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PROF.

PEDRO BARRETTO – COORDENADOR DO PORTAL F3

Mestre em Direito, MBA / FGV, Triplamente Pós Graduado, Master Coach Profissional

DIREITO TRIBUTÁRIO

DICAS ESPECIAIS

Prof. PEDRO BARRETTO

BLOCO I

DICAS 001 a 030

BLOCO I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: PARTE I

DICA 1: O nosso atual Sistema Tributário conta com cinco espécies de tributos, a
saber: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA,
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS e CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. Na nossa
Constituição, os Impostos são mencionados no art.145, I e disciplinados nos arts.147,
153, 154, 155 e 156, havendo ainda regrinhas importantes de repartição das receitas
tributárias por eles geradas nos arts.157 a 162. As Taxas são previstas no art.145, II e
§2º e as Contribuições de Melhoria no art.145, III. Os Empréstimos Compulsórios
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aparecem no art.148 e as Contribuições Especiais nos arts.149 e 149-A, merecendo


ainda atenção o art.177,§4º, o art.195 e o 212,§5º. No Código Tributário Nacional –
CTN as espécies tributárias são disciplinadas nos arts.15 a 82 (no art.15 aparecem os
Empréstimos Compulsórios; do art.16 ao 76 estão os Impostos; as Taxas nos arts.77 a
80 e as Contribuições de Melhoria nos arts.81 e 82), e alguns desses artigos, escritos em
1966, estão totalmente ou parcialmente não recepcionados pela Constituição, ao passo
que outros precisam passar por uma filtragem constitucional para que possa fazer a
leitura adequada adaptando-os à realidade normativa imposta após a Constituição de
1988.

DICA 2: A mais importante de todas as espécies tributárias é o imposto. Quanto aos


impostos, eles podem ser agrupados em três “famílias”: impostos “ordinários”,
impostos “residuais” e impostos “extraordinários de guerra”.

DICA 3: Os impostos “ordinários” são os que o Constituinte disponibiliza aos entes


federativos para que utilizem no seu dia a dia como principal via de captação de receitas
para o custeio de suas despesas. A União possui sete impostos ordinários, previstos no
art.153 (Imposto de Importação – II, Imposto de Exportação – IE, Imposto de Renda –
IR, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre Operações
Financeiras – IOF, Imposto sobre propriedade Territorial Rural – ITR, e, por fim, o
Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF (dos setes, apenas esse último ainda não foi
instituído, dependendo-se de uma lei complementar para definir o que são “grandes
fortunas” para que então se possa criar esse imposto). Os Estados e o Distrito Federal
recebem no art.155 a titularidade de outros três impostos ordinários: Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD, Imposto sobre Operações de
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Intermunicipal ou
Interestadual e Comunicação – ICMS e, por fim, o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores terrestres – IPVA (destacando-se aqui que o Distrito Federal,
além desses três impostos, é titular também dos três impostos ordinários de competência
municipal, conforme a regra especial de “competência cumulativa tributária” do
art.147, CRFB/88). Por fim, os Municípios também titularizam três impostos
ordinários, quais sejam, o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana –
IPTU, o Imposto sobre Transmissões inter vivos e onerosas de Bens Imóveis e de

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direitos reais relativos a imóveis exceto os de garantia – ITBI. Quanto a esses


impostos ordinários registre-se que caso voltem a existir territórios federais no Brasil
a União, além de cobrar os seus impostos ordinários federais, assume competência
cumulativa em relação aos impostos estaduais, e se por ventura o território não for
dividido em Municípios ocorrerá ainda a cumulação dos impostos municipais, ficando a
União com a competência sobre todos os impostos ordinários nesses casos de eventuais
territórios não divididos em Municípios. Ao contrário, se o eventual território federal
criado for dividido em Municípios, cada Município cobra seus impostos e a União
cumulará apenas os impostos estaduais com os federais (art.147, CRFB/88).

Esse rol de impostos ordinários pode ser aumentado a qualquer tempo,


possuindo a União de forma exclusiva a chamada competência residual, prevista no
art.154, I, CRFB/88, que faculta a possibilidade de criação de novos impostos além dos
trezes ordinários já oferecidos pelo constituinte. Para criar tais impostos, chamados de
impostos “residuais”, só poderá fazê-lo mediante lei complementar (nunca por lei
ordinária, lei delegada ou medida provisória) e ditos impostos deverão ter fato gerador
e base de cálculo diferente dos já previstos na Constituição além de se submeterem,
se for o caso, ao princípio da não cumulatividade (art.154, I, CRFB/88). Caso criados
impostos residuais, 20% de sua receita se destina aos Estados (art.157, II, CRFB/88).

