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1.

A leitura
de
qualquer
romance
requer
que seja
dada
uma
atenção
especial
ao
discurso
do
narrador.
Sendo
assim,
por que
podemos
afirmar
que Brás
Cubas,
narrador
do
romance
Memóri
as
Póstuma
s de Brás
Cubas,
ocupa
uma
posição
privilegia
da?

Porque, enquanto autor-defunto, tudo sabe e tudo vê.


Porque, enquanto autor-defunto, pode falar sobre aspectos que
marcam a elite carioca de seu tempo.
Porque, ao narrar do além-túmulo, não visualiza com nitidez as
questões sociais de seu tempo.

Porque, enquanto defunto-autor, não tem a dimensão de todos os


fatos.
Porque ele, enquanto defunto-autor, pode falar sobre a
sociedade de seu tempo sem ter preocupação com a opinião
pública.

Gabarito Coment.

2. Leia o texto:
A obra em si mesma é tudo: se te
agradar, fino leitor, pago-me da
tarefa; se te não agradar, pago-te
com um piparote, e adeus.
http://www.biblio.com.br/defaultz.as
p?link=http://www.biblio.com.br/con
teudo/MachadodeAssis/brascubas.ht
m

A partir da leitura do fragmento


apresentado, que conclusão podemos
tirar da relação autor texto - leitor?

O autor e o leitor estão acima da obra publicada.


O autor, através da voz do narrador, relativiza a importância do
leitor.

O autor, através da voz do narrador, é gentil com o leitor.

O autor, através da voz do narrador, revela parceria com o leitor.

O autor, através da voz do narrador, quer ganhar o leitor.

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

3. Leia o texto a
seguir:
Acocorada junto às
pedras que serviam
de trempe, a saia de
ramagens entalada
entre as coxas,
sinha Vitória
soprava o fogo.
Uma nuvem de
cinza voou dos
tições e cobriu-lhe a
cara, a fumaça
inundou-lhe os
olhos, o rosário de
contas brancas e
azuis desprendeu-se
do cabeção e bateu
na panela. Sinha
Vitória limpou as
lágrimas com as
costas das mãos,
encarquilhou as
pálpebras, meteu o
rosário no seio e
continuou a soprar
com vontade,
http://www.mensag
enscomamor.com/s
eriados-filmes-e-
novelas/frases_de_v
idas_secas.htm

Que traço do
romance predomina
no texto
apresentado?

A personagem revela suas emoções e sua fé por carregar um rosário.

A personagem revela sua individualidade por estar sozinha junto às pedras.

A personagem, mergulhada em sua individualidade, expõe sua fragilidade através das lágrimas.

A personagem demonstra perseverança ao continuar a soprar.

A personagem revela sua condição social.

Gabarito Coment.

4. Em
"Memó
rias
póstum
as de
Brás
Cubas"
,
Macha
do de
Assis
se vale
de
procedi
mentos
metafic
cionais,
como
as
muitas
referên
cias ao
ato de
escrev
er, à
figura
do
escritor
e de
interpel
ações
ao
leitor.
É um
romanc
e que
chama
a
atençã
o para
o seu
próprio
process
o de
constru
ção.
Em
qual
dos
trechos
é
possíve
l
encontr
amos
um
procedi
mento
metafic
cional?

Não era esta certamente a Marcela de 1822; mas a beleza de outro tempo valia
uma terça parte dos meus sacrifícios? Era o que eu buscava saber, interrogando o
rosto de Marcela. (Capítulo XXXVIII/ A quarta edição)
Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília
com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe
aconteceu a ela. (Capítulo LXXXV/ O cimo da montanha)
Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que
está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela
sorte de Eugênia, e talvez... sim, talvez lá no fundo de si mesma, me chame cínico.
Eu cínico, alma sensível? (Capítulo XXXIV/ A uma alma sensível)
Não podia acabar de crer nos meus olhos. Esfreguei-os uma e duas vezes, e reli a
declaração inoportuna, insólita e enigmática. (Capítulo CXLVIII/ O problema
insolúvel)
Virgília afastou-se e foi sentar-se no sofá. Eu fiquei algum tempo a olhar para os
meus próprios pés. Devia sair ou ficar? (Capítulo XLI/ A alucinação)

Gabarito Coment.
5. No
roman
ce
Memó
rias
Póstu
mas
de
Brás
Cubas
, o
narrad
or
traça
o
perfil
das
perso
nagen
s com
matéri
a de
memó
ria,
confor
me
sinaliz
a o
título
da
obra.
Diante
deste
fato,
como
pode
mos
nos
posici
onar
enqua
nto
leitore
s?

Devemos aceitar os fatos, pois, ao narrar do além-túmulo, o narrador


tem uma visão mais ampla dos acontecimentos.
Devemos colocar como suspeita a veracidade dos fatos, pois a
memória não registra, integralmente, os acontecimentos.
Devemos observar que as personagens são definidas com
simplicidade.
Podemos acreditar em tudo que está sendo narrado, pois o narrador
personagem participou dos acontecimentos.
Devemos observar que as personagens são, totalmente, diferentes
do narrador-personagem

Gabarito Coment.

6. Mas eu
ainda
espero
angariar
as
simpati
as da
opinião,
e o
primeiro
remédio
é fugir a
um
prólogo
explícito
e longo.
(...)A
obra em
si
mesma
é tudo:
se te
agradar,
fino
leitor,
pago-
me da
tarefa;
se te
não
agradar,
pago-te
com um
piparote
, e
adeus.

Brás
Cubas

Leia o
fragment
o do
prólogo
do
romance
Memóri
as
Póstuma
s de Brás
Cubas e
observe
que o
defunto-
autor
deseja
ganhar a
simpatia
do
público,
mas, ao
mesmo
tempo,
paga o
fino leitor
com um
piparote.
Através
dessas
afirmaçõ
es
opostas,
podemos
dizer que
o
narrador
criado
por
Machado
de Assis
é
volúvel?
Sim. Trata-se de um narrador que muda de opinião.

Não. Trata-se de um narrador que deixa claro o objetivo de


conquistar o leitor.

Não. Brás Cubas, enquanto narrador, sabe o que quer: ele ri de


tudo e de todos. Inclusive, do leitor.

Não. Trata-se de um narrador que deseja ser pago por realizar


uma boa tarefa.

Sim. Trata-se de um narrador que engana o leitor.

Gabarito Coment.

7. Leia o texto a
seguir:
Vivo só, com um
criado. A casa em
que moro é própria;
fi-la construir de
propósito, levado de
um desejo tão
particular que me
vexa imprimi-lo, mas
vá lá. Um dia. há
bastantes anos,
lembrou-me
reproduzir no
Engenho Novo a
casa em que me
criei na antiga Rua
de Mata-cavalos,
dando-lhe o mesmo
aspecto e economia
daquela outra, que
desapareceu.
Construtor e pintor
entenderam bem as
indicações que lhes
fiz: é o mesmo
prédio assobradado,
três janelas de
frente, varanda ao
fundo, as mesmas
alcovas e salas. Na
principal destas, a
pintura do teto e das
paredes é mais ou
menos igual, umas
grinaldas de flores
miúdas e grandes
pássaros que as
tomam nos blocos,
de espaço a espaço.
Nos quatro cantos do
teto as figuras das
estações, e ao
centro das paredes
os medalhões de
César, Augusto,
Nero e Massinissa,
com os nomes por
baixo... Não alcanço
a razão de tais
personagens.
Quando fomos para
a casa de Mata-
cavalos, já ela
estava assim
decorada; vinha do
decênio anterior.
(...)
O meu fim evidente
era atar as duas
pontas da vida, e
restaurar na velhice
a adolescência. Pois,
senhor, não
consegui recompor o
que foi nem o que
fui. Em tudo, se o
rosto é igual, a
fisionomia é
diferente. Se só me
faltassem os outros,
vá um homem
consola-se mais ou
menos das pessoas
que perde; mais
falto eu mesmo, e
esta lacuna é tudo.
O que aqui está é,
mal comparando,
semelhante à pintura
que se põe na barba
e nos cabelos, e que
apenas conserva o
hábito externo,
como se diz nas
autópsias; o interno
não agüenta tinta.

http://fragmentosliterariospaulo
avila.blogspot.com.br/2011/11/f
ragmentos-da-obra-prima-de-
machado-de.html

Sabemos que o
narrador exerce um
papel muito
importante no
romance. O texto
apresentado é um
fragmento do
romance Dom
Casmurro, de
Machado de Assis.
Após a leitura,
identifique a posição
assumida pelo
narrador.

