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Paidéia, 2006, 16(35), 427-436

PROCESSOS DE RESILIÊNCIA NO CONTEXTO DE HOSPITALIZAÇÃO: UM


ESTUDO DE CASO1

Daniela Cristina Silva Bianchini


Universidade do Vale do Itajaí
Débora Dalbosco Dell’Aglio2
Universidade Federal Rio Grande do Sul

Resumo: Este trabalho apresenta uma revisão teórica e uma discussão crítica, a partir de um caso
clínico, sobre o conceito de resiliência no contexto de hospitalização. A revisão bibliográfica foi realizada nas
bases de dados Scielo e BVS-Psi. A resiliência, vista como a capacidade do indivíduo para enfrentar situações
de risco de forma saudável, apresentando respostas adaptativas frente a adversidades, é um importante
conceito a ser compreendido pelos profissionais que atuam na saúde. Analisar as diferentes formas apresentadas
por pacientes para lidar com a doença, durante o período de internação em hospitais gerais, permite uma
melhor compreensão das condições facilitadoras da resiliência e abre possibilidades para trabalhos de prevenção
e promoção de saúde nestas instituições.
Palavras-chave: Resiliência; Hospitalização; Risco.

RESILIENCE PROCESS IN THE HOSPITALIZATION CONTEXT: A CASE STUDY


Abstract: This article presents a theoretical revision and a critical discussion, from a clinical case,
about resilience concept in the hospitalization context. Scielo and BVS-Psi based the literature review. Resilience,
as individual capacity to face risk situations in a healthy way, presenting adaptive answers to adversities, it is
an important concept to be understood by health professionals. Analyzing sickness during hospitalization period
in general hospitals, allows a better understanding of facilitating conditions to resilience and open possibilities
for prevention work and health promotion in these institutions.
Key words: Resilience; Hospitalization; Risk.

O interesse na compreensão dos processos de tem estratégias eficazes de enfrentamento de situa-


bem-estar e qualidade de vida emocional vem ganhan- ções adversas. Dessa forma, o objetivo deste estudo
do espaço nas discussões no campo da Psicologia. foi compreender o processo de resiliência no ambi-
Esta perspectiva é defendida pela Psicologia Positiva ente hospitalar, a partir de uma integração entre as-
e busca uma compreensão do indivíduo a partir de pectos teóricos e a análise de um caso clínico de uma
seus potenciais, motivações e capacidades, rompen- paciente acompanhada em um hospital geral.
do com a tendência de perceber o ser humano dentro A Psicologia Positiva vem se fortalecendo nos
da abordagem reducionista da psicopatologia (Sheldon últimos anos e alguns autores, como Rutter (1993),
& King, 2001). O estudo da resiliência em institui- fazem uma crítica à tendência limitante do estudo
ções de saúde, especialmente em situação de baseado no sofrimento, afirmando que apesar da Psi-
hospitalização, pretende compreender que caracte- cologia procurar entender como os indivíduos sobre-
rísticas individuais e ambientais podem ser modifica- vivem em situações de adversidade, muito pouco se
das ou estimuladas para que os indivíduos apresen- sabe sobre como pessoas normais se desenvolvem
em condições mais saudáveis. A partir da década de
1
Recebido em 05/10/2006 e aceito para publicação em 26/02/2007 setenta, a prática clínica da Psicologia estava come-
2
Endereço para correspondência : Débora Dalbosco Dell’Aglio, çando a sair do modelo centrado no tratamento de
Instituto de Psicologia/UFRGS, Programa de Pós-Graduação em
Psicologia. Rua Ramiro Barcelos, 2600/115, Porto Alegre, RS, distúrbios para começar a visualizar a importância da
CEP: 90035-003, E-mail: dalbosco@cpovo.net clínica preventiva (Yamamoto, 2005). Dentro deste
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contexto, a Psicologia Positiva vem se preocupando para evitar ou eliminar fatores de risco (Morais &
com o estudo de fenômenos psicológicos como a fe- Koller, 2004).