Por fim, lembre-se que em caso de guerra externa acontecendo ou na sua


iminência a União é autorizada, ainda, a instituir temporários impostos de caráter
extraordinário para suprir as despesas geradas com o envolvimento na guerra. São os
chamados Impostos Extraordinários de Guerra, previstos no art.154, II da
Constituição e que podem ser instituídos por mera lei ordinária (não se exigindo lei
complementar), ou, até mesmo, por medida provisória, vide a inequívoca relevância e
urgência do feito.

DICA 4: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – As taxas e contribuições


de melhoria são tributos que guardam muitos traços comuns, a listar: ambos são tributos
que podem ser criados pelos quatro entes federativos, razão pela qual são chamados de
tributos de “competência comum”; ambos são criáveis por mera lei ordinária (regra
geral!), não sendo necessário lei complementar para sua criação; ambas para serem
cobradas se submetem, em regra, ao procedimento chamado lançamento “direto” ou

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“de ofício”, assim como a CIP, o IPTU e o IPVA; por fim, ambos são tributos
vinculados, já que para cobrá-los o ente federativo se vincula ao dever de fornecer uma
contraprestação específica ao sujeito passivo que será tributado.

DICA 5: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria é tributo


que só pode ser cobrado em uma única hipótese: quando ocorre valorização em
imóveis, decorrente de obras realizadas pelo poder público, sendo exatamente esse o
seu fato gerador. Cuidado na prova: o fato gerador não é o simples feito de uma obra
pública mas sim a valorização imobiliária decorrente da obra; se não houver
valorização, não pode incidir o tributo, não há fato típico. Prestem atenção com uma
habitual pegadinha: não incide contribuição de melhoria sobre obras de
RECAPEAMENTO ASFÁLTICO (famosas obras de “tapa buraco”), pois não se gera
qualquer melhoria aos imóveis com tais obras; não há valorização e sim mera reposição
do prejuízo; os imóveis apenas voltam ao seu real patamar de valoração, que estava
depreciado. Em tais obras não cabe cobrar o tributo!!!

DICA 6: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A base de cálculo para a cobrança da


contribuição de melhoria é o quantum de valorização imobiliária se aufere; nesse viés,
quem se valorizou mais, paga mais, e vice e versa. Não se pode utilizar como base de
cálculo apenas o valor da obra, dividindo-o pro rata entre os sujeitos passivos; se a
lei assim fizer, será INCONSTITUCIONAL, violando o Princípio da Isonomia. O
sujeito passivo é o proprietário do imóvel valorizado. Existem três limites
importantes a serem respeitados: o limite geral, pelo qual o ente que fez a obra não
pode arrecadar, na soma de todas as contribuições de melhoria cobradas, um valor
superior ao que gastou com a obra; o segundo limite é o limite individual pelo qual
nenhum sujeito passivo vai pagar, individualmente, um valor superior ao benefício que
auferiu; por fim, o último, o limite do pagamento anual, pelo qual ninguém será
obrigado a pagar dentro do mesmo ano um valor superior a 3% do maior valor fiscal
do seu imóvel.

DICA 7: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Registre-se que a contribuição de


melhoria até pode ser cobrada antes de concluída a obra, sem problemas, desde que em
áreas nas quais se possa comprovar que já houve valorização nos imóveis por força da
obra ainda não conclusa. Frise-se que o poder público é obrigado a publicar um edital

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prévio, antes do fim da obra, informando todos os detalhes sobre a mesma, sendo
essa publicação requisito de validade para o cabimento da cobrança do tributo.

DICA 8: TAXAS – As taxas só podem ser cobradas em duas hipóteses: de um lado, em


razão do exercício do poder de polícia (quando almejam recuperar para os cofres
públicos o valor gasto com o exercício do poder de polícia), quando são chamadas de
taxas de polícia, e, do outro, quando são efetivamente prestados, colocados a
disposição de um grupo de administrados, um serviço público específico e divisível
(nessas situações, tem-se a chamada taxa de serviço). É comum em provas que as
bancas induzam cândidos a erro mencionando a cobrança de taxas para retribuir o custo
suportado com a prestação de serviços públicos indivisíveis, o que não permite a
cobrança de Taxa. Todas as vezes que certo ente federativo institui uma Taxa em razão
de ter prestado serviços públicos indivisíveis essa taxa é inconstitucional, afinal, a
Constituição só autoriza a cobrança desse tributo quando o serviço, além de específico é
também divisível. Exemplos claros de taxas inconstitucionais em razão da
indivisibilidade do serviço são os das Taxas cobradas em razão de serviços de
segurança Pública, Limpeza Pública e Iluminação Pública. Vale a leitura das
Súmulas Vinculantes nº19 e 41 do STF, além da Súmula 670.

