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15/09/2018 Eleição Soberana - Uma Perspectiva Molinista - Deus Amou o Mundo!

Deus Amou o Mundo!

E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:2

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Apologética
Eleição Soberana – Uma Arminianismo

Perspectiva Molinista Arminius

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3 de maio de 2018 | Filed under: Eleição, Molinismo and tagged with: Eleição,
molinismo Batismo
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Batistas
NACIONAIS ROSES – ELEIÇÃO SOBERANA
Calvinismo
Arminianismo.com
Kenneth Keathley Determinismo
Arminiano
Eleição
Credulo Você acredita que Deus criou o homem e arbitrariamente,
soberanamente – que é a mesma coisa – criou esse homem sem Escrituras
Global Training
nenhuma outra intenção a não ser a de condená-lo? O fez, e Estudos
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ainda, por nenhuma outra razão a não ser a de destruí-lo para
Eventos
Ideário
sempre? Ora, se você pode crer nisso eu tenho pena de você, é
Arminiano Expiação
tudo o que posso dizer: você é digno de pena, de você poder
Personaret pensar tão mesquinhamente sobre Deus, cuja misericórdia dura Graça

para sempre. Preveniente


Sociedade

Arminiana Libertarismo
C.H. Spurgeon[1]
Livre Arbítrio

SITES O Southeastern Baptist Theological Seminary, onde leciono, tem Livros


ESTRANGEIROS uma confissão de fé chamada de Princípios Abstratos. Escrita
Molinismo
Arminian originalmente para o Southern Seminary por Basil Manly Jr., o
Não-
Perspectives artigo quatro dos Abstratos declara, “Deus, desde toda a
eternidade, decreta ou permite todas as coisas que acontecem evangelizados
Reasonablefaith
e sustenta, dirige e governa todas as criaturas e eventos; ainda Onisciência
Roger E. Olson assim, não é em nenhum sentido o autor ou aprovador do
Ordo Salutis

Patrística
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Society of pecado, nem destrói o livre arbítrio e a responsabilidade das Perseverança


criaturas inteligentes.”
Evangelical Predestinação

Arminians Remonstrantes
O artigo parece auto contraditório. Ele declara que Deus
Wesleyan gerencia todas as coisas e ainda, ao mesmo tempo, Deus Respostas

Arminian apenas permite o mal, Ele não é “de nenhuma maneira” a


Santi cação
origem do pecado e Suas escolhas não negam o Livre Arbítrio
Sínodo de Dort
humano. Um modelo da soberania divina e responsabilidade
DEUS AMOU O
humana que tenta reconciliar todas as declarações do artigo Soberania
MUNDO
acima é chamado de Molinismo. Este capítulo apresenta o Teologia
Deus entendimento Molinista da eleição e defende que ele provê
1.3K lik Reformada
uma alternativa para o crente que está convencido que a
eleição é uma escolha soberana e graciosa de Deus, mas não Tulip

está convencido que isso implica em aceitar os cinco pontos do Voluntarismo


Like Page
Calvinismo.
Wesley
Be the first of yo
to like this Duas Doutrinas Essenciais: Soberania e Permissão
MAIS
VISTOS
O Deus da Bíblia criou o mundo do nada – creatio ex nihilo – e
HOJE
SÍNODO DE
esta verdade implica dois corolários: soberania e permissão. A
DORT Compreendend
soberania de Deus é Seu senhorio sobre a criação. A soberania
Síno divina significa que Deus governa, e sim, controla todas as Deus e o
894 like
coisas. Tempo

A Visão
Em sua elaboração dos Princípios Abstratos, Manly foi
Like Page Arminiana
cuidadoso ao incluir o conceito de permissão. Permissão é a
decisão de Deus de permitir algo, além de Si próprio, de existir. Clássica da
Be the first of yo
to like this A simples existência parece ser o que Deus deu a maior parte Predestinação
da criação, porque a maior parte de seu imenso universo
Ezequiel
consiste simplesmente de materiais físicos que obedecem as
18.21-23 e
leis naturais. Ele deu um nível de liberdade, dentro de alguns
limites, a certos agentes – a saber, anjos e os seres humanos. 30b-32

Deus não nos garantiu independência absoluta ou autonomia Distinguindo o


completa. Usar a palavra permissão destaca o ponto que nossa
Arminianismo
liberdade é uma liberdade derivada. Ele nos deu a habilidade de
Clássico do
escolher e com essa habilidade veio a responsabilidade moral
para essas escolhas. O conceito de permissão significa que Semi-

embora Deus controle todas as coisas, Ele não causa todas as Pelagianismo
coisas.[2] Quanta liberdade Ele nos permitiu? Liberdade
Dez Livros
suficiente para se rebelar.
Importantes na

Soberania e Permissão e como elas se relacionam à Defesa do


Predestinação Arminianismo

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A meta difícil diante de nós é alcançar um entendimento e na Crítica ao


balanceado tanto da soberania quanto da permissão,
Calvinismo
particularmente em como ela se relaciona à predestinação. Os
que enfatizam a soberania tendem a ser Calvinistas; os que
enfatizam a permissão tendem a ser Arminianos. Os extremos
existem em ambos os lados das fronteiras da doutrina Cristã. Se
alguém quer ver a soberania divina ser enfatizada ao ponto do
fatalismo, ele não precisa olhar em nenhum outro lugar a não
ser no Islã. A palavra Islã significa “submeter-se” e a meta do
Muçulmano devoto é se submeter à vontade irresistível de
Allah.

Oposto do Islã em outro extremo está a teologia do processo.


No pensamento da teologia do processo Deus está mudando e
evoluindo junto com o mundo e precisa do mundo tanto quanto
o mundo precisa dele. De acordo com o teólogo do processo, o
mal acontece porque Deus não é capaz de pará-lo, e o mundo
está literalmente fora de controle. Localizada entre os extremos
do islã e da teologia do processo está a verdade bíblica de que
Deus governa soberanamente sobre todas as criaturas que Ele
permitiu que tenham uma quantidade relativa de liberdade.

As Similaridades entre o Calvinismo Infralapsário e o


Molinismo

Dentro das crenças Cristãs ortodoxas, duas abordagens tentam


conscientemente fazer justiça às duas doutrinas bíblicas
gêmeas, a soberania divina e a permissão divina, ao afirmarem
ambas simultaneamente. São as abordagens do Calvinismo
Infralapsário e do Molinismo. Ambas afirmam que a soberania
de Deus é meticulosa e abrangente. Ambas afirmam o conceito
de permissão e concordam que Deus não causou a queda, nem
Ele é a causa do mal, mas Ele permite o pecado. O problema
real é, como sempre, o problema do mal. Como o mal se
relaciona com a questão da eleição, a questão é como os seres
humanos passaram a ser vistos na mente eterna de Deus como
pecadores em primeiro lugar. O debate sobre a predestinação é
sobre o papel que a permissão desempenha no decreto de
Deus.

Alguns Cristãos tem um problema com a doutrina da eleição em


si. As Escrituras ensinam e nossa experiência confirma que se
Deus não tivesse nos escolhido nós não teríamos O escolhido

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(João 15:16). De acordo com Paulo, Deus nos escolheu “nEle [em
Cristo] antes da fundação do mundo” (Ef. 1:4), e Pedro identifica
os crentes como aqueles que são “eleitos [Grego eklektos]
segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo” (I Pedro
1:2). Eleição é um ensino claro da Escritura (cf. Rm 8:29).

A questão do reprovado levanta um problema. A reprovação é a


decisão de Deus de rejeitar ou passar por cima de certos
indivíduos. Se Deus rejeita o reprovado por causa do seu
pecado e descrença, então a reprovação está baseada na justiça
de Deus, e Sua decisão não levanta nenhum dilema moral. Mas
isso também significaria que alguns aspectos do decreto de
Deus foram condicionais ao invés de incondicionais e que de
certa forma as escolhas livres das criaturas moralmente
responsáveis afetaram as decisões eternas de Deus.

Alguns Calvinistas (seguindo seu homônimo João Calvino) não


podem aceitar que existe qualquer condicionalidade nos
decretos de Deus, de modo que eles se sacrificam e dispensam
a permissão também.[3] Eles abraçam a dupla predestinação,
em que Deus escolhe alguns e rejeita outros e então,
subsequentemente, decretou a queda a fim de fazer acontecer.
Como vimos no capítulo 2, àqueles que sustentam esta posição
são chamados de supralapsários, porque eles entendem que o
decreto ocorre logicamente antes (supra) ao decreto de permitir
a queda (lapsus), daí a palavra supralapsarianismo.

