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DO TURISMO NACIONAL
RECIFE
2015
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 2
APRESENTAÇÃO
Tais resultados foram gerados a partir de respostas coletadas por pesquisadores da Fundação
Getulio Vargas em visita a campo nos 65 municípios avaliados, realizada entre os meses de
maio a agosto de 2015. A partir da identificação e do acompanhamento de aspectos objetivos,
gera-se um diagnóstico da realidade local.
A principal finalidade deste documento é permitir que os destinos estudados utilizem essas
informações para planejar e desenvolver vantagens competitivas, norteando a elaboração de
políticas públicas que eliminem, gradativamente, os entraves ao desenvolvimento sustentável
da atividade turística.
Ministério do Turismo
Sebrae Nacional
Fundação Getulio Vargas
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 3
SUMÁRIO
2. RESULTADOS GERAIS............................................................................................................. 9
DIMENSÃO VARIÁVEIS
Capacidade de
ÍNFRAESTRUTURA Fornecimento Serviço de proteção Estrutura urbana
atendimento médico
GERAL de energia ao turista nas áreas turísticas
para o turista no destino
Proximidade de
Sistema de
Acesso Acesso Acesso grandes centros
ACESSO Acesso aquaviário transporte
aéreo rodoviário ferroviário emissivos de
no destino
turistas
SERVIÇOS E Centro de Capacidade dos Estrutura de Capacidade
Sinalização Espaço para Capacidade do
EQUIPAMENTOS atendimento meios de qualificação dos
turística eventos turismo receptivo
TURÍSTICOS ao turista hospedagem para o turismo restaurantes
INDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL
PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa em Recife foi realizada entre os dias 29 de junho e 03 de julho de 2015. Nesse período, o
pesquisador da FGV realizou uma série de entrevistas com diversos atores, públicos e privados,
envolvidos direta ou indiretamente com o turismo, como: prefeito; Secretaria Municipal de Turismo;
outras secretarias municipais (Cultura, Meio Ambiente, Finanças, Infraestrutura ou Obras, Ação Social
etc); representantes dos empresários do setor hoteleiro; representantes dos empresários do setor de
alimentação; representantes dos empresários do setor de receptivo; Sebrae; conselho municipal de
turismo; e instância de governança regional.
Além do levantamento de dados por meio de entrevistas, foram realizadas visitas técnicas aos
principais equipamentos e atrativos turísticos do destino, além dos terminais de chegada ao destino.
Nesta etapa, vários pontos são observados pelo pesquisador, como as principais características físicas
dos atrativos turísticos e da estrutura urbana do destino. Por fim, parte das perguntas é respondida
com base em informações oriundas de fontes secundárias, de abrangência nacional, disponíveis em
nível municipal. O levantamento dessas informações permitiu que fosse preenchido o instrumento de
coleta de dados da pesquisa, composto por mais de 500 perguntas, divididas entre as 13 dimensões
que compõem o Índice de Competitividade.
CALCULO DO ÍNDICE
Estabeleceu-se uma série de critérios junto a especialistas em diversas áreas, com o intuito de definir
a importância e o peso de cada dimensão do estudo. Em seguida, foram atribuídos pontos às perguntas
e pesos também às variáveis.
A soma da pontuação obtida em cada pergunta, multiplicada pelo peso de cada variável, resulta nos
índices de cada dimensão. Os resultados de cada dimensão, por sua vez, foram multiplicados por seu
peso - atribuído de acordo com sua importância para a competitividade - e, mais uma vez, somados.
O resultado desse cálculo corresponde ao índice geral de competitividade do destino.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 7
Para fins de análise, os índices de competitividade foram divididos em cinco níveis, em uma escala
de 0 a 1001:
Para comparar os resultados das últimas edições da pesquisa, é importante observar os critérios
estatísticos nos quais esse levantamento se baseia. Considerou-se que o índice se manteve estável
em casos de aumento ou queda de até 1,0 ponto na comparação dos indicadores entre anos seguidos.
