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Muito bem, aluno!

Com certeza você já identificou que a ação proposta


pelo seu cliente foi uma ação popular, não foi mesmo? Ela é a única ação
que pode ser proposta por qualquer cidadão para anular ato lesivo à
moralidade administrativa, conforme a previsão do art.5º, LXXIII da CF/88.

O objeto da ação é o Decreto X editado pelo Governador do Estado, logo


você verificou que a ação será endereçada ao juiz de primeiro grau da
Justiça Estadual, eis que não existe foro privilegiado na Ação Popular, ela
sempre é proposta no primeiro grau, como você aprendeu. Você também
não esqueceu que deve recorrer à Lei nº 4.717/65, assim, concluiu que
quem figurará no polo ativo da ação será o Sr. Antonio Augusto, devendo
ser demonstrado o preenchimento dos requisitos legais (art. 1º, §3º) e
juntado aos autos cópia do seu título de eleitor. No polo passivo, estará o
Governador do Estado, afinal foi ele que editou o ato lesivo à moralidade
administrativa, correto? O Banco do Estado de Pernambuco, sociedade
de economia mista integrante da administração pública indireta lesada
pelo ato e o Sr. Martiniano Santos, interessado no ato, não é mesmo?
Assim você seguiu a regra do art. 6º da Lei.

Também lembrou que, conforme determina o art. 7º, I, “a” da Lei, deverá
requerer a citação do réu e a intimação do Ministério Público para
acompanhar a ação.

Muito bem, certamente você observou todos os requisitos formais para a


elaboração de uma peça de excelência: verificou a legitimidade ativa de
uma ação popular do cidadão, que existe um litisconsórcio passivo
necessário, expôs os fatos e fundamentos legais de forma clara, deixou
evidente o cabimento da ação popular, enumerou os seus pedidos e
requerimentos, atribui a causa um valor para fins fiscais e lembrou de
datar a assinar a sua peça.

Agora, vamos conhecer o espelho da peça esperada, aluno?

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ___ VARA DO FÓRUM DA CAPITAL


DO ESTADO DE PERNAMBUCO

ANTONIO AUGUSTO, cidadão em pleno gozo dos direitos


políticos, brasileiro, profissão, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXXX, RG sob
o nº XXXXXX SSP/PE, Título de Eleitor nº XXXXXXXXXX, residente e
domiciliado na XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, vem, respeitosamente, perante V.
Excelência ajuizar a presente

AÇÃO POPULAR

em desfavor de ato praticado pelo Exmo. Sr. GOVERNADOR DO ESTADO DE


PERNAMBUCO, pelo qual editou o Decreto X nomeando para cargo de
Presidente do BANCO DO ESTADO DE PERNAMBUCO o Sr. MARTINIANO
SANTOS, o qual responde a uma ação de execução fiscal pelo não pagamento
de tributos federais relativos ao recolhimento do seu imposto de renda, situação
incompatível com o cargo para o qual foi nomeado, pelo que a posse e exercício
da função pelo mesmo se configura como ato lesivo à moralidade administrativa,
consoante os fatos e fundamentos de direito que se passa a expor:

I - DA CONDIÇÃO DE AUTOR POPULAR – LEGITIMIDADE ATIVA

O Autor Popular, Antonio Augusto, é brasileiro, estado civil,


profissão, com Título de Eleitor nº XXXXXX, e preenche todos os requisitos
necessários para propor a presente ação (art. 1º, Lei nº 4.717/65), haja vista que
se encontra em pleno gozo de seus direitos políticos.
Desta forma, em cumprimento ao disposto no § 3º do artigo
1º da Lei nº 4.717/1965, junta aos autos cópia de seu título de eleitor e do
comprovante de quitação eleitoral, fazendo prova de sua cidadania que o
autoriza a propor a presente demanda judicial.

II - DA LEGITIMIDADE PASSIVA

Já no que diz respeito à condição de legitimado passivo


para responder à presente ação, a Lei nº 4.717/65 dispõe em seu artigo 6º o
seguinte:

“Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e


as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários
ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado
ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
§ 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele
indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as
outras pessoas indicadas neste artigo”. (grifo nosso) (BRASIL, 1965)

O que pretende o autor popular com o manejo da presente


ação é suspender e/ou anular o ato de nomeação (Decreto X) e exercício do
cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco do Sr. Martiniano
Santos, o qual responde à ação de execução fiscal pela sonegação de tributos
federais relativos ao recolhimento do seu imposto de renda, e por isso não
poderia exercer a presidência de uma Instituição Financeira, eis que tal situação
afronta brutalmente o princípio da moralidade administrativa.