A maioria dos Calvinistas se choca com esta abordagem. A


teologia reformada geralmente ensina que Deus primeiro
decretou permitir a queda e então, da humanidade caída,
escolheu certos indivíduos para a salvação por razões
conhecidas apenas por Ele. Esta abordagem é chamada de
infralapsarianismo (infra significa “depois”), porque nesta visão,
a escolha eletiva de Deus ocorre logicamente após Ele ter
decidido permitir a queda.

O conceito crucial para o modelo Calvinista infralapsário é a


noção de permissão. Deus não causou a queda; ele a permitiu.
Deus não predestinou o reprovado ao inferno; Ele permite que
o descrente siga o seu caminho. A permissão é problemática
para o Calvinista – particularmente para aqueles que defendem
o determinismo – porque permissão implica condicionalidade,

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contingência e vê os humanos estando em algum senso na


origem de suas respectivas escolhas. Como percebemos no
capítulo sobre depravação radical, Calvinistas como John
Feinberg definem a soberania de Deus em termos de
determinismo causal, e isso deixa pouco espaço para um
entendimento logicamente consistente de permissão.[4] Estou
argumentando que o que os Calvinistas querem alcançar no
infralapsarianismo, o Molinismo na verdade alcança. O
Molinismo combina uma visão elevada da soberania com um
entendimento robusto da permissão.

Como veremos, uma característica que distingue o Molinismo


do Arminianismo é a forma que o Molinismo entende a
presciência de Deus. O Arminianismo resolve o problema da
reprovação ao apresentar a decisão de Deus com respeito aos
indivíduos como algo inteiramente passivo. Deus decreta eleger
a igreja como um corpo corporativo, e aqueles indivíduos que
escolhem a Cristo, são então vistos como eleitos, enquanto
aqueles que o rejeitam são reprovados. Neste respeito os
Arminianos veem o decreto de Deus como uma mera ratificação
das escolhas humanas.[5] Mas a Bíblia apresenta a decisão
eletiva de Deus como algo muito mais ativo e decisivo. Diferente
do Arminianismo, o Molinismo descreve Deus usando Sua
presciência de uma maneira soberana e incondicional.

As duas abordagens Calvinistas da Eleição comparadas com


o Molinismo

Supralapsarianismo Infralapsarianismo Molinismo

Deus ordena a Deus ordena a Deus ordena a


salvação do eleito e a salvação do eleito, mas salvação do
condenação do apenas permite a eleito, mas
reprovado igualmente. condenação do apenas permite a
reprovado. condenação do
reprovado.

O conceito de Admite uma visão É capaz de


permissão é negado. inconsistente e manter uma
incoerente de visão consistente
permissão. de permissão.

O Supralapsarianismo de Calvino: O conceito de permissão


rejeitado

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Calvino abordou a questão da predestinação com a premissa


que “a vontade de Deus é a causa chefe e principal de todas as
coisas”,[6] uma suposição que deixa pouco ou nenhum espaço
para permissão. Alguns tentam argumentar que o sucessor de
Calvino, Theodore Beza, transformou os ensinos de Calvino no
supralapsarianismo; mas a obra de Calvino sobre o assunto, um
livro chamado Concerning the Eternal Predestination of God,
revela que Calvino defendeu a dupla predestinação apenas
como firmemente defendeu seu protegido.[7] A decisão de
Deus de eleger e reprovar no supralapsarianismo é primária.
Essencial ao entendimento do supralapsarianismo é a distinção
que ele faz entre reprovação e condenação.[8] Reprovação é a
rejeição de Deus de um indivíduo; condenação é o julgamento
de Deus sobre essa pessoa pelos seus pecados. Neste
paradigma, Deus não rejeita o reprovado porque ele é um
pecador; é ao contrário. O reprovado se torna um pecador
porque Deus o rejeitou. Deus rejeitou certos indivíduos e então
decretou a queda a fim de efetivar Seu desfavor em relação a
eles. Calvino deixou isto claro quando ele declarou que “a causa
mais elevada” da reprovação não é o pecado, mas “o prazer
puro e simples de Deus”.[9]

Se o decreto de Deus da dupla predestinação é primário, então


seu componente da eleição e reprovação tem supremacia igual,
um ponto afirmado repetidamente por supralapsários
modernos como Cornelius Van Til, Herman Hoeksema e mais
recentemente Robert Reymond.[10] O relacionamento de Deus
com ambas as classes de indivíduos é simétrica. Ele rejeitou o
reprovado da mesma forma que escolheu o eleito.[11]

Como Bruce Ware, um Calvinista infralapsário destaca, a graça


não desempenha nenhum papel no entendimento
supralapsário do duplo decreto inicial.[12] O motivo é porque
quando Deus decidiu quem Ele escolheria e quem Ele rejeitaria,
os seres humanos não eram pecadores em necessidade de
graça ou merecedores de julgamento. A graça não entrou
logicamente no quadro até depois Deus ter determinado
resgatar Seus escolhidos da queda. Este é o motivo pelo qual
alguns supralapsários tais como David Engelsma não hesitar em
falar da atitude de Deus com respeito ao não eleito como
aquele que é odiado eternamente.[13] No supralapsarianismo,
a graça soberana dá lugar à mera soberania.

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Calvino não deixava espaço para a permissão. Calvino


ridicularizou a noção de permissão quando ele afirmou,

É fácil concluir quão bobo e frágil é o apoio da justiça divina


pela sugestão que o mal surge, não pela Sua vontade, mas
meramente por Sua permissão. Claro, na medida em que são
maus…eu admito que eles não estão agradando a Deus. Mas é
um refúgio completamente frívolo dizer que Deus futilmente os
permite, quando a Escritura O mostra não apenas os desejando,
mas sendo o autor deles.[14]

Logo, Calvino faz a afirmação assombrosa de que Deus é o


próprio “autor” do pecado, uma afirmação que os Calvinistas
posteriores rejeitam.

Infralapsarianismo: A Tentativa de Combinar o Calvinismo


com a Permissão

Embora Calvino e Beza tenham advogado o supralapsarianismo,


nenhum Credo ou Confissão Reformada maior os seguiu. A
razão é óbvia: o supralapsarianismo coloca a origem do pecado
na conta de Deus; como os Canons de Dort declaram, a noção
de que Deus é o autor do pecado de qualquer maneira, é “em
absoluto”, “um pensamento blásfemo”.[15] A Confissão de
Westminster faz uma declaração similar.[16]

Nos dias de Calvino, um médico em Genebra chamado Bolsec,


criticou os ensinos de Calvino sobre a predestinação em razão
de que os ensinos de Calvino impugnavam o caráter de Deus.
Bolsec foi preso, condenado, e banido de Genebra; e Calvino
buscou apoio de outros Reformadores em outras cidades suíças
a favor de seu supralapsarianismo. Ele pareceu ter ficado
genuínamente surpreso quando Reformadores como Heinrich
Bullinger discordou dele e fez uma defesa do
infralapsarianismo.[17] Nos debates subsequentes entre os
partidos infra e supralapsários, os credos e confissões revelam
que as igrejas reformadas escolheram Bullinger ao invés de
Calvino, universalmente. O grande pregador Charles Spurgeon
expressou a repulsa que a maioria dos Calvinistas modernos
sentem com respsito ao supralapsarianismo, quando ele
pergunta e depois declarou, “Você acredita que Deus criou o
homem e arbitrariamente, soberanamente – que é a mesma
coisa – criou esse homem sem nenhuma outra intenção a não

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ser a de condená-lo? O fez, e ainda, por nenhuma outra razão a


não ser a de destruí-lo para sempre? Ora, se você pode crer
nisso eu tenho pena de você, é tudo o que posso dizer: você é
digno de pena, de você poder pensar tão mesquinhamente
sobre Deus, cuja misericórdia dura para sempre.”[18]

O infralapsarianismo se recusa a reconhecer as implicações


lógicas da dupla predestinação. O sistema infralapsário
argumenta que em alguns aspectos, o decreto soberano de
Deus é condicional. E ainda, este modelo também argumenta
que no processo de trazer o decreto à realização, alguns
aspectos do relacionamento de Deus com os eventos –
particulamente ao mal e aos eventos pecaminosos – são
permissivos.