O documento apresenta ainda a média Brasil (média dos indicadores obtidos pelos 65 destinos), a
média das cidades capitais, além da distribuição dos 65 destinos pesquisados em relação aos cinco
níveis de competitividade nas 13 dimensões estudadas.
1 Para o posicionamento em níveis, segundo a escala proposta, utilizou-se o critério de arredondamento das pontuações. Por exemplo:
abaixo de 20,5, a pontuação posiciona-se no nível 1 (entre 0 e 20); acima de 20,6, classifica-se no nível 2 (entre 21 e 40), e assim por diante.
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O índice geral vai indicar o nível de competitividade alcançado pelo destino. Porém, a competitividade
deve ser analisada de forma relativa. Por isso, é fundamental analisar os resultados de forma crítica,
ponderando questões ligadas às suas características geográficas, econômicas e ao posicionamento
do destino, a fim de entender que os resultados de determinada dimensão serão influenciados por
esses fatores. Dessa forma, não se espera que alguns destinos alcancem, necessariamente, o nível
mais alto de competitividade em todas as dimensões. Isso é especialmente aplicado a alguns destinos
não capitais ou que estejam direcionados a nichos específicos de mercado. É importante também
verificar a evolução ao logo do tempo.
Para identificar as áreas onde é preciso melhorar, o destino deve verificar as dimensões com índice
mais baixo e avaliar quais são os aspectos que demandam ações de curto prazo. Para auxiliar nessa
identificação, foram elencados, com base na análise dos resultados e, principalmente, das respostas
obtidas em campo, os principais desafios do destino dentro da temática abordada em cada dimensão.
Além de avaliar seus pontos fracos, o destino deve ter atenção nos seus pontos fortes, pois essas são
fontes de vantagem competitiva. É importante também analisar as dimensões com os melhores índices
e manter a continuidade das ações dentro destes aspectos.
Cabe ressaltar que cada ponto deve ser discutido entre os atores envolvidos com o turismo no destino,
tendo como base uma investigação mais detalhada sobre cada ponto, bem como um planejamento
voltado para o desenvolvimento do turismo.
Além de observar os fatores destacados neste relatório individual, é importante conhecer todos os
fatores avaliados pelo Índice, ainda que o destino já os tenha desenvolvido, pois a continuidade das
ações é fundamental para a competitividade do destino. Para isso, pode-se consultar o capítulo
referente aos Aspectos Metodológicos do Índice na publicação Índice de Competitividade do Turismo
Nacional - Relatório Brasil 2015, em especial a parte que detalha cada dimensão e variável.
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2. RESULTADOS GERAIS
O índice geral alcançado por Recife indica que o destino se situa no nível 4 de competitividade, e
registrou evolução em relação ao último ano da pesquisa. O resultado é superior à média Brasil e
superior à média das capitais, conforme é possível observar no Gráfico 1.
Este índice foi influenciado pelos resultados de cada uma das 13 dimensões avaliadas, apresentados
no Gráfico 2:
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As dimensões com os maiores índices são Capacidade empresarial, Aspectos culturais, Acesso,
Serviços e equipamentos turísticos e Economia local, resultados que atingiram o nível 5, o mais alto
de competitividade na escala utilizada, como é possível verificar no Gráfico 2. Além destas, cabe
destacar o desempenho das dimensões Infraestrutura geral, Atrativos turísticos, Aspectos ambientais,
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 11
Marketing e promoção do destino, Políticas públicas, Aspectos sociais e Monitoramento, com índices
correspondentes ao nível 4 – ainda que haja espaço para melhorias e inovações.
Apesar do índice registrado pelo destino ser considerado satisfatório, por corresponder ao nível 3 de
Competitividade, a dimensão em que o destino registra o menor resultado é Cooperação regional.
Com base nas observações realizadas ao longo da pesquisa, nas respostas obtidas e, em especial,
nos relatos dos próprios entrevistados, é possível destacar alguns dos principais fatores positivos, bem
como os principais desafios para a competitividade do destino:
RESULTADOS CONSOLIDADOS
A tabela 1 consolida os resultados gerais do destino, do Brasil e do grupo das capitais nos últimos três
anos nas dimensões avaliadas.