licidade, altruísmo e satisfação (Yunes, 2003). Masten (2001) afirma que os caminhos trilha-
A idéia de demarcar uma estrutura para este dos para a compreensão da resiliência levaram in-
novo conceito dentro da Psicologia é proposta por vestigadores a estudos integrados sobre sistemas
Seligman e Csikszentmihalyi (2000), visando à expe- adaptativos no desenvolvimento humano, e como es-
riência subjetiva positiva do ser humano. Eles defen- tes se desenvolvem e respondem a variações no meio
dem a idéia de que o trabalho de prevenção deve ambiente. A autora diz que é necessário compreen-
criar uma nova ciência da força humana, na qual a der os fenômenos da resiliência através de seus pro-
missão será entender e aprender como promover vir- cessos em múltiplos níveis, de genes a relacionamen-
tudes, como coragem, otimismo, habilidades tos, e investigar como um indivíduo,um complexo sis-
interpessoais, entre outras. tema vivo, pode interagir efetivamente ao longo do
Sheldon e King (2001) também enfatizam a tempo onde está inserido.
importância dos psicólogos adotarem uma perspecti- Para Masten (2001), a resiliência mostra-se um
va referente aos potenciais humanos, motivações e fenômeno comum, ao invés de surgir de processos
capacidades. Lampropoulos (2001) propõe que tra- extraordinários, oferecendo um olhar mais positivo do
tamentos profissionais incluam fatores terapêuticos desenvolvimento e adaptação dos seres humanos,
como: expectativa positiva e esperança do paciente bem como direções para práticas que objetivam a
quanto à mudança, senso de otimismo e defesas melhora de pessoas em risco. Se os sistemas de pro-
adaptativas. Intervenções que enfatizam caracterís- teção do indivíduo estão em bom funcionamento, o
ticas positivas e fortalecedoras do ser humano deve- desenvolvimento é forte mesmo frente à severa ad-
riam estar inseridas nos tratamentos profissionais, versidade; se este sistema principal está deteriorado,
como, em instituições de saúde, devido à capacidade antes ou em conseqüência da adversidade, então o
de reduzir sintomas e prevenir recaídas, aumentando risco de problemas é muito maior, particularmente se
conseqüentemente a qualidade de vida (Giacomoni, os do ambiente são prolongados. Assim, o estudo de
2002). A busca pelos fatores terapêuticos citados, fatores que levam à resiliência direciona, segundo
passa a ser então, um dos novos desafios para insti- Masten (2001), para uma ciência integrada de adap-
tuições de saúde nas próximas décadas. tação e desenvolvimento humano.
Resiliência Outro autor que também buscou o conhecimen-
to por processos adaptativos dos seres humanos foi
O tema da resiliência dentro da psicologia ain-
Simon (1989), que criou a teoria da adaptação, que
da é relativamente recente, porém sua relevância
frente ao estudo do desenvolvimento humano vem significa o conjunto de respostas de um organismo
crescendo. O processo de resiliência refere-se à clas- vivo, em vários momentos, a situações que o modifi-
se de fenômenos caracterizada por bons resultados cam, permitindo manutenção de sua organização (por
apesar de sérias ameaças à adaptação ou ao desen- mínima que seja), compatível com a vida. O organis-
volvimento (Yunes, 2003). O significado da resiliência mo, na busca pela adaptação, integra da forma mais
está relacionado com processos psicossociais, que adequada possível os sistemas afetivo, intelectual,
favorecem o desenvolvimento sadio do indivíduo, conativo e anatomofisiológico, sendo que a eficácia
mesmo quando este se encontra frente a adversida- deste processo varia de uma pessoa a outra, e em
des e problemas. Muitos autores citam o termo flexi- uma mesma, dependendo das circunstâncias internas
bilidade interna para manejar dificuldades e conse- e externas que a rodeiam.
guir re-significar sua vida (Pinheiro, 2004; Yunes & Morais e Koller (2004) colocam que a
Szymanski, 2001), traçando seu caminho através de resiliência é entendida como uma reafirmação da
saídas não depressivas. A resiliência, neste sentido, capacidade humana em superar adversidades, mas
refere-se a processos que operam na presença do que isto não significa dizer que o indivíduo saia da
risco para produzir características saudáveis, e não crise ileso, como implica o termo invulnerabilidade.
