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sugestões sobre novos cursos que gostaria de ver disponibilizados, entre em contato
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• Cursos de informática.
• Guias de Estudo para os Exames de Certificação da Microsoft.
• Artigos e dicas sobre Certificações da Microsoft.
• Artigos sobre Carreira e Trabalho.
• Dicas de livros e sites sobre diversos assuntos.
• Simulados gratuitos, em português, para os exames da Microsoft.
Tenho para mim, que tudo a ser ensinado, tem de ser bem claro, bem detalhado, passo a
passo de um modo que não deixe dúvidas.
Aos leitores que já possuem alguns conhecimentos sobre a contabilidade acharão partes
desse curso redundante. Mas imagine ensinar alguém a construir uma parede sem antes
ensinar como se faz o cimento?
Fica uma tarefa difícil se não impossível, a pessoa pode até conseguir construir uma
parede, mas com certeza não terá a mesma qualidade de uma parede feita por alguém
que sabe realmente fazê-la desde o início de modo correto, incluindo aí a questão de
fazer o cimento.
Você confiaria numa operação feita por um médico que não sabe nem o que é um
bisturi?
As dúvidas em relação ao curso podem ser sanadas diretamente com o autor através do
e-mail drigosousa@yahoo.com.br, peço a compreensão de todos ao enviarem somente
dúvidas em relação ao curso, deixo claro também que as críticas serão sempre bem
aceitas, assim como as sugestões quanto a temas e até a mesmo em relação ao curso,
bem como os elogios, com a ajuda de todos poderemos fazer um material de uma
qualidade excelente, pois esse foi um dos motivos principais que me levaram a escrever
este curso.
Em cada lição são apresentados conceitos teóricos, seguidos por exemplos práticos,
passo-a-passo, e grandes quantidades de exercícios para que tudo o que foi ensinado
possa ser perfeitamente compreensível e assimilado. De modo que o leitor possa
consolidar todos os conceitos teóricos e práticos apresentados.
Um bom estudo a todos e espero, sinceramente, que este curso possa ajudá-los a
entender e utilizar a ciência contábil.
ÍNDICE DO CURSO:
Introdução......................................................................................................................... 8
Módulo 1 – Conceitos Básicos sobre a Contabilidade ................................................... 11
Lição 1 - Porque se ter uma Contabilidade?............................................................... 11
Lição 2 - Conceito de Contabilidade. ......................................................................... 12
Lição 3 - Principais Usuários da Contabilidade ......................................................... 13
Lição 4 - Origem da Contabilidade. ........................................................................... 16
Lição 5 - A Importância da Constante Atualização.................................................... 18
Lição 6 – Exercício de Fixação: ................................................................................. 18
Módulo 2 - Primeiras Noções de Contabilidade............................................................. 20
Lição 1 - A Função Controle ...................................................................................... 20
Lição 2 - Definição de Patrimônio, Bens, Direitos e Obrigações............................... 20
Lição 3 - Primeiras Noções de Balanço Patrimonial.................................................. 21
Lição 4 – Exercícios de Fixação................................................................................. 29
Módulo 3 - O Mecanismo da Contabilidade – 1.ª Parte ................................................. 31
Lição 1 - Introdução ................................................................................................... 31
Lição 2 – O Razonete ................................................................................................. 31
Lição 3 – Os Lados do Razonete ................................................................................ 32
Lição 4 – Registros nos Razonetes............................................................................. 33
Lição 5 - Resumo do Mecanismo ............................................................................... 35
Lição 6 - Finalidade do Mecanismo ........................................................................... 35
Lição 7 – Exercício de Fixação .................................................................................. 38
Modulo 4 - Mecanismo da Contabilidade – 2.ª Parte ..................................................... 40
Lição 1 - Natureza do SALDO de cada conta. ........................................................... 40
Lição 2 – Distinção dos Saldos Credores e dos Saldos Devedores ............................ 45
Lição 3 – Balanço Patrimonial através dos Razonetes ............................................... 47
Lição 4 – Exercícios de Fixação................................................................................. 59
Módulo 5 - Livros Contábeis.......................................................................................... 62
Lição 1 – Livro Razão ................................................................................................ 62
Lição 2 – Finalidade do Livro Razão ......................................................................... 64
Lição 3 – Aspecto Físico do Livro Razão .................................................................. 64
Lição 4 - Livro Diário................................................................................................. 69
Lição 5 – Aspecto Físico do Livro Diário .................................................................. 71
Lição 6 – Finalidade do Livro Diário ......................................................................... 74
Lição 7 – Praticas de Escrituração nos Livros............................................................ 74
Lição 8 – Exercícios de Fixação................................................................................. 83
Módulo 6 - Lançamentos em Fórmulas.......................................................................... 85
Lição 1 – Introdução aos Lançamentos em Fórmulas ................................................ 85
Lição 2 – Lançamentos de Primeira Fórmula............................................................. 89
Lição 3 - Lançamentos de Segunda Fórmula ............................................................. 89
Lição 4 - Lançamento de Terceira Fórmula ............................................................... 90
Lição 5 - Lançamento de Quarta Fórmula.................................................................. 91
Lição 6 – Lançamentos em Fórmulas nos Razonetes................................................. 91
Lição 7 - Regra Para Memorização das Fórmulas...................................................... 92
Lição 8 – Exercícios de Fixação................................................................................. 93
Módulo 7 - Apurando o Resultado – 1.ª Parte................................................................ 95
Lição1 - Novas Contas Contábeis .............................................................................. 96
Introdução
Antes de iniciarmos o estudo sobre a Contabilidade temos que antes de qualquer outra
coisa desfazer o mito de que a contabilidade só serve para calcular impostos, elaborar
folha de pagamento, atender fiscalizações e atender as exigências impostas pelo governo
e resolver aquelas questões burocráticas demais.
Não digo que a isso não existe, muito pelo contrário isso existe e muito, chega a ponto
de ser insuportável as tantas exigências, e que cabe ao contador resolver.
Mas na verdade a Contabilidade existe para gerar informações que sejam úteis a quem
tiver interesse nelas e o governo é um dos que mais tem interesse nas informações
contábeis, pois é ela que diz ao governo quanto à empresa teve de lucro, e assim este
pode arrecadar seus impostos para custear os seus gastos.
Então temos que desvincular de nossas mente a idéia de que a contabilidade só serve
para o governo, pois sem isso, não conseguiremos ter ânimo para prosseguir o estudo.
Módulo 3: Para melhor compreensão, o assunto foi divido em dois módulos. Este
módulo será dedicado a aprendermos a utilizar o mecanismo da contabilidade, chamado
de lançamento em partidas dobradas, veremos que esse mecanismo permite que o total
do ativo fique igual ao total do passivo, aprenderemos a fazer os lançamento através de
razonetes, método esse que existe para facilitar o aprendizado, veremos que cada
razonete tem dois lados, conheceremos o nome de cada lado do razonete e baseado
neles, em qual lado deve ser feito cada lançamento, o registro propriamente dito.
Módulo 5: Este módulo foi dedicado aos livros contábeis, conheceremos 2 modelos de
livros contábeis básicos, o livro Diário e o livro Razão, conheceremos a fundamentação
legal, a finalidade, e o aspecto físico de cada um deles, além de alguns exercícios que
facilitarão na compreensão da prática para escrituração dos livros.
Módulo 10: Nesse último módulo de lições, aprenderemos outra demonstração contábil,
conhecida como Balancete de Verificação, aprenderemos sua finalidade, sua confecção,
e os vários tipos de modelos existentes, e seu respectivo preenchimento.
Módulo 12: Este módulo foi dedicado a correção de todos os exercícios propostos
durante as lições e módulos, todas as respostas são comentadas e detalhadas, incluindo a
correção também do exercício do módulo 11.
Módulo 13: No último módulo do presente curso, foi dispostos modelos em branco de
formulários para preenchimento na intenção de auxiliar na elaboração dos exercícios.
Percebam que na interpretação do artigo acima, a lei manda ter uma contabilidade e
além disso, estabelece a obrigação de uma vez ao ano, levantar (no sentido de elaborar)
o balanço patrimonial e o de resultado econômico. O BALANÇO PATRIMONIAL é
uma demonstração que veremos a partir da próxima lição, e RESULTADO
ECONOMICO é um relatório que demonstra o lucro ou prejuízo do período, no caso
acima, do ano, esse demonstrativo na contabilidade é chamado de DEMONSTRAÇÃO
DO RESULTADO DO EXERCICIO que veremos ainda nesse curso também.
Mas se ter uma contabilidade somente para atender uma obrigação legal, seria a mesma
coisa que se tivéssemos uma lei que nos obrigasse a ter uma Ferrari em casa, ora ia se
dar bem melhor que soubesse dirigir.
Com a contabilidade é a mesma coisa, quem sabe usar consegue extrair uma quantidade
de informações muito maior sobre o seu negócio, que com certeza vai lhe ajudar muito.
Na área fiscal a contabilidade pode lhe orientar, dentro da lei, de modo que você pague
os seus impostos de maneira correta, não havendo assim desperdício de dinheiro, a
ainda pode lhe orientar a como pagar menos impostos em virtude de novas leis e etc.
Tudo isso, é somente uma questão de interpretar a informação contábil através dos
relatórios que a contabilidade fornece, esse é um dos principais objetivos da
contabilidade, fornecer informações úteis para a tomada de decisões.
Então a contabilidade estuda esses itens, sua composição, a alteração deles e etc.
Logicamente, que não é somente um único registro que a contabilidade faz, são vários,
os mais diversos possíveis, a contabilidade paralelamente a cada registro vai
acumulando-os, para que consiga chegar a um total.
Acumulou tudo agora é hora de resumir todos esses registros de modo que com poucas
palavras você possa demonstrá-los.
Imagine que uma empresa compre um computador, quando esse computador entrar no
estabelecimento da empresa, virá acompanhando-o uma Nota Fiscal de compra, vamos
supor que o valor seja de R$ 1.000,00. Depois de algum tempo, compre outro
computador por R$ 1.300,00 e depois de mais algum tempo compre outro computador
por R$ 1.500,00.
Agora houve outra compra de computador, novamente será feita a coleta e o registro da
operação.
Em cada compra nós fizemos a coleta e o registro, a partir da segunda compra, nos
passamos a acumular os valores dessas compras, ou seja, no primeiro momento não
tínhamos nada de computador, no segundo momento, ato da primeira compra, tínhamos
a quantia de R$ 1.000,00 em computador, no terceiro momento, quando já tínhamos
duas compras de computadores, passamos a ter um “saldo” de R$ 2.300,00 de
computadores, e no último momento, passamos a ter um saldo de R$ 3.800,00 de
computadores, ou seja, fomos acumulando tais registros.
Na hora de analisar, é verificar as alterações, ver se elas foram boas ou ruins e etc, por
exemplo, imaginem um escritório de contabilidade que não tinha computadores, quando
você olhar e ver que ela não tinha computadores e que após um intervalo de tempo,
comprou R$ 3.800,00 em computadores, pode estar demonstrando que a empresa está
investindo em tecnologia. Foi uma análise no que ocorreu que demonstrou isso.
Agora imagine que na analise dos registros, demonstre que o mesmo escritório de
contabilidade tinha uma divida inicial de R$ 1.000,00 e após algum tempo a dívida
aumentou para R$ 5.000,00. A análise pode estar demonstrando que a empresa, esta
com dificuldades para fazer pagamentos.
É basicamente isso.
Como dito acima, existem milhares de conceitos para a Contabilidade, cada autor vai
defender o seu.
Vamos entender o porque de outras pessoas terem interesse nos relatórios contábeis.
Imagine uma foto sua, através dela outras pessoas poderão saber como você está, se o
seu cabelo cresceu, se sua aparência esta mais nova, ou mais velha e etc, até mesmo lhe
conhecer.
Com o balanço de uma empresa você também consegue extrair informações parecidas
com essas, só que a empresa é uma pessoa jurídica (uma pessoa jurídica é aquela que foi
formada através de um contrato, daí o termo jurídico, e que através desse contrato ela
pode adquirir obrigações como comprar a prazo. A pessoa normal como nós é chamada
de pessoa física).
De acordo com o descrito acima podemos afirmar que você não consegue “enxergar”
fisicamente uma empresa, porque ela não existe no sentido de se poder tocar com as
mãos, ela não possui matéria.
Não podemos confundir o prédio onde uma empresa esta instalada como sendo a
empresa em si, a natureza de ambos é totalmente diferente, o prédio continuará
existindo, independente de você ter uma empresa instalada dentro dele ou não.
Como você não consegue enxergar a aparência física da empresa, o balanço patrimonial
(foto da empresa) nos mostrará números, e através deles, podemos analisar como a
empresa está, semelhante seria se você relacionasse num papel todo o dinheiro que você
possui num determinado dia, seja ele depositado no banco, dentro da sua carteira, ou no
cofre da sua casa, e comparássemos esses números com todas as dívidas que você
possui, ora se você tem mais dinheiro do que dívidas poderíamos dizer que a sua saúde
financeira é boa, mas ao contrário poderíamos dizer que sua saúde financeira não está
legal. Com uma empresa a situação é a mesma, pode estar com uma boa saúde
financeira ou não.
Agora se imagine no outro lado da situação, se um amigo seu lhe pede R$ 1.000,00 em
dinheiro emprestado para pagamento daqui a 3 meses, e você conseguiu uma foto da
saúde financeira dele e viu que ele está devendo R$ 5.000,00 além disso, você ficou
sabendo que ele ganha R$ 400,00 por mês, deixe a parte emocional de lado, você
emprestaria esse dinheiro baseado nessas informações acima? Você acha que o seu
amigo vai ter condições de no final dos 3 meses lhe pagar?
Mas e se você não tivesse visto a foto da saúde financeira dele (o balanço patrimonial
do seu amigo), como você chegaria a essa análise?
Lógico que o exemplo acima é hipotético, para fazer uma análise por completo você
precisa além desses dados, outros do tipo:
Ele tem mais alguma coisa para receber além do salário nesses 3 meses?
Essa dívida dele de R$ 5.000,00 vence quando? Ora se vencer nos próximos 3
meses, e ele não tem mais valores a receber a não ser o salário, tanto faz se essa
Baseado nessas e outras situações, diversas pessoas tem interesses nos relatórios
contábeis, tais como:
Os administradores da empresa.
Para que? Para saber a sua saúde financeira e como melhorá-la, acompanhar a evolução
das metas estabelecidas.
Os Bancos e Financeiras.
Para que? Para saber se concederem um empréstimo a uma empresa, ela terá condições
de pagar. Através dos relatórios contábeis o banco tem condições de saber se a empresa
já esta devendo muito ou não.
Um Cliente da Empresa
Por exemplo: Algumas grandes indústrias costumam pedir o balanço social de seus
fornecedores, a fim de conferirem a política de trabalho e de remuneração de seu
fornecedor. Isso porque as grandes indústrias são cobradas por uma responsabilidade
social, então elas cobram de seus fornecedores isso também, logo a industria no caso
acima é o cliente. A responsabilidade social dita acima, é mais ou menos, assim:
Imagine que uma grande industria queira fechar um contrato de alguns milhões, é fica
sabendo que seu fornecedor não remunera dignamente seus funcionários, com base no
balanço social, as grandes indústrias podem ver isso é decidir se contratam ou não com
o fornecedor.
Os sindicatos.
Para que? No caso de um sindicato dos empregados para saber se podem pedir um
percentual de aumento maior para os funcionários. É comum, e permitido por lei, os
sindicatos elaborarem acordos diretamente com empresas sobre diversos fatores da
relação de trabalho, incluindo ai a remuneração do trabalhador. Então o sindicato
solicita os relatórios contábeis e verifica se a empresa tem condições de pagar um pouco
mais ao funcionários.
O Governo em geral.
Para que? Para saber se podem tributar mais, ou se devem reduzir a tributação entre
outros.
Para que? Imagine que você quer comprar ações de uma empresa, quer investir,
objetivando obter um retorno financeiro através de lucros, numa análise você poderá
saber se essas empresas deram lucro nos anos passados e assim prever se dará lucro no
futuro. Uma empresa que veio gerando lucro a 20 anos, é bem provável que gere lucro
no ano seguinte.
Podemos dizer que a maior parte dos interessados na contabilidade está incluída nessa
lista, os objetivos de cada um desses interessados podem diferenciar de várias maneiras.
Por exemplo:
É com base nessa declaração e que você escuta no Jornal Nacional que o emprego na
indústria ou no comércio cresceu tantos por cento, ou que diminuiu tantos por cento.
A fim de terminar a maior parte teórica para que no próximo módulo já possamos ver e
conhecer um pouco da parte prática, vamos falar rapidamente sobre mais dois assuntos
importantes na contabilidade, a origem da contabilidade e a importância da constante
atualização.
Existem vestígios da prática da contabilidade por volta de mais de 7.000 anos antes de
Cristo, descobriram que havia numa caverna um desenho de um animal parecido com
um carneiro, e um monte de “pauzinhos” ao seu lado, havia um espaço na pedra e logo
depois um outro desenho de um outro carneiro e mais alguns “pauzinhos” porém agora
com uma quantidade de “pauzinhos” diferentes do primeiro desenho.