Trata-se de um narrador que não faz parte da história narrada.

Trata-se de um narrador-personagem que conta a história a partir de um simulacro.


Trata-se de um narrador-observador que conta a história a partir de um prédio abandonado.

Trata-se de um narrador-observador que fala sobre a casa construída no Engenho Novo.

Trata-se de um narrador-personagem que apresenta total conhecimento de si mesmo e dos


outros.

Gabarito Coment.

8. "Memória
s
póstumas
de Brás
Cubas",
além de
ser a
obra
inaugural
do
Realismo
no Brasil,
é uma
narrativa
surpreen
dente a
partir da
sua
própria
estrutura
. Leia as
afirmaçõe
s que
seguem e
assinale a
alternativ
a
verdadeir
a.

I-
Machado
de Assis,
tanto na
seção "Ao
leitor"
quanto
na
célebre
"Dedicató
ria": "Ao
verme
que
primeiro
roeu as
frias
carnes do
meu
cadáver
dedico
como
saudosa
lembranç
a estas
memórias
póstumas
", inovou
ao
expandir
a ficção
para
espaços
que,
convenci
onalment
e, não
são
ficcionais.

II - o
conjunto
dos
aconteci
mentos
narrados
é
tramado
em
ordem
cronológi
ca por
um
narrador
que não
participa
dos fatos
narrados.
Está ali
só para
contá-
los:
"Virgília
fez aquilo
um
brinco;
designou
as alfaias
mais
idôneas,
e dispô-
las com a
intuição
estética
da
mulher
elegante
[...]"
(Capítulo
LXX/
Dona
Plácida)

III - a
técnica
dos
capítulos
curtos,
ao todo
160,
imprime
um ritmo
dinâmico
e
descontín
uo à
narrativa,
além de
pontuar
as
constante
s
digressõe
s do
narrador.
Já os
títulos,
que cada
capítulo
recebe,
revelam
frequente
mente o
humor e
a ironia
do
narrador,
presentes
, por
exemplo,
em:
Capítulo
XXXV/ No
caminho
de
damasco,
Capítulo
XLII/ Que
escapou
a
Aristótele
se
Capítulo
LV/ O
velho
diálogo
de Adão
e Eva.
Apenas II e III estão corretas.

Apenas I está correta.

Apenas I e II estão corretas.

Apenas I e III estão corretas.

Todas estão corretas.

1a Questão

O mundo épico está, totalmente, distante da contemporaneidade. Sendo assim, como os


aêdos desenvolvem suas narrativas?

A partir de documentos deixados pela nobreza e encontrados por


historiadores.
A partir de histórias veiculadas através da Igreja.
A partir dos relatos feitos pelo herói nacional.
A partir de estudos acadêmicos.

A partir de mitos e lendas.

Ref.: 201708217761

2a Questão

Os heróis(...) jamais avançam sozinhos, são sempre conduzidos. Daí a profunda certeza de sua
marcha:abandonados por todos, podem eles chorar de tristeza em ilhas desertas, podem
cambalear até os portais do inferno no mais profundo descaminho da cegueira ¿ sempre os
envolve essa atmosfera de segurança, do deus que traça os caminho do herói e toma-lhe a
frente na caminhada¿. (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009. p.88). Ao lermos a
citação mencionada, percebemos que o autor refere-se ao

Leitor da epopéia
Narrador das epopéias
Narrador dos romances
Herói épico
Leitor dos romances

Ref.: 201708760157
3a Questão

Sobre as marcas do gênero Épico clássico tradicional. É incorreto afirmar que:

Há uma fusão entre o elemento histórico e o elemento maravilhoso.


O herói questiona e critica os valores que exaltam a nação.
O herói busca A superação dos limites humanos.
As epopéias têm como temas recorrentes as guerras, viagens e aventuras.
O herói representa e exalta sua nação.

Ref.: 201708217758

4a Questão

Existe uma conexão mais profunda entre o narrador da epopéia e a classe social da qual ele
provém. Em outras palavras, há uma intenção por trás do fato do narrador ter suas raízes na
nobreza. Essa intenção é:

perpetuar, na memória, os valores da tradição, ou seja, aqueles valores que


atravessam gerações
mostrar que o autor dar relevo à historia da aristocracia e à história do povo
provar que a história das classes socialmente inferiores é mais importante da dos
nobres
afirmar que não há o que aprender com a epopéia
revelar que o autor é proveniente do povo

Ref.: 201708217578

5a Questão

O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração


ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O
personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifique com o
personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor,
sensibilidade, etc.).

Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna:

clímax
narrador
personagem
herói
enredo.

Ref.: 201708217754

6a Questão

Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que:

Há, também, uma atmosfera maravilhosa onde o sobrenatural toma forma


Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como
portador de uma individualidade
Expressa, sempre, o interesse nacional e social
É uma narrativa de caráter heróico, grandioso
O texto épico é o espaço de representação da coletividade

Ref.: 201708217757

7a Questão

Quem é o narrador da epopéia?

Um camponês
Um deus
Um representante do povo
Um soldado
Um representante da aristocracia

Ref.: 201708217743

8a Questão

O que é gênero literário?


Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma mesma
origem somente
Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe,
possuem o mesmo vocabulário e enredo
É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, somente a perspectiva do
tempo
Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe,
espécie, origem ou tempo de nascimento
É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, tempo, mas não tem a
mesma origem de nascimento

Assinale a alternativa que contenha o termo que melhor preencha a lacuna do texto que se
segue:

"_________ é invenção, criação, imaginação, fingimento, é o cerne da literatura feita


com palavras."

ficção
terceto
crítica
análise
poesia

Ref.: 201708217406

2a Questão

Tomemos o seguinte terceto do Poema Pombas, de Raimundo Correa:

"Também dos corações onde abotoam,

Os sonhos, um por um céleres voam,

Como voam as pombas dos pombais".

Assinale a alternativa em que ocorra a relação entre os vocábulos "pombas" e "sonhos" de


acordo com o contexto da poesia:

Um eufemismo
Uma aliteração
Uma hipérbole
Uma metáfora
Um anacoluto
Ref.: 201708217427

3a Questão

Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus
textos:

"Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a
vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo
sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam
ser alertados para a situação da miséria no Nordeste."

De acordo com as palavras do autor, percebe-se a profunda e enriquecedora relação entre:

O autor, a realidade e o leitor


O autor e a realidade sertaneja
O autor e seus gostos pessoais
O autor e a sua história de vida
O autor e o leitor somente

Ref.: 201708219175

4a Questão

Qual das alternativas é a definição efetiva de DENOTAÇÃO?

Uso da palavra em seu sentido literal, real. Tal como se apresenta no dicionário.
Uso subjetivo de palavras que ajustam o seu significado ao contexto onde estão
empregadas
É utilização da palavra em ambientes de escrita técnica e regional.
É a omissão das palavras para que o interlocutor invente a sua ocorrência
Uso da palavra para decorar textos, sem quakquer compromisso com o sentido

Ref.: 201708217560

5a Questão

No que diz respeito à relação Literatura X História pode-se afirmar que:


a história não faz parte da preocupação doa autor quando do momento da elaboração do
texto
o texto literário exclui essencialmente a interferência da história para não ficar fora de
moda
a história comanda o processo criativo literário, sem permitir qualquer outra ocorrência
essa relação é inexistente, já que uma parte é imune à outra
o texto literário como documento da história ou a história como contexto são elementos
eternamente relacionados

Ref.: 201708217464

6a Questão

A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. Leia com atenção
e responda ao questionamento proposto.