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Estas autoras também defendem a idéia de que as que são flutuantes na história das pessoas, ou seja,
bases da resiliência apresentam-se tanto constitucio- quais mudam de acordo com as circunstâncias de vida
nais quanto ambientais, o que significa que não exis- e têm diferentes repercussões.
te, por conseguinte, uma quantidade fixa de proces- Pesce, Assis, Santos e Oliveira (2004) também
sos de resiliência em um indivíduo, e sim, que o modo ressaltam a importância de se compreender as cir-
saudável de enfrentar crises pode variar de acordo cunstâncias em que o indivíduo se encontra para se
com as circunstâncias. A resiliência é entendida, por- avaliar o conceito de risco. Para estes autores, os
tanto, não como uma característica do indivíduo ou eventos negativos de vida são considerados fatores
como uma capacidade inata, herdada por alguns “pri- de risco, pois podem impor um sofrimento estagnador,
vilegiados”, mas a partir da interação dinâmica exis- que impede ou dificulta a capacidade de seguir em
tente entre as características individuais e a comple- frente. No entanto, esses eventos negativos podem
xidade do contexto social, entre as herdadas geneti- também, em certos momentos, permitir uma reorga-
camente e as pessoais desenvolvidas ao longo do ci- nização da vida e vontade de seguir em frente.
clo vital e da sua relação com o ambiente social (Mo- Assim como o estudo dos conceitos de risco
rais & Koller, 2004). mostra-se relevante para o entendimento do desen-
Fatores de risco e proteção volvimento humano, estudar características proteto-
ras que se desenvolvem e que podem modificar o
Para a compreensão dos mecanismos
percurso pessoal do indivíduo também é essencial
facilitadores dos processos de resiliência, através da
(Rutter, 1993). Os fatores de proteção (usualmente
observação da interação entre as características in-
chamados de mediadores – buffers) serão aqueles
dividuais e ambientais, torna-se essencial a identifi-
que, numa trajetória de risco, acabam por mudar o
cação de fatores de risco e particularmente os de
curso da vida da pessoa para um “final feliz” (Yunes
proteção, tanto pessoais como interpessoais (Perei-
& Szymanski, 2001); eles estão diretamente associa-
ra, 2001). Esta relação entre estes fatores de risco e
dos ao desenvolvimento saudável e relacionam-se a:
proteção é um aspecto necessário para se chegar ao
1) aspectos individuais, como auto-estima positiva,
conceito de resiliência, sendo importante destacar o
autocontrole, autonomia, orientação social positiva;
binômio risco-proteção (Pinheiro, 2004).
2)familiares, como famílias coesas, estabilidade, res-
O conceito de risco está diretamente relacio- peito; e 3) fatores do meio ambiente em que o indiví-
nado com eventos negativos de vida, que, quando pre- duo se insere, como relacionamentos saudáveis com
sentes, aumentam a probabilidade de o indivíduo apre- colegas, professores, e outras redes de apoio disponí-
sentar problemas (Yunes & Szymanski, 2001). Ao se veis (Pesce & cols., 2004; Yunes & Szymanski, 2001).
encontrar diante de adversidades, muitas vezes cau- Pereira (2001) cita estudos de tipos de perso-
sadoras de estresse ou trauma, o indivíduo se torna nalidade particularmente resistentes ao estresse, que
suscetível à vulnerabilidade e ao desequilíbrio são geralmente autoconfiantes, acreditam em si e
(Rodrigues & Gasparine, 1992). Entre alguns dos fa- naquilo que pretendem fazer, e revelam percepção
tores de risco, pode-se citar a desorganização famili- de controle sobre o que lhes acontece. A autora tam-
ar, perdas precoces significativas, violências física e bém salienta que são indivíduos que gostam e acei-
psicológica, doenças, entre outras (Trombeta & tam as mudanças e encaram as situações de estresse
Guzzo, 2002; Yunes & Szymanski, 2001). Contudo, como desafios, sendo-lhes, portanto, possível crescer
Yunes e Szymanski (2001) afirmam que o conceito frente às adversidades. Personalidades com locus de
de risco deve ser sempre pensado como processo e controle interno, extrovertidas, emocionalmente es-
não como variável em si, não sendo assumido a priori, táveis, com elevado autoconceito e boa auto-estima,
visto que estes fatores se constituirão em risco ou são as que funcionam de maneira a minimizar os fa-
não, dependendo do comportamento que se tem em tores de estresse. Por outro lado, as do tipo A, com
mente e dos mecanismos pelos quais operam seus locus de controle externo, procrastinadoras e
efeitos negativos no homem. Para as autoras, é rele- catastrofizantes, são propensas a maiores riscos e
vante compreender quais os significados dos riscos estresse (Pereira, 2001).