DICA 9: TAXAS – As taxas de polícia podem ser cobradas desde que a Administração
realmente exerça poder de polícia. Importante lembrar que para caber a cobrança da
Taxa de Polícia não precisa que haja uma diligência fiscalizadora guiada
presencialmente por um agente público dentro do estabelecimento do
administrado fiscalizado; não. O STF aceita que o poder de polícia se exerce à
distância, bastando à Administração provar que o órgão / autarquia fiscalizadores estão
em regular funcionamento. Se estão funcionando, a presunção é que estão fiscalizando.
Logo, cabe a Taxa de Polícia mesmo que sem ter ocorrido uma fiscalização presencial.
O exemplo típico é o da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA que a
União cobra para recuperar os custos da fiscalização que o IBAMA exerce sobre as
indústrias potencialmente poluidoras do meio ambiente.

DICA 10: TAXAS – As taxas de serviço tem como fato gerador a conduta do estado de
colocar à disposição de um grupo de particulares um serviço público específico e
divisível. Observe-se que os requisitos são cumulativos, tendo o serviço que ser, ao

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mesmo tempo, específico E divisível. O fato gerador é a disponibilização desse serviço,


independente de o particular a quem o serviço é oferecido vir a usar efetivamente ou
não (sendo mero usuário potencial). Por isso que alguns doutrinadores afirmam que o
fato gerador é o uso efetivo ou potencial do serviço público específico e divisível
efetivamente prestado ou colocado à disposição. Lembrem-se que alguns serviços
públicos do dia a dia são flagrantemente indivisíveis, pelo que não se pode, em hipótese
alguma, cobrar uma Taxa para recuperar o custo despendido na prestação desses
serviços; é o caso clássico dos serviços de iluminação pública, o serviço de
policiamento de ruas a, também o serviço de limpeza pública das ruas e praças. O
mesmo se dá quanto às famosas Taxas de Segurança Pública, cobradas em razão dos
serviços de segurança oferecidos à população pelo Estado. Em todos esses casos, caso
seja instituída uma Taxa de Serviço, a mesma é inconstitucional, e os lançamentos feitos
podem ser impugnados judicialmente, o que normalmente se faz por via de Mandado
de Segurança, bastando que se haja dentro do prazo de 120 dias e que seja
desnecessária a dilação probatória (requisitos de admissibilidade do MS). Registre-se
que independente do uso do MS, sempre cabível o manejo de ação de procedimento
comum, que no caso, seria a típica e conhecida Ação Anulatória, para requerer a
anulação da cobrança.

DICA 11: TAXAS – Cuidado para não confundir o serviço de limpeza pública
(varredura de ruas e praças; conservação genérica dos logradouros públicos) com o
serviço de coleta de lixo domiciliar. Esse último, pode gerar o ato de taxação, sem
problemas, pois é específico e divisível. É constitucional a Taxa de Coleta de Lixo
Domiciliar, a qual não pode ser confundida com a ilícita Taxa de Limpeza Pública
(também chamada de Taxa de Conservação de logradouros públicos). Muitas vezes o
Município tenta fazer uma “cobrança casada” e exige numa única taxa a cobrança pelos
custos com os dois serviços ao mesmo tempo, instituindo a chamada “Taxa de Coleta de
Lixo e Limpeza Pública – TCLLP’, a qual é, inconfundivelmente, inconstitucional. Só é
constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo
domiciliar. Quanto ao tema, vale a leitura da Súmula Vinculante nº 19, STF.

