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vulnerabilidade
sociodemográfica: implicações metodológicas
de uma velha questão *
“What make s people vulnerable?” Est a & people (HILHORST; BANKOFF, 2004 ,
é a pergunt a que abre a introdução do livro p.1), a qual é, sem dúvida, uma das mais
Mapping vulnerability: disasters, impor- tante s questões contem por ânea s:
development como
* Uma primeira versão deste texto foi apresentada no X V I Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Abep,
realizado em Caxambu – MG – Brasil, de 29 de setembro a 03 de outubro de 2008, na Sessão Temática “População
em risco e vulnerabilidade socioambiental”, organizada pelo Grupo de Trabalho População, Espaço e Ambiente.
** Geógrafo, Núcleo de Estudos de População, da Universidade Estadual de Campinas
(Nepo/Unicamp).
*** Demógrafo e sociólogo, profess or do Departament o de Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências Humana s
(IFCH)
e pesquisador do Núcleo de Estudos de População (Nepo), ambos da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
1 A equipe que desenvolveu estes estudos contou com a participação de vários alunos de Iniciação Científica Pibic/
CNPq, SAE/Unicamp e Fapesp, entre os quais: Fernanda Cristina de Paula, Majore de Souza, Adriana Lopes
Rodrigues, Gabrielle Mesquita Alves Rosas, Luiz Tiago de Paula e Thais Fogliarini.
2 Trata-se do Projeto Vulnerabilidade – Dinâmica intra-metropolitana e vulnerabilidade sociodemográfica nas
metrópoles
do interior paulista: Campinas e Santos. <http://ww w.nepo.unicamp.br/vulnerabilidade>.
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Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica
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Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica
FIGURA 1
Diagrama conceitual risco-perigo-vulnerabilidade
3 Não existe uma palavra correspondent e para place less ou place lessness em português . O segund o é o negativo do
lugar, ou seja, que não corresponde à experiência da historicidade e geograficidade na sua delimitação, possuindo
elementos inautênticos. O primeiro é o processo ou a característica que marca a formação deste placelessness. Autores
brasileiros têm utilizado pelo menos duas opções de tradução: “deslugar” e “não-lugar” (MELLO, 2003; HOLZER,
2006). O primeiro termo é excessivamente vago para a sua adoção. Por sua vez, o segundo, além de não
corresponder exatamente ao significado da palavra, remete ao conhecido conceito non-place , do antropólogo Marc
Augé, cujo significado está muito marginalmente relacionado ao placelessness (AUGÉ, 1994). Em vista disso,
preferimos manter os termos no original (MARANDOLAJr.; MELLO, 2005).
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O resultado são situações e posições lho (ZALUAR, 1986; LAPLATINE, 1988 ). Mas ,
específicas que permitem compreender o para o estud o da vulnerabilidade, uma
lugar em uma perspectiva contextual. A es- maior densidade era necessária.
colha de alguns lugares para pesquisa pro- De fato, pode-se dizer que, para uma
curava selecionar diferentes situações que abordage m qualitativa do espaço, de qual-
trariam questões pertinentes para a análise quer temática, a etap a de conhecimento
do lugar em si (seus atributos e relações) e e envolvimento é o primeiro e crucial
para a compreensão da região (aquilo que passo . Ness a fase, delinear-se-á a bas e
ele possui de exemplar). Como se trata de sobr e a qual o pesquisador irá construir
uma região com mais de dois milhões de sua pes- quisa. Se ess a primeira etap a for
habitantes, qual recorte delimitaria lugares queimada, substituindo-se a construção
com maior aderência a uma identificação experiencial em camp o por revisão
individual, sem abstrações ? O bairro nos bibliográfica, informações secundárias ou
pareceu uma boa unidade de trabalho, por de terceiros, grand e parte do potencial de
constituir aquele meio imediato à casa, uma investigação baseada no vivido será
o lugar por excelência, não raro tornando- perdida, pois a bas e continuará send o
se extensã o da própria residência aquela mediada, construída de fora para
enquant o foco principal da experiência dentro . O esforço ness e tipo de trabalho é
urbana , o pon- to zero de todo o espaço de deixar que o lugar se revele, que a experi-
vida. Por outro lado, compreender a ência do pesquisador em camp o contribua
formação dos bairros e as questões fundamentalmente para a produçã o do co-
referentes à sua inserção na cidade e na nhecimento. Est a é a postur a
região congregaria outros as- pecto s fenomenológi- ca de pesquisa, que busc a o
relacionados à organização espacial da conhecimento tal com o aparece na
metrópole, suas possibilidades e riscos, experiência (MERLEAU- PONTY, 1971 ;
conectando a dimensão mais íntima (casa, HEIDDEGER, 2002 ).
vida privada) à social (comunidade, vizi- Pensa r o lugar enquant o unidade de
nhança), permitindo-nos ampliar o diálogo estudo da vulnerabilidade, portanto, passa
com toda a tradição de estudos da inicialmente por se pergunta r acerc a da
ecologia humana e seus trabalhos sobre constituição fenomenológica daquele lu-
bairros e comunidades (Figura 2). gar, que envolve tanto os atributos
O primeiro local estudado foi a físicos quant o a produçã o social e
Ponte Preta, bairro consolidado de simbólica da intersubjetividade.
Campinas, ao lado da região central, O trabalho de campo experiencial
component e dos anti- gos arrabaldes da foi tomad o como referência em toda s as
cidade (DE PAULA, 2005 ; MARANDOLAJr.; pesquisas desenvolvidas. Est e se insere
DE PAULA; FERNANDEZ, na tradição de estudos fenomenológicos
2007). Esse estu do foi fundamental para aju- em Geografia e nas ciências sociais, cujo
dar a delinear muitos dos aspectos que se- fundamento é a compreensã o da experi-
riam importantes nas pesquisas seguintes. ência vivida (ROWLES, 1978; BERGER;
Um primeiro aspect o importante foi per- LUCKMAN, 1979; MANEN, 1990 ), aliando
ceber que, para a discussão qualitativa da uma perspectiva hermenêutica (interpre-
vulnerabilidade e dos riscos, seria necessá - tativa) dos relatos orais (narrativas) com a
rio um primeiro estágio de pesquisa em que descrição fenomenológica da experiência
a aproximação e o envolvimento com o (GEORGE; STRATFORD, 2005). Isso impli-
lugar teriam que ser buscados. Sem uma ca transcender a separação sujeito-objeto,
certa imersão e intimidade com a promovendo o entrelaçamento do ser com
dinâmica do lugar, seu “balé” (SEAMON, o outro (homem, lugar, ambiente). A meta
1980), não seria possível compreender as desta s pesquisas é a compree nsão do
tramas espaciais que envolvem a forma mundo vivido, ou seja, a experiência vivida,
como as pessoas li- dam com as situações que envolve a volição, a intencionalidade e
a que estão expostas. Esta prática é o conhecimento intuitivo, imediato, oriundo
reconhecida como essencial nos estudos do encontro do ser cognoscente com o
qualitativos, o que nos permitiu uma base mundo (MERLEAU-PONTY, 1971).
de apoio metodológico de traba-
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Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica
FIGURA 2
Lugares estudados – Região Metropolitana de Campinas
dos, mas, sobretudo, como eles aparecem tintos da constituição dos lugares e procu-
em experiências vividas. rando abarcar diferentes bairros para poder
Este s press upostos epistemológicos, ampliar o escopo das questões. Se a Ponte
convertidos em prática de campo, trazem Preta nos mostrou que os espaços
implicações latentes, tais como as discuti- públicos, como a Praç a das Águas, são
das por Rowles (1978): envolvimento com fundamentais para compreende r um lugar e
os participantes; investimento de longo que um bairro pode conter uma unidade
tempo; pequeno número de participantes simbólica sob a toponímia, mas não as
(pesquisados e pesquisadores); e mesmas condições de vida (a
inferência indutiva. Estas implicações fragmentação da paisagem pro - duz
refletem-se tanto na condução (uma diferentes lugares dentro de um bairro), o
atitude diante da pes - quisa e dos temas São Bernardo trouxe um exemplo mais
em questão) quanto na forma de bem acabado da fragmentação intrabairro.