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Morais e Koller (2004) analisam os processos mo a cura. Porém, mesmo com tais avanços, muitas
sadios do ser humano a partir da Abordagem Ecoló- moléstias promovem alterações orgânicas, emocio-
gica do Desenvolvimento Humano, em que a pessoa nais e sociais, que exigem constantes cuidados e, con-
é vista a partir das suas características biopsicológicas seqüentemente, processos adaptativos. Morais e
e das construídas na interação com o ambiente. As Koller (2004) dizem que todas as experiências indivi-
autoras as dividem em três núcleos diferentes: ca- duais negativas de vida estarão sendo influenciadas
racterísticas de disposição; recursos biopsicológicos pela forma como essa pessoa já experimentou (ou
e demandas. As características de disposição refe- não), no seu passado, esses fenômenos, e também
rem-se a atributos pessoais que podem promover o como esta situação é percebida historicamente e no
desenvolvimento (forças generativas) bem como re- momento atual.
tardar ou mesmo impedi-lo (forças disruptivas): curi- Camon (2003) discute as implicações do ima-
osidade, elevado nível de auto-eficácia e ginário no processo de hospitalização. Para o autor,
responsividade são exemplos de forças generativas e ela é agravada mais por conceitos apriorísticos do
impulsividade, distração e baixo nível de auto-eficá- indivíduo do que por ela mesma. Mais importante do
cia ilustram as forças disruptivas; já as característi- que buscar na patologia que determinou a
cas de recursos biopsicológicos envolvem as defici- hospitalização a decorrência do sofrimento vivido pelo
ências (defeitos genéticos, baixo peso no nascimen- paciente é a análise dos fatores subjetivos que mar-
to, deficiência física ou mental) ou atributos psicoló- cam a própria conceituação de enfermidade, e por
gicos (capacidades, habilidades e conhecimentos que assim dizer, o nível deste sofrimento. Ou seja, quanto
evoluíram ao longo do desenvolvimento) que influen- menos autoconfiança, esperança e vontade de ven-
ciam a capacidade da pessoa de se engajar de forma cer o paciente apresentar, maior será o grau de pre-
efetiva nos processos proximais; as características juízo para o mesmo.
de demanda dizem respeito aos atributos pessoais (ina-
Romano (1999) também defende a importân-
tos ou não) capazes de estimular ou desencorajar as
cia do estudo da estrutura prévia de cada indivíduo.
reações do ambiente social, como por exemplo, gê-
Assim, as diferentes formas de reação psicopatológica
nero, etnia, temperamento, e aparência física atrativa
decorrem em função de distúrbios de comportamen-
versus não atrativa.
tos estruturados em uma personalidade predisposta a
Portanto, como já salientado, os estudos e con- reações mais ou menos fixas, refletindo o potencial
seqüentemente a compreensão das características do adaptativo ou não do enfermo. O psíquico é resultan-
indivíduo, bem como dos fatores de risco e proteção te de vetores como a estrutura da personalidade, in-
que o mesmo enfrenta no decorrer da vida, parecem terpretação e vivência dos acontecimentos, conside-
ser o caminho mais eficaz para explicar os processos rando aspectos do imaginário e do real.
de resiliência nos seres humanos e como o desenvol-
Este novo olhar humanizado permite perceber
vimento pode se tornar mais saudável.
que o paciente, ao chegar ao hospital, traz consigo,
Resiliência em situação de doença além da doença, sua história de vida. Portanto, se-
Pensa-se em indivíduos que apresentam gundo Camon (2003), é pertinente reafirmar que o
resiliência frente às mais variadas situações proble- agravamento de determinados processos da hos-
máticas, mas quer-se destacar aqui a doença como a pitalização pode acabar se dando mais no imaginário
principal delas. A resiliência, neste contexto, seria a do paciente. Dessa forma, as condições emocionais
capacidade de um indivíduo lidar com a doença, acei- é que determinarão uma parcela bastante significati-
tando suas limitações, colaborando com aderência ao va no processo de sua recuperação, não apenas pelo
tratamento, readaptando-se e sobrevivendo de forma seu desejo de cura e superação da hospitalização em
positiva. si, mas principalmente pela maneira como a doença
A ciência e a tecnologia cada vez mais possi- foi configurada e sedimentada em seu imaginário.