A prática desses traçinhos com certeza lhe lembrou a infância quando na escola você
fazia 10 traçinhos e um risco em cima deles para dizer que havia ali uma dezena não
foi?
Essa descoberta não parece uma contagem? Se coloque do outro lado da historia: Você
cria carneiros um monte deles, se você quiser fazer uma análise do crescimento da sua
criação de carneiros com certeza você terá que fazer uma contagem e após algum tempo
fazê-la novamente não?
Se você tinha 200 carneiros e agora na segunda contagem tem 205, nasceram 5
carneiros não foi?
Podemos aproveitar o embalo dessa situação e ressaltar mais uma vez a importância dos
relatórios contábeis, com a seguinte questão:
Voltando a era das pedras, o que nosso primo pré-histórico fez, foi da mais nada menos
do que uma contagem física, atualmente no meio contábil chamado de inventário
(inventário é uma contagem física em um determinado período a fim de saber quantas
unidades se possuiu).
Com base nessas e outras descobertas acredita-se que a contabilidade é uma das ciências
mais antigas que existem.
Vamos um pouquinho mais adiante no tempo. Antigamente não existia o dinheiro como
hoje ele é. Tudo funcionava a base da troca, você SÓ tinha duas maçãs e trocava por
uma galinha.
Pois necessitava haver interesse mútuo de ambas as partes, ou seja, você teria que
querer a galinha e a outra pessoa tinha que ter a galinha e querer trocar ela por duas
maçãs. Mais e se o dono da galinha quisesse 3 maçãs?
Um pouco mais adiante foi inventada a moeda, que funciona como um meio de troca, só
que não precisa haver o interesse de ambas as partes (maçãs x galinhas), pois se você
tem a moeda, compra a galinha e a outra pessoa pode comprar pêras, por exemplo.
Com a invenção da moeda, mais uma vez foi necessário haver um controle (contábil), o
saldo de moedas que você possuía, pois nem sempre uma moeda correspondia aquilo
que você necessitava. Vamos exemplificar para ficar mais fácil:
Imagine você ficar contando 100 moedas para comprar uma galinha e depois conferir
quantas moedas que você tem para poder comprar 1 maçã. Após comer a maça você
ficou com vontade de comer pêras, lá vai você contar quantas moedas você tem para
saber se pode comprar as pêras.
Passou então a haver um controle de quantas moedas você tinha, quantas você usou e
quantas você ganhou. Tipo um extrato bancário de hoje. Não é muito mais fácil você
olhar o extrato bancário e saber quanto você tem de dinheiro do que ter que ficar
contando sempre? Olha a facilidade que um controle bancário lhe proporciona.
Na contabilidade, assim como nas demais áreas, essa importância se dá de duas formas:
Friso também que o Brasil é um dos países que mais se elaboram leis, para se ter uma
idéia são elaboradas mais de 3.000 atos normativos (leis, decretos, resoluções e outros).
2 – Você como usuário da contabilidade, não basta somente ter conhecimento, você
precisa saber as mudanças ocorridas, imagine que você sabe tudo sobre balanço
patrimonial, e de repente o Balanço Patrimonial é trocado por outro relatório. Você só
se da conta disso depois de muito tempo, até você conseguir adquirir todo o
conhecimento necessário com certeza terá algum inconveniente. Imagine que o governo
inventa que todo o dinheiro que esta na conta bancária tem que ser colocado pelo triplo
no balanço, o que aparecia antes como R$ 1.000,00 agora aparece como R$ 3.000,00.
Você com certeza irá imaginar que a empresa tem R$ 3.000,00 reais no banco, mais na
verdade ela só tem R$ 1.000,00.
Parece estranho não? Mais na prática isso ás vezes acontece. Não com o saldo bancário,
mas com outros tipos de contabilizações.
Responda:
- Função de Controle
- Função de Apurar o resultado
Nessa parte do curso vamos falar um pouco sobre a função de controle e deixemos a
função de apurar o resultado para mais tarde.
Se eu lhe perguntar hoje, qual seria o seu patrimônio você com certeza me diria que é
tudo aquilo que você possui. Por exemplo: uma casa, um carro, uma ilha, um iate, etc ...,
e um saldo de R$ 100.000,00 em sua conta bancária, suponhamos que a soma disso tudo
totalize R$ 300.000,00.
Supondo que você não efetuou nenhum depósito e nem fez nenhum saque em sua conta
bancária, não comprou mais nenhum bem. Se eu lhe perguntasse qual seria o seu
patrimônio daqui a um mês, qual seria a sua resposta? Os mesmos R$ 300.000,00 certo?
Será que é mesmo?
O que antes era R$ 100.000,00 (saldo do banco), agora passou a ser R$ 99.000,00,
houve uma diminuição no seu patrimônio não? Seu patrimônio passou a ser de R$
299.000,00 agora.
BENS = qualquer coisa palpável, tipo um computador, prédio, casa, carro, dinheiro em
sua mão, máquinas e etc ...
DIREITOS = valores que são seu por natureza, mais que está de posse de outra pessoa,
tipo: uma venda feita a prazo (é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro
ainda não esta contigo, ele não é um bem, e sim um direito, direito de recebê-lo), o
dinheiro no banco (ele não está com você) entre outros.
UM CARRO EMPRESTADO – é um bem de outra pessoa, mais por algum motivo está
em sua posse.
Com base nessa teoria acima, vamos mais uma vez ao exemplo acima, no caso do saldo
bancário vamos supor que dos R$ 100.000,00, R$ 95.000,00 são de sua mãe que
depositou esse valor na sua conta, ele (o dinheiro) passa então a não ser mais patrimônio
seu, e sim de sua mãe, correto?
Mais você tem a posse dele, afinal ele está em sua conta, mas em contra-partida você
também tem a obrigação de devolvê-lo a sua mãe, logo você tem uma obrigação com
ela.
Ora se você tem R$ 95.000,00 em sua conta e deve R$ 95.000,00 esses valores se
anulam não?
Por isso a contabilidade considera as obrigações como parte do conjunto que perfazem o
PATRIMONIO, para que você consiga apurar o seu PATRIMONIO LIQUIDO
(veremos o conceito de PATRIMONIO LIQUIDO mais adiante)
Parece até simples dizer que é só isso que a Contabilidade faz não? Só que na
contabilidade qualquer fato que altere ou possa vir a alterar o seu patrimônio ele será
registrado, e por escrito para não haver possibilidade de esquecimento, imagine a
quantidade de transações que uma entidade faz por dia? Compras, vendas, trocas,
pagamentos e outros.
Se você ficar controlando o seu patrimônio somente de cabeça, com certeza você nunca
o terá controlado certinho. Para você pode até não fazer sentido ter tudo isso controlado
Tim Tim por Tim Tim.
Só que para uma empresa isso faz muito diferença, afinal tem muitas pessoas
interessadas no seu PATRIMONIO, se lembra da história do amigo que lhe pediu
dinheiro? É bem parecido. Só que nesse caso o interesse era seu.
Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em
deixar isso de uma maneira mais fácil de se entender.
Mais para ficar mais bonito ainda ela resolveu que o ATIVO ficaria do lado
ESQUERDO e o PASSIVO ficaria do lado DIREITO da demonstração (em alguns
casos, por falta de espaço ao lado, ele pode aparecer abaixo).
Vamos exemplificar, para ficar mais fácil, imagine que você relacionou tudo o que você
tem de direito e bens e tudo o que você tem de obrigação assim num papel:
Você até entende porque a lista acima não é exaustiva, agora vamos fazer como a
contabilidade e organizar isso? Ficaria mais ou menos assim
Não fica mais fácil de se entender? Claro que sim. Mais isso porque você agora sabe
que Ativo são bens e direitos e Passivo são obrigações e deveres.
Mas porque o ativo fica do lado esquerdo e o passivo fica do lado direito?
Porque ficou convencionado que seria assim, ou seja, um monte de gente se reuniu e
disse a partir de hoje isso é assim e pronto.
Para que?
Para ficar mais fácil. Assim você sabe que tudo o que estiver do lado esquerdo desse
relatório pertence ao Ativo e tudo que tiver do lado direito ao Passivo, assim passou a
adotar esse método em vários paises, e não só no Brasil, até balanços internacionais são
desta forma. Poucas são as exceções tais como a França (se eu não me engano).
Não !!!
Ainda existe mais um grupo de Chamado de Patrimônio Liquido, que fica no lado do
passivo, então a demonstração acima ficaria assim:
Falamos que o Ativo são bens e direito, e o Passivo são as obrigações ou deveres, e o
que seria o Patrimônio Liquido?
Bom o Patrimônio Liquido de uma empresa entre outras possibilidades que veremos
mais adiante, se faz pelo seguinte: Quando se abre uma entidade/empresa ela precisa de
dinheiro para as primeiras operações, esse dinheiro vem através dos sócios mediante a
entrega de uma parcela de dinheiro para que a empresa possa começar a andar com as
próprias pernas.
Logo esse dinheiro não é da empresa e sim dos donos delas, logo ela tem uma obrigação
(teoricamente) de devolver esse dinheiro aos sócios.
Sim é tudo obrigação, mas tem um porém, o que está no Passivo vai ser exigido em
alguma data tipo: o FINANCIAMENTO todo mês tem o seu prazo de vencimento, que
é quando se exige uma parte desse valor, A DIVIDA COM O TIO da mesma forma, ou
seja no dia combinado que você pagaria o seu tio ele pode te cobrar, O CHEQUE PRÉ
DATADO também no dia combinado ele vai “bater” na sua conta, assim como A
DIVIDA COM O CARTÃO DE CRÉDITO no dia do vencimento da sua fatura o cartão
estará lhe cobrando.
Já com as Obrigações do Patrimônio Liquido não, ou seja, o sócio deu dinheiro para a
empresa mais não pode cobrar dela quando bem quiser, se não a empresa acabará. Pode
até haver uma diminuição em seu valor, mais nunca será o dinheiro dado pelos sócios
cobrando integralmente.
Então se fez necessário criar o Patrimônio Liquido para destacar que aquele valor não
será cobrado ou exigido.
Assim sendo temos então 3 grandes grupos num balanço patrimonial ATIVO,
PASSIVO e PATRIMONIO LIQUIDO.
Ativo Passivo
Coleção de Revistas 100,00 Financiamento 13.500,00
Televisão do Quarto 350,00 Divida com o Tio 372,00
Computador 1.300,00 Cheques pré Datado 550,00
Dinheiro na carteira 7,00 Divida com Cartão 800,00
Dinheiro no Banco 15,00 Patrimônio Liquido
Carro 15.000,00 XXXXXXX XXX,XX
Dinheiro Emprestado 80,00
Bom balança traz logo uma idéia de medida de peso, ou se não tiver medindo a idéia de
igualdade não?
Quer dizer registramos o mesmo valor duas vezes mas em contas diferentes, ora se
efetuamos o mesmo valor sempre duas vezes e em contas diferentes, por exemplo
teremos 1.000,00 numa conta e 1.000,00 na outra conta certo?
E assim por diante, você sempre registrara 2 valores iguais mais em contas diferentes.
SEMPRE SEMPRE SEMPRE !!!!
Você montou uma empresa e para ela começar você entrou com a quantia de R$
10.000,00 que foi depositada na conta da empresa.
Ativo Passivo
Deposito no Banco 10.000,00
Patrimônio Liquido
Capital Social 10.000,00
Vamos analisar o que aconteceu: 1.º Você deu a empresa R$ 10.000,00 para que ela
tenha dinheiro para começar a trabalhar, esse primeiro dinheiro que o sócio coloca na
empresa é chamado de CAPITAL SOCIAL. 2.º Em contra partida a esse registro
houve um aumento de saldo no banco para R$ 10.000,00 (o mesmo valor em duas
contas diferentes).
Ativo Passivo
Deposito no Banco 8.000,00
Veiculo 2.000,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 10.000,00
Você comprou um carro (um bem), então ele ficará em seu ativo, o valor dele foi de R$
2.000,00, então você registra os R$ 2.000,00 sob o nome de veículos, para que? Para
que quando as pessoas olhem para o seu balanço saibam que você possui um veículo
que custou R$ 2.000,00.
Mas você pagou esse veículo com um cheque a vista, então o saldo que era de R$
10.000,00 depois de pago o cheque, ficou sendo de R$ 8.000,00.
Se você somar todos os itens do seu ativo, ou seja, depósitos no banco + veiculo você
tem R$ 10.000,00 no seu ativo e se você somar o conjunto do Passivo mais o
Patrimônio Liquido você também tem R$ 10.000,00? É uma balança, uma igualdade
que não se altera não é?
Para começar a vender você comprou mercadorias à vista pelo valor de R$ 2.000,00
também com cheque.
Então você adquiriu um bem (mercadorias), pagou com o dinheiro que estava no banco,
vê se você não concorda comigo que ficaria assim:
Ativo Passivo
Deposito no Banco 6.000,00
Veiculo 2.000,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 2.000,00 Capital Social 10.000,00
Lembre-se que você tinha R$ 8.000,00 no banco, que era os R$ 10.000,00 menos os R$
2.000,00 que você pagou pelo carro.
Observação: Percebam agora que temos mais um novo bem em nosso ativo, que é o
item Mercadorias, pela natureza desse item, ou seja, não é dinheiro e nem é um Veículo,
então temos que registrá-lo separadamente dos demais.
Você viu que toda a hora que você quer comprar algo você precisa passar um cheque e
resolve então deixar um dinheiro na empresa (chamado de Caixa, em termos técnicos),
para que não haja mais esse inconveniente. Então você tira do banco R$ 500,00 e deixa
o dentro da empresa.
Ativo Passivo
Deposito no Banco 5.500,00
Veiculo 2.000,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 2.000,00 Capital Social 10.000,00
Caixa 500,00
Some o Ativo e depois compare com o total do Passivo e veja que os valores ainda
continuam a totalizar R$ 10.000,00 cada um.
Bom, com exceção da primeira operação, até aqui só fizéssemos operações que
alterassem o ativo não foi? Isso foi para chamar a sua atenção de que o Deposito no
Banco é um direito da empresa (o dinheiro esta lá mais na hora que você quiser pode
sacá-lo) e que o Veículo, as Mercadorias o dinheiro que esta dentro da empresa (Caixa)
são bens que a empresa possui.
Quinta operação:
Você comprou mais R$ 2.000,00 de mercadorias só que dessa vez o seu fornecedor já
olhou para o seu balanço e viu que você tem condições de pagar esses R$ 2.000,00,
então esse fornecedor lhe vendeu essa mercadoria a prazo com 30 dias para pagar.
Ativo Passivo
Deposito no Banco 5.500,00 Fornecedores 2.000,00
Veiculo 2.000,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 4.000,00 Capital Social 10.000,00
Caixa 500,00
Porque com o passar dos 30 dias esse fornecedor vai te cobrar. E se ele vai cobrar não
pode ficar no Patrimônio Liquido.
Sexta operação:
Você se deu conta que sem informática não dá para trabalhar, então resolve comprar um
computador financiado, esse computador custou R$ 3.000,00.
Da seguinte forma:
Ativo Passivo
Deposito no Banco 5.500,00 Fornecedores 2.000,00
Veiculo 2.000,00 Financiamentos 3.000,00
Mercadorias 4.000,00 Patrimônio Líquido
Caixa 500,00 Capital Social 10.000,00
Computador 3.000,00
Analisemos juntos
Você comprou um computador, logo é um bem seu então fica no ativo, só que você
comprou ele financiado então também adquiriu uma obrigação, a de pagar as prestações
desse computador.
Você pagou R$ 200,00 com o dinheiro que estava no banco a 1.ª prestação da compra
do computador.
Veja o Balanço:
Ativo Passivo
Deposito no Banco 5.300,00 Fornecedores 2.000,00
Veiculo 2.000,00 Financiamentos 2.800,00
Mercadorias 4.000,00 Patrimônio Liquido
Caixa 500,00 Capital Social 10.000,00
Computador 3.000,00
Vejamos
Você pagou R$ 200,00 pela 1.ª prestação então você ficou com R$ 200,00 a menos no
banco, em contra partida a sua dívida do financiamento também diminuiu os mesmos
R$ 200,00.
Note que nessa operação houve uma diminuição no valor do ativo e do passivo
Vamos parar por aqui, mas tentem resolver os exercícios abaixo, que contém perguntas
e exercícios práticos, lembre-se que no final desse curso, existem modelos (um papel) já
prontos para facilitar o aprendizado, assim basta somente imprimi-lo e preencher,
sempre que houver exercícios, se quiserem basta imprimir um modelo, preencha o
formulário conforme fizemos até agora, a cada operação faça um balanço, no final do
enunciado desse exercício tem a pagina que contém a resposta, estas serão sempre
comentadas e detalhadas.
2 – Conceitue Patrimônio,
9 – A operação a seguir, é a primeira operação que ocorre na empresa, qual seu nome
técnico?