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois:

É dotado de caráter objetivo


É composto por uma narrativa
É predominantemente referencial
É isento de emotividade
É composto por uma linguagem poética

Ref.: 201708217461

7a Questão

O texto literário distingue-se notadamente pelo fato de:


Não ser subjetivo
Impedir um diálogo com a realidade, já que não tem relação com ela
nele predominar a função referencial da linguagem
transformar a realidade, servindo-se dela como modelo
ser composto de uma linguagem denotativa, que impede a plurissignificação

Ref.: 201708217516

8a Questão

O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o
atentamente:

Lembretes

"É importante acordar a tempo é importante penetrar o tempo é importante vigiar o desabrochar
do destino."

(FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.)

A sequência dos "lembrete" torna-se complexa ao longo do poema por meio de metáforas cada
vez mais abstratas. Aponte qual o possível significado metafórico da expressão "vigiar/o
desabrochar do destino", na última estrofe:

Atentar para a fase madura da existência


Decidir sempre em função da velhice
Esquecer o passado em função do futuro
Viver a vida em função do futuro
Conscientizar-se da vida como um todo

1a Questão

No que diz respeito à relação Literatura X História pode-se afirmar que:

o texto literário como documento da história ou a história como contexto são elementos
eternamente relacionados
essa relação é inexistente, já que uma parte é imune à outra
a história não faz parte da preocupação doa autor quando do momento da elaboração do
texto
a história comanda o processo criativo literário, sem permitir qualquer outra ocorrência
o texto literário exclui essencialmente a interferência da história para não ficar fora de
moda
Ref.: 201708217540

2a Questão

Literatura: Significado de Literatura s.f. Arte de escrever trabalhos artísticos em prosa ou


verso. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época. Profissão de homem de
letras: dedicar-se à literatura. Conjunto de obras sobre um determinado assunto; bibliografia:
literatura sobre o câncer. Literatura de cordel, literatura popular, de pouco ou nenhum valor
literário, geralmente em brochuras ou folhetos pendurados em cordel de bancas de jornaleiros
ou vendidos em feiras do Nordeste. Literatura de ficção, o romance, a novela, o conto.
Podemos perceber que o texto acima é um texto não-literário, pois:

É dotado de plurissignificação
Não permite várias leituras
Revela a parcialidade do autor
É composto por metáforas
É composto por uma linguagem lírica

Ref.: 201708219177

3a Questão

Como exemplo de texto literário temos:

o romance
a reportagem jornalística
o ensaio político
a crítica de arte
o relatório

Ref.: 201708217464

4a Questão
A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. Leia com atenção
e responda ao questionamento proposto.

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois:

É composto por uma linguagem poética


É composto por uma narrativa
É predominantemente referencial
É isento de emotividade
É dotado de caráter objetivo

Ref.: 201708217458

5a Questão

Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o
escritor entrando no ¿reino das palavras¿. Procura da poesia Não faças versos sobre
acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol
estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não
contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão
infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são
indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a
longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a
em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música
ouvida de passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a
natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada
significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não
invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim,
teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem
na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que
se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que
esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na
superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes
de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um
realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a
desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema.
Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e
contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem
interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de
melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de
sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drurmmond de.
Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José Aguilar,1973. Após a sua leitura podemos afirmar
que texto apresenta:

Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados


Referencialidade: o autor usa as palavras no sentido denotativo
Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos
Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão
Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade

Ref.: 201708217517

6a Questão

O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o
atentamente.

Lembretes,

"É importante acordar

a tempo

+++++

é importante penetrar

o tempo

++++

é importante vigiar

o desabrochar do destino."

FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.

Em cada estrofe, a escritora nos lembra de algo importante acerca da vida humana. Explique a
que atitudes, comportamentos ou momentos da existência a escritora se refere em cada uma
das três estrofes do poema, na ordem em que aparecem.

Enxergar a realidade / perceber o decorrer da vida / deixar a vida passar.


Isolar-se da vida e deixá-la passar
Deixar a vida passar / Dominar o tempo / Enxergar a realidade.
Perceber o decorrer da vida / dominar o tempo / enxergar a realidade.
Enxergar a realidade / dominar o tempo / perceber o decorrer da vida.

Explicação:
Os verbos acordar, penetrar e vigiar dão o sentindo simultaneamente de : percepção da
realidade, dominio da realidade e percepção de continuidade da vida.

Ref.: 201708217516

7a Questão

O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o
atentamente:

Lembretes

"É importante acordar a tempo é importante penetrar o tempo é importante vigiar o


desabrochar do destino."

(FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.)

A sequência dos "lembrete" torna-se complexa ao longo do poema por meio de metáforas cada
vez mais abstratas. Aponte qual o possível significado metafórico da expressão "vigiar/o
desabrochar do destino", na última estrofe:

Conscientizar-se da vida como um todo


Atentar para a fase madura da existência
Esquecer o passado em função do futuro
Decidir sempre em função da velhice
Viver a vida em função do futuro

Ref.: 201708217537

8a Questão

Considerando-se que a literatura constitui-se com parte de um processo histórico, podemos


afirmar que a história do livro confunde-se, em muitos aspectos, com a história da humanidade.

A afirmativa é falsa, pois a escolha de frases e temas é imposta


pelo poder
A afirmativa é verdadeira, pois ao escolherem frases e temas, os
autores se deixam influenciar por suas posturas políticas e sociais
A afirmativa é falsa, pois ao escolherem frases e temas, os
autores não consideram somente o que lhes é imposto pelo poder
A afirmativa é verdadeira, pois ao escolherem frases e temas, os
autores estão elegendo o que consideram significativo no
momento histórico e cultural em que vivem
A afirmativa é falsa, pois ao escolherem frases e temas, os
autores não consideram a realidade

Ref.: 201708217541

1a Questão

Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

Nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia, Fernando Pessoa:

Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu
efeito no leitor.
Isola autor e leitor em prol de uma obra independente de ambos.
Expõe a objetividade da criação literária.
Identifica o processo de criação literária com o da redação de uma constituição.
Aponta que o texto literário não deve ser utilizado com linguagem subjetiva, por não ser
o espaço ideal para tal.

Ref.: 201708217456

2a Questão

Quanto ao sentido, podemos dizer que um texto:

Obedece a um plano preexistente estipulado pelo autor


Tem seu sentido atado ao significado das palavras
É fechado ao leitor
É construído na interação texto-sujeitos, e não algo que preexista a essa interação
É um elemento cujas possibilidades de leitura são limitadas

Explicação:

O sentido do texto resulta do processo de interação entre o próprio texto e o leitor.


Ref.: 201708217510

3a Questão

O poema a seguir, de Raimundo Correia, é a base para a questão que se segue. Leia com
atenção e responda.

As pombas

Vai-se a primeira pomba despertada ...


Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada ...

E à tarde, quando a rígida nortada


Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,


Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,


Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais... "

Fonte: www.mundocultural.com.br

Os dois últimos versos do poema revelam:

Um inconformismo com a possibilidade de se realizarem todos os sonhos


Um conformismo em relação às desilusões vividas na juventude
Um valorização das desilusões em favor da alienação.
Uma visão pessimista da condição humana em relação à vida e ao tempo
Uma valorização do amadurecimento após a realização dos sonhos de juventude

Explicação:

Os dois últimos versos do soneto em questão revelam uma visão desencantada da existência.

Ref.: 201708217427

4a Questão
Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus
textos:

"Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a
vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo
sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam
ser alertados para a situação da miséria no Nordeste."

De acordo com as palavras do autor, percebe-se a profunda e enriquecedora relação entre:

O autor e o leitor somente


O autor e seus gostos pessoais
O autor, a realidade e o leitor
O autor e a realidade sertaneja
O autor e a sua história de vida

Ref.: 201708219175

5a Questão

Qual das alternativas é a definição efetiva de DENOTAÇÃO?

Uso subjetivo de palavras que ajustam o seu significado ao contexto onde estão
empregadas
Uso da palavra para decorar textos, sem quakquer compromisso com o sentido
É a omissão das palavras para que o interlocutor invente a sua ocorrência
Uso da palavra em seu sentido literal, real. Tal como se apresenta no dicionário.
É utilização da palavra em ambientes de escrita técnica e regional.

Ref.: 201708217532

6a Questão

Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda.

O último pajé

Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé,
crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu
dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão
sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das
matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva
sobranceira Para beijar a terra brasileira."

Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.)

Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente
muda" refere-se a:

A opressão e o abandono sofridos pelo índio.


A suave adaptação do índio após a colonização
A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio
A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações
A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio

Ref.: 201708217536

7a Questão

23. Quanto ao sentido podemos dizer que um texto:

Deve ser interpretado pelo sentido atado ao significado das palavras


É fechado ao leitor, que necessita se interar das intenções do autor
Segue sempre um plano preexistente determinado pelo autor
Tem sempre possibilidades de leitura limitadas
É construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação

Ref.: 201708217535

8a Questão

Leia com atenção trecho proposto:

"Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia


os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como
já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto,
as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o
processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290).

Assinale a alternativa em se observe a proposta de Bakhtin:

Que o leitor domina o processo de leitura, já que é o destinatário do texto


Uma atitude passiva diante do processo de leitura, sendo as partes reconhecidamente
distantes
Que o leitor, concorde ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as etc., uma
vez que "toda compreensão é prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra,
forçosamente¿
Uma atividade de leitura totalmente autônoma, pois as partes são independentes
Que o autor domina o processo de leitura, sendo o comandante do processo

1a Questão

Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um
processo revelador porque:

Renega a realidade que o cerca, anulando-a.


A construção literária é um processo
Esconde o que pode desgostar o leitor.
No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela

Ref.: 201708426139

2a Questão

"A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das
representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que
representa o conceito básico de mímesis.

Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a
arte.
Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que
serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que
serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para
explicar a arte.

Ref.: 201708217723

3a Questão
No caso da literatura, qual o material que preserva a visão que o autor propõe da realidade -
mimeses?

A imaginação, alheia à realidade


O livro, suas letras e pontuação
As ilustrações dos livros com suas cores e traços
O contexto histórico, com suas estratificações sociais e conflitos
As previsões sobre a realidade e suas conseqüências no dia a dia das pessoas

Ref.: 201708217740

4a Questão

É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura?

Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular
Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema
Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural
Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura
Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a
existência daquela

Ref.: 201708217450

5a Questão

O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o
velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e
profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora
erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente,
Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o
joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé.
1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que:

Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion confirma a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion não desfigura a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion inverte a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion desfigura a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion anula a realidade em que se baseia

Ref.: 201708217718

6a Questão

A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis
nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são
os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito,
basicamente tem a ver com o conceito de:

mimeses
observação
catharsis
adjetivação
pontuação

Ref.: 201708217741

7a Questão

O que é cultura?

Não se pode definir cultura, já que é um elemento de difícil percepção na sociedade


humana
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos que procura aceitação por um
grupo
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos particulares a cada indivíduo
isoladamente
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos e imagens validado na aceitação e
adoção por parte de um grupo
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos impostos a um grupo por meio da
validação da vontade de poucos

Ref.: 201708217562
8a Questão

Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico,
cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo
Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal.
Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina
do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o
heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser
humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou
mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a
mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão,
E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se
cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho
de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu.
Machado de Assis Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em
verso, Machado dialoga com a realidade sob a forma de:

ironia
repulsa
desconfiança
elogio
desprezo

1a Questão

O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o
velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e
profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora
erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente,
Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o
joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé.
1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que:

Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion desfigura a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion anula a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion confirma a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion não desfigura a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de
Péthion inverte a realidade em que se baseia

Ref.: 201708217467

2a Questão
Leia o trecho do poema que se segue:

Autopsicografia

"O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

Assinale a alternativa que sintetize a atitude do autor nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia
de Fernando Pessoa:

Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu
efeito no leito
Expõe a mola mestra do processo de criação literária no que diz respeito à questão da
objetividade
Aponta que o texto literário não permite o trabalho com a subjetividade, por não ser o
espaço ideal para tal
Isola autor e leitor em prol de uma obra independente de ambos
Identifica o processo de criação literária com o da redação de uma reportagem

Ref.: 201708219183

3a Questão

Podemos definir catharsis como:

a escrita baseada na versificação


a imitação da realidade no ambiente literário
a libertação promovida pela criação artística
a narrativa no presente
a composição baseada em rima alternadas
Ref.: 201708217740

4a Questão

É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura?

Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a
existência daquela
Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural
Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular
Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura
Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema

Ref.: 201708217720

5a Questão

Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um
processo revelador porque:

Esconde o que pode desgostar o leitor.


A construção literária é um processo
No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
Renega a realidade que o cerca, anulando-a.
a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela

Ref.: 201708217736

6a Questão

O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação ao


que foi dito, podemos afirmar que:

A afirmação é invalida, pois a linguagem do texto literário é incalculável


A afirmação é correta, pois para que uma obra literária sobreviva ela, é constituída por
uma linguagem impenetrável
Isso acontece, pois o texto literário em relação à linguagem, mas não à leitura
A afirmação é incorreta, pois para que uma obra literária sobreviva, é constituída por
uma linguagem impenetrável
Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização

Ref.: 201708217460

7a Questão

Em relação à obra literária, podemos afirmar que:

Ela não funciona como o espelho da sociedade, fornecendo dados imprecisos para a sua
análise e compreensão
Ela é refratária à sociedade, já que o permanece à margem da mesma
Ela funciona como o espelho da sociedade, fornecendo dados para a sua análise e
compreensão
Ela é não refratária à sociedade, mesmo que o permaneça à margem da mesma
Ela funciona com um espelho parcial da sociedade, pois é incapaz de dar conta da sua
representação

Ref.: 201708217727

8a Questão

Numa narrativa, percebermos as personagens se relacionando umas com as outras, bem como
suas características físicas e psicológicas e relações de amizade e antagonismo. Percebemos
também:

A dimensão social e econômica da realidade à qual o autor pertencia.


Somente a moda que deriva da obervação e imitação da realidade.
Somente a dimensão econômica da realidade a qual o autor pertencia.
Uma perspectiva alheia e anterior à sociedade que o autor desenvolve.
Somente a dimensão social da realidade escolhida pelo leitor.

1. O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios


devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance,
provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor.
Análise, pressupõe auto-análise, na qual se deve interrogar-se sobre seus próprios
sentimentos, sua maneira de viver, de sentir as coisas. É necessário analisar sua
relação pessoal com o mundo e com os outros (no passado, no presente e no futuro).
Qual é a evolução individual dos personagens no que se refere a sexo, idade,
sociedade, lugares onde vive, etc. Análise objetiva da existência: viver, amar, sofrer,
morrer. Interrogar-se sobre o sentido da existência humana (fora de todo contexto de
sexo ou idade). Analise dos fatos históricos, sociais, etc., segundo a época e o lugar
escolhido: é indispensável respeitar um mínimo de autenticidade (não hesitar na
utilização de documentos caso necessário, os quais podem ser encontrados numa
biblioteca ou em revistas especializadas).

A partir da leitura do texto acima, marque a alternativa que define


corretamente romance:

é um gênero sem identidade, pois não é possível defini-lo.


é um gênero em formação constante, atualizando-se a cada experiência de redação
e leitura.
é um gênero de desinformação constante, já que se baseia na fuga da realidade.

é um gênero em contradição constante, pois a realidade não o afeta

é um gênero acessível para uma classe de leitores especificamente eruditos.

2. TEXTO I

Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria
revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar,
que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por
todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais;
nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a
dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e
agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e
indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às
épocas. RIO, J. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia
das Letras, 2008 (fragmento)

TEXTO II

A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como


se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz.
O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o
sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a
rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou
cumprimento com as raparigas pobres, ela continuou o seu caminho
arrepanhando as saias que nem uma duquesaatravessando os seus
domínios. BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de
Janeiro: Ed Mérito(fragmento)

A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e


romances do séculoXIX e do XX muitos dos quais elegem a rua para
explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista,
respectivamente, como lugar que:
possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais

propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal

desperta sensações contraditórias e desejos de reconhecimento

promove o anonimato e a segregação social

favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos

Gabarito Coment.

