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13: Carnaval
CRUZADINHA
1. Assistir Missa, os homens postados à esquerda 6. Esta obra, considerada Símbolo Oficial 11. Por proposta de _____________________
e as mulheres à direita de quem entra na Igreja, de Porto Alegre, teve como modelo o 35 CTG adotou nomenclatura e estrutura
era um hábito dos imigrantes ______________ ________________________ administrativa própria, inspirada nas estâncias
gaúchas.
2. Também conhecida por “arraia”,
a_________________ é um brinquedo milenar que 7. Podemos dividir a cobertura vegetal do
12. Ritmo musical eminentemente
ainda hoje diverte as crianças e adultos, durante Rio Grande do Sul em dois grandes grupos.
gaúcho:_________________
“tempos de ventos” . ____________ e ____________
15 L
5 2 9
7 P A
4 C A A
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12 G 13 O
6 A S
14 A
.
Guasca. 15 – Conselho Diretor
- Bugio. 13 - Mocotó. 14 - Cancioneiro
10 - Enxaimel. 11 - Glaucus Saraiva. 12
florestas. 8 - Florestas. 9 - Antonio Sepp.
Laçador. 6 - Paixão Côrtes. 7 - Campos e
ga. 3 - Medianeira. 4 - Cavalhadas. 5 -
RESPOSTAS: 1 - Poloneses. 2 - Pandor-
EXPEDIENTE Informativo integrante do Eco da Tradição, edição 198, de fevereiro de 2018. Publicação da Vice-presidência de Cultura do Mo-
vimento Tradicionalista Gaúcho. Responsabilidade técnica: Jane Bitsck. Colaboradores: Lourenço Nunes e Kelly Pereira da Rocha.
ano XVII • edição 198 ECO DA TRADIÇÃO - 3
HISTÓRIA
O artesanato gaúcho
“A palavra arte pode assumir
várias significações na linguagem.
Falando-se de transformação de
matéria bruta pelo homem, ela
pode representar uma forma de
produção quando se desenvolve
na procura do útil; ou uma forma
de expressão se desenvolve na
procura do belo.”
Ao falar em produção manual chas, flores artificias. Vamos falar ferro em brasa, gravando assim os
dos rio-grandenses (que herdaram um pouco dos principais: motivos de importância para o ar-
costumes de tantos outros povos), tesão.
é importante fazer algumas dife- Artesanato com fibras vegetais
renças de interpretação do que de Vime
fato é considerado trabalho manu- Com inúmeros tipos de fibras
al, e consequentemente Artesana- vegetais diferentes, como trigo, A região da Serra Gaúcha foi a Vime
to: tiririca, butiazeiro, milho, cipó, que mais trabalhou e deu vida as
taquara, algodão e embira, é con- peças de vime. Desde simples pe-
“A primeira distinção deve ser feccionada aqui no Estado uma de- ças como cestos e cadeiras, hoje Para ter ideia, até mesmo concur-
feita com o molde, que é forma e zena de produtos diferentes. Com podem ser encontradas ricas e so- sos existiam antigamente, sendo
padrão, que significa regularidade. um processo de certa forma de- fisticadas peças. o primeiro organizado por Paixão
Com molde se produzem objetos morado, é necessário cortar, secar, Côrtes em 1957. O favo, também
iguais ou cópias sem originalida- destalar, trançar e dar acabamen- Chifre chamado de Mondonguinho, Fofo,
de alguma. Não se deve confundir to para então dar início à série de Nos primórdios da vida dos Pregueado, Buchinho, Casa ou Ni-
regularidade com uniformidade. produção de Chapéus, Trilhos e Es- gaúchos, o Chifre foi uma das pe- nho de Abelha, tomou inúmeras
Embora padronizada, cada peça teiras, Porta-Cuias, Cortinas, Uten- ças de mais comum utilização nos formas diferentes, onde se esten-
feita à mão é única, não se con- sílios para mesa e costura, Bolsas, campos do sul. Também conheci- dem sempre na parte externa da
funde com nenhuma outra, nem da Decoração de Interiores, Flores e da como Guampa ou então Aspa, bombacha, na lateral da perna. O s
mesma espécie, ainda que tenha por aí vai... deu origem a copos, canecos, ma- nomes eram dados de forma que
sido elaborada no mesmo dia pela madeiras para terneiros guaxos,
Cuias lembravam algo, como por exem-
mesma pessoa. ” (J.C. Paixão Côr- pentes, peinetas para coque, pas- plo o Favo ou Ninho de Abelha, re-
tes) De todos os recipientes varia- sadores para cabelo, dedal, colher, mete ao desenho de uma colmeia.
O estilo de cada artesão em- dos onde o campeiro ceva o seu garfo, anéis femininos, fivelas para Também poderiam possuir como
presta a sua marca pessoal a cada chimarrão, foi o porongo que ga- guaiacas, cabo de chaira... decoração esses favos, botões e
objeto, possuindo a sua própria nhou maior destaque entre nossa
Osso moedas.
originalidade, o que pode distin- gente. O porongo, após a colheita,
guir padrões regionais de feitio de precisa de um tratamento espe- Assim como o chifre, po- Então bueno, que todos os ar-
trabalhos semelhantes, como por cial, incluindo raspagem da peça, rém em menor escala, o osso foi tesãos não deixem tão belas obras
exemplo, Bombachas. Antigamen- o que poderá definir qual a sua co- utilizado para diversos utensílios primas morrerem, passando de
te cada região possuía um “estilo”, loração, conforme o tempo que foi úteis para o dia-a-dia. Como deco- geração em geração os usos e cos-
e isso vinha a tornar-se também raspado (se logo após a colheita, ração, eram feitas boleadeiras, e tumes do povo de nossa terra, e
como uma moda local. fica em tons mais claros). Merece para o dia-a-dia, bombas para ar- assim, nossa cultura se perpetue
destaque especial o enriqueci- reios ou estribos, cabos de relhos,
mento artesanal das cuias, que po- cada vez.
Mas bueno, falando propria- passadores, fivelas...
mente dito do que o nosso povo deriam receber adornos de prata Fontes das imagens: Mercado
sulista produziu de artesanato, po- e ouro tanto no bocal e na bomba, Bombachas Livre e Selaria Porteira Velha
demos citar como principais maté- ou, então, através de entalhes no
rias-primas: fibras vegetais, madei- próprio porongo, trazendo moti- A bombacha tradicional requer
ra, porongo, vime, chifre, osso, lã, vos regionais, naturalistas... O tra- muita mão-de-obra, especialmen-
crina, metais... Além de trabalhos balho também pode ser feito atra- te quando possui pregas e enfei- Guilherme Milani e Jés-
únicos como rendas de bilro, porce- vés de pirografia, onde nos tempos tes distintos. Os favos são verda- sica Sena. Estância Virtual
lana, cerâmica, ornatos em bomba- antigos acontecia por meio de um deiras relíquias do nosso estado. (www.estanciavirtual.com.br)
ECO DA TRADIÇÃO fevereiro de 2018
FOLCLORE