Ativo Passivo
Caixa 20.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
1.º Balanço:
Ativo Passivo
Caixa 18.000,00
Moveis 2.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
2.º Balanço:
Ativo Passivo
Caixa 15.000,00
Moveis 5.000,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 20.000,00
Ativo Passivo
Caixa 11.000,00
Moveis 5.000,00 Patrimônio Liquido
Veículos 2.000,00 Capital Social 20.000,00
Computador 3.000,00
Ativo Passivo
Deposito no Banco 5.300,00 Fornecedores 2.000,00
Veiculo 2.000,00 Financiamentos 2.800,00
Mercadorias 4.000,00 Patrimônio Liquido
Caixa 500,00 Capital Social 10.000,00
Computador 3.000,00
Vimos até agora que o total do ATIVO e do PASSIVO, sempre serão iguais. Certo?
Mas você não concorda comigo que esse método de contabilização que utilizamos nas
lições passadas é bem inconveniente? Sempre que você tem uma operação, você tem
que fazer um novo balanço, e sempre colocando as contas que não tiveram mudanças,
ou seja, um balanço sucessivo, um após cada operação, ai depois você tem que somar
todas as contas para saber se o ATIVO e o PASSIVO estão iguais, (caso não esteja, o
lançamento que você fez com certeza está errado, reveja-o).
Ora isso é ridículo imagine você fazer a contabilidade de qualquer negócio que tenha
uma gama de operações que acontecem freqüentemente e todos os dias, seria impossível
você ficar fazendo um balanço após cada operação.
Imagine a loucura que seria se no mesmo dia você tivesse dezena de recebimentos,
pagamentos, compras, depósitos, e retiradas isso a toda hora.
Lição 2 – O Razonete
Sabemos que uma conta qualquer pode sofrer aumentos e reduções, como no caso do
BANCO, nas retiradas de dinheiro temos a diminuição do seu saldo e nos depósitos
temos um aumento no seu saldo.
Cada conta foi dividida em dois lados, lado direito e lado esquerdo.
Usamos para isso uma representação gráfica, conforme abaixo, essa representação é
chamada de CONTA EM T, ou RAZONETE.
Essa representação é usada para facilitar o aprendizado, na prática veremos depois que
isso é feito através de um livro chamado de Livro Razão, daí o nome de RAZONETE, o
qual prefiro chamar assim ao invés de CONTA EM T.
Segue abaixo um modelo de um razonete, ele nada mais é do que dois traços.
Vamos entender que cada T desse é uma conta. E para identificá-la colocamos na parte
superior, logo acima do T o nome da conta. Assim a representação gráfica, ou razonete
da conta banco ficaria assim:
Bancos
Veículos
Fornecedores
Com isso conseguimos dividir o nosso razonete, que representa uma conta em dois
lados.
O lado esquerdo foi chamado de lado do DÉBITO e o lado direito do razonete foi
chamado de lado de CRÉDITO, vejamos;
Bancos
Essa parte de lado esquerdo é o lado de DÉBITO e lado direito é o lado de CRÉDITO,
deve ser muito bem decorado, pois todo o aprendizado dependerá da decoração da
posição de cada um dos lados, sem isso será impossível continuar.
Vimos no final da lição anterior que cada conta tem dois lados, uma lado chamado de
LADO DO DÉBITO, e o outro chamado de LADO DE CRÉDITO. Então continuemos:
Grave que um lado do razonete vai registrar os aumentos e o outro vai registrar as
diminuições.
Porém o que vai definir qual lado da conta que aumenta e qual lado da conta que
diminui é a natureza da conta, ou seja, se ela é uma conta que pertence ao ativo ou se
pertence ao passivo.
Nas contas do Ativo (Bancos, Caixa, Veículos, Computador e etc...), o lado que vai
representar os aumentos será o lado do Débito (lado esquerdo), e o lado que vai registrar
as diminuições será o lado do crédito (lado direito).
Nas contas do Passivo ou do Patrimônio Líquido (tendo em vista que ambas ficam do
mesmo lado no balanço), será justamente o contrário, o lado que representará os
aumentos será o lado do crédito, e o que representará as diminuições será o lado do
débito.
Lembrando que o lado do débito fica na parte esquerda do razonete, e o lado do crédito
fica na parte direita do razonete, assim:
Vale lembrar que o lado do débito e o lado do crédito serão sempre os mesmos. Tanto
faz se a conta é de Ativo ou de Passivo.
O que diferencia em cada uma é qual o lado que aumenta e qual o lado que
diminui, porém o lado do débito e o lado do crédito, sempre existirão e sempre
serão os mesmos.
Como regra de memorização, para saber qual lado se aumenta e qual lado se diminui,
lembre-se sempre do lado que fica o grupo, assim, se a conta é do grupo do ativo, ela
fica do lado esquerdo do balanço, então seus aumentos serão sempre do lado esquerdo,
logicamente as diminuições serão sempre do lado direito.
E o inverso com as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, como elas ficam do lado
direito do Balanço, aumentos nos razonetes são registrados desse lado, e as diminuições
no lado esquerdo.
Vamos exemplificar:
Caixa
1.000,00
Caixa
200,00
Vamos aos exemplos numa conta de Passivo: Uma compra de mercadorias a prazo, no
valor de R$ 2.000,00, assim se você comprou mercadorias e não pagou por elas a vista,
você tem uma obrigação com o seu fornecedor naquele valor, logo a sua dívida com ele
aumentou.
Fornecedores
2.000,00
Vamos exemplificar com essa mesma conta, como ficaria uma diminuição numa conta
do Passivo, um pagamento no valor de R$ 300,00, ficaria assim:
Fornecedores
300,00
Essa parte pode parecer no início um pouco complicada, mas com a prática de
exercícios com certeza se tornara de fácil assimilação, vamos fazer um rápido resumo:
Cada T tem dois lados, um lado chamado de débito (lado esquerdo) e outro chamado de
crédito (lado direito).
Ou seja, tem que se saber antes de qualquer coisa se a conta é de Ativo ou de Passivo /
Patrimônio Liquido.
Bem mais prático do que ficar fazendo um balanço a cada operação não é?
Veja a facilidade, com uma mesma conta em T podemos levantar quantos balanços
forem necessários.
Imagine o seu extrato bancário no inicio do mês, com um saldo de R$ 1.000,00. Perceba
que se sua conta esta com um saldo positivo, logo esses R$ 1.000,00 devem aparecer do
lado esquerdo do razonete, representando que a sua conta tem saldo positivo. Ficaria
assim:
Agora vamos mostrar como fica mais fácil com o uso do razonete:
Cada operação tem o seu respectivo número que a identifica entre os parênteses.
A primeira operação, foi uma tarifa de R$ 10,00, logo é uma saída de dinheiro, portanto
fica no lado direito da conta (lado do crédito), já que a conta Bancos, partindo do
principio de que a conta é sua, então o dinheiro que esta nela, representa um direito que
você tem contra o banco, o direito de quando bem quiser, receber esse dinheiro.
A terceira operação foi uma saída de dinheiro no valor de R$ 50,00 (lado direito, lado
do crédito). Saída de dinheiro diminui o saldo.
A quarta operação foi outra saída de dinheiro, agora a título de CPMF, logo esse
registro também ficará do lado direito da conta.
A quinta operação foi saque que você efetuou, portanto também foi saída de dinheiro da
conta.
A sexta operação foi outra saída de dinheiro, só que dessa vez, foi um empréstimo a sua
irmã, portanto: LADO DIREITO.
A sétima operação foi uma entrada de dinheiro na sua conta, por conta do empréstimo
que você fez a sua irmã, logo se ela te devolveu uma parte do dinheiro que você a
emprestou, você recebeu dinheiro, se recebeu, teve um aumento, se teve aumento numa
conta que representa um direito seu, o registro fica no lado esquerdo.
A décima operação entrou dinheiro na sua conta, então teve um aumento na sua conta,
registro feito no lado esquerdo, porque esse lado é onde fazemos os aumentos.
LEMBRE-SE: que o exemplo acima foi para facilitar a assimilação de que lado aumenta
e que lado diminui cada conta. Na prática para cada lançamento desses acima você teria
que ter feito um outro lançamento de igual valor.
Assim quando falarmos que CREDITAMOS uma conta de Ativo, queremos dizer que
ela foi diminuída, e quando falarmos que DEBITAMOS uma conta de Ativo queremos
dizer que o saldo dela teve um aumento.
Lembre-se que o lado do CRÉDITO fica do lado direito do razonete, e que esse lado
registra os aumentos nas contas de passivo e de patrimônio líquido e o lado do DÉBITO
que registra as diminuições fica do lado esquerdo do razonete.
Diminuições Aumentos
Sinceramente, quando eu vi esse negócio pela primeira vez eu disse que não !!!!!..
Essa é uma das vantagens. Você nunca ficará fazendo os registros num razonete e
depois irá fazer os registros em outros razonetes, na verdade você faz os lançamentos
simultaneamente, com esse mecanismo você altera o saldo de duas contas ao mesmo
tempo (isso lógico que somente na prática, para fins de aprendizado teremos que fazer o
registro em cada razonete, veremos mais detalhes adiante).
Na próxima lição faremos um exercício, e você verá como será muito mais fácil desse
modo. Somente para fixação, faça o exercício abaixo do mesmo modo que fizemos no
exemplo acima que foi feito com a conta bancária, só que agora você deve analisar a
natureza da conta e determinar se ela é de Passivo/Patrimônio Líquido ou Ativo, e
verificar em que lado deve ser feito cada lançamento.
Caixa
1.000,00 (1)
Para isso vou usar como exemplo a conta CAIXA de uma empresa, já sabemos só pelo
nome, que ela representa o dinheiro que está dentro da empresa e que ela pertence ao
ATIVO, sabemos também que os aumentos nessa conta são efetuados do lado esquerdo
do razonete que a representa, e que as diminuições são efetuadas do lado direito.
Sabemos também, pela correção do exercício acima que quando uma conta está com o
seu saldo zerado, não apresentamos ela no balanço, com isso, a pessoa que estiver
analisando já vai saber que não existe valor nessa conta a ser apresentado.
O caixa da empresa é como se fosse a sua carteira (que você carrega no bolso ou na
bolsa), é um dinheiro que esta com você no momento, bem idêntico ao dinheiro que esta
na empresa a única diferença que a empresa não fica transitando com o dinheiro.
Baseado nas informações acima podemos dizer que a conta Caixa, sempre terá um saldo
no lado esquerdo do razonete, lado do débito, ou não terá valor nenhum (saldo zero).
Ela NUNCA poderá ter o saldo no seu lado direito do razonete, lado do crédito, que é o
lado que representa as diminuições.
Caixa
100,00 (S) 30,00 (1)
100 – 30 = 70
Somente para ilustrar vamos abrir um novo razonete, agora somente com o saldo.
Caixa
70,00 (Saldo Inicial = Si)
Caixa
100,00 (Si) 30,00 (1)
70,00 (Saldo no Momento = 100-30)
Imagine agora, com o saldo de R$ 70,00, que você possui, se eu pedisse para você fazer
um pagamento de R$ 100,00 referente a uma conta de luz, ficaria assim:
Caixa
70,00 (S) 100,00 (1)
30,00 (S atual)
O seu saldo no momento seria de R$ 30,00 no lado do crédito certo? Se sua resposta foi
positiva, você fez o lançamento correto.
Porém na prática isso é impossível, imagine você com R$ 70,00 na carteira, e querer
pagar R$ 100,00 de uma conta, não tem como você ficar devendo R$ 30,00 a sua
carteira.
Identificado essa situação, deu-se naturezas aos saldos das contas, ou seja, o saldo da
conta caixa, se houver, sempre estará no lado do débito, dizemos então que esse saldo é
devedor.
Será o mesmo com o restante da outras contas do ativo, pois todas elas quando
apresentarem saldo, este estará sempre no lado do débito do razonete, assim todos os
saldos das contas do Ativo tem natureza DEVEDORA, ou é um saldo DEVEDOR.
Dizemos o mesmo das contas de passivo e do patrimônio liquido, se todos os saldos que
aparecem nela, tem que estar no lado direito do razonete, lado do crédito, dizemos que o
saldo da conta tem natureza CREDORA, ou é um saldo CREDOR.
É simples, nos balanços que fizemos até agora, os saldos sempre foram positivos, e
nunca houve uma distinção entre eles, ou seja, se um saldo estava no lado do crédito ou
no lado do débito.
Só que aprendemos agora, que tem certas situações onde o próprio saldo da conta pode
mostrar se tem algum registro feito errado, como no caso acima, onde você só possuía
R$ 70,00 e fez um pagamento de R$ 100,00 (Registro Impossível).
Ativo Passivo
Caixa 1.500,00 Fornecedores 1.000,00
Veículos 300,00 Patrimônio Líquido
Mercadorias 1.200,00 Capital Social 2.000,00
Fornecedores
700,00 (1) 1.000,00 (Saldo Inicial)
300,00 (saldo após o 1.º lançamento)
400,00 (2)
100,00 (Sf)
1.º Você tinha um saldo na conta de R$ 1.000,00 (S), depois você fez um pagamento de
R$ 700,00. O seu saldo no momento é de R$ 300,00 no lado do crédito do razonete, ou
R$ 300,00 Credor.
Vamos combinar o seguinte, a partir de agora toda vez que eu colocar um sublinhado
em algum lugar do razonete, quero dizer que logo abaixo estarei colocando o saldo
naquele momento.
Ativo Passivo
Caixa 800,00 Fornecedores 300,00
Veiculo 300,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 1.200,00 Capital Social 2.000,00
2.º Logo após um outro pagamento foi feito, agora no valor de R$ 400,00. O saldo nesse
momento na conta acima seria de R$ 100,00 no lado do débito, ou R$ 100,00 devedor.
Fornecedores
700,00 (1) 1.000,00 (Saldo Inicial)
300,00 (saldo após o 1.º lançamento)
400,00 (2)
100,00 (Sf)
Ativo Passivo
Caixa 400,00 Fornecedores 100,00
Veiculo 300,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 1.200,00 Capital Social 2.000,00
Viu como o balanço não confere, ou seja, o total do ativo é diferente do total do
passivo?
Isso aconteceu porque não houve uma distinção do saldo das contas.
Ora mais não ficou claro mais acima que uma conta de Passivo, obrigatoriamente terá o
seu saldo igual a zero, ou qualquer valor, desde que no lado do crédito?
Sim, acontece o seguinte, se você fez um pagamento a maior ao seu fornecedor, por
qualquer motivo que seja, esse valor não pode mais aparecer no Passivo, afinal você não
esta mais devendo ao fornecedor.
Muito pelo contrário agora o fornecedor tem que lhe devolver esses R$ 100,00 que por
acaso foi pago a maior, ou seja, você tem um DIREITO de receber esses 100,00 de
volta.
Sendo um ativo, e este aparece no lado direito do balanço, o seu saldo no razonete
também tem que aparecer no lado direito também, certo? E onde esta aparecendo o
saldo na conta Fornecedor?
Logicamente você tem que transferir o seu saldo para uma conta que represente esse
direito contra o fornecedor. Vamos mostrar como ficaria o balanço após a transferência
do saldo.
Ativo Passivo
Caixa 100,00
Veiculo 100,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 1.700,00 Capital Social 2.000,00
Pagto a maior de Fornecedores 100,00
Não se importe com o registro da transferência agora, o ponto relevante é que você
tenha compreendido que cada saldo tem sua natureza (Devedora ou Credora), e que esse
saldo influência no fechamento do balanço.
Assim se por acaso você perceber que num balanço uma conta de Passivo (por exemplo)
apareceu, um saldo DEVEDOR, aconteceu alguma coisa nessa conta, para que o seu
saldo esteja inverso, e você terá que fazer a análise individual dela para detectar o que
ocorreu, pode ser que tenha sido efetuado um pagamento a maior como no exemplo,
nesse caso transfira para o Ativo, ou que você tenha esquecido de ter feito um registro
de uma compra, ou que era um lançamento na conta de Financiamentos e que sem
querer você o efetuou na conta de Fornecedores e assim por diante.
E o mesmo com as contas de Ativo, já que a natureza do saldo de cada uma delas é
devedora, se aparecer alguma conta com o saldo credor, tem algum lançamento efetuado
errado.
Aqueles que já possuem algum conhecimento em contabilidade sabem, que tem certas
ocasiões em que as contas podem aparecer com a natureza de saldo inverso, mas são
casos específicos que veremos mais adiante.
Veremos nas próximas lições, um exercício mais completo, que facilitará muito a
compreensão, o importante agora é que você fixe bem esses conceitos. Ok?
Aprendemos, que nas contas de ativo a natureza do saldo é DEVEDOR, ou seja, o saldo
tem que aparecer no lado do débito do razonete, lado esquerdo.
A conta BANCOS, também é uma de ativo, se representar o dinheiro que nos temos e
que está depositado na instituição financeira (o banco), certo.?
