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REFLEXÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Turma: 7° período - História


Disciplina: Fundamentos da Educação Inclusiva II
Discentes: Analice Mendes, Assucena Vanessa Lopes Teodoro, Caroline Simões
Sousa, Francislaine Teixeira, Wilma da Conceição Alves Rosa.

Para Mel Ainscow (1997), professor especialista nas áreas de educação e


inclusão, “as nossas tradições levaram-nos a olhar para o nosso trabalho
fundamentalmente em termos técnicos”. (AINSCOW, 1997, p. 6). O autor discute
estas questões em um contexto específico, ao narrar suas experiências no projeto
da UNESCO de formação de professores, "Necessidades Especiais na Sala de
Aula", o qual envolveu mais de 50 países. O autor discute a importância de
oportunizar e considerar novas possibilidades e o apoio à experimentação e
reflexão, aspectos essenciais ao se pensar a educação.
De acordo com o autor ao refletirmos acerca da educação historicamente
condicionamos discussões e olhares voltados aos termos técnicos, o que
consequentemente leva-nos a pensar em “soluções” técnicas para o que
consideramos problemático na educação. Um exemplo citado por ele trata-se da
preocupação em encontrar métodos de ensino e materiais “certos” para os alunos
que não correspondem às estratégias estabelecidas. Para Ainscow esta perspectiva
leva a efeitos problemáticos, primeiro porque mais uma vez consolida o que está
historicamente concebido, “que as escolas são organizações racionais que oferecem
um conjunto de oportunidades apropriadas”. (AINSCOW, 1997, p. 6). Este discurso
inibe muitas problematizações e leva à conclusão demasiadamente generalizadora
“que os alunos que experimentam dificuldades o fazem por causa das suas
limitações ou desvantagens; e que eles, consequentemente, têm necessidade de
uma forma qualquer de intervenção especial”. (AINSCOW, 1997, p. 6).
O que o autor nos propõe é possibilitar caminhos que deem aos nossos
professores, desde o período de formação, experiências que provoquem e causem
inquietação, que estimulem novas e diversas possibilidades de ação. No Projeto da
Unesco de 1994, “a ênfase é colocada na aprendizagem ativa e no trabalho
cooperativo de grupo, que podem ajudar a criar ambientes mais adequados à
aprendizagem”. (AINSCOW, 1997, p. 7). Construir estas possibilidades não é algo
impossível, nem pode ser empreendido individualmente. São desafiadoras porque
vão para o lado oposto ao qual nos acostumamos, tiram-nos das zonas de conforto,
nos fazem refletir e são coletivas. Criar estes ambientes implica em olhar para o(a)
aluno(a) e enxergá-lo(a) em sua subjetividade, compreender que pode haver a
existência da dificuldade física, de comunicação, motora, e que estas implicam
atenção adequada, mas também considerar a pluralidade que habita em todos nós
enquanto seres humanos, indivíduos em condições sociais e culturais diversas.
Devemos enxergar o outro independentemente da cor da pele, da religião, de
alguma deficiência, da orientação sexual, da classe econômica, etc.
O enfoque dado a experiência é algo que gera diversas implicações positivas,
não apenas na relação com o outro, mas internamente. Como discutido por Jorge
Larrosa Bondía “A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos
toca”. (BONDÍA, 2002, p. 21). Estar aberto à olhar para o outro pode nos colocar em
novos posicionamentos amplamente enriquecedores, porque nos movimenta, nos
faz sentir e refletir. Mel Ainscow refere-se a desconstruir as concepções baseadas
na deficiência, visto que os indivíduos são complexos em toda sua completude e
isso certamente transcende a existência da deficiência. É necessário enfatizar como
a aprendizagem é impactada positivamente pela experiência e isto implica no
trabalho coletivo proposto pelo autor. Deve haver caminho aberto à reflexões
críticas, à colaboração mútua entre professores(as), alunos(as) e instituição escolar,
ao comprometimento coletivo pela valorização dos indivíduos e a sempre presente
tentativa de tornar as suas práticas em sala de aula mais inclusivas.
A deficiência visual é uma alteração de uma ou mais funções elementares da
visão, podendo ser ela total ou grave e que afeta de forma irremediável a maneira
como se percebe as cores, tamanhos, distâncias, formas, entre outros. O indivíduo
pode nascer com a doença, conhecida como cegueira congênita, ou adquiri-la
durante a vida, a cegueira adventícia. A baixa visão - que não pode ser corrigida
com o uso de óculos - também é considerada deficiência e um pouco mais
complexa, pela variedade e intensidade de comprometimento das funções visuais.
Por recorrerem a outras formas para decodificação e memorização das
coisas, as pessoas com deficiência visual aguçam mais rapidamente os outros
sentidos - tato, paladar, audição e olfato - estes funcionam como forma
complementar e não como um efeito compensatório da falta de visão. As sensações
táteis geram imagens mentais importantes para comunicação, a estética e a
formação de conceitos e de representações mentais, essas sensações vem através
da textura, volume, rugosidade, densidade do objetivo, vibrações, oscilações
térmicas, entre outros, que muitas vezes passam despercebidos por aqueles que
não tem a deficiência, esses processos de decodificação são particulares e depende
de como a pessoa desenvolve cada sentido.
Há legislação acerca da educação inclusiva como direito formal que não pode
ser desprezada, a lei 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência. Há amparo constitucional que deve ter nossa atenção e respeito, os
significados devem ser valorizados cotidianamente no exercício das nossas funções
atuando como educadores e principalmente como seres humanos que reconhecem
e respeitam a diferença, que a valoriza enquanto constituinte do outro.
Nas discussões feitas ao longo destes semestres um aspecto de fundamental
importância nos deu a possibilidade de refletir acerca da educação de forma
abrangente, de modo a promover a educação para todos, sem que haja a
necessidade de subtítulos, público alvo ou enfoques especiais. Este foi e continuará
sendo um exercício enriquecedor, um trabalho que deve ser constante para todos
nós e em diversas áreas, trabalho este que não cessará de nos inquietar e estimular.
Assim como discutido por Mel Ainscow “a escola inclusiva é aquela que está
evoluindo e não aquela que já atingiu um estado perfeito”. (AINSCOW, 2009, p. 20).
Em uma sociedade seja em qual estágio civilizacional esteja, seus habitantes
precisam da linguagem para que sejam atores de suas vidas, não se transformem
em sujeitos passivos, apenas recebendo experiências exteriores, sem contribuir com
suas experiências também, as trocas se fazem necessária a todos.
Neste caso, empenhar-se pela inclusão de pessoas com deficiência em todos
os âmbitos da sociedade se faz necessário para que elas possam viver com o
máximo de independência em suas vidas. A deficiência visual, entre outras, não
impede que haja interação das pessoas com essa deficiência com outros indivíduos,
sendo eles com deficiência ou não. Existem recursos que podem dar uma maior
independência as pessoas com a deficiência visual realizar tarefas cotidianas, entre
eles temos o braile para a leitura e escrita, a bengala para a locomoção assim como
os cães guias, a utilização de programas de computadores que fazem a leitura de
textos e permitem que a pessoa com deficiência visual utilize o computador, entre
outros, que dão a essas pessoas autonomia para cuidar de seus afazeres, trabalhos
e estudos.
Segundo Lúcia Reily (2006) a escola inclusiva é aquela que crianças com
deficiência ou não, frequentem a escola de forma igualitária, onde recursos a seres
utilizados atendam a todos(as) os(as) frequentadores(as) buscando técnicas
pedagógicas que sejam aplicadas a todos e todas. Segundo a autora os educadores
não aplicam e nem acorrem a literatura, pedagogia freiriana ou sociocultural para
auxiliar que os alunos observem e tragam suas experiências para a sala de aula.
Ainda, segundo Lúcia Reily (2006), as escolas brasileiras precisam
compreender que educação inclusiva não deve apenas estar no papel, mas se deve
aplicá-la nas salas para que os alunos não sejam meros espectadores das
atividades desenvolvidas, é necessário a participação também dos alunos com
deficiência(s), “(...) Na construção de uma escola brasileira inclusiva, de fato, e não
apenas inclusiva na palavra da lei, será preciso atentar para garantir acesso aos
instrumentos de mediação da atividade.” (REILY, 2006, p. 23)