DICA 12: TAXAS – Quando se calcula o valor que cada sujeito passivo vai pagar na
taxa que lhe é cobrada, é proibido que se utilize como base de cálculo de taxa uma que

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seja prórpia de imposto. Isso mesmo! Fiquem atentos com essa verdade na hora da
prova: taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Os tributos em comento
tem finalidades diferentes, sendo que seria irrazoável utilizar as mesmas bases para
calcular o modo de pagamento dessas duas exações fiscais. Logo, sem medo na prova:
taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Exemplo clássico a ser
exemplificado é o da tentativa do governo federal de instituir Taxa sobre
Licenciamento de Importação utilizando como Base de Cálculo o valor aduaneiro;
não pode, é INCONSTITUCIONAL por violação ao art.145,§2º, CRFB/88.
Registre-se, todavia, a outro giro, que essa verdade em nada afeta o uso (lícito!) da
“metragem do imóvel” como base de cálculo de algumas taxas; nenhum problema. A
“metragem’ (tamanho!) do imóvel não é sinônimo de “valor”; o STF entendeu que a
“metragem” não é por si só, base própria de imposto. A guisa de exemplo, a base de
cálculo do IPTU é o “valor venal do imóvel”; o valor não se confunde com o tamanho.
Logo, na prova, sem problemas, é possível utilizar como base de cálculo de uma taxa o
tamanho do imóvel do sujeito passivo, e isso não fere a regra que veda a identidade
entre a base de taxa e a de imposto. Quanto ao tema, oportuna a leitura da Súmula
Vinculante nº 29, STF.

DICA 13: O STF entende que a Taxa Judiciária até pode ter como base cálculo o “valor
da causa”, mas deve haver um teto, um limite, não pode ser qualquer valor,
ilimitadamente, sob pena de se gerar, de um lado, um óbice ao acesso ao Judiciário, e,
do outro, uma super arrecadação que configure enriquecimento ilícito do Poder Público.
Logo, na cobrança da Taxa Judiciária, quando se adotar o valor da causa como
base de cálculo, esse não pode ser ilimitado. Válida a leitura da Súmula 667, STF.

DICA 14: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os Empréstimos Compulsórios


são tributos de competência exclusiva da União, que só pode os instituir mediante lei
complementar (vedado, a qualquer título, uso de medidas provisórias), e só podem ser
instituídos em três hipóteses: a) para custear despesas com eventual guerra externa na
qual o Brasil se envolva; b) para custear a recuperação de calamidades públicas; c)
para custear a realização de investimentos públicos urgentes e que atendam a um
relevante interesse nacional. Nesses três casos, a União pode, desde que se valendo de
lei complementar, obrigar o povo a emprestar dinheiro para o custeio desses fins.

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DICA 15: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Caso instituídos, podem incidir


imediatamente, salvo nos casos de custeio de investimentos públicos urgentes e de
relevante interesse nacional, situação em que ficam sujeitos às duas cláusulas
temporais do princípio da anterioridade, só podendo ser exigidos no exercício
financeiro seguinte e desde que já passados noventa dias a contar da publicação da lei.
Logo, se for nos casos de guerra externa ou calamidade, INCIDÊNCIA
IMEDIATA.

DICA 16: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – As Contribuições Especiais são


tributos que destinam recursos financeiros para um de quatro possíveis fins específicos,
verdadeiramente “especiais”, escolhidos pelo Constituinte e afirmados de modo
expresso no texto constitucional. O papel dessa espécie tributária é assegurar
arrecadação própria para tais segmentos permitindo que os mesmos não tenham seu
custeio dependente de recursos emanados da arrecadação de impostos. São tributos em
que a receita é vinculada, afetada para cada um desses fins pré-determinados pelo
constituinte, quais sejam: (i) o custeio das despesas do estado social (e aí surgem as
chamadas Contribuições Sociais); (ii) o custeio das atividade federais de intervenção
no domínio econômico (e aí surgem as Contribuições de Intervenção no Domínio
Econômico – CIDE); (iii) a manutenção das entidades de classes profissionais (e aí
surgem as Contribuições de Categorias Profissionais ou Econômicas) e, por fim, (iv) o
custeio da rede de iluminação pública das cidades (e aí surge a Contribuição de
Iluminação Pública).

DICA 17: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – As CIDES se afeiçoam como


espécie do gênero “Contribuição Especial”. Se destinam a custear atividades que a
União desenvolve e que se enquadram na noção de “intervenção no domínio
econômico”. São tributos que podem ser criados por mera lei ordinária (seguem a
regra geral), de competência exclusiva da União (regra geral das contribuições
especiais – salvo a CIP e a contribuição previdenciária dos servidores efetivos quando o
DF, Estados e Municípios possuem regime próprio de previdência social para esses
servidores). Para serem cobradas, se utiliza em regra o lançamento por homologação
(regra no sistema arrecadatório brasileiro – o sujeito passivo é obrigado a fazer o

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pagamento antes mesmo de ser notificado, no prazo fixado pela legislação, cabendo ao
fisco, em momento posterior, homologar o pagamento que foi feito).

