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FEIRA DE SANTANA – BA

2018
Sumário

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
1 BREVE HISTÓRIA ATÉ A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA EM PERÍCIA ........................ 5
2 PERÍCIAS DE ENGENHARIA ......................................................................................... 7
2.1 ESPÉCIES E TIPOS DE OCORRÊNCIA QUE PODEM ENVOLVER PERÍCIAS DE
ENGENHARIA ........................................................................................................................ 10
2.2 REQUISITOS EXIGIDOS EM UMA PERÍCIA .......................................................... 12
2.2.1 Geral ......................................................................................................................... 12
2.2.2 Essenciais ................................................................................................................. 12
2.2.3 Complementares ....................................................................................................... 13
3 IMPORTÂNCIA DAS NORMAS PARA UM BOM DESEMPENHO DO LAUDO
E/OU PARECER TÉCNICO ................................................................................................... 14
4 DAS ATRIBUIÇÕES DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS NAS PERÍCIAS
JUDICIAIS ............................................................................................................................... 15
5 AÇÕES ONDE ENGENHEIROS E ARQUITETOS PODEM ATUAR NA
ENGENHARIA LEGAL .......................................................................................................... 17
6 FUNÇÕES DO PERITO E ASSISTENTES ..................................................................... 22
7 DIFERENÇA ENTRE LAUDO E PARECER TÉCNICO ............................................... 22
8 O LAUDO TÉCNICO....................................................................................................... 23
8.1 APRESENTAÇÃO DE LAUDOS SEGUNDO A NBR 13752 .................................... 25

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Rua Presidente Lincoln, 169 – A, Serraria Brasil, Feira de Santana – BA. CEP: 44.003-186
Tel.: +55(75) 99123-0888
bernadete.lima@gmail.com
INTRODUÇÃO
A definição de Perícia de Engenharia pela NBR 13.752, de dezembro de 1996, abraça o
foco da especialidade, descrevendo que é a atividade que envolve apuração das causas que
motivaram determinado evento ou da asserção de direitos.
Tal atividade exige conhecimento especializado que incide no planejamento, projeto,
obra em andamento ou concluída, que tem como objetivo, apurar e esclarecer, as causas do
evento em estudo.
O campo da perícia é vasto para todas as engenharias como, também, para arquitetura.
Estes profissionais quando envolvidos nos processos judiciais, tem que estar legalmente
habilitados para que possam atender às perícias no âmbito judicial, administrativo ou
particular.
Para tanto, as atividades básicas desse exame de engenharia são as seguintes:
a) Vistoria e/ou exame do objeto da perícia – constatação geral e específica do
evento em estudo;
b) Diagnóstico dos itens objeto da perícia;
c) Coleta de informações gerais (extrínsecos) – geográficas, climáticas,
ambientais, região, vizinhança, urbanização, melhoramentos públicos, usos,
costumes, dentre outras;
d) Coletas de informações específicas (intrínsecos) – projetos,
especificações, manuais técnicos, normas técnicas e legislações pertinentes,
etc.;
e) Escolha e justificativa dos métodos e critérios periciais;
f) Analise das ocorrências e elementos periciais;
g) Soluções e propostas, quando possível e/;ou necessário;
h) Condições finais e conclusões.
Os conflitos judiciais que envolvem bens imóveis, estes de interesse entre pessoas são
inevitáveis que, em muitos casos, exigem intervenções pelo ordenamento jurídico. Para isto é
necessário que o profissional da área de engenharia ou arquitetura, envolvido nessa questão,
tenha conhecimentos técnicos ou científicos específicos nestas áreas, os quais devem
desenvolver, para a defesa, laudos ou parecer técnicos devidamente fundamentados. Além
destes conhecimentos, o engenheiro ou arquiteto, para desempenhar bem a função de perito,

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tem que estar a par das legislações pertinentes a essa matéria, suas atribuições, as ações que os
envolvem. A partir da perícia seu resultado será dado através do laudo ou parecer técnico.
O laudo é o relatório técnico escrito e fundamentado, emitido por um especialista,
descrevendo o resultado de exames e vistorias, assim como eventuais avaliações com ele
relacionadas.
As normas pertinentes ao assunto norteiam o profissional, na execução das pericias de
engenharia na construção civil. A NBR 13.752/1996 tem como objetivo fixar diretrizes
básicas, conceitos, critérios e procedimentos relativos às pericias de engenharia na construção
civil, a qual é exigida em todas as manifestações escritas nestes trabalhos.
A Engenharia Legal abrange todas as atividades do profissional inscrito no sistema
CONFEA/CREA/CAU que auxiliam na solução de problemas os quais dependem de
conhecimento técnico específico, auxiliando, assim, os magistrados e advogados a esclarecer
problemas técnicos, através da realização das perícias de engenharia.
A NBR 13.752 define Engenharia Legal como o ramo de especialização da engenharia
dos profissionais registrados nos CREA/CAU que atuam na interface direito-engenharia
colaborando com juízes, advogados e as partes para esclarecer aspectos técnico-legais
envolvidos em demandas.
O Perito de Engenharia ou Arquitetura é o profissional habilitado e especialista no
assunto ou objeto da perícia, idôneo e possuidor de conhecimentos técnicos sobre a matéria em
discussão, análise, verificação ou avaliação, para proceder à perícia

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1 BREVE
E HISTÓRIA ATÉ A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA EM PERÍCIA

Desde
esde os homens primitivos já se
reconhecia à necessidade de estabelecer
regras de convivência, as quais deram
início na forma de regras de usos e
costumes e nelas eram instituídos
direitos e deveres pelos membros
m das
antigas sociedades.
Ass perícias aconteceram tanto no
âmbito judicial como no extrajudicial,
sendo que as primeiras, ou seja, as judiciais são em maior número e estão regulamentadas
pelos artigos ns. 421 a 439 do Código de Processo Civil (CPC). E os primeiros relatos
sobre perícias foram encontrados na civilização egípcia e eram utilizadas nas partilhas de
terras em lotes, tirados à sorte e separados por sinais e marcas demonstrantes de seus
limites.
Noo período colonial aparece o primeiro cargo pertinente
pertinente ao Direito que era o cargo
de Ouvidor Mor, que tinha função jurídico-administrativa
jurídico administrativa e suas principais atribuições em
relação à área civil era estudar os conflitos surgidos na Colônia, geralmente entre os
donatários; verificar problemas em obras públicas
públicas em caso de paralisação ou problemas
decorrentes da mesma, dentre outros. Em 1827 são implantadas as primeiras escolas de
Direito no Brasil, localizadas em são Paulo e Olinda e tinha como finalidade formar juízes,
os quais substituiriam os formados em Coimbra. No período republicano, dá início a
elaboração da primeira carta jurídico-política
jurídico publicada no Brasil.. A nova Constituição foi
anunciada em 23 de fevereiro de 1891.
O regulamento 737 de 1850, foi o alicerce da doutrina processual pátria, sendo
utilizado por quase um século, concretizando toda a matéria referente à perícia, ou seja, ao
arbitramento, o qual era denominação dada a esse gênero probatório.
probatório
A prática pericial iniciou no Brasil no período republicano. Com a revolução
industrial dá-se início ao desenvolvimento cultural do país, modifica-se
modifica a legislação