bilitam o diagnóstico precoce e a terapêutica adequa- Porém, a hospitalização também pode ser en-
da das doenças, permitindo sua evolução e até mes- tendida como um fator de risco no desenvolvimento
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do indivíduo. Ao chegar no hospital, o paciente se vê Contudo, uma doença nunca é a mesma para
impelido a enfrentar uma série de mudanças bruscas diferentes pessoas; ela não é única em suas manifes-
no seu dia a dia. A interrupção de sua rotina; a sepa- tações e igualmente provoca reações singulares em
ração do que lhe é familiar e do que lhe traz seguran- cada paciente, que também é diferente e único
ça (casa, pertences, parentes e amigos, trabalho); a (Camon, 2003). Na busca de maior compreensão
submissão a uma equipe de profissionais muitas ve- sobre estas diferentes formas de lidar com a doença,
zes desconhecidos e a acomodações geralmente procura-se discutir os processos de resiliência, que
desconfortáveis; a possibilidade de dividir o quarto podem ser observados em situação de hospitalização,
com outro paciente; além da dor física, são alguns através da apresentação de um estudo de caso.
dos fatores de risco aos quais o indivíduo se encontra
Descrição do caso clínico
exposto (Camon, 2003; Romano, 1999). Se o diag-
nóstico for o de doença crônica, as repetidas Relata-se aqui o caso de S.M., paciente do sexo
internações e o estigma de doente incurável podem feminino, com 59 anos de idade, divorciada, mãe de
agravar ainda mais o quadro do paciente. Pesce e dois filhos, residente do interior do estado do Rio
cols. (2004) citam que pacientes que se encontram Grande do Sul, apresentando diagnóstico clínico de
expostos à adversidade crônica podem apresentar Pênfigo Vulgar. Esta internação hospitalar em uma
efeitos negativos no desenvolvimento, como seqüe- unidade de internação geral, pelo SUS, ocorreu por
las emocionais posteriores, que em geral não apare- um período de três meses e meio, tendo sido esta, a
cem em pacientes que passam por rápida internação. sua terceira pelo mesmo diagnóstico. O início da do-
ença se deu há cinco anos, sendo que a paciente não
Na rotina hospitalar, podem ser observadas di- relacionava a primeira crise com alguma situação
ferentes formas de o indivíduo reagir à situação de especial que tivesse vivenciado; ela foi atendida pelo
internação. Para preservar o ego de situações que Setor de Psicologia de um hospital público da cidade
ameacem sua integridade, o paciente pode recorrer a de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, desde o segundo
mecanismos de defesa, como a negação, regressão e dia de internação até sua alta hospitalar, sendo as
isolamento, não raro comprometendo sua relação com entrevistas realizadas num quarto de isolamento, onde
o tratamento e até mesmo agravando seu estado clí- estava internada.
nico (Fongaro & Sebastiani, 2003). Contudo, ele tam-
O pedido de atendimento foi feito pelo resi-
bém pode encontrar recursos positivos de en-
dente de medicina interna responsável pela paciente;
frentamento da situação de hospitalização, se reor-
nele não constavam os sintomas psíquicos apresen-
ganizando frente à doença e internação, e enfren-
tados por S.M., percebendo-se mais tarde que a de-
tando os episódios específicos do processo de trata-
cisão do médico em solicitar a consultoria era devido
mento.
também a uma ansiedade da equipe frente ao diag-
Além das características pessoais dos pacien- nóstico. A partir da primeira entrevista, estabeleceu-
tes, que muitas vezes podem determinar processos se, em conjunto com a paciente, um plano de atendi-
de resiliência frente à hospitalização, também se mos- mento de três vezes semanais até sua alta hospitalar.
tram importantes algumas estratégias utilizadas den- A doença do pênfigo vulgar compreende uma
tro do hospital para facilitar o desencadeamento de dermatose de etiologia desconhecida, sendo uma
tais processos. O estabelecimento de boas relações auto-imune, que gera anticorpos contra uma proteína
médico-paciente, a humanização no atendimento, o essencial para adesão das células da pele. Apresen-
fornecimento de informações claras e compreensí- ta-se na forma de lesões cutâneas bolhosas, que po-
veis aos pacientes, dentro de um programa dem se romper rapidamente, formando ulcerações
multiprofissional, são algumas delas. Para Romano dolorosas por toda a pele. Se não tratada pode evo-
(1999), conhecer sua verdadeira condição facilita ao luir para desnudamento intenso, levando a desequilíbrio
paciente dissipar seu medo e fantasias, reforçando hidroeletrolítico, sepsis e óbito (Aoki, 2004).
