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MINIMIZAÇÃO DO RISCO POR

DEFICIÊNCIA HÍDRICA EM ARROZ DE


SEQUEIRO NA REGIÃO DOS CERRADOS
MINIMIZAÇÃO DO RISCO POR
DEFICIÊNCIA HÍDRICA EM ARROZ DE
SEQUEIRO NA REGIÃO DOS CERRADOS

Beatriz da Silveira Pinheiro


Luís Fernando Stone
Silvando Carlos da Silva

Embrapa Arroz e Feijão


Santo Antônio de Goiás, GO
novembro/2000
Embrapa Arroz e Feijão. Circular Técnica, 36.

Comitê de Publicações
Carlos A. Rava (Presidente)
Emílio da Maia de Castro
Flavio Breseghello
Luiz Roberto Rocha da Silva (Secretário)

Edição
Área de Comunicação Empresarial - ACE

Revisão gramatical:
Vera Maria Tietzmam Silva

Diagramação
Fabiano Severino

Capa:
Rejane Martins de Oliveira

Normatização Bibliográfica
Ana Lúcia D. de Faria

Tiragem: 1000 exemplares.

CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação.
Embrapa Arroz e Feijão.

Pinheiro, Beatriz da Silveira.


Minimização do risco por deficiência hídrica em arroz de
sequeiro na região dos cerrados / Beatriz da Silveira Pinheiro, Luís
Fernando Stone. Silvando Carlos da Silva. - Santo Antônio de
Goiás : Embrapa Arroz e Feijão, 2000.
39 p. - (Circular Técnica / Embrapa Arroz e Feijão. ISSN 1516-
8476 ; 36)

1. Arroz - Deficiência Hídrica. 2. Cerrado. I. Stone, Luís


Fernando. II. Silva, Silvando Carlos da. III. Título. IV. Série.

CDD 633.17991 - 21. ed.

© Embrapa 2000
APRESENTAÇÃO

Devido à sua rusticidade e tolerância a solos ácidos, o arroz de sequeiro


desempenhou um papel estratégico nas décadas de 60 e 70, durante
a abertura dos cerrados, atuando como cultura pioneira. Contudo, a
alta probabilidade de ocorrência de veranicos na região, associada à
baixa adoção de tecnologias, gerou muitas perdas de lavouras e
solicitações de seguro agrícola, criando um conceito negativo para a
cultura.
A redução de áreas por desbravar na região dos cerrados e a competição
com culturas mais atrativas sob o ponto de vista comercial provocaram
a redução gradual da área ocupada com arroz de sequeiro de 4,5
milhões de ha para menos de 2 milhões. Concomitantemente, com a
migração da orizicultura para regiões mais favorecidas quanto ao
risco climático, ocorreram acréscimos de produtividade, contribuindo
para a melhoria da imagem da cultura perante os produtores, que
passou então a ser referida por “arroz de terras altas”, terminologia
mais condizente com a sua nova situação.
Contudo, deve ser considerado que, mesmo nesse novo contexto, o
risco para a cultura não foi de todo excluído e que áreas sujeitas a
risco moderado no passado podem ser novamente incorporadas para
cultivo com arroz, com maior segurança de obtenção de boas safras,
desde que sejam observadas as devidas recomendações técnicas. Com
isso em mente, o presente documento procurou reunir e disponibilizar
ao público interessado os principais resultados da pesquisa com arroz
de terras altas desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão, incluindo a
caracterização da resposta de cultivares à deficiência hídrica, as práticas
de manejo da cultura e a caracterização do risco climático nas diversas
regiões produtoras no país. Esperamos que as informações e
recomendações aqui contidas sejam utilizadas para embasar e nortear
essa atividade agrícola tornando-a um empreendimento rentável e
competitivo, minimizando riscos e elevando os níveis de produtividade
e qualidade do produto.

Pedro A. Arraes Pereira


Chefe da Embrapa Arroz e Feijão
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................ 9

2 ELEMENTOS CLIMÁTICOS.............................................. 10
2.1 Padrão de chuvas anterior à estiagem .................... 10
2.2 Radiação solar, temperatura e umidade relativa do ar . 10

3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO SOLO ...................................... 13


4 FATORES DA PLANTA .................................................... 16
4.1 Resistência à seca ................................................. 16
4.2 Fases de desenvolvimento da planta ...................... 19
4.3 Nível de crescimento da cultura ............................. 23
4.3.1 Parte aérea .................................................. 23
4.3.2 Sistema radicular ......................................... 24
5 MANEJO DA CULTURA .................................................. 26
5.1 Efeito do preparo do solo ...................................... 26
5.2 Adubação ............................................................ 29
5.2.1 Profundidade de aplicação de adubo e de cal-
cário .......................................................... 29
5.2.2 Adubação NPK ........................................... 30
5.3 Época de plantio .................................................. 32
5.4 Espaçamento e densidade de plantio ..................... 36
6 CONCLUSÕES ............................................................... 36

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 37


MINIMIZAÇÃO DO RISCO POR DEFICIÊNCIA HÍDRICA EM
ARROZ DE SEQUEIRO NA REGIÃO DOS CERRADOS

Beatriz da Silveira Pinheiro1, Luís Fernando Stone1 e Silvando Carlos da Silva2

1 INTRODUÇÃO

Na Região Centro-Oeste do Brasil, o comportamento de chuvas


é monomodal, com uma média de 1543 mm/ano, distribuídas,
principalmente, durante os meses de outubro a abril. Apesar de
essa quantidade de chuvas ser suficiente para suprir as necessidades
hídricas da cultura, sua distribuição é irregular e períodos de estiagem
de duração variável podem comprometer seriamente o sucesso
produtivo na região.
Por outro lado, deve-se considerar que a falta de chuvas, por
um período limitado de tempo durante o desenvolvimento das plantas,
não significa obrigatoriamente uma situação de deficiência hídrica.
Esta será observada somente quando a falta de água na planta
comprometer os processos determinantes da produtividade biológica
e de grãos.
A suspensão das chuvas ocasiona um forte aumento da
demanda evaporativa da atmosfera, pela associação com o
incremento da radiação solar, da temperatura do ar e do déficit de
pressão de vapor. No início da estiagem, a planta consegue fazer
frente à nova demanda transpirativa pelo incremento na absorção
de água do solo. Se o solo estiver sem impedimentos físicos e bem
suprido de água e se a planta possuir um sistema radicular capaz de
explorá-lo de forma adequada, um período curto sem chuvas pode
não ser suficiente para induzir deficiência hídrica.
Por outro lado, em uma situação em que a camada de solo
explorada é pequena, devido a impedimentos no perfil, ou ao limitado

1
Pesquisador, Dr., Embrapa Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, CEP 75375-000
Santo Antônio de Goiás, GO.
2
Pesquisador, M.Sc., Embrapa Arroz e Feijão.
desenvolvimento do sistema radicular, a planta muito rapidamente vai
deprimir a reserva útil de água do solo e entrar em déficit, comprometendo
os processos fisiológicos básicos. Portanto, no estabelecimento de
deficiência hídrica, interagem, além da falta de chuvas propriamente
dita, elementos climáticos e do solo, além de características da própria
planta. Dessa forma, é pouco eficiente estimar-se a perda de produtividade
com base apenas no número de dias sem chuva. Os fatores que irão
mediar a resposta da planta são discutidos a seguir.

