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PONTIFICIA UNIVERSITÀ LATERANENSE

FACULDADE CLARETIANA DE TEOLOGIA

SALMO16
UMA RELEITURA EXEGETICA DA HERANÇA ETERNA

JUSSARA RODRIGUES

Orientação: Ms. JAIME SÁNCHEZ BOSCH

CURITIBA
MMXV
3

JUSSARA RODRIGUES

Orientação:
Ms. JAIME SÁNCHEZ BOSCH

SALMO16: UMA RELEITURA EXEGETICA DA HERANÇA


ETERNA

Projeto de Trabalho de
Conclusão de Curso a ser
apresentado ao Curso de
Teologia da Faculdade
Claretiana de Teologia –
Studium Theologicum da
Pontificia Università
Lateranense como requisito
para obtenção da graduação de
Bacharel em Teologia.

CURITIBA
MMXV
IDENTIFICAÇÃO DO PESQUISADOR, ENTIDADE E PESQUISA

Pesquisador: Jussara Rodrigues

E-mail: rodrijuniorato@yahoo.com.br

Grande Área de Concentração: Sagrada Escritura

Tema da Pesquisa: SALMO16 UMA RELEITURA EXEGETICA DA


HERANÇA ETERNA

Instituição: PONTIFICIA UNIVERSITÀ LATERANENSE -


FACULDADE CLARETIANA DE TEOLOGIA – STUDIUM
THEOLOGICUM

Orientador: Ms. Jaime Sáchez Bosch

Cidade: Curitiba

Ano: 2015

Assinatura do pesquisador:

Assinatura do Orientador:

INTRODUÇÃO, CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO


5

Concernente ao escopo desta pesquisa, cujo tema retoma a


salmodia do Antigo Testamento (AT), sendo este um livro de orações,
com uma imensa riqueza que incide em sua originalidade uma grande
relação aos outros livros da Sagrada Escritura, como uma herança
poética, pronunciada por Cristo e sua Igreja. A qual será desenvolvida
com precisão para análise exegética e hermenêutica do Salmo 16, com o
título “O Senhor é a minha herança”, tendo Iahweh1 como a herança
eterna.
Portanto, o presente trabalho a ser desenvolvido mostra-se em sua
relevância, uma herança que transcorre a experiência da vida e da
história do povo de Israel, no AT em seu conteúdo litúrgico, em que o
Novo Testamento (NT) toma como herança no campo cristológico e
eclesiológico, em que podemos ressalvar ainda no âmbito da
espiritualidade, de grande importância para a análise exegética bíblica.
Por se tratar da experiência da vida cotidiana e orante de um
povo, sua riqueza jamais se esgotará. Entretanto, o saltério sendo
composto de cinco coletâneas, sendo que sua maior coleção é titulada
pelo rei Davi.2
Por isso que o tema a ser explorado não é original e único. Por
sua vez, com árdua investigação neste campo, se faz presentes inúmeros
meios acadêmicos que também abordaram a temática em questão. É
convincente pensar a riqueza deste livro dos salmos e seu conteúdo,
sobre aqueles que já fizeram o caminho tão vasto nesta pesquisa, em
cujas investigações deixam claros suas existências e aperfeiçoamentos
referentes aos trabalhos feitos nesta área. Nem por isso entende-se

