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A GUERRA HÍBRIDA: REFLEXOS PARA

O SISTEMA DE DEFESA DO BRASIL


Coronel Paulo Cesar Leal

O Coronel de Infantaria Leal foi declarado aspirante-a- sistema de defesa do Brasil. Como objetivos
oficial pela Academia Militar das Agulhas Negras em 1983. específicos, foram delineados os seguintes:
Possui os cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais, de Comando e
Estado-Maior, e de Política, Estratégia e Alta
conhecer a abordagem conceitual do tema;
Administração do Exército. Participou identificar aspectos relevantes deste modal
do Programa de Treinamento Militar e de conflito e conhecer as lições aprendidas do
Cooperação em Inglês, OTAN STANAG caso ucraniano.
6001 (Canadá-2011). Comandou o A seguir, a guerra híbrida será discutida,
Batalhão de Comando e Serviços da
Escola de Sargentos das Armas, o 7º
tendo-se presente que a competência essencial
Batalhão de Infantaria Blindado e o 2º de uma força armada é defender a Pátria,
Batalhão de Infantaria de Força de Paz preparando-se para dissuadir ou vencer
do 16º Contingente Brasileiro no Haiti. potenciais inimigos, devendo essa força, entre
Foi transferido para a reserva remunerada outros aspectos, manter-se atualizada sobre a
em 2013, quando gerente do Projeto Estratégico Guarani, no
Escritório de Projetos do Exército, Estado-Maior do Exército.
evolução da arte da guerra. Finalmente, serão
Atualmente, é analista do Centro de Estudos Estratégicos do apresentados os seus possíveis reflexos para
Exército, que chefiou em 2010 (lealbrabat216@hotmail.com). o sistema de defesa do Brasil.

“Se existe uma postura mais perigosa, que pressu- CONSIDERAÇÕES INICIAIS
por que uma futura guerra será exatamente como Nas palavras de RÁCZ (2015), a expressão
a anterior, é imaginar que ela será tão diferente guerra híbrida foi utilizada pela primeira
que se possa ignorar as lições extraídas dessa últi- vez em 2002. Segundo esse autor, foi o Major
ma.” (SLESSOR, 1936) William J. Nemeth, do Corpo de Fuzileiros
Navais dos Estados Unidos da América (EUA),
Algumas pessoas, certamente, afirmarão quem abordou o tema originalmente em sua
que a guerra híbrida não passa de tautologia, tese intitulada Future War and Chechnya: a
isto é, uso de palavras diferentes para expressar Case of Hybrid Warfare.
uma mesma ideia. É uma possibilidade, mas Caracterizando a falta de alinhamento
que não pode prescindir de estudo visando das percepções referentes ao tema,
a trazer às luzes o conhecimento acerca constata-se que há divergências, dentre
do assunto que, recentemente, ganhou outros aspectos, inclusive com relação
relevo internacional nos meios acadêmico à autoria da denominação desse tipo de
e militar. Embora pouco explorados no conflito. Divergindo de Rácz, estudiosos
Brasil, os conflitos híbridos passaram a ser como GUINDO, MARTÍNEZ e GONZÁLES
melhor focalizados pelos países integrantes (2015, p. 4) atribuem a Mattis y Hoffman a
da Organização do Tratado do Atlântico primeira referência à denominação de guerra
Norte (OTAN) e pela Rússia, ainda que com híbrida, em artigo publicado em 2005, na
denominações diversas, especialmente em revista Proceedings, sob o título Future
razão dos acontecimentos no leste da Ucrânia. Warfare: The Rise of Hybrid Wars, texto
O objetivo geral deste artigo é investigar em que, ao discorrerem sobre os EUA, os
a guerra híbrida e seus reflexos para o autores alertavam que a superioridade desse