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vigente, surge a nova Constituição e democratização brasileira e começa um novo período
judicial, sendo introduzido a prática pericial.
“A partir da é década de 1950, com a industrialização e o desenvolvimento do pós-
guerra, o crescimento urbanístico das principais cidades, e há uma maior incidência
de ações judiciais envolvendo casos técnicos, com a necessidade da elaboração da
prova técnica, acarretando nomeações de Peritos na área de engenharia” (DEUTSCH,
2013).

Em 1953 é fundado o Instituto de Engenharia Legal no Rio de Janeiro e um dos


fundadores foi o engenheiro Alberto Lélio Moreira, e na década de 1980 ele editou o livro
“’ Princípios de Engenharia de Avaliações’”, sendo este um dos pioneiros da Engenharia
Legal, o qual esclarece o campo de aplicação do engenheiro que atua na área de avaliações
na pericia judicial. Em 14 de novembro de 1954 foi fundado em São Paulo o IBAPE
(Instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia), por intermédio de Helio de
Caires. O primeiro Congresso na área foi realizado em 1974 na cidade de São Paulo,
devido ao aumento de profissionais na área em todo o Brasil e daí foi publicado a 1ª Norma
para avaliações de Imóveis Urbanos – NBR 502/1977. Após o congresso aumenta o
número de institutos os quais congregaram profissionais do ramo por todo o país.
Em países democráticos, a exemplo do Brasil, as disputas judiciais são resolvidas, hoje,
em última instância, pelo poder Judiciário, aplicando e interpretando as leis vigentes sobre a
matéria em questão.

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2 PERÍCIAS DE ENGENHARIA

O Perito Técnico de Engenharia pode atuar em


diversas ações a exemplo de ações judiciais,
administrativas e extrajudiciais, porém nesse
ne
trabalho será dada ênfase às ações judiciais.

A atividade pericial de engenharia dá-se


dá início
quando no tocante ao processo judicial, tem-se
tem se a necessidade de conduzir provas em espécie,
das quais exigem conhecimentos técnicos e especializados de profissionais
profissionais habilitados em
engenharia e/ou arquitetura.

A prova pericial, ou simplesmente


perícia, é aquela que ocorre quando os
fatos envolvem matérias técnicas, que o
juiz não possui conhecimentos para o seu
esclarecimento e análise, devendo
recorrer a um profissional com formação
no assunto,
to, denominado perito, sendo
que as partes indicam também aqueles de
sua confiança, os assistentes técnicos
(NETO, 2008, Cap.3, p.41)

Para direcionar esse trabalho, foram definidos alguns conceitos pertinentes ao assunto,
que favorecerão ao entendimento da matéria tratada, como também esclarece sobre os diversos
tipos de perícia, que envolvem profissionais habilitados de engenharia e arquitetura na
apuração dos fatos.
Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do
laudo. (BRASIL,
(BRAS Código de Processo Civil, 2008, p. 429).

Seguindo o conceito da NBR 13752 (1996), perícia é a atividade que envolve apuração
das causas que motivaram determinado evento ou da asserção direitos.
O IBAPE/SP define perícia como a atividade referente a exame
exame obtido por profissional
especialista, legalmente habilitado, destinada a verificar ou esclarecer determino fato, apurar as
causas motivadoras do mesmo, ou o estado, alegação de direitos ou a estimação da coisa que é
objeto de litígio ou processo.

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A perícia judicial de engenharia exige grau
superior de qualidade, tendo se tornado em
uma especialidade profissional, para
pa ela
existindo Normas Técnicas tanto da
Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT, cogente pelo Código do
Consumidor (artigo 39, VIII), como do
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias
de Engenharia – IBAPE/SP e das Varas da
Fazenda Pública e Acidentes do Trabalho,
em São Paulo ( MEDEIROS NETO e
FIKER, 2009, P.35)

Todos os conceitos dados à perícia de engenharia esclarecem que para desenvolver


a atividade do processo de litígio tem que ser um profissional legalmente habilitado,
habilitado ou
seja, esta atividade é desenvolvida por um profissional da área de engenharia ou
arquitetura, nomeado pelo juiz, o qual recebe o nome de perito.
A NBR 13752 (1996), define o perito como profissional legalmente habilitado
pelos Conselhos Regionais de Engenharia,
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, com atribuições para
proceder a perícia.
As perícias de engenharia se divergem de acordo com os tipos de ações nos
processos judiciais, a saber: Desapropriações; possessórias; reintegração de posse,
reivindicatórias, renovações
ovações e revisões de aluguel; usucapiões; demolitórias; executivas;
servidões; nunciações de obra nova, como também passagem forçada.
forçada
A atividade do perito torna-se
torna se necessária em um processo judicial quando ocorre
dúvida envolvendo questão técnica, pertinente
pertinente ao motivo da ação que pode ser feito sobre
pessoas, coisas móveis, semoventes e em imóveis para verificação de fatos ou
circunstâncias que interessam à causa. Quando esse exame é realizado em um bem imóvel
é denominada de vistoria.
É na vistoria que permite constatar um fato relativo a um bem, o qual constitui em
referência das mais relevantes para eventuais apurações futuras e para isto, a ela deve ser
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executada por profissional habilitado, com conhecimento técnico acerca do objeto em
análise para se ter capacidade de averiguar a real situação do objeto por ocasião da vistoria.

Essa constatação deve ser feita in-loco,, ou seja, não se


caracteriza por exames indiretos, feitos com base em
interpretação de fatos e filmes. Já é de farto conhecimento
que, a despeito das possíveis similaridades entre as diversas
obras, cada uma é, no sentido estrito, um protótipo
otótipo único.
Destarte, não é possível, para uma cabal constatação da
situação de um bem, proceder a exames de bens ou casos
“similares”. A constatação técnica deve
contemplar precisamente
ecisamente o objeto da vistoria
(BURIN E OUTROS, 2009, p. 30).