1
Conforme MANNAT, Marina. Para rezar com os salmos. [trad. José Raimundo
Vdigal]. São Paulo: Paulinas, 1981, p.11: “IAHWEH. Nas coleções javistas,
Deus é designado pelo nome revelado a Moisés, nome que, na tradução judaica,
não se pronuncia. Na Bíblia Hebraica, ele é escrito com as consoantes do nome
divino (chamado tetragrama do grego “quatro letras” a essas consoantes:
YHWH- ‫ )'הרה‬e com as vogais de Adonai (‫ )ינודא‬o Senhor. Quando a pessoa vê
o tetragrama, espontaneamente lê Adonai. Nos livros litúrgicos, Iahweh é
traduzido por Senhor (ou Eterno entre os protestantes franceses). Aqui, como
em muitos autores, mostra o tetragrama, pois, quando se trata do Deus da
Aliança, importa saber quando ele é chamado por nome”.
2
STADELMANN. Luís Inaz J. Os Salmos Estrutura, Conteúdo e Mensagem.
[trad. Dos salmos e direitos de publicação]. Petrópolis: Vozes, 1983, p.14.
desnecessário novas interações de fontes que clarifiquem o mote desta
pesquisa.
Entretanto, é importante perfilhar o caminho traçado por muitos,
principalmente, no meio não confessional cristão como em
universidades e identidades religiosas.
Sendo assim, o Salmo16 que se explorará é, de fato, muito
desafiador em seu tema sobre da herança, no qual sua importância é
única para a transmissão de tal conteúdo do saltério, no seu âmbito
litúrgico, em especial, na Igreja. Por ser um salmo que move-se na
esfera espiritual, em caráter de confiança, sua estrutura está ligada ao
gênero literário dos salmos de lamentações ou súplicas, visto que:

Este gênero literário nota-se que são


caracterizados pela lamentação, acompanhada de
prece, sobre o tema do perigo de vida, da opressão
do inimigo, ou de outra circunstância aflitiva
pessoal. Cônscio de sua fragilidade, o homem
religioso busca, para libertar-se da angústia, a mão
poderosa de Deus misericordioso, que, tendo
punido o pecador, sabe também sarar as feridas do
penitente.3

Encontrar-se-á, esta pesquisa, na característica dos salmos de


confiança individual. Por seu tema e função litúrgica, também
distinguir-se-á dos outros salmos. Pois, a investigação acrescentará sua
importância ao meio acadêmico católico, que pouco vê trabalhos de
retomada de conscientização, enquanto possui a herança poética contida
no livro do saltério. E, acrescento ainda o vasto material,
essencialmente, encontrado tanto católico como de outra entidade, e.g.,
nas investigações dos protestantes, e em diversos idiomas. E, assim,
traduzidos em nossa língua, pela sua grande utilidade, para o referente
aprofundamento e fundamento do respectivo tema.
Como já foi colocado, é cogente aceitar que em muitos meios
acadêmicos, que foram trabalhados o referente tema, é viável ressaltar
que também é claro os inúmeros métodos desenvolvidos para o
planejamento de tal pesquisa.
Sendo assim, perceber-se-á no presente trabalho a lacuna a ser
preenchida com essa temática, em querer retomar a questão da herança

3
STADELMANN. op.cit., p.18.
7

eterna que se encontra em Iahweh, através de uma análise exegética e


hermenêutica, mais clara e consistente, com escavação e fundamentos
mais refinados, para que seja necessário o reconhecimento científico da
salmodia, do salmo 16 e sua atualização. Para dar-se ao conhecimento
do fiel cristão.
Neste itinerário se fará presente três questões, com intuito de
apontar uma pista que advém do texto para ser refletida, aprofundada e
motivada com precisão em sua temática, que se fará necessário perceber
sua real provocação:
i) O salmo trás as realidades que vivia o povo de Israel e
como pode ser atualizado nos dias de hoje?
ii) Será que o conteúdo do salmo nos levará a questionar,
para que também possamos desejar com confiança a
presença eterna de Deus que jamais passa?
iii) E, portanto, no decurso deste salmo podemos saborear
a mesma beleza da profissão de fé do salmista que
quer transmitir a nós que nenhum bem se pode achar
fora de D’Ele?4

Por sua vez, este tema não é só uma exegese especulativa, mas,
há onde poder-se-á tirar proveito de seu conteúdo, como ponto de
partida e de chegada em si, para buscar iluminar alguns, pontos críticos,
que estamos vivendo particularmente neste século XXI, onde os seres
humanos encontram-se, numa devastadora evolução tecnológica,
econômica, capitalista, num mundo globalizado e pluralista.
E, lançaremos estas questões, para alcançar a exigência e atributo
desta investigação, que será bem propícia para uma leitura e uma
reflexão pessoal e comunitária que com veracidade atingirá e transmitirá
a todos.
Portanto, a contribuição deste trabalho será levar os caros leitores
e fiéis a reflexão, do Salmo 16 e sua exegese, para enfrentar com
serenidade, os grandes desafiados, dos tempos de hoje, em sua
exposição se acentuará, o seguinte:

I) No primeiro capítulo, será feito uma contextualização, dos salmos


do A.T, para fundamentar o salmo que será trabalhado,
resguardando sua importância sálmica originária do povo de

4
Sl 16, 3.
Israel, seus gêneros litérios e conteúdo em si.
II) No segundo capítulo, a centralidade da pesquisa, será feita
uma afinada análise exegética do salmo16, em seu aspecto
original e teológico.
III) Logo após, no terceiro capítulo desenvolverá o salmo16,
numa releitura interpretativa com, aspecto hermenêutico,
com o olhar nos dias de hoje, no âmbito litúrgico.

Será de propósito que o tema da herança infindável que é


Iahweh, será tratado em todos os capítulos, do coevo trabalho, porque
todo o desígnio da pesquisa se centra em sua pessoa divina e eternal.
Como já foi exposto, o primeiro capítulo servirá de alicerce,
para, o desenvolvimento da análise exegética do salmo 16, que por sua
vez, desembocará numa releitura hermenêutica, do referente salmo para
atualidade. Aqui, novamente, serão eleitas amostras de autores que
melhor complementem sobre o assunto.
Entretanto, fará convincente, a tomada de consciência, dos fiéis
leitores, quanto à importância de ter Iahweh, como nossa herança eterna.
Para um testemunho de fé, que se entrelaça na vida, fazendo com que a
releitura da exegética deste salmo, seja desenvolvida na vida e na
história do ser humano, como resposta a Iahweh.
Consequentemente o hodierno trabalho seguirá com uma
conjetura alvitrando em sua estrutura contendo: Capítulo, subtítulo e
seções, o qual se desenvolverá assim, com a laboriosa pesquisa já feita,
alusiva ao seu conteúdo, com adiantamento de leituras, em que se
pretenderá desta forma.

I. Capitulo: O Salmo no AT.

1.1 O Saltério.
1.2 Estrutura dos Salmos e Gêneros Literários.
1.3 A Classificação dos Gêneros Literários.
1.3.1) Salmos de Louvor.
1.3.2) Salmos de Lamentação e Súplica.
1.3.3) Salmo de Ação de Graça.

II) Capítulo: Salmo16 exegese literal.


9

2.1 Salmo16 exegese literal.


2.1.2) Análise do Salmo.
2.1.3) Crítica Literária.
2.1.4) Análise da tradução do original hebraico.

2.2 Visão Teológica do Salmo 16.


2.2.1) Estrutura do Salmo 16.
2.2.2) Diagramação e Divisão.
2.2.3) Relação do Salmo: A oração no Jardim e o túmulo vazio.

III) Capítulo: Salmo 16 herança do ontem na Atualidade.

3.1 Os salmos herança transmitida pela Igreja primitiva.


3.2 O saltério a serviço do culto divino.
3.3 Os salmos oração que ressoa na vida do povo de Deus no hoje.

Palavra-chave: Confiança, Deus, Eterno, Felicidade, Herança, Oração.