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país criaria uma lógica que estimularia os de Segurança de Munique (2015), consta que,
atores estatais e não estatais a buscar uma antes de 2014, a guerra híbrida era um tema
capacidade ou algum tipo de combinação para especialistas militares e estrategistas,
de tecnologias e táticas para a obtenção de mas a crise na Ucrânia fez com que essa
vantagens sobre o oponente, abandonando o percepção mudasse, pois a guerra voltara
modo tradicional de fazer a guerra. para a Europa, ainda que apresentando nova
Segundo o Diretor do Programa de indumentária.
Defesa e Análise Militar (DMAP, sigla em Conforme destacado por RÁCZ (2015),
inglês) do Instituto Internacional de Estudos pensadores militares russos têm produzido
Estratégicos de Londres, GIEGERICH vasta bibliografia sobre o tema, embora com
(2015), durante um workshop internacional
outras denominações (como new generation
realizado em Berlim, o General Knud Bartels,
warfare).
então Presidente do Comitê Militar da OTAN,
Segundo pesquisa feita pelo autor (figura
discorrendo sobre o papel dos militares nas
respostas às ameaças híbridas, declarou que 1), o tema passou a ganhar relevância na
a “guerra híbrida foi planejada para corroer internet a partir de novembro de 2009,
o poder do Estado”. GIEGERICH acrescentou ressurgindo em 2011 e, com maior ênfase, a
que os especialistas reunidos no evento partir de 2014. Destaque-se que, de acordo
mencionado argumentaram que os estados com a ferramenta Google Trends, o volume
ocidentais não estavam bem equipados mais expressivo de buscas deu-se no idioma
para distinguir entre uma política externa inglês, especificamente quanto à expressão
agressiva e a guerra híbrida. Hybrid Warfare.
Por seu turno, no Relatório da Conferência No Brasil, apesar do tempo decorrido

Comparar Termos de pesquisa

Hybrid Warfare +Adicionar termo


Termo de pesquisa

Interesse com o passar do tempo ? Titulos da Noticias Previsão ?


Fonte: Google Trends [1].

novembro de 2009
D
hybrid warfare: 92

2005 2007 2009 2011 2013 2015

Figura 1 – Volume de pesquisas feitas na internet sobre a expressão Hybrid Warfare

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desde a primeira alusão feita por Nemeth comum nos últimos séculos, tratando-se da
à guerra híbrida, esse assunto é pouco combinação de forças regulares e irregulares
conhecido, conforme mostra a figura 2, em para ameaçar um inimigo. Esse pensamento
que consta o volume de pesquisas sobre é compartilhado com outros autores como
essa denominação em português. Esse TRINDADE (2014), segundo quem, na
relativo desconhecimento pode ser atribuído, visão dos EUA, o termo híbrido descreve
dentre outros aspectos, à escassez de obras a complexidade crescente dos conflitos,
escritas a seu respeito no País. É por isso, requerendo adaptabilidade e resiliência das
forças armadas. Descreve, também, a natureza
do inimigo a ser enfrentado,
Google Trends Explorar tópicos mas afirma que isso não é
uma nova forma de guerra.
Google Trends, setembro de 2015.

Explorar Todo o mundo 2004 - presente Todas as categorias Pesquisa na web do Google Por conseguinte, segundo
esse autor, a expressão
guerra híbrida não foi
Comparar Termos de pesquisa
incorporada à doutrina do
Guerra Hibrida
exército norte-americano,
+Adicionar termo
Termo de pesquisa
que doutrinariamente
considera as operações no
Não há volume de pesquisas suficiente para exibir gráficos. amplo espectro.
Figura 2 – Volume de pesquisas feitas na internet Caracterizando a
rapidez da evolução do
pensamento militar dos EUA, verifica-se que
e pela crescente relevância que o tema tem a sua Estratégia Nacional Militar (EUA, 2015)
assumido no âmbito internacional, devido ao discorre sobre o assunto explicitamente, o
seu alegado emprego no conflito ucraniano,
que cria melhores condições para o preparo
que ele merece ser estudado, a fim de
de suas forças armadas em face desse tipo
identificar-se a sua possível evolução e, dessa
de conflito, que deverá persistir. Segundo
forma, seus reflexos para a defesa brasileira.
esse documento, os conflitos híbridos podem
Em 2013, o então Chefe do Centro de
consistir em ações de forças militares que
Doutrina do Exército publicou artigo sobre
assumem uma identidade não estatal, ou
as operações no amplo espectro, comentando
envolver capacidades combinadas das
sobre a relevância que os estudiosos da
guerra têm dado ao “ambiente híbrido de organizações extremistas violentas. A citada
ameaças”, acrescentando que, nesse contexto, estratégia considera que essa é uma área de
são estabelecidos conceitos como o de guerra conflito em que atores diversos misturam
híbrida, dentre outros (ARAÚJO, 2013). técnicas, capacidades e recursos para atingir
Apesar de citar essa expressão, o autor não seus objetivos. Ela, ainda, esclarece que o
tece outras considerações específicas sobre o conflito híbrido (figura 3) mistura forças
assunto que delineiem o seu conceito. convencionais e irregulares para criar
Como se vê, o tema é atual, relevante e ambiguidade, manter a iniciativa e paralisar
carece de atenção dos estudiosos dos assuntos o adversário, dificultando o processo de
relacionados à defesa nacional. tomada de decisão e reduzindo a velocidade
de coordenação de respostas efetivas. Tal
ABORDAGEM CONCEITUAL modal, de acordo com esse documento, pode
Será a guerra híbrida apenas um nome incluir o uso de forças militares tradicionais
moderno para um procedimento antigo? Essa ou sistemas assimétricos.
é a percepção de BOOT (2015, p. 11), o qual A OTAN tem estudado o tema, conforme
acrescenta que essa prática se tornou mais declarações de militares como o General

