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DOCÊNCIA MODERNA
Um olhar apreciativo
Rosa Maria
Prof. Orientador
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de História – Trabalho de Graduação
04/07/2015
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Com o advento das novas teorias educacionais, percebe-se que a Educação tem
conquistado um papel social de destaque no que diz respeito à sua importância como
alicerce de construção do desenvolvimento humano e à compreensão de mundo e de
historicidade inerentes a cada cidadão, tendo como objetivo a extrema significação para
o desenvolvimento integral do ser humano.
Foi com a Revolução Francesa que surgiu a idealização de uma escola de fácil acesso às
classes trabalhadoras, iniciando-se profundas e pertinentes discussões sobre a
importância da acessibilidade da escola a todos os segmentos da sociedade, sejam eles
advindos das massas trabalhadoras ou das elites.
Ter em vista estes objetivos, bem como discuti-los nos espaços escolares, são de
extrema importância, pois vão ao encontro de outras transformações necessárias ao
cerne da sociedade, tais como: de ordem econômica, social e política. Apesar dessas
transformações e mudanças corroborarem para novas perspectivas e contextos sociais,
ainda esbarra-se na ideologia da sociedade capitalista, regida pela manutenção da
formação de massa para a produção de mão-de-obra e ideologias da classe dominante.
Experiencia-se a era do acesso facilitado à informação, mas as escolas (em sua maioria
e não totalidade) vivem ainda da prática da memorização. Essa forma arcaica de
produção de conhecimento urge da necessidade de ser repaginada ou a educação, como
instituição colaborativa do desenvolvimento humano e social, estará fadada ao fracasso.
É preciso experimentar novos processos educacionais dinâmicos, permitindo que o
aprendizado histórico desperte novos e variados processos internos, combinando
elementos do presente e do passado, a fim de fazer com que os sujeitos se apropriem das
experiências acumuladas e não apenas as reproduzam.
Essa nova forma de organização de escola passa, vai além das esferas meramente
administrativas, prescinde do trabalho do professor, da compreensão deste por parte dos
alunos, da participação dos pais como componentes norteadores do processo ensino-
aprendizagem. Essa conexão e relação dinâmica configuram elementos somatórios e
decisórios ao processo educativo.
Iniciar uma discussão teórica entre equipe de professores e comunidade escolar de nada
adianta se a teoria não propicia o diálogo e a articulação dos saberes com o coletivo,
fazendo inferências no social.
Observa-se que a escola está inserida numa comunidade, refletindo-a e fazendo parte da
construção de sua história, deve-se entender que a integração da escola com a família
ocorre de forma significativa, para que a comunidade escolar não veja a instituição
como uma “caixa-preta”. (Penin e Vieira. 2002, p.35).
Já é difícil que os pais participem das relações cotidianas da escola devido à jornada
exaustiva de trabalho, aos contextos da crise social e econômica e ao distanciamento da
linguagem usada pelas instituições. Mas também percebe-se o quanto é cada vez mais
significativo para a qualidade do ensino fazer com que a comunidade se aproxime da
escola e se integre ao processo, fazendo com que o espaço escolar tenha mais referência
para o aluno diminuindo, desta forma, as taxas com as da retenção escolar e da evasão.
Esse contexto meramente teórico, não promove uma luta a exclusão econômica,
política, cultural e social. O objetivo de propor encaminhamentos mais democráticos e
participativos é de que se rompa com essa realidade e se transforme essas contradições.
As interações no espaço escolar são de suma importância para refletir sobre o modo de
pensar a escola e a educação.
Cada vez mias, urge criar estratégias de participação, tendo em vista a concepção
democrática e participativa com que a escola é concebida.
Um dos principais protagonistas desta nova era na educação é, com certeza, o professor,
pois exerce contato direto com os discentes, como mediador do processo ensino-
aprendizagem. Ele é um dos atores que contribui para o desenvolvimento de seus
tutelados, compartilhando saberes. No caso dos professores das áreas de estudo,
compartilhando saberes específicos. Surge aí a necessidade de que as políticas públicas
de formação de professores e planos de carreira que contemplem a valorização dos
docentes são diretrizes importantes para que se tenham melhorias significativas na
educação nacional.
