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ISRAEL BELO DE AZEVEDO

BOM DIA AMIGO


2017

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BOM DIA AMIGO
Copyright ©2017, Israel Belo de Azevedo

EQUIPE DE VOLUNTÁRIOS
Capa: Marcelo Leiroz Pinto
Revisão: Amurabe Bernardes de Andrade, André Moraes,
Felipe Botelho, Genilse Pinheiro, Itamar Alves,
Margarethe Távora e Maria Glaucia Magalhães
Roteiros para Pequenos Grupos: Aniele Souza,
Leonardo Cezar Rocha Neves e Sandra Mara de Souza

Diagramação: Sonia Peticov

Uma publicação da
IGREJA BATISTA ITACURUÇÁ
Praça Barão de Corumbá, 49 –­ Tijuca
20 510.170 - Rio de Janeiro, RJ
www.itacuruca.org.br
(021) 3344-9700

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Este é um presente de

para

com a esperança de que a leitura de cada


texto seja palavra de Deus para você.
MENSAGENS DIRETAS DIA APÓS DIA

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Para você, com esperança
Desejamos que este BOM DIA AMIGO 2017 seja seu companhei-
ro todos os dias do ano. Em cada página há uma reflexão, escri-
ta para inspirar você. Este é o nosso objetivo.
Cada reflexão é precedida de um pensamento e finalizada com
um versículo da Bíblia. Os versículos foram extraídos da Bíblia
versão NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje), publica-
da pela Sociedade Bíblica do Brasil.
No pé da página também há uma indicação para a leitura de
uma seção (geralmente um ou mais capítulos) da Bíblia. Se você
seguir o plano diário sugerido, lerá toda Escritura Sagrada em
dois anos (2017 e 2018). (Caso você não receba, ao final de 2017,
a edição do Bom Dia Amigo 2018, para dar continuidade em sua
leitura, faça contato conosco, por favor).
Nas páginas finais, oferecemos também um guia com rotei-
ros  para estudos individuais e em pequenos grupos, baseados
nas reflexões das segundas-feiras. Os roteiros completos, in-
cluindo as possíveis respostas às perguntas formuladas para
discussão, estão no site da Igreja Batista Itacuruçá (seção “Rotei-
ros para Pequenos Grupos”), abaixo indicado.
Eu e uma equipe de amigos estamos ao seu dispor para qual-
quer outro esclarecimento.
Nosso desejo é que este BOM DIA AMIGO 2017, inspire você a
fruir uma vida de qualidade eterna.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO


israelbelo@gmail.com
WhatsApp: +55 21 986044120
www.prazerdapalavra.com.br
Aplicativo: Minha Jornada
www.itacuruca.org.br

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Para ler no dia do seu Aniversário

Um dia especial
O dia do seu aniversário tem que ser especial.
Foi nesse dia que a sua história começou.
Não permita que seja um dia qualquer.
Não permita que uma doença entristeça este dia.
Não permita que o trabalho apague este dia.
Não permita que um aborrecimento estrague este dia.
Comece por agradecer a Deus porque, hoje, Ele lhe renovou
o dom da vida, demonstrando que a bondade dele se renova a
cada manhã.
Se puder dar uma festa, não pense duas vezes. Convide quem
puder e festeje. Agradeça. Se não puder, convide os amigos
para um encontro. Se são amigos, virão sem festa; virão lhe dar
um abraço.
Se você geralmente corre, ande devagar hoje.
Se você gosta de receber, ofereça algo hoje aos outros.
Se você vive reclamando, proíba-se de lamentar e criticar.
Se você anda triste, alegre-se, nem que seja só por hoje, e,
quem sabe, amanhã também.
Se você gosta mais do passado do que do presente, goste do
dia de hoje.
Se você não ora, ore hoje assim: “Senhor Deus, até aqui o
Senhor me ajudou”. (E se Ele ajudou até agora, fará diferente
amanhã?)
Viva o dia de hoje como se fosse único.
Viva o dia de hoje como fosse o melhor da sua vida.
Faça único o seu dia.
Faça melhor a sua vida.
Faça isto por você, no dia do seu aniversário.