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Representação Gráfica da Sequência do Conflito

Conflito entre Estados:


Emprego de forças de vulto e tecnologias
militares sofisticadas, em diversos campos, para
derrotar o inimigo. Pode incluir o emprego de
armas de destruição em massa, sistemas de negação
de áreas e de acesso, sistemas de ataque global, platafor-
mas submarinas, meios cibernéticos avançados, sistemas
contraespaciais, entre outras capacidades.

Fonte: National Military Strategy (EUA, 2015).


CONSEQUÊNCIAS

Conflito Híbrido:
Emprego combinado de forças conven-
cionais e irregulares para criar confusão,
conquistar a iniciativa e paralisar o inimigo.
Pode incluir o emprego de sistemas milita-
res assimétricos e tradicionais.

Conflito não Estatal:


Emprego de pequenas unidades e redes para enfra-
quecer governos e obter o controle das populações.
Pode incluir o emprego de explosivos improvisa-
dos, armamento leve, propaganda e terror.

PROBABILIDADE

Figura 3 – Representação gráfica do Continuum do Conflito

Breedlove, então Comandante Supremo em atuação na Ucrânia.


Aliado da Organização. Além dos militares, Na percepção de GUINDO, MARTÍNEZ e
estudiosos como GUINDO, MARTÍNEZ e GONZÁLES (p. 31 e 32), os EUA afirmam que
GONZÁLES (2015, p. 32) têm tratado do seu sistema de planejamento e as doutrinas
assunto. Segundo esses últimos, a aliança para operações no amplo espectro permitem
tem realizado análises, experimentações e às suas forças estarem preparadas para se
programas de trabalho visando a desenvolver oporem a esse tipo de guerra. Os autores
um conceito contra essa ameaça, haja prosseguem acrescentando que a evolução ou
vista que a Organização já reconhecera a revolução que a guerra híbrida expressa (seus
existência da guerra híbrida e a necessidade meios, métodos e organização) implica que os
de enfrentá-la. Para BREEDLOVE (2015), adversários da superpotência a empregarão
o conceito frequentemente discutido desse para enfrentar os EUA. Segundo eles, é por
tipo de conflito deve ser desmistificado. Na isso que os planejadores devem aprofundar
sua visão, ele consiste na combinação do sua análise do assunto, com a finalidade de
emprego de forças especiais com a guerra adaptar seus planos e gerar as capacidades
cibernética, operações de informação e necessárias.
operações de dissimulação que, segundo Quanto à Espanha, GUINDO, MARTÍNEZ
ele, os russos usaram para tomar a Crimeia e GONZÁLES (2015, p. 20) afirmam que a
e, subrepticiamente, apoiar os separatistas Diretriz de Defesa Nacional (2012) desse
no leste da Ucrânia. “Essa combinação país estabelece que, após os conflitos na
é nova, mas nós já havíamos visto todos primeira década deste século, descortina-
esses ingredientes antes”, disse. Entretanto, se um novo cenário de ameaça híbrida. Eles
reforçando as contradições conceituais, ele a definem como uma combinação entre
admite que, mesmo assim, a guerra híbrida conflito convencional e confronto de natureza
tem possibilitado sucesso aos militares russos assimétrica. Na visão desses autores (p. 32),

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a Diretriz de Defesa Nacional espanhola, múltiplas ferramentas de guerra convencional
de 2012, define de maneira mais clara essa e não convencional”, explicando que se trata
ameaça e reconhece a necessidade de serem da “combinação de ações de forças regulares,
criadas estruturas para enfrentá-la mais forças especiais, forças irregulares, apoio a
pragmaticamente, ainda que considerando as manifestações locais, guerra de informação,
especificidades de o país integrar a OTAN e diplomacia, ataques cibernéticos e guerra
estar sujeito às suas regras. econômica”. A figura 4 facilita o entendimento
Merece também ser destacado que a do conceito em estudo, de acordo com o
Estratégia Nacional de Segurança do Reino documento da Conferência de Segurança
Unido expedida em novembro de 2015 aludido.
menciona a 77th Brigade (counter hybrid A Rússia tem se debruçado sobre o tema
warfare), 77ª Brigada (contra guerra híbrida), em estudo, embora sob outra denominação,
que comporá a Força Conjunta 2025. quer seja a new generation warfare ou
Na perspectiva do Relatório da as revoluções coloridas. Nesse sentido,
Conferência de Segurança de Munique (2015), conforme RÁCZ (2015, p. 36) o livro branco
a guerra híbrida emprega uma ampla gama russo (2003) foi um marco importante na
de ferramentas. Nesse sentido, o documento arte operacional militar russa. Esse livro
a considera como uma “combinação de reflete mudanças na guerra moderna,
Fonte: Relatório da Conferência de Segurança de Munique.

Figura 4: Representação Gráfica do Conceito de Guerra Híbrida

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incluindo a crescente importância da guerra tentarem criar mais uma “revolução colorida”
de informação, bem como o surgimento de na Ucrânia. Portanto, ainda que carecendo
redes de comunicações globais em comando de maior aprofundamento conceitual, seria
e controle e a necessidade de empregar essa a visão russa, a partir do lado oriental
capacidades de ataque combinadas. do prisma que conforma o que é considerado
Gerasimov, Chekinov e Bogdanov, pelo ocidente como guerra híbrida.
especialistas russos em assuntos militares, No Brasil, o manual de fundamentos
têm conduzido estudos sobre o novo caráter EB20-MF-10.103 OPERAÇÕES (BRASIL,
do conflito, conforme se pode constatar nas 2014, p. 3-2), dispõe que, para o Exército
palavras de RÁCZ (2015, p. 37). Esse autor Brasileiro cumprir a sua missão, deve
(p. 36), ainda, afirma que o General Valery preparar a Força Terrestre para emprego,
Gerasimov, então Chefe do Estado-Maior da considerando a realização de operações
Federação Russa, referindo-se à Primavera militares que contemplem todo o espectro
Árabe, descrevera uma nova forma de dos conflitos, o que será realizado por meio
guerra, por ele denominada new generation de seu conceito operativo de operações no
warfare, a qual esse militar considera como amplo espectro. Assemelhando-se muito
a concentração no emprego combinado de ao conceito de guerra híbrida, ainda que,
métodos diplomáticos, econômicos, políticos possivelmente, não contemple a totalidade
e outros métodos não militares, em vez de dos aspectos atinentes aos conflitos híbridos,
lutar uma guerra aberta. O General, conforme despontam as operações no amplo espectro.
Rácz, prevê o uso subreptício da força, Nesse sentido, o citado manual apresenta o
como unidades paramilitares insurgentes e seguinte conceito:
civis, e salienta a necessidade de recorrer- As operações no amplo espectro são, por-
tanto, o conceito operativo do Exército,
se a métodos indiretos e/ou assimétricos. O que interpreta a atuação dos elementos da
pesquisador prossegue afirmando que, de Força Terrestre para obter e manter resul-
acordo com o Gerasimov, as regras da guerra tados decisivos nas operações, mediante a
combinação de Operações (sic) Ofensivas,
mudaram, aumentando a importância dos
Defensivas, de Pacificação e de Apoio a
meios não militares para alcançar objetivos Órgãos Governamentais, simultânea ou su-
políticos e estratégicos, sendo que esses cessivamente, prevenindo ameaças, geren-
meios, frequentemente, são mais eficientes ciando crises e solucionando conflitos arma-
dos, em situações de Guerra e de Não Guerra.
do que apenas o uso das armas. (BRASIL, 2014, p. 3-6).
Destaque-se que o pensamento militar
russo tem considerado as “revoluções Ainda de acordo com o citado manual,
coloridas”, que podem ser caracterizadas como os conflitos contemporâneos têm apresen-
“uma série de mudanças de regime causadas tado características não tradicionais que os
por protestos em várias repúblicas da antiga aproximam de enfrentamentos entre forças
União Soviética, incluindo a Revolução das armadas de um Estado e ameaças híbridas.
Rosas, na Geórgia, em 2003, e a Revolução O mesmo texto prossegue conceituando es-
Laranja, na Ucrânia, em 2004”, conforme sas ameaças da seguinte forma: “atores não
publicado no site russo SPUTNIK NEWS estatais providos de armas sofisticadas (in-
(2014). Nesse sentido, diversas fontes, além do cluindo meios convencionais) e que possuem
Sputnik, se referiram às palavras de Serguei capacidades e utilizam táticas, técnicas e
Lavrov, Ministro das Relações Exteriores procedimentos (TTP), próprios das guerras
russo, proferidas em uma conferência sobre irregulares”. Por sua vez, HOFFMAN (2014)
segurança em 2014, em que o Chanceler considera que as ameaças híbridas são ca-
russo acusa os EUA e a União Europeia de racterizadas por “qualquer adversário que