2 ELEMENTOS CLIMÁTICOS

2.1 Padrão de chuvas anterior à estiagem

O efeito deste fator sobre a velocidade de instalação da


deficiência hídrica é bastante óbvio. Locais e anos em que a
distribuição de chuvas é homogênea e constante, permitindo o
carregamento do perfil do solo e o estabelecimento de uma grande
reserva útil de água no período que antecede ao veranico, apresentam
uma nítida vantagem em relação a situações em que as chuvas são
de pequena intensidade e menos constantes.

2.2 Radiação solar, temperatura e umidade relativa do ar

Os dois primeiros elementos, que são intensamente


relacionados, determinam juntamente com a umidade relativa do
ar, a evapotranspiração potencial, isto é, o máximo volume de água
que pode ser perdido por evaporação e transpiração conjugadas.
Normalmente, durante um período de estiagem na região dos
cerrados, a radiação solar e a temperatura do ar alcançam valores
expressivos, podendo atingir até 600 cal/cm 2 /dia e 40 o C,
respectivamente. Por sua vez, a umidade relativa do ar pode reduzir-
se até valores próximos dos observados na estação seca, qual seja,
em torno de 45%.
Nessa situação extrema, a evapotranspiração da planta de arroz
pode atingir valores de 9 a 10 mm/dia. Em condições de campo, esta
informação é difícil de ser obtida. Normalmente é utilizado o tanque
Classe “A” para sua estimativa. Apesar de esse tanque ser um
equipamento de baixo custo, sua instalação deve ser feita em condições
especiais, em posto meteorológico, e a leitura realizada por observador

10
meteorológico com treinamento adequado. Para o cálculo da
evapotranspiração máxima do arroz, multiplica-se a evaporação no
tanque Classe “A” pelo coeficiente do tanque (Kp) e pelo coeficiente
de cultura (Kc). O Kp varia em função do tamanho e do tipo da bordadura
(grama ou solo nu), da velocidade do vento e da umidade relativa do
ar. Valores de Kp para diferentes situações podem ser encontrados em
publicações específicas (Doorenbos & Kassan, 1979; Stone & Silveira,
1995).
O Kc varia em função da fase de desenvolvimento da cultura do
arroz (Figura 1), mas em cada fase pode ser considerado constante,
para um dado tipo de planta, sob determinadas práticas culturais (Stone
& Pereira, 1994; Stone & Silva, 1999). Entretanto, quando o tipo de
planta é modificado, como no caso das novas cultivares de arroz de
sequeiro de tipo de planta moderno (arroz de terras altas), que
apresentam menor porte e folhas mais eretas do que as cultivares de
tipo de planta tradicional, e as práticas culturais são modificadas com
a redução no espaçamento, de 50 cm para 20 cm entre linhas e aumento
na adubação, o índice de área foliar aumenta e o Kc é alterado (Figura
2). Isto tem como conseqüência maior requerimento de água e, portanto,
maior suscetibilidade à deficiência hídrica.
Utilizando os valores de Kc apresentados nas Figuras 1 e 2, e os
dados de precipitação para duas localidades da região dos cerrados,
aplicou-se modelo de simulação do balanço hídrico para estimar o
requerimento de água e o número de dias de déficit hídrico a que
estariam submetidas três cultivares de arroz de sequeiro, duas de tipo
de planta tradicional (ciclo médio e ciclo curto) e uma de tipo de
planta moderno. De acordo com os dados gerados pela aplicação do
modelo de simulação, apresentados na Tabela 1, há menor risco de
deficiência hídrica para a cultivar tradicional de ciclo curto, devido ao
seu menor requerimento hídrico. Para a cultivar de tipo de planta
moderno, desenvolvida para cultivo sob irrigação suplementar ou para
regiões favorecidas quanto à distribuição de chuvas, existe alto risco
de deficiência hídrica quando cultivada fora destas condições, por
causa do seu alto consumo de água.

11
1,6
1,5 #110 dias
1,4 ' 135 dias
1,3 ' '
Coeficiente de cultura

'
1,2 # '
# #
# #
# ' ' '
1,1
1 # '
0,9 # ' '
#
0,8 '
'
0,7 #
0,6 #
0,5 '
0,4 '
0,3
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Dias após a emergência

Fig. 1 Coeficientes de cultura (Kc) durante o ciclo de desenvolvimento de dois


genótipos de arroz de sequeiro de tipo de planta tradicional, de ciclo médio
(135 dias) e de ciclo curto (110 dias).
Fonte: Steinmetz et al. (1985).

2,5

2
Coeficiente de cultura

1,5

0,5

0
40 60 80 100 120
Dias após a emergência
Fig. 2 Coeficiente de cultura (Kc) durante o ciclo de desenvolvimento da cultivar
de arroz Maravilha, de tipo de planta moderno, semeada no espaçamento
de 20 cm entre linhas.
Fonte: Stone & Silva (1999).

12
Tabela 1 Requerimento de água, obtido por aplicação de modelo de simulação
do balanço hídrico, de cultivares de tipo de planta tradicional de sequeiro,
de ciclo curto e ciclo médio, em comparação com a cultivar Maravilha,
de tipo de planta moderno, considerando a data de semeadura de 15
de novembro, em duas localidades na região dos cerrados.

Requerimento Precipitação Déficit hídrico


Cultivar/ciclo de água (mm) pluvial (mm)
dias mm
(Rio Verde, GO)
Ciclo curto1 462,9 887,3 4 20,2
Ciclo médio2 590,4 1063,4 6 49,8
Maravilha3 834,7 1063,4 20 251,0
(Ituiutaba, MG)
Ciclo curto1 497,8 738,4 2 28,2
Ciclo médio2 669,1 894,1 7 108,4
Maravilha3 1028,7 894,1 30 462,0
1
Ciclo de 110 dias, espaçamento de 40 cm; 2Ciclo de 135 dias, espaçamento de 40
cm; 3 Ciclo de 135 dias, espaçamento de 20 cm.