REFERENCIAL TEÓRICA E JUSTIFICATIVA

Como alusão primária a temática da herança, que será presente


na pesquisa, sua exposição se faz abundante em outros materiais, mas
em especial na própria Bíblia, este termo poderá ser utilizado para
definir o próprio texto sagrado, que o salmista proclama Deus como sua
herança eterna. Terá como pano de fundo para o estudo bíblico deste
tema, com aprofundamentos e argumentos.
Reminiscente primeiro, como se pode constatar no A.T, em que
o povo de Israel acreditava na posse de uma terra, dada pela própria
iniciativa de Deus, em que era chamada de “herança” ou “possessão
certa” alusivo nos textos, (Ex 32,13; Nm16, 14: 34,2; Dt 4,21. 38; I Rs
9, 36; Jr 3,19). Por isso que a herança de Iawheh em (Dt 9, 26-29; I
Sm10, 1; II Sm 14,16; 20.19),5 se fará presente para o aprofundamento
deste temática.
Evidenciando alguns escritos proféticos que tratam também da
temática, o qual remissivo nos textos (Is 42, 8; 48,11; Os 2,19; Zc 13,2;
Mq 2,5; Ez 14,3). Por sua vez, contém também, um vasto material
veterotestamentário,6para o aprofundamento.
O mote do salmo 16, faz expressão na experiência humana7 do
povo de Deus em relação da terra, com relação ao seu Deus, em sentido
originário, quando é recitado torna-se uma oração do ser humano
dirigindo-se a Deus.8Pois nesta relação Deus informa a Israel sua língua
ao vivo, não em abstrato: quando Israel reza, as palavras que lhe saem
de dentro, sua resposta soa com tanta vida, fator este que será difundido
no trabalho.9

5
Cf. MCKENZIE, John. Lawrence. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas,
1984, p. 413.
6
Cf. BÍBLIA. Do Peregrino. Trad. de Luís Alonso Schökel para o espanhol,
com colaboradores. [trad. port. Ivo Storniolo, José Bortolini e José Raimundo
Vidigal]. São Paulo: Paulus, 2002, pp.1167-1168.
7
SCHOKEL. Luis Alonso e Cecília Carniti. Salmos I, (Salmos1-72): Tradução,
Introdução e comentário. Editora Paulus. São Paulo, 1982, p.67.
8
SCHOKEL. Luis Alonso. Salmos e Cânticos: a oração do povo de Deus. São
Paulo: Paulus, 1982, p.66- 68.
9
Cf. MCKENZIE. id. op.cit.p. 576.
11

Entretanto, se fará coevo a abundância de palavras, nos livros


dos salmos, segundo FRANCA (1974), em sua maior parte são poemas
sagrados, verotestamentário que, em alguns séculos a.C, foram reunidos
num livro que, os hebreus chamam de sepher ‫( םלהת‬livros dos
Louvores), os gregos e latinos de “livros dos Salmos” (ψαλμος) em
hebraico ‫( רומדמ‬mizmôr)10 quer dizer, Saltério musical, que:
Mencionam frequentemente (55 vezes) o mesmo
coro. Designam-se também diversos instrumentos
de música: flautas (5), instrumentos de corda (4;
54; 55; 51; 67; 76), de oito cordas (6;12), cítara de
Gat (8; 81; 84) a menos que se trate de uma
melodia específica. Para dar sua sustentação ou
acompanhamento aos coros, utilizavam-se
instrumentos, harpa, alaúde e cítara, címbalos e
tambores. O Sl 150 enumera os elementos da
orquestra sacra, “música de Deus” (1 Cr 16,42).11

Verificados os salmos contidos no saltério, não são os únicos


encontrados na Bíblia. Mas por toda a Escritura encontra-se exemplos
de salmos, alguns bem antigos, como o cântico de Miriam e Débora 12.
Por isso, ressaltando o conteúdo em si, os antigos comentaristas Judeus
acreditavam que os cinco agrupamentos do saltério corresponder-se-iam
aos cinco livros de Moisés, o “Pentateuco”.13
Sendo assim, sugestivo ao tema da herança mencionado com
muita frequência no AT, que no NT, inicia-se na terra prometida ao povo
de Israel por parte de Iaweh e termina com o reino escatológico.14
Para STADELMANN (1983),15 o salmo16 destaca-se num
salmo que expressa confiança em termo de profissão de fé de quem