sentimentos de cooperação, confiança e esperança, Na primeira entrevista, a paciente encontra-
fatores protetores à saúde humana. va-se deitada na cama, nua, com bolhas por todo o
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corpo, apresentando fraqueza e sonolência devido à mostrava-se aberta aos atendimentos, apresentando
medicação. Logo que a psicóloga entrou e se apre- necessidade de exteriorizar seus sentimentos. Sem-
sentou, a mesma agradeceu pela presença e come- pre reclamava que não agüentava mais ficar sem rou-
çou a mostrar as bolhas espalhadas pelo corpo, expli- pa, mostrando a vontade de poder se vestir e arru-
cando que estava nua, pois nem mesmo um lençol mar. Eu sou mais que isto (doença), eu sou uma
poderia tocar em seu corpo. Se pegar o lençol ou mulher vaidosa, feliz, sempre de bom humor, pre-
qualquer roupinha, mesmo que leve, queima tudo. ciso de vida, preciso também tomar banho, pas-
Como as bolhas estão na fase de estourar, a ago- sar perfume. Desde que cheguei aqui não tomo
nia é muito grande, queima e coça sem parar. Tive banho (sic).
que vir da minha cidade, que fica no interior, até Apesar da tristeza muitas vezes demonstrada
aqui, no carro do meu filho pelada (sic). por S.M., principalmente relacionada à agonia cau-
Nesta primeira sessão, a paciente conseguiu sada pelas coceiras e ardências das bolhas, a mesma
expressar claramente a angústia que a doença lhe sempre colaborava com a equipe, tanto com médicos
causava, a dor que sentia, bem como as fantasias quanto com enfermeiros, e estava em busca de alter-
relativas à imagem corporal. Porém, ao mesmo tem- nativas para passar o tempo (pediu que seus filhos
po em que relatou sonhos com seu corpo deformado, trouxessem seus cds favoritos e revistas de palavras
acreditava que dentro de alguns meses a crise passa- cruzadas) e para relaxar (criava momentos, como
ria e que sua vida retornaria a ser feliz. técnicas de respiração e pensamentos em momentos
Já durante os atendimentos iniciais, a paciente felizes de sua vida).
mostrou-se bastante aberta e interessada nas sessões Durante os atendimentos, a psicóloga, que tam-
psicológicas, sempre disponível para o diálogo e indi- bém mantinha contato semanal com a equipe de mé-
cando, desde o início, vontade de superar a doença e dicos e de enfermagem, verificava que os profissio-
boa capacidade de abstração. Ainda no primeiro con- nais mostravam-se bastante ansiosos frente a uma
tato, ela explicou que já era a terceira vez que preci- possível queda emocional da paciente. Devido a isso,
sava ser internada, e estava ciente do risco da doen- a equipe estava bastante presente no dia a dia, de-
ça e da dificuldade da medicina em compreender e monstrando paciência e solidariedade para com ela.
curar casos como este. Sabia que provavelmente Assim, o vínculo estabelecido entre eles foi de confi-
não seria a última vez que teria que ser internada e ança, facilitando a empatia.
dizia estar “trabalhando em sua cabeça” que a doen- Nas evoluções registradas no prontuário, a psi-
ça seria uma companheira ruim que a acompanharia cóloga apontava que a paciente estava enfrentando
pela vida inteira. adequadamente a situação adversa, demonstrando boa
Relatou que tinha dois filhos, frutos de seu úni- capacidade de compreensão do quadro clínico, acei-
co casamento, que havia se divorciado há sete anos. tação da situação, com exame do estado mental pre-
servado, mostrando-se coerente e dentro da realida-
Sobre isso referiu: Na época me senti muito triste,
de em seu discurso e com grande vontade de se re-
mas a vida tem que continuar e eu tenho muitos
cuperar. Durante os atendimentos, mesmo nos mo-
amigos no lugar que moro, tenho também amor
mentos mais críticos da internação, ela falava muito
próprio...vamos pro bailão da terceira idade quase
em Deus e na fé que sentia, acreditando que esta
todos os finais de semana e eu danço sem parar.
poderia salvá-la. A fé para a paciente era sinônimo
Adoro dançar e paquerar (sic).
de fortificação e esperança: a fé é a minha fiel com-
A paciente relatou que se encontrava sozinha, panheira (sic). Também se referia ao exemplo de
sem visitas de familiares durante a internação, pois sua mãe, que se mostrava uma mulher guerreira, que
seus filhos trabalhavam em outro estado. Acreditava lhe ensinou a ter força e fé nos momentos de dificul-
que eles se preocupavam com ela e que sabiam da dade. Muitas vezes, ela exibia preocupação com seu
demora para a recuperação, esperando ainda rece- futuro, chorava e sentia medo em relação à doença;
ber a visita deles durante o período hospitalar. Todas mas também fazia planos, acreditando sempre que
as vezes que a psicóloga entrava no quarto, S.M. viver valia a pena.