MATERIAL – Mapa das rotas das viagens marítimas portuguesas e espanholas


no século XV.

Objetivos do material:
- Produzir material que permita a interação de todos os alunos, com deficiência ou
não;
- Utilizar um material de apoio nas aulas de história;
- Permitir uma melhor visualização do movimento das navegações portuguesas e
espanholas no século XV com o auxílio do mapa.

Conteúdos abordados:
- Momento das grandes navegações portuguesas e espanholas no séc. XV, com
ênfase nas navegações que tiveram relações com o início das colonizações nas
Américas.

Como utilizá-lo:
- Material pensado para as aulas de história com a temática das grandes
navegações e início da colonização portuguesa e espanhola nos territórios que
posteriormente foram identificados com América do Norte, América Central e
América do Sul. Assim serve como uma representação de apoio ao professor que,
aliado à aula planejada nessa temática, poderá apresentar aos alunos um material
que segue o conceito de desenho universal, atendendo a todos os alunos, com
deficiência ou não.

Como confeccioná-lo:
Para a confecção foram utilizados materiais que proporcionam alto contraste de
cores e diferentes texturas para sensação tátil:
- Uma placa de isopor de tamanho - EVA verde atoalhado;
100cmX40cm - Colas coloridas verde e vermelha;
- Papel camurça azul marinho; - Lantejoulas douradas e brancas;
- Papel laminado vermelho; - Cordão azul claro;
- Papel adesivo amadeirado; - Reglete, punção e folhas próprias
- EVA amarelo; para escrita em braile para as
- EVA marrom com glitter; legendas.
Referências bibliográficas
AINSCOW, M. Educação para todos: torná-la uma realidade. In: AINSCOW, M. et
al. (Orgs.). Caminhos para as escolas inclusivas. Lisboa: Ministério da Educação,
1997. p.11-31.

AINSCOW, M. Tornar a educação inclusiva: como esta tarefa deve ser conceituada?
In: FÁVERO, O. et al. (Org.). Tornar a educação inclusiva. Brasília, DF: Unesco;
ANPEd, 2009. p. 11-23

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência.


Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.19, pp.20-28.

BOOTH, T.; AINSCOW, M. Indéx para a inclusão: Desenvolvendo a aprendizagem


e a participação na escola. Londres, CSIE. 2011.

REILY, Lúcia. Escola inclusiva: linguagem e mediação. Campinas, São Paulo.


Papirus editora, 2ª edição, 2006.

Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional


Especializado - Deficiência Visual. SEESP / SEED / MEC Brasília/DF, 2007

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