10
Cf. FRANÇA, Leonel. Livro dos Salmos: com os cânticos do
breviário romano. [ver; portuguesa pelo Padre Leonel. França, S.]. Rio de
Janeiro: Agir, 1974, p.13.
11
BÍBLIA. Tradução (TEB). São Paulo: Loyola, 1994. p.1002.
12
SAITE. WWW. Hideíde Aparacida Gomes de Brito. Salmo de
lamentação: A dura questão do sofrimento humano. p.8.
13
MORRIS, Henry. M. A Mostra dos Salmos. [trad.Luis Aparecido
Caruso: do original Inglês] Smpling The Psalmos. São Paulo, Vida, 1978,
pp.12-13.
14
Cf. MCKENZIE.id. op.cit.p. 414.
15
STADELMANN.id. op.cit. pp. 75-77.
encontrou sua felicidade em viver uma união com Deus, fonte única de
todo o bem.
Entretanto, fonte esta, que incute WESLER (1994)16 a confirmar
em outros termos declarando que a profissão de fé em Iaweh e a
felicidade da comunhão com Iaweh, como bem diz o salmista no
original hebraico.17
Todavia, será permitida redigir uma releitura da promessa feita
ao povo de Israel referente à herança, numa relação do presente tema,
com a ressurreição de Jesus Cristo, que passará a ser a herança eterna do
N.T, prefigurado nos versículos (9-10), do respectivo salmo em
exploração exegética, em que na tradução grega (LXX), 18 havia
compreendido assim:

Nem permitirás que o teu santo veja a corrupção


interpretada deste modo, os versículos convinham
perfeitamente a Cristo e é sob esta forma que o
encontramos por duas vezes nos Atos dos
Apóstolos: Em 2,24; 13 35 nos versículos (9-10)
em que se refere a Jesus e sua ressurreição.19

MANNATI (1981)20 ao perlustrar que a situação de quem reza,


em aspecto de súplica, 21 encontra-se no aspecto de confiança, já
abordada no texto.
Por sua vez, admitir-se-á que para MORRIS (1997), que a
oração de Jesus no Jardim, se dá na resposta do Amor de Deus Pai no

16
WEISER. Artur. Os Salmos; [tard. Edwino. A. Royer e João R. Costa; ver. Ivo
Storniolo ].São Paulo: Paulus,1994, p.34.
17
FRIDLIN. Vitor, David Gorodavits e Jario Fridlin. Salmos com Tradução e
Traslideração: Machzar completo com Tradução e Tranlideração autores. São
Paulo: Sêfer, 1999, p.18.
18
Cf. GOURGUES. Michel. Os Salmos e Jesus, Jesus e os Salmos. [trad.
Monjas Dominicanas; ver.Carlos Vido] São Paulo: Paulinas,1984, pp.18-23.
19
GOURGUES.id. Ibid. p.24.
20
MANNAT. id. op.ci. pp.18-20.
21
‫שיתתעַעזֲזבֹלא'כ‬
ְ‫שאולנתפַפ ש‬
ַ‫שתחתשְלפַראותעַחשְסיפַדךְשְתתִתןֵּלאשְל פ‬
‫ש‬ (Sl16, 10). BÍBLIA. Hebraica
Stuttgartensia. Stuttgar MORRIS t: HBG. São Paulo, 1997, p.1097.
13

mistério do túmulo vazio.22 E não obstante, o presente trabalho ainda


destacará outro termo que fará parte como segundo ponto do texto na
temática da oração23.
Todavia, para tal, desenvolvimento do trabalho perquirido, se
fará notar, os problemas interiores que cada pessoa vive pelo fato
mesmo da condição humana, bem expressa no salmo16. 24Perceberá que
o próprio Jesus Cristo também pronunciou salmos, entretanto, no que
nos aborda M. Gourgu25, referindo-se a Jesus que recebeu os salmos
como herança religiosa do povo.
E, essa herança não tardou a desabrochar na Igreja primitiva, que
logo os salmos se tornaram prece dos cristãos. 26Porém destarca-se-á que
o saltério se encontrará também a serviço do culto divino, como exorta
São Paulo: “Falai uns aos outros com salmos e hinos e cânticos
espirituais, cantando e louvando ao Senhor em nosso coração” 27. Será
22
Cf. MORRIS.id. op.cit. pp.83-89.
23
No AT, trás o verbo deomai siguinificando “rogai”, sendo que frequentemente
representa o hebraico. hanan (hith), “rogar, favor”. Já no NT, trás o verbo.
deomai; com o significado de “perguntar”, “pedir”, “rogar” e “suplicar”.
Portanto a oração no AT se caracteriza por se dirigir ao Deus único, que é o
Deus de Israel e ao mesmo tempo, o Senhor de todas as nações e da terra inteira,
tendo-se revelado assim ao seu povo (I Rs8: 22; IIRs 19,15).
No NT, a oração está de conformidade, em todos os aspectos com
aquela que se desenvolverá no AT. Segue o modelo, portanto, das orações de
Jesus, as quais há repetidas referências, sendo que estas, por sua vez, refletem
orações e ideias veterotestamentárias. A oração neotestamentária se dirige a
Deus a ou a Deus ou a Jesus, agora chamado Senhor (kyrios), sendo que as
passagens que contêm e vb. proskyneo, “adorar”, têm significância especial
nesta conexão.
Mas proseuchesthai pode ser relacionado com Jesus Cristo.
Desta maneira, a Igreja dá testemunho do fato de ela considerar Jesus Cristo
como Senhor e cabeça viva dela, sendo que ele, tendo vencido a morte, está
vivo para todo o sempre (Ressurreição). Como no AT, portanto, a oração é uma
coisa bem pessoal e específica, uma conversação genuína com Deus ou Jesus
Cristo. BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo
Testamento. Cidade: São Paulo: Vida Nova, 2000. pp.324-329.

24
Cf. BARROS. Marcelo Souza. A vida vira oração: rezar os salmos hoje. São
Paulo: Paulinas, São Paulos. 1985, p.29.
25
Cf. GOURGUES.op.cit. p.89.
26
MANNAT. id. op.cit. pp.83-84.
27
Cf. Ef 5,19.
defendido por uma prezada riqueza neotestamentária para argumento do
respectivo tema.

Conforme, a revisão feita, a Instrução Geral sobre a Liturgia


das Horas, coloca em evidência que os salmos têm uma função
importante na oração cristã, observando que:
Na Liturgia das Horas, a Igreja, para rezar, serve-
se em grande parte daqueles esplêndidos poemas
que os autores sagrados do AT compuseram sob
inspiração do Espírito Santo. Em razão desta sua
origem, os Salmos têm a virtude de levar até Deus
a mente das pessoas, despertar nelas piedade e
santos afetos, ajudá-las maravilhosamente a
agradecer na prosperidade e dar-lhes, na
adversidade, consolo e fortaleza de ânimo
(nº100).28

Entretanto, poder-se-á afirma que, o cristão não salmodia em


seu próprio nome, mas em nome de todo o corpo de Cristo, e ainda na
pessoa mesma do próprio Cristo. Por isso, que esta salmodia está em
nome da Igreja29fator este investigado em diversos conteúdos pra
fomentar o presente tema.
Percorrerá no ofício divino, alusão da importância deste oficio
divino para o cristão adorar a Luz Divina, entre Laudes e Vésperas, que
findará nos ofícios das Completas em que somos permanentemente
mudados por esse dia vivido na presença do Senhor através do Oficio
Divino. 30
E, assim permitira afirma que, os salmos têm sua ousadia,
porque nos ensinam a orar, criar e desenvolver a oração em três
relações: O orante, o povo, e o Senhor Deus,31aprofundar-se-á no
conteúdo, que se fará necessário realçar sua importância enquanto
preleção, dos salmos para os dias atuais colocando que:

28
PAULO, papa VI. Sacro Santo Concilium. Laudis Canticum: Liturgia das
Horas.As reformas do Vaticano II. [trad. para o Brasil da segunda edição típica].
Segundo o rito romano. (nº108b). São Paulo: Vozes, 1995, p.2.
29
Cf. PAULO. id. Ibid. p.24.
30
BONAWITZ, Dom Bernado. Buscando Verdadeiramente a Deus. São Paulo,
Mensageiro de São Antônio, 2013, pp.38-41.
31
Cf. BARROS. id. Ibid. p.28.
15

