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03/10/2018 Política Viva: Sociologia dos Partidos Políticos- Robert Michels-RESENHA

Política Viva
A experiência de um funcionário "tecnoburocrata" rendeu a Maquiavel um lugar de
destaque na Ciência Política com a obra "O principe", no qual propunha um script
comportamental seguido até hoje, este blog imiscui-se pela teoria e pela ação politica
de cada dia (claro sem o mérito do Maquiavel, quem sou eu). Relata fatos, expõem
idéias, publica resenhas, incrementa visões. Dialoga com a realidade com uma retina
instrumentalizada. Fiquem a vontade Entra aí e comenta!

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terça-feira, 22 de março de 2011

Sociologia dos Partidos Políticos- Robert Michels-


RESENHA

Robert Michels nascido em 1876 em Colónia na Alemanha foi sociólogo


e um dos grandes expoentes de análise do comportamento das elites
intelectuais e dos partidos democráticos modernos, morreu em 3 de maio de
1936 em Roma. Tornou-se conhecido principalmente pela sua obra: Sociologia
dos partidos políticos, inscrito antes da I Grande Guerra. O seu foco principal de
análise é observar como os partidos políticos que repousam as suas
concepções políticas na instauração da democracia, pensando estratégias no
seu desenvolvimento, transformam-se em organizações oligárquicas, tendo
como concepção de democracia a iniciativa popular. Observando o entrave da
espontaneidade assembleista (self-government), por isso construindo grupos de
dirigentes e dirigidos, ou seja, o monopólio das decisões por uma oligarquia.
Inicialmente Michels deixa clara a necessidade de organização
visualizando a democracia interna – no desenho tático-formal para alcançar o
poder político – indissociável da concepção de organização. O êxito em
qualquer disputa se desenvolve no lócus da “solidariedade” entre indivíduos
que estimulam os mesmo interesses. Ao mesmo tempo em que a importância
dada à classe trabalhadora tem uma razão direta com a sua quantidade, ela é
por seu grau de cultura, condições econômicas e fisiológicas o elemento mais
fraco da nossa sociedade. Isto posto, a estruturação dada a sua aglomeração
cria uma capacidade de resistência política e uma dignidade social. Os partidos
políticos de viés democrático, segundo Michels, devem de forma precípua
considerar a organização política, legitimada e conduzida pelas massas
condição absoluta de luta. As organizações democrático-formais constituem

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precisamente a fonte que as correntes conservadoras lançam na planície da


democracia de forma abstrusa e propositalmente essas obscuridades tornam o
campo democrático irreconhecível.
Como já delineado o ideal pratico democrático consiste no governo auto-
gestionado, pautado nas decisões das assembléias populares, mas esse
princípio mostra uma tumultuada tomada de decisão, expressando a revelia das
discuções. A delegação oferece uma representação “democrática” que evitaria
o ônus das discuções tumultuadas, porém não oferece em troca garantias
contra a formação de um estado oligárquico. Michels deixa claro que a
patologia das massas é deixar-se envolver por discursos eloqüentes e
poderosos oradores populares, segundo ele é mais fácil arrebatar uma multidão
desnorteada e descompromissada, do que um grupo menor
circunstancialmente mais favorável a reflexão por isso mais difícil a persuasão.
Um dos argumentos mais utilizados contra a soberania das massas é
amparado pela impossibilidade mecânica e técnica de sua realização. Essa
observação é percebida na tentativa de reunir regularmente assembléias
deliberantes com milhares de pessoas, e pela própria diversidade entre esses
membros surgem às dificuldades de tempo e espaço. Além da impossibilidade
topográfica da soberania popular assembleista, há razões de ordem técnica e
administrativa que tornam o governo irrealizável: os partidos democráticos
modernos possuem controvérsias internas marcantes, que a relação coletiva
demonstra uma impossibilidade de resolução. Por isso a necessidade de
delegar a pessoas capazes de representar a massa, garantindo a realização de
sua vontade. Inicialmente, segundo Michels, esse arauto que é apenas servidor
da massa funda as relações na equidade que é absoluta, uma igualdade
genérica, entre tanto essa concepção de igualdade genérica metamorfoseia-se
em igualdade entre “camaradas” de diretórios, comitês, organizações, uma
igualdade sectária. O postulado da “declaração dos direitos homem” reafirma o
principio democrático de participação igualitária, o caráter de configuração
reducionista é legitimada pelo sufrágio. Nos partidos políticos modernos é
atribuído aos chefes uma espécie de “consagração oficial” insuflando a
necessidade de se formar uma classe de políticos profissionais, de técnicos da
política, figuras ágoras centrais nas organizações proletárias, indivíduos que
são dotados de instrução e dominam o aparato legal: as regras do jogo.
Em uma abordagem retrospectiva Michels relembra o surgimento de
“viveiros” destinados a fornecer às organizações, com rapidez, “funcionários”
dotados de alguma “cultura científica”. Sem dúvida o aprimoramento técnico
produzido por tais instituições educacionais criou uma elite que se distanciava
cada vez mais da massa. Daí o poder de decisão, considerado um dos atributos
chaves dos chefes políticos ser aparado pelo saber técnico que concentra cada
vez mais a vontade coletiva. Anteriormente delegada a um executor, aquele que
agia coletivamente, agora atua de forma independente do controle da massa.
Um dos pontos chaves evidenciado por Michels é que quem fala de