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Antes de começar
Temos todos um ano pela frente.
Parece muito tempo.
Como um dia parece longo quando começa, o ano parece
comprido, mas não é.
Não dá para aprender tudo que precisamos.
Não dá para realizar tudo o que desejamos.
Não dá para concretizar tudo o que sonhamos.
Quando olhamos para o ano que acabou, entendemos.
Entendemos que o que pareceu longo foi curto.
Sobraram sonhos para este ano.
Faltaram dias para os desejos.
Faltou aprendizagem em nossas anotações.
Para que não falte muito quando o ano terminar, precisamos
desejar bem, decidir bem e nos disciplinar bem.
Este não pode ser apenas um ano que começa.
O ano que começa tem que ser o melhor de nossas vidas.
Por isto, é bom saber que não estaremos sozinhos ao longo
deste ano.
Deus está conosco – eis a certeza que salta da Bíblia Sagrada.
Nela aprendemos que Deus consolida as obras de nossas mãos.
Então, mãos à obra,
Obra feita de ações,
Obra feita de orações.

Feliz 2017!

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1 “Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de
viver a vida completamente. Ousar é perder o equilíbrio
JANEIRO momentaneamente. Não ousar é perder-se”.
(S oren K ierkegaard )

Vivendo em paz
O jovem entrou no ônibus e se assentou. Alguns minutos de-
pois, entrou uma senhora, acompanhada de um menino de uns
9 anos de idade. Estava cheio. Os assentos para idosos ou crian-
ças estavam ocupados. A senhora olhou para o jovem e dispa-
rou, sem mais nem menos:
– Sai daí, que eu quero me assentar! Você não tem educação?
O rapaz não se movimentou.
A partir daí, a senhora, que aparentemente não tinha idade
para se assentar nos bancos preferenciais, desandou a atacar o
jovem, com xingamentos e palavrões vergonhosos.
O jovem não respondeu. Não reagiu. O que sentiu e pensou
guardou consigo.
Os passageiros todos ficaram indignados com a mulher, por
exigir o que não lhe cabia e pela violência de sua reivindicação.
Outras mulheres comentaram o risco que correu, ao atacar uma
pessoa mais forte do que ela. Alguns homens lamentaram que o
jovem tenha se comportado de modo tão fraco, sem dar uma li-
ção à inconveniente senhora. Não faltou quem dissesse o famo-
so “se fosse comigo, ela ia ver o que iria acontecer”.
Algum tempo depois vagou um lugar mais à frente e o jovem
trocou de lugar. O ônibus todo o aplaudiu.
Pouco depois a senhora desceu, aparentemente envergonhada.
A viagem continuou e, mais adiante, o rapaz desceu, levando
sua anônima dignidade.
Embora sem nada saber sobre este jovem, podemos concluir
que seu comportamento mostrou que há outra forma de viver,
que é a de não reagir com violência ao ataque recebido. Pode-
mos manter a calma, mesmo quando ondas enfurecidas se le-
vantam ao nosso redor. Não precisamos nos rebaixar ao nível
dos que nos criticam ou nos ferem. Podemos viver no compas-
so da graça de Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 1


“E foi assim que João Batista apareceu no deserto, batizando o povo e anunciando
esta mensagem: ‘Arrependam-se dos seus pecados e sejam batizados, que Deus
perdoará vocês’”. (Marcos 1.4)

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2 “O que afasta o homem de Deus é também o que o afasta de
seu semelhante”. (E dmund B urke )
JANEIRO
Resposta pronta
Aprendemos muito vendo como Jesus chamou seus primeiros
discípulos e como eles responderam (Marcos 1.16-20).
1. Jesus anda por onde nós andamos. Jesus anda na cozinha
onde passamos parte do nosso tempo; na escola onde gastamos
boas horas do dia; no trabalho que ocupa a maior parte de nossa
vida; pela praia ou em qualquer outro lugar de lazer. Jesus nos
encontra onde nos encontramos. Os primeiros discípulos esta-
vam nos seus lugares de trabalho. Jesus os chamou e eles o se-
guiram na hora.
2. Jesus ainda hoje nos chama para ir com Ele. Ele chamou
gente como a gente, a maioria sem as qualificações que nós ima-
ginaríamos desejáveis. Os que o atenderam ele os capacitou,
começando por lhes dar outro sentido para sua vida. Simão, de-
pois Simão Pedro, era um pescador, talvez pouco alfabetizado.
Tornou-se pouco depois o líder da igreja que surgiria. Ele foi
muito além do horizonte esperado para um pescador. Sem Je-
sus, seria um pescador sem nome.
3. Como Jesus, nós temos uma missão: ser pescadores de
pessoas. Esta é a prioridade. Ser pescador de pessoas é dar prio-
ridade a Jesus. No caso dos pescadores, não foram chamados a
romper seus vínculos com os seus familiares, mas a viver estes
vínculos a partir da convivência com Jesus.
Respondemos “no mesmo instante” ou vamos primeiro resol-
ver nossos problemas? Vamos “no mesmo instante” ou primeiro
analisamos se vale a pena: se o bônus vai ser melhor que o ônus?
Seguiremos no “mesmo instante” ou ficaremos olhando para
trás?
Vamos misturar a nossa história com a história de Jesus ou va-
mos fazer carreira solo?