Como foi dito,, é na vistoria que permite detectar a causa do problema e ela deve ser
feita pelo profissional envolvido no processo, no imóvel envolvido e deve ser feita de
maneira criteriosa para se evidenciar os elementos ou as condições que influenciaram nesse
processo.

Alguns aplicáveis em determinadas perícias conforme a NBR


13.752, a saber:
Aluguel→ pagamento feito ao locador, em contrapartida ao uso do bem ou da
coisa, por determinado período;
Arbitramento→ atividade que envolve a tomada da decisão ou posição entre
Arbitramento
as alternativas tecnicamente controvérsias ou que decorrem de aspectos subjetivos;
Avaliação→ → atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo
ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento;
Bem→ tudo aquilo que se tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser
objetivo de direito, que constitui o patrimônio
patrimônio ou a riqueza de uma pessoa física ou
jurídica. São tangíveis os que podem ser tocados e intangíveis aqueles imateriais
(por exemplo: direitos, patentes, prestígio, fundo de comércio, etc.);
Construção, ato, efeito, modo ou arte de construir;
priação→ transferência feita por iniciativa do poder público,
Desapropriação
unilateral e compulsória, mediante indenização prévia e justa, por utilidade pública
ou interesse social, da propriedade de um bem ou direito do proprietário ao
domínio público;

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Exame→ inspeção, por meio meio de perito, sobre pessoa, coisas, móveis e
semoventes, para verificação de fatos ou circunstância que interessem à causa;
Laudo→ peça na qual, o profissional habilitado, relata o que observou e dá as
suas conclusões ou avalia, fundamentadamente, o valor da coisa ou direitos;
Lide→ conflito de interesses suscitado em juízo ou fora dele;
Cautelar procedimento para prevenir direitos;
Medida Cautelar→
técnico opinião, conselho ou esclarecimento técnico emitido por
Parecer técnico→
profissional legalmente habilitado sobre assunto
assunto de sua especialidade;
Servidão→ encargo específico que impõe a qualquer propriedade em proveito
de outrem;
Usucapião→ → forma de aquisição de domínio, por posse reconhecida em face
da legislação.

Cada perícia
ia judicial existe uma correspondente extrajudicial, através da
organização encontrada no judiciário para as principais ações em que se requerem perícias
de engenharia que são corriqueiras e com algumas exceções. Podem ser feitos, com
antecedência, laudos e pareceres técnicos, os quais deverão subsidiar demandas constando
fatos ou apresentando resultados, ou verificar se são cabíveis e quais as chances de sucesso
do demandante.

2.1 ESPÉCIES E TIPOS DE OCORRÊNCIA QUE PODEM ENVOLVER PERÍCIAS


DE ENGENHARIA

As espécies
écies de perícia que envolve o
especialista em avaliações e perícias são
vastas. Elas podem ser em arbitramento,
avaliações, exames, vistorias, dentre
outras (NBR 13.752, 1996).

Os tipos de ocorrências que envolvem ou


pode envolver à necessidade de perícia são as ações judiciais, ações administrativas e
extrajudiciais.
Na área de engenharia, o campo de atuação de um perito para subsidiar demandas
constando fatos ou apresentando resultados, ou se são cabíveis e quais as chances de
obterem resultados positivos
positivo do demandante são:
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Possessórias→ Reintegração e Manutenção de Posse, Interdito Proibitório,
Usucapião;
Reais Dominiais→ Reivindicatória, Demarcatória, Divisória, Extinção de
Condomínio, Retificação de Registro Imobiliário, Desapropriação;
Ordinárias→ Despejo, Rescisão Contratual, Indenização, Revisional de Valor
Locativo, Renovatória de Contrato de Locação, Obrigação de Fazer, Embargos de
Terceiros, Alienação Judicial;
Cautelares→ Nunciação de Obra Nova; Produção Antecipada de Provas.

Do ponto de vista prático, levando em consideração as mais frequentes no universo


judicial, as perícias podem ser distinguidas em:
Perícia em desapropriação→ é uma ação, na qual o órgão do Poder
Público seja este Municipal, Estadual, Federal ou suas Autarquias e
Concessionárias; decretou a expropriação por utilidade pública, determina contra o
titular da propriedade, para o fim de ser imitado na posse desta e indenização o
expropriado pelo preço que o autor oferece, ou, no caso de contestação, pelo que
decretar o juiz, após a avaliação judicial. O Perito, na desapropriação, objetiva
obter, através da avaliação, a justa indenização pela expropriação de um bem feito
pelo Poder Público, seu agente ou concessionário de serviço público. ). A conduta
técnica prática do perito e dos assistentes técnicos nas desapropriações é apontar a
indenização pelos bens expropriados. Nesse caso será feito avaliação, a qual deverá
considerará como pagamento do preço “a vista”;

Perícia em casos de avaliação de aluguéis em ações


renovatórias, revisionais ou outras similares é necessária quando
nas ações renovatórias relativas a imóveis comerciais e industriais, os quais
envolvem contratos preenchem os termos da antiga Lei de Luvas do Decreto nº
24.150, de 20 de abril de 1934, que regula as condições e processo de renovamento
dos contratos de locação de imóveis destinados a fins comerciais ou industriais;
nos arbitramentos relativos revisionais de locações comerciais (até mesmo os
enquadrados na antiga Lei de Luvas) e residenciais regidos pela Lei nº 8.245 – Lei
do inquilinato, de 18 de outubro de 1991). Isso também ocorre para terrenos pelo
método residual, em sua variante da remuneração de capitais, ou vice-versa, de
benfeitorias (também pelo resíduo);

Perícia em medidas cautelares (vistorias) e nunciações de


obras novas, ações envolvendo direito de vizinhança→ podem
ser determinadas ex officio pelo juiz, a seu critério e em virtude de circunstâncias
ocorrentes no processo. É uma medida preventiva, antes do ajuizamento da causa
principal, ou seja, é a entrega antecipada e provisória da prova, a qual tendo
atendido as providências cautelares, as quais buscarão assegurar o resultado útil
do processo. É feita pelo perito escolhido pelo juiz para fazer a vistoria no imóvel.
O perito tem que retratar os fatos e interpretá-los conforme seus conhecimentos
técnicos, numa linguagem clara, emitindo um juízo de valor jurídico; para isso, o
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autor usa como exemplo as ações de nunciação1 de obra novas em que, a rigor, o
parecer do perito dita ou não, o embargo ou a continuação da obra. Sendo assim, a
responsabilidade desse profissional designado pelo juiz tem grande
responsabilidade, pois definindo pela paralisação da obra, a mesma será suspensa
na sua íntegra, tendo, assim, como consequência a dispensa de mão de obra e o não
cumprimento do cronograma do empreendimento, podendo provocar revide agudo
do construtor;