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emprega simultaneamente uma mistura bem pesquisador acrescenta que, alinhado com o
adaptada de armas convencionais, táticas ir- pensamento militar russo contemporâneo,
regulares, terrorismo, e comportamento cri- atinente à new generation warfare, esse tipo
minal ao mesmo tempo e no mesmo espaço de conflito tem por base o uso combinado de
de batalha para alcançar seus objetivos polí- meios militares e não-militares, utilizando
ticos”. Verifica-se que o conceito apresenta- basicamente todo o espectro do inventário
do pelo manual é restritivo, se comparado ao político de um Estado, incluindo as verten-
descrito por Hoffman, por excluir os atores tes diplomática, econômica, política, social,
estatais. informação e, também, meios militares. Ele
Percebe-se certa divergência entre o que acrescenta que a expressão “conflito de amplo
é considerado pelo manual retromencionado espectro”, que foi desenvolvida, segundo esse
e o disposto pelo Relatório da Conferência de autor, por Oscar Jonsson e Robert Seely, pro-
Segurança de Munique. Enquanto o primeiro porcionaria uma descrição muito mais preci-
restringe as ameaças híbridas a atores não es- sa, mas, como a OTAN começou a descrever
tatais, o segundo é mais amplo. Eis um pon- oficialmente eventos tais como guerra híbri-
to que, oportunamente, da, esse conceito está
merece ser explorado dominando o discurso.
com maior profundi-
Dessa forma, consolida- Na visão de PAIVA
dade. Parece-nos que o se a necessidade de o (2015), oficial-general
conceito adotado pelo assunto ser objeto de pesquisador do Núcleo
relatório é o mais ade- estudos no âmbito da de Estudos Prospectivos
quado, por abranger os defesa do Brasil, haja do Centro de Estudos
demais comentados e Estratégicos do
possibilitar a unificação
vista a importância Exército, é importante
do discurso, facilitando do tema, à primeira que se estude esse tipo
o entendimento do pro- impressão, desde de conflito, “uma vez
blema. Ademais, a par- o nível político, que permite colher ensi-
tir da leitura do conceito implicando, para a namentos para estabele-
de operações no amplo preparação do país, o cer medidas nos campos
espectro, não é possível político e estratégico,
abstrair aspecto essen-
envolvimento do poder visando a identificar
cial na guerra híbrida: nacional em todas as condições objetivas nos
a capacidade de mobili- suas expressões. contextos nacional e
zação popular por inter- internacional, que pos-
médio do uso intensivo e coordenado das re- sam ser exploradas interna ou externamente
des sociais e da mídia, além da forte atuação contra os interesses do país”.
na dimensão cibernética, causando ou incre- Dessa forma, consolida-se a necessidade
mentando o caos social, político e econômi- de o assunto ser objeto de estudos no âmbito
co, inicialmente, seguido do enfraquecimen- da defesa do Brasil, haja vista a importância
to institucional do Estado, criando melhores do tema, à primeira impressão, desde o nível
condições para as ações armadas e a posterior político, implicando, para a preparação do
conquista dos objetivos estabelecidos. país, o envolvimento do poder nacional em
Nota-se que não há convergência con- todas as suas expressões. Destaque-se que a
ceitual acerca da guerra híbrida, o que é re- inexistência de alinhamento conceitual so-
forçado por RÁCZ (2015), o qual demonstra bre o tema não impede que formas inovado-
que esse conceito tem evoluído e, apenas em ras de se fazer a guerra, visando a garantir a
julho de 2014, ocorreu avanço no discurso, surpresa estratégica, mostrem eficácia e efi-
devido à adoção da expressão pela OTAN. O ciência na busca da conquista dos objetivos

