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Luís Vaz de Camões (1524-1580)

Foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras


da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.

Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Sabe-se que o maior
poeta português, Luís Vaz de Camões, nasceu provavelmente em Lisboa
(Portugal), por volta de 1524 e pertenceu a uma família da pequena nobreza,
de origem galega.

Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, teria recebido
uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a
literatura e a história antigas e modernas.

Este poeta possui obras que o colocam à altura dos grandes poetas do
mundo. Seu poema épico Os Lusíadas divide-se em dez cantos repartidos em
oitavas. Esta epopéia tem como tema os feitos dos portugueses: suas guerras
e navegações.

Dono de um estilo de vida boêmio, foi frequentador da Corte de D. João


III, iniciou sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição,
em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias.

Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou na África


alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal,
feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, viajou para o Oriente, passando
lá vários anos. Enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes.
Combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu sua obra
mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria,
publicou-a e recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços
prestados à Coroa, porém, seus últimos anos de vida foram na mais completa
pobreza.

A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário.


Escreveu poesias líricas e épicas, peças teatrais, sonetos que em sua maior
parte são verdadeiras obras de arte.

Criador da linguagem clássica portuguesa, teve seu reconhecimento e


prestígio cada vez mais elevados a partir do século XVI. Faleceu em Lisboa,
Portugal, no ano de 1580. Seus livros vendem milhares de exemplares
atualmente, sendo que foram traduzidos para diversos idiomas. Seus versos
continuam vivos em diversos filmes, músicas e roteiros.
Líricas

Em suas líricas amorosas, o principal tema é o amor, abordado em


duas vertentes:
 O amor visto de modo ingênuo, simples, otimista, realizado.

 Amor enquanto conflito, contradição. Aqui há uma diferença entre


“amor” e “Amor”.

I. amor: é individual, implica sofrimento, realidade, dor.


II. Amor: é a essência, a ideia; é perfeito, absoluto.
Essa diferenciação contrapõe a ideia (Amor) e a sombra (amor).
Estabelece-se um conflito entre o amor sensual e o amor platônico.
Camões trabalha mais com o conceito do amor do que propriamente
com os sentimentos: ele os universalisa, tirando seu caráter individual.

Em suas líricas filosóficas aborda reflexões profundas. O eu lírico


reflete um homem angustiado e perplexo diante de seu mundo. Dentre seus
principais temas podemos citar:
 Mutabilidade das coisas, da vida, do mundo.

 Desconcerto do mundo.

 Transitoriedade da vida e de tudo.


Produção épica

Os Lusíadas é um poema épico de Luís Vaz de Camões, publicado em


1572, que fala da história de Portugal, desde os primórdios até o tempo de
Camões, com uma narrativa idealizada e alusões frequentes à mitologia e
cultura clássica.

A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por


Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da
história de Portugal, glorificando o povo português.

É considerada a obra maior da literatura portuguesa, quer pela qualidade


poética reconhecida, quer pelo sentimento patriótico de que faz testemunho.

Estrutura

A obra “Os Lusiadas” é composta de dez cantos e possui 1.102 estrofes


de versos decassílabos, somando ao todo 8.816 versos.
O esquema rimático fixo de cada estrofe é AB AB AB CC – oitava rima
camoniana.
Os primeiros seis versos são cruzados e os dois últimos, emparelhados.

As armas e os barões assinalados A


Que, da ocidental praia lusitana, B
Por mares nunca de antes navegados A
Passaram ainda além da Taprobana, B
Em perigos e guerras esforçados, A
Mais do que prometia a força humana, B
E entre gente remota edificaram C
Novo reino, que tanto sublimaram. C

— Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas, primeira estrofe do Canto I


Síntese

Introdução

Divide-se em três partes: proposição, invocação, e dedicatória e


compreende os dezoito primeiros versos do Canto I.

 Proposição - introdução, apresentação do assunto e dos heróis


(estrofes 1 a 3 do Canto I): A proposição funciona como uma
apresentação geral da obra, é uma síntese daquilo que o poeta se
propõe fazer.
.