Perícia em ações reais imobiliárias (possessórias,


reivindicatórias, usucapiões, divisórias e demarcatórias) →
com enfoque na legislação e principalmente pelo Código de Processo Civil, essas
ações se subdividem no que interessa às perícias, em: Reinvidicatórias,
possessórias, de usucapião e relacionadas com servidões; e em seguida,
Demarcatórias e divisórias.

2.2 REQUISITOS EXIGIDOS EM UMA PERÍCIA

Os requisitos se dividem em GERAL, ESSENCIAIS e COMPLEMENTARES.

2.2.1 Geral

São requisitos exigidos em uma perícia que estão diretamente relacionados com
as informações que possam ser extraídos, a priori apenas é estabelecida para
determinação do empenho do trabalho pericial, porém não na garantia da precisão do
trabalho final, independendo da vontade do perito e/ou do contratante.
Estão condicionados à abrangência das investigações, à confiabilidade e
adequação das informações obtidas, como também a qualidade das análises técnicas
efetuadas de forma objetiva pelo perito e estes aspectos serão definidos pela metodologia
empregada, pelos dados levantados, pelo tratamento dos elementos coletados e trazidos
ao laudo e pela menor subjetividade inserida no trabalho.

2.2.2 Essenciais

É necessário o uso de uma metodologia adequada e deve atender a todos estes


requisitos:
 No levantamento de dados deve conter todas as informações disponíveis, os quais
auxiliem o perito na elaboração do parecer técnico;

1
Intimação para que se pare o que se está fazendo, ou embargo.

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 Para garantir a qualidade do trabalho tem que conter a quantidade adequada de
fotografias por cada bem periciado, com exceção dos casos que isso não possa
ocorrer; a apresentação de um croqui de situação, como também memorial dos
bens nos aspectos físicos,
físicos, dimensões, áreas, utilidades, materiais construtivos,
dentre outros que se fizerem necessários; e, identificação e perfeita caracterização
de eventuais danos e/ou eventos encontrados.
Seguindo a mesma linha desta norma, nas pericias judiciais, deve obedecer aos
requisitos essenciais,, porém quando se trata de avaliações, devem ser obedecidas às normas
pertinentes ao assunto, salvo no caso de trabalhos de cunho provisório ou quando a situação
assim o obrigar, porém deve ser perfeitamente fundamentado.

No caso de perícias judiciais, o perito deve redigir seu


parecer e respostas aos quesitos no sentido de
esclarecer tecnicamente os problemas objetos da lide.
Quando as respostas conduzirem a duas ou mais
hipóteses, o perito deverá explicá-las, com
justificações técnicas que permitem ao julgador
decidir as questões de mérito (IBAPE, 2002, p. 6).

2.2.3 Complementares

Tratando de requisitos complementares o conjunto de dados, os quais contribuam para


a execução do parecer técnico deve estar expressamente caracterizado, fazendo uso de todas as
evidencias comprovadas.
Os requisitos complementares, a título
título de exemplo e quando cabíveis no contexto do
objetivo do parecer, é recomendado que se utilize as etapas relacionadas a seguir, para diversas
especialidades da engenharia, as quais poderão garantir melhor detalhes nos aspectos
específicos das questões e quesitos envolvidos, como, vistoria ou exame do objeto da perícia;
perícia
diagnóstico dos itens objetos da perícia;
perícia coleta de informações; análise das ocorrências e
elementos periciais; quando se trata de patologia, apresentar prognósticos de sua evolução,
quando se há possibilidade de diagnosticar;
diagnosticar soluções propostas, quando possível; e por fim,
considerações finais e devidas conclusões.
conclusões

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3 IMPORTÂNCIA DAS NORMAS PARA UM BOM DESEMPENHO DO
LAUDO E/OU PARECER TÉCNICO

Em se tratando de trabalho técnico,


o profissional
nal habilitado tem de recorrer às
normas pertinentes ao assunto para que seja
regulamentado o seu serviço,
serviço por se tratar
de uma atividade técnica desenvolvida por
profissional com qualidade específica, para
apurar e esclarecer fatos, averiguar o estado
de um bem, apurando as causas que
motivaram determinado evento, avaliar
bens, seus custos, frutos ou direitos.
A Norma “Perícias de engenharia na construção Civil”, a NBR 13752 de dezembro de
1996, norteia todo trabalho pertinente às pericias realizadas por engenheiros
engenheiros e arquitetos. Essa
norma norteia o profissional em suas atividades com conceitos, critérios e procedimentos para
a realização dos trabalhos referentes às pericias de engenharia.
Essa norma deve servir como base para todas as manifestações escritas
escrit de trabalhos
periciais de engenharia na construção civil,
civil nela é dito que a responsabilidade da realização de
perícias è exclusivamente de profissionais legalmente habilitados, tanto engenheiro quanto
arquitetos, os quais devem ser orientados como também,
também, obedecer às diretrizes preconizadas
pelas Normas Brasileiras aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
as quais sejam aplicáveis à natureza e espécie do objeto da perícia.
A Lei Federal nº 5.194/66 regulamenta o exercício profissional
profissio das áreas de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e dá outras providências que são estabelecidas no seu
artigo 7º as atividades e atribuições destes profissionais; A Constituição Brasileira determina
“que
que as peças periciais que envolvam as áreas da Engenharia,
Engenharia, Arquitetura e Agronomia
somente terão validade jurídica aceita quando seus autores forem profissionais devidamente
habilitados conforme a Lei”.
”.
A legislação que disciplina a profissão de engenheiro, arquiteto e agrônomo tanto
permite à prática dass perícias como, também, de outras atividades, porém o CDC (Código de
Direito do Consumidor) exige que, na realização de tais atividades referente às pericias, deve

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cumprir às Normas Técnicas, sendo vedado, dentre outras práticas abusivas, colocarem no
mercado
cado quaisquer serviços que não estejam enquadrados
enquadrado nas normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT, com isso justifica à necessidade de que os trabalhos periciais, os
quais exigem técnicas, devem ser desenvolvidos por profissionais habilitados,
habilitado já que são
específicos do conhecimento do profissional que nele milite.