3. Leia o fragmento abaixo de Monteiro Lobato.

Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não;
fosca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.Nascera
na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos
cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos.
Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.Excelente
senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres,
com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu.
Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de
jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências,
discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma, dama de grandes
virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral, dizia o reverendo.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne
viva (...). A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar das
crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos, e daquelas
ferozes, amigas de aquelas de ouvir cantar o bolo e fazer estalar o
bacalhau. Nunca se afizera ao novo regime, essa indecência de negro
igual.

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores


contraditórios. Essa condição infere-se no contexto, pela:

resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do


texto
falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas

ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças

receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas

rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos

Gabarito Coment.

4. Leia o texto a seguir:


Capitães d' areia, Jorge Amado - Crianças ladronas
As aventuras sinistras dos "Capitães da Areia" - A cidade infestada por crianças que
vivem do furto - urge uma providência do Juiz de Menores e do chefe de polícia -
ontem houve mais um assalto Já por várias vezes o nosso jornal, que é sem dúvida
o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido noticias
sobre a atividade criminosa dos "Capitães da Areia", nome pelo qual é conhecido o
grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. Essas crianças
que tão cedo se dedicaram à tenebrosa carreira do crime não têm moradia certa ou
pelo menos a sua moradia ainda não foi localizada. Como também ainda não foi
localizado o local onde escondem o produto dos seus assaltos, que se tornam
diários, fazendo Jus a unia Imediata providência do Juiz de Menores e do dr. Chefe
de Polícia.

http://www.culturabrasil.org/zip/capitaesdeareia.pdf

O fragmento apresentado faz parte da obra Capitães


d'areia, de Jorge Amado. Após a leitura, que característica
do romance, enquanto gênero literário, predomina no
texto?

A representação da elite baiana.

A representação das inquietações daqueles que fazem parte da


aristocracia baiana.

A representação dos diversos segmentos sociais. Dentre eles, o


submundo dos ladrões.
A representação da falta de habilidade da justiça brasileira, pois
não consegue localizar os menores infratores.
A representação das aventuras de alguns meninos.

Gabarito Coment.

5. "O romance é a epopéia do mundo abandonado por Deus; a psicologia


do herói romanesco é a demoníaca: a objetividade do romance, a
percepção virilmente madura de que o sentido jamais é capaz de
penetrar inteiramente a realidade(...) tudo isso redunda numa única e
mesma coisa , que define os limites produtivos(...) ao mesmo tempo
que remete ao momento histórico-filosófico em que os grandes
romances são possíveis" (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34.
2009. p.90).

De acordo com a leitura do fragmento ofercido, percebemos:

não há a menor conexão entre literatura e contexto humano e social.


que a obra literária acompanha a evolução histórico-filosófica pela qual passa a
humanidade e se adapta a novos padrões sociais e de comportamento.
a) que a obra literária permanece alheia às mudanças históricas e filosóficas que
afetam a humanidade.
que a obra literária permanece alheia às mudanças históricas e filosóficas que
afetam a humanidade, pois não consegue acompanhá-las
não há correspondência entre exercício literário e estar no mundo fazendo parte da
realidade.

Gabarito Coment.

6. Leia o texto abaixo:

O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva


da vida não é mais dada de modo evidente, para a qual a imanência
do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem
por intenção a realidade. (LUKÁCS,G. A teoria do romance. Editora
34.2009)

O trecho extraído da obra de Georg Lukács confirma-se quando


percebemos que:

epopéia e romance não diferem em nada. O que acontece é meramente uma


mudança de nomes
epopéia e romance são textos totalmente diferentes, não havendo entre eles
qualquer relação
o romance deu origem à epopéia
o romance pode ser visto com uma decorrência da epopéia em função do tempo, do
espaço e do público
o romance assemelha-se à comédia em sua gravidade e profundidade

7. Qual das características abaixo NÃO diz respeito ao romance.


O romance, enquanto discurso, enfoca o indivíduo nos seus mais variados aspectos

O romance tem a sua temática baseada nas lendas e na memória do povo.

O romance discute e contemporaneidade.

O tempo do romance é o presente.

A fonte do romance é o tempo presente

Gabarito Coment.

8. Leia atentamente o texto abaixo:

Apresentação - nesta parte, o ficcionista mostra ao leitor os


primeiros dados do mundo construído, personagens e suas
características, espaço em que se movimentam, as relações entre si, e
as referências temporais. Complicação - é o momento em que se
rompe o equilíbrio do estado inicial, surgem conflitos e ocorrem
transformações, onde o encadeamento dos episódios conduz a
narrativa a um ponto de tensão. Clímax - é o ponto máximo de
tensão. Desfecho ou desenlace - situação final, ou seja, o equilíbrio
que se restabelece depois do clímax.

Os elementos acima mencionados ¿ apresentação, complicação, clímax


e desfecho ou desenlace ¿ compõem o gênero:

crítica

poesia

narrativa

análise

síntese

1. Leia os fragmentos abaixo:

Texto 1

Acompanha os personagens a todos os lugares, entra-lhes na mais


recôndita intimidade, como um agudíssimo olho secreto devassa-lhes o
mundo psicológico [...] (Massaud Moises, A Criação Literária)

Texto 2

Aurélia concentra-se de toda dentro de si, ninguém ao ver essa gentil


menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria eu nesse
momento ela agita e resolve o problema de sua existência, e prepara-se
para irremediavelmente para sacrificar todo o seu futuro [...] (José de
Alencar, Senhora)

Contrapondo o que dizem os autores em relação à teoria apresentada e o


trecho do romance em questão, podemos dizer que o narrador presente
no fragmento de José de Alencar é:

É incerto e não se pode definir o seu tipo


É Interno ou de Primeira Pessoa devido à ocorrência dos verbos pude, tive e
contava, flexionado na 1ª pessoa do singular
É externo ou de Terceira Pessoa pois o narrador é somente um observador

É externo ou de Terceira Pessoa, pois o narrador dialoga com outro personagem

É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas

Gabarito Coment.

2. "Deve-se escolher traços fora do comum com originalidade. É preciso


desenvolver a personalidade do personagem ao máximo. Preocupar-se
com realismo, para o qual se devem pesquisar detalhes e fatos de
acordo com a época e o lugar escolhido." O parágrafo acima trata

do processo de composição do personagem que integra o romance.


do processo criativo relativo à construção do cenário onde se desenrola a ação do
romance.
do processo criativo que rege a composição da Epopéia.

processo da organização cronológica interna ao romance.

do processo criativo relativo à construção poética.

Gabarito Coment.

3. Assim, ________deve sempre oscilar entre a ficção e a realidade.


Deve não apenas fazer o leitor sonhar, mas também fazê-lo refletir.
Ficção-realidade, mas fazendo sonhar, criar um mundo fora deste
mundo. (Baudelaire). Deve-se prender a atenção do leitor através de
elementos verdadeiros e autênticos, não o deixando perder-se dentro
de um labirinto louco.

O termo que melhor preencheria a lacuna acima é:


O relatório

O resumo

O poema

O romance

O sermão

Gabarito Coment.

4. Leia os fragmentos abaixo.

Fragmento I : Acompanha os personagens a todos os lugares, entra-


lhes na mais recôndita intimidade, como um agudíssimo olho secreto
devassa-lhes o mundo psicológico [...] (Massaud Moises, A Criação
Literária)

Fragmento II: Aurélia concentra-se de todo dentro de si; ninguém ao


ver essa gentil menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria
que nesse momento ela agita e resolve o problema de sua existência;
e prepara-se para sacrificar irremediavelmente todo o seu
futuro. (José de Alencar, Senhora)

Contrapondo o que dizem os autores em relação à teoria apresentada


e o trecho do romance em questão, podemos dizer que o narrador
presente no fragmento de José de Alencar é:

É incerto e não se pode definir o seu tipo

É externo ou de Terceira Pessoa pois o narrador é somente um observador


É Interno ou de Primeira Pessoa devido à ocorrência dos verbos pude, tive e
contava, flexionado na 1ª pessoa do singular
É externo ou de Terceira Pessoa, pois o narrador dialoga com outro personagem

É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas

5. Leia o texto abaixo:

O verso trágico é duro e cortante, isola e cria distâncias. Ele reveste


os heróis com toda a profundidade de sua solidão oriunda da forma,
não permite surgir entre eles outras relações que não as de luta e
aniquilação; em sua lírica podem ressoar o desespero a e embriaguez
do caminho e do fim (...) jamais irromperá como por vezes a prosa o
permite um trato puramente humano e puramente psicológico entre
os personagens, jamais o desespero se tornará elegia e a embriaguez,
aspiração por suas próprias alturas (...) (Lukács, G. A teoria do
romance. Editora 34. 2009)

No trecho acima citado, Lukács aponta para uma diferenciação entre:

epopéia e romance

realidade e ficção

prosa e poesia

romance e crítica

prosa e ficção

Gabarito Coment.