Do mesmo modo como as nossas palavras não são


apenas palavras, mas ensina-nos um mundo real e
conceitual, assim também estas preces nos
ensinam o Coração de Deus, pelo que não só
podemos falar com Deus, mas podemos aprender
com Ele e, aprender quem é Deus e, aprendendo a
falar com Ele, aprendemos como ser homens,
como sermos nós mesmos.32

Pertinente se fará o tema presente na opulência em destacar a


importância do salmo16 que findará em uma refinada colocação à
felicidade e herança eterna, encontrada somente em “Deus”. Como é
proclama pelo salmista.

METODOLOGIA

Reminiscente ao itinerário metodológico do coevo trabalho se


faz uma restrição enquanto a evolução dos estudos da Sagrada Escritura
em que atravessou o tempo e os séculos. Permitindo-se retomar em sua
trajetória feita em 30 de setembro de 1943, por motivo do
cinquentenário da encíclica “Providentissimus Deus”, o Santo Padre,
Pio XII, publicou a encíclica Divino Afflante, ressaltando a importância
dos critérios de estudos da Sagrada Escritura.

32
BENTO XVI papa. L’OSSERVATORE ROMANO: A linguagem do encontro
com Deus. [nº26, Sábado 25 de Junho de 2011], p.3.
Sedo assim, o predecessor Leão XIII com tanta gravidade
expôs, e advertiu propomo-la nós também com nossa autoridade e a
inculcarmos, para que seja de todos escrupulosamente professada, para
hoje em dia.33
Notado, sua apresentação com, novo olhar no Concílio Vaticano
II, que trouxera uma nova abordagem, nos estudos das Sagradas
Escrituras, que junto com os padres sinodais deram um novo fluxo
dentro da Teologia, com a mudança metodológica simplesmente
dedutiva, para uma respeitosa dignidade, enquanto aprofundamento das
Sagradas Escrituras.
E, assim fará presente, respectivos métodos para, uma
argumentação e aprofundamento, do hodierno trabalho, respeitando as
normas da elocução histórica e atual sem perder a beleza e originalidade
do conteúdo em si. Pois o salmo, em pesquisa levará em consideração a
Constituição Dogmática Dei Verbum que nos diz:
“Que a Sagrada Escritura deve ser lida e
interpretada com o mesmo espírito com que foi
escrita, não menos atenção se deve dar, na
investigação do reto sentido dos textos sagrados,
sua conjuntura e à unidade de toda a Escritura,
tendo em conta a Tradição viva de toda a Igreja e
a analogia da fé (nº12)”.34

No atual trabalho, também será feito, o método de uma análise


exegética histórica - crítica, onde a pesquisa buscar-se-á desenvolver o
método da investigação, analisando de forma como trás seu caráter, que
dispõem-se:

Fundamentalmente, os métodos de leitura


diacrônica de um texto são estes quatros:
crítica literária, análise de gênero, análise de
tradição e análise da composição. No qual em
seu conjunto formam o chamado
habitualmente métodos histórico-crítico.35

33
Cf. PIO XII, papa. Carta Encíclica: Divino Affante Spiritu; Sobre os Estudos
Bíblicos. São Paulo: Paulinas, 1943, pp.4.23. 26.
34
Constituição Dogmática Dei Verbum:Documentos do Concílio
Ecumênico Vaticano II (1962-1965). São Paulo: Paulus, 2002.
17