Quando trata de perícia não se pode


abandonar às Leis e seus
complementares, na produção de
provas, para que possa dar
veracidade às ocorrências,
ocorr pois
precisa contextualizar o processo
judicial, cujos alicerces podem
estar acordados em fatos ou normas
jurídicas.

4 DAS ATRIBUIÇÕES DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS NAS


PERÍCIAS JUDICIAIS

Quando se trata de processos judiciais envolvendo bem móvel ou imóvel, geralmente


envolve profissionais da área
área de engenharia ou arquitetura para auxiliar na solução dos
conflitos.
Em 1930 foi regulamentado o exercício do profissional de engenharia, arquitetura e
agrimensores, através do decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933 e nele ficou
explicito às atribuições dos referidos profissionais para elaboração de perícias e arbitramentos.
Em 1939 com a instituição do Código Civil, caracteriza-se
caracteriza se a prática pericial com artigos, os
quais prevêem a nomeação de peritos do juiz e dos assistentes técnicos, indicados
ind ou não pelas
partes, nas ações judiciais.
Ass atividades de engenheiros e arquitetos como peritos foram
foram regulamentadas pela
Resolução 345 do Confea, em 27/07/1990, nos seguintes termos:
VISTORIA → é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e
descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação
indag das causas que
o motivaram;
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ARBITRAMENTO → é a atividade que envolve a tomada de decisão ou posição
entre alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos;

AVALIAÇÃO → é a atividade que envolve a determinação técnica do valor


qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento;
PERÍCIA → é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram
determinado evento ou da asserção de direitos;

A habilitação dos profissionais para atuar como perito está estabelecida na Lei
5.194/66, e esta preconiza um conjunto de artigos que envolvem a Engenharia Legal e a prática
pericial. No artigo 7º definem as atividades e atribuições do engenheiro, do arquiteto e do
engenheiro agrônomo. Nos artigos 13,14 e 15 preconiza que a validade dos trabalhos na área
de Engenharia Legal ficará a cargo de profissionais habilitados no sistema CONFEA/CREA.
Com a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o CAU, pela Lei nº 12.378 de 31 de
dezembro de 2010, o arquiteto tem sua regulamentação de acordo com a Re solução nº 21 de
05 de abril de 2012 e no artigo 2º que deixa claro as seguintes atribuições: vistorias, pericias,
avaliações, arbitragem, laudos e pareceres, dentre outras.
Com embasamento na Constituição Federal, onde estão definidos os direitos e os
deveres de cada individuo na sociedade e, também, o regulamento do exercício das atividades
profissionais de responsabilidade civil. Ele completa afirmando que a Constituição delega às
responsabilidade da prova pericial de engenharia que compete, única e exclusivamente, aos
profissionais habilitados legalmente como Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, respeitadas
as limitações e restrições de cada uma das áreas impostas pela Legislação; mas que para ter
validade jurídica aceita quando estes profissionais forem devidamente habilitados conforme a
Lei e no art. 14º desta Constituição exige que nos trabalhos de engenharia a habilitação do
profissional responsável, juntamente com o número de seu registro no órgão de classe
competente como, também, a assinatura deste.

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5 AÇÕES ONDE ENGENHEIROS E ARQUITETOS PODEM ATUAR NA
ENGENHARIA LEGAL

Muitas são as ações que os engenheiros e arquitetos podem participar fazendo uso de
seu conhecimento e habilidade profissional para auxiliar os profissionais da área jurídicas na
solução de conflitos judiciais.
As ações de maior interesse nas perícias judiciais onde engenheiros e arquitetos podem
atuar são 24 (vinte quatro), como segue:
AÇÕES DE OUTORGA DE ESCRITURA: São movidas pelo compromissário
comprador, logo após o pagamento dos contratados, em que a sentença substitui a omissão do
promitente vendedor, cumprindo em seu lugar o dever de formalizar em escritura o contrato de
compra e venda prometido.
AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: São movidas pelo
compromissário comprador, logo após o pagamento dos contratados, na qual obriga o
vendedor a lavrar a escritura definitiva do imóvel, ou de forma inversa, que este seja
adjudicado judicialmente ao adjudicado2 judicialmente ao adquirente.
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CLÁUSULA ABUSIVA: Quando o contratante,
de posso do contrato, detecta uma clausula abusiva pode pleitear sua anulação, porém se
mantém o restante do contrato. São nulas de pleno direito as cláusulas que contrariem uma lei
de ordem pública, como o Código de Defesa do Consumidor, por exemplo (está explicitado
nela). A jurisprudência majoritária também considera o Código Civil uma lei de ordem pública
(não está explicitado nele).
AÇÃO APROPRIATÓRIA: É aquela pela qual o dono do solo, quando de boa-fé,
promove contra o terceiro de boa-fé, o qual ou plantou sem seu consentimento, no seu terreno,
para pedir sua apropriação, mediante indenização de seu valor (NCC3 artigos 1255 e 1256).
AÇÃO COMINATÓRIA: Quando alguém que é detentor de um direito exige que
outrem faça algo dentro de determinado prazo, ou se abstenha de praticar certo ato, sob pena
contratual ou que seja especificada na exordial4, se nenhuma tiver sido convencionada. Quando
o proprietário ou locatário de um imóvel percebe que está correndo risco devido ao imóvel do
vizinho que encontra-se em ruína ou oferece perigo, entra-se com uma ação contra o seu dono
para que o mesmo seja obrigado a cessar com o incômodo ou ameaça constatada.