6. Leia os fragmentos de textos abaixo.

Texto I

Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o


trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram então
para o trapiche. Nãomais estranhas, porém, que aqueles meninos,
moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os
nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por
debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o
casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava,
mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos
presos às canções que vinham das embarcações...AMADO, J. Capitães
da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).

Texto II

À margem esquerda do Rio Belém, nos fundos do mercado do peixe,


ergue-se o velho ingazeiro, ali os bêbados são felizes. Curitiba os
considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaça e
pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado.
TREVISAN, L. 35 noites de paixão: contos escolhidos.Rio de Janeiro:
BestBolso, 2009 (fragmento).

Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de


uma abordagem literária recorrente na Literatura Brasileira do século
XIX. Podemos afirmar que em ambos os textos:

o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão

a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens

a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados

a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta

o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social


7. Qual é a estrutura básica do romance? Marque a alternativa que
contenha os elementos dessa estrutura:

Ação, foco narrativo ou ponto de vista do narrador, tempo e rima.

Ação , tempo, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador.

Ação , tempo, espaço, e crítica social ou ponto de vista do narrador.

Narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador.


Ação , tempo, espaço, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do
narrador.

Gabarito Coment.

8. Se compararmos o romance e a epopéia veremos que a grande


diferença entre os dois gêneros diz respeito

À questão do tempo, já que a epopéia desenrola-se no passado e o romance,


no presente
ao fato dos dois textos estarem calcados na herança histórica de um povo.
Ao fato de que o romance apresenta um personagem principal, ao contrário da
epopéia.
Na verdade, não existe nenhuma diferença entre os gêneros
Ao fato da epopéia ter começo, meio e fim; dieferentemente do romance, que
não tem uma conclusão óbvia.
Ref.: 201708219112

1a Questão

Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes relações com o tempo em que o
enredo se desenvolve. No conto, como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da
narrativa?

O leitor gosta de narrartivas longas


O autor do conto n.ao tem noção de tempo
Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa
Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado.
Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas
horas ou dias.

Ref.: 201708219123

2a Questão

Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,


romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um
operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o
maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela
madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula
na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus
conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de:

representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus


trabalhos e vida cotidiana
explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa,
destacando como tema seus principais feitos
fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um
renomado escritor
questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando
sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos
apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem
tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva

Ref.: 201708219137

3a Questão

Qual é o foco do conto?

Atualizar o leitor, já que é puramente informativo


Divertir o leitor a partir de uma narrativa incompleta
Convencer o leitor, pois é instrumento político
Levar o leitor ao desfecho, o clímax da narrativa
Emocionar o leitor, pois se ocupa de fatos trágicos
Ref.: 201708217593

4a Questão

Qual das afirmativas abaixo não se refere ao conto?

Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de


vista e enredo
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão
Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade
de seus temas
O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional
Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação

Ref.: 201708219140

5a Questão

O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e
complexos. Essa afirmativa é:

Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto


Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas
mais profundas
Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão
Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia
Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário

Ref.: 201708449515

6a Questão

"As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas
personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra
figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser
estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa
plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS, Massaud. A
Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127.

O que garante ao conto uma unidade de ação?

O embate entre os personagens


A descrição do estado emocional dos personagens
O número de linhas que formam o conto
A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
O narrador garante a unidade do Conto

Ref.: 201708217595

7a Questão

Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto?

O conto é conciso
O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado número
de páginas
O conto é mais curto que a novela ou o romance
O conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax
Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o
conto

Ref.: 201708217594

8a Questão

Qual das afirmativas abaixo se refere ao conto?

Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, ponto


de vista e enredo
O conto é um relatório baseado na realidade
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão
A total compreensão de um conto depende do acompanhamento das
rimas internas
Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-
se à complexidade de seus temas
OFICINA LITERÁRIA Lupa Calc.
CEL0239_A5_201708167528_V2
Vídeo PPT MP3

Aluno: ESTER PINHEIRO SANTANA Matrícula: 201708167528

Disciplina: CEL0239 - OFICINA LITERÁRIA Período Acad.: 2018.1 EAD (G) / EX

Prezado (a) Aluno(a),

Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá
ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).

Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este
modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.

1. Qual das afirmativas abaixo não se refere ao conto?

Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação


Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à
complexidade de seus temas
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão

O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional


Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens,
ponto de vista e enredo

Gabarito Coment.

2. O ______ é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no


sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características,
estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou
impressão total ¿ da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-
1904): o ______precisa causar um efeito singular no leitor; muita
excitação e emotividade. Os termos que melhor preencheriam os
espaços acima são:

romance - romance
romance - capítulo

conto - resumo

romance - conto

conto - conto

Gabarito Coment.

3. Sobre o estudo do conto feito em nossas aulas, qual a única das


assertivas abaixo que atende ao que foi apresentado sobre este
tema?

O conto é a forma descritiva, em prosa, de menor extensão.

O conto tem características estruturais iguais às da novela e do romance.


O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e
emotividade.

O conto versa sobre um único assunto e não é classificado por tipo.

O conto de menor extensão deve parecer com a novela.

Gabarito Coment.

4. O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos


psicológicos profundos e complexos. Essa afirmativa é:

Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações


psicológicas mais profundas
Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário

Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia

Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão

Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto


Gabarito Coment.

5. Sabemos que o conto é uma narrativa que é elaborada a partir do


trabalho peculiar em relação ao tempo, ao espaço e aos personagens.
Assim sendo, como podemos definir a temporalidade trabalhada no
conto?

Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado

O autor do conto n.ao tem noção de tempo


Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas,
algumas horas ou dias
O leitor gosta de narrativas longas

Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa

Gabarito Coment.

6. Pensando no conto em comparação com a crônica, podemos dizer


que:

não há sequer um elemento que aproxime esses dois tipos de textos


são tipos de textos extremamente semelhantes, ficando difícil estabelecer os
limites entre eles
só a crônica tem uma estrutura narrativa

só o conto tem uma estrutura narrativa

esses dois tipos de textos são completamente destinados à informação

7. Ao ler um conto, a compreensão do leitor deve ser imediata. Sendo


assim, escolha a alternativa que conceitue a linguagem utilizada
nessa forma de narrar.
A linguagem pode ser representada pelo silêncio da personagem. Sendo assim, o
diálogo não tem importância.
A línguagem revela múltiplas intenções do narrador.

A linguagem deve ser clara, objetiva. Não há muitas metáforas.

A linguagem não tem importância para o desenrolar do conflito.


A linguagem é subjetiva. Há muitos implícitos que precisam ser desvendados pelo
leitor.

Gabarito Coment.

8. O que garante ao conto uma unidade de ação?

O número de linhas que formam o conto

A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola

O embate entre os personagens

A descrição do estado emocional dos personagens

O narrador garante a unidade do Conto

1. O que é o conto?

uma narrativa predominantemente lírica, montada em versos livres


uma narrativa de dimensões reduzidas, centrada na caracterização dos
personagens
uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola
diretamente. Sem pausas
uma narrativa que não tem características que se liguem às noções de tempo e
espaço
uma narrativa de dimensões variáveis, criada para informar o leitor

Gabarito Coment.