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colimados, como se depreende do caso ucra- - Introdução de forças de manutenção da
niano a seguir. paz.
Entre outros aspectos apresentados por
O CASO UCRANIANO Karber, podem ser destacados os seguintes:
Em março de 2015, o Dr. Phillip Karber, - a Rússia realizou o maior transpor-
Presidente da Fundação Potomac, think-tank te de tropas por ferrovia desde a 2ª Guerra
de defesa e política [11], ministrou uma pa- Mundial;
lestra no Centro de Estudos Internacionais e - a Rússia empregou comboios “huma-
Estratégicos (CSIS), nos EUA. Ex-funcionário nitários” e, após a chegada desses à Área
do Departamento de Defesa dos EUA e ana- de Operações, os atentados terroristas
lista de defesa veterano, Karber viajara di- aumentaram;
versas vezes para o leste da Ucrânia. Em sua - a Rússia forneceu equipamento e arma-
apresentação, discutiu a guerra híbrida na- mento a grupos proxies (prepostos); e
quela região, tendo abordado o tema: Hybrid - a Rússia empregou unidades militares
War Campaign of Russia: implications for denominadas grupo tático batalhão (batta-
Ukraine and beyond. lion tactical group), integradas por infantaria
Da apresentação feita por KARBER (2015), mecanizada, artilharia anti-aérea e cavalaria
em que o pesquisador analisa a “Estratégia blindada (trata-se de uma unidade de combi-
do terrorismo patrocinado pelo Estado”, são nação de armas, porém de valor inferior ao de
abordados, dentre outros aspectos e segundo brigada, segundo Karber).
sua visão, as fases e os métodos que a carac- A figura 5 apresenta os quantitativos de
terizam, conforme a seguir. forças supostamente empregadas pelos rus-
1) Fases sos no conflito ocorrido na Ucrânia, segundo
- 1ª: desestabilizar o país e insuflar con- Karber (2015).
flito doméstico; Do exposto, constata-se que o ganho
- 2ª: arruinar a economia, destruir a in- obtido com a guerra híbrida se caracteri-
fraestrutura e causar colapso do Estado; e za pela conjugação de esforços e a negação
- 3ª: penetrar na região de interesse como da identidade do Estado autor das ações.
Adicionalmente, verifica-se a relevância do
um convidado “salvador”, substituindo a li-
preparo para as operações no amplo espec-
derança local com seus próprios agentes e
tro, mantendo meios com poder dissuasório
simpatizantes.
adequados. Assim, dentre outros aspectos,
Enfatize-se que essas fases estão alinha-
fica clara a necessidade de tais ações serem
das às consideradas por RÁCZ (2015), que es-
estudadas detalhadamente e que as Forças
tabelece, em linhas gerais, as seguintes: pre-
estejam preparadas, a fim de se prevenir a
paração, ataque e estabilização.
surpresa estratégica.
2) Métodos
- Criação de estruturas de Estado
LIÇÕES APRENDIDAS DO CASO
marionetes. UCRANIANO
- Infiltração de grande quantidade de ar- A seguir, será apresentada uma síntese,
mamento ilegal na região. adaptada pelo autor, das lições aprendidas do
- Uso de mercenários estrangeiros para conflito ucraniano na visão do Dr. KARBER
destruir a infraestrutura regional e aterrori- (2015):
zar a população. - a força do Estado que emprega a
- Enfraquecimento da economia e blo- guerra híbrida está baseada na agitação e
queio das funções do Estado. propaganda;
- Crise de refugiados forçada. - sociedades etnicamente mescladas são
- Exploração da mídia social e da guerra particularmente suscetíveis à manipulação
da informação. de massa;

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- antes do conflito, foi empregada in- ao emprego de munições termobáricas).
fluência econômica subreptícia e corrup- Destaca-se que certas nações, como o Brasil,
ção para fortalecer as ações do Estado que estão suprimindo alguns tipos de munição
desencadeou a guerra híbrida, assim como de seu arsenal por causa da “Convenção da
comprometer políticos influentes e órgãos de Princesa”; [2]
segurança; - o carro de combate, protegido por blin-
- agentes políticos, forças especiais, vo- dagem reativa, permanece como elemento
luntários e mercenários realizaram ou apoia- central para o combate de alta intensidade e
ram uma variedade de ações como infiltra- as incursões blindadas profundas prevalecem
ção, sabotagem e “assessoramento”; no disperso campo de batalha moderno;
- o conflito de baixa intensidade pode es- - as viaturas de combate da infantaria
calar rapidamente para uma guerra de alta leve, não importa se de rodas ou lagartas, são
intensidade para a qual a polícia, guardas vulneráveis, necessitando de proteção equi-
de fronteira, unidades de segurança e mes- valente à dos carros de combate e de mobi-
mo equipes de operações especiais não estão lidade adequada para o campo de batalha de
preparadas; alta intensidade;
- a artilharia russa utilizou munições - a blindagem reativa neutraliza a maio-
avançadas que, combinadas com os sistemas ria dos fogos diretos anticarro com uma só
de aeronaves remotamente pilotadas (SARP), ogiva, pois poucos países têm mísseis com
causaram 85% das baixas e podem destruir dupla ogiva capazes de penetrar esse tipo de
um batalhão no primeiro ataque (referindo-se blindagem e, em sua ausência, a Infantaria é

