Nos termos do art. 2º, da Lei 6858/80, o montante das
contas de cadernetas de poupança e fundos de investimentos se restringe ao valor de até 500 ORTN e desde que não existentes outros bens sujeitos a inventário.
E tal importância representa cerca de R$ 21.000,00
(conforme entendimento jurisprudencial exposto no agravo de instrumento 0032471-55.2012.8.26.0000, da 1ª Câmara de Direito Privado do TJSP, em 08/05/2012, sendo relator Dr. Rui Cascaldi: "... Vê-se, portanto, que os saldos bancários de até 500 OTN's poderão ser levantados pelos dependentes do falecido titular da aplicação mediante alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento, desde que não haja outros bens a inventariar... Assim não se vê empecilho para a expedição de alvará, que fica limitado ao valor de R$ 20.700,00").
Conforme documentação especificando as importâncias
monetárias deixadas pelo falecido (fls. 22), o valor supera o limite legal e, de outro lado, não foi pleiteado o levantamento por meio de alvará, mas a transferência do valor de conta corrente para conta poupança (fls. 55).
Assim sendo, juntada a certidão negativa federal (fls.
27 e 53), havendo a Fazenda Pública anuído com o valor recolhido referente ao imposto de transmissão (fls. 32), concorda-se com a homologação da partilha (fls. 38/39) e com a transferência dos valores bancários do falecido para conta judicial (fls. 55).