Bruce Ware, defendendo o infralapsarianismo, afirmou,

Me parece que a tensão no Calvinismo que tem sido relutante


em abraçar a “vontade permissiva de Deus”, simplesmente
rejeita uma das ferramentas conceituais muito necessária para
explicar a inocência moral de Deus com respeito ao mal.
Certamente é preciso mais do que apenas este modo da
atividade divina. Mas eu não vejo como podemos prosseguir se
a soberania de Deus que lida em questões de bem e mal são, de
fato, simétricas.[19]

Em outras palavras, a fim de proteger Deus da acusação de ser


o autor do mal, devemos abraçar a noção de permissão.

Louis Berkhof concordou com Ware. Ele destacou que quando a


Bíblia apresenta Deus rejeitando um homem como o Rei Saul
ou um povo como o Israel descrente, está claro que Deus os
rejeitou baseado na rejeição anterior deles de Deus.[20]
Portanto, a eleição é incondicional, mas a reprovação é
condicional. Deus ordena ativamente a salvação do eleito, mas
apenas permite a condenação do reprovado.

O infralapsarianismo percebe Deus tendo uma relação


assimétrica com respeito à eleição e reprovação.[21] Deus
primeiro permite a queda de toda a humanidade. Então, vendo
toda a humanidade como condenados justamente em seus
pecados, Deus ordena certo número incondicionalmente: estes
são os eleitos. Deus permite que a humanidade caia; mas Ele

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não causa essa queda. O infralapsarianismo incorpora a história


no decreto eterno. Mesmo o supralapsário Cornelius Van Til
afirmou, “Desde a eternidade, Deus rejeitou os homens por
causa dos pecados que eles cometeriam como seres
históricos.”[22] O decreto da reprovação na eternidade foi
condicionado pelo que ocorreria no tempo.

Problemas com a posição Infralapsária

O infralapsarianismo depende do conceito de permissão, mas


reconciliar a permissão com a visão tradicional Reformada da
soberania é difícil. Calvino afirmou que “a vontade de Deus é a
causa chefe e principal de todas as coisas.”[23] Se todos os
eventos são casualmente determinados, que espaço existe para
a permissão? Alguns Reformadores infralapsários falam de uma
“permissão eficaz” ou de uma “permissão determinativa”. Por
exemplo, Jerome Zanchius, um dos primeiros advogados do
infralapsarianismo, declarou que, “Deus permissivamente
endurece o reprovado com uma permissão eficaz”.[24] Ver o
termo “permissão eficaz” como algo que não seja um oxymoron
é um desafio.

Abraçar genuinamente o conceito de permissão requereria do


infralapsário o abandono de alguns princípios chaves da
teologia Reformada. Berkhof reconheceu isso quando ele
advertiu, “O infralapsarianismo quer realmente explicar a
reprovação como um ato da justiça de Deus. E é inclinado a
negar, implícita ou explícitamente que é um ato do mero prazer
de Deus. Isto faz realmente o decreto da reprovação um
decreto condicional e leva para dentro do campo Arminiano”.
[25] Os infralapsários tem uma escolha. Se o decreto da
reprovação é condiconal, ele não está de acordo com o simples
prazer de Deus. Se é incondicional, então não está de acordo
com a permissão de Deus. O infralapsarianismo quer ensinar
que Deus condena o reprovado em resposta aos seus pecados,
mas isso abandonaria a visão Reformada clássica da soberania
de Deus, que é o motivo pelo qual Calvino rejeitou o conceito de
permissão como inaceitável.

Segundo, muitos Calvinistas admitem, o sistema infralapsário é


racionalmente inconsistente. Paul Jewett afirmou que a falácia
racional repousa no coração da posição infralapsária.[26] Ele
assemelha o infralapsarianismo a um pendulo que balança pra

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lá e pra cá entre a posição da presciência simples dos


Arminianos e a preordenação pura dos supralapsários. “E no
fim, parece, não existe nenhuma posição consistente entre a
presciência simples da queda, que é o Arminianismo, e a
preordenação da queda, que (por implicação, pelo menos) é
supralapsária. Por esta razão, o pendulo do argumento
infralapsário balança uma hora pra um lado e em outro
momento pra outro”.[27]

Terceiro, o conceito de permissão como apresentado no sistema


infralapsário não resolve nada se a reprovação é ainda o
resultado do “beneplácito de Deus”. Os Canons do Sínodo de
Dort afirmam, “Não todos, mas apenas alguns, Ele elegeu,
enquanto outros foram obliterados no decreto eterno; a quem
Deus, de seu beneplácito, decretou deixar na miséria comum”.
[28] Então, mesmo o sistema infralapsário apresentado pelo
Sínodo de Dort, a reprovação não é o resultado do pecado, mas
do beneplácito de Deus.

Supralapsários como David Engelsma criticam o


infralapsarianismo por sua incoerência:

Se a reprovação é o decreto de não dar fé a um homem, é


patentemente falso dizer que a descrença é a causa da
reprovação. Seria o mesmo que dizer que minha decisão de não
dar um trocado a um mendigo é devido o mendigo não ter um
trocado. Que a reprovação é um decreto incondicional é
também claro do fato que se a descrença fosse a causa da
reprovação, todos os homens teriam sido reprovados, e não
teriam sido eleitos, pois todos os homens são igualmente
descrentes e desobedientes.[29]

Engelsma está destacando que se o pecado é a base da


reprovação, logo ninguém pode ser eleito, desde que todos são
pecadores.

Em última análise, o infralapsarianismo ensina que a


reprovação é um tanto uma parte dos decretos de Deus como é
a eleição. O infralapsarianismo e o supralapsarianismo são
simplesmente nuances da mesma abordagem, tendo em vista
ambos começarem com o decreto eterno de Deus e rejeitarem
a noção de que Deus garantiria (ou mesmo que poderia

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garantir) qualquer tipo de escolha libertária às criaturas


responsáveis.

Conclusões entre os Calvinistas concernente o


infralapsarianismo

Muitos Calvinistas supra recusam a posição infra como sendo


um Arminianismo incipiente (não que possa ajudar, mas
podemos sorrir sobre a acusação de Robert Raymond de John
Gerstner ser um Arminiano),[30] e inúmeros infralapsários,
como Louis Berkhof, admitem este ponto.[31] Alguns Calvinistas
se desesperam completamente. G. C. Berkouwer chamou a
exploração dos decretos um caso de “transgressão teológica”.
John Feinberg concluiu que “toda a discussão é equivocada” e
que “esta questão não deveria ser perguntada”. John Frame
defendeu o agnosticismo.[32] Os vereditos de Paul Jewett e Tom
Schereiner são uníssonos. Jewett afirmou, “Em todo caso,
quando tudo é dito e feito, o problema da reprovação
permanece sem solução e, pareceria insolúvel”, enquanto
Schereiner concluiu, “O escândalo do sistema Calvinista é que
em última análise, os problemas lógicos colocados não podem
ser completamente respondidos”.[33]

Neste ponto, muitos Calvinistas infralapsários apelam ao


mistério, mas o que estamos tratando aqui não é um mistério,
mas uma contradição. Existe diferença entre um paradoxo
epistêmico e um paradoxo lógico.[34] Um paradoxo epistêmico
resulta de informação insuficiente, mas um paradoxo lógico
indica um erro ou nas pressuposições iniciais ou em seu
processo de raciocínio. O Calvinista decretal não pode aceitar
suas próprias conclusões. Isto significa que algo está errado em
algum lugar.

Esta situação não é como contemplar a Trindade ou a


encarnação, onde se encontram as verdades transcendentes em
que não se pode ir além. O dilema para o Calvinista é que ele
não pode levar suas afirmações iniciais às suas conclusões
lógicas. Como percebido no capítulo sobre a depravação radical,
John Gerstner advertiu seus colegas Calvinistas que em suas
formulações do relacionamento do decreto de Deus com o
pecado, a teologia Reformada “flutua” sobre “o abismo da
blasfêmia”[35] Para receber seus créditos, os Calvinistas em
geral não mergulham. Todos esses problemas indicam que é

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questionável se se deve usar a doutrina da eleição como uma


crença de controle quando as questões consideradas são como
as da extenção da expiação.