Lógico também será que ela sendo uma conta de ativo a natureza do saldo também
deverá ser DEVEDORA, ou seja, o saldo também terá que aparecer no lado esquerdo do
razonete, lado do débito.
Porque quando efetuamos um depósito em nossa conta bancária, o banco nos mostra no
extrato que fez um CRÉDITO na nossa conta?
Bom, eu disse que as contas quando aparecem no balanço com o saldo invertido, assim
entendido como:
Provavelmente estão com algum lançamento efetuado errado, e que temos que analisar
ela com mais detalhes para ver onde está o erro. (salvo as ocasiões previstas, as quais
veremos futuramente)
Na última lição, fizemos um exemplo, e vimos que quando acontece esse fato, o total do
ativo e do passivo, não são iguais. (em termos técnicos, dizemos que o balanço não está
FECHANDO).
Mas só isso não basta, temos que ter um algo mais para nos ajudar nessa identificação
da conta que esta errada. Imagine um balanço com milhares de contas. !!!
Para tal a partir de agora aprenderemos uma nova maneira de se apresentar um Balanço
Patrimonial. Faremos assim, ao levantarmos um balanço, colocaremos ao lado de cada
valor, a abreviatura do seu saldo, assim se o saldo da conta Caixa esta DEVEDOR,
colocaremos ao lado do valor a sigla DV, ou se o saldo da conta Fornecedor está
CREDOR colocaremos a sigla CR.
Ativo Passivo
Caixa 1.500,00 DV Fornecedores 1.000,00 CR
Veículos 300,00 DV Patrimônio Líquido
Mercadorias 1.200,00 DV Capital Social 2.000,00 CR
Ativo Passivo
Caixa 1.500,00 Fornecedores 1.000,00
Veículos 300,00 Patrimônio Líquido
Mercadorias 1.200,00 Capital Social 2.000,00
Quando aparecer um balanço assim, sabemos que todas contas de ativo estão com o
saldo devedor, e todas as contas de passivo estão com o saldo credor.
Ativo Passivo
Caixa 1.500,00 Fornecedores 1.000,00
Veiculo 300,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias (1.200,00) Capital Social XXX,XX
Sabemos que o saldo da conta de mercadorias, esta CREDOR, e que essa conta merece
uma análise, pois certamente ela está com algum erro. OK?
Nos demais exemplos desse curso usaremos o segundo modelo, pois além de mais
prático, é mais técnico também, pois na prática dificilmente acontece de colocarem a
sigla ao lado do saldo.
Sendo mais comum, colocarmos entre parênteses o valor do saldo, quando este está ao
contrário de sua natureza, assim se a natureza do saldo da conta de Ativo é
DEVEDORA, quando o valor aparecer entre parênteses queremos dizer que o saldo dela
está CREDOR, e quando numa conta de Passivo, aparecer o saldo entre parênteses
ficará evidente que o saldo dela está DEVEDOR, quando deveria ser CREDOR.
Vamos gravar esse conceito, somente para a feitura (levantamento) do balanço, nos
razonetes não deveremos colocar o saldo entre parênteses e nem com as siglas ao lado,
simplesmente vamos aprender a analisar o saldo de acordo com o lado do razonete em
que ele aparecerá, se está no lado direito ou esquerdo de acordo com cada conta.
Mas vale a pena entender também o conceito das siglas acima, pois quando falarmos
sobre livros contábeis eles serão úteis, pois nesses os lançamentos aparecerão com as
siglas. Ok?
As operações foram:
Feito isso, partimos para os registros propriamente ditos, já sabemos que os lançamentos
que aumentam o saldo na conta CAIXA são feitos a DÉBITO (aumentam o saldo). E
que os lançamentos que aumentam as contas de Passivo ou do Patrimônio Liquido, são
feitos a CRÉDITO. Sabemos também que independente da conta, o lado do débito fica
na parte esquerda do razonete e que o lado do crédito fica na parte direita, então os
lançamentos já nas duas contas ficariam assim:
Ativo Passivo
Caixa 5.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social 5.000,00
Lembre-se que o saldo da conta caixa, esta devedor, pois no razonete ele aparece do
lado esquerdo, lado do débito, e que na conta de capital social o saldo esta credor, pois
no razonete ele esta no lado do credito. Como já sabemos as naturezas dos saldos de
cada conta, sabemos que os lançamentos, em termos de saldo, estão feitos de forma
correta.
Somente olhando para o razonete, de acordo com o conhecimento que adquirimos até
agora, sabemos que o saldo na conta CAPITAL SOCIAL está ao contrário, nesse
lançamento, ele deveria estar no lado do crédito não?
Ativo Passivo
Caixa 5.000,00
Patrimônio Liquido
Capital Social (5.000,00)
Apesar dos valores serem iguais ambos são de R$ 5.000,00, um está entre parênteses, e
o outro não, seria como falássemos que um está com R$ 5.000,00 positivo e o outro está
com R$ 5.000,00 negativo.
Portanto o ativo e o passivo não estão iguais, assim tem um lançamento que foi feito
errado.
Portanto em nosso caso, será necessário a análise visual de onde está o saldo da conta.
Assim no exemplo acima, teremos que olhar para o razonete, ver em que lado está o
saldo de cada conta e quando fizermos o balanço, atentarmos para o saldo, ou seja, se
ele é devedor ou se é credor, e colocarmos da mesma forma no balanço.
O exemplo acima foi só para demonstrarmos como ficaria um balanço com o saldo
errado, e para atentarmos que mesmo os valores sendo iguais temos que prestar a
atenção para a natureza do saldo.
O balanço acima poderia estar com R$ 10.000,00 no ativo e (R$ 10.000,00) no passivo,
apesar de serem ambos R$ 10.000,00 um é “positivo” e o outro é “negativo”. Portanto
não são iguais.
Vamos continuar:
Vejamos nessa operação, trabalharemos com mais duas contas, uma chamada de
Computador sendo ela uma conta de ativo, afinal você acabou de adquirir um bem, e
outra chamada de Financiamentos, portanto teremos que abrir mais duas contas
razonetes, com os respectivos nomes ficaria assim:
Computador Financiamentos
1.000,00 1.000,00
Percebam que mesmo não mexendo nas contas CAIXA e CAPITAL eu as repeti, isso
porque a partir de agora, só estaremos trabalhando com elas, fiz isso para ficar mais
fácil a análise, no próximo lançamento veremos que mexeremos nos saldo de algumas
contas que já foram “abertas”, o que eu quero dizer é que você não precisa ficar abrindo
um razonete para a mesma conta, basta utilizar a que você já “abriu” antes, pois caso
contrário não teria lógica trabalharmos com razonetes, pois simplesmente estaríamos
trocando os balanços por razonetes, ou seja ao invés de ficarmos fazendo um monte de
balanços, estaríamos fazendo um monte de razonetes, seria simplesmente um
inconveniente menor.
Computador Financiamentos
1.000,00 1.000,00
Utensílios
200,00
Perceba que “abrimos” mais um razonete, chamado de UTENSILIOS, fizemos isso para
que fique mais fácil a análise do balanço, pois basta a pessoa olhá-lo, para que
identifique que a empresa possuiu R$ 200,00 de utensílios. E nessa conta fizemos um
lançamento a débito, e se tratando de uma conta de ativo sabemos que estamos
aumentando do saldo dela.
Computador Financiamentos
1.000,00 100,00 1.000,00
Utensílios
200,00
Nesse lançamento não abrimos conta nenhuma, pois ambas as contas utilizadas já
estavam abertas.
Os registros foram feitos, da seguinte forma: Fizemos um crédito na conta Caixa, para
registrar o pagamento e fizemos um débito no mesmo valor para diminuir a conta de
Financiamentos.
Quinta operação:
Computador Financiamentos
1.000,00 100,00 1.000,00
Utensílios Bancos
200,00 1.000,00
Nesse lançamento tivemos que abrir o razonete que representaria a conta Bancos. Nela
fizemos um lançamento a débito, aumentando o saldo dessa conta, e em contra-partida
fizemos um lançamento a crédito na conta de Caixa, diminuindo o seu saldo.
Sexta operação:
Computador Financiamentos
1.000,00 100,00 1.000,00
Utensílios Bancos
200,00 1.000,00
Mercadorias
500,00
Sétima Operação:
Computador Financiamentos
1.000,00 100,00 1.000,00
Utensílios Bancos
200,00 1.000,00 1.000,00
E diminuímos R$ 1.000,00 no saldo da conta Bancos, para isso tivemos que fazer um
lançamento a crédito nela.
A oitava operação é:
8 – Levantamento do Balanço.
Essa é a parte que mais nos interessa agora, como fazer o balanço somente com o uso
dos razonetes, o primeiro passo seria dispor de todas as contas razonetes. Assim sendo:
Computador Financiamentos
1.000,00 100,00 1.000,00
Utensílios Bancos
200,00 1.000,00 1.000,00
O próximo passo seria achar o saldo que cada conta tem no momento, vamos lá:
A primeira conta que temos é a conta caixa que possuiu os seguintes lançamentos:
R$ 5.000,00 a débito ou R$ 5.000,00 DV
R$ 1.800,00 a crédito (200 + 100 + 1.000 + 500) ou R$ 1.800,00 CR
5.000,00 DV
- 1.800,00 CR
3.200,00 DV
Assim percebemos que a conta caixa, após todas as operações, ainda ficou com o saldo
de R$ 3.200,00 devedor ou R$ 3.200,00 DV, se o saldo é devedor sabemos que ele esta
no lado esquerdo do razonete, lado do débito. E sabendo também a natureza, só olhando
para o saldo, sabemos que aparentemente esta tudo bem, pois o saldo numa conta de
ativo tem que ser DEVEDOR.
Faremos isso com todas as contas, perceba que tem conta que não teremos que fazer
contas, pois elas só possuem um lançamento, logo o saldo dela, será o que esta sendo
apresentado nos razonetes. São elas:
Computador Utensílios
1.000,00 200,00
Basta uma simples análise nelas e veremos que as contas Computador, Utensílios,
Mercadorias e Aplicações Financeiras são contas de Ativo, seu saldo tem que ser
devedor, ou seja, estar no lado do débito (lado esquerdo) do razonete, e estão.
Já a conta Capital Social, é uma conta do PL (Patrimônio Liquido), que fica no mesmo
lado do Passivo, portanto seu saldo tem que ser credor (lado direito) do razonete, e que
está correto, pois o saldo está no lado do crédito.
Analisando a conta bancos, vemos que ela possui R$ 1.000,00 de lançamento a débito, e
R$ 1.000,00 de lançamento a crédito, portanto R$ 1.000,00 DV – R$ 1.000,00 CR = R$
0,00. E já sabemos que uma conta quando está com o seu saldo zerado não precisamos
apresentá-la no balanço.
De posse desses dados já podemos fazer o nosso balanço, que ficaria assim:
Ativo Passivo
Caixa 3.200,00 Financiamentos 900,00
Computador 1.000,00 Patrimônio Liquido
Utensílios 200,00 Capital Social 5.000,00
Mercadorias 500,00
Aplicações
1.000,00
Financeiras
Veja que nosso balanço “fecha”, ou seja, o total do ativo é igual ao total do passivo.
Nas próximos lições, faremos as contas para apurar o saldo diretamente no razonete
para ficar mais fácil.
Vamos agora analisar outro exemplo, de contabilização através dos razonetes, para
melhor compreensão.
Ativo Passivo
Caixa 1.000,00 Fornecedores 1.000,00
Veículo 700,00 Patrimônio Líquido
Mercadorias 300,00 Capital Social 1.000,00
Faça o registro das seguintes operações nos razonetes e após faça o balanço patrimonial.
Caixa Veiculo
Mercadorias Fornecedores
300,00 (S) 1.000,00 (S)
Capital Social
1.000,00 (S)
Caixa Veiculo
1.000,00 (S) 500,00 (1) 700,00 (S)
1.000,00 (5) 100,00 (2) 500,00 (1)
_____________ 200,00 (3) ___________
2.000,00 150,00 (4) 1.200,00
____________
1.050,00 (SF) 950,00 1.200,00 (SF)
Mercadorias Fornecedores
300,00 (S) 150,00 (4) 1.000,00 (S)
200,00 (3) __________ _________
__________ 150,00 1.000,00
500,00
850,00 (SF)
500,00 (SF)
Percebam que em cada lado do razonete que houve lançamento, há uma linha logo
abaixo do ultimo lançamento de cada lado, e embaixo dessa linha, tem um valor que se
vocês perceberem será a soma dos registros efetuados nesse lado da conta, assim os R$
2.000,00 no lado do crédito da conta Capital Social, representa que o total dos
lançamentos a crédito somado com o saldo inicial, totalizaram R$ 2.000,00. E assim
com as demais contas.
E logo abaixo desse valor, temos um outro com a sigla SF que significa Saldo Final, que
nada mais é do o resultado das somas de um lado diminuído da soma do outro lado.
Ativo Passivo
Caixa 1.050,00 Fornecedores 850,00
Veiculo 1.200,00 Patrimônio Liquido
Mercadorias 500,00 Capital Social 2.000,00
Banco 100,00
Abrindo os razonetes:
Caixa Veículos
1.050,00 (S) 1.200,00 (S)
Mercadorias Fornecedores
500,00 (S) 850,00 (S)
Percebam que agora nos não colocamos mais os registros das outras operações, e
começamos com o saldo inicial que é igual ao saldo final dos razonetes anteriores. OK?
Caixa Veículos
Mercadorias Fornecedores
500,00 (S) 350,00 (1) 850,00 (S)
__________ ___________ __________
500,00 350,00 850,00
Empréstimos Equipamentos
300,00 (4) 4.000,00 (2) 3.000,00 (3)
___________ ___________ ___________
300,00 4.000,00 3.000,00
Ativo Passivo
Caixa 700,00 Fornecedores 500,00
Veículos 1.200,00 Empréstimos 3.700,00
Mercadorias 500,00 Patrimônio Líquido
Banco 800,00 Capital Social 2.000,00
Equipamentos 3.000,00
Conclusão:
Faremos sempre o balanço patrimonial com base nesse saldo, e conforme os exemplos
acima, após fizermos o balanço, e se tivermos mais alguns lançamentos posteriores,
abriremos os razonetes somente com o saldo que constava no balanço, esse saldo agora,
será o saldo inicial. (que nada mais é do que o saldo final que estava no razonete antes
de fazermos o balanço).
Fornecedores
250,00 (2) 1.500,00 (S)
300,00 (3) 500,00 (1)
400,00 (4)
3 – Uma conta com saldo CREDOR, indica que o seu saldo esta em que lado do
razonete?
Ativo Passivo
Caixa 700,00 Fornecedores 1.900,00
Ativo Passivo
Caixa 200,00 Fornecedores 900,00
Moveis e Utensílios 1.000,00 Empréstimos 1.200,00
Mercadorias 800,00 Patrimônio Liquido
Aplicações 300,00 Capital Social 1.000,00
Financeiras
Equipamentos 1.000,00
6 - Analise o balanço abaixo, identifique o que está errado, e a provável causa para o
erro.
Ativo Passivo
Caixa 200,00 Fornecedores 900,00
Moveis e Utensílios 1.000,00 Empréstimos 1.400,00
Mercadorias 800,00 Patrimônio Liquido
Aplicações (300,00) Capital Social 1.000,00
Financeiras
Equipamentos 1.000,00
7 – Analise:
Esse balanço:
Ativo Passivo
Caixa 200,00 Fornecedores 900,00
Moveis e Utensílios 1.000,00 Empréstimos 1.400,00
Mercadorias 800,00 Patrimônio Liquido
Aplicações 300,00 Capital Social 1.000,00
Financeiras
Equipamentos 1.000,00
Ativo Passivo
Caixa 1.500,00 Fornecedores 900,00
Moveis e Utensílios 1.000,00 Empréstimos 1.400,00
Mercadorias 800,00 Patrimônio Liquido
Equipamentos 1.000,00 Capital Social 2.000,00
Compare um balanço com o outro e tente identificar quais as operações que foram
feitas. Foram feitas duas operações.
Na prática, esse razonete nada mais é do que um livro, chamado de livro razão, a
utilização do livro é bem parecida com a utilização do razonete, porém tem alguns
detalhes a mais para a sua escrituração que por motivo de facilitar o aprendizado não os
utilizamos, mais vale a pena entendermos e aprendermos os conceitos teóricos.
Existe um Decreto de número 3.000 do ano 1999, que pode ser obtido na integra no site
da Receita Federal, o qual no meio contábil esse decreto é identificado como o
REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA.
Em seu artigo de numero 259, ele trata do LIVRO RAZÃO, abaixo reproduzo o artigo
para melhor assimilação.
Para não causar confusão, atente somente as palavras grifadas. Ignore as demais, por
enquanto, mais tarde trataremos dos detalhes.
Livro Razão
Art. 259. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá
manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas,
Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta
ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais
exigências e condições previstas na legislação.
O caput do artigo 259, diz ser obrigatório a escrituração do livro Razão, este servirá
para totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados.