Forças Russas e suas Aliadas Desdobradas contra a Ucrânia


(com os reforços recebidos até 21 de janeiro de 2015)
Em Donbas * Na Rússia
Na Fronteira Total
Aliados Russos Na Criméia
com a Ucrânia
Batalhões 10 16 24 2 52
Efetivos 31.430 12.000 42.920 24.500 107.250
Carros de Combate 340 340 260 30 970
Fonte: Karber (2015).

VBTP/VBCI ** 329 720 1.256 266 2.571


Peças de Artilharia 372 173 422 100 1.067
Lançadores de Foguetes 472 92 113 46 723
Veículos Lança-Chamas 4 4 8
Aviões de Combate 150 80 230
Helicópteros de Ataque 78 48 126
Navios de Guerra 30 30
Submarinos 2 2
* A bacia do Donets, comumente denominada Donbas, situa-se no extremo leste da Ucrânia.
** Viatura blindada de transporte de pessoal/viatura de combate de infantaria.
Figura 5: Desdobramento de forças russas e suas aliadas no conflito ucraniano.

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vulnerável; constata-se a importância da obtenção e
- o campo de batalha híbrido é não linear, manutenção da capacidade dissuasória pela
com forças interpenetradas; existência de meios e estruturas para detec-
- a defesa antiaérea densa e sobreposta fez ção, decisão e atuação.
com que os helicópteros de ataque e o apoio
aéreo aproximado da Força Aérea Ucraniana REFLEXOS PARA O SISTEMA DE DEFESA
fossem mantidos fora da área de operações DO BRASIL
por não disporem de contramedidas eletrôni- A guerra híbrida, conforme abordado na
cas e supressão de defesa aérea; abertura deste trabalho, pode não ser pro-
- exércitos dependentes de redes de co- priamente novidade, admitindo-se que a
municação nacionais vulneráveis e sem equi- expressão se situe na esfera do neologismo.
pamentos rádios dotados de criptografia são Também pode ser caracterizada como algo
suscetíveis a congestionamento, intercepta- controverso, segundo indicam os esforços de
ção e a serem alvejados em tempo real; diversos pesquisadores da polemologia, bem
- a guerra eletrônica entrou em uma nova como documentos oficiais de caráter estra-
era na Ucrânia e seus efeitos podem ser ines- tégico comentados. Apesar disso, é uma re-
perados e significativos; alidade da qual podem ser inferidos reflexos
- os SARP são indispensáveis para a inte- para a defesa do Brasil, alguns dos quais se-
ligência operacional e o engajamento de al- rão apresentados a seguir.
vos, e estão se tornando onipresentes no mo- De acordo com TRINDADE (2014), a es-
derno campo de batalha; tratégia da resistência do Brasil ratifica o en-
- a Rússia desdobrou um complexo de re- tendimento de que os Estados, no contexto
conhecimento e ataque no nível tático-ope- das ameaças híbridas, conduziriam a guerra
racional, enquanto a Ucrânia está, no nível irregular paralelamente à convencional, pois,
estratégico, cega em antecipar ofensivas de em sua visão, aquelas incorporam o amplo
vulto e, devido ao tempo de retardo em re- espectro: do convencional ao irregular. Eis
ceber alertas, continuará a ser vitimada pela um possível reflexo para a defesa brasileira:
surpresa; investigar a pertinência e a exequibilidade
- os modernos tomadores de decisão, nas dessa estratégia em um contexto de guerra
democracias ocidentais, não estão prepara- híbrida. Seria essa estratégia a sua versão
dos para as operações disfarçadas, negação, brasileira? Todos os aspectos atinentes ao
duplicidade e dissimulação no “baixo nível” tipo de guerra em estudo estão contemplados
do conflito, nem endurecer contra postura por ela? Será necessário adaptar os planos e
nuclear firme e ameaças diretas no “alto ní- gerar as capacidades necessárias? Embora
vel”, sendo que essa combinação híbrida tem haja, a priori, alguma similitude entre ambas,
implicado “decisofobia” e medo de escalar o não se pode dispensar o aprofundamento de
conflito; e estudos a respeito.
- as sociedades multiétnicas, no proces- Dado o relativo desconhecimento sobre o
so de tentar criar um governo progressista assunto no Brasil e à necessidade de aprimo-
e democrático em meio a reformas domésti- rar-se o saber acerca das TTP a ele relativos,
cas sérias, são particularmente vulneráveis à convém que a guerra híbrida seja perscruta-
guerra híbrida. da por pesquisadores brasileiros, buscando a
Do exposto, verifica-se a necessidade de perspectiva mais adequada à defesa do país.
os decisores político-estratégicos estarem Em virtude de sua complexidade, am-
preparados em face da complexidade que ca- plitude, caráter difuso e necessidade de co-
racteriza a guerra híbrida. Adicionalmente, ordenação de esforços desde o nível político,