 Invocação - o poeta invoca as ninfas do Tejo (estrofes 4 e 5 do


Canto I): Nestas estrofes, Camões dirige-se às Tágides (as ninfas do
Tejo) pedindo-lhes que o ajudem a cantar os feitos dos portugueses
de uma forma sublime:
“Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloco e corrente”

 Dedicatória - o poeta dedica a obra ao rei D. Sebastião (estrofes 6 a


18 do Canto I): a dedicatória é uma parte facultativa da estrutura da
epopeia. Camões inclui-a n’Os Lusíadas ao dedicar a sua obra ao rei
D. Sebastião; na época muito jovem e visto como esperança da
pátria portuguesa na continuação da difusão da fé e do império.
Desenvolvimento

Narrativa

A narrativa da viagem, in medias res (do latim, “no meio das coisas”;
técnica literária onde a narrativa começa no meio da história, e não no
começo), parte do meio da ação para voltar atrás no tempo e explicar o que
aconteceu até o momento na viagem de Vasco de Gama e na história de
Portugal, e depois prosseguir na linha temporal. Ocupa a maior parte do
poema: do verso 19 do canto I ao final do canto X.

Canto I

A narração tem início como os portugueses já no Oceano Índico, em


plena viagem. Enquanto isso, os deuses se reúnem no Olimpo (concílio dos
deuses) para decidir a sorte dos portugueses: permitir ou não que eles
cheguem às Índias. Vênus e Marte são favoráveis ao empreendimento. Baco é
contrário. Júpiter decide permitir a continuidade da viagem.

Canto II

Em Moçambique, outra cilada: Baco, disfarçado de cristão, tenta


convencer os portugueses a desembarcar. Vênus e as Nereidas intervêm,
impedindo que os portugueses sejam derrotados pelos mouros. A frota chega a
Melinde, onde é festivemente recebida.

Canto III

A pedido do rei de Melinde, Vasco da Gama começa a contar a história


de Portugal. Neste canto, narra-se a história de Inês de Castro, uma das mais
conhecidas passagens de “Os Lusíadas”.

Canto IV

Narram-se outros fatos importantes da história portuguesa, até chegar à


época da viagem de Vasco da Gama. A narrativa retrocede para o início da
viagem. Quando os portugueses vão sair do porto de Restelo, surge um velho
que critica severamente as grandes navegações, acusando os portugueses de
vaidade excessiva. É o episódio conhecido como "O velho do Restelo".

Canto V

A frota ainda está em Melinde. Vasco da Gama narra a viagem pela


costa africana, o cruzamento do Equador e detém-se naquele que foi o mais
difícil ponto da viagem: a travessia do Cabo das Tormentas, que aparece
personificado na figura do gigante Adamastor (outro conhecido episódio).
Canto VI

A armada deixa Melinde com destino às Índias. Baco desce ao fundo do


mar e pede aos deuses que liberem os ventos contra a fronteira portuguesa.
Ocorre uma tempestade, abrandada com a chegada de Vênus e das Ninfas,
que seduzem os ventos. Finalmente a embarcação chega às Índias.

Canto VII

Narram-se o desembarque em Calicute e os primeiros contatos como os


mouros. Descrevem-se as Índias.

Canto VIII

Os portugueses enfrentam novos problemas com mouros. Alguns


adivinhos diziam que os lusitanos vinham para escravizar os indianos. Baco
aparece em sonho a um sacerdote muçulmano, inspirando-lhe sentimentos
anticristãos.

Canto IX

Conseguindo livrar-se das dificuldades, Vasco da Gama apressa a


partida. Inicia-se a viagem de volta a Portugal. Segue-se o episódio da Ilha dos
Amores; Vênus e Cupido preparam uma recepção aos portugueses para
compensar-lhes os sofrimentos.
Enquanto Vasco da Gama ama a deusa Tétis, os marinheiros divertem-
se com as Ninfas.

Canto X

Tétis oferece um banquete aos navegantes. Após o banquete, leva-os


para o alto de um monte e descreve-lhes o mundo até então conhecido. Os
navegantes partem da ilha e retornam a Lisboa.
Epílogo

Por fim, há um epílogo a concluir a obra (estrofes 145 a 156 do Canto


X). Neste, Camões refere-se à pátria que caminha rapidamente para a
inevitável ruína. Predomina um tom melancólico e quase profético, pois, em
1580 – oito anos após a publicação da obra –, Portugal passa ao domínio dos
espanhóis.

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