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 2 a 3


Jesus disse: “Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus
pecados e creiam no evangelho”. (Marcos 1.15)

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3 “O homem que não comete erros geralmente não faz nada”.
(E dward J. P helps )
JANEIRO
Credo para o novo ano, 1/2
Eis algumas metas comuns para o ano que se inicia.
1. Como eu creio que o Evangelho de Jesus Cristo “é o poder de
Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16),
vou pregar e viver o evangelho, sabendo que é minha intrans-
ferível tarefa ir por todo o mundo para fazer discípulos de Jesus
(Mateus 29.19-20).
2. Como eu creio que “é feliz aquele que não segue o conselho
dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta
na roda dos zombadores!” (Salmo 1.1), procurarei seguir sem-
pre o conselho de Deus (Levítico 11.44-45, Levítico 20.7, 1Pedro
1.15-16) e farei da santidade a minha prioridade.
3. Como eu creio que a Bíblia é “é lâmpada que ilumina os
meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Salmo 119.105),
vou lê-la toda e sempre, para ser capacitado a viver de modo sá-
bio, santo e saudável.
4. Como eu creio que “a oração de um justo é poderosa e efi-
caz” (Tiago 5.16), vou orar “continuamente” (1Tessalonicenses
5.17), sem e com palavras, tendo o Senhor Deus sempre como
presença que me inspira (Salmo 16.8).
5. Como eu creio que “o plano eterno de Deus” é tornar co-
nhecida de todos a sua “multiforme sabedoria”, “mediante a
igreja”, vou encorajar meus irmãos e ser encorajado por eles
nela (Efésios 3.10), embora seja “o costume de alguns” deixá-la
(Hebreus 10.25).
6. Como eu creio que “o conhecimento de Deus é o entendi-
mento” (Provérbios 9.10) que realmente vale a pena, abrirei
mão de ser sábio aos meus próprios olhos (Provérbios 3.7).

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 4 a 6


Jesus disse: “Não tenha medo; tenha fé!” (Marcos 5.36)

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4 “A empatia de um irmão é mais preciosa do que a missão
diplomática de um anjo”. (C harles S purgeon )
JANEIRO
Credo para o novo ano, 2/2
Para este novo ano, há atitudes ainda a tomar:
7. Como eu creio que sou um vaso de barro que contém o te-
souro do Evangelho de Jesus, poderei ser pressionado, mas não
desanimarei; poderei ficar perplexo, mas não me desesperarei;
poderei ser perseguido mas não abandonado; poderei ficar aba-
tido, mas não destruído, tudo por causa do poder que “provém
de Deus” (“não de nós”) “e a tudo excede” (2Coríntios 4.7-9);
assim, confiarei que “o Senhor Deus é o meu pastor e nada me
faltará” (Salmo 23.1) quando tudo estiver bem, gargalhando na
montanha, e também quando estiver passando “por um vale de
trevas e morte” (Salmo 23.4).
8. Como eu creio que o meu corpo é “o santuário do Espírito
Santo” (1Coríntios 6.19), serei disciplinado nos horários, comen-
do corretamente e, se possível, fazendo exercícios regulares
(1Coríntios 6.20).
9. Como eu creio que a família é uma dádiva de Deus (Gêne-
sis 2.24 e Marcos 10.8), amarei a minha família e dela cuidarei.
10. Como eu creio que “o amigo ama em todos os momentos”
e é “um irmão na adversidade” (Provérbios 17.17), encontrarei
tempo e lugar para estar com os amigos.
11. Como eu creio que Jesus Cristo voltará em breve, continua-
rei cantando: “Vem, Senhor! Maranata!” (1Coríntios 16.22).
12. Como eu creio que Jesus é o bom pastor (João 10.11 e 14),
eu me deixarei pastorear por ele, para ser guiado pelo Espírito
Santo como filho de Deus que sou (Romanos 8.14) e membro da
sua família (Efésios 2.19).

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 7 a 9


Jesus disse: “Quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá
a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do
evangelho terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas
perder a vida verdadeira?” (Marcos 8.35-36)

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5 “Sim, eu vi o relâmpago cair. Ouvi o trovão ribombar. Senti as
ondas de pecado se quebrando, tentando conquistar a minha
JANEIRO alma. Mas ouvi a voz de Jesus me dizendo para continuar a
luta. Ele prometeu nunca me abandonar, nunca me deixar
sozinho”. (M artin L uther K ing J r )

A voz
Quando a tempestade, anunciada ou de surpresa, faz que o nos-
so barco pareça de papel, como folha que voa, há uma voz que
a domina. E não é a nossa.
Quando a escuridão se torna tão densa que nos impede de en-
xergar o horizonte na estrada a ser percorrida, há uma voz que
dissipa as trevas. E não é a nossa.
Quando a dúvida, num processo que se iniciou sem que per-
cebêssemos, torna incerto o que era certeza, inseguro o que era
firme, há uma voz que reilumina a fé. E não é a nossa.
Quando o rancor, como uma semente que cresce na calçada
interior do nosso coração, está pronto para se tornar árvore de
sombras, há uma voz que o apaga. E não é a nossa.
Quando o cansaço nos encurva o corpo, confunde o nosso so-
nho, recolhe o nosso pé desde a manhã, nega-nos o desejo pelo
novo, há uma voz que restabelece o vigor. E não é a nossa.
Quando a tristeza nos cerca e nos conduz ao desânimo, ao de-
sespero ou à depressão, furtando dos nossos olhos a alegria de
ver, há uma voz que nos faz viver de novo. E não é a nossa.
Há uma voz que cala o vento. Há uma voz que fala à noite. Há
uma voz que incendeia a fé. Há uma voz que semeia o perdão. Há
uma voz que renova a força. Há uma voz que prova a esperança.
A voz que traz a calma, mesmo que seja forte a tempestade
dentro da alma; gera a manhã, mesmo quando a noite deseja
fazer a nossa espera coisa vã; estilhaça a incerteza, mesmo que
penetrada por palavra cheia de beleza; torna inútil o rancor,
mesmo que gestado por imensa dor; faz de novo velozes os nos-
sos movimentos, mesmo que os pés ainda sangrem pela lem-
brança dos ferimentos; escancara nossos olhos para a meta de
uma vida novamente querida, é a voz de Jesus.

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 10 a 12


Jesus disse: “Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a
todos”. (Marcos 9.35)

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6 “Estou sempre envolvido no estudo da Bíblia. Creio que ela
é a palavra de Deus porque ela me encontra onde eu estou”.
JANEIRO (A braham L incoln )

Começando a ler a Bíblia


Talvez você tenha uma Bíblia em casa.
Talvez você tenha tentado ler a Bíblia, mas nunca passou das
primeiras páginas.
Talvez você deseje ler a Bíblia toda.
Comece hoje.
Se não tem, compre uma. Pode ser uma simples, sem nenhum
comentário. Pode ser uma com comentário. Compre uma ver-
são que tenha uma linguagem como se fala hoje. (Eis três boas
sugestões: “Nova Tradução na Linguagem de Hoje”, “Nova Ver-
são Internacional” ou “A Mensagem”. O conteúdo é o mesmo
dos originais em hebraico, aramaico e grego: muda só o vocabu-
lário, com palavras mais acessíveis). Se você tem dificuldade em
ler, compre alguma versão para se ouvir.
Escolha uma hora do dia para ler. Prefira a manhã. Acorde 15
minutos mais cedo. Encontre um lugar agradável.
Comece por onde quiser. Se preferir, principie com a história
de Jesus Cristo, narrada nos Evangelhos de Mateus, Marcos,
Lucas e João. Marcos é o mais simples.
Quando encontrar alguma dificuldade, marque o texto e pros-
siga. Não fique travado pela dificuldade de compreensão ou de
aceitação do que leu. Depois, busque entender aquele trecho di-
fícil.
Ao ler, procure responder a três perguntas:
1. “O que o Autor disse?”
2. “Como estou vivendo em comparação com o que o Autor
disse?”
3. “O que farei com o que o Autor me disse?”
Ao longo do dia, procure se lembrar do que leu. Toda a sabedo-
ria de Deus vai se tornar, pouco a pouco, a sua, para decidir me-
lhor, trabalhar melhor, amar melhor, com alegria e paz.