MOLINISMO: AFIRMA SIMULTANEAMENTE SOBERANIA E


PERMISSÃO

Vamos voltar às nossas duas crenças controle. Elas não deixam


os Arminianos felizes, mas vamos afirmar que Deus controla
soberanamente todas as coisas.[36] O Calvinista pode ficar
descontente, mas vamos entender permissão da forma que o
dicionário define: “permissão é dar uma oportunidade ou uma
possibilidade a outra.” Esta é a maneira em que permissão é
normalmente entendida. Permissão implica que Deus concedeu
pelo menos algum tipo de escolha libertária aos agentes morais
causais que Ele criou.[37]

O Molinismo afirma simultaneamente a soberania divina


meticulosa e a liberdade humana genuína. Como isso acontece?
Em resumo, o Molinismo afirma que Deus é capaz de exercitar
Sua soberania essencialmente por Sua onisciência. Desta forma
Deus controla todas as coisas, mas não é a causa determinativa
de todas as coisas. Como vimos no capítulo 1, à característica
distintiva do Molinismo é sua alegação de que o conhecimento
de Deus de todas as coisas tem três camadas ou momentos
lógicos. O Molinismo é particularmente notado por sua visão de
que Deus pode saber com certeza, infalivelmente as escolhas
das criaturas livres usando seu conhecimento médio.

Os Três Momentos no Molinismo Aplicados à Eleição

A teologia decretal (ou seja, supra e infralapsarianismo) tenta


discernir a ordem lógica dos decretos de Deus. O Molinismo,
por outro lado, postula que existe apenas um decreto (um
ponto que tem apoio escriturístico e que muitos estudiosos
Reformados reconhecem)[38] mas tentam discernir a ordem
lógica do conhecimento de Deus. Ao invés de tentar explorar as
“camadas” do decreto de Deus, o Molinismo explora as
“camadas” da onisciência de Deus. O Calvinismo decretal
compreende momentos lógicos na vontade de Deus; o
Molinismo compreende momentos lógicos no conhecimento de
Deus.[39]

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Discernir momentos no conhecimento de Deus não é exclusivo


ao Molinismo. Teólogos Reformados geralmente concordam
com os Molinistas que o conhecimento de Deus pode ser
entendido em termos de momentos ou aspectos. Por exemplo,
Louis Berkhof reconhece dois momentos da onisciência divina:
o conhecimento natural de Deus e Seu conhecimento livre.[40]
Por Sua natureza, Deus conhece todas as coisas, de modo que
este aspecto de Seu conhecimento é intitulado de
conhecimento natural. Este conhecimento natural contém todas
as verdades que são verdades necessárias no mundo atual (por
exemplo, “um triângulo é um objeto de três lados” ou “Deus não
pode morrer”) e todas as verdades necessárias em todos os
mundos possíveis (por exemplo, “como o mundo seria se eu ou
você não tivesse nascido”). Logo, o conhecimento natural de
Deus contém todas as verdades necessárias.

Quando consideramos o conhecimento natural de Deus das


verdades possíveis ou hipotéticas, as coisas ficam um pouco
complicadas. Lembre-se que um estado possível de coisas, ou
seja, algo que é verdade hipoteticamente é chamado de
contrafactual, um estado de coisas que não se obtém. Uma
contrafactual é uma afirmação que tem teor de verdade, mas é
contrária aos fatos.[41] A Bíblia reconhece as contrafactuais, e
os escritores bíblicos as usam com frequência. Por exemplo,
Paulo disse que “se Cristo não houvesse ressuscitado…ainda
estaríamos em nossos pecados” (I Co 15:17). Este é um estado
contrafactual de coisas que gloriosamente não se obtém.[42] Os
Molinistas intitulam estes cenários complexos feitos de
contrafactuais de mundos possíveis. Apenas contemplando a
noção de que Deus conhece não apenas todas as verdades
atuais, mas também todas as verdades possíveis, confunde
nossas mentes finitas, mas realizar isso não representa nenhum
desafio ao nosso Deus onisciente.

Como afirmado antes, Berkhof reconheceu um segundo


momento no conhecimento de Deus – Seu conhecimento livre.
Ele definiu o conhecimento livre de Deus como “o conhecimento
de tudo sobre este mundo em particular”. Entre todos os
mundos possíveis que Ele poderia ter criado, Deus escolheu
livremente este. Este mundo é o produto da livre escolha de
Deus, que é o motivo pelo qual Seu conhecimento deste mundo
ser chamado de conhecimento livre.

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Teólogos reformados (tais como Berkhof) reconheceram que o


conhecimento de Deus tem pelo menos dois momentos: Seu
conhecimento natural e Seu conhecimento livre. Molinistas
também concordariam com a afirmação de Berkhof de que “o
decreto de Deus mantém uma relação muito intima com o
conhecimento divino”.[43] Isto é, Deus realiza Sua vontade
soberana primeiramente ao usar Sua onisciência. E sobre todas
as escolhas possíveis das criaturas genuinamente livres? Onde
estão localizadas estas contrafactuais na esfera do
conhecimento de Deus? Aqui é onde o conceito Molinista do
conhecimento médio entra em cena.

Como Thomas Flint explicou, o conhecimento de Deus das


contrafactuais das criaturas livres deve ser distinto de Seu
conhecimento natural porque as contrafactuais são
contingencias que ocorreriam devido às escolhas das criaturas
livres. Nem estas contrafactuais podem pertencer ao
conhecimento livre de Deus desde que são apenas hipotéticas e
não reais. Molinistas argumentam que Deus possui um terceiro
tipo de conhecimento, localizado “entre” o conhecimento
natural de Deus e Seu conhecimento livre (daí o título
conhecimento médio).[44] O conhecimento natural divino é
preenchido com verdades que são verdades devido à natureza
de Deus e o conhecimento livre de Deus é preenchido com o
que é verdade devido à vontade de Deus, mas o conhecimento
médio é preenchido de verdades em que as decisões das
criaturas livres são as criadoras dessas verdades (mesmo
embora Deus conheça essas decisões de maneira inata).[45]
Isto é o que implica um conceito robusto de permissão.

Armado com estas três ferramentas conceituais, o Molinismo


defende que Deus realiza sua vontade soberana por meio da
Sua onisciência. Primeiro, Deus conhece todas as coisas que
poderiam acontecer. Este primeiro momento é Seu
conhecimento natural, onde Deus conhece todas as coisas
devido Sua natureza onisciente. Segundo, de um conjunto
infinito de possibilidades, Deus também conhece quais cenários
resultariam no caso das pessoas responderem livremente da
forma que Ele deseja. Este momento crucial do conhecimento
está entre o primeiro e o terceiro momento, daí o termo
conhecimento médio. De um repertório de opções disponíveis
providos por Seu conhecimento médio, Deus escolhe, livre e
soberanamente qual deles Ele fará acontecer. Isto resulta no

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terceiro momento do conhecimento de Deus, que é Sua


presciência do que ocorrerá com certeza.[46] O terceiro
momento é o conhecimento livre de Deus porque ele é
determinado por Sua livre e soberana escolha.

Ao utilizar essas três fases do conhecimento, Deus predestina


todos os eventos, mas não de uma forma a violar a liberdade e
a escolha humana genuína. Deus “põe a mesa”
meticulosamente de modo que os humanos escolhem
livremente o que Ele havia predeterminado. Lembre-se do
exemplo da negação de Pedro. O Senhor previu que Pedro O
negaria e pelo uso do Seu conhecimento médio ordenou o
cenário com certeza infalível do que Pedro faria. No entanto,
Deus não fez ou causou Pedro a fazer o que ele fez.

As Vantagens da Abordagem Molinista

A abordagem Molinista tem muitas vantagens tanto sobre o


Calvinismo quanto sobre o Arminianismo. Primeiro, o
Molinismo defende o desejo genuíno de Deus para que todos
sejam salvos, de uma forma que é problemática para o
Calvinismo. Deus tem uma vontade salvífica universal embora
nem todos, talvez nem mesmo a maioria, se arrependerão e
crerão no Evangelho. Vimos no capítulo 3 que os Calvinistas têm
lutado com esta questão. A maioria ou tem negado o desejo de
Deus para que todos sejam salvos, ou tem afirmado que Deus
tem uma vontade secreta que triunfa sobre Sua vontade
revelada.

O Molinismo se encaixa bem com o ensino bíblico de que Deus


ama universalmente o mundo todo (João 3:16) e ainda que
Cristo tem um amor particular pela igreja (Efésios 5:25). William
Lane Craig sugere que Deus “escolhe um mundo que tem um
equilíbrio ideal entre o número de salvos e de perdidos”.[47] Em
outras palavras, Deus criou um mundo com uma proporção
máxima do número de salvos com relação aos perdidos. A
Bíblia ensina que Deus deseja genuinamente que todos sejam
salvos, embora muitos pereçam, mas ainda Sua vontade é feita.
O Molinismo aborda melhor este aparente paradoxo.

Uma ilustração pode ser útil aqui. Antes da invasão da


Normandia, o General Dwight Eisenhower foi informado por
muitos de seus conselheiros que as baixas excederiam os 70%.