Imagine que você tenha uma empresa a XYZ Comércio de Roupas, e que ela possua
conta em dois bancos diferentes, o BANCO A e o BANCO B, a conta BANCOS
apresentada no balanço seria a Conta Principal, que apresentaria o saldo do BANCO A
e o BANCO B somados.
Isso é feito para simplificar, imagine você apresentar um balanço com 100 bancos
diferentes? Seria enorme a sua extensão somente na parte dos bancos não?
Ordem cronológica das operações nada mais é do que lançar primeiro no livro o registro
obedecendo as datas em que esses fatos que originaram o registro ocorreram, assim se
você fez um registro no dia 10 de janeiro de 2005 e outro no dia 15 de janeiro de 2005,
você deve fazer o lançamento na mesma forma, ou seja, primeiro o registro do
lançamento do dia 10 e depois o registro do lançamento do dia 15.
O parágrafo segundo e mais importante, diz que a não manutenção NAS CONDIÇÕES
DETERMINADAS (as condições estão acima), implicara o arbitramento do lucro.
O que esse artigo quer dizer é o seguinte, que a empresa que não escriturar ou não
mantiver em boa ordem, o livro RAZÃO de acordo com o estabelecidos nos artigos
acima. Terá seu lucro arbitrado pelo Fiscal. Isso que dizer que numa fiscalização se a
empresa não apresentar o livro ao fiscal ou não o tiver como manda o artigo 259 e seus
parágrafos, o fiscal pode simplesmente dizer que o seu lucro é tanto, e acabou.
Só que o fiscal sempre arbitra o seu lucro para mais e nunca para menos.
E o último parágrafo, o terceiro, diz que o livro razão não precisa ser autenticado, ou
registrado.
A autenticação nada mais é do que uma carimbada que o fiscal dá na primeira página do
livro antes de começar a escrituração, isso faz com que a empresa não tenha como trocá-
lo depois. E o registro é outra carimbada após encerrada a escrituração, também com a
mesma finalidade.
em dois livros, um registro no livro razão propriamente dito, e o outro no livro diário
que veremos nas próximas lições.
Hoje em dia com o uso de computadores, você faz somente um único registro, e o
programa se encarrega que escriturar tal registro nos 2 livros. Ora se o registro e feito
simultaneamente, os dois livros terão os mesmos lançamentos não?
E já que o livro Diário tem que ser registrado, deu-se a dispensa ao livro Razão.
Até aqui tratamos da parte legal do livro, a parte imposta pela lei. Porém esse livro traz
grandes benefícios em termo de praticidade, vamos exemplificar:
Se você tiver o livro razão, basta você achar a conta que registrou esses pagamentos e
pronto, estará tudo ali.
Esse livro funciona como uma memória da conta, assim em cada conta, temos todos os
lançamentos que foram feitos nela, pode até parecer confuso a finalidade desse livro,
mas quando vermos o outro livro, o DIÁRIO, você verá a diferença, pois o DIÁRIO não
te mostra lançamento por contas e sim por dias.
Livro Razão
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Conta Caixa
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Veja que no início temos o cabeçalho, contém o nome do livro, o nome da empresa, e o
número do CNPJ (CNPJ, é a abreviatura de CADASTRO NACIONAL DE PESSOAS
JURIDICAS, esse número identifica a empresa perante a RECEITA FEDERAL),
podemos ter ai mais algumas informações adicionais, tais como data da impressão e
outros, mais para efeitos didáticos somente o que esta no quadro acima basta.
Lembre-se que no mesmo livro, teremos varias contas, tais como: FORNECEDORES,
BANCOS, CAIXA, VEICULOS, MERCADORIAS e etc.
Quanto mais detalhado for o histórico melhor será, pois futuramente evitará que você
tenha que procurar o documento da compra para qualquer coisa.
Na coluna de SALDO, será o quanto de valor tem sua conta até o momento, esse saldo
será atualizado a cada lançamento.
Livro Razão
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Conta - Veículos
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00
COMPRA DE UM VEICULO
NOVO MARCA XXX, DA
EMPRESA ABC COMERCIO DE
VEICULOS, PLACA GFTDXC,
10/01/2005 10.000,00 10.000,00
COR AZUL, CHASSI N.º
2134621354369 POR 10.000,00
CONFORME NOTA FISCAL
123654.
Vamos lembrar que cada registro é obrigatoriamente efetuado em duas contas diferentes
e pelo mesmo valor. Sabemos pelo enunciado que o veículo foi comprado a vista, então
a contra-partida desse lançamento seria a conta Caixa (por exemplo).
Logo o registro dessa operação no livro razão da conta CAIXA ficaria assim:
Livro Razão
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Conta – Caixa
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 12.000,00
COMPRA DE UM VEICULO
NOVO MARCA XXX, DA
EMPRESA ABC COMERCIO DE
VEICULOS, PLACA GFTDXC,
10/01/2005 10.000,00 2.000,00
COR AZUL, CHASSI N.º
2134621354369 POR 10.000,00
CONFORME NOTA FISCAL
123654.
Reparem que o lançamento é basicamente o mesmo, a única coisa que mudou, foi o
nome da conta (CAIXA), o valor do lançamento agora está na coluna do crédito (que
diminui nas contas de ativo), e o saldo final.
Nesse livro é comum aparecer o sigla do saldo, CR ou DV, para saldo credor ou
devedor, assim poderíamos ter o livro diário da seguinte forma:
Livro Razão
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Conta - Caixa
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 12.000,00 DV
COMPRA DE UM VEICULO
NOVO MARCA XXX, DA
EMPRESA ABC COMERCIO DE
VEICULOS, PLACA GFTDXC,
10/01/2005 10.000,00 2.000,00 DV
COR AZUL, CHASSI N.º
2134621354369 POR 10.000,00
CONFORME NOTA FISCAL
123654.
Vamos trabalhar sempre dessa forma, para melhor assimilar os conceitos de natureza
dos saldos de cada conta ok?
Livro Razão
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Conta – Fornecedores
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 2.000,00 CR
Perguntas:
Respostas:
conta esta virado, ou seja, ao contrario do normal, ele está R$ 1.750,00 DV, ou
como se estivesse - R$ 1.750,00 (se somássemos mais R$ 5.000,00, temos que chegar
a 3.250,00.
Acima falamos sobre o Livro Razão, agora falaremos sobre o livro Diário.
Livro Diário
Imagine que a empresa ABC Comércio tenha 2 sócios, e que o capital dela é de R$
50.000,00. E os sócios resolveram aumentar o capital dela em mais R$ 30.000,00, sendo
R$ 15.000,00 para cada um dos sócios.
Só que na empresa ABC Comércio, somente um dos sócios tem o dinheiro para a
integralização na hora, e o outro fará a integralização com um veículo, porém o mesmo
está na oficina para conserto, e o sócio só poderá entregá-lo daqui a 20 dias.
A partir da data desse registro a empresa já tem o seu capital aumentado, só que ainda
está faltando a entrega do veículo, que será a integralização do capital de um dos sócios,
logo a empresa passou a ter um ativo, o direito de receber os R$ 15.000,00 que estão
faltando, que será efetuado com a entrega do veiculo, logo será registrado o aumento,
com um crédito na conta CAPITAL SOCIAL de R$ 15.000,00, e um débito na conta
Caixa ou Bancos, dos mesmos R$ 15.000,00, referente a integralização do capital do
sócio que tinha o dinheiro na hora.
Já o registro do sócio que não tem ainda o dinheiro, será feito da seguinte forma: Um
crédito na conta Capital no valor de R$ 15.000,00 e um débito numa conta de ativo, a
qual poderíamos chamar de VALORES A RECEBER DO SOCIO ou BENS A
RECEBER DO SOCIO, no valor de R$ 15.000,00 também.
Esse segundo lançamento é um exemplo de um ATO, pois esse valor ainda não foi
realizado.
Vamos exemplificar para ficar melhor, usaremos um caso verídico, que ocorreu a pouco
tempo atrás com uma grande empresa.
Imagine que você vendeu mercadoria sua a prazo para uma grande empresa produtora e
industrializadora de uma gama de produtos comercializados em mercados, padarias e
etc.
E que essa empresa até o momento que você vendeu não apresentava problemas, porém
passado algum tempo, você fica sabendo que houve algumas fraudes na contabilidade
dessa empresa na matriz dessa empresa localizada num país da Europa, ou seja, que ela
apresentava seu balanço como tendo dinheiro suficiente para honrar todos os seus
compromissos, porém na realidade não tinha nada.
No momento que você vendeu a prazo, acabou de adquirir um ativo, ou seja, um direito,
o direito de receber no prazo combinado o valor da sua venda.
Só que quando foi à tona a fraude da empresa, você se deu conta que provavelmente não
receberá aquele valor tão cedo, e se receber.
Mediante isso e sabendo que o seu balanço, tem que espelhar a realidade financeira,
como proceder? Apresentar os R$ 900.000,00 sabendo que provavelmente não receberá,
ou já demonstrar que apesar de ter a receber R$ 900.000,00 você só espera receber os
R$ 100.000,00 dos outros clientes?
O mais correto seria você demonstrar que só esta esperando receber os R$ 100.000,00,
devido a vários fatores, primeiro que seria o mais ético a ser feito, segundo que existe
um princípio na contabilidade, que reza que na dúvida entre dos valores possíveis, use
sempre o menor para o ativo e o maior para o passivo, esse principio inclusive é uma
norma contábil a ser obedecida, veja o artigo 259 na lição passada, onde falamos sobre
o Livro Razão.
Pode até parecer algo louco esse princípio, mais se coloque do lado de um investidor,
por exemplo, você olha o balanço e acha que a empresa tem R$ 900.000,00 a receber,
mais só recebe R$ 100.000,00, frustrante para ele não?
Agora imagine que você demonstrou que tinha R$ 100.000,00 e recebeu R$ 900.000,00,
com certeza ele vai achar que você na qualidade de administrador é um autentico
“Midas” (aquela pessoa que onde toca vira ouro).
Esse impasse é o tipo de lançamento que tem que ser feito o qual poderá VIR A
MODIFICAR A SITUAÇÃO PATRIMONIAL DA EMPRESA.
Poderá porque?
Ora a empresa fraudulenta pode conseguir lhe pagar, se te pagar não houve modificação
na sua situação patrimonial, você esperava receber dela os R$ 800.000,00 e recebeu.
Se não pagar haverá a modificação, ou seja, após algum tempo você terá que reconhecer
que aquele valor não será recebido.
Livro Diário
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Vimos acima que os lançamentos serão feitos dia a dia, ou seja, seguindo a ordem
cronológica das operações. Assim os lançamentos dos dias 02 de janeiro, 03 de janeiro e
05 de janeiro, terão que seguir a ordem de suas datas de ocorrência, logo você registrará
o lançamento do dia 02 primeiro, depois o dia 03 e depois o do dia 05, e assim
sucessivamente.
Perceba que temos cinco colunas no livro, sendo elas: Data, Conta a Débito, Conta a
Crédito, Histórico e Valor.
Vamos a prática, imagine que em 15 de Março de 2005, você vez uma compra de R$
100,00 de mercadorias e tal compra foi a prazo através do fornecedor 1A2BC3
Comércio de Roupas, através da nota fiscal n.º 1001 e que você adquiriu 100 camisas.
Livro Diário
XYZ Comércio de Roupas Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
O histórico, quando mais analítico for melhor, pois somente analisando ele, você
consegue identificar quase que a maioria dos dados envolvido na operação, tal como:
FORNECEDOR, QUANTIDADE, ESPECIE, NÚMERO DA NOTA FISCAL e outros
que na medida da conveniência sejam colocados, por exemplo, podemos citar o número
dessa mercadoria para controle do seu estoque.
Depois temos o valor, que foi o total que pagamos pela mercadoria.
Acima eu disse atualmente o livro diário tem esse aspecto, isso porque antigamente não
existiam computadores e o registro era feito em livros, bem parecido com cadernos,
porém só mudava o aspecto, tinha que ter a data, a conta a débito, a conta a crédito, o
histórico e o valor do mesmo modo.
Porém nos lançamento a débito e a credito, não era em colunas e sim um abaixo do
outro da seguinte forma:
13/05/2005 Mercadorias
a Fornecedores
Compra de 100 camisas, referente a
NF. 1001 do fornecedor 1A2BC3 100,00
Comércio de Roupas
Veja que os lançamentos são bem parecidos com os de cima, no qual havia a separação
por colunas, porém com um detalhe, aqui tem que haver a interpretação, ou seja:
E como identifique qual era a conta a ser debitada e qual a conta a ser creditada?
Simples, pela PREPOSIÇÃO a, antes da conta Fornecedores, toda vez que aparecer
essa preposição antes da conta quer dizer que ela será a conta creditada. Lembre-se que
é nesse caso, quando houver a distinção da contas através de colunas ou de outra forma
não é necessário a sua utilização, pois basta olhar para cada colunas que você saberá
qual conta foi debitada e qual conta foi creditada.
Regra geral, a primeira conta é sempre a debitada, porém nas próximas lições veremos
casos em que num mesmo lançamento várias contas podem ser creditadas ao mesmo
tempo, o que facilita a escrituração e que nem sempre a primeira conta que aparece é a
conta que realmente esta sendo debitada.
Para efeito de aprendizagem, o lançamento no livro diário também pode ser feito da
seguinte forma:
D: Fornecedores 150,00
C: Caixa 150,00
O D ao lado esquerdo do nome da conta (no caso fornecedores), indica que essa conta é
a que está sendo debitada, e o C, indica a conta que está sendo creditada. O valor ao
lado de cada conta é o quantum da operação.
O histórico, não precisaremos colocar para efeitos de aprendizado, mais temos que
entender que ele existe, e que toda o registro contábil OFICIAL, o requer. OK?
Fornecedores 150,00
a Caixa 150,00
Resumindo o Livro Diário, é como a historia dia a dia da empresa, ao contrário do livro
razão que é a história (memória) de uma conta só.
Com ele nós podemos saber de forma muito mais rápida tudo o que ocorreu num só dia
na empresa, se fossemos fazer isso com o livro razão, teríamos que ficar analisando
conta por conta, no diário basta que abramos o livro na página que começa a registrar o
dia que queremos.
Para melhor compreensão vou contar uma história que aconteceu comigo, algum tempo
atrás eu tive que achar um lançamento de um pagamento para tentar ver qual foi o banco
em que foi feito, e solicitar ao banco uma microfilmagem do cheque, era o banco X (por
exemplo).
Tive então que procurar o registro pelo livro diário, e por incrível que parece demorei
mais para achar o livro, do que para achar o lançamento, o livro, de 3 anos atrás, estava
muito bem guardado, de posse do livro, foi só procurar o dia e encontrei o lançamento
(em menos de 5 minutos), conseqüentemente o banco em que foi feito o pagamento.
empresa, apresentando por ordem cronológica, todos os fatos e atos que modificaram ou
alteraram a situação patrimonial da empresa.
Já o livro razão, é uma “memória”, de cada conta patrimonial da empresa, e que registra
todas as alterações ocorridas nelas.
Aprendemos também que a escriturações nos livros devem ser simultâneas, ou seja, o
mesmo registro vai constar tanto no livro diário como no livro razão. Já aprendemos
como funciona o registro em cada um dos livros.
Nessa ultima lição sobre prática de escrituração dos livros contábeis, fixaremos os
conceitos aprendidos, e veremos como o registro é feito nos dois livros
simultaneamente, e após toda a escrituração que faremos levantaremos o balanço
através dos registros.
Nas próximas lições aprenderemos um método que facilita a feitura dos lançamentos
contábeis.
Vamos começar.
A operação é a seguinte:
Vamos ao registro:
Primeiro passo, como antes é analisar o lançamento a ser feito, e identificar as contas.
Veja que temos logo no inicio temos a integralização do Capital Social, já identificamos
a primeira conta, portanto, o sócio 1 integralizou em dinheiro, logo, a conta Caixa será
utilizada, o sócio 2 integralizou R$ 3.000,00 através de um computador, logo a conta
Computador representará esse valor. R$ 1.000,00 em dinheiro, então utilizaremos a
mesma conta caixa, e mais R$ 1.000,00 em móveis.
10.000,00
Computador Móveis
3.000,00 1.000,00
Aprendemos que as Contas que representam bens e direitos pertencem ao Ativo, e que a
conta Capital Social, pertence ao Patrimônio Liquido, e que fica no lado do passivo,
assim nosso balanço no momento ficaria da seguinte forma:
Ativo Passivo
Caixa 6.000,00
Computador 3.000,00 Patrimônio Liquido
Moveis 1.000,00 Capital Social 10.000,00
Como estamos fixando nosso aprendizado nos livros, os registros nos razonetes acima, e
o balanço feito, somente servirão para conferência, após os registros nos livros, vamos a
eles propriamente ditos.
Livro Diário
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89
Integralização de parte do
12/05/2005 Computadores Capital Social capital com um computador, 3.000,00
modelo X, do sócio 2
Integralização de parte do
12/05/2005 Moveis Capital Social Capital do sócio 2, com 1.000,00
moveis para o escritório.