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 13 a 14


Jesus disse: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas”.
(Marcos 16.15)

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7 “Quem passa os anos de sua existência na masmorra
do desespero, acorrentado pelo medo e subjugado pelas
JANEIRO algemas da ansiedade, conhece apenas uma caricatura da
vida. A vida verdadeira é timbrada pela esperança, uma
esperança tão robusta que espera até mesmo contra a
esperança”. (H ernandes D ias L opes )

A escolha da esperança
A desesperança não tem idade.
Vem para experientes e inexperientes. Vem para idosos, meio-
-idosos e jovens, e até para adolescentes e crianças.
Pode vir da biologia, como coisa do corpo, pela falta de algum
componente próprio para fazer as ideias e as emoções fluírem
alegremente. Pode vir da ecologia, formada pela geografia e
pela história onde nos formamos, cheias de obstáculos e frus-
trações. Sonhos que não realizamos têm o poder de nos deixar
primeiramente pessimistas e depois desesperançados.
Nossa trajetória pessoal pode ser uma sucessão de experiên-
cias dolorosas que nos moldam para não crer em ninguém, nem
mesmo em nós mesmos. Por sua vez, a esperança também não
tem idade. É sentimento para crianças. É confiança para adoles-
centes. É disposição para jovens. É atitude para os da meia-ida-
de. É força para velhos. É uma escolha.
Se escolhemos a esperança, nosso roteiro precisa incluir a
companhia dos que também esperam. A esperança e a desespe-
rança contagiam. Escolhamos os que querem ter esperança. Va-
mos nos fazer bem.
Nosso caminho deve ser florido de bons livros. Precisamos nos
fazer acompanhar por livros que contem histórias de pessoas
comuns que realizaram projetos incomuns; com suas fragilida-
des e potencialidades. Nossos passos talvez careçam de pessoas,
amigas ou profissionais, que, com palavras sábias, nos orientem
– sobretudo se nossa dificuldade vem da nossa biologia ou psico-
logia – ou nos sirvam de exemplos, especialmente se reconhece-
mos sua autoridade, vinda do conhecimento ou da compaixão.
Desanimar não é preciso.

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 15


Jesus disse“Quando prenderem e entregarem vocês às autoridades, não fiquem
preocupados, antes da hora, com o que irão dizer. Quando chegar o momento, digam
o que Deus lhes der para dizer. Porque as palavras que disserem não serão de vocês
mesmos, mas virão do Espírito Santo”. (Marcos 13.11)

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8 “É o coração que faz o caráter”. (E ça de Q ueirós )

JANEIRO
Cuidando do coração
Aprendemos, com Jesus, que “a boca fala do que o coração está
cheio” (Mateus 12.34) ou que “o que sai da boca vem do cora-
ção” (Mateus 15.18), seja bom, seja ruim, sejam projetos de vida,
sejam rastros de destruição.
Sim, o coração acaba mostrando quem nós somos (Provérbios
27.19).
Até uma criança sabe que o coração é a casa dos desejos, é o
porto das emoções, é a habitação dos sentimentos, é a morada
das atitudes. A criança precisa aprender a cuidar do seu cora-
ção. O adulto precisa proteger o seu coração. Por isto, cabe-nos
cuidar dele. Entre os cuidados que podemos tomar, uns são bem
evidentes.
Cuida do seu coração quem lê textos bons, textos que nos fa-
çam ter desejos bonitos. Um coração carece de ser irrigado per-
manentemente por leituras boas que descortinem vontades
plenas de bondade.
Quem cuida do seu coração vê programas bons, sejam filmes
ou espetáculos, pois servem de canais para produzir emoções
que tornam bonito o rosto.
Quem cuida do seu coração ouve sons bons, músicas que des-
pertem sentimentos doces ou conversas que conduzam por sen-
timentos que edificam, não por forças que destroem.
Quem cuida do seu coração participa de atividades que inspi-
ram atitudes sábias.
O que esperamos que o nosso coração mostre, se o enchemos
de exemplos de brutalidade, de convites à desonestidade, de
histórias de perversidade, de afirmações negativas ou de inspi-
rações pornográficas?
Não podemos ter a ilusão de que o nosso coração se manterá
puro consumindo impureza. Nosso coração não pode ser uma
lixeira onde se despeja o que se quer descartar. Nosso coração
deve ser como uma despensa onde se guardam alimentos que
preservam a vida ou um cofre onde se protegem tesouros.