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admite-se que o tema extrapole o conceito Focalizando o Exército, verifica-se que,
de operações no amplo espectro e, portan- como reflexo para a instituição, além da ne-
to, mereça ser objeto de estudo no âmbito do cessidade de que sejam realizados estudos
Ministério da Defesa. consistentes acerca do tema, as lições apren-
Um aspecto relevante para as demo- didas do conflito na Ucrânia indicam ser de-
cracias, especialmente para o Brasil, é o di- sejável que a Força dê prioridade à obtenção
reito internacional dos conflitos armados e manutenção de meios e estruturas adequa-
(DICA), área do conhecimento tratada pelo dos (com flexibilidade, letalidade seletiva,
Manual de Emprego do Direito Internacional adaptabilidade, modularidade, elasticidade
dos Conflitos Armados nas Forças Armadas e sustentabilidade),
(BRASIL, 2011). À pri- visando a obter a ca-
meira vista, é possível É desejável que a pacidade necessária
constatar que a guerra Força dê prioridade à para a defesa da Pátria
híbrida se contrapõe obtenção e manutenção em face, também, da
aos princípios bási-
cos do DICA, que são:
de meios e estruturas guerra híbrida. Cabe
distinção, limitação, adequados (com destacar a necessi-
proporcionalidade, flexibilidade, letalidade dade de estudar-se a
necessidade militar e seletiva, adaptabilidade, pertinência nual de
de o ma-
fundamen-
humanidade.
Decorrente dessa
modularidade, tos EB20-MF-10.103
percepção, um dos re- elasticidade e OPERAÇÕES ser atua-
flexos para a defesa do sustentabilidade), visando lizado, de modo a con-
Brasil é a necessidade a obter a capacidade templar, pelo menos,
o conceito amplo de
de esse tipo de con-
flito ser estudado à
necessária para a ameaça híbrida e de
luz do DICA, cabendo defesa da Pátria em guerra híbrida.
questionar-se até que face, também, da guerra Dessa forma, al-
ponto o país ficaria híbrida. meja-se reduzir o hia-
fragilizado em even- to cognitivo acerca do
tual conflito híbrido, tema e despertar os
diante de oponente que tenha liberdade de tomadores de decisão para a importância de
ação quanto ao não atendimento das normas preparar-se o Brasil para enfrentar esse desa-
estabelecidas pelo direito internacional. fio em adequadas condições. Reforçando essa
Como evitar-se que as civilizadas e ne- assertiva, tome-se de empréstimo os dizeres
cessárias regras estabelecidas pela comuni- do André Beaufre:
dade internacional sejam usadas em desfavor “O importante não é mais o presente, mas o
dos Estados signatários do DICA e que o aca- futuro. É essencial ser informado e prever.
tam plenamente? Nesse sentido, veja-se o que Estas duas capacidades determinam dar-se,
hoje, ênfase (e prioridade nas despesas) a
diz BRAVIN (2014): “Para as superpotências
possantes órgãos de informações e de estu-
de hoje, a força na arte da guerra híbrida é dos [...] É aqui, talvez, que repouse a refor-
encontrada não na linha de frente, mas sim ma mais urgente e mais importante se qui-
à margem do direito internacional e nas regi- sermos nos manter à altura de nossa época.”
ões cinzas da política internacional”. (BEAUFRE (1963, p. 55.)

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NOTAS
[1] Disponível em < https://www.google.com.br/trends/explore#q=Hybrid%20Warfare>. Acesso em 18 set.15.
[2] Alusão jocosa ao Tratado de Ottawa, oficialmente conhecido como a Convenção sobre a Proibição do Uso,
Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoal e sobre a sua Destruição, promulgada no Brasil
pelo Decreto nº 3.128, de 5 de agosto de 1999 (BRASIL, 1999). Para dados da ONU, ver: <https://treaties.un.org/
pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XXVI-5&chapter=26&lang=en>. Acesso em 2 AGO 15.

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