DICA 18: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A lei que vier a instituir a


CIDE pode fixar tanto alíquotas ad valorem como específicas, não havendo qualquer
restrição a uma ou outra modalidades. Registre-se ainda que as CIDES PODEM
INCIDIR NA IMPORTAÇÃO, MAS NÃO INCIDEM SOBRE RECEITAS
DECORRENTES DE EXPORTAÇÃO. Aplica-se, aqui, o mesmo rol de regras das
Contribuições Sociais, que incidem na importação mas não incidem sobre receitas
decorrentes da exportação.

DICA 19: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – Existe uma CIDE que é


perigosa, merece atenção: é a CIDE DOS COMBUSTÍVEIS, que incide sobre a
comercialização de tais bens. Nessa CIDE: o fato gerador é a circulação de
combustíveis, produzidos no Brasil ou vindos de fora; o sujeito passivo é quem
comercializa; a receita é destinada a três fins (compreendidos na noção de “intervenção
no domínio econômico”), quais sejam, a política nacional de transportes, os transportes
de combustíveis (e especial os gasodutos e oleodutos) e os projetos de recuperação do
meio ambiente (especialmente quanto aos danos decorrentes da atividade de exploração
de petróleo e gás).

DICA 20: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVEIS


apresenta uma exceção ao princípio da legalidade, no que tange à cláusula da “reserva
legal”; as alíquotas da CIDE/COMBUSTÍVEIS podem ser REDUZIDAS e
RESTABALECIDAS por mero ato do Poder Executivo, não precisando de lei.
Observe-se que não é permitido MAJORAR por ato executivo, e sim, apenas, reduzir, e,
após, restabelecer (voltar a alíquota para o patamar que se encontrava antes da
redução). Ocorrendo o ato de restabelecimento da alíquota, SÓ SE RESPEITA O
PRAZO DA ‘NOVENTENA”, não sendo necessário aguardar o exercício financeiro
seguinte.

DICA 21: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVIS tem


uma regra especial de repartição de receita tributária, de sorte a que a União só fica
com 71% da arrecadação, REPASSANDO 29% AOS ESTADOS / DF. Quando

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cada Estado Membro recebe sua parcela do repasse, fica obrigado a repassar um
quatro do montante que recebeu aos seus Municípios (25% da parcela que cada
Estado recebe será entregue aos seus Municípios). Observe-se que são regras de
repartição da receita tributária arrecadada, não tendo nada a ver com delegação de
competência (o que não existe no nosso Dir. tributário brasileiro); a CIDE, qualquer que
seja o caso (inclusive no caso dos Combustíveis) é SEMPRE tributo de
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO.

DICA 22: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – as


Contribuições Sociais de Seguridade Social (são as que destinam recursos para
SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL e PREVIDÊNCIA SOCIAL), caso criadas ou
majoradas, só respeitam a “noventena”, não precisando aguardar o exercício
financeiro seguinte para que possam ser cobradas. Assim como nas majorações do
IPI e nos casos de restabelecimento de alíquotas reduzidas da CIDE dos Combustíveis,
caso se crie ou majore uma Contribuição de Seguridade Social, não se aplica a regra
temporal do “exercício financeiro seguinte” emanada do Princípio da Anterioridade. Só
é necessário obedecer o prazo de 90 dias.

DICA 23: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A


Constituição autoriza cobrar contribuições para o custeio da seguridade social sobre
quatro perfis de sujeitos passivos, razão pela qual se fala que existem quatro espécies de
Contribuições “ordinárias” para a Seguridade Social (as que já estão previstas
“ordinariamente” na Carta, de modo expresso), e, são elas: a) contribuições sobre os
empregadores; b) contribuições sobre os trabalhadores e demais segurados da
previdência social; c) contribuições sobre as receitas dos concursos de prognósticos
(jogos!); d) contribuições sobre os importadores.

DICA 24: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No


que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores,
elas incidem tanto sobre o empregador, sobre a empresa e sobre entidade a ela
equiparada na forma da lei.