12/05/2005 Caixa
a Capital Social
Integralização do capital referente
Ao Sócio 1 5.000,00
12/05/2005 Caixa
a Capital Social
Integralização de parte do capital social
em dinheiro, do sócio 2 1.000,00
12/05/2005 Computador
a Capital Social
Integralização de parte do capital com
um computador, modelo X, do sócio 2
3.000,00
12/05/2005 Móveis
a Capital Social
Integralização de parte do capital do
Sócio 2, com moveis para o escritório. 1.000,00
Como eu disse nas lições passadas, os registros são feitos simultaneamente, nos 2 livros,
ou seja, o mesmo registro que foi efetuado no livro Diário deve ser escriturado no livro
Razão.
Lembre-se que no livro razão o registro será feito em contas, e não por ordem de
ocorrência como no livro diário que incluem todos os lançamentos independentes das
contas, haverá sim no livro razão a obediência as ordens cronológicas.
Portanto no livro razão, vamos supor que haverá uma página para cada conta.
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 1
Conta – Caixa
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 DV
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 2
Conta – Capital Social
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 CR
Dessa forma referente a parte que foi feita em dinheiro, já temos tanto o registro na
conta, caixa, como o registro na conta capital social.
Porém ainda faltam alguns registros, vamos agora ao registro referente a entrega do
computador pelo sócio 2.
Se parte da integralização foi feita com um computador, logo teremos também uma
conta chamada COMPUTADORES.
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 3
Conta – Computadores
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 DV
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 2
Conta – Capital Social
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 CR
Vamos agora ao registro da última parte da integralização do sócio 2, que foi feita com
móveis. Teremos agora uma conta chamada Móveis.
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 4
Conta – Móveis
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 DV
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Página 2
Conta – Capital Social
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 CR
Vamos agora levantar um balanço com base nesses lançamentos. Para tal, basta saber o
saldo de cada conta e ir colocando no balanço conforme aprendemos, ou seja, as contas
que representem bens e direitos no lado do ativo, as contas que representem deveres e
obrigações, no lado do passivo, incluído ai, as contas do Patrimônio Liquido.
Para levantar o balanço, como eu disse acima temos que saber o saldo de cada conta.
Utilizaremos então o livro razão. Lembrando que o saldo da conta neste livro, e o que
consta na coluna saldo, ao lado do último lançamento.
Ativo Passivo
Caixa 6.000,00
Computador 3.000,00 Patrimônio Liquido
Moveis 1.000,00 Capital Social 10.000,00
Alguns modelos de livro Razão (mais atuais), possuem ainda mais uma coluna chamada
de contra-partida, nessa coluna será registra a outra conta utilizada na operação. Mas
para que isso?
Se vocês perceberem, analisando o livro Diário, temos como identificar cada conta
envolvida na operação, as quais estão dispostas nas colunas: CONTA A DEBITO e
CONTA A CREDITO. No livro razão não temos como identificar isso no modelo
utilizado acima. Para resolver tal impasse o criou-se tal coluna, assim o primeiro
lançamento referente a integralização do sócio 1, que era assim na conta Capital Social:
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Pagina
2
Conta – Capital Social
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 0,00 CR
Fica assim:
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Pagina 2
Conta – Capital Social
Contra – Historio da
Data Débito Crédito Saldo
Partida Operação
Saldo Inicial 0,00 CR
Integralização do
12/05/2005 Caixa capital referente ao 5.000,00 5.000,00 CR
sócio 1.
Vejam que fica muito mais fácil identificar qual foi a outra conta que compõe o
lançamento.
Interpretando o lançamento acima, vendo que na conta Capital Social, foi creditado R$
5.000,00, sabemos que o débito desse lançamento está na conta Caixa, no mesmo valor
de R$ 5.000,00 (pois é a conta que consta na coluna de contra-partida).
Sem dúvida muito mais fácil, pratico e rápido do que o no outro modelo não? Caso se
depare com um livro razão no outro modelo, ou seja, sem a discriminação da conta de
contra partida, para achar o lançamento na outra conta você terá que analisar conta por
conta, tendo como referência principal a data, já que sabemos que o registro na outra
conta também foi feito no mesmo dia.
Essa lição sobre livros contábeis, foram somente para se ter uma idéia de como é na
prática, seria ridículo ensinar para vocês que tudo é feito somente nos razonetes.
Imaginem que alguém solicite que vocês achem o lançamento tal (por exemplo), no dia
tal, e lhe entrega uma pilha de livros, logicamente o iniciante não saberia nem por onde
começar.
Mercadorias
a Caixa R$ 1.000,00
Somente isso, ou seja, a conta debitada (Mercadorias) e a conta credita (Caixa), e após o
valor. Ok?
Livro Razão
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ:01.234.567/0001-89 Pagina 2
Conta – Caixa
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
Saldo Inicial 5.000,00 DV
Observação: Use o modelo de livro razão com contra partida, e os dois modelos de
livro diário.
Caixa R$ 5.000,00
a Capital Social R$ 5.000,00
Caixa R$ 1.000,00
a Capital Social R$ 1.000,00
Computadores R$ 3.000,00
a Capital Social R$ 3.000,00
Móveis R$ 1.000,00
a Capital Social R$ 1.000,00
Certo?
Porém podemos simplificar esses lançamentos, a modo de não ser tão trabalhoso assim,
vejam que foram feitos 4 lançamentos no livro diário, para o registro de uma única
operação.
Ficaria assim:
Ativo Passivo
Essa separação é muito comum na contabilidade e acontece com várias contas, por
exemplo, se você quiser apresentar no balanço, os valores de cada um dos
FORNECEDORES, você teria subcontas à conta de fornecedores, que identificariam
cada um dos deles. Ficaria assim:
Ativo Passivo
Caixa 4.500,00 Fornecedores 3.000,00
Mercadorias 3.000,00 ABC Comércio 1.000,00
Mesas 1.000,00 123 da Silva 900,00
Cadeiras 500,00 JJJ Industr. 1.100,00
Bancadas 1.500,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 4.500,00
Vejam que dessa forma fica muito mais fácil a análise do balanço, pois somente
olhando para ele, você tem agora condições de além de saber o quanto você está
devendo aos fornecedores, quem eles são.
E ainda além de saber quanto você tem de mercadorias em seu estoque, você pode saber
quanto você tem de cada mercadoria.
Lógico que você poderia saber isso analisando os documentos, porém seria muito mais
trabalhoso.
Como disse acima, fizemos num único registro 4 lançamentos, porém vamos aprender a
transformar isso num único lançamento.
Aprendemos nas lições passadas que cada registro terá o mesmo valor a crédito em uma
conta, e igualmente será feito a débito de outra conta.
Porém agora vamos aprender que poderemos ter num único lançamento vários valores a
débito e vários valores a crédito, porém a soma dos valores a débito deverá ser igual a
soma dos valores a créditos.
Imagine que numa mesma nota fiscal, no valor de R$ 2.000,00 a empresa compre a
prazo, R$ 700,00 de cadeiras e R$ 1.300,00 de mesas. E a empresa trabalha com
SUBCONTAS para o grupo mercadorias, ou seja, terá no balanço tanto a SUBCONTA
Cadeiras como a SUBCONTA Mesas.
Ativo Passivo
Caixa 7.900,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 400,00
Mesas 100,00 Patrimônio Liquido
Cadeiras 300,00 Capital Social 7.300,00
Mesas Cadeiras
100,00 (S) 300,00 (S)
1.300,00 700,00
1.400,00 1.000,00
Fornecedores
1.000,00 (S)
2.000,00
3.000,00
Vejam que continuamos com os mesmos saldos nas contas Capital Social e Caixa, só
houve alteração nas contas Fornecedores, que era de R$ 1.000,00 e agora passou a ser
de R$ 3.000,00 já que registramos a compra no valor de R$ 2.000,00.
Ativo Passivo
Caixa 7.900,00 Fornecedores 3.000,00
Mercadorias 2.400,00
Mesas 1.400,00 Patrimônio Liquido
Cadeiras 1.000,00 Capital Social 7.300,00
Os lançamentos no livro diário, conforme dito que seria feito, somente para termos
didáticos, ficariam assim:
Mesas
.a Fornecedores R$ 1.300
Cadeiras
.a Fornecedores R$ 700,00
Mesas
.a Fornecedores R$ 1.300
Cadeiras
.a Fornecedores R$ 700,00
Vejam que em cada um dos lançamentos, temos somente uma conta debitada e uma
conta creditada, assim no primeiro lançamento, a sub-conta Mesas foi debitada e conta
Fornecedores foi a creditada.
Nos lançamentos de segunda fórmula a regra será a seguinte, temos 1 conta debitada e 2
ou mais contas creditadas.
Poderíamos citar como exemplo, a compra de uma Mercadoria, por R$ 1.000,00, sendo
que R$ 300,00 foi pago a vista e R$ 700,00 foi a prazo.
Mercadorias 1.000,00
.a Diversos
a Caixa 300,00
a Fornecedores 700,00
A conta que aparece em cima (mercadorias), indica a conta debitada, e o valor ao lado,
indica o total lançado nela.
Logo abaixo, temos a preposição a, indicando que essa conta será Creditada. Porém
nesse caso temos ao lado a palavra DIVERSOS indicando que estamos creditando mais
de uma conta ao mesmo tempo.
E abaixo, temos mais 2 contas sendo creditadas Caixa e Fornecedores, nos valores de
R$ 300,00 e R$ 700,00 respectivamente. Que se referem ao crédito que está
simbolizado pela palavra DIVERSOS, ou seja, quando colocamos essa palavra, falamos
que tem que se olhar abaixo, para saber quais foram as contas creditadas, nesse caso.
Um ponto relevante agora, é que temos que colocar o valor ao lado de cada conta.
A regra aqui será a seguinte, teremos 2 ou mais contas debitadas, e 1 conta creditada.
Mesas
.a Fornecedores R$ 1.300,00
Cadeiras
.a Fornecedores R$ 700,00
Diversos
.a Fornecedores 2.000,00
Mesas 700,00
Cadeiras 1.300,00
Percebam também que nesse caso identificamos que as contas Mesas e Cadeiras estão
sendo debitadas, porque não temos mais a preposição a, antes delas.
Para exemplificar, vamos fazer uma mistura de todos os lançamentos usados nos
exemplos acima. Imagine que a empresa comprou mercadorias no valor de R$ 2.000,00,
pagou R$ 1.000,00 a vista e o restante será a prazo. Além disso, a empresa separa por
sub-contas a conta de Mercadoria e que essa compra efetuada se refere a R$ 700,00 de
mesas e R$ 1.300,00 em cadeiras.
Diversos
.a Diversos
Mesas 700,00
Cadeiras 1.300,00
.a Caixa 1.000,00
.a Fornecedores 1.000,00
Para tal, usaremos o ultimo lançamento, que foi feito no esquema de 4.ª fórmula.
Diversos
.a Diversos
Mesas 700,00
Cadeiras 1.300,00
.a Caixa 1.000,00
.a Fornecedores 1.000,00
Mesas Cadeiras
700,00 1.300,00
Caixa Fornecedores
1.000,00 1.000,00
Vejam que a conta mesas foi debitada no livro diário, e também foi debitada no
razonete, o mesmo aconteceu com a conta Cadeiras.
O mesmo modo será utilizado no registro das contas creditadas, ou seja, a conta caixa
foi creditada no livro diário e também foi creditada no razonete, o mesmo aconteceu
com a conta Fornecedores.
Observação: Os razonetes acima são somente para exemplo, não se importem com os
saldos iniciais que foram ignorados. O objetivo desse exemplo é demonstrar que do
mesmo modo que foi feito no livro diário será feito no razonete, ou no livro razão.
Num primeiro momento, o conceito das fórmulas de lançamentos pode até parecer
complicado, porém no dia-a-dia não existe nada mais prático do que o uso delas.
Imagine uma grande loja de móveis, numa única nota fiscal, pode vir até mais de 10
produtos, nenhuma empresa pedirá para o fornecedor que mande uma nota para cada
produto.
Mas vamos aprender uma regrinha bem fácil, que permitirá que identifiquemos o tipo de
lançamento que estamos fazendo através de formulas.
Basta você se lembrar desses 4 números, e associar eles as fórmulas. Vejam como
funciona:
No decorrer das demais lições sempre, que possível, trabalharemos com os conceitos de
fórmulas, assim fixaremos melhor tal aprendizado.
Terminamos aqui, o módulo sobre formulas contábeis, bem como toda a parte de livros
contábeis, no decorrer do curso, sempre que houver necessidade acrescentarei um algo
mais.
1- Caixa
a Capital Social
2- Diversos
a Diversos
Fornecedores
Empréstimos
a Caixa
a Bancos
3- Diversos
a Bancos
Fornecedores
Empréstimos
Diversos
a Bancos
Fornecedores
Empréstimos
Mesas Cadeiras
700,00 1.300,00
Fornecedores
2.000,00
Caixa Fornecedores
700,00 700,00
8 – Foi feita uma compra de um veiculo por R$ 10.000,00, sendo que R$ 4.000,00 foi
pago a vista com um cheque, e o restante com foi financiado. Utilizando o mecanismo
das formulas faca o registro no razonete e no livro diário, usando a formula que mais
simplifique o lançamento.
Porém, a maioria das empresas é constituída para gerar lucros, com exceção de algumas
tais como associações, sindicatos, cooperativas e etc, que não serão o nosso foco nesse
momento.
E apurar o resultado de uma empresa, saber se ela gerou lucro ou prejuízo, é outra
função da contabilidade que aprenderemos nesse módulo.
Num primeiro momento, pode até parecer fácil, saber se uma empresa deu lucro ou
prejuízo, bastaria você saber quanto custou algo, e por quanto a empresa o vendeu.
Assim, por exemplo, se uma cadeira, custou R$ 100,00 e você vendeu ela por R$
200,00, você teve um lucro de R$ 100,00 (200,00 – 100,00 = 100,00).
Só que nem sempre é assim, uma empresa tem várias outras despesas, tais como
aluguel, telefone, luz, água, IPTU, impostos, salários e etc. Usando o mesmo exemplo
acima, e considerando que as despesas expostas atrás totalizem R$ 250,00. Nesse caso a
empresa teria um prejuízo de R$ 150,00.
Mas uma vez, pode continuar parecendo ser fácil apurar o resultado, porém no decorrer
das lições, veremos que mesmo uma empresa dando prejuízo, ela pode melhorar a sua
saúde financeira, mesmo uma empresa dando prejuízo não quer dizer que ela perdeu
dinheiro e outros pormenores que veremos, que fazem a contabilidade ser algo
interessante.
Logo, se houver algum erro na apuração do lucro, haverá algum erro no pagamento do
imposto, e se por algum motivo o lucro errado ficou a menor, o imposto também foi
pago a menor, a empresa fica sujeita a uma multa da RECEITA FEDERAL
(contabilmente chamamos de FISCO, para designar não só a RECEITA FEDERAL,
mais também qualquer outro fiscal, seja ele do estado no caso do ICMS, ou do
município no caso do ISS)
Para iniciarmos nos conceitos de apuração do resultado, usaremos como exemplo, uma
empresa comercial, assim entendido como aquela que compra e vende mercadorias,
diferente daquela que fabrica e vende seus produtos (empresa industrial), e diferente
também daquela que só presta serviços.
A partir de agora, conheceremos mais 3 tipos de grupos de contas que são as contas de
RECEITA, DESPESA e CUSTO.
Aprendemos que as contas de ativo, passivo e patrimônio liquido, tem cada uma a sua
respectiva finalidade.
Receita – são grupos de contas que registram as operações que ocasionam um aumento
no patrimônio (AUMENTO DE DINHEIRO, OU DE DIREITOS TAIS COMO
CONTAS A RECEBER).
Custos – são grupos de contas que registram as operações que ocasionam uma redução
no patrimônio, porém os custos estão diretamente associados às vendas. Assim ocorre
um custo quando há diminuição de um ativo (geralmente mercadorias).
Despesas - são grupos de contas que registram as operações que ocasionam uma
redução no patrimônio, porém as despesas não estão diretamente associadas às vendas.
Identicamente haverá uma diminuição de um ativo (geralmente dinheiro).
Para diferenciar melhor Custo de Despesa, temos que nos atentar ao seguinte: os custos
estão diretamente associados às vendas e as despesas não.
Vejam como: Quando você faz uma venda de mercadoria, você entrega a mercadoria
(DIMINUIÇÃO DO ATIVO MERCADORIAS) e em contrapartida você terá o
recebimento de dinheiro pela venda. Nesse caso temos um custo, que é o custo de
mercadorias vendidas, pois a saída da mercadoria esta associada a venda efetuada.