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O preço humano real pago foi terrível, mas felizmente não foi
tão alto. Eisenhower deu a ordem para que a invasão
prosseguisse, mas ele teria sido rápido em dizer que ele
desejava genuínamente que nenhum de seus homens
perecesse. O Molinismo entende a vontade de Deus para que
todos sejam salvos operando de maneira similar, embora
reconhecemos que todas as analogias eventualmente não são
perfeitas.

Para tentar explicar a visão Calvinista do desejo salvífico de


Deus, John Piper e Bruce Ware também usaram ilustrações de
líderes – George Washington e Winston Churchill,
respectivamente – que são forçados a tomar decisões difíceis
também.[48] Suas ilustrações operam contra suas posições
porque um componente chave da doutrina Calvinista da Eleição
é que o reprovado é obliterado por causa do “beneplácito de
Deus”. O Molinismo se encaixa melhor na descrição bíblica das
duas vontades de Deus (ou os dois aspectos da vontade de
Deus) – Sua vontade antecedente e consequente. O Molinista
pode afirmar sem reservas que Deus está “não querendo que
alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2
Pedro 3:9).

Segundo, o Molinismo provê um modelo melhor para entender


como simultaneamente o decreto de Deus para a eleição é
incondicional enquanto Sua rejeição do descrente é condicional.
A Oniciência e a Presciência de Deus é o calcanhar de Aquiles
para a maioria das apresentações Arminianas sobre a eleição.
Se Deus tem conhecimento exaustivo de todos os eventos
futuros, logo, a eleição condicional não remove realmente a
natureza incondicional das decisões de Deus. Se Deus sabe que
certo homem irá aceitar livremente o evangelho, enquanto que
o irmão desse homem livremente não aceitará, e ainda Deus
decide criar ambos assim mesmo, logo, esta é uma
determinação incondicional, soberana e misteriosa da parte de
Deus.[49]

Alguns Arminianos reconhecem este dilema e optam pelo


teísmo aberto como alternativa. No teísmo aberto, Deus não
sabe como um indivíduo responderá ao evangelho. Ele cria uma
pessoa e espera pelo melhor. O teísta aberto vê Deus como um
estatístico trabalhando com as probabilidades, e entende a

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soberania de Deus como um exercício de gerenciamento de


risco.

O Molinismo provê uma resposta muito melhor. Por que o


reprovado existe? Por causa da vontade soberana de Deus. Por
que ele é reprovado? Por causa de sua própria descrença.
Quando Deus faz a escolha soberana de trazer este mundo em
particular à existência, Ele tornou certa, mas não causou a
destruição de certos indivíduos que rejeitariam as ofertas da
graça de Deus. Segundo o Molinismo, nossas escolhas livres
determinam como responderíamos em qualquer conjunto de
situações, mas Deus decide o conjunto de situações em que
efetivamente nos encontramos. Como Craig afirmou, “está
sobre Deus se nos encontramos em um mundo em que somos
predestinados, mas está sobre nós se somos predestinados no
mundo em que nos encontramos”.[50]

Em outras palavras, o paradigma Molinista explica como é


possível haver um decreto de eleição sem um decreto
correspondente de reprovação, que é de fato o testemunho
bíblico. Uma das motivações mais fortes para a posição
infralapsária é a convicção de que Deus não ordena o
reprovado ao inferno da mesma forma que Ele ordenou o eleito
à salvação. O modelo Molinista apresenta uma relação
assimétrica entre Deus e as duas classes de pessoas, o eleito e o
reprovado, de uma maneira que o infralapsário não pode. Esta
é a grande vantagem do Molinismo.

O terceiro ponto é inverso ao prévio: no sistema Molinista,


diferente do Arminianismo, Deus é o autor da salvação que
elege certos indivíduos ativamente. No Arminianismo, Deus
emprega apenas uma presciência passiva (no teísmo aberto
Deus não elege nenhum indivíduo em absoluto). Os Molinistas
defendem que Deus usa Sua presciência exaustiva de uma
maneira ativa e soberana. Deus determina o mundo em que
vivemos. Se eu existo, tenho a oportunidade de responder ao
evangelho ou sou colocado em um cenário onde seria
graciosamente capacitado a crer, são decisões soberanas feitas
por Ele. O Molinista afirma que os eleitos são salvos pelo
beneplácito de Deus. A diferença distintiva entre Calvinismo e
Molinismo é que o Calvinismo vê Deus realizando Sua vontade
por meio de seu poder Onipotente, enquanto o Molinismo
entende Deus usando Seu conhecimento onisciente.

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O quarto ponto expande o terceiro ponto: O Molinismo tem um


entendimento mais robusto e escriturístico do papel que a
presciência de Deus desempenha na eleição do que no
Calvinismo ou no Arminianismo. A Bíblia afirma repetidamente
que “Porque os que dantes conheceu também os predestinou”
(Romanos 8:29) e que os santos são “Eleitos segundo a
presciência de Deus Pai” (1 Pedro 1:2). Os Calvinistas afirmam
geralmente que nestes exemplos da presciência de Deus devem
ser entendidos como Seu “amor antecipado”. Este parece ser
um caso de apelo especial. Os Arminianos defendem que o que
é preconhecido por Deus é meramente a fé do crente. O
Molinismo rejeita ambas explicações.

No entendimento Calvinista da presciência e predeterminação,


o futuro é o produto da vontade de Deus. A visão Calvinista
claramente apresenta Deus como soberano, mas Ele também
parece ser a causa do pecado. Na formulação Arminiana, Deus
olha á frente, em um futuro feito pelas decisões das criaturas
livres e então planeja segundo o que vê. O modelo Arminiano
enfatiza que Deus é um Pai amável, mas infelizmente Sua
vontade não tem nenhuma relação com muita coisa que
acontece.

Em contraste, o Molinismo defende que Deus usa Sua


presciência ativamente. Entre as muitas possibilidades
preenchidas pelas escolhas das criaturas livres, Deus livre e
soberanamente decidiu que mundo trazer à existência. Esta
visão cabe bem com a afirmação bíblica e simultânea tanto da
presciência quanto da predeterminação (Atos 2: 23). Alguns
Calvinistas tais como J.I. Packer e D. A. Carson afirmam ambos,
mas denominam suas visões de antinomínia ou paradoxos
porque eles sabem que suas defesas não podem ser
reconciliadas nem com o modelo supra ou infralapsário.[51] O
Molinismo é a posição que pode afirmar tanto a presciência
quanto a predeterminação confiantemente com consistência
lógica.

Em seu livro Hyper-Calvinism and the Call of the Gospel, o


Calvinista supralapsário David Engelsma nega que o evangelho
é oferecido a todos que o ouvem. Ele defende que ninguém que
adere aos cinco pontos do Calvinismo e à reprovação segundo o
inescrutável decreto de Deus, pode defender com consistência
uma “oferta bem intencionada”. Ele afirma que sua posição não

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é hypercalvinista, mas é a Calvinista consistente. Eu acredito


que Engelsma é um hypercalvinista de fato, mas seu argumento
destaca o problema que a teologia Reformada tem ao afirmar
que o evangelho é apresentado a todos os ouvintes em boa fé.
Por contraste, o Molinismo não tem nenhuma dificuldade em
defender que a oferta do evangelho é sincera e bem
intencionada. Esta é outra vantagem inegável da visão Molinista.

Quinto, o Molinismo provê um modelo melhor para entender a


tensão bíblica entre a soberania divina e a responsabilidade
humana. Com os cenários Calvinistas e Arminianos, às vezes se
tem a distinta impressão de que classes de passagens inteiras
estão sendo forçadas a fim de caber no respectivo sistema
teológico ou que algumas passagens não são interpretadas
como são explicitadas. Por contraste, quando o Molinista monta
seu paradigma teológico, um menor número de textos bíblicos
são deixados de fora.

Por exemplo, considere a condenação de Jesus das cidades de


Corazin, Betsaida, e Cafarnaum por não se arrependerem, e
depois Sua subsequente oração e convite (Mateus 11: 20-28).
Desta forma, nosso Senhor trás imediatamente a
responsabilidade humana junto com a soberania divina, uma
união que ocorre por toda a Escritura.[52] Jesus primeiro
condena o impenitente:

“Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em


Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há
muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza… E tu,
Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao
inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os
prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até
hoje.” (vv. 21, 23).

Jesus coloca a culpa neles. Eles deviam ter respondido, mas não
responderam.

Mas numa virada, que afirma a desimpedida soberania de Deus,


Jesus então louva ao Pai:

Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai,


Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios

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e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque


assim te aprouve. (vv. 25,26).

Ao louvar, Jesus revela que a vontade soberana de Deus ainda


está sendo realizada. Apesar das aparências ao contrário, Deus
está em controle completo.

Os Arminianos tendem a focar nos versos 20-24 com sua enfase


na responsabilidade humana, enquanto os Calvinistas dão
proeminência sobre a soberania divina nos versos 25-26. Mas
como pode tanto a advertência quanto o louvor de Jesus serem
ambas verdadeiras? E se a vontade de Deus está sendo feita de
alguma maneira por meio de suas descrenças, como Jesus pode
concluir com um convite “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (v. 28)? Como Sua
oferta pode ser sincera?

Os Molinistas destacam o uso do conhecimento contrafactual


de Jesus para encontrar uma solução. Jesus destaca a culpa das
cidades circunvizinhas ao contrastar suas oportunidades com
algumas das mais maléficas cidades do Antigo Testamento.
Jesus sabe como Sua mensagem teria sido recebida pelos
habitantes ímpios de Tiro, Sidom ou mesmo Sodoma, e Ele
expressa esse conhecimento de forma contrafactual. Se eles
tivessem tido a oportunidade que Israel teve, então teriam se
arrependido (vv. 21, 23). Jesus indica conhecimento
contrafactual das escolhas que elas teriam feito se tivessem
recebido a chance.

Neste ponto pode-se perguntar por que os cidadãos de


Sodoma, Tiro, e Sidon não receberam a mesma oportunidade
que os habitantes da região da Galiléia receberam. Jesus nos
ensina que o plano bom e soberano de Deus (Seu “beneplácito”)
necessitou o contrário (vv. 25-27). Pense novamente sobre a
ordem de Eisenhower para a invasão da Normandia, pois a
analogia se aplica aqui também. Deus deseja a salvação de
todos e está realizando a obra da redenção de uma forma
máxima, mas isso não garante nem requer que todos tenham
uma oportunidade ideal. Ademais, Jesus indica claramente que
a responsabilidade pela descrença recai sobre o descrente, com
respeito ao nível de oportunidade, pois ele poderia ter se
arrependido.

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O Molinismo defende que, como os textos indicam, Deus usou


Seu conhecimento médio para realizar Sua vontade apesar (e
mesmo por meio) da descrença de Israel. Desde que o
Molinismo afirma tanto a realidade da agência humana (vv. 20-
24), quanto da agência divina (vv. 25-27), ele sustenta que Deus
está realizando Sua vontade meticulosamente e que a oferta de
Jesus está em boa fé quando Ele convida a todos a virem
livremente a Ele. Como em tantas outras passagens, Mateus 11:
20-28 ensina simultaneamente a escolha humana e a soberania
divina. O Molinismo está em uma posição singular de não ter
que abater uma verdade à submissão para o bem de outra.

O texto bíblico que aborda diretamente o uso de Deus da


descrença de Israel é Romanos 9, onde vemos que, mais uma
vez, o Molinismo se encaixa bem.[53] A principal questão
abordada por Paulo neste capítulo é se o plano de Deus falhou
ou não (v. 6, “Não que a palavra de Deus haja faltado”). O
Messias veio ao povo de Israel, mas eles o rejeitaram. Mesmo
após o dia de Pentecostes, a oferta para receber Jesus como
Senhor e Cristo foi feita à nação rebelde. Após a cura do
paralítico à Porta Formosa, Simão Pedro proclamou,
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados
os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério
pela presença do Senhor, E envie ele a Jesus Cristo, que já
dantes vos foi pregado.” (Atos 3:19,20). Extraordinariamente o
apóstolo prometeu a Israel que ainda não era tão tarde para
receber seu Rei.

A luz de tais ofertas e sua subsequente rejeição, existem


perguntas que precisam ser respondidas: a missão de Deus a
Israel falhou? O presente da obra de Deus entre os Gentios foi
um plano B, um esquema alternativo, um plano paralelo? A
igreja foi um premio de consolação? Em Romanos 9, Paulo
declara que toda a intenção soberana de Deus foi trabalhar por
meio da rebelião de Israel. Antes de ser frustrado, o plano de
Deus que Seu Filho morreria pelos pecados do mundo se
realizaria gloriosamente.

Paulo expressa sua tristeza pela descrença e condição espiritual


de Israel (“Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu
coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de
Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes
segundo a carne;” Romanos 9: 2,3), e ele orou para que seus

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compatriotas pudessem ser salvos (“Irmãos, o bom desejo do


meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.”
Romanos 10:1). Contudo, ele destaca que ser descendência de
Abraão nunca foi uma garantia automática de salvação, como
Ismael e Esaú ilustram (“Nem por serem descendência de
Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua
descendência.” Romanos 9:7). Paulo usa o exemplo de Faraó e
Israel no deserto para afirmar que Deus tem o direito soberano
de ter misericódia sempre e quando Ele achar melhor
(“Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei
misericórdia de quem eu tiver misericórdia.” Romanos 9:15).

Neste ponto um objetor protesta que se o que Paulo está


dizendo é verdade, então Israel não pode ser culpado por seu
pecado porque é impossível resistir a Deus. Paulo responde que
um homem não tem mais de retrucar a Deus do que o barro
tem a habilidade de resistir ao oleiro (“Mas, ó homem, quem és
tu, que a Deus replicas” Romanos 9:20). Então Paulo faz duas
perguntas provocativas:

E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a


conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos
da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a
conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia,
que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a
quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também
dentre os gentios?” Romanos 9:22-24

Em outras palavras, e se Deus escolhe usar certas pessoas


ímpias para realizar Seu glorioso e grande propósito?

O ponto que Paulo parece estar fazendo é esse: embora Deus


deseje a salvação de todos, e embora a oferta de salvação e
redenção ter sido oferecida a Israel genuinamente, Deus
atualizou um mundo em Israel certamente se rebelaria.
(lembre-se da distinção entre certeza e necessidade feita no
capítulo 1). De todos os mundos possíveis disponíveis, Deus
atualizou este – um mundo em que a descrença de Israel (os
“objetos da ira”) seriam usados por Deus para realizar uma
salvação imensamente maior e mais gloriosa, a favor da igreja
(os “objetos da misericódia”). É crucial perceber que quando
Paulo diz que os objetos da misericórdia foram “preparados de
antemão”, ele usa um particípio ativo (v. 23). Mas ele usa um

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particípio passivo médio quando ele descreve os objetos da ira


como “prontos para a destruição” (v. 22). Em outras palavras,
Deus elegeu ativamente os salvos, mas permitiu passivamente a
ruína dos perdidos. Então Paulo afirma que, ao invés de indicar
uma falha no plano de Deus, a apostasia de Israel e a escolha
de Deus dos gentios foi profetizada por Oséias e Isaías (vv. 25-
29; cf. Oséias 1: 10; 2: 23; Isaías 1: 9; 10: 22-23).

O que Paulo declara a seguir é chocante. Ao levar a seção à


conclusão, ele pergunta o que devemos concluir. Ao responder
sua própria pergunta, ele afirma que os Judeus não alcançaram
a salvação por causa de sua descrença (“Por quê? Porque não
foi pela fé,” Romanos 9:32)! Se Paulo quissesse ensinar
meramente a dupla predestinação, ele então teria dado uma
conclusão diferente. Ao invès de destacar os propósitos
soberanos de Deus, o apóstolo coloca a culpa única e
completamente sobre Israel. A forma que Paulo justapõe a
vontade divina que não pode ser detida com a participação
humana genuína é de tirar o fôlego. O Molinismo é a posição
singular de ser capaz de afirmar ambas.

Para ilustrar o entendimento Molinista da interação entre a


presciência e a predeterminação divina em Romanos 9, vamos
revisitar a analogia do Dia-D e a expandir. Imagine que Dwight
Eisenhower fosse um general infinitamente brilhante, ao ponto
de saber de antemão, precisamente quantas baixas seriam
incorridas. Mas, além disso, ele saberia exatamente quem
sobreviveria e quem não sobreviveria à invasão da Normandia.
Agora suponha que o general sabe que se Joe fosse colocado na
paia de Omaha ele sobreviverá, mas se Joe desembarcar na paia
de Utah ele será uma das fatalidades. Mas Eisenhower também
sabe que Joe desembarcando na praia de Utah ao invés na de
Omaha resultará fatalidades gerais muito menores. O general
poderia escolher a opção que será mais benéfica para as forças
de invasão como um todo, mas não para Joe em particular. (A
afirmação de Cristo concernente a Judas vem à mente, “Bom
seria para esse homem se não houvera nascido.” Mateus 26:24).
[54]

Em um ponto importante, a analogia do Dia-D se divide, mas de


uma forma que está a favor do Molinismo. Muitas baixas do
Dia-D têm pouco ou nada a dizer sobre esta questão. Joe pode
simplesmente estar no lugar errado, na hora errada quando o

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morteiro ou o projétil o atingir. No entanto, no paradigma


Molinista, cada pessoa que morre sem salvação tem a
habilidade e a oportunidade suficiente para responder a graça
de Deus. Este é o motivo do perdido não poder ser capaz de
acusar Deus de conduzir uma “operação policial” cósmica em
que eles foram aprisionados (daí a resposta de Paulo ao objetor
em Romanos 9: 19-20).

