecesse que eu ia puxar o gatilho. Tyler viu
isto, também.
Eu bufei.
— Connor.
Tyler gemeu.
— Puta merda.
Kai disse:
Ele me ignorou.
— E Robbie?
— Des-envolve-a.
Porra. Foi por isso que Kai não tentou encontrá-la por si
mesmo. Por isso ele nos levou para Nova York e nos pediu
para procurar de forma dissimulada London, para que a
escondêssemos até que ele entrasse em contato conosco. Ele
não queria deixá-la para quem ele trabalhava. Eles saberiam
que ele estava vigiando por London. Merda, foi por isso que
ele a deixou no México, quando ele poderia ter facilmente ido
buscá-la, ele mesmo.
Não havia muita escolha aqui. Para quem seja que ele
trabalhasse era mais poderoso e tinha mais contatos do que
eu. Não havia nenhuma chance que eu começasse a escavar
em alguma organização que falsificou a morte de um oficial
JTF2.
Kai assentiu.
Georgie
Eu esperei.
— Deck...
— Você me ama?
Eu sabia por que ele disse isso. Seja qual for o tormento,
não era bonito, ele estava deixando claro não importa o que
acontecesse, ele nunca me deixaria partir.
— Deck.
— Eu sei que você sente. Mas você não tem nada que se
desculpar.
— Eu sempre te amei.
— Eu sei, querida.
Georgie
Eu fiquei desorientada, enquanto eu tentava
compreender o que ele tinha dito. Eu não acreditava nisso,
mas ... Deck nunca mentia.
— Mas...
— Oh, Deus. Deck. Não. Por favor, me diga que ele está
bem. —Lágrimas encheram meus olhos, enquanto o imaginei
queimado demais para ser reconhecido e sentado em um
hospital em algum lugar, durante os últimos dez anos, sem
ninguém com ele. — Você o viu morrer. Você disse que ele
estava em um veículo que você viu explodir. — Eu tremi
incontrolavelmente, quando as perguntas e a urgência de
encontrar respostas me invadiram. — Como é que você
descobriu? — Então lembrei sobre Kai perguntando se eu
sabia no que ele estava trabalhando nos últimos meses. —
Kai? Kai sabia sobre Connor? Ele te contou?
Eu congelei.
— Não.
Ele endureceu.
Deck assentiu.
Deck assentiu.
— Fazer o que?
Eu sorri.
— Hey.
Revirei os olhos.
Endireitei-me na cadeira.
Eu encolhi os ombros.
— Traga-o.
Eu congelei.
— Ok.
— O quê?
— Ok. Eu aceito.
— E?
— O que, Georgie?
— Eu estou limpo.
— O Quê? Quando?
— Sério? Só assim?
— Sim, só assim.
Eu bufei.
— Ok.
Georgie
Sim, isso era algo que Kai diria, agora mais do que
nunca. Sentei-me no banco ao lado dele, toquei seu ombro e
apertei. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo com
ele, mas era ruim.
— Você não deveria estar aqui. — Jesus, Vic estava
procurando Tanner, agora mesmo. Eu tinha que chamar
Deck. Eu não queria, porque sabia muito bem o que eles
fariam com ele. Mas eu também sabia que se Tanner
estivesse no escuro, tanto quanto eu, então eles não iriam
machucá-lo.
— Lionel.
—Morto.
— Eu o matei.
— Não.
— Relaxe. Não foi tão ruim assim. Você não tem ideia do
que é ruim, mas logo vai... — Seus olhos eram mais calmos
agora, a respiração mais lenta, quase rítmica, o que era uma
coisa boa. — Eles enviaram Kai, quando eu lhes disse que
você estava pronta.
— Pronta?
Tanner assentiu.
— Eles têm seu irmão, você sabe? Ele está vivo e bem.
— Ele riu. — Bem, eu não sei sobre bem, mas ele está vivo.
Estava ferrada.
— A guerra já começou.
— Foda-se, Tanner.
Ele me tinha por ambos os braços e seu corpo estava
muito perto de mim. Eu não tinha espaço suficiente para
uma joelhada nas bolas, e minha cabeça ainda estava se
recuperando, da dor da pancada.
Porra.
Ele riu.
Ele resmungou.
Deck
— A escola?
— Jesus.
— E isso significa?
— Isso significa que ele quer que eles o levem e Georgie
para dentro.
— E nós o faremos.
— Por que ele iria querer levá-la para eles? Kai diz que
ele tem uma queda por ela. Eu acho que se fosse verdade ele
gostaria de levá-la para longe desses idiotas. Sem chance que
eu iria deixar esses filhos da puta perto da minha menina. —
Josh pigarreou. — Desculpe, chefe.
Georgie
Vault?
— Oh, não é tão ruim assim. Espere até Vault ter você.
Então você vai saber o que é dor. — Ele passou o dedo na
minha espinha, como uma carícia suave e senti seus lábios
tocarem minhas costas. — Eu vou apagá-lo de você. Fazer
você esquecê-lo, Georgie.
Tanner riu.
Kai se endireitou.
— O que você vai fazer? Esperar aqui por horas, até que
eles façam contato?
Cinco.
Quatro.
— Aqui.
Três.
Um.
— Não.
— Kai disse que ele faria. Vamos lá, Baby. Vamos levá-la
para fora daqui.
Os homens se colocaram em torno de nós e senti cheiro
de gasolina, em seguida, Deck me levantou nos braços e saiu
da escola.
Georgie
Deck assentiu.
Kai assentiu.
Georgie
— Bom.
Eu suspirei. Sim, essa atribuição de merda ia ser um
problema permanente. Ele veio por trás, quando jogou o pano
na pia.
Eu sorri.
— Nosso casamento?
Eu dei os ombros.
Eu balancei a cabeça.
Tyler riu.
— O quê?
Kai
Até ela.
A garota.
London.
Eu sorri.
Porque eu estava.
Um teste.
Lealdade.
Eles sabiam que eu vinha aqui uma vez por mês para
atender Brice, o imbecil. Que eu tinha que caminhar por este
corredor. Que, eventualmente, eu ouviria seus gritos.
Perceberia sua presença.
— London. — Eu respirei.
Em seguida, seu olhar assombrado e morreu me
encarou. Ela desistiu. Mais um dia e ela seria ou faria
qualquer coisa que lhe pedissem, para o resto de sua vida.
Tinham denotado toda sua esperança de ser salva.
Georgie
Deck resmungou.
— Deck?
— Será que isso foi tudo o que ele disse? — Deck pode
tentar me proteger, mas ele não iria mentir.
Nem eu.
— O quê?
Eu sorri.
— Muito seguro de si mesmo.
Ele gemeu.
— Mmmm.
Eu ergui meu corpo, por cima dele, até que minha boca
estava a centímetros da sua.
Lanche de domingo,
quatro semanas mais tarde.
Georgie
— Docinho de coco?
— Merda.
— Jesus.
Eu balancei a cabeça.
Eu sorri.
Kat gemeu.
Kat riu.
Senti que ele ficava cada vez mais duro e mordi meu
lábio inferior, silenciosamente rindo, porque eu sabia que ele
estava tentando desesperadamente se manter controlado.
Eu sorri.
— Ok.
Fim