A realidade só será compreendida através das mediações das práticas sociais, que
articulam as visões de mundo e levam os julgamentos a serem condicionados através
dos sistemas valorativos que são aceitos.
O fim é o mesmo: promover condições necessárias para realizar ações efetivas que
levem o aluno a alcançar seus objetivos e inserir-se na sociedade, construindo relações
sociais saudáveis.
O ensino da história não pode ser algo longínquo, distante, externo, mas uma prática
com a qual o aluno possa interagir. Somente desta forma, a história, como processo de
conhecimento, tornar-se-á uma atividade prazerosa e repleta de sentido.
Todo estudo histórico, portanto, implica uma seleção, uma seleção minúscula,
de algumas coisas da infinidade de atividades humanas do passado, e daquilo
que afetou essas atividades, mas não há nenhum critério geral aceito para se
fazer tal seleção. (HOBSBAWRN, 1998, p.71)
Neste trecho, pode-se fazer uma alusão ao livro didático, como elemento de
contribuição do processo de ensino-aprendizagem e não como principal recurso
empregado. É possível observar, em muitos espaços escolares, professores cujo ensino
não acontece sem o uso do livro. Não faz-se uso de outros recursos a não ser o livro
didático como um diário onde as aulas estão prontas para serem aplicadas. Críticos
como Bittencourt, dizem que:
Ao torna-se professor, o profissional sabe que terá grandes desafios pela frente. E a
busca incessante por conhecimento é essencial para que esses desafios possam ser
superados. Não é porque o profissional se formou na disciplina de história que poderá
pensar que seu conhecimento está pronto. A construção do conhecimento acontece em
todas as áreas de forma contínua e dinâmica. Dessa forma, “a construção e o
fortalecimento da identidade profissional precisam fazer parte do currículo e das
práticas de formação inicial e continuada.” (LIBÂNEO, 2004, p.77)
Ao optar por sua profissão surge, para o professor, um grande desafio. A busca
do conhecimento não se conclui ao finalizar-se uma graduação, mas esta será uma busca
incessante e essencial para que no professor se torne um profissional crítico e reflexivo,
levando essas práticas para as salas de aula, dentro dos contextos em que está inserido.
Para que o professor possa desenvolver com eficiência e eficácia sua arte de
professar, ele precisa construir relações saudáveis no que diz respeito ao aluno e às
comunidades, tornando-se agente de transformação social.
As fontes de pesquisa são materiais ricos para incrementar as aulas, mas o toque
de instigação deve vir do professor que fará surgir no aluno a inquietude e a vontade de
ir além, provocando o gosto pela pesquisa e, por conseqüência, pela disciplina de
história e todas as relações culturais e sociais que a ela se agregam. É preciso, portanto,
haver conscientização histórica, que perpassa por um processo contínuo de vinculação
dos sujeitos às próprias experiências e à sua realidade social, permitindo que se superem
muitas demandas de analfabetismo político e cultural, ao propiciar suporte para o
desenvolvimento de cidadãos comprometidos e atuantes.
4 MATERIAL E MÉTODOS
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
Tendo em vista o que foi exposto, este trabalho tem como objetivo mostrar a
imprescindível responsabilidade educativa do professor história, enquanto detentor de
um papel decisivo na educação formal e informal dos sujeitos educativos. Dentro dos
espaços escolares, muitas vezes, é que os discentes apreendem, pela primeira vez,
valores éticos, sociais e de conhecimento significativo, estabelecendo valores e
aprendizagens que perdurarão por gerações.
Cabe ao docente da área de história levá-los a refletir sobre suas vivências, a fim
de que possam assumir-se como sujeitos históricos dentro do universo educacional e
social.
Somente ao realizarem-se severas reflexões a cerca da importância e da
magnitude do papel docente é que se perceberão as grandezas desse processo e a
inacreditável diferença que essas práticas conscientes produzem no processo ensino-
aprendizagem.
Este trabalho não é o fim de uma jornada, mas o início de uma caminhada e de
um aprendizado efetivo, a partir das vivências teóricas adquiridas.
REFERÊNCIAS
AMARAL, A.L. Gestão da sala de aula: o “manejo de classe” com nova roupagem.
In: OLIVEIRA, M.A.M. (Org.). Gestão educacional: novos olhares, novas abordagens.
Petrópolis: Vozes, 2005.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia Das Letras, 1998