2
É um ato judicial por meio do qual se transfere, por ordem judicial, a propriedade ou os direitos sobre um bem
móvel ou imóvel de seu primitivo dono para outra pessoa, que assume a sua titularidade sobre o domínio ou a
posse. Disponível em: http://www.medadvocacia.com.br/adjudicacao.htm. Acesso em 05/01/2015.
3
NCC: Novo Código Civil
4
Folha inicial do parecer. Cabeçalho, indicando a quem é dirigido o trabalho em texto resumido de apresentação
e encaminhamento do parecer. Nele deve constar o nome do solicitante (no caso de laudos judiciais deve constar
o nome do autor), nome dos demais interessados (réus quando se tratar de laudos judiciais), tipo de pericia ou de
ação, e números dos autos do processo (no caso de laudos judiciais) etc. É o resumo e/ou história dos fatos,
acontecimentos, incidentes etc., que resultem na necessidade do parecer (FIKER, 2007)
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AÇÃO DE COBRANÇA DE DIREITOS AUTORAIS: É promovida quando
se deseja cobrar os direitos autorais que pleiteia, com base na Lei dos Direitos Autorais (Lei
9610/1998).
AÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO: é quando precisa
forçar ao cumprimento da entrega de um bom quando se tem um contrato com data prevista. O
consumidor utiliza para obrigar o fornecedor a cumprir com o prometido.
AÇÃO DECLARATÓRIA: Quando o autor, demonstrando legítimo interesse, pede
por sentença, porém sem efeitos executório ou compulsório, seja reconhecida a existência ou
inexistência de um direito, de uma relação judicial, ou da falsidade ou autenticidade de um
documento. Tem como objetivo evitar futuros litígios.
AÇÕES DEMARCATÓRIAS5: Ação para se reavivar os limites de um imóvel
perante seus vizinhos. Compete ao dono de um imóvel com ou sem benfeitorias, com título
singular, contra os imóveis confinantes, para que aviventem ou restaurem por meio de marcos,
as linhas divisórias comuns que estejam apagados ou, também, se corrijam limites confusos.
AÇÃO DEMOLITÓRIA6: Quando um imóvel, ou até mesmo uma marquise,
encontra-se em situação de risco para seu vizinhos ou transeuntes, entra-se com uma medida
cautelar ou incidente, a qual é proposta durante a ação principal, ou até antes desta, a fim de
demolir prédio ou elemento construtivo para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse
público.
AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO: Quando um órgão do Poder Executivo
expropria um imóvel por utilidade pública, propõe contra o título de posse do proprietário, no
qual será indenizado por um valor dado pelo expropriador ou por sentença dada pelo juiz, após
a avaliação judicial.
AÇÃO DE DESPEJO: Ação que compete ao proprietário, locador ou locatário de
imóvel urbano ou rural, contra qualquer ocupante a título de locação, sublocação ou precário, o
qual deverá ser desocupado no prazo legal, sob pena de ser a isso compelido.
AÇÃO DE DIVISÃO7: Ação para que seja dividido o imóvel urbano ou rural, em
partes que couber por direito, por título hábil ou com direito real. Esta ação é meramente
declaratória da propriedade, pode ser cumulada com a de demarcação.
AÇÃO CONTRA ESBULHO8: Quando é solicitado ao Juiz para que este retire
alguém da posse dos bens objeto da lide, que são atribuídos a outrem, e que foi obtido com
violência, grave ameaça ou preterição da norma legal ou de formalidades processuais
indispensáveis.

5
Ver artigos 1297 e 1298 do NCC, e 946 e 950 do Código de Processo Civil (CPC).
66
Ver art. 888, VIII, do Código de Processo Civil.
7
Ver art. 1320 do NCC e 946 do CPC.
8
É a retirada forçada do bem de seu legítimo possuidor, que pode se dar violenta ou clandestinamente. Neste
caso, o possuidor esbulhado tem o direito de ter a posse de seu bem restituída utilizando-se, para tanto, de sua
própria força, desde que os atos de defesa não transcendam o indispensável à restituição. O possuidor também
poderá valer-se da ação de reintegração de posse para ter seu bem restituído.Disponível em:
http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/562/Esbulho. Acesso em: 05/01/2015.
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AÇÃO ESTIMATÓRIA, OU “QUANTI MINORIS”9: Quando se adquire um
bem móvel ou imóvel e é constatado que esse bem é menor na quantidade ou na extensão,
compete ao comprador, pedir que, por meio de arbitradores, se faça abatimento proporcional
no preço ajustado, ou que não era conhecido ou não foi declarado na ocasião da aquisição
desse bem. Isso também pode ser aplicado ao adquirente da coisa que tem vícios10 ou defeitos
ocultos11, mas que apenas diminuir o valor, para pedir redução do preço contratado, porém sem
desfazer do mesmo. Tratando-se de coisa adquirida em hasta pública, esta ação não pode ser
proposta.
AÇÃO “EX EMPTO” OU EX EMPTI”: O comprador de um bem, pode
promover contra o transmitente a fim de obrigá-lo a: a) entregar-lhe a coisa vendida, em sua
totalidade, bem como os seus frutos pendentes, acessórios e título de propriedade da mesma; b)
completar a área determinada do imóvel transmitido, se ela não corresponder às dimensões
enunciadas, ou à rescisão de contrato, ou abatimento proporcional de preço; c) resolução do
contrato, restituição do preço e indenização de perdas e danos, no caso de evicção12 do prédio
vendido.
AÇÃO DE EXECUÇÃO: execução forcada, onde o credor intima o devedor de
título líquido e certo, o qual já venceu, ou outro com igual força, a pagar-lhe dentro do prazo
fixado por lei, a importância da dívida e acessórios; na falta do pagamento poderá ser
penhorado bens que correspondam ao valor da dívida, e à avaliação e subsequente venda dos
mesmos em hasta pública. (arts. 566 e seguintes do CPC).
AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE: Espécie de ação de procedimento ordinário
que compete “a) aos adquirentes de bens para haverem a respectiva posse, contra os alienantes
ou terceiros que os detenham; b) aos administradores e demais representantes das pessoas
jurídicas de direito privado, para haverem de seus antecessores a entrega de bens pertencentes
à pessoa representada; c) aos mandatários, para receberem dos antecessores a posse dos bens
do mandante”.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO13: Ação pela qual o prejudicado em virtude de
violação do seu direito, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência de
outrem, contra ele propõe para exigir o ressarcimento pelo dano causado.
AÇÃO DE INVENTÁRIO: Processo especial no qual é necessário à listagem dos
herdeiros e descrição dos bens do falecido, incluindo os encargos e a avaliação e liquidação da
herança a ser transmitida aos herdeiros ou sucessores. Costuma incluir a partilha, ou seja, a
divisão dos bens do espólio entre os herdeiros.
9
Ver artigos 442, 500, 615 e 616 do NCC. Ver também Ação Redibitória e Ação Ex. Empto.
10
Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos fins a que se
destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. Podem ocorrer de falha de projeto, ou da
execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção (PERÍCIAS DE
ENGENHARIA, 2008).
11
Defeitos são anomalias que podem causar danos efetivos ou representar ameaça potencial de dano à saúde ou
segurança do consumidor, decorrentes de falhas do projeto ou execução de um projeto ou serviço, ou ainda, da
informação incorreta ou inadequada de sua utilização ou manutenção (PERÍCIAS DE ENGENHARIA, 2008).
12
Corresponde ao caso de perda total ou parcial da coisa objeto de compra e venda em virtude de sentença
judicial que reconhece como de propriedade de terceiro antes da transmissão.
13
Ver art. 186 e 927 do NCC.
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AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO: Ordem judicial (chamada edito), a
qual é obtida pelo possuidor da coisa ou do direto real, que se acha sob ameaça de turbação14,
ou esbulho de sua posse, visando impedir violência iminente, com cominação de pena
pecuniária ao transgressor do preceito.
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE15: O possuidor promove contra quem
o perturba na posse da coisa física, seja bem móvel ou imóvel, de que não fora privado, a fim
de que se abstenha da violência e o indenize dos danos ou prejuízos que lhe causar.
AÇÃO MERAMENTE DECLARATÓRIA: Quando se quer comprovar (ou não)
a existência de uma relação jurídica, a qual está prevista em documento, a exemplo de
contrato, como também a sua autenticidade ou até mesmo sua falsidade. Exemplificando: num
contrato quando se prevê um reajuste do débito “’pelo maior índice divulgado’”, o comprador
pode contestar que seja “’declarado’” a sua ilegalidade, ficando mantidas as demais cláusulas
não contestadas.
AÇÃO ORDINÁRIA DE RECISÃO CONTRATUAL: Contestar o distrato
contratual pelo não cumprimento de uma ou mais cláusulas.
AÇÃO DE PARTILHA: Ação pela qual se faz a divisão dos bens do espólio da
pessoa falecida entre seus herdeiros.
AÇÃO POPULAR: Quando se pretende mover uma ação contra um administrador
público, pela má gestão da coisa pública.
AÇÃO POSSESSÓRIA: De forma geral, é toda ação geral na qual tem como
objetivo proteger a posse jurídica da coisa; são os interditos possessórios, ação de manutenção
de posse, a ação de reintegração de posse e o interdito proibitório. Em oposição à ação
petitória.
AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS: Abortada por quem tem o direito de
apurar as despesas de pessoas jurídicas ou físicas que movimentam seu dinheiro (procurador,
administrador de fundos financeiros, etc.)
AÇÃO RED16IBITÓRIA: Quando se adquire um móvel ou imóvel, seja por venda
ou permuta em contrato comutativo e detecta que esta aquisição possui vício ou defeito, o qual
se torna impróprio para uso à que se destina ou diminua o seu valor. O adquirente move a ação
para reincidir o contrato e a restituição do preço recebido pela alienação. Neste caso o
vendedor ficará ainda obrigado ao ressarcimento das perdas e danos verificados, caso
conhecesse o defeito e não o revelou, agindo, assim de má-fé. Esta ação não pode ser alvitrada
relativamente à coisa adquirida em hasta pública.