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organização fala em tendência à oligarquia e ao mesmo tempo em que a


organização lhe da uma estrutura sólida é provocado na massa graves
modificações, dividindo o partido ou associação em uma minoria dirigente e
uma maioria dirigida.
Para Michels o processo de organização dos partidos políticos modernos
estão diretamente ligados a uma normativa oligárquica, na medida em que o
sustentáculo do partido democrático – exemplificado no partido socialista – é a
massa que tende a se afastar do epicentro das decisões políticas. Essa
condição no qual é visualizada a democracia decorre do processo de
complexificação da sociedade moderna. Por isso para Robert Michels a
democracia é incompatível com a prontidão estratégica, a dinâmica interna que
está pautada no “designer institucional” que requer conhecimento das regras
por parte dos jogadores¹. Esse conhecimento estatutário – constitucional – que
o chefe político dispõem torna-se um direito moral a perpetuação no poder,
comporta-se como vitalício, e o habitus político fundamenta-se no
personalismo, presente também nos grandes partidos organizados. A ameaça
da saída da direção de um líder político estrategicamente para reforçar o poder
sobre as massas.
A necessidade de um chefe entre as massas, segundo Michels é
explicado pelo número de pessoas que se interessam pelos assuntos públicos
ser ínfimo, apesar de muitos cidadãos gozarem de direitos políticos. Essa
renúncia dos assuntos públicos é uma renúncia voluntária. Michels diferencia
ainda o campo das cidades-centros, o papel do cidadão que mora longe desses
grandes centros se limita ao cumprimento dos deveres sociais: pagamento das
cotas e votação, durante as eleições, em favor de candidatos que se organizam
pela ótica da cidade “grande”. O que reafirma a política em torno de
uma polisorganizada.
Apesar de muitos se queixarem, no fundo, estão encantados por ter
encontrado indivíduos dispostos a cuidar dos seus interesses. Para Michels a
necessidade de serem dirigidos é muito forte entre as massas. Essa
necessidade exógena de iniciativa política, no qual as massas são guiadas, ao
mesmo tempo é um fardo para o chefe político, a atividade desenvolvida pelo
chefe do partido profissional é extremamente fatigante e prejudicial a saúde, e
de extrema complexidade. Além da indiferença das massas e da necessidade
de serem guiadas, Michels evidencia outro fator, de qualidade moral mais
relevante: o reconhecimento das multidões pelas personalidades que falam e
escrevem em seu nome. Isso é expresso pela renovação indefinida do mandato
dos chefes que se destacam pelos serviços prestados ao partido. É
interessante analisar quando Robert Michels afirma a necessidade de se
genuflexão das massas, não só diante dos grandes idéias, mas diante dos
indivíduos, aqueles que representam os ideais.
Ao final da segunda parte Michels analisa o burocratismo, de tendências
centralizadoras e descentralizadoras. Na medida em que os dirigentes de

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sindicatos se especializam nas questões práticas, eles deixam de ter uma visão
conjunta sobre o movimento operário, quanto mais há uma dedicação ao
estudo de questões técnicas, menos tempo e interesse há para questões
maiores da filosofia da história. Segundo ele essa tendência a especialização
exclusiva é um fenômeno característico da vida moderna em geral. Nos
grandes partidos nacionais há uma tentativa de centralização partidária, para
que as questões de ordem internacional se esvaiam com as especializações,
porém essa característica de centralização não é absoluta, observando também
a descentralização promovida pela minoria compacta dos chefes. Enquanto que
a palavra de ordem das maiorias é: centralização; a das minorias é: autonomia.
Ao final Robert Michels observando a estratégia das minorias em colocar a
descentralização – como no parlamento se observa a fragmentação política
vista nos representantes de vários lugares – como processo de não
oligarquização, traduz-se que esse processo em nada afeta o princípio
oligárquico como tal: eles apenas tem como efeito a formação de oligarquias de
menor extensão que exercem poderes nos seus limites de ação.

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