Resiliência no Contexto Hospitalar 433

Com o passar das semanas, as bolhas foram decorrer de sua internação, como aspectos relevan-
estourando e secando, permitindo que a paciente pu- tes de enfrentamento saudável.
desse ser coberta com um lençol, sentar na cama. S.M. encontrava-se em uma situação que po-
Em seguida, S.M. pode, pela primeira vez durante a deria se constituir em risco para seu bem-estar: apre-
internação, tomar banho. Assim, ao entrar no quarto, sentava uma doença rara e de tratamento difícil, es-
a psicóloga se deparou com a paciente de vestido, tava internada em um hospital público (sem a possibi-
sandálias, com batom, perfumada, usando anel e brin- lidade de recorrer a atendimento privado de saúde),
cos, pintando as unhas de vermelho. Não falei que não contava com apoio de pessoas próximas ou fa-
aquela deitada na cama não era eu? Pois bem, miliares, apresentava um quadro de doença crônica e
eu estou aqui ó, com vida novamente. Esta doen- incurável, que exigia longos períodos de observação,
ça não vai me derrubar. Sabia que iria melhorar controle e cuidados. Então, que processos, na natu-
e antes de vir para o hospital me certifiquei que reza do funcionamento desta paciente, foram utiliza-
meu filho havia colocado na mala, minhas coisi- dos para que a mesma conseguisse sucesso na adap-
nhas de embelezar! Gosto de mim assim, bonita e tação à nova realidade? Quais os fatores que a leva-
feliz (sic). Neste dia, S.M. tinha sido liberada pela ram a apresentar habilidades para enfrentar de for-
primeira vez para se vestir, pois não havia mais risco ma saudável a situação?
de infecção. Este era um momento pelo qual ela es-
Certamente existiam fatores de proteção que
perava há bastante tempo, pois relatava à equipe o
se faziam presentes, como: auto-estima elevada -
desejo em poder se arrumar.
gosto de mim assim, bonita e feliz; sou mais do
No período seguinte, S.M. continuou apresen- que isto (doença); tenho amor próprio (sic); alta
tando estratégias positivas para enfrentar a situação: tolerância à frustração – esta doença não vai me
observou-se uma constante busca de informações derrubar (sic); orientação social positiva – visão da
com a equipe; adesão ao atendimento psicológico; mãe como mulher forte e guerreira, que lhe ensinou a
vontade em auxiliar a equipe nos procedimentos como ter esperança e fé; e crença em Deus – fé como fiel
banho, troca de curativos; disposição para arrumar escudeira (sic). Características pessoais positivas,
seu quarto; e vínculo afetivo estabelecido com os téc- como autonomia, auto-estima e orientação social po-
nicos do hospital, demonstrando capacidade de adap- sitiva, são apontadas como fatores que favorecem os
tação. processos de resiliência (Masten & Garmezy, 1985).
Discussão Entre outros fatores, a busca de apoio religioso tam-
bém tem sido colocada como importante recurso fren-
Diversos autores têm salientado a importância
te a situações estressantes (Beresford, 1994) e
da compreensão do desenvolvimento humano como
identificada em vários estudos sobre crenças de mães
resultado da interação das características constituci-
de filhos portadores de enfermidade crônica, sendo
onais da pessoa e do seu ambiente (Ismael, 2005;
considerado como um recurso importante que permi-
Romano, 1999). Assim, observa-se maior ênfase nos te aos pais gerarem suas próprias expectativas para
fatores de proteção que modificam, melhoram ou al- os eventos futuros ao longo das prestações de cuida-
teram respostas pessoais a determinados riscos de dos ao filho (Fewell, 1986; Libow, 1989). Deste modo,
desadaptação, tendo em vista a saúde como um pro- pode-se compreender que a crença religiosa apre-
cesso e não um estado absoluto. sentada pela paciente, adicionada às características
Fica cada vez mais claro que o funcionamento positivas de personalidade e ao bom nível de suporte
normal do ser humano não pode ser contado apenas formal e institucional percebidos por ela em relação
pelos quadros de referência puramente negativos ou ao hospital, exerceu importante função no processo
focados em problemas (Sheldon & King, 2001). Des- de superação de seu quadro.