Sexto, o Molinismo coloca o mistério onde ele deve ser


colocado, isto é, nos atributos infinitos de Deus ao invés do Seu
caráter. Críticos do Molinismo, particularmente os teístas
abertos, argumentam que o Molinismo falha em dar uma
explicação adequada de como Deus sabe infalivelmente que
escolhas as criaturas livres farão. Esta é geralmente conhecida
como a “objeção fundamental” porque ela questiona se o
Molinismo provê algum fundamento ou base para o
conhecimento médio de Deus.

Os Molinistas geralmente replicam dizendo que Deus conhece


todas as coisas de forma inata pela virtude de Sua onisciência e
que Deus ter conhecimento infalível de todas as coisas está
simplesmente em Sua natureza. O advogado Molinista afirma,
mas pode não ser capaz de explicar para satisfação de todos
que Deus tem pré conhecimento exaustivo do que as criaturas
com liberdade libertária farão.[55]

Se os Molinistas tem que apelar ao mistério neste ponto, eles o


fazem em um ponto melhor e mais racional. Eu prefiro ter a
dificuldade Molinista de não ser capaz de explicar como a
onisciência de Deus opera do que a dificuldade Calvinista de
explicar como Deus não é o autor do pecado. Em outras
palavras, as dificuldades do Molinismo são com os atributos
infinitos de Deus, do que com Seu caráter santo e justo. Está
implicito na objeção fundamental a negação de que Deus tem a
habilidade de criar criaturas com liberdade libertária (de um
tipo moralmente significante). Isto coloca um surpreendente
constrangimento no escopo da soberania de Deus. O Molinista
abraça a rica concepção da soberania de Deus, desde que Deus
exerça providência meticulosa apesar da existência de criaturas
livres![56]

Uma das coisas que entendemos menos sobre Deus é como


Seus atributos infinitos operam – Sua onisciência, onipotência, e

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onipresença. Por que colocar o mistério da reprovação no


caráter de Deus? Os Molinistas não afirmam saber os
propósitos de Deus exaustivamente, mas entre as coisas mais
claramente reveladas sobre Deus são Sua santidade, justiça e
bondade. Não deveríamos colocar o mistério dentro da
onisciência trancendente, infinita, inesgotável de Deus do que
no caráter e no propósito revelado de Deus?

Sétimo, o Molinismo tem um conceito de permissão válido que


não tem que recorrer a argumentos especiais que ignoram os
aspectos desfavoráveis. No Calvinismo infralapsário, o que a
permissão significa exatamente? Não muito. Muitos dentro da
teologia Reformada reconhecem que a linguagem de permissão
é usada meramente para fazer o Calvinismo parecer menos
cruento. John Frame afirmou, “Evidentemente, o Reformado usa
permitir principalmente como um termo mais delicado do que
causa”.[57] Berkhof concordou dizendo que os infralapsários
falam de um decreto permissivo porque soa “mais…suave”.[58]
Isso abre para a teologia Reformada a acusação de usar o termo
de uma maneira enganosa porque, como Frame destacou, na
análise final, o Calvinismo vê a permissão apenas como outra
“forma de ordenação, uma forma de causação”.[59] No
Molinismo permitir significa “permitir”.

Um dos desenvolvimentos interessantes em dias recentes é o


surgimento do “Calvinismo do conhecimento médio”. Bruce
Ware, John Frame, e Terrance Thiessen estão entre os teólogos
Reformados que estão tentando incorporar os insights do
Molinismo no Calvinismo infralapsário.[60] Eles fazem isso pelo
propósito expresso de usar o conceito de permissão de uma
maneira quase Calvinista porque eles reconhecem os
problemas dentro da formulação calvinista dos decretos.
Contudo, o conceito de conhecimento médio é supérfluo em
qualquer sistema que sustenta o determinismo causal.

Às vezes o Molinismo é descrito como um Calvinismo


inconsistente, mas deve-se argumentar que é o contrário. Talvez
o Calvinismo Infralapsário seja o Molinismo inconsistente. Aos
meus irmãos infralapsários eu digo, com respeito ao conceito
de permissão, os Molinistas deram os passos que vocês querem
dar, ou pelo menos que vocês querem dar a entender que
deram. Se vocês desejam ser consistentes, vocês tem uma
escolha: ou supralapsarianismo ou Molinismo.

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Conclusão

Sou grato pelas contribuições que os Calvinistas fazem à


comunidade evangélica. Eles estão certos ao chamar os
evangélicos das metodologias pragmáticas a reafirmarem que a
salvação é uma obra soberana de Deus. Contudo, a abordagem
decretal da eleição tomada pelo Calvinismo parece criar mais
problemas do que soluções.

O Molinismo não provê uma explicação como o porquê Deus


criou um mundo em que foi possível o pecado entrar, mas não
é necessário fazê-lo. O Molinismo é uma defesa, não uma
teodiceia. Uma teodiceia é uma tentativa de explicar o porquê
Deus ordenou o mundo da forma que Ele ordenou. Uma defesa
é muito mais modesta, pois simplesmente tenta demonstrar
que é logicamente consistente crer que um Deus bom e
soberano pode ter o propósito de criar um mundo como o
nosso. O Molinismo alcança este objetivo.

Se vamos fazer justiça à doutrina de Deus, devemos afirmar


tanto a soberania de Deus quanto Sua permissão. O Molinismo
apresenta uma vigorosa afirmação de ambas.

—————————————————

Fonte: KEATHLEY, Kenneth. Salvation and Sovereignty: A


Molinist Approach. Nashville, Tennessee: B&H Publishing Group,
2010, pp. 138-163.

Tradução Walson Sales

[1] C. H. Spurgeon, “Jacob and Esau,” The New Park Street Pulpit
(Pasadena: Pilgrim Pub., [1859] 1981), 118. Spurgeon era
Calvinista e fez estas afirmações contra o supralapsarianismo.
Durante seus anos de ministério, ele se opôs ao hyper-
Calvinismo com a mesma tenacidade que se opôs ao
Arminianismo. Veja I. H. Murray, Spurgeon vs Hyper-Calvinism:
The Battle for Gospel Preaching (Edinburgh: Banner of Truth,
1994).

[2] Claro, Deus é a causa última de todas as coisas que existem.


Eu uso “causa” neste exemplo em sentido imediato, que Deus
não causa diretamente nada ímpio. Este capítulo defende que

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entre Deus e a pecaminosidade desse mundo, existem agentes


livres moralmente responsáveis. Suas escolhas são a causa do
mal, incluindo o mal de rejeitar a Cristo e Sua salvação.

[3] Alguns supralapsários falam da permissão de Deus, mas eles


geralmente a definem de uma forma que não é aceitável nem
mesmo para os infralapsários.

[4] J. Feinberg, No One Else Like Him (Wheaton: Crossway, 2001),


637: “Então, um ato é livre, embora seja causalmente
determinado, se isso é o que o agente queria fazer.”

[5] Veja R. Shank, Elect in the Son (Minneapolis: Bethany House,


1989), 45-55. [Eleitos no Filho – livro publicado no Brasil pela
Editora Reflexão];

[6] J. Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God, trans.


J. K. S. Reid (Louisville: Westminster John Knox, [1552] 1961),
177.

[7] Somando-se a isso, J. V. Fesko coloca os ensinos de Calvino e


Beza sobre a reprovação lado a lado e demonstra que ambos
estavam de acordo sobre este ponto. Veja J. V. Fesko, Diversity
within the Reformed Tradition: Supra- and Infralapsarianism in
Calvin, Dort, and Westminster (Greenville, SC: Reformed
Academic, 2001), 138-50.

[8] Veja Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God,


121; C. Van Til, The Defense of the Faith (Philadelphia: P&R,
1955), 414-15.