Portanto, o Exmo. GOVERNADOR DO ESTADO DE


PERNAMBUCO é parte legítima para figurar no polo passivo da demanda,
juntamente com o BANCO DO ESTADO DE PERNAMBUCO, sociedade de
economia mista, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº....., integrante da
Administração Pública Indireta, a qual é diretamente lesada pelo ato praticado,
e o Sr. MARTINIANO SANTOS, brasileiro, profissão, estado civil, portador do
RG .... e CPF..., residente e domiciliado a ....., beneficiário do ato lesivo
impugnado.
Portanto, no polo passivo tem-se um litisconsórcio
necessário, devendo as três pessoas indicadas ser citadas para responder a
presente ação na forma da Lei nº 4.717/65 que regulamenta o procedimento da
Ação Popular.
III – DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR – ATO LESIVO À MORALIDADE
ADMINISTRATIVA

A Ação Popular encontra amparo na Constituição, em seu


artigo 5º LXXIII, onde se lê:

“Art. 5º (...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. (BRASIL, 1988)

Portanto, a moralidade administrativa é fundamento


suficiente para a propositura da Ação Popular. No presente caso, o objeto desta
ação é o Decreto X editado pelo Exmo. Governador do Estado, o qual atenta
brutalmente contra a moralidade administrativa, uma vez que nomeia para o
cargo de Presidente do Banco do Estado pessoa que responde à ação judicial
POR SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS.

Sobre o princípio da moralidade, a doutrina admite que a


conceituação do conteúdo jurídico do mesmo é muito ampla e de pouca precisão.
Entretanto, o professor Gilmar Ferreira Mendes, objetivamente preleciona que “a
Administração Pública deve pautar‐se pela obediência aos princípios
constitucionais a ela dirigidos expressamente, mas também aos demais
princípios fundamentais, tem‐se que, em sua atuação, deve ser capaz de
distinguir o justo do injusto, o conveniente do inconveniente, o oportuno do
inoportuno, além do legal do ilegal” (MENDES, 2016, p. 886). Portanto, o
princípio da moralidade administrativa deve ser interpretado de forma aliada a
outros princípios fundamentais, como o da proporcionalidade, razoabilidade,
isonomia e outros.
Ora, a violação ao princípio no presente caso é evidente,
eis que a situação fática que se pretende combater depõe contra a probidade do
agente nomeado para o cargo, bem como totalmente incompatível com as
funções que lhes serão exigidas enquanto Presidente de uma Instituição
Financeira. Não pode, dessa forma, o Decreto X ser considerado razoável, justo,
oportuno e conveniente.
Dessa forma, cabível a presente ação, eis que tem por
finalidade a preservação da moralidade administrativa.
IV - DOS FATOS E DO DIREITO

O Exmo. Governador do Estado de Pernambuco, cumprido


as suas atribuições legais, editou o Decreto X nomeando o Sr. MARTINIANO
SANTOS para o exercício do cargo de Presidente do Banco do Estado de
Pernambuco.

Ocorre que, é fato público e notório que o Sr. Martiniano


responde à ação judicial movida pela Fazenda Nacional relativa ao não
pagamento de impostos federais, mais precisamente ao seu imposto de renda.

Ora, como pode uma pessoa que responde por tal fato ser
nomeada para exercer um cargo público de alta responsabilidade, e mais, em
uma Instituição Financeira? Permitir que a referida situação fática se
concretizasse atentaria contra a moralidade administrativa, conforme se
demonstrou no tópico acima.

Esses são os fatos que embasam a presente demanda.

V – DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS:

A) Requer a citação do Excelentíssimo GOVERNADOR


DO ESTADO DE PERNAMBUCO, DO BANCO DO ESTADO DE
PERNAMBUCO E DO SR. MARTINIANO SANTOS para que, no prazo legal,
contestem a presente ação;
B) A intimação do Ministério Público para acompanhar a
presente ação, conforme o art. 7º, I, ‘a’ da Lei nº 4.717/65;
C) A produção de provas através de todos os meios
admitidos em direito;
D) Pede que seja declarado nulo o Decreto X que
nomeou o Sr. MARTINIANO SANTOS para o cargo de Presidente do Banco
do Estado de Pernambuco.

Dá-se a causa, apesar do valor inestimável do bem tutelado, o valor de R$


1.000,00 (um mil reais) para fins fiscais.

Recife – PE, dia, mês e ano.


ADVOGADO
OAB XXXXXX
1. Quais os princípios constitucionais da Administração Pública? Qual a
importância deles?

2. Sabe-se que a Administração Pública tem uma margem de atuação


discricionária. Quando se está diante de uma hipótese de discricionariedade,
como os princípios atuam na atividade administrativa?

3. A previsão constitucional de princípios, aos quais a Administração Pública se


submete, permite uma fiscalização mais ampla da sua atuação pelo Poder
Judiciário. Quais as consequências dessa fiscalização?

4. Diz-se que os princípios constitucionais da Administração Pública são


complementares entre si, o que isso significa na prática?

5. O princípio da impessoalidade possui alguns desdobramentos práticos.


Alguns deles também estão previstos na Constituição Federal, quais são?

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