Encontrar-se-á nos procedimentos dos conteúdos do referente


tema, seguindo a colaboração já existente dos que percorreram o mesmo
caminho, o qual será classificado as melhores colocações sobre o
assunto, numa interpretação histórica do salmo 16, em seu aspecto
exegético analítico, e também, será feita uma leitura hermenêutica
segundo as direções assim colocada por nosso digníssimo papa Paulo
VI, diz:
Ao se dirigir a um grupo de exegetas, fez a
seguinte formulação: “Não podemos deixar de
sublinhar com satisfação alguns aspectos que
surgem do renovado interesse pela hermenêutica.
Sobretudo, a convicção clara de que a
interpretação não conclui sua tarefa senão quando
mostrou como o significado da Escritura pode
referir-se ao momento salvífico presente, quer
dizer, quando mostrou sua aplicação às
circunstâncias atuais da Igreja e do mundo.
Portanto, sem diminuir em nada o valor das
interpretações filológicas, arqueológica e histórica
do texto, necessário sempre, é preciso sublinhar a
continuidade entre exegese e pregação, tal e como
o expressou a Constituição sobre a Divina
Revelação (cf. DV 23): ‘Os exegetas católicos e
demais teólogos devem trabalhar, conjuntamente
diligentemente suas forças, para investigar e
propôr as Sagradas Escrituras, sob a vigilância do
Magistério, com os instrumentos oportunos, de
forma que o maior número possível de ministros
da palavra possa repartir frutuosamente ao povo
de Deus o alimento das Escrituras, que ilumine a
mente, robusteça as vontades e acenda os corações
dos homens no amor de Deus (Discurso na XXI
Semana Bíblica Italiana, em ABI, Esegesi ed
hermenêutica (Bréscia,1972) p. 11.36
35
ARTOLA. Antônio Manuel. e José Manuel Sánchez Caro. A Bíblia e a
Palavra de Deus. [trad. Antônio Eduardo Quirino de Oliveira.]. São Paulo,
1996, p.354.

36
ARTOLA. id. Ibid. pp. 371-372.
Portanto, em virtude deste método, reafirmo sua importância
e contribuição, á analise exegética do Salmo 16, para, sua
argumentação e aprofundamento.

OBJETIVOS GERAIS, ESPECÍFICOS E RESULTADOS FINAIS

Os objetivos gerais:
Proporcionar pistas de reflexão para uma reavaliação da
consciência atual e ajudar o cristão fiel, através da releitura do salmo16,
meios para discernir a melhor parte, tendo diante de si Deus como sua
melhor herança, para nossos dias.

O objetivo especifico:
19

i) Contribuir para uma visão crítica da espiritualidade


dos salmos na vida e na história do cristão.
ii) Construir uma passagem de valorização e
identificação com os salmos presentes na vida de cada
pessoa e como a Igreja vê sua prática presente na liturgia.
iii) Comunicar através da reflexão do salmo 16, a ‘herança
eterrna’ que essa herança só se encontrará em Deus,
ápice e fonte da vida.

Apetecemos com esta investigação científica exegética,


atualizá-la nos tempos de hoje. Para que no salmo 16, o leitor busque
imbuir-se de uma reflexão que o ajude novamente a escolher entre todos
os deuses da terra,37 ou deste tempo para o ‘Deus da eternidade’, numa
releitura que o faça optar mais uma vez pelo Senhor, por aquele que
jamais passará.

CRONOGRAMA GRÁFICO DE TRABALHO

3º 4º 5º 6º 7º 7º
Sem. Sem. Sem. Sem. Sem. Sem.
Agosto
Escolha do tema, orientador,
Pré- Projeto
Levantamento bibliográfico e
leituras prévias
Leituras e fichamentos

37
Cf. Sl 16, 4.
Participar da disciplina de
elaboração do projeto
Redação final do Projeto de
TCC
Protocolo na secretaria do
Studium
Redação do Capítulo 1 e 2
Bibliografia

Revisão Ortográfica,
gramatical, linguagem
acadêmica dos capítulos 1 e 2
Participação da Disciplina de
Diagramação do TCC e normas
ABNT
Redação do capítulo 3; revisão
Ortográfica, gramatical,
linguagem acadêmica final dos
capítulos 1, 2 e 3
Introdução, resumo, Abstract,
índices, anexos
Interpretação dos resultados e
redação da conclusão
Redação final
Entregas das cópias solicitadas
pelo Regulamento do TCC
Defesa oral se aprovado na
redação

BIBLIOGRAFIA

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