ÍNDICE GERAL 58,8 59,5 60,0 66,9 68,2 68,6 75,9 76,0 77,2
INFRAESTRUTURA GERAL 68,6 68,2 67,7 75,4 76,3 76,0 84,1 81,5 79,5
ACESSO 62,6 62,2 61,9 74,9 76,0 75,4 81,8 83,3 83,4
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
56,8 58,7 59,0 69,1 71,6 72,3 82,1 82,8 83,2
TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS 63,2 63,4 63,2 62,9 64,2 64,0 76,9 77,8 79,1
MARKETING E PROMOÇÃO DO
46,8 48,4 48,5 50,1 52,2 53,5 61,7 60,7 70,6
DESTINO
POLÍTICAS PÚBLICAS 57,6 58,1 58,9 62,1 63,9 63,9 60,9 70,0 70,6
COOPERAÇÃO REGIONAL 44,6 48,3 50,0 44,2 46,8 47,6 34,8 46,3 49,1
MONITORAMENTO 37,4 36,2 36,3 45,1 44,0 44,6 64,4 63,7 61,6
ECONOMIA LOCAL 63,6 63,6 64,7 75,4 76,0 77,2 84,8 80,4 81,8
CAPACIDADE EMPRESARIAL 61,2 61,9 62,7 86,0 85,8 86,7 92,8 91,7 93,2
ASPECTOS SOCIAIS 59,4 59,7 60,5 63,1 63,9 64,2 73,6 65,1 67,2
ASPECTOS AMBIENTAIS 67,7 67,3 68,2 73,5 74,3 74,9 78,4 75,4 75,6
ASPECTOS CULTURAIS 58,2 62,0 64,0 66,4 70,9 73,1 82,3 87,2 88,6
Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015
2 O resultado Brasil considera a amostra das 65 localidades analisadas. Os resultados das capitais refletem a média dos índices do grupo
de cidades de mesma característica geopolítica.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 14
Variáveis analisadas:
Capacidade de
Serviço de proteção ao Estrutura urbana nas áreas
atendimento médico Fornecimento de energia
turista turísticas
para o turista no destino
Na dimensão Infraestrutura geral, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou abaixo do alcançado
no ano anterior, o que levou o destino a posicionar-se um nível abaixo (nível 4), como é possível
observar no Gráfico 4. Este índice posicionou-se acima da média nacional e acima da média do grupo
das capitais na dimensão.
3 Como ressaltado anteriormente, a totalidade dos quesitos considerados em cada dimensão pode ser conferida no Relatório Brasil 2015,
no capítulo correspondente aos Aspectos Metodológicos do Índice. Optou-se por destacar aqui apenas os principais, para oferecer ao destino
uma análise mais direcionada.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 15
Mau estado de banheiros públicos e abrigos em pontos de ônibus, ainda que existam lixeiras,
telefones públicos e placas com nomes das ruas em boa quantidade e bem conservados nas
áreas turísticas;
Existência de pontos de alagamento frequentes nas Avenidas Mascarenhas de Moraes, Recife
e Domingos Ferreira.
3.2. Acesso
Variáveis analisadas:
Proximidade de grandes
Sistema de transporte no
centros emissivos de
destino
turistas
Na dimensão Acesso, o índice alcançado pelo destino em 2015 permaneceu estável em relação ao
registrado no ano anterior, mantendo-se no nível 5, como é possível observar no Gráfico 6. Este índice
posicionou-se acima da média nacional e acima da média do grupo das capitais na dimensão.
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Variáveis analisadas:
Na dimensão Serviços e equipamentos turísticos, o índice registrado pelo destino em 2015 manteve-
se estável em relação ao registrado no ano anterior, mantendo-se no nível 5, como é possível observar
no Gráfico 8. Este índice posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das capitais na
dimensão.
Variáveis analisadas:
Realizações técnicas,
Atrativos naturais Atrativos culturais Eventos programados
científicas ou artísticas.