14
É todo ato externo voluntário, ou fato material, direto ou indireto, manifestamente contrário a posse de outrem,
no todo ou em parte, que é resolvido na ação de manutenção de posse (artigos 499 do cc e 926 do CPC),
(GRANDISKI, 2011)
15
Ver artigos 1210 e 1222 do NCC, e art. 924 do CPC.
16
Ver artigos 441 a 446 do novo Código Civil - NCC
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AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE17: Essa ação é movida quando o
possuidor, em posse de documentação legítima, de coisa móvel de que fora espoliado por
violência, clandestinidade ou precariedade, com o fim de recuperá-la, promove contra o
esbulhador, ou terceiro que o recebeu, ciente do esbulho (Art. 1210 do NCC). Também é
movida pelo vendedor quando o comprador da coisa com reserva de domínio não pagou , e ele
deseja reavê-la.
AÇÃO RENOVATÓRIA18 DE LOCAÇÃO COMERCIAL: Ação promovida
quando o locatário, ou sublocatário, seus cessionários ou sucessores, entra contra o locador de
prédio de uso comercial, ou contra o sublocador e o proprietário, para pedir que seja decretada
a prorrogação do contrato de seu arrendamento, para fim comercial. Esse contrato deve ter um
prazo de no mínimo, cinco anos no qual o autor desta ação esteja instalado e explorando com o
mesmo ramo de atividade e a ação deve ser proposta no máximo até seis meses, no mínimo,
anterior a data da finalização do contrato em vigor. Está tudo bem explicado na Lei do
Inquilinato.
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO: É utilizado quando se paga uma
parcela mais de uma vez e quer a devolução desta quantia paga.
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL: Essa ação é proposta por quem se sentir
prejudicado devido a ação ou omissão de terceiros, com base no artigo 205, § 3º, inciso V do
NCC; sem precedentes no antigo CC.
AÇÃO REVISIONAL19 DE ALUGUEL: essa ação compete tanto ao locador
quanto ao locatário, em qualquer locação quando precisa ajustar o preço do aluguel pago pelo
inquilino ao mercado, decorrido o prazo de três anos do contrato inicial, ou renovado, ou do
último reajuste. Tudo isso está explicito na Lei do Inquilinato.

17
Ver artigo 926 e seguintes do CPC
18
Comerciais – prorrogação do contrato de locação
19
Comerciais e residenciais – valores defasados
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6 FUNÇÕES DO PERITO E ASSISTENTES TÉCNICOS

 Profissional de engenharia ou arquitetura,


legalmente habilitado, capaz e especialista no
assunto, nomeado para realizar uma perícia;
 É escolhido pelo Juiz para elucidar um fato ou
circunstância técnica, desconhecida, tanto pelo
Juiz quanto pelos advogados das partes
litigantes por se tratar de conhecimento técnico
específico pertinente à área da engenharia;
 Possui conhecimento técnico sobre a matéria
em discussão, análise, verificação, avaliação.

 É o profissional legalmente habilitado,


indicado e contratado pelas partes com a
finalidade de orientar e assistir os trabalhos
periciais em todas as fases da perícia, e
quando necessário, ele emitirá seu parecer
técnico;
 O Juiz entende que o trabalho do assistente é
facilitado por tratar apenas da análise crítica do
laudo pericial, porém na maioria dos casos, o
parecer dos assistentes técnicos é necessário,
pois contesta ou aceita o laudo do perito, a
feitura de um novo laudo, o parecer técnico
quando os elementos contidos na peça pericial
não podem ser aproveitados.