[9] Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God, 120-


121. Veja também id., The Epistles of Paul the Apostle to the
Romans and to the Thessalonians (Grand Rapids: Eerdmans,
1960), 190-219.

[10] Van Til, The Defense of the Faith,413; H. Hoeksema,


Reformed Dogmatics (Grand Rapids: Reformed Free Publishing,
1966), 161; e R. Reymond, “A Consistent Spralapsarian
Perspective on Election,” em Perspectives on Election: Five
Views, ed. C. O. Brand (Nashville: B&H, 2006), 153.

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[11] “Primeiro, existe certamente uma relação mútua entre o


eleito e o reprovado, de modo que o eleito falado aqui não
pode permanecer, a menos que confessemos que Deus os
separou de outros certos homens como lhe pareceu bem.”
Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God, 68-72.

[12] B. A. Ware, “Divine Election to Salvation,” em Brand,


Perspectives on Election: Five Views, 56.

[13] “Reprovação é a negação exata e explícita de que Deus ama


a todos os homens, deseja a salvação de todos e oferece a eles
a salvação condicional. A reprovação assevera que Deus odeia
eternamente alguns homens; decretou suas condenações de
forma irreversível; e determinou reter deles Cristo, graça, fé, e
salvação.” D. Engelsma, Hyper-Calvinism and the Call of the
Gospel (Grand Rapids: Reformed Free Publishing, 1994), 58.

[14] Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God, 176.

[15] Canos of Dort, Art. 15.

[16] Westminster Confession, 3.1.

[17] Fesko, Diversity within the Reformed Tradition, 135-38.

[18] Spurgeon, “Jacob and Esau,” 118.

[19] Ware, God’s Greater Glory, 26.

[20] L. Berkhof, Systematic Theology, 2nd ed. (Grand Rapids:


Eerdmans, 1996), 105-17.

[21] Ware, “Divine Election to Salvation,” 54-55.

[22] Van Til, The Defense of the Faith, 408.

[23] Calvin, Concerning the Eternal Predestination of God, 177.

[24] Veja P.K. Jewett, Election and Predestination (Grand Rapids:


Eerdmans, 1985), 83-97.

[25] Berkhof, Systematic Theology, 123.

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[26] Jewett, Election and Predestination, 83-97.

[27] Ibid., 96.

[28] Canons of Dort, Artigo 15.

[29] Engelsma, Hyper-Calvinism and the Call of the Gospel, 57-


58.

[30] Reymond, “A Consistent Supralapsarian Perspective on


Election,” 170-71; também Hoeksema, Reformed Dogmatics,
158; Van Til, Defense of the Faith, 415-416.

[31] Berkhof, Systematic Theology, 118, 121-124.

[32] G. C. Berkouver, Divine Election (Grand Rapids: Eerdmans,


1960), 254; Feinberg, No One Else Like Him, 533; J. Frame, The
Doctrine of God (Phillipsburg, NJ: P&R, 2002), 337.

[33] Jewett, Election and Predestination, 97;T. R. Schreiner,


“Does Scripture Teach Prevenient Grace in the Wesleyan Sense?”
em The Grace of God, the Bondage of the Will, vol 2, ed. T. R.
Schreiner and B. A. Ware (Grand Rapids: Baker, 1995), 381.

[34] D. Ciocchi, “Reconciling Divine Sovereignty and Human


Freedom,” JETS 37:3 (1994): 397.

[35] J. Gerstner, “Augustine, Luther, Calvin and Edwards on the


Bondage of the Will,” em The Grace of God, the Bondage of the
Will, vol 2, 279-94.

[36] Flint, Divine Providence, 12-21; Roger Olson afirmou que a


afirmação do Molinismo de que Deus controla todas as coisas é
a razão pela qual a maioria dos Arminianos rejeitam o
Molinismo. Olson, Arminian Theology, 194-99. [Teologia
Arminiana – livro publicado pela editora Reflexão].

[37] Estamos defendendo o que pode ser chamado de


“libertarianismo suave”. Libertarianismo suave sustenta a
causação do agente e argumenta que a responsabilidade última
pelas decisões das pessoas recaem sobre esses indivíduos, que
indica de uma forma profunda que ele é, de alguma forma, a
origem de suas escolhas. Duas excelentes defesas do

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Libertarianismo são R. Kane, The Significance of Free Will


(Oxford University Press, 1998) e T. O’Connor, Persons and
Causes: The Metaphysics of Free Will (Oxford: Oxford University
Press, 2000). Pode vir como uma surpresa para alguns
Calvinistas que os Libertários em geral não veem o livre arbítrio
como “a habilidade absoluta de escolher o contrário” ou como
“a liberdade da indiferença.” Veja o capítulo 3 para uma
discussão mais ampla.

[38] Berkhof, Systematic Theology, 102; Feinberg, No One Else


Like Him, 533-36.

[39] Estes momentos são momentos lógicos, não momentos


cronológicos. Nada temporal é implicado com o uso da palavra
momento.

[40] Berkhof, Systematic Theology, 102; também Hoeksema,


Reformed Dogmatics, 157.

[41] Ou mais precisamente, uma contrafactual é uma


proposição contida dentro de uma afirmação.

[42] Alguns outros exemplos escriturísticos das contrafactuais


encontradas nas Escrituras são, I Sm 23: 6-10; Jr 38: 17-18; e I
Co 2:8. Jesus fez uso frequente do conhecimento contrafactual
como visto em mateus 11: 23; 17: 27; 26: 24; João 15: 22, 24; 18:
36; e 21: 6, apenas para listar alguns.

[43] Berkhof, Systematic Theology, 102.

[44] Flint, Divine Providence, 42-43.

[45] Ibid., 46-50.

[46] Lembre-se, os verbos poderia, seria e será destacam as


distinções nos momentos do conhecimento de Deus. Do
conhecimento do que poderia acontecer (primeiro momento),
Deus sabe que ocorreria Seu resultado desejado (segundo
momento), e Ele escolhe uma possibilidade que significa que Ele
sabe que acontecerá (terceiro momento).

[47] W. L. Craig, “’No Other Name:’ A Middle Knowledge


Perspective on the Exclusivity of Salvation through Christ,” Faith

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and Philosophy 6:2 (Abril de 1989): 185.

[48] J. Piper, “Are There Two Wills in God? Divine Election and
God’s Desire for All to Be Saved,” em The Grace of God, the
Bondage of the Will,   vol 1, 122-24; e Bruce Ware, “Divine
Election to Salvation,” 33-34.

[49] Em um capítulo útil intitulado “Scientia Media According to


Molina, not Arminius,” Kirk MacGregor delineia as diferenças
entre a abordagem do conhecimento médio em Molina e
Armínio. Veja K. R. MacGregor, A Molinist-Anabaptist Systematic
Theology (Lanham, MD: Univ. Press of Amer., 2007), 63-86.

[50] Veja Craig, “No Other Name,” 172-88.

[51] J. I. Packer, Evangelism and the Sovereignty of God


(Downners Grove: InterVarsity, 1961); e D. A. Carson, Divine
Sovereignty and Human Responsibility (Atlanta: John Knox,
1981).

[52] E. g., Gn 50: 20; Is 10: 5-19; Atos 2:23; 3: 17-21; 4: 24-28; 13:
48-14:1.

[53] A diferença entre o tratamento de Romanos 9 por Molina e


a abordagem de Armínio é impressionante. Armínio interpretou
o capítulo inteiramente em termos corporativos, enquanto para
Molina, Paulo também se referia a indivíduos. Veja MacGregor,
A Molinist-Anabaptist Systematic Theology, 64-70.

[54] Deve ser entendido que eu não estou apelando ao


argumento da “depravação transmundial” feita por alguns
Molinistas. Este argumento postula que apenas os perdidos que
Deus criou são aqueles que teriam se perdido em todos os
mundos possíveis. Esta posição parece estar contra Mateus 11:
20-28 e 26: 24.

[55] Para uma resposta à Objeção Fundamental, veja W. L. Craig,


“Middle Knowledge, Truth-Makers, and the ‘Grounding
Objection’,” Faith and Philosophy 18:3 (2001): 337-52.

[56] Quero agradecer a Doug Geivett por seus insights e ajuda


com este parágrafo.

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[57] Frame, The Doctrine of God, 178.

[58] Berkhof, Systematic Theology, 124.

[59] Frame, The Doctrine of God, 178.

[60] Por exemplo, veja T. Tiessen, “Why Calvinists Should Believe


in Divine Middle Knowledge, although They Reject Molinism,”
WTJ 69 (2007): 345-66.

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