Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Your use of the JSTOR archive indicates your acceptance of the Terms & Conditions of Use, available at http://www.jstor.org/page/
info/about/policies/terms.jsp
JSTOR is a not-for-profit service that helps scholars, researchers, and students discover, use, and build upon a wide range of content
in a trusted digital archive. We use information technology and tools to increase productivity and facilitate new forms of scholarship.
For more information about JSTOR, please contact support@jstor.org.
Revista Portuguesa de Filosofia is collaborating with JSTOR to digitize, preserve and extend access to Revista Portuguesa de
Filosofia.
http://www.jstor.org
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
Revista deFilosofía,
Portuguesa Vol.71(1),p.11-25
2015,
©2015byRevista Allrights
deFilosofia.
Portuguesa reserved.
1
DOI10.17990/RPF/2015_71_1_001
Resumo
O presente artigoabordao desafioque conduzHusserlà elaboraçãode uma estratégia
metodológica parainiciaro projetode fundamentação da filosofia
comociênciade rigor.
Analisaos principais
aspectos bemcomoo seualcanceprincipal:
destaestratégia, a abertura
do campofenomenal e a relaçãointencional
comos objetos.Porfim,o artigoapresenta
o
estatuto
transcendental destanovadimensão da relaçãoobjetivacomo mundo.
: epoche,
Palavras-chave Husserl,mundo, transcendental
objetividade,
Abstract
Thepresent paperdealswiththechallenge
thatleadsHusserltodevelopinga methodological
thatmight
strategy providethefoundationofphilosophy
as rigorousscience.Itanalyzes
the
mainaspectsofthisstrategy,
mainly,theopeningofthephenomenal field
andtheintentional
withobjects.
relationship itpresents
Finally, thetranscendental
statusofthisnewdimension
ofobjectiverelation
withtheworld.
Keywords: epoche,Husserl, world
transcendental,
objectivity,
*0 presentetextofoiapresentado
numaconferenciarealizadanoXIXSimposio deFilosofia
Moderna e Contemporâneada Universidade
do Oestedo Paraná(UNIOESTE/ Toledo-PR,
Brasil),nodia9.10.2014.
**DoutoremFilosofia Universidade
(Pontifícia CatólicadoRiodeJaneiro
/PUC-Rio). Professor
doDepartamento deFilosofia
e doPrograma
dePós-Graduação emFilosofia
da Universidade
FederalFluminense - UFF(Niterói-RJ
/Brasil).Coordenadordo GTde Fenomenologiada
AssociaçãoNacionaldePós-GraduaçãoemFilosofia
/ANPOF.
E-mail:cdctourinho@yahoo.com.br
71
Vol. I
Q RPF 2015
Fasc.1 ļ 11-25
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
12 Carlos Diógenese. Tourinho
ência empírica e o mundo natural, ao constatar que tal relação nos impõe,
obrigatoriamente, limitações (na medida em que tudo o que se mostra
empiricamente se mostra "parcialmente", revelando-nos apenas "traços"
ou "esboços" da coisa percebida a partir de uma dada perspectiva), ao
considerar tudo isso, qual a especificidade do recurso metodológico a
ser adotado, sem que fosse negada a existência do mundo, para que este
mesmo mundo pudesse "aparecer verdadeiramente", isto é, para que ele
pudesse reaparecer em sua "totalidade", revelando-se, portanto, como
"fenómeno"? Eis o desafio que se impõe a Husserl: a exigência de adotar
uma estratégia metodológica por intermédio da qual pudesse se abrir um
"campo" [ Feld], especificamente,o que poderíamos chamar, num primeiro
momento, de "campo fenomenal", em cuja imanência tudo aquilo que
aparecesse pudesse, então, se dar originariamentee, portanto,com eviden-
ciação máxima, como "coisa inteira" - ou como o próprio Husserl prefere
nos dizer,no § 3 de Ideias /,pudesse aparecer em sua "ipseidade de carne e
" "
osso" [in seiner leibhaften SelbstheitY- livre das limitações que a relação
empírica com o "mundo circundante" [Umwelt] insiste em nos impor.
Se Husserl se depara com tal desafio metodologico e se vê na
iminência de elaborar uma estratégia para superá-lo e porque elege, em
seu projeto filosóficoanunciado sob o nome de "fenomenologia transcen-
dental", a intenção primária de constituira filosofiacomo uma "ciência de
rigor"- ambição que segundo o próprio autor acompanha a filosofiadesde
as suas origens2- de constituí-la como uma ciência primeira assentada
em fundamentos absolutos e que serviria de referência para as demais
ciências. Tal intenção faria com que a busca por tais fundamentos fosse
de uma ordem tal que obrigasse Husserl a não se contentar com "eviden-
ciações parciais" obtidas através da relação empírica com o mundo, a
não se contentar,portanto, com nenhuma evidência que ficasse aquém de
uma "evidenciação absoluta", própria do que se mostra como dado origi-
nário no campo fenomenal que não é senão o próprio domínio da cons-
ciência intencional. Nas primeiras décadas do século XX, Husserl partia,
então, da ideia de que para fazer da filosofiauma ciência rigorosa, para
construir uma filosofialivre de todas as divergências, livre da ameaça de
um ceticismo que, segundo ele, seria nocivo à própria filosofia,fazia-se
71
Vol.
Q RPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
de Husserl
O DesafioMetodológico 13
71
Vol.
(JŘPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
14 Carlos Diógenese. Tourinho
71
Vol.
1 (JŘPF 2015
Fase
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
O DesafioMetodológico
de Husserl 15
8. Cf.,ibidem,
§ 31,p. 63.
9. Cf.,ibidem,
§32,p. 65.
71
VoL -
1 0 RPF 2015
Fase.
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
16 Carlos Diógenese. Tourinho
71
Vol.
Q RPF 2015
Fasc.l
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
O DesafioMetodológico
de Husserl 17
71
Vol.
Q RPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
18 Carlos Diógenese. Tourinho
71
Vol.
Q RPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
O DesafioMetodológico
de Husserl 19
71
Vol-
Q RPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
20 Carlos Diógenese. Tourinho
§ 16,p. 37.
23. Cf.,ibidem,
71
Vol.
FasciQ RPF 2015
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
O DesafioMetodológico
de Husserl 21
71
Vol.
1 0 RPF 2015
Fase.
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
22 Carlos Diógenese. Tourinho
71
Vol.
1 ffŘPF 2015
Fase.
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
de Husserl
O DesafioMetodológico 23
71
Vol.
0 RPF 2015
Fasc.1
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
24 Carlos Diógenese. Tourinho
71
Vol.
1 Q RPF 2015
Fase.
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions
de Husserl
O DesafioMetodológico 25
4. Conclusão
71
Vol.
1 Q RPF 2015
Fase.
This content downloaded from 128.111.121.42 on Wed, 25 Nov 2015 19:20:51 UTC
All use subject to JSTOR Terms and Conditions