Diversidade de atrativos e
equipamentos de lazer
Na dimensão Atrativos turísticos, o índice alcançado pelo destino em 2015 ficou acima do registrado
no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 10. Este índice
posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das capitais na dimensão.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 23
Existência de atrativos naturais para os quais há fluxo turístico, dentre os principais a Praia de
Boa Viagem, o Rio Capibaribe e o Jardim Botânico;
Evidência de conservação ambiental no entorno do principal atrativo natural indicado – a Praia
de Boa Viagem, e boa estrutura física no local, ainda que o Conecta Recife e o estado de
conservação de bancos, placas, lixeiras e banheiros possa melhorar;
Desenvolvimento do projeto Praia sem Barreiras na Praia de Boa Viagem, no qual uma
estrutura é montada aos finais de semana para possibilitar o trânsito de cadeirantes na areia e
o banho de mar em cadeiras anfíbias;
Presença de atrativos culturais com fluxo turístico, dos quais foram indicados como principais:
Instituto Ricardo Brennand, Conjunto Urbanístico e Paisagístico do Bairro do Recife e Museu
Cais do Sertão Luiz Gonzaga;
Boa estrutura disponível no Instituto Ricardo Brennand, ainda que o mesmo não conte com wi-
fi gratuito e página na internet disponível em idiomas estrangeiros;
Existência de eventos programados que atraem turistas, dentre os principais: Ciclo
Carnavalesco, Ciclo Junino e Ciclo Natalino, e estrutura física ótima no local onde acontece o
principal evento programado indicado – o Ciclo Carnavalesco, que dispõe de áreas específicas
para pessoas com deficiências, como o Camarote da Acessibilidade, rampas, passagens
elevadas e banheiros adaptados;
Existência de realizações técnicas, científicas e artísticas que atraem visitantes ao longo de
todo o ano com interesse específico, independentemente de uma data especial no calendário
de eventos, com destaque para o Porto Digital, a Oficina Francisco Brennand e o Paço do
Frevo.
Inexistência de estudo de capacidade de carga ou suporte para o principal atrativo natural para
o controle de visitantes no local com intuito de minimizar o impacto da atividade turística sobre
os recursos naturais;
Inexistência de estudo de capacidade de carga ou de controle do número de visitantes para o
principal atrativo cultural indicado;
Carência de adequações para acessibilidade de cadeirantes e deficientes visuais no Instituto
Ricardo Brennand, ainda que o mesmo apresente facilidades para surdos e deficientes
auditivos (há um vídeo legendado e visita acompanhada por intérprete de libras). Há pontos
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 25
com degraus, como a loja de souvenir e trechos da área externa com calçamento em brita, por
exemplo.
Variáveis analisadas:
Na dimensão Marketing e promoção do destino, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima
do conquistado no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 12. Este
índice posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das capitais na dimensão.
Gráfico 12. Índices Marketing e promoção do destino – destino x Brasil x capitais: 2008-2015
destinos se encontram no mesmo nível que Recife, enquanto a maior parte das localidades
pesquisadas (33) conquistou resultados no nível 3.
Participação contínua em diversas feiras e eventos do setor de turismo, cujos resultados são
avaliados por meio de contagem de relacionamentos estabelecidos e de negócios efetivados e
da elaboração de relatórios com dados como concorrentes e público do evento;
Participação em rodadas de negócios e realização do road show Destinos Mais, em conjunto
com outros destinos de Pernambuco em vários estados brasileiros, em 2014;
Existência da marca promocional intitulada “Recife pra Sempre”, que está presente em diversas
veiculações, e realização de ações de promoção, no ano anterior, como eventos, publicidades,
famturs e presstrips;
Grande variedade de material promocional institucional, produzido pela prefeitura, estado e
CVB, direcionado ao público final, trade, imprensa, organizadores de eventos e investidores, e
disponível em idiomas estrangeiros;
Disponibilidade de serviço de assessoria de imprensa dedicado exclusivamente ao turismo e
acompanhamento de notícias e matérias específicas de turismo, veiculadas na mídia sobre o
destino (clipagem);
Existência do Portal Turismo no Recife, página promocional do destino, lançada em 2014. A
página é muito bem estruturada e rica em informações, está disponível em inglês e espanhol e
conta com versão acessível;
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Existência do aplicativo oficial para smartphones Recife Pra Sempre, e o fato de o destino estar
presente em aplicativos de viagem de abrangência nacional ou internacional (Nativoo e
Decolar);
Disponibilidade de material promocional que apresenta os espaços estruturados para eventos
no destino e de calendário impresso (Acontece no Recife) e disponível no aplicativo oficial e na
página promocional.