sa forma, a partir do referencial da Psicologia Positi- Outros fatores de apoio presentes neste caso,
va e do conceito de resiliência, podem-se compreen- além das características pessoais da paciente, podem
der as características apresentadas por S.M., no ter colaborado para que a mesma pudesse apresen-
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tar recursos positivos de enfrentamento da situação. constituem-se em um grande desafio para os pesqui-
Durante os atendimentos, ela sempre se referia a seus sadores nos próximos anos.
familiares, especialmente seus filhos, e citava cons- A psicologia ainda sabe relativamente pouco
tantemente a importância dos amigos em sua vida. sobre o sucesso humano e como encorajá-lo. A ne-
Para Giacomini e Galvan (2005), a família exerce um cessidade de se adotar uma perspectiva que compre-
papel fundamental no processo de hospitalização, atra- enda o homem a partir de uma visão mais apreciati-
vés do apoio emocional, acolhimento e incentivo, tor-
va, que valorize as emoções positivas, torna-se evi-
nando-se muitas vezes determinante no prognóstico
dente. Segundo Sheldon e King (2001), as emoções
do tratamento.
positivas facilitam a criação de habilidades e recur-
A boa interação com a equipe, que se mostrou sos importantes para o indivíduo. Assim, a descrição
bastante interessada no caso, também pode ter auxi- do caso de S.M. possibilita uma reflexão sobre os
liado positivamente na esperança para sair deste processos de enfrentamento de pacientes em situa-
momento de crise. A percepção positiva da paciente ção de hospitalização. Durante o período de acompa-
quanto ao hospital em que se encontrava internada, nhamento desta paciente, observou-se a presença de
reconhecido no estado como uma instituição referên-
emoções positivas por parte dela, das quais falam
cia, seria auxílio na segurança que a mesma demons-
Sheldon e King (2001), e de fatores de proteção, a
trava durante o tratamento. O fato de já ter sido in-
que se referem diferentes autores como Yunes e
ternada anteriormente, e por isso estar mais familia-
Szymanski (2001) e Pesce e cols.(2004). Aspectos
rizada com a doença e os procedimentos da inter-
individuais, como auto-estima positiva, autocontrole,
nação, seria outro fator de apoio. O atendimento psi-
cológico contínuo durante toda a internação tam- autonomia, características de comportamento afetu-
bém pode ser percebido como importante suporte para oso; relacionamento saudável com a equipe; curiosi-
a paciente reagir à doença. A prática da psicolo- dade e também conhecimento sobre o que estava
gia no hospital tem mostrado que os pacientes acontecendo com sua saúde; e responsividade na
reagem de modo favorável a esta proposta de in- aderência ao tratamento foram as estratégias apre-
tervenção, reconhecendo-a como necessária para sentadas pela paciente, confirmando os fatores de
sua reestruturação emocional. Assim, pode-se obser- proteção apontados na literatura (Pesce & cols.,2004;
var que, durante o processo de internação, o olhar Yunes & Szymanski, 2001).
orgânico por si só não é suficiente (Romano, 1999). Dessa forma, fazem-se necessários novos es-
A relação entre profissional de saúde e paciente pres- tudos que favoreçam maior compreensão sobre as
supõe a necessidade de confiança dele no profissio- capacidades adaptativas do ser humano, podendo
nal que o atende, sendo que a formação deste vínculo colaborar com o sistema hospitalar, onde é preciso
de confiança não é só importante como necessária criar novos espaços para se pensar na saúde,
para que o “cuidado” seja possível (Gobbetti & Cohen, prioritariamente à doença. Além disso, é importante
2005). que se possa pensar em estratégias para a promoção
Considerações finais de processos de resiliência no ambiente hospitalar,
favorecendo circunstâncias geradoras de enfren-
No decorrer deste estudo, torna-se clara a im-
tamento das adversidades e incrementando os fato-
portância da compreensão dos processos de
res de proteção.
resiliência, incluindo os fatores de proteção e risco,
para o trabalho de prevenção e promoção da saúde Referências
em instituições hospitalares. Contudo, ao mesmo tem-
po em que se percebe seu valioso potencial, é possí- Aoki, V. (2004). Endemic pemphigus foliaceus
vel constatar o quanto permeado de incertezas e con- (fogo selvagem) and pemphigus vulgaris:
trovérsias ainda se encontra este tema. Por isto, as Immunoglobulin G heterogeneity detected by indirect
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