apresentar os resultados oriundos dela. Por Dividido em dois, internamente, Alto e Baixo
serem experiências vividas e pela presença São Bernardo compõem lugares diferentes
significativa da indução, muitas das para os-de-dentro, embor a sejam vistos
questões levantadas não são passíveis de como um bairro só para os-de-fora. Com
mensuração nem de experimentação. A territórios vividos de forma distinta,
pesquisa reverbera os fenômenos estuda - sã o paisagens específicas separadas e
do s tal como apar ecem (o sentido da que não se misturam. E são justamente
palavra fenomenologia) na experiência, seus espaços públicos que expressam a
buscando nas camadas de mediação e de diferen- ça entre as duas vizinhanças: as
sentidos, nas quais estamos todos praças e ruas do Alto São Bernardo não
imersos, os senti- dos originais e dão abrigo aos seus moradores, ao
permanente s que constroem, contrário do Bai- xo São Bernardo , que
coletivamente, o significado dos tem rua s e praças sempre ocupadas
fenômenos (MARANDOLAJr., 2005a). pelas pessoas do lugar. Nest a área , o
Para adensa r alguns aspectos espaç o público é extensã o do espaço
referentes à vulnerabilidade na Ponte Preta, privado da casa, incorporado à proteção,
realizamos pesquisa sobr e a Praç a das enquanto na parte alta o espaço público é
Águas, um do s poucos espaço s públicos o lugar do risco, separad o por grades
do bairro, inaugu- rad o durant e a pesquisa. altas e sistemas de segurança do espaço
Foi muito importan- te acompanha r o privado (DE PAULA; MARANDOLA Jr.;
process o de abertur a de um espaç o em HOGAN, 2007a).
meio à densidade construída e de ruas A diferença de uso e característica
estreitas do bairro, sua apropriação intensa do espaço público, na verdade, express a
no início e o subsequente declínio formas distintas de proteçã o e interação
(MARANDOLA Jr., 2005 b). social, qualidades intrínsecas aos lugares
Hoje, a praça encontra-se muito aban - e paisagens dos dois fragmentos do bairro.
dona da e a necessidade de incorporar o Ma s qual a naturez a da constituição
es- paç o público ao espaço privado da s desse s diferentes fragmentos territoriais? O
casa s e apartamento s foi superad a pelo estud o sobre os DICs (Distritos
med o e pela repulsa que a condição Industriais de Campinas) nos permitiu
deteriorada da praç a causou . O que no avançar ness e sentido, identificando nos
início foi um feliz encontr o com o espaço diferentes territó- rios vividos elementos
tornou-se em pouco tempo um reencontro comun s que dava m ao conjunto do s DICs
com o risco, e as críticas ao projeto e à (na verdade , um con- junto de pequeno s
forma de gestão daquele lugar superara m bairros planejados pela Cohab-Campinas
a necess idade que o bairro tinha dele. A e várias invasões) uma unidade enquant o
intervenção de cima-para-baixo, sentido de vizinhança. A identidade
produzindo um placelessness , mostrou-se, territorial é construída a partir da memória
no final, uma pretensão governamental por urban a e da experiência coletiva de um
não ter incorporado as demandas sociais devir histórico e geográfico comum , que se
do luga r. estabelece no desenvolvimento do bairro e
Nossos estudos subsequentes levaram liga a história pessoal à história urbana.
em conta isso, aprofundando aspectos dis-
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bairro) e aos processo s sociais e espaciais é evidentemente outro, e isso interfere não
do próprio lugar em se transformar e em
promove r, ao longo do tempo , segurança ,
fatores especificamente demográficos que
ainda estã o send o investigados (DE PAU-
LA; MARANDOLA Jr., 2009 ).
O estudo do bairro Mansões Santo
An- tônio traz outro s elementos que
enriquecem as análises. Local de
contaminação do solo por uma indústria de
solventes desativada em meado s do s
ano s 1990, ess a bem localizada área de
Campinas tem sofrido nos últimos dez
anos um intenso processo de
incorporação e especulação imobiliária.
Sua paisagem, de chácara s de lazer ou
pequenas moradias, tem se modificado in-
tensamente, com o surgimento de edifícios
residenciais de alto padrão que marcam o
skyline da cidade.
O cas o da contaminação veio à tona
quando a construção de um edifício foi re-
alizada sobre o terreno da antiga indústria,
acumulando gases na garage m do prédio.
A imprensa acompanho u o processo ,
gerando muita especulação sobre os altos
investi- mento s na região. No entanto , a
exemplo de outros casos de
contaminação, há um hiato entre a
identificação do risco, a percepção da
população e a su a comunicação, as
quais obedecem a diferentes lógicas. A
vul- nerabilidade do lugar não pode ser
apenas a equação das análises de risco,
devendo considerar também a questão do
estigma e da própria desvalorização
econômica.
Assim como em Cubatão ou em Adria-
nópolis, on de as populações negara m a
contaminação entendendo que admiti-la ou
dar-lhe ênfase seria uma forma de denegrir
seu próprio lugar (HOGAN, 1993; DI
GIULIO,
2006), també m no bairro Mansões Santo
An- tônio o risco ass ociado à contaminação
não é valorizado por seus moradores, que
não consideram o fato um problema ou
preferem não dar destaque a ele
(FOGLIARINI, 2008). A vulnerabilidade do
lugar, ali, precisa incor- porar o processo
de comunicação do risco e a sua
construção social em pelo menos dois
contextos: dos moradores antigos do
bairro (que ainda estão nas chácaras) e dos
novos moradores que chegaram depois. O
envolvimento dos dois grupos com o lugar
apena s na sua percepçã o do risco, ma s ligação muito próxima com o centro de
também na sua vulnerabilidade. Campinas, que é acessado pela rodovia, o
Por fim, o terceiro lugar que estamos que faz dela o grande eixo estruturador da
investindo nesse momento é o trecho me- região (MARANDOLA Jr., 2008a).
tropolitano da Rodovia Anhanguera entre Contudo , ao mesm o temp o em que
Campinas e Sumaré, que constitui a parte conecta e permite aglutinar, a rodovia exer-
de maior intensidade de conexão e ce um papel desagregado r e segregado r
interações espaciais na região, com (ROSAS, 2008; ROSAS; HOGAN, 2009 ).
conurbação e o convívio de dois Bairros de um lado e do outro da Via Anhan-
trânsitos: o regional e o local-orgânico. guera são lugares distintos, sem conexão.
Propomos pensar a Anhan- guera como As várias passarelas ou viadutos não são
lugar por conta de seu papel simbólico e suficientes para promover a integração dos
estrutural no espaç o urban o das duas fragmentos, o que resulta em diferentes
cidades, especialmente no de Sumaré. A condições de acessibilidade que, em áreas
Anhanguera estrutur a o espaç o da cidade, de urbanização dispersa, podem significar
sendo mais central para a maior parte dos acesso a bens, serviços ou até ao mercado
seus mais de 230.000 habitantes. Por todo de trabalho. Em vista dessa fragmentação,
o trajeto entre as duas cidades, a rodovia a experiência da rodovia é muito diferencial
corta a área do município, para aqueles que moram no seu entorno e
organizando não apenas o trânsito e a para aqueles que apenas passam por ela
malha viária dos bairros, mas também a (ROSAS; MARANDOLAJr.; HOGAN, 2008).
vida cotidiana. Ela é o grande eixo que liga O meio de transporte utilizado é a diferença
os bairros das áreas do Matão, Maria central, trazendo distintos perigos depen-
Antônia, Área Cura, Nova Veneza e dendo do tipo, frequência e até horário em
Dallorto, exercendo mais centrali- dad e do que se utiliza a rodovia. Nesse caso, apro-
que o próprio centr o tradicional. Em virtude fundar as poss ibilidades de envolvimento
da distância, esses bairros possuem uma com o lugar-rodovia é fundamental para
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QUADRO 1
Lugares pesquisados de acordo com variáveis ecológicas
Condição
predominante da população
Praça das Águas Espaço Centro Central Lazer Em degradação Não-migrante Lazer e cultura,
público metropolitano violência
Residencial
Entorno Mobilidade,
Parqu e dos Sabiás Condomínio metropolitano Periférica Residencial Consolidado Migrante qualidadede vida
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Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica
Mesmo que não tenhamos novas res- sentido do habitar contemporâneo, expres-
postas à velha questão, problematizá-la já são maior da relação da população em seu
faz parte do caminho de redescoberta do ambiente.
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Resumen
180 R. bras. Est. Pop., Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 161-181, jul./dez. 2009
Marandola Jr., E. e Hogan, D.J.
Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica
Abstract
Place vulnerability vs. sociodemographic vulnerability: methodological implications of a very
old issue