7 DIFERENÇA ENTRE LAUDO E PARECER TÉCNICO

 É a fundamentação técnica, escrita pelo Perito,


resultante de exames e vistorias, assim como
eventuais avaliações com ele relacionadas.

 É a opinião, fundamentada, escrita pelos


Assistentes Técnicos indicados pelas partes
nos autos do processo para acompanhamento
da PeríciaJudicial.

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8 O LAUDO TÉCNICO

O laudo pericial é o resultado da


perícia descrito em conclusões escritas
escr e
fundamentadas, no qual deve conter fiel
exposição das operações e ocorrências das
diligências, concluindo com parecer
justificado a respeito da matéria submetida
a exame do especialista e respostas
objetivas aos quesitos formulados ou
deferidos pelo Juízo. O laudo executado pelo perito judicial deve ser objetivo, completo e
concreto, restringido-se
se ao assunto da perícia. Ele inicia com uma introdução com o nome do
interessado, seguido de uma exposição de motivos e objetivos.

 SER OBJETIVO, COMPLETO E


CONCRETO;
 SER CLARO, SIMPLES E DIRETO;
 EVITAR QUALQUER OBSCURIDADE, que
constitua vício capaz de torná-lo
torná inútil;
 SE LIMITAR AO ASSUNTO DA PERÍCIA
 TER ILUSTRAÇÕES PARA FACILITAR
ENTENDIMENTOS, ALÉM DE
FOTOGRAFIAS – anexos;
 RESPONDER AOS QUESITOS DO JUÍZO E
DAS PARTES;
 SER RESULTADO DE UMA PERÍCIA E TER
FUNDAMENTAÇÃO E TER CONCLUSÃO.
CO

O laudo emitir
itir opiniões pessoais que excedam o exame técnico
ou científico do objeto da perícia.

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São partes principais do laudo:
EXÓRDIO → apresentação do tema ou da tese a ser desenvolvida. Deve ser leve,
inciso, provocar uma mudança de comportamento no destinatário, de forma a tirá-lo de
uma posição ou passividade e predispô-lo a ouvir ou ler o discurso.
NARRAÇÃO → narrativa dos fatos que vão motivar o aparecimento da tese
apresentada. Eles devem ser apresentados de forma a justificar uma ação que será
exercida no sentido de dar resposta a esses fatos que clamam por uma solução ou por
uma conclusão.
CONFIRMAÇÃO → exposição da tese para solucionar os problemas apresentados,
ou concluir baseado nela.
PERORAÇÃO → encerramento do discurso em final das conclusões apresentadas,
colocando um final mediante uma frase de fecho conclamando o destinatário a aceitar
a tese exposta.
Existem diversos tipos de laudo, já que as lides acometidas na engenharia são diversas,
como segue:
Laudo: “Parecer técnico escrito e fundamentado e emitido por um
especialista indicado por autoridade, relatando resultados de
exames e vistorias, assim como eventuais avaliações com ele
relacionadas”.
Parecer “Relatório circunstanciado, ou esclarecimento técnico emitido
Técnico: por um profissional capacitado e legalmente habilitado sobre
assunto de sua especialidade”.
Relatório: “Narração ou descrição verbal ou escrito, ordenada
e mais ou menos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ou
observou”.
Vistoria: “Constatação de um fato ou imóvel, mediante exame
circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o
constituem, objetivando sua avaliação ou parecer sobre o
mesmo”.
Inspeção “Vistoria da edificação para determinar suas condições
Predial: técnicas, funcionais e de conservação, visando direcionar o
plano de manutenção”.
Avaliação: Análise técnica, realizada por Engenheiro de Avaliações, para
identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e
direitos, assim como determinar indicadores de viabilidade de
sua utilização econômica, para uma determinada finalidade,
situação e data.
Laudo Judicial: Laudo emitido por perito judicial.

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Laudo Extra Laudo emitido por especialista, que não na qualidade de
Judicial: perito judicial.

Laudo de Laudo para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de


Simples um bem.
Constatação
Laudo Laudo que visa apurar as causas que motivaram determinado
Conclusivo: evento

Laudo com Laudo para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de


Profilaxia: um bem e determinar as medidas a serem tomadas para
sanear eventuais danos.

8.1 APRESENTAÇÃO DE LAUDOS SEGUNDO A NBR 13752

Na apresentação de laudos obedecer às prescrições desta Norma:


a) Indicação da pessoa física ou jurídica que tenha contratado o trabalho e do
proprietário do bem objeto da perícia;
b) Requisitos atendidos na pericia, conforme os requisitos da perícia;
c) Relato e data da vistoria, com as informações relacionadas na vistoria;
d) Diagnóstico da situação encontrada;
e) No caso de perícias de cunho avaliatório, pesquisa de valores, definição da
metodologia, cálculos e determinação do valor final;
f) Memória de cálculo, resultados de ensaios e outras informações relativas à
sequência utilizada no trabalho pericial;
g) Nome, assinatura, número de registro no CREA/CAU e credenciais do perito de
engenharia.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na área judicial, existe uma demanda de processos relativos à engenharia, na qual


permite que o profissional especialista em avaliação e pericia possa atuar, junto ao magistrado,
na produção de prova que possibilite dar segurança na tomada de decisões, na solução de
conflitos.
Tratando de perícia de engenharia, a literatura é escassa, porém as existentes são
escritas por profissionais de grande importância na área acadêmica como, também, na atuação
profissional, os quais demandam de grande experiência nesse ramo da engenharia.
Esta pesquisa bibliográfica demonstra a importância do profissional especialista em
avaliações e pericias no papel de perito judicial ou assistente, o qual auxilia o juiz nas soluções
de lides com mais segurança, devido às provas periciais apresentadas em forma de laudos e
parecer técnicos. Na demonstração da relevância do profissional diante do assunto apresentado,
é necessário que na graduação as universidades disponibilizem disciplina acadêmica, como
também cursos de pós-graduação para qualificar o profissional para atuar, com qualidade,
nesta área muito promissora.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, Nelson Roberto Pereira. Perícias de engenharia / IBAPE/SP. Capítulo 1:
Introdução, p. 16. São Paulo: Pini, 2008.

BRASIL, Código Civil (2002). Código Civil. – Brasília : Câmera dos Deputados,
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ARQ. Ma. BERNADETE CÁSSIA SANTIAGO LIMA ALMEIDA
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