Para ler HOJE na Bíblia: Marcos 15


Jesus orou assim: “Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas! Afasta de mim este
cálice de sofrimento. Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres”.
(Marcos 14.36)

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9 “Eu tive muitas coisas que guardei em minhas mãos, e as
perdi. Mas tudo o que eu guardei nas mãos de Deus, eu ainda
JANEIRO possuo”. (M artin L uther K ing J r .)

Sempre parceiros
Se cremos em Deus como se importando conosco e interagindo
conosco, muitas vezes nos perguntamos pelo que devemos es-
perar Deus agir e quando devemos nós mesmos entrar em ação.
A história da construção da arca de Noé nos ajuda. Para agir,
Deus precisou de um homem. Ele chamou Noé: Noé atendeu à
sua convocação. Noé construiu a embarcação, chamou pessoas
para entrar nela, reuniu os animais e coletou as plantas. Isto lhe
cabia fazer. Deus fez chover. Isto lhe cabia fazer.
Noé tomou todos os cuidados para proteger os viajantes. Fe-
chou portas e janelas. Isto lhe cabia fazer.
Noé só não fechou uma janela, a última, que só podia ser tran-
cada por fora. Deus veio e fechou (Gênesis 7.16). Nesta época, a
palavra se dava entre Deus e o homem.
Contudo, até hoje a palavra se dá entre Deus e o homem: temos
a Bíblia. A ela cabe a função de nos orientar em nossas ações e
decisões. Por ela, somos capacitados a fazer o que nos cabe, de
modo sábio e santo.
Nela também aprendemos que há coisas que só Deus pode fa-
zer. Oramos e Ele faz. Ele só não faz o que nos cabe.
O processo é dinâmico. O que nos cabe pode mudar. O que
cabe a Deus pode mudar.
Para escrever a nossa história junto com Deus, precisamos nos
perguntar pelo que nos cabe, partindo do pressuposto que Deus
quer a nossa colaboração em seu projeto para o mundo e para
as nossas próprias vidas.
Precisamos também ver como agiu no passado: o que fez e o
que esperou que as pessoas fizessem.
Podemos ainda olhar para a nossa própria história e ver as ve-
zes que agimos bem esperando e as vezes que agimos bem fa-
zendo.
E sempre poderemos contar com o recurso da oração, em bus-
ca do discernimento. Recursos não nos faltam, portanto.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 1 a 2 e Salmo 1


“Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não
seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os
que zombam de tudo o que é sagrado!” (Salmo 1.1)

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10 “Uma coisa boa que você pode fazer por seus filhos é construir
um casamento forte. O casamento é a fundação de uma
JANEIRO família. Felizes são filhos que podem ver na vida de seus pais
um casamento feliz e saudável”. (G ilson B ifano )

Esperando o que virá, 1/2


Muitas vezes, fazemos algo ruim esperando um resultado bom.
É como se quiséssemos colher o que não plantamos.
Às vezes, não manifestamos afeto algum pelos outros, mas
queremos que eles sejam carinhosos conosco. Em algumas si-
tuações queremos emagrecer, mas não cuidamos do que come-
mos, nem fazemos exercícios.
Imaginamos, até, que chegaremos pontualmente a um com-
promisso mesmo saindo de casa na hora de o evento começar.
Algumas vezes, queremos passar num concurso sem estudar.
Muitas vezes nós nos esquecemos de que todo o prazer tem o
seu preço.
Sabemos que as regras funcionam mas, em nosso caso, quan-
do não as cumprimos, esperamos que Deus providenciará uma
exceção.
Ora, se temos hábitos ruins, o que colheremos?
É certo que Deus pode quebrar as regras, mas esta não é a regra.
Por outro lado, podemos ser cuidadosos e sempre procurar fa-
zer o que é certo, o que é ótimo. Certamente colheremos mui-
tos frutos bons.
No entanto, não podemos exigir que coisas ruins não nos so-
brevenham. Algumas, como a perseguição, poderão vir exata-
mente por fazermos o que é certo.
Coisas ruins também acontecem a pessoas que levam Deus a
sério. A diferença está no modo como lidam com a adversidade,
em paz, porque sabem que têm Deus ao seu lado.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 3 a 4 e Salmo 2