2. Qual é o foco do conto?


os personagens

o tempo

o cenário

o cenário e os personagens.

o leitor

3. Sobre o conto, é correto afirmar que:

Tudo deve ser muito simples, com grandes complicações psícológicas e com
grandes peripécias.
Ele trata, geralmente, de uma situação, a qual se desenrola com pausas e com
recuos.
O clímax da história é o momento com o máximo de tensão. Neste momento final,
há várias descrições.
A chave para se entender o conto, enquanto gênero, está na concentração de sua
trama.
É possível falar sobre vários assuntos ou apresentar várias situações dentro do
conto.

Gabarito Coment.

4. Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto?

O conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um
clímax
O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado
número de páginas
O conto é conciso

O conto é mais curto que a novela ou o romance


Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece
com o conto

Gabarito Coment.
5. "As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem
estabelecer-se com poucas personagens. Só não existe o conto com
uma única personagem. Se uma só aparecer, outra figura deve estar
atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens
tendem a ser estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na
personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa plasticamente o
apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS,
Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127.

O que garante ao conto uma unidade de ação?

O número de linhas que formam o conto

O embate entre os personagens

O narrador garante a unidade do Conto

A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola

A descrição do estado emocional dos personagens

Gabarito Coment.

6. Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes


relações com o tempo em que o enredo se desenvolve. No conto,
como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da narrativa?

Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado.

O leitor gosta de narrartivas longas


Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas,
algumas horas ou dias.
O autor do conto n.ao tem noção de tempo

Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa

7. Qual é o foco do conto?

Levar o leitor ao desfecho, o clímax da narrativa


Atualizar o leitor, já que é puramente informativo

Emocionar o leitor, pois se ocupa de fatos trágicos

Divertir o leitor a partir de uma narrativa incompleta

Convencer o leitor, pois é instrumento político

Gabarito Coment.

8. Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista,


poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de
Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de
negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-
se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito
cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se
deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública,
única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando
os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado
constitui-se de:

questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica,


ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos
fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um
renomado escritor
representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus
trabalhos e vida cotidiana
explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa,
destacando como tema seus principais feitos
apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem
tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva

1. Sabemos que a palavra crônica deriva da palavra grega Chrônos. A


partir desta informação, escolha a alternativa que estabeleça a relação
entre esta forma de narrar e o tempo.

Trata-se de um conjunto de fatos resgatados de um passado


histórico.

Trata-se de um conjunto de fatos reunidos dentro de uma ordem


cronológica.

Trata-se de um conjunto de fatos que alternam a marcação


cronológica com o fluxo de memória.
Trata-se de um conjunto de fatos ordenados a partir de um tempo
psicológico.
Trata-se de um conjunto de fatos desordenados, seguindo o fluxo
de consciência do narrador.

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

2. A crônica é uma forma de narrar que utiliza o jornal como


veículo de divulgação. No entanto, por que não podemos
considerá-la como um texto, exclusivamente, jornalístico?

Porque apresenta fatos distantes da realidade.

Porque os fatos narrados estão, por séculos, distantes do tempo


de narração.

Porque se trata de um texto que seleciona os fatos do cotidiano e os


reveste de imaginação.
Porque o leitor sempre duvida da veracidade dos fatos narrados.
Porque apresenta o uso excessivo da formalidade da língua.

Gabarito Coment.

3. Vamos Acabar Com Esta Folga


Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)

O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de


sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras.
Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos,
alemães, o diabo.

De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou


que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa
inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte
como o alemão, levantou-se de lá e perguntou:

-Isso é comigo?

- Pode ser com você também - respondeu o alemão.


Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma
traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão
repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-
se então um português que era maior ainda do que o turco.
Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e
não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos
e caiu sem sentidos.

O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez


ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia
homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um
inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E
depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um
norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café levantou-se
um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar,
como os outros:

- Isso é comigo?

O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro


deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim
pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e...
pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta
força que quase desmonta o brasileiro.

Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a


história termina aí, madame. Termina aí que é pros
brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar
que são mais malandros do que os outros.

"O Melhor da Crônica Brasileira - 1", José Olympio Editora -


Rio de Janeiro,
1997.http://www.releituras.com/spontepreta_folga.asp

Observe que, no texto apresentado, as personagens não


têm nomes. Sabemos que se trata de um alemão, de um
turco, de um francês, de um inglês, de um norueguês e de
um brasileiro. Este fato não caracteriza uma regra, mas
um aspecto recorrente na crônica. Sendo assim, escolha
a alternativa que indica o que isto significa.

Não importa o nome das personagens, porque o texto está


centrado no humor.

Não importa o nome das personagens, porque o importante é


identificar a nacionalidade de cada um.

Não importa o nome das personagens, porque o foco de texto é


o uso da linguagem coloquial.
Não importa o nome das personagens, porque o importante é a
caracterização psicológica de cada uma.

Não importa o nome das personagens, pois o destaque do


texto é a trivialidade.

Gabarito Coment.

4. A redação da crônica prioriza o texto simples e leve. Nela percebe-se a


comicidade e a fantasia transformando o fato retirado, pelo autor, do
vai e vem do cotidiano. Pensando no que foi dito, podemos dizer que a
crônica é dirigida a

um público jovem, pois tem a ver com essa faixa etária.

leitores eruditos, pois é preciso ter muita cultura para entender uma crônica.
um público que tem como objetivo a obtenção de informações precisas sobre a
realidade.
qualquer tipo de leitores, já que o estilo da crônica não cria barreiras à leitura.

grupos profissionais específicos, já que o seu vocabulário é muito específico .

Gabarito Coment.

5. Leia o texto a seguir:


Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia
ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto
saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro
velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal
da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o
fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com
esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
http://pensador.uol.com.br/frase/NTE3MzQ5/
No fragmento apresentado, as personagens não possuem
nomes. Sabemos, apenas, que se trata de uma velhinha e de um
fiscal. Que relação existe entre este fato e a crônica?
A crônica destaca o tempo, por isso não é dado importância ao nome
das personagens.
A crônica dá ênfase aos aspectos psicológicos das personagens,
por isso não revela preocupação em nomeá-las.

A crônica destaca a trivialidade, por isso, algumas vezes, não


aparecem os nomes das personagens.

A crônica, por apresentar a referencialidade do jornal, não cita


nomes.

A crônica destaca o narrador. Não há preocupação com as


personagens.

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

6. Tanto a crônica quanto o conto são formas curtas de


narrar. Sendo assim, qual das alternativas abaixo
apontam a principal diferença entre esses dois
gêneros literários?

A crônica se diferencia do conto por dar destaque à trivialidade.

A crônica se diferencia do conto por apresentar temas com


profundidade psicológica.
A crônica se diferencia do conto por nomear as personagens.
A crônica se diferencia do conto por apresentar poucas
personagens
A crônica se diferencia do conto por privilegiar a presença do
narrador-personagem

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

7. A falta de determinados detalhes na composição das crônicas, como a


falta de nomes, por exemplo, revela:
A complexidade de um texto que tem um objetivo maior do que citar nomes e
detalhes.
A trivialidade característica desse gênero que pretende uma narraitiva simples e
leve
O descaso do autor para com as pessoas.

A vaidade do autor, já que o único nome que percebemos de fato é o dele.


A falta de memória do autor, já que não registra nomes das pessoas que povoam
os fatos contados.

Gabarito Coment.

8. Dentre as alternativas abaixo, escolha aquela


que NÃO apresenta uma informação que nos faz
considerar a crônica um texto literário.

O cronista recria o real de acordo com o seu olhar.


O cronista apresenta o real como é. Está centrado, apenas, na
referencialidade do jornal.

O cronista valoriza os aspectos mais comuns do cotidiano

O cronista tem por objetivo conquistar qualquer leitor.


O cronista reveste o real de fantasia e imaginação.
1. Sabemos que a "tensão" é a essência do dramático. Quais são as duas
características principais que as movem?

Pathos e dor

Pathos e problema

Pathos e paixão

Pathos e esperança
Pathos e prazer
2. Trata-se de um sentimento exacerbado. É a paixão. Para expressá-lo,
o autor dramático cria um tipo de linguagem comovente e arrebatada.
Esta linguagem traduz a resistência da personagem diante dos
embates gerados pelo mundo que a cerca. A fala inpregnada
de profundo pesar é impetuosa e pressupõe um outro que a ouça e
com ela se comova. É uma comoção espontânea.

