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Aula 1
ROTEIRO DE AULA
Constitucionalismo
1. Definição
I– Sentido amplo
II – Sentido estrito
Garantia de direitos.
Limitação do poder.
1. Evolução histórica
Constitucionalismo antigo (Antiguidade até século XVIII, ou seja, com as
revoluções liberais): neste período, já existia uma preocupação com a limitação do
poder, mas ainda não existiam as Constituições escritas, formais e rígidas como
conhecemos atualmente.
2.1.2. Grécia
2.1.3. Roma
Conforme Ihering, nenhum outro direito foi capaz de conceber a ideia de liberdade, de
um modo mais digno e certo, do que o direito romano.
2.1.4. Inglaterra
Esta etapa do constitucionalismo, que se inicia no século XVIII e perdura até o fim
da 2ª Guerra Mundial, pode ser dividida em duas fases:
a) Supremacia constitucional.
Nos Estados Unidos, além de ter sido criada a primeira Constituição escrita, formal e
rígida, surgiu também a ideia de supremacia da Constituição em substituição à
supremacia do Parlamento.
II – Principais contribuições:
Observações:
Por se tratar de uma Constituição que trata apenas de princípios gerais é menos
suscetível a mudanças.
Embora formalmente ela tenha sido pouco modificada por emendas, informalmente há
várias mudanças de interpretação da Suprema Corte durante os mais de 200 anos de
existência da Constituição (mutações constitucionais).
2– Controle de constitucionalidade.
Nos Estados Unidos não havia monarquia e para que fosse transplantado o sistema de
separação de Poderes, desenvolvido por Montesquieu com base em uma observação
do Direito inglês, foi substituída a figura do Rei pela do Presidente da República.
Assim, o Presidente da República é uma figura criada nos Estados Unidos com o
objetivo de substituir a figura do monarca.
- Constituição prolixa.
Dois anos após a Revolução Francesa foi criada a primeira Constituição francesa
(1791) que era extremamente prolixa – em 1793 foi elaborada uma nova
Constituição com 402 artigos.
Sieyès foi o principal responsável pela formulação das bases teóricas do Poder
Constituinte. Ele possui uma obra intitulada de “O que é o Terceiro Estado?”
(Primeiro Estado Francês = nobreza; Segundo Estado Francês – clero; Terceiro
Estado Francês = povo). Segundo o autor, o verdadeiro titular do Poder Constituinte
é o povo/nação, ainda que muitas vezes o exercício acabe sendo usurpado por uma
minoria.
II – Separação de poderes.
Prússia: “Rechtsstaat”.
Observações:
Críticas às gerações:
Toda geração substitui a anterior. Nesse sentido, seria um equívoco falar em gerações
de direitos fundamentais, pois todos eles coexistem. Por esse motivo, parcela da
doutrina emprega a expressão “dimensões de direitos fundamentais”.
I – Valor: liberdade.
II – Direitos:
Políticos: direitos de participação do indivíduo na vida política. Tem status ativo. Não
havia a amplitude dos direitos políticos de hoje. As mulheres demoraram a votar em
vários países. O sufrágio não era propriamente universal. No Brasil, apenas na década
de 30 é que as mulheres passaram a votar. Havia sufrágio censitário e capacitário.
Os direitos sociais não surgem apenas nessa segunda fase. Na Constituição francesa
de 1791 já havia uma aparição desses direitos, mas eles entram para a história do
constitucionalismo com duas Constituições que surgiram nesse período:
II - A principal
diferença entre o Estado Social e o Estado socialista é a adesão daquele
ao capitalismo.
Valor: igualdade material (fática ou substancial): exige dos Poderes Públicos não um
tratamento isonômico, mas diferenciado para que as pessoas que estão em condição de
inferioridade possam ter igualdade de condições com os mais favorecidos.
Nos Estados Unidos a Constituição sempre foi vista como uma lei ou como um
conjunto de normas. A normatividade constitucional sempre foi reconhecida de forma
plena no direito norte-americano. Todavia, isso não acontecia no Direito europeu
(embora o Abade Sieyes pregasse o dever de obediência à Constituição): as
declarações de direitos não eram consideradas vinculantes (normas programáticas),
sobretudo para o legislador - o legislador era visto como um amigo dos direitos
fundamentais por ser o responsável pela implementação desses direitos. Eram meras
exortações morais para o legislador. Eram normas meramente programáticas.
Surgiu após a SGM e aqui nos países latinos americanos após o fim das ditaduras
militares.
IV – Características:
Boa Ventura de Souza Santos diz que o direito à diferença é o outro lado do direito à
igualdade. Diz que temos o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza; e de
ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.
Bonavides tem colocado nas novas edições de seu livro o direito à paz (como direito
a ser conquistado pela humanidade) como direito de 5ª Geração; Karel Vazak
colocava o direito à paz como direito de 3ª Geração.