Deus disse a Caim: “Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você
agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas
você precisa vencê-lo”. (Gênesis 4.7)

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11 “Deus não está tão acima de você que não possa ser tocado
pelas suas lágrimas!” (M ax L ucado )
JANEIRO
Esperando o que virá, 2/2
Erramos quando fazemos o que é certo na expectativa de rece-
ber coisas boas. Nessas horas, oramos assim:
– Senhor, tu sabes que sou uma pessoa correta. Não aceito que
coisas ruins me surpreendam.
Em outras palavras, dizendo isto, estamos dizendo e – talvez –
desejando que coisas ruins podem e devem acontecer a pessoas
ruins, mas nunca a nós, pessoas corretas.
Nesse caso, foi-se a graça. Agindo assim, entronizamos a valo-
rização pelo mérito; o nosso mérito, bem entendido.
William Carey (1761-1834) escreveu que, se esperamos gran-
des coisas de Deus, devemos fazer grandes coisas para Deus.
Essa frase precisa ser bem entendida, para fazer justiça à vida
extraordinária de Carey, que nunca esposou uma teologia do
mérito. Na verdade, ele dedicou a sua vida para Deus, servin-
do entre os indianos, mas nada esperou de Deus, senão o privi-
légio de gastar a sua vida pregando o Evangelho de Jesus Cristo
aos estrangeiros.
Estava longe de Carey a ideia de que podemos forçar Deus a
nos abençoar como retribuição aos nossos feitos por Ele, em-
bora a Bíblia nos ensine que as adversidades podem vir sobre
bons e maus. Nossa vitória vem da graça, que é graça, não res-
posta ao mérito. Para receber o que merecemos, não precisa-
mos de Deus.
Carey quis nos lembrar que devemos viver de modo coerente.
Devemos dizer e viver, cantar e fazer. Ele não sugere que deve-
mos fazer grandes coisas para receber grandes coisas. Devemos
fazer grandes coisas para que a graça de Deus seja anunciada,
não para recebermos algo em troca.
O que fazemos, pequeno ou grande, é uma oferta, apenas uma
oferta para Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 5 a 6


“Enoque viveu sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu, pois Deus o
levou”. (Gênesis 5.24)

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12 “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes
mesmo que a verdade tenha oportunidade de se vestir”.
JANEIRO (W inston C hurchill )

De modo profundo
A superficialidade é uma doença, que se alimenta da preguiça
e do medo.
É mais fácil usar o nome de Deus do que amá-lo, porque amá-lo
implica num relacionamento, num compromisso, que pode ser
exigente. É sedutor usar o nome de Deus para deixá-lo distante,
de modo que não incomode.
Viver de modo profundo demanda coragem.
A coragem de quem crê se mostra no interesse que tem em
conhecer a Deus profundamente. Ele se revela na Palavra que
deixou. Muitos cristãos amam a Bíblia, mas muitos não a conhe-
cem. Quem não a conhece não conhece a Deus. O conhecimento
de Deus implica em estudo, reflexão, que exige tempo e dedica-
ção. A superficialidade é uma sedução.
A coragem de quem crê se mostra na disposição em mudar.
Quem crê não se esconde atrás de uma frase como esta: “Deus
me fez assim”. Nunca saberemos a razão, mas podemos saber
o que Ele quer que sejamos e é nesta direção que devemos nos
mover, o que está longe do conformismo.
A superficialidade é sedutora, mas é completamente inútil
para uma vida que valha a pena, tanto nas vitórias quanto nas
provas. Os superficiais vencem e acreditam que foi o seu bra-
ço que conquistou o triunfo. Quando perdem, os superficiais se
revoltam.
Os profundos vencem e agradecem a Deus pelo