3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO SOLO

Os solos de cerrado possuem normalmente boas características


físicas, em termos de porosidade, permeabilidade e profundidade, não
limitando, em condições normais, o desenvolvimento do sistema
radicular. Mas, por outro lado, mesmo os solos de cerrado com maior
teor de argila possuem uma baixa capacidade de armazenamento de
água. Chuvas abundantes, além de resultar em excessivo escorrimento
superficial e percolação profunda, podem também causar lixiviação de
nutrientes.
A estimativa do conteúdo de água do solo pode ser obtida pelo
método gravimétrico. Apesar de ser um método bastante simples, requer
trado para amostragem do solo, latas herméticas para acondicionamento
das amostras, balança de precisão e estufa para secagem. Além disso,
é requerido um bom conhecimento da variabilidade do solo da lavoura
para determinar os locais a serem amostrados, o número de amostragens
e as profundidades do perfil a serem considerados. Já o estabelecimento
da curva de retenção de água do solo, que relaciona o conteúdo de
água do solo com a força (tensão) com que ela está retida (Figura 3),

13
só pode ser feito em laboratório. A curva é determinada a partir de
amostras indeformadas, coletadas com anéis apropriados, submetidos
a diferentes tensões, com auxílio de placas porosas, em câmaras de
pressão. A avaliação da curva de retenção permite uma estimativa
rápida da disponibilidade de água no solo para as plantas, na
profundidade de solo considerada. Assim, pode-se determinar a
quantidade máxima de armazenamento de água (capacidade de campo)
ou o armazenamento em qualquer tensão de água do solo.
A Tabela 2 apresenta o conteúdo de água, retido em solos
representativos da região dos cerrados, ao longo do gradiente de
tensões. Para os três primeiros, de textura argilosa, considerando-se
um perfil de solo de 50 cm, a tensão de 8 kPa como capacidade de
campo (CC) e 30 kPa como a tensão adequada para irrigação, a
água disponível para a planta de arroz seria igual a 13,0 mm, 14,5 mm
e 30,0 mm, respectivamente. Para os dois últimos, de textura arenosa,
considerando-se 6 kPa como CC, a água disponível seria igual a
1,5 mm e 9,0 mm, respectivamente. Considerando uma demanda
atmosférica de 6 mm/dia, a água armazenada seria suficiente, para
atender de 0,3 a 1,5 dia, nos solos arenosos e de 2 a 5 dias nos
argilosos.

0,4
Umidade volumétrica (cm3/cm3 )

0,35

0,3

0,25

0,2
0 250 500 750 1000 1250 1500
Tensão matricial da água do solo (kPa)

Fig. 3 Curva característica de retenção da água para solos típicos dos


cerrados.

14
Tabela 2 Caracterização de solos de cerrado de cinco localidades e diferentes texturas, quanto ao teor de água
retido nas tensões compreendidas entre 6 e 1500 kPa. (8 kPa: capacidade de campo; 30 kPa: necessidade
de irrigação; 1500 kPa: ponto de murcha permanente)

Tensão do solo (kPa) Textura (g/kg) Classificação


Localidade 6 8 30 100 1500 Argila Silte Areia Textural

------------ Teor de água (% de volume) ------------

15
Nerópolis-GO 35 33,2 30,6 26,6 26,5 395 290 315 Franco-Argiloso

Santa Fé de Goiás 25,5 24,5 21,6 16,9 16,9 285 100 615 Franco-Argiloso-
Arenoso

Dourados-MT 42,5 40,8 34,8 31,1 30,2 535 340 125 Argila

Barreiras-BA 15,9 15,6 15,6 15,0 14,5 170 90 740 Franco-Arenoso

Jussara-GO 17,1 15,3 15,3 13,8 13,2 160 40 800 Franco-Arenoso


4 FATORES DA PLANTA

A planta de arroz é considerada como uma espécie semi-


aquática e sua evolução para terras altas é relativamente recente na
escala evolutiva. Talvez por essa razão ela possua uma menor
resistência à seca, em relação a espécies adaptadas a essa condição,
como milho, sorgo, soja e milheto, dentre outras.
Vários fatores intrínsecos à planta de arroz atuam, juntamente
com os fatores de solo e de clima, na determinação da resposta à
seca.

4.1 Resistência à seca

A Figura 4 apresenta a comparação de quatro grupos de


cultivares, submetidos à deficiência hídrica por 20 dias no período
reprodutivo. As cultivares nacionais melhoradas, de tipo de planta
tradicional de sequeiro (grupo Japonica), apresentam nota inferior
e, portanto, uma maior resistência à seca do que cultivares melhoradas
de tipo de planta moderno (resultantes do cruzamento entre Japonica
e Indica) e do grupo irrigado (grupo Indica), sendo mais similares às
cultivares africanas (grupo Japonica). Esses grupos varietais e tipos
de planta são descritos por Pinheiro (1999).
A grande maioria das cultivares recomendadas para cultivo
na região dos cerrados, lançadas no período 1986-1993, possui o
tipo de planta tradicional de sequeiro (porte alto, perfilhamento
baixo, folhas longas e decumbentes). São, em sua maioria, oriundas
de cruzamentos no grupo Japonica, envolvendo cultivares nacionais
melhoradas, como a IAC 47 e a IAC 25, e cultivares africanas, como
a 63-83 e a IRAT13. Da mesma forma que seus progenitores,
classificam-se como moderadamente resistentes à seca (Tabela 3).
Por outro lado, os lançamentos a partir de 1996 são
predominantemente cultivares de tipo de planta moderno (porte e
perfilhamento intermediário, folhas eretas), provenientes de
cruzamento entre os grupos Japonica e Indica, visando a melhoria
do tipo de planta e da aparência dos grãos (grão longo-fino ou
“agulhinha”). Tais cultivares, mais adaptadas ao cultivo em regiões
favorecidas quanto à distribuição pluvial, ou sob irrigação
suplementar por aspersão, classificam-se em grande parte como

16
moderadamente suscetíveis à seca (Tabela 3). Cultivares como
Maravilha e Primavera possuem resistência à seca inferior às cultivares
tradicionais de sequeiro. Por outro lado, algumas cultivares, como a
Canastra, assim como muitas novas linhagens do Programa de
Melhoramento da Embrapa Arroz e Feijão, apresentam um grau de
resistência superior ao dos primeiros lançamentos de tipo de planta
moderno. Portanto, as características desejáveis dos dois tipos de
planta são passíveis de recombinação em um único genótipo.

Fig. 4 Notas de resistência à seca (menores notas representam maior


resistência) obtidas por cinco grupos de 18 genótipos de arroz, submetidos
à deficiência hídrica por 20 dias, no período reprodutivo. ( IRR: Irrigado;
SEQ MOD: Sequeiro de tipo de planta moderno; SEQ AFR: Sequeiro
africano; SEQ TRAD: Sequeiro de tipo de planta tradicional).
Fonte: Adaptada de Ricci Sartori (1996).

17
Tabela 3 Ano de lançamento, Estado da Federação, tipo de planta, ciclo, classe
do grão e grau de resistência à seca, de cultivares de arroz
recomendadas para a região dos cerrados.

Ano de Tipo de Ciclo Classe Resistência


Cultivar lançamento Estado planta do Grão à seca1

IAC 47 1971 TO,SP,MT,BA Tradicional Médio Longo MR


IAC 25 1971 SP, MT, BA Tradicional Curto Longo R
IAC 165 1974 SP, MT, BA Tradicional Curto Longo R
CUIABANA 1985 MT Tradicional Médio Longo MS
GUARANI 1986 TO,MG,MS,MT, Tradicional Curto Longo R
MA,GO,BA,RR
RIO PARANAÍBA 1986 TO, SP, RR, PI, Tradicional Médio Longo MR
MS,MT,MA,GO,
BA,DF,MG,RO,RJ
ARAGUAIA 1986 TO, RR, PI, PA, Tradicional Médio Longo MS
MT,MA,GO,RO
C. AMÉRICA 1987 MT Tradicional Curto Longo MR
RIO PARAGUAI 1992 MT Tradicional Médio Longo MR
RIO VERDE 1992 MT, MG Tradicional Médio Longo MR
PROGRESSO 1993 MT Moderno Médio Longo MR
Fino
CAIAPÓ 1994 TO, RR, PI, MG, Tradicional Médio Longo MR
MS,MT,MA,GO,
AM, RO
CARAJÁS 1994 TO,PI,MT,MA, Tradicional Curto Longo R
GO, BA, DF
MARAVILHA 1996 TO,RO,PA,AP, Moderno Médio Longo S
MT,GO,AC,DF, Fino
AM
PRIMAVERA 1996 TO,PI,MS,MT, Moderno Curto Longo MS
GO, BA Fino
CANASTRA 1996 TO,PI,MG,MA, Moderno Médio Longo MR
GO,BA,CE,DF Fino

CONFIANÇA 1996 MG,AP,RR,TO Moderno Médio Longo MS


Fino
CARISMA 2000 GO, MS, MG Moderno Curto Longo MS
Fino

1
R-resistente; MR: moderadamente resistente; MS: moderadamente suscetível; S: suscetível.

18
4.2 Fases de desenvolvimento da planta

O desenvolvimento da planta de arroz pode ser dividido em


três etapas distintas: fase vegetativa, fase reprodutiva e fase de
maturação.
Fase vegetativa é o período compreendido entre a germinação
da semente e a iniciação da panícula. Diferenças varietais na duração
do crescimento devem-se basicamente a diferenças na duração desta
fase, em que ocorre a emissão de perfilhos e a diferenciação das
folhas. Em cultivares de ciclo curto, como Guarani e Primavera, a
duração da fase vegetativa é de aproximadamente 40 dias, enquanto
em cultivares de ciclo médio, como Rio Paranaíba e Maravilha, a
duração é de cerca de 60 dias.
A fase reprodutiva, que vai da iniciação da panícula ao
florescimento, tem duração relativamente constante, requerendo
normalmente 35 dias em condições tropicais. O processo de
desenvolvimento da panícula compreende duas etapas: a formação
da panícula jovem, que vai da determinação da primeira bráctea ao
estádio final de diferenciação de espiguetas; e a de gestação da
panícula, que finaliza com a maturação do grão de pólen. Este
último período, etapa crítica do desenvolvimento reprodutivo, é
dividido em quatro subperíodos: de diferenciação da célula-mãe do
pólen; de divisão da célula-mãe do pólen (meiose); de formação da
exina; e de maturação do pólen (Tabela 4).
O alongamento dos entrenós normalmente tem início com a
diferenciação da panícula e ocorre apenas nos quatro últimos
entrenós. O alongamento do último entrenó do colmo determina a
emergência da panícula, dando início ao período de florescimento,
em que ocorrem os processos de abertura de flores (antese),
polinização e fertilização.
A fase de maturação, etapa final do ciclo de vida da planta
de arroz, vai do florescimento à maturação dos grãos, dura de 30 a
35 dias e subdivide-se em fase leitosa, pastosa e de grão maduro.

19
Tabela 4 Duração do processo de diferenciação da estrutura reprodutiva em plantas
de arroz.

Órgão/Tecido Duração do Número Comprimento da


em processo de processo cumulativo panícula
diferenciação (dias) de dias (cm)
Ráquis 3 3 -
Ramificações primárias 4 7 -
Ramificações secundárias 3 10 0,05-0,09
Espiguetas 8 18 0,35-1,50
Célula-mãe do pólen 2 20 1,50-5,0
Divisão de redução 2 22 4,0-20,0
Membranas do pólen 6 28 Máximo
Maturação do pólen 7 35 Máximo
Fonte: adaptada de Matsushima (1975).

No decorrer das fases de desenvolvimento, a planta de arroz


apresenta variações na sua sensibilidade relativa à deficiência hídrica.
Durante o processo de germinação, a sensibilidade é muito intensa e,
se não houver umidade no solo, a germinação pode ser retardada ou
mesmo impedida de forma irreversível. Quando a germinação já se
completou, a alta demanda transpirativa da atmosfera, aliada ao
secamento da camada superficial do solo, pode causar murchamento,
secamento e mesmo morte da plântula. Por isso, é recomendável que
a semeadura do arroz seja realizada apenas quando o regime de chuvas
já se instalou e a camada superficial do solo contenha um teor de
água armazenada de no mínimo 20 mm (Steinmetz et al., 1988).
Na fase vegetativa, a planta de arroz apresenta uma menor
sensibilidade à seca, em comparação com as demais fases de
desenvolvimento. Dependendo da intensidade da deficiência hídrica
(grau x duração) a planta pode apresentar considerável amarelecimento
e secamento das folhas, bem como retardamento de emissão e morte
de perfilhos. Mas o retorno a uma boa condição hídrica permite que a
planta emita novas folhas e perfilhos, recuperando a massa vegetativa.
Dependendo da extensão do dano e da época de ocorrência, é possível
que a deficiência hídrica não se traduza em decréscimo expressivo de
produtividade.
Por outro lado, o dano pode ser irreversível se a seca ocorrer
durante a fase reprodutiva. Nesta fase, a planta apresenta uma
sensibilidade exacerbada e estiagens de curta duração resultam em
deficiência hídrica de grande intensidade. A planta possui uma grande

20
massa vegetativa e está desenvolvendo processos críticos que
requerem muita energia. De acordo com a Tabela 4, vinte dias após o
início do processo de diferenciação da estrutura reprodutiva, que
corresponde a aproximadamente 15 dias antes do florescimento,
ocorre a divisão de redução (meiose) da célula-mãe do pólen. Nesta
fase, devido à grande sensibilidade da planta, a deficiência hídrica
resulta em decréscimo do número de espiguetas e da sua fertilidade,
mesmo que ocorra um posterior retorno da planta a condições
favoráveis de umidade do solo.
Ao final da fase reprodutiva, ocorre o período de maior
sensibilidade à seca, que é o florescimento. Esta etapa do
desenvolvimento necessita de aproximadamente 7-10 dias para se
completar em uma lavoura, devido ao escalonamento natural de
emissão de panículas do colmo principal para os secundários e
terciários. Em cultivares de ciclo curto, como Guarani e Primavera, o
florescimento (definido como a data em que 50% dos perfilhos
apresentam panículas emitidas) ocorre aproximadamente aos 75 dias
após semeadura e, em cultivares de ciclo médio, como Rio Paranaíba
e Maravilha, ocorre aos 95 dias. O florescimento envolve o
alongamento do último entrenó do colmo que subtende a panícula,
resultando na sua emissão, a abertura das flores, a polinização e a
fertilização do saco embrionário. A deficiência hídrica, ao afetar todos
estes processos, resulta em panículas parcialmente emitidas, ou com
alta esterilidade de espiguetas (Tabela 5), além de panículas dessecadas
(brancas) e baixa massa de 100 grãos. O dano à área foliar, nesta
fase, é irreversível, pois, embora a planta retorne a uma boa condição
hídrica, as folhas apresentam baixa capacidade de realizar fotossíntese.

Tabela 5 Efeito de deficiência hídrica de várias intensidades sobre a emergência


da panícula e a fertilidade das espiguetas, durante o período de emissão
das panículas.
Deficiência hídrica CEXP CPAN % EXP % FERT
Ausente 17,18 a 19,61 94,13 a 80,42 a
Fraca 16,20 a 18,99 90,09 a 79,40 a
Moderada 13,00 b 17,85 73,31 b 44,47 b
Severa 12,44 b 18,99 66,13 b 41,92 b
CEXP: comprimento da porção exposta da panícula; CPAN: comprimento total da panícula;
% EXP: % de exposição da panícula; % FERT: % de fertilidade das espiguetas.
Fonte: Pinheiro (1989).

21
Durante os primeiros 7-10 dias após o florescimento, em que
ocorrem os processos de formação e desenvolvimento do zigoto
(óvulo fecundado) e a fase inicial de enchimento de grãos (fase
leitosa), a planta também apresenta uma sensibilidade muito
acentuada à seca, que pode resultar em aborto do óvulo recém-
fecundado e, conseqüentemente, em grãos chochos, além de baixa
massa dos grãos. Esta fase é especialmente crítica em cultivares de
ciclo curto, que não possuem reservas de fotoassimilados nos
colmos, armazenados durante a fase vegetativa e, portanto,
necessitam elaborar todo o carboidrato para encher os grãos durante
a fase de maturação. Já as cultivares de ciclo médio e longo podem
utilizar essas reservas como uma salvaguarda, caso a deficiência
hídrica iniba o processo de fotossíntese nessa fase.
A Figura 5 exemplifica as alterações de sensibilidade à
deficiência e seu reflexo sobre o rendimento de grãos, em
experimento realizado com a cultivar de ciclo curto Guarani,
submetida à deficiência hídrica por períodos de 20 dias, ao longo
do desenvolvimento reprodutivo. Conforme pode ser observado, a
quebra no rendimento foi mais intensa quando a deficiência hídrica
coincidiu com a fase inicial do enchimento de grãos (1) e o
florescimento pleno (2), do que o início do florescimento (3) e a
meiose (4). Quando a deficiência hídrica coincidiu com os estádios
mais precoces de fase reprodutiva (5 e 6), não foi observada quebra
no rendimento. Assim, os 15 dias anteriores ao florescimento e os
10 dias posteriores são de particular importância no estabelecimento
do dano por seca.
Com base no exposto, uma forma bastante óbvia de minimizar
o risco por seca é evitar que a planta, durante tais períodos críticos
de desenvolvimento, depare com períodos de estiagem prolongados.
Este assunto será apresentado no item Época de Semeadura.

22
Quebra de rendimento (%)

Estádios de desenvolvimento
Fig. 5 Redução do rendimento (%) em relação ao controle irrigado sofrido
pela cultivar Guarani, de ciclo curto, submetida à deficiência hídrica
durante seis estádios da fase reprodutiva : 1- Início do enchimento de
grãos; 2- Florescimento pleno; 3- Emissão de panículas; 4- Diferenci-
ação da célula mãe de pólen; 5- Diferenciação de espiguetas; 6- Dife-
renciação de ráquis.
Fonte: Carmo (1997).

4.3 Nível de crescimento da cultura

4.3.1 Parte aérea

O nível de crescimento da cultura ao longo do ciclo pode ser


avaliado pela evolução do Índice de Área Foliar (IAF). Este índice
expressa a relação entre a superfície das folhas e do solo (m2/m2), e
é função da área foliar por perfilho e do número total de perfilhos.
A área foliar pode ser estimada por vários métodos, mas, para maior
precisão, requer a utilização de um medidor automático. É também
necessário determinar o número de perfilhos/m 2, através de
contagens em áreas representativas da lavoura.
A Tabela 6 apresenta o nível de produtividade obtido com
vários níveis de área foliar em função da disponibilidade de água
para a cultura.

23
Tabela 6 Rendimentos obtidos pela cultivar IAC 47, em função do índice de
área foliar (IAF) e do regime hídrico no período reprodutivo.

IAF Floração Rendimento (kg/ha) Quebra de


(m2folha/m2 solo) Boa disponibilidade Deficiência rendimento
hídrica hídrica (%)
1,5 1320 1359 0
2,2 1889 1870 1
4,5 3994 1314 67
6,3 4858 2492 49
Fonte: Adaptada de Pinheiro & Guimarães (1990).

Salienta-se que uma mesma cultivar pode desenvolver qualquer


valor de IAF, pois o crescimento é extremamente dependente das
condições culturais e climáticas. O manejo inadequado da lavoura,
envolvendo desde o mau preparo do solo, a precariedade da adubação
e/ou o mau controle sanitário da cultura, ocasionam restrição ao
crescimento, podendo resultar em valores de IAF entre 1 e 2 m2
folha/m2 solo. De acordo com a Tabela 6, baixos valores de IAF
minimizam o risco por deficiência hídrica mas, ao mesmo tempo,
restringem o rendimento potencial da cultura. Dessa forma, mesmo
na ausência de estiagens, o rendimento obtido pode ser inferior até
mesmo ao de uma lavoura bem conduzida, que sofreu dano por seca.
Num outro extremo, qual seja, um IAF superior a 4-4,5, o
rendimento potencial é mais alto, mas o conseqüente maior consumo
de água aumenta o risco por seca. Portanto, não é recomendável
atingir tal nível de crescimento, em localidades sujeitas a estiagens
prolongadas.
Já um nível moderado de crescimento, qual seja um IAF ao
redor de 3, permite atingir um rendimento em torno de 2.500 a
3.000 kg/ha, sem acentuar demasiadamente o risco por seca.