O texto acima se refere ao conceito:

Pathos

Catarse

Problema

Tensão

Clímax

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

3. "Éo sentimento exacerbado. É a paixão. Para expressá-lo, o autor


dramático cria um tipo de linguagem comovente e arrebatada. Esta
linguagem traduz a resistência da personagem diante dos embates
gerados pelo mundo que a cerca.".Esta definição deve ser associada:

Ao tempo

Ao problema

Ao pathos

A tensão

Ao ritmo

Gabarito Coment.

4. O gênero dramático trágico é marcado pelo paradoxo entre:

O Herói e o Coro
O Herói e o Vilão.

O Olimpo e o Hades

O Herói e seu Destino

O Corifeu e o Coro

Gabarito Coment.

5. Na comédia, o ridículo contribui para que a tensão seja desfeita. A


partir dessa informação, escolha a altenativa que defina o homem
cômico.

Trata-se de um herói com nobreza de caráter.

Trata-se do herói que não tem consciência de seus erros.

Trata-se do herói que revela fraquezas contra sua vontade.


Trata-se de um herói que cede aos vícios pelas forças do destino. Tudo acontece
contra sua vontade.
Trata-se daquele que, diante do riso, percebe seus limites.

Gabarito Coment. Gabarito Coment.

6. No gênero dramático, o tempo é, apenas, aquele destinado à


representação da história. Que relação existe entre o tempo e a
tensão?

O tempo ganha ritmo próprio quando o espectador percebe a tensão.


O tempo não tem ritmo próprio. Ele é psicológico. Está ligado ao fluxo de
consciência das personagens.
Quando o herói descarrega a tensão, o espectador percebe a existência do tempo.

Não há relação entre o tempo e a tensão.

O tempo é marcado pelo fim da tensão.

Gabarito Coment.
7. Entre as várias composições da literatura popular que integram
o gênero dramático, segundo João David Pinto Correia, temos:

Diálogo

Elegia

Afoxé

Quermesse

Farsa

Gabarito Coment.

8. Assinale o momento catártico da tragédia clássica Édipo rei, de


Sófocles:

Quando o herói cega os próprios olhos ao descobrir sua verdadeira identidade.

Quando o herói responde aos enigmas da Esfinge.

Quando o herói confronta Creonte sobre as maldições ocorridas em Tebas.

Quando Tirésias revela ao herói a verdade sobre sua identidade.

Quando o oráculo revela ao herói sua identidade e seu futuro.

1. Qual das conceitos abaixo apresentados melhor define a lírica


pessoal?

A lírica pessoal é aquela em que o poeta não fala sobre sentimento algum, nem
dele, nem dos outros
A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala do sentimento do povo de seu país,
enquanto relaciona esses sentimentos ao folclore
A lírica pessoal é aquela em que o que importa é a capacidade do poeta em
construir uma narrativa compatível com a realidade
A lírica pessoal é aquela em que o poeta reproduz o cotidiano da sua cidade com
um rigor detalhista.
A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas
ideias. A expressão máxima de sua subjetividade está direcionada para ele mesmo.
Gabarito Coment.

2. Partirmos do pressuposto de que, no gênero lírico, a relação entre o


conteúdo e a forma é o que existe de importante, podemos concluir
que

cada palavra é insubstituível. Cada uma delas, aliadas ao som permite o


acontecimento da lírica.
qualquer palavra pode ser usada em qualquer contexto, pois não haveria qualquer
diferença em escolher essa ou aquela, contanto que ela caiba no poema.
forma e conteúdo estão relacionadas à musicalidade e são totalmente dependentes
disso para serem usadas pelo poeta.
o poeta, ao montar a sua obra, só pensa nas palavras e não se ocupa do conteúdo.
O que importa é rimar.
a forma de cada poema define a palavra que será usada, já que a relação citada
baseia-se no tamanho de cada vocábulo.

Gabarito Coment.

3. Luís de Camões é considerado uma das maiores figuras da literatura


em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente. Abaixo é
reproduzida a estrofe de um de seus sonetos mais famosos. Tanto do
meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de
frio; Sem causa, juntamente choro e rio, O mundo todo abarco e nada
aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; Da alma um fogo me
sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario,
agora acerto. A estrofe citada pode ser tida como um exemplo do
gênero

Épico, pois o sofrimento imposto ao eu-lírico é sobre-humano. Impossível de


agüentar.
Dramático, pois é, nitidamente uma cena que vai ser reproduzida. Uma cena
pensada, tendo-se em vista o teatro.
Argumentativo, pois existe uma nítida vontade de convencer o leitor.
Narrativo, pois há um personagem que confessa seus sentimentos. Há início, meio
e fim
Lírico, pois o poeta fala de seus sentimentos, sendo a expressão máxima da sua
subjetividade voltada para ele mesmo.
4. A poesia também pode revelar uma perspectiva relacionada às
posturas pessoais do poeta, como a sua ideologia e direcionamento
político. É o caso do poeta africano, Agostinho Neto. Abaixo, temos
alguns fragmentos da poesia de Agostinho e que podem revelar seu
engajamento político-social. Tal fato pode ser constatado, EXCETO na
alternativa:

"E nas sanzalas/ nas casas / no subúrbios das cidades/ para lá das linhas / nos
recantos escuros das casas ricas/ onde os negros murmuram: ainda / O meu desejo
/ transformado em força/ inspirando as consciências desesperadas." (de
¿Aspiração¿)
"Hoje/ somos as crianças nuas das sanzalas do mato/ os garotos sem escola a jogar
a bola de trapos / nos areais ao meio-dia/ somos nós mesmos/ os contratados a
queimar vidas nos cafezais/ os homens negros ignorantes/ que devem respeitar o
homem branco/ e temer o rico." (de ¿Adeus à hora da largada¿)
"Gostava de estar sentado/ num banco do kinaxixi/ às seis horas duma tarde muito
quente/ e ficar.../ Alguém viria/ talvez sentar-se / sentar-se ao meu lado/ E veria
as faces negras da gente/ a subir a calçada / vagarosamente / exprimindo ausência
no kimbundu mestiço/ das conversas" (de ¿Kinaxixi¿)
"Medo no ar! Em cada esquina/ sentinelas vigilantes incendeiam olhares/ em cada
casa/ se substituem apressadamente os fechos velhos/ das portas/ e em cada
consciência/ fervilha o temor de se ouvir a si mesma" (de Consciencialização)
"Ritmo na luz/ ritmo na cor / ritmo no movimento/ ritmo nas gretas sangrentas dos
pés descalços/ ritmo nas unhas descarnadas / Mas ritmo / ritmo. / Ó vozes
dolorosas de África!" (de ¿Fogo e Ritmo¿)

Gabarito Coment.

5. Concentre-se na leitura do poema de Augusto dos Anjos e responda.


PSICOLOGIA DE UM VENCIDO Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da
infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente
hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à
boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um
cardíaco. Já o verme ¿ este operário das ruínas ¿ Que o sangue podre
das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a
espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os
cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! A partir da leitura do poema
oferecido percebemos que esse eu lírico é:

oculto

pessoal

indeterminado

impessoal

trágico

Gabarito Coment.
6. Écloga, Idílio, Elegia e Balada são exemplo de

formas líricas.

tragédias.

contos.

comédias.

crônicas.

Gabarito Coment.

7. Opinião

Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer


Que eu não mudo de opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do
morro eu não saio não. Se não tem água Eu furo um poço Se não tem
carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa
andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se
eu morrer amanhã seu doutor, Estou pertinho do céu. (Zé
Ketti.Opinião)

Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que


estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela
Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela
poesia na forma de letra de música citada, foi o de:

valorização do progresso econômico do país

mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar

crítica à passividade dos setores populares

entretenimento para os grupos intelectuais

denúncia da situação social e política do país

Gabarito Coment.
8. Trata-se de um eu que vive as dificuldades do cotidiano e as alegrias
da vida. É aquela parte do ser humano que está comprometida com os
fatos, com o mundo e com a lógica.

O conceito apresentado e trabalhado em aula define:

o eu-lírico

o herói

o protagonista

o eu-biográfico

o antagonista

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