Variáveis analisadas:
Na dimensão Políticas públicas, o índice registrado pelo destino em 2015 manteve-se estável em
relação ao conquistado no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico
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14. Este índice posicionou-se acima da média nacional e acima da média do grupo das capitais na
dimensão.
O fato de órgão gestor responsável pelas ações de turismo no destino não ser exclusivo;
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Variáveis analisadas:
Promoção e apoio à
Projetos de Planejamento
Governança Roteirização comercialização de
cooperação regional turístico regional
forma integrada
Na dimensão Cooperação regional, o índice registrado em 2015 ficou acima do alcançado pelo destino
no ano anterior, mantendo-se no nível 3, como é possível observar no Gráfico 16. Este índice foi similar
à média nacional e acima da média do grupo das capitais na dimensão.
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3.8. Monitoramento
Variáveis analisadas:
Na dimensão Monitoramento, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou abaixo do conquistado no
ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 18. Este índice posicionou-
se acima da média nacional e acima da média do grupo das capitais na dimensão.
Variáveis analisadas:
Na dimensão Economia local, o resultado conquistado pelo destino em 2015 ficou acima do registrado
no ano anterior, o que levou o destino a subir de nível na escala de competitividade (nível 5), como é
possível observar no Gráfico 20. Este índice posicionou-se acima da média nacional e acima da média
do grupo das capitais na dimensão.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 36
Cobertura das cinco operadoras de telefonia celular mais populares do país, inclusive com
tecnologia 4G;
Acesso gratuito à internet sem fio em espaços públicos como a orla de Boa Viagem, Recife
Antigo, Mercado São José, Casa da Cultura, Praça da República e Parques da Jaqueira,
Santana e Treze de Maio, ainda que seu funcionamento estivesse frágil na ocasião da pesquisa
de campo e a sinalização pudesse ser melhor;
Existência dos Decretos n.º 24.292/2008 e n.º 27.300/2013, que incentivam a formalização de
estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços e que viabilizam a implementação
da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no destino;
Estrutura do Recife Convention & Visitors Bureau, que abrange o Litoral Sul, o Litoral Norte,
Fernando de Noronha e o Agreste Pernambucano, e que auxilia o destino na captação de
eventos, na promoção e divulgação dos atrativos e no planejamento turístico em curto, médio
e longo prazo;
Realização de seis eventos internacionais (padrão ICCA) no destino, no ano anterior;
Presença de dezenas de empresas com mais de mil funcionários em seu território.
Não foi apontada a existência de benefícios locais de isenção ou redução de impostos ou taxas
para as atividades características do turismo;
Carência de empresas multinacionais de produção de bens (indústrias) no destino;
O fato de o destino não exportar mercadorias de alto valor agregado ou perecíveis para outros
países.
Além destes fatores, dados secundários foram analisados e influenciaram o resultado, tais como: o
PIB, PIB per capita, a receita de serviços do destino, índice Gini, valor da corrente de comércio,
rendimento médio registrado, número de trabalhadores, número de empresas formais, e o saldo de
admissões e desligamentos do destino nas atividades características do turismo, todos referentes ao
último ano disponível.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 38
Variáveis analisadas:
Na dimensão Capacidade empresarial, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do
registrado no ano anterior, mantendo-se no nível 5, como é possível observar no Gráfico 22. Este
índice posicionou-se acima da média nacional e acima da média do grupo das capitais na dimensão.