4.3.2 Sistema radicular


Apesar de o arroz ser considerado como uma espécie de sistema
radicular pouco desenvolvido, com grande predominância de raízes
na camada superficial (0-20 cm), uma certa proporção de raízes se
desenvolve nas camadas inferiores, o que pode ser de extrema
relevância em condições de deficiência hídrica. A Figura 6 apresenta

24
dados de densidade linear radicular e conteúdo relativo de água do
solo, ao início e ao final de um período de 20 dias sem irrigação,
durante o período reprodutivo da cultura. Verifica-se que a densidade
radicular na camada de 60-80 cm, apesar de escassa, foi muito
eficiente na absorção de água, demonstrado pela considerável redução
do conteúdo de água do solo nessa camada, em relação ao conteúdo
inicial e ao controle irrigado. Nesse mesmo estudo, a densidade
radicular na camada de 60-80 cm do perfil dos solo apresentou muita
relevância na determinação da produtividade e da fertilidade das
espiguetas, com coeficientes de correlação linear de, respectivamente,
0,605* e 0,735**, enquanto a densidade nas camadas mais superficiais
não se mostrou relevante. Assim como a parte aérea, o sistema radicular
é intensamente afetado pelo manejo da cultura.
3,5
Densidade linear radicular

3 EXP I
(cm/cm3 de solo)

2,5 I F
2

1,5

0,5

35
EXP I
de água do solo (%)

30 I F
Conteúdo relativo

25

20

15
0-20 20-40 40-60 60-80 0-20 20-40 40-60 60-80
.
Profundidade do solo (cm)

Irrigado Estressado

Fig. 6 Densidade linear radicular e conteúdo relativo de água do solo, ao início


(I) e ao final (F) de um período de 20 dias de imposição de deficiência
hídrica, no tratamento estressado e controle irrigado.
Fonte: adaptada de Pinheiro et al. (1994).

25
5 MANEJO DA CULTURA

O adequado manejo da cultura é o responsável pelo


estabelecimento de crescimento equilibrado entre a parte aérea e o
sistema radicular, permitindo à planta enfrentar períodos de estiagem
sem apresentar danos irreversíveis. Numa situação de risco climático,
desempenham papel relevante o preparo do solo, a adubação, a
época de plantio e o espaçamento e densidade de semeadura.

5.1 Efeito do preparo do solo


Apesar de os solos de cerrado não apresentarem fatores físicos
que impeçam o desenvolvimento do sistema radicular, é bastante
comum serem essas propriedades alteradas pelo manejo inadequado.
Um bom preparo do solo é essencial para promover um enraizamento
mais profundo, o qual permitirá à planta explorar maior volume de
solo e, conseqüentemente, maior quantidade de água. Além disto,
ele favorece a infiltração de água no solo, reduzindo o escorrimento
superficial e minimizando os problemas de erosão.
A técnica convencional de preparo do solo nos cerrados utiliza
grade aradora, seguida de grade niveladora. O uso constante da
grade causa uma compactação do horizonte subsuperficial, criando
o que é conhecido vulgarmente como pé-de-grade. Além disso, a
utilização excessiva de maquinaria pesada também contribui para
essa compactação.
Uma técnica de preparo do solo que tem se mostrado efetiva
em condições de solo compactado, contribuindo para minimizar o
risco por deficiência hídrica, consiste na pré-incorporação dos restos
culturais com grade aradora, seguida, se necessário, de uma
gradagem leve para diminuir a irregularidade do terreno. Depois,
faz-se a aração com arado de aiveca ou de disco. Este tipo de
manejo permite um preparo mais profundo do solo em relação ao
preparo convencional, com melhor decomposição dos restos culturais
e melhoria da porosidade. Isto possibilita um bom armazenamento
de água e um enraizamento profundo (Tabela 7), fazendo com que
a cultura suporte melhor um período de estiagem.
Os dados da Tabela 8 indicam que, em condições de deficiência
hídrica moderada durante o período reprodutivo, o preparo profundo

26
do solo pode desempenhar um efeito mais relevante sobre o
rendimento do que a irrigação suplementar. Nesse experimento, o
efeito benéfico do preparo profundo deveu-se tanto ao maior
crescimento da parte aérea, com conseqüente estabelecimento de
um maior rendimento potencial em relação ao preparo convencional,
quanto pelo maior aprofundamento do sistema radicular que, ao
minimizar o risco por seca, permitiu a expressão desse potencial.
Ainda como benefícios do preparo profundo, consideram-se a redução
da erosão laminar, devido à maior infiltração da água, e da população
de plantas daninhas, pela colocação do banco de sementes mais
profundamente no solo.

Tabela 7 Efeito do método de preparo do solo sobre a densidade radicular da


cultivar Araguaia.

Perfil do Densidade de raízes


solo (cm) Convencional Preparo profundo1
g/dm 3
% g/dm3 %
0-10 2,9781 85,0 2,2546 51
10-20 0,3214 9,0 0,9758 22
20-30 0,1207 3,0 0,6203 14
30-40 0,0544 1,5 0,2681 6
40-50 0,0303 1,0 0,2272 5
50-60 0,0186 0,5 0,1031 2
1
Preparo envolvendo incorporação superficial da resteva e plantas daninhas com grade
aradora, seguido de aração profunda.
Fonte: adaptada de Kluthcouski et al. (1991).

Tabela 8 Efeito do preparo do solo sobre o rendimento de grãos (kg/ha) da cultivar


IAC 47, em resposta à disponibilidade hídrica no período reprodutivo.

Regime Hídrico Método de preparo do solo Incremento


Convencional Profundo (%)
Deficiência hídrica 2188 3174 45
Irrigação suplementar 2642 3572 35
Incremento (%) 20 12

27
A subsolagem também é uma alternativa adequada para solos
compactados. Ao romper a camada impermeável, possibilita um maior
aprofundamento do sistema radicular e aumenta a capacidade de
armazenamento de água do solo, o que pode ser de grande
importância durante um período de estiagem. De acordo com a
Tabela 9, a subsolagem permitiu um acréscimo médio de 11% na
produção do arroz, em comparação com o preparo convencional.

Tabela 9 Rendimento de grãos da cultivar de arroz IAC 47 em seis manejos de solo.

Rendimento
Tratamentos
(kg/ha) (%)
Incorporação de calcário a 30 cm 3561 114,6
Subsolagem a 60 cm 3453 111,1
Escarificação 3116 100,3
Cobertura morta 3036 97,7
Plantio direto 2302 74,1
Preparo convencional 3107 100,0
Fonte: adaptada de Stone et al. (1980).

O plantio direto vem crescendo em importância na região


dos cerrados e a inclusão do arroz em sistemas agrícolas de sequeiro,
em sucessão à soja, implica a adaptação da cultura a este tipo de
preparo.
A conservação da água do solo geralmente é citada como
uma das maiores vantagens do plantio direto. Os restos culturais
que ficam na superfície do solo servem como barreira à perda de
água por evaporação. Além disto, eles aumentam a rugosidade
superficial, reduzindo a velocidade e o volume do escorrimento
superficial e favorecendo a infiltração da água no solo. Vários
pesquisadores têm observado maior conteúdo de água no solo no
sistema de plantio direto do que em outros sistemas de preparo do
solo (Sidiras et al., 1983; Salton & Mielniczuk, 1995). Esta maior
quantidade de água armazenada no perfil do solo pode minimizar os
efeitos de curtos períodos de estiagem.