DICA 25: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No


que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores,

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sobre a empresa e sobre entidade a ela equiparada na forma da lei, fundamental se


lembrar que tais contribuições podem incidir tanto sobre a receita ou faturamento,
como também sobre o lucro líquido e, ainda, sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

DICA 26: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS –


Ainda sobre o custeio da Seguridade Social, quero chamar a atenção para duas
imunidades tributárias: primeiro, frisar que não incidem contribuições
previdenciárias sobre contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
regime geral de previdência social. Ou seja, os aposentados e pensionistas do RGPS
são IMUNES à incidência de Contribuição Previdenciária. A segunda imunidade é: as
entidades beneficentes de assistência social também são imunes à incidência de
contribuições para o custeio da seguridade social.

DICA 27: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS –


Fundamental lembrar que além das quatro modalidades de contribuições ‘ordinárias”
de seguridade social já previstas na Carta, o constituinte expressamente autoriza que
OUTRAS FONTES DE CUSTEIO PARA A SEGURIDADE SOCIAL POSSAM SER
INSTITUÍDAS. Fiquem atentos, pois é o que se chama de COMPETÊNCIA
RESIDUAL DA UNIÃO PARA INSTITUIR NOVAS CONTRIBUIÇÕES DE
SEGURIDADE SOCIAL. Ou seja, a União pode instituir uma quinta, sexta, sétima,
quantas queira, novas contribuições para custear a seguridade social. Todavia, fiquem
atentos pois para criar Contribuições RESIDUAIS de Seguridade Social,
SOMENTE POR LEI COMPLEMENTAR. Nesse caso, é terminantemente vedado
uso de medidas provisórias.

DICA 28: CIP – A Contribuição de Iluminação Pública é um tributo admitido na


Constituição, desde a EC 39/02, que criou o art.149-A. A CIP tem por natureza jurídica
ser uma contribuição especial; se agregou às três espécies de Contribuições Especiais
previstas desde 1988 no art.149 (Contribuições Profissionais, Contribuições de
Intervenção no Domínio Econômico – CIDE) e passou a ser a quarta espécie de
“contribuição especial” prevista na Constituição. Sua finalidade é gerar recursos para
custear a rede de iluminação pública das cidades (ou do DF), sendo sua receita

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arrecadada totalmente afetada para esse fim. A CIP incide sobre o consumo de energia
elétrica, sendo esse seu fato gerador, sendo normal inclusive que a cobrança do tributo
seja feita junto com a fatura de consumo de energia elétrica; nessas situações, os
Municípios (ou DF) fazem um simples convênio com a concessionária de energia
elétrica e essa cobra a CIP junto com a “conta de luz”, repassando a arrecadação do
tributo ao Município.

DICA 29: CIP – A CIP é tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal.
Cuidado na prova para não confundir e incluir os Estados; não! Somente os Municípios
e o DF. A CIP quebra, portanto, a regra que apenas a União tem competência para
instituir contribuições especiais. Tal regra só tinha uma exceção (os Municípios, o DF e
os Estados que possuem regime próprio de previdência social para seus servidores
públicos efetivos instituem a contribuição previdenciária a ser cobrada dos referidos
servidores efetivos), ganhando a segunda por força da CIP. Na prova, lembre-se:
somente os Municípios e o DF podem instituir Contribuição para o custeio da rede de
iluminação pública (CIP).

DICA 30: CIP - A CIP não se confunde com a velha (e inconstitucional!) TIP – Taxa
de Iluminação Pública. Cuidado na prova: iluminação pública é serviço indivisível, não
permite taxação. Exatamente por isso se fez uma emenda constitucional para permitir a
cobrança de uma contribuição especial. Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando
o serviço público prestado, além de específico, é também, “divisível”, o que não ocorre
na iluminação pública, que é flagrantemente serviço indivisível. Logo, é
inconstitucional a cobrança de Taxa de Iluminação Pública – TIP (Súmula 670,
STF e Súmula Vinculante 41, STF), não obstante seja plenamente constitucional a
cobrança da Contribuição de Iluminação Pública.

Por fim, lembremo-nos que a CIP é tributo criado por lei ordinária (regra geral!),
que é cobrado mediante a técnica do lançamento de ofício (assim como ocorre nas
taxas, contribuições de melhoria, IPTU e IPVA), tem como fato gerador o consumo de
energia elétrica e para sua cobrança se utiliza como base de cálculo o valor do consumo
da energia, de modo a que quanto mais se consome, mais se paga Contribuição para
custear a iluminação das ruas. Por fim, é tributo regido pelo princípio da capacidade
contributiva.

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