Para melhor assimilar o conceito de receita pense assim: uma empresa quando vende
algo, tem em mente, obter um lucro. Se você vendeu uma mercadoria que custou R$
300,00 por R$ 500,00, você terá um aumento no seu patrimônio de R$ 200,00, (UM
LUCRO DE R$ 200,00) em vista que R$ 300,00 referente ao custo, não foi aumento no
patrimônio e sim uma troca, você trocou uma mercadoria que custou R$ 300,00, por
dinheiro em igual valor monetário (R$ 300,00)
Outro conceito muito importante é que as contas de Receitas serão creditadas nos
aumentos e debitadas nas diminuições.
Ativo Passivo
Caixa 2.000,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 3.000,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 4.000,00
Vamos a operação:
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 1.000,00 (S)
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 1.000,00 (S)
Receita de Vendas
5.000,00
Feito o registro da venda, temos agora que fazer o registro da saída da mercadoria,
tendo em vista que a empresa vendeu todo o seu estoque de mercadorias. Portanto
deixou de ter as mercadorias.
Primeiro item importante a ser notado, e saber que a empresa vendeu TODO o seu
estoque, logo, temos que saber quanto a empresa tinha de estoque de mercadorias, que
pode rapidamente ser identificado olhando o saldo inicial no razonete ou mesmo a conta
MERCADORIAS no balanço, assim identificamos que a empresa tinha R$ 2.000,00 de
estoques de mercadorias.
Logo, temos que registrar uma diminuição na conta de estoque. Sendo ela uma conta de
ativo, temos que fazer um registro de R$ 2.000,00 a crédito nessa conta. E se fizemos
um registro a crédito, temos que ter um registro a débito também que será na conta que
registrará o Custo da Mercadoria Vendida, abreviadamente chamaremos de CMV.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
Notem que como eu disse acima, a conta de Receita foi credita e a conta de Custo foi
debitada.
Esse crédito na conta de Receita e o débito na conta de Custo, tem um sentido, vamos
tentar entendê-lo.
Esse valor (R$ 2.000,00) de lucro ficará registrado no Patrimônio Liquido, numa conta
intitulada de Lucros Acumulados.
Por exclusão podemos dizer que não é uma obrigação ou um dever, logo não pertence
ao passivo. Não temos a obrigação de num prazo certo devolver esses R$ 2.000,00.
Nem é um direito e nem um bem da empresa, logo também não ficará no ativo. Bem
não pode ser porque não é palpável, ou algo material, esse registro simplesmente é um
valor.
Na verdade esse valor R$ 2.000,00, já está no caixa da empresa, tendo em vista que ela
vendeu se estoque que era de R$ 3.000,00 e recebeu R$ 5.000,00, podemos dizer então
que dos R$ 5.000,00 que ela recebeu, R$ 3.000,00 são da mercadoria, e os R$ 2.000,00
é o lucro obtido que foi parar no caixa da empresa juntamente com os R$ 3.000,00 do
custo da mercadoria.
Logo também não pode haver o registro de um mesmo ativo 2 vezes. Não existe como
você registrar R$ 1,00 duas vezes no ativo, se isso ocorrer você não terá um R$ 1,00 e
sim R$ 2,00.
O lucro é um dinheiro que a empresa ganhou. Porém como a empresa tem dono, o lucro
que ela gerou com essa operação será no futuro distribuído aos sócios. Como eu disse
esse dinheiro não vai ser exigido dela tão cedo.
Logo a conta de Receita também será registrada a crédito nas ocasiões de vendas, pois
quando maior as vendas, maior será o lucro.
Bom como a operação acima foi bem simples, já vimos que o lucro gerado nessa
operação foi de R$ 2.000,00.
Acima eu tinha dito que as contas de Receitas, Despesas e Custos são as contas
transitórias ou temporárias, assim elas não aparecem no balanço, elas só possuem saldo
até o momento em que queremos apurar o resultado, quando fazemos a apuração essas
contas terão o seu saldo transferido para outra conta, é nesse momento que falamos que
essas contas são zeradas.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
O segundo passo agora é identificar quais das contas acima, são contas de RECEITA,
DESPESA e CUSTO.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
E para zerar o saldo da conta de Custo, no nosso caso, a conta de CMV, fizemos um
crédito de R$ 3.000,00. Pois o saldo que tínhamos nela era de R$ 3.000,00 devedor.
Agora, tanto a conta de CMV como a conta de Receita de Vendas estão com o saldo
zerado.
Para conferir, vamos apurar o saldo de todas as contas dos razonetes, ficaria assim:
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
2.000,00 (SF)
Assim, a conta caixa ficou com um saldo final de R$ 7.000,00, referente ao saldo inicial
de R$ 2.000,00 mais os R$ 5.000,00 recebidos referente à venda efetuada.
A conta Mercadorias tinha um saldo inicial de R$ 3.000,00, porém todo esse valor foi
vendido, logo ficou com um saldo final de R$ 0,00.
A conta Receita de Vendas, tinha R$ 5.000,00 Credor, que era referente ao registro da
venda efetuada, e foi zerada com um lançamento de R$ 5.000,00 a débito, que foi
transferido para a conta ARE, para apuração do resultado. Nessa entrou como um
crédito.
A conta CMV tinha R$ 3.000,00 Devedor, que era referente ao registro da baixa na
conta de mercadorias, devido a venda efetuada, conseqüentemente para seu zeramento
foi efetuado um lançamento a crédito no mesmo valor, R$ 3.000,00. Que foi transferido
para a conta ARE. Nessa entrou com um débito.
Assim as contas de Receita de Vendas e de CMV, também ficaram com o seu saldo
zerado.
Todas as contas que estão com o saldo zerado não aparecerão no balanço.
Essa conta receberá os R$ 2.000,00 que estão no saldo da conta ARE, logo, teremos que
fazer mais um registro de transferência, além de abrimos um razonete para a conta
LUCRO DO EXERCICIO.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 3.000,00 1.000,00 (S)
0,00 0,00
Feito isso temos o nosso resultado apurado, e podemos agora levantar o balanço
patrimonial da empresa, lembrando que as contas que estão com o saldo zerado não
aparecerão no balanço, que ficará assim:
Ativo Passivo
Caixa 7.000,00 Fornecedores 1.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000,00
Lucro do Exercício 2.000,00
Mais uma vez eu volto a lembrar que hoje em dia a contabilidade é feita através de
programas informatizados, assim o sistema se encarregará de efetuar o zeramento das
contas de resultado e bem como da transferência para o Patrimônio Líquido, porém
convém saber como é feito esses lançamentos.
Ativo Passivo
Caixa 2.000,00
Mercadorias 500,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 2.500,00
Mercadorias
500,00 (S)
Feito isso começamos a efetuar os registros, sabendo que: Foi vendido metade do
estoque que a empresa tem por R$ 2.000,00. Logo metade do estoque que a empresa
tem, equivale a R$ 250,00. O recebimento da venda foi a vista.
Percebam que houve um aumento no saldo da conta caixa, referente ao dinheiro que
entrou pela venda de mercadorias, no valor de R$ 2.000,00, logo debitamos essa conta.
CMV
250,00
Vamos agora a contabilização para apurar o resultado, e após a transferência deste para
o Patrimônio Liquido.
CMV ARE
250,00 250,00 250,00 2.000,00
1.750,00 1.750,00
Lucro do Exercício
1.750,00
Percebam que a conta CMV tinha um saldo de R$ 250,00 devedor, para zerá-la tivemos
que fazer um lançamento a crédito nela, na verdade um lançamento de transferência
para a conta ARE, percebam que esta conta (ARE) recebeu a débito o mesmo valor que
constava na conta de CMV.
Fizemos o mesmo conta a conta de Receita de Vendas, ou seja, ela tinha o saldo de R$
2.000,00 credor, fizemos um débito no mesmo valor para zerá-la e conseqüente
transferirmos o seu saldo para a conta ARE, então esta recebeu a crédito os R$ 2.000,00
que tinham na conta de Receita de Vendas.
Feito isso nossas contas de Receitas e Despesas e Custos, estão todas zeradas. Nesse
exato momento a conta ARE tem de saldo R$ 1.750,00 no lado do crédito, assim
podemos dizer que temos um lucro de R$ 1.750,00, pois o saldo na conta ARE a
crédito, significa que quando a transferirmos para o Patrimônio Liquido, este será
aumentado, o aumento no patrimônio liquido significa um lucro.
Feito isso conseguimos zerar a conta de ARE, e podemos agora fazer o nosso balanço.
Que ficará assim:
Ativo Passivo
Caixa 4.000,00
Mercadorias 250,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 2.500,00
Lucros do Exercício 1.750,00
Porém nos exemplos acima a empresa sempre apurou lucro, vamos aprender agora
como fica quando a contabilidade apura um prejuízo, e mais alguns conceitos.
Ativo Passivo
Caixa 500,00 Fornecedores 1.600,00
Mercadorias 3.500,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 2.400,00
Considerando que a dívida com o fornecedor vence daqui a 5 dias, e que ela não possui
dinheiro para pagá-lo aceitou vender metade do seu estoque, por R$ 1.500,00 a vista.
Já podemos ver que ela vendeu com prejuízo, pois metade do seu estoque equivale a R$
1.750,00. Superior ao valor que ela receberá (R$ 1.500,00).
Vamos a contabilização.
2.000,00
Mercadorias Fornecedores
3.500,00 (S) 1.750,00 (2) 1.600,00 (S)
1.750,00
ARE
1.750,00 (3) 1.500,00 (3)
250,00
Percebam que toda a contabilização foi feita de imediato, para que não tenhamos que
ficar abrindo um monte de razonetes, pois nas lições passadas já aprendemos que
utilizamos sempre os mesmos razonetes, assim numerei os registros para melhor
compreensão.
A operação de número 1, foi o registro da venda, assim houve um débito na conta caixa,
de R$ 1.500,00 é um crédito na conta de Receita de Vendas.
Percebam que nesse momento, a conta ARE ficou com um saldo DEVEDOR de R$
250,00. O saldo devedor nesta conta indica que a empresa teve um prejuízo. Agora
temos que fazer a transferência desse saldo para o patrimônio líquido, agora ao invés de
abrirmos uma conta de Lucros do Exercício, a conta será Prejuízo do Exercício.
2.000,00
Mercadorias Fornecedores
3.500,00 (S) 1.750,00 (2) 1.600,00 (S)
1.750,00
Vamos ao balanço.
Ativo Passivo
Caixa 2.000,00 Fornecedores 1.600,00
Mercadorias 1.750,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 2.400,00
Prejuízo do Exercício (250,00)
Vejam que a empresa ficou com R$ 2.000,00 de saldo em caixa, R$ 1.750,00 de saldo
em mercadorias. Os mesmos R$ 1.600,00 em fornecedores, e os mesmos R$ 2.400,00
em Capital.
De novidade agora temos a conta Prejuízo do Exercício que aparece dentro do grupo
Patrimônio Liquido com o valor de R$ 250,00 Devedor, logo colocamos o saldo dela
entre parênteses, para demonstrar que o saldo está DEVEDOR num grupo de contas
(patrimônio Liquido), onde o normal é o saldo ser Credor.
Essa é uma das possibilidades, onde mesmo o saldo da conta (devedor) estando
diferente da natureza do saldo do grupo (credor), não quer dizer que o saldo dela está
errado.
Nas lições passadas eu disse que o lucro ficava dentro do patrimônio líquido,
aumentando o saldo deste, e que no futuro esse lucro seria distribuído aos sócios.
Quando a empresa tem prejuízo é a mesma coisa, ou seja, os sócios terão que suportá-lo,
ou seja, saber que perderam R$ 250,00 nesse caso.
Quando se monta uma empresa, o objetivo principal, é ter lucro, mais pode acontecer de
ter um prejuízo também.
Agora vamos dar a nossa primeira analisada num balanço. Usaremos o exemplo acima.
Ativo Passivo
Caixa 2.000,00 Fornecedores 1.600,00
Mercadorias 1.750,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 2.400,00
Prejuízo do Exercício (250,00)
Porém nas lições passadas eu disse que nem sempre um prejuízo, poderia ser algo
prejudicial, À SAUDE FINANCEIRA DA EMPRESA.
Vejam que agora a empresa tem dinheiro para pagar ao fornecedor. Mais será que a
atitude de vender metade do estoque com prejuízo foi uma boa solução? Ai dependeria
de vários fatores externos, tais como:
combinada R$ 1.210,00, nesse caso o prejuízo dela seria de R$ 110,00. Porém tem
alguns detalhes que deveriam ser analisados, tais como: e se o banco não quisesse
emprestar o dinheiro? Se a taxa de juros do banco fosse superior a 23%,?nesse caso a
empresa perderia no mínimo R$ 253,00.
Sem contar que a empresa ficaria sem o seu saldo de caixa, ou seja, ficaria sem dinheiro
nenhum, se tivesse que pagar uma passagem, uma conta de luz ou telefone ficaria em
atraso também.
Vejam que vendendo com o prejuízo, a empresa pode pagar ao fornecedor, e ainda fica
com um saldo de caixa de R$ 400,00. Tendo assim dinheiro para qualquer outra
situação.
Até mesmo para vender o restante do estoque, os quais lógico que terá custos diversos,
tais como passagens dos vendedores, pagamento de taxas de entrega das mercadorias e
etc.
Lógico que prejuízo, é sempre ruim para uma empresa, pois vimos acima, através do
balanço, que ele reduziu o patrimônio liquido da empresa (antes era de R$ 2.400,00, e
agora ficou R$ 2.150,00 que é igual a R$ 2.400,00 – R$ 250,00), porém a venda com
prejuízo, entre outras opções pode ter sido a melhor saída no caso acima.
1 – Além das contas de Ativo, Passivo ou Patrimônio Liquido, quais os outros grupos de
contas patrimoniais?
4 – Quando zeramos o saldo de uma conta de resultado, este valor é transferido para que
conta?
Ativo Passivo
Caixa 2.000,00 Fornecedores 1.600,00
Mercadorias 1.750,00 Patrimônio Liquido
Capital Social 2.400,00
Prejuízo do Exercício (250,00)
Vamos aprender como é contabilizada a venda efetuada a prazo, prática muito constante
no dia a dia de qualquer empresa.
Ativo Passivo
Caixa 1.000,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 2.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 2.000,00
Mercadorias Fornecedores
2.000,00 (S) 1.300,00 (2) 1.000,00 (S)
Clientes
1.400,00 (1)
Na conta Caixa, houve um débito de R$ 600,00 referente a parcela da venda que foi
efetuada a vista, logo seu saldo aumentou e no momento é de R$ 1.600,00.
A novidade nesse lançamento é a conta Clientes, que pertence ao grupo do ativo, pois
ela registra, os valores que a empresa tem a receber derivados de vendas efetuadas a
prazo, logo um direito.
Vejam que a conta, sendo de ativo, recebeu a débito R$ 1.400,00, referente ao registro
da venda efetuada, aumento assim o seu saldo que antes era zero, porque a conta não
existia no balanço.
Podemos notar que o registro a crédito na conta de Receita de Vendas, tem duas contras
partidas, sendo elas, a conta caixa no valor de R$ 600,00 e conta clientes no valor de R$
1.400,00, em ambas temos o número 1 entre parênteses indicando o registro, em tal
Ativo Passivo
Caixa 1.600,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 700,00 Patrimônio Liquido
Clientes 1.400,00 Capital Social 2.000,00
Lucro do Exercício 700,00
O valor da venda poderia ter sido integralmente a prazo, onde o valor total da venda
seria registrado a débito na conta de Clientes pelo seu valor total, nesse caso teríamos a
conta de Clientes com o saldo de R$ 2.000,00, e conta caixa com o saldo de R$
1.000,00, podemos notar que o ativo continuaria totalizando R$ 3.700,00.
Vimos na operação que empresa efetuou uma venda a prazo, fator muito comum no dia
a dia, logo entendemos que a conta de Clientes, registra o valor que a empresa tem a
receber referente as vendas de mercadorias (no exemplo), que foram efetuadas a prazo.
Na lição passada aprendemos como é contabilizada a venda a prazo, nessa lição vamos
aprender como é contabilizado o recebimento dessa venda.
Suponhamos que dos R$ 1.400,00 que a empresa tinha a receber, o cliente pagou a
primeira parcela no valor de R$ 700,00 e que tal recebimento entrou no caixa da
empresa.
Vamos considerar o mesmo balanço efetuado na lição acima, coloco abaixo para melhor
compreensão.
Ativo Passivo
Caixa 1.600,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 700,00 Patrimônio Liquido
Clientes 1.400,00 Capital Social 2.000,00
Lucro do Exercício 700,00
Para tal registro podemos observar que só utilizaremos duas contas a Conta de Clientes,
e a Conta Caixa, para tanto por motivos de simplicidade vamos abrir somente tais
razonetes, e levantaremos um balanço após a operação considerando os mesmos saldos
das demais contas.
Clientes Caixa
1.400,00 (Si) 1.600,00 (Si)
Clientes Caixa
1.400,00 (Si) 700,00 (1) 1.600,00 (Si)
700,00 (1)
700,00 (Sf)
2.300,00 (Sf)
Vejam que houve um crédito na conta de Clientes, no valor de R$ 700,00, sendo uma
conta de ativo, como dito acima, os créditos diminuem seu saldo. Tal crédito foi
efetuado para registrar o pagamento da primeira parcela que o cliente efetuou, assim
estamos demonstrando no razão que registramos um recebimento. Assim nossa conta de
Clientes, indica agora que só temos a receber a quantia de R$ 700,00.