28
Convém salientar que os restos culturais reduzem
significativamente a evaporação da água do solo durante as fases
iniciais de uma cultura. À medida que as plantas crescem e cobrem
a superfície do solo, a evaporação torna-se um fator de menor
importância, e a transpiração passa a ser o fator principal de perda
de água. Neste estádio, as diferenças entre o plantio direto e o
preparo convencional tendem a diminuir. O plantio direto não é
uma prática que possa ser adotada de maneira indiscriminada para
todo tipo de solo. As experiências com esta técnica na cultura do
arroz ainda são escassas, e algumas delas indicaram decréscimos de
rendimento para a cultura, em relação a outros manejos (Tabela 9).
Entretanto, a experiência atual indica que o desempenho da cultura,
neste manejo, melhora com o passar dos anos. Entre os requisitos
para se obter sucesso com o plantio direto está o bom preparo do
solo, incluindo preparo profundo e até subsolagem, se necessária,
antes de começar a usar esta prática.

5.2 Adubação

No sistema tradicional de cultivo de arroz nos cerrados,


em que o caráter itinerante da cultura de arroz se associava ao
risco climático, era normalmente empregado um nível de adubação
muito baixo. Em lavouras de primeiro ano era comum não ser
utilizada nenhuma adubação, o que normalmente resultava em
plantas com baixo vigor inicial e conseqüente má cobertura do
terreno, situação propícia ao desenvolvimento de plantas daninhas.
Mesmo na eventualidade de um controle destas, o crescimento
incipiente das plantas resultava em baixo IAF e conseqüente baixo
rendimento potencial.
Deve-se ressaltar que o mau estado nutricional das plantas
acarreta predisposição ao ataque de pragas e doenças. Muitas
vezes um baixo estande da lavoura, associado à má aparência
das plantas, apresentando deficiências nutricionais e sintomas
de doenças, é confundido com o efeito de deficiência hídrica.

5.2.1 Profundidade de aplicação de adubo e calcário

A concentração de nutrientes é geralmente mais elevada na


camada superficial do solo, devido à acumulação de matéria orgânica

29
e à reciclagem de nutrientes provenientes do subsolo para a
superfície, feita pelas plantas e pelos anelídeos. Os fertilizantes
são aplicados na superfície do solo ou incorporados na profundidade
da aração e lá permanecem, devido à adsorção às argilas e matéria
orgânica. Somente os nitratos, sulfatos e cloretos são prontamente
passíveis de lixiviação. Durante um período de estiagem, a planta
extrai água de camadas progressivamente mais profundas, onde o
suprimento de nutrientes é mais baixo, o que contribui para reduzir
ainda mais sua absorção durante os períodos de deficiência hídrica.
Outro aspecto a ser considerado é que, em muitos solos de cerrado
com subsolo altamente ácido, deficiente em cálcio e com
concentrações tóxicas de alumínio, que restringem o
desenvolvimento radicular, a correção da acidez pela calagem
profunda pode promover o crescimento das raízes. De acordo com
os dados da Tabela 9, houve um aumento médio de 15% na
produção pela incorporação de calcário até 30 cm de profundidade.

5.2.2 Adubação NPK


Estudos na Embrapa Arroz e Feijão indicam que a adequada
nutrição em fósforo causa um desenvolvimento equilibrado da parte
aérea e do sistema radicular, minimizando o risco por seca. Plantas
que não receberam fósforo apresentaram um maior dano por seca
do que plantas adubadas (Figura 7). O baixo pH, associado à alta
saturação de alumínio, acarreta baixo desenvolvimento do sistema
radicular.
No que se refere à adubação nitrogenada, houve resposta
apenas quando a distribuição das chuvas durante a fase reprodutiva
da cultura foi adequada. Em condições de deficiência hídrica, não
houve resposta da produção de grãos à aplicação de nitrogênio. A
aplicação de altas doses de nitrogênio aumenta o crescimento
vegetativo e o índice de área foliar do arroz, causando um aumento
no uso da água, podendo acentuar os efeitos de deficiência hídrica
durante um período de estiagem. Assim, a aplicação total do
adubo nitrogenado na base pode acarretar incrementos indesejáveis
da área foliar, desde a fase vegetativa, e predispor a planta a uma
maior suscetibilidade à seca e à brusone na fase reprodutiva.

30
Produtividade (kg/ha)

Dose de P2O5 (kg/ha)

Fig. 7 Produtividade da cultura do arroz de sequeiro, sob diferentes doses de


fósforo, com boa disponibilidade de água ou submetida a 20 e 40 dias de
deficiência hídrica.
Fonte: adaptada de Fageria (1984).

As pesquisas relativas ao estabelecimento de uma estratégia


de manejo do N em áreas de risco climático indicam a viabilidade de
realizar uma aplicação do nutriente em cobertura no florescimento,
se o solo estiver bem suprido de água (Tabela 10). Nesse caso, a
adubação não traria incremento indesejável da área foliar e, como o
risco por seca na fase crítica estaria já superado, os recursos
despendidos com a adubação nitrogenada em cobertura não seriam
desperdiçados.

31
Tabela 10 Produtividade de arroz (média das cultivares Rio Paranaíba e Maravilha),
em função de doses e parcelamento de nitrogênio (média de dois anos)1.

Dose de N Produtividade
Parcelamento de N
(kg/ha) (kg/ha)

0 - 2429b
40 Todo na semeadura 2802a
40 1/3 na semeadura e 2/3 na diferenciação
do primórdio floral 2875a
40 1/3 na semeadura e 2/3 no florescimento 2613ab
80 Todo na semeadura 2808a
80 1/3 na semeadura e 2/3 na diferenciação do
primórdio floral 2772a
80 1/3 na semeadura e 2/3 no florescimento 2758a
DMS (5%) 288,5
1
Valores seguidos pela mesma letra não diferem significativamente, a 5% de probabilidade
pelo teste de Tukey.
Fonte: adaptada de Stone & Silva (1998).

Outros estudos indicaram que, em condições de estresse hídrico


moderado, mesmo em solo em que o teor de potássio é classificado
como alto, o aumento na adubação potássica pode aumentar a
produtividade de cultivares que apresentam moderada resistência à
seca (Figura 8).

5.3 Época de plantio


As quebras de rendimento são especialmente acentuadas
quando o veranico ocorre no período de florescimento e na fase
inicial de enchimento de grãos, resultando em esterilidade e
dessecamento de espiguetas, além de baixa massa dos grãos. Assim,
a época de plantio deve prever a ocorrência desses períodos críticos
fora do período de maior probabilidade de ocorrência de veranicos.
Visando a minimização do risco por deficiência hídrica, a tomada de
decisão quanto à melhor época de plantio e ao ciclo adequado da
cultivar devem ser prioritárias frente às demais, relativas à condução
da lavoura.

32
110

108
Produtividade relativa (%)

106

104

102
y = 0,113x + 100
100 R 2 = 0,99**

98

96

94
-40 0 40 80
Doses de K em relação à recomendada (kg/ha)

Fig. 8 Produtividade relativa da cultivar de arroz Rio Paranaíba, sob estresse


hídrico, em função do acúmulo da dose de potássio em relação à dose
recomendada.
Fonte: adaptada de Stone & Moreira (1996).

A área de agrometeorologia da Embrapa Arroz e Feijão vem,


desde 1983, trabalhando no sentido de caracterizar o risco climático
para a cultura do arroz nos cerrados, categorizando as localidades
como de alto, médio e baixo risco. O cálculo do balanço hídrico
da cultura através do modelo SARRAZON permite uma visão da
influência da época de plantio através da relação ETr/ETm
(evapotranspiração real e evapotranspiração máxima), que expressa
a quantidade de água que a planta consumiria e a que seria
necessária para garantir a sua máxima produtividade. Utilizou-se
um valor de reserva útil (água do solo na zona radicular disponível
para as plantas) igual a 50 mm e uma quantidade mínima de 20 mm
de chuva por cinco dias para a semeadura. Foram utilizadas cultivares
de ciclo curto (110 dias) e ciclo médio (135 dias). Considerou-se

33
um período crítico (floração/enchimento de grãos) de 35 dias,
compreendido entre o 65º e o 100º dia após a emergência para
cultivares de ciclo curto, e entre o 85º e o 120º dia para cultivares
de ciclo médio.
Para cada localidade foram calculados os valores de ETr/ETm
médios da fase de florescimento/enchimento de grãos para cada
ano. Uma vez determinados estes valores, efetuou-se uma análise
freqüencial para 80% de ocorrência.
Para a caracterização do risco climático ao cultivo do arroz de
sequeiro nos cerrados, foram estabelecidas três classes de ETr/ETm:
⇒ ETr/ETm≥0,65 - a cultura do arroz de sequeiro está exposta a um
baixo risco climático.
⇒ 0,65>ETr/ETm≥0,55 - a cultura do arroz de sequeiro está
exposta a um risco climático médio.
⇒ ETr/ETm<0,55 -a cultura do arroz de sequeiro está exposta a um
alto risco climático.
Constam na Tabela 11 as datas limites para a realização da
semeadura do arroz de sequeiro em algumas localidades dos Estados
de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além destas informações,
a Embrapa Arroz e Feijão dispõe de outras para todos os municípios
do Centro-Oeste do Brasil (Silva et al., 1994; 1997; 1999).

Tabela 11 Data limite para a semeadura do arroz de sequeiro em alguns municípios


dos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Município UF Ciclo da cultivar (dias)


110 135
Jataí GO 30 de dezembro 20 de dezembro
Montes Claros de Goiás GO 20 de dezembro 20 de novembro
Mineiros GO 30 de dezembro 20 de dezembro
Rio Verde GO 30 de dezembro 20 de dezembro
Nova Xavantina MT 30 de dezembro 10 de dezembro
Primavera do Leste MT 30 de dezembro 30 de novembro
Sinop MT 30 de dezembro 30 de dezembro
Tangará da Serra MT 30 de dezembro 30 de dezembro
Aquidauana MS 20 de dezembro 20 de novembro
Dois Irmãos do Buriti MS 30 de dezembro 30 de novembro
Rio Brilhante MS 30 de dezembro 30 de novembro
São Gabriel D´Oeste MS 20 de dezembro 30 de novembro

34
Os mapas de zoneamento agroclimático da cultura já
disponíveis, como mostra a Figura 9, propiciam uma excelente
ferramenta para reduzir os riscos de deficiência hídrica na cultura
do arroz de sequeiro, contribuindo de forma muito eficiente para o
aumento da produtividade média e a estabilidade de produção.
Devem, pois, serem utilizados como instrumentos diretores na
definição da melhor época e áreas mais indicadas para o plantio,
bem como na formulação de políticas de incentivos à produção em
regiões de menor risco climático.

Fig. 9 Espacialização do risco climático no arroz de sequeiro para o período de


semeadura de 11-20/11, considerando-se a capacidade de
armazenamento de água do solo de 50 mm.

35
5.4 Espaçamento e densidade de plantio

É consenso que o espaçamento de 50 cm entre linhas e


densidade de semeadura de 50 sementes por metro resultam em
maiores produtividades para o arroz de sequeiro de tipo de planta
tradicional, minimizando, inclusive, o risco por seca. Isso, contudo,
é muito variável. Conforme abordado anteriormente, o IAF é função
do tamanho das folhas e do número de perfilhos por unidade de
área. Dependendo da germinação da semente, do seu vigor inicial e
do ataque inicial de pragas, o espaçamento e a densidade
recomendados podem resultar em número variável de plantas e de
perfilhos por m2.
Além disso, o nível de adubação e o posterior ataque de
doenças vão determinar a evolução da área foliar de cada perfilho.
É possível, portanto, que em lavouras com manejo inadequado ou
impossibilidade de aplicar fertilizantes e controlar plantas daninhas,
a redução do espaçamento e o aumento da densidade sejam uma
forma prática de garantir uma maior cobertura do terreno, sem
aumentar demasiado o risco por seca.
Já num outro extremo de nível tecnológico, o espaçamento
e a densidade recomendados poderiam ser alterados, uma vez que o
grau de risco por deficiência hídrica da localidade é
e controlável através do preparo profundo do solo e da semeadura
a época mais apropriad
De maneira geral, para regiões de maior risco climát
, recomenda-se o uso de 60 a 70 sementes aptas por metro,
espaçamento de 50 cm entre linhas para cultivares de ciclo curto. Pa
a as de ciclo médio, 50 a 60 sementes por metro, no mesmo espaçament

6 CONCLUSÕES

A partir do exposto, pode-se concluir que o efeito da


deficiência hídrica é modulado por uma série de fatores, alguns
deles controláveis pelo produtor. O conhecimento do grau do risco
do município em que se localiza a propriedade, a escolha da época
de semeadura e o ciclo da cultivar são fundamentais à racionalização
da exploração, que, juntamente com a técnica adequada de preparo
do solo e uma fertilização adequada e balanceada, garantem a
minimização do risco sem perda da produtividade.

36
É fundamental que a lavoura apresente crescimento equilibrado
da parte aérea e do sistema radicular, uma adequada cobertura do
terreno pelas folhas e um bom estado sanitário e nutricional.
Prevenção à seca não pode ser confundida com impossibilidade
de aplicação de insumos e com lavouras mal conduzidas.

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LEIA TAMBÉM:

á Correção de deficiências de micronutrientes em arroz de terras altas.


Documentos, 93. 21 páginas.

á Tecnologia para o arroz de terras altas. Livro, 161 páginas.

á Manual de identificação de pragas do arroz. Documentos, 90. 110 páginas.

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