Além destes fatores, dados secundários foram analisados e influenciaram o resultado da dimensão,
tais como: o saldo de empresas formais nos últimos dois anos; o salário médio, a massa salarial e sua
taxa de crescimento; a taxa de criação de empregos no destino nos últimos dois anos, e o volume de
exportação de bens e serviços.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 40
Variáveis analisadas:
Política de enfrentamento e
prevenção à exploração de
crianças e adolescentes
Na dimensão Aspectos sociais, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do resultado
obtido no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 24. Este índice
posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das capitais na dimensão.
Utilização de mão de obra informal durante a alta temporada, segundo relatos obtidos em
campo, em atividades relacionadas ao turismo, como bares e restaurantes e organização de
eventos;
Identificação de deficiências dos profissionais de turismo de nível técnico-administrativo,
conforme indicado pelos entrevistados durante a pesquisa, principalmente no que se refere ao
conhecimento de idiomas;
Identificação de deficiências dos profissionais de nível operacional, como conhecimento de
idiomas, capacitação técnica e atendimento ao cliente, segundo depoimento dos entrevistados;
Ausência de conscientização formal do turista para o respeito à comunidade local, à cultura e
ao meio ambiente;
Evidências de exploração sexual e do trabalho de crianças e adolescentes relacionadas ao
turismo no destino, especialmente em grandes eventos. Há que se ressaltar também a
presença massiva de pessoas em condição de prostituição em algumas das principais vias
turísticas o destino;
Pouco conhecimento do Disque 100 por parte de empresários do setor e da população em
geral, ainda que existam ações de divulgação do instrumento.
Além destes fatores, dados secundários foram analisados e influenciaram o resultado desta dimensão,
tais como o percentual de habitantes com acesso ao ensino, Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).
Variáveis analisadas:
Estrutura e legislação
Atividades em curso Rede pública de Rede pública de coleta e
municipal de meio
potencialmente poluidoras distribuição de água tratamento de esgoto
ambiente
Patrimônio natural e
Coleta e destinação pública
unidades de conservação
de resíduos
no território municipal
Na dimensão Aspectos ambientais, o índice registrado pelo destino em 2015 permaneceu estável em
relação ao alcançado no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • RECIFE 2015 43
26. Este índice posicionou-se acima da média nacional e foi similar à média do grupo das capitais na
dimensão.
Variáveis analisadas:
Na dimensão Aspectos culturais, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do alcançado
no ano anterior, mantendo-se no nível 5, como é possível observar no Gráfico 28. Este índice
posicionou-se acima da média nacional e acima da média do grupo das capitais na dimensão.
Evidência de atividade artesanal típica, cujo produto é comercializado em locais de fácil acesso
para o turista, como feiras, mercados, lojas e centros de artesanato, e atuação de diversas
associações de artesãos no destino, que fortalece e mantêm a tradição do artesanato local;
Atuação de grupos artísticos de manifestação popular tradicional, como os Maracatus Estrela
Brilhante, Porto Rico e Nação Elefante, que se apresentam com frequência em outras cidades,
estados e países;
Existência de patrimônios imateriais como o Frevo, a Roda de Capoeira e o Ofício de Mestres
de Capoeira, registrados pelo IPHAN, sendo o Frevo registrado também pela UNESCO, com a
nomenclatura “Frevo: arte do espetáculo do Carnaval de Recife”, e registro estadual dos
chamados “Patrimônios Vivos de Pernambuco”, pessoas físicas que têm ou tiveram relevante
papel cultural para a sociedade;
Presença de inúmeros bens tombados como patrimônio histórico e artístico, que constituem
importantes atrativos turísticos;
Disponibilidade de órgãos da administração local responsáveis por incentivar o
desenvolvimento da cultura, a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação de Cultura da
Cidade do Recife e existência de Política, Conselho, Sistema e Plano Municipal de Cultura;
Manutenção de calendário de festas tradicionais populares no último ano e oferta de projetos
formais de turismo cultural, como o Recife da Gente e o Recife Sagrado, elaborados pela
Secretaria de Turismo e Lazer.