Nosso balanço no momento ficaria assim, considerando que vamos repetir os mesmos
saldos que estavam no balanço anterior referente às contas que não utilizamos para
registro na operação do recebimento.
Ativo Passivo
Caixa 2.300,00 Fornecedores 1.000,00
Mercadorias 700,00 Patrimônio Liquido
Clientes 700,00 Capital Social 2.000,00
Lucro do Exercício 700,00
Ok?
Despesas são diferentes de Custo pelo seguinte: Custos estão associados às vendas, as
despesas não.
As despesas podemos dizer que irão ocorrer independente de a empresa ter efetuado um
venda ou não.
Para melhor compreender, imagine que e empresa comercial que venda veículos compre
material de limpeza na intenção de deixar seu estabelecimento sempre limpo.
Vejam que o gasto com o material de limpeza vai ocorrer independente da venda.
Podemos dizer também que o custo é variável com a venda, ou seja, quando mais a
empresa vender, maior será o seu custo, assim ele tem relação direta com a receita.
Como exemplo podemos citar uma empresa que vende televisores, os compra a R$
200,00, e os vende a R$ 500,00. Se a empresa vende 2 televisores, o seu custo será de
R$ 400,00, se vende 3 o seu custo será de R$ 600,00 e assim por diante.
Imagine uma empresa comercial, o aluguel, também é uma despesa, pois ocorrerá
independente da venda.
Podemos citar também como exemplo, o salário do porteiro da empresa, é uma despesa
da mesma forma, pois não precisa ocorrer uma venda para que a empresa tenha o gasto
com o salário do porteiro.
A despesa reduz o lucro, da mesma forma como estávamos fazendo com o CMV nos
lições passadas, fazemos a distinção da DESPESA para o CUSTO, para melhor
interpretação de alguns outros demonstrativos contábeis que veremos mais adiante.
No decorrer veremos que essa distinção entre CUSTO e DESPESA é muito importante.
Outro ponto principal é que a atual legislação, diz que a despesa deve ser contabilizada
no mês em que ocorrer, independente do mês em que se efetivou seu pagamento.
Tal regra é um principio contábil, chamado de Principio da Competência, ele diz que:
Vejam que a regra do princípio da competência, não se aplica somente à despesa, mas
também a receita.
Veja bem: O empregado de uma empresa trabalho todo o mês de Julho e só recebe o
salário durante o mês de agosto, para ser mais exato, até o quinto dia útil do mês de
agosto no máximo.
Logo podemos ver que a despesa ocorreu durante o mês de Julho, mais o pagamento
ocorrerá no mês de Agosto.
Segundo o principio da competência, tal despesa (com salário), deve ser contabilizado
no mês de Julho, pois foi o mês em que ela efetivamente ocorreu (aconteceu), e não em
Agosto, pois este será o mês de seu pagamento.
Pode parecer loucura num primeiro momento, mais se contabilizarmos a despesa com o
salário no mês de Agosto (no mês que houve o seu pagamento), estaríamos
demonstrando um lucro a maior durante o mês de Julho, pelo fato de não termos
contabilizado tal despesa. Só que essa despesa já ocorreu.
Imagine que uma empresa sem contabilizar o salário no mês de ocorrência, esteja
apresentando um lucro de R$ 30.000,00. Pode parecer uma empresa com uma
lucratividade excelente para se investir.
Depois fica sabendo que durante o mês de agosto, foi contabilizado o salário do mês de
Julho no valor total de R$ 40.000,00 suponhamos. Logo vemos que o lucro apresentado
no balanço do mês de Julho, não correspondia a realidade. E ocasionou uma
interpretação errada pelo investidor.
tal imposto via de regra, pode chegar a ser de até 25% sobre o lucro. Podemos dizer que
no caso acima a empresa teria pago R$ 7.500,00 de imposto sem ser devido. Isso porque
estamos considerando somente o Imposto de Renda, na verdade existe mais um imposto
que é calculado com base no lucro que a chamado de CONTRIBUICAO SOCIAL
SOBRE O LUCRO LIQUIDO, abreviadamente identificamos por CSLL. Esse imposto
também é um percentual sobre o lucro apresentado na contabilidade, atualmente tal
percentual pode chegar a 9%, logo a empresa teria pago mais R$ 2.700,00 sem ser
devido também.
Chegamos a conclusão que a empresa teria pago a mais R$ 10.200,00 sem nenhuma
necessidade.
Além do mais que conforme vimos na lição sobre livros contábeis a legislação do
Imposto de Rendas manda observar as normas contábeis, o principio contábil é uma
norma.
Ou seja, trata-se de uma imposição legal. Uma obrigação que deve ser seguida.
Lógico que o imposto de renda não lhe multará porque você pagou a mais, mais como
vimos acima, o princípio se aplica também as receitas.
Imagine que a empresa alugue uma parte de seu estabelecimento, alugou durante o mês
de Julho por R$ 2.000,00, e recebeu tal aluguel no mês de agosto.
Tal fato nós chamamos de postegar uma receita, ou seja, reconhecer ela adiante, e não
no mês devido.
Esse procedimento é um perigo enorme, primeiro pelo fato de mais uma vez, você não
estar apurando o lucro correto na contabilidade, e segundo pelo fato de que sobre a
receita auferida (ganha) em Julho, você deveria pagar os impostos no mês de Agosto.
Como a empresa só reconheceu a Receita em Agosto, os impostos só serão pagos em
Setembro, ou seja, houve uma postergação dos pagamentos dos impostos, você jogou o
pagamento um mês para frente, tal fato gera multa pelo fiscal.
E não adianta nem tentar dizer que você também só reconhece as suas despesas no mês
de pagamento, tentando igualar as situações, dizendo que só reconheceu a sua despesa
com salário de Julho no mês de Agosto que foi quando você fez o pagamento, o fiscal
simplesmente dirá a empresa, que ela fez isso porque quis.
Existem situações em que você pode até reconhecer a despesa no mês de pagamento, ou
a receita no mês do recebimento, mas são casos isolados. Por exemplo, imagine que
você efetuou uma venda em Julho a prazo, reconhecendo no próprio mês de Julho a
receita, e o pagamento deveria ocorrer no dia 15 de Agosto, porém no dia 15 de Agosto
seu cliente não efetua o pagamento, somente o fazendo no dia 20, o qual o faz mediante
um depósito a maior, relativo aos juros que a empresa cobra, nesse exemplo, podemos
contabilizar a receita com juros no mês de recebimento, pois dentro do mês de julho não
havia como você saber que o cliente iria pagar com atraso.
Tal fato poderia ser ao contrário, vamos supor que a empresa, na mesma papelaria
comprou 1 lápis para o escritório por R$ 1,00 e pagou a vista, vamos supor ainda que o
lápis durou 2 meses, poderíamos dizer então que a despesa com o lápis foi de R$ 0,50
centavos em cada mês. Nessa caso a empresa pode sem problemas contabilizar como
despesa os R$ 1,00 do lápis no momento em que fez o pagamento.
Pelo valor não, mais o salário na verdade gera um monte de outras despesas para uma
empresa, tais como FGTS, INSS, Férias, 13.º Salário, Vale Transporte, Ticket Refeição
entre outros, que poderíamos citar como exemplo.
O que faz algo ser relevante, não é o valor em si, mais sim o impacto que ocasiona.
Percebam que agora temos uma data acima do balanço (JULHO DE 2005), isso indica
que o balanço apresentado foi feito em Julho de 2005, provavelmente no último dia.
Isso é importante por que vamos agora, começar a efetuar os registros observando o
principio da competência, logo temos que ter uma data base para nos guiar.
Contabilização:
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 200,00 (2) 300,00 (1) 1.000,00 (S)
400,00 (5) 1.400,00 (4)
A Quarta operação foi a venda de metade do estoque a empresa tinha por R$ 1.600,00, o
importante aqui era identificar quanto a empresa tinha em estoque no momento, vejam
que ela começou com R$ 3.000,00 de mercadorias, na primeira venda que ela fez,
baixou como custo R$ 200,00, logo nesse momento a empresa tinha R$ 2.800,00 em
estoque. Metade desse estoque é igual a R$ 1.400,00, esse foi o valor que foi baixado
como custo referente a quarta operação. Assim os lançamentos foram, débito na conta
de clientes, no valor de R$ 1.600,00 e crédito na conta de Receita de Vendas pelo
mesmo valor. E um débito na conta de CVM, e um crédito na conta de Mercadorias no
valor de R$ 1.600,00.
Assim mais duas contas de Despesas foram abertas, Despesa com Aluguéis, e Despesa
com Condomínio. Onde o valor de cada item (aluguel e condomínio) foram debitados
nelas.
Abrimos também mais duas contas de Passivo, Aluguéis a Pagar e Condomínio a Pagar.
E creditamos o valor de cada item nelas.
Nota: É muito comum ver por ai, a abertura de uma só conta intitulada de Despesas,
onde todas as despesas são registradas nela. Nesse caso teríamos uma conta Despesas a
Pagar no passivo.
Não gosto desse método, pois não auxilia na gestão, imagine depois de um ano, o dono
da empresa chega para você e pede que faça um levantamento de todas os valores de
aluguéis que a empresa pagou durante o ano, pois o proprietário esta com ele no
telefone e estão negociando uma redução no valor.
Vale lembrar que com a abertura de uma só conta para registro para despesa, você terá
vários lançamentos nessa conta.
Na certa, você terá que buscar o livro razão e ir analisando item por item e ir
procedendo a soma, quando terminar, ao levar para o dono da empresa, ele pega o seu
demonstrativo lhe agradece e manda você passar no Departamento Pessoal, com sua
carteira de trabalho para assinar sua demissão. Não acha ??
Com a abertura e respectiva contabilização em uma conta específica, ficaria muito mais
fácil, prático e rápido.
Feito isso, vamos fazer os lançamentos para a apuração do resultado (8ª operação),
lembrando que temos que zerar somente as contas de despesas, custos e receitas e
transferir o saldo de cada uma para a conta de ARE, após verificaremos se o resultado
apurado foi lucro ou prejuízo e transferiremos para a devida conta.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 200,00 (2) 300,00 (1) 1.000,00 (S)
400,00 (5) 1.400,00 (4)
Vejam que transferimos os saldos de todas as contas de despesas, receitas e custos, para
a conta de ARE (Apuração do Resultado do Exercício), as transferências, a débito
(1.600,00 + 29,50 + 400,00 + 50,00), totalizaram R$ 2.079,50 e as transferências a
crédito totalizaram R$ 2.100,00, logo restou um saldo na conta de R$ 20,50 CREDOR,
indicando que houve um lucro de tal valor. Numerei as operações a partir de 8 para
melhor identificar os lançamentos.
Mercadorias Fornecedores
3.000,00 (S) 200,00 (2) 300,00 (1) 1.000,00 (S)
400,00 (5) 1.400,00 (4)
Vejam que todos os lançamentos são quase os mesmos do último exercício, com
exceção da contabilização das despesas de aluguel e condomínio que deixou de ser feita
nessa caso.
Nas lições passadas, aprendemos a contabilizar custos, despesas e receitas, essa última
referente as vendas efetuadas.
Na realidade existem várias outras formas de se obter uma receita, que nem sempre
provém de venda.
Vejam que no balanço acima, a empresa tem R$ 2.170,50 em caixa, além disso, ainda
tem R$ 1.200,00 de clientes para receber, e mais R$ 1.800,00 em estoque de
mercadoria. E apresenta como obrigação somente, R$ 700,00 de fornecedores (lógico
que nós sabemos que ela ainda tem mais R$ 450,00 de aluguel e condomínio a pagar,
que não estão contabilizados).
Feito o cálculo dos pagamentos que a empresa tem a vencer, e o caixa que dispõe,
chegamos a conclusão que a empresa ainda dispõe de R$ 1.020,50 livre de dividas.
No mundo dos negócios, dizem que dinheiro parado (em caixa) é burrice, mas porque
isso?
Porque na verdade, a empresa se tem dinheiro sobrando, pode aplicar tal sobra no
mercado financeiro, ou mesmo numa poupança, a fim de obter ganhos com juros certo?
Ou poderia investir comprando máquinas, veículos ou até mesmo mais estoque, se
assim fosse a estratégia da administração da empresa, vamos considerar que não seja o
caso agora.
Entendido que a empresa dispõe de R$ 1.020,50 sem compromissos vamos supor que a
administração resolveu aplicar tal dinheiro num banco a fim de ganhar juros, para
efeitos de simplificação vamos supor que a empresa aplicou R$ 1.000,00, no banco A, e
este oferece um rendimento de 5% ao mês. Tal aplicação foi efetuada no dia 01 de
Setembro.
Para efeitos de simplificação consideraremos que não foi feita mais nenhuma operação.
O primeiro passo como sempre seria a abertura dos razonetes com os saldos iniciais, e
depois a contabilização propriamente dita.
A conta caixa tinha um saldo inicial de R$ 2.170,50, como a empresa abriu uma conta
no Banco A, e para tal, fez um depósito no valor de R$ 1.500,00, concluímos que a
houve uma diminuição no saldo da conta Caixa em R$ 1.500,00, logo creditamos tal
conta, em contra partida houve um aumento na conta Banco A, que registra um direito
que a empresa tem contra o banco, logo uma conta de Ativo, assim houve um débito
nessa conta de R$ 1.500,00, aumentando assim o seu saldo.
A segunda operação seria o registro da aplicação financeira. Percebam que abrimos uma
outra conta chamada de Aplicações Financeiras – Banco A.
Basta você olhar o balanço e identificar quanto você tem na conta e quanto você tem na
aplicação, se fosse contabilizado tudo junto (SALDO DE CONTA + SALDO DE
APLICAÇÃO), na mesma conta, no nosso caso a conta seria BANCO – A, caso
quiséssemos saber quanto temos aplicado teríamos que recorrer ao extrato bancário,
para identificar o que está aplicado, do que está depositado na conta corrente da
empresa.
Assim como a empresa fez uma aplicação de R$ 1.000,00, creditamos a conta BANCO
– A em tal valor, e debitamos a conta de Apl. Financeiras – Banco A no mesmo valor,
registrando assim a diminuição no saldo da conta bancária e registrando o aumento no
saldo da conta de aplicação financeira.
Percebam que nesse caso, fizemos um lançamento de terceira fórmula, ou seja, 2 contas
debitadas (Aluguel e Condomínio a Pagar) e uma conta creditada (Banco – A). Dessa
forma simplificamos o lançamento. Os registro estão com o número 3 entre parênteses
para melhor identificação.
Como o rendimento foi de 5% sobre o valor aplicado (R$ 1.000,00) calculamos que o
rendimento foi de R$ 50,00 e registramos tal valor a crédito nessa conta, e em contra
partida aumentamos a débito o saldo da conta de APL. FINANCEIRAS – BANCO A,
no mesmo valor. Pois houve um aumento no saldo da conta de APL. FINANCEIRAS –
BANCO A.
Caso não fosse observado tal princípio o rendimento seria reconhecido pela
contabilidade no mês de resgate, assim entendido o mês em que a empresa retira o
dinheiro da aplicação. Porém já aprendemos que isso é errado.
O registro do rendimento é feito, com base no extrato da aplicação financeira, que banco
envia pelo correio, ou que a empresa retira pela internet.
Somente para efeitos de demonstração vamos demonstrar como seria um tipo de extrato.
Banco - A.
Extrato de Aplicação Financeira – Posição em 30/09/2005.
Esse extrato funciona como uma conta razão, na contabilidade, ou seja, os mesmos
lançamentos devem contar tanto no extrato, como nos lançamentos contábeis.
Feito isso temos todas as operações contabilizadas e podemos apurar o resultado, que
será feito zerando as contas de resultado e transferindo o saldo para lucros ou prejuízo
no patrimônio liquido da empresa conforme o caso.
Vamos a apuração:
Só temos uma conta de resultado para zerar o saldo que é a conta de Rendimentos de
Aplicações Financeiras, para zerá-la fizemos um lançamento de R$ 50,00 a débito,
identificado pela letra R entre parênteses, e transferimos tal valor para a conta de ARE,
nesta o registro da transferência foi feito a crédito (se debitamos a conta de Rendimento
de Aplicações Financeiras temos que fazer um crédito no mesmo valor em outra conta).
Após como já sabemos que o saldo da conta de ARE é de R$ 50,00 CREDOR, que
identifica que foi o um lucro, zeramos o saldo dela também e transferimos para a conta
de Lucros do Exercício. Identifiquem o lançamento com o T entre parênteses.
Feito isso temos a contabilização do resultado efetuada e podemos fazer o balanço para
saber como ficou.
Percebam que a data do balanço agora é Setembro, indicando que o balanço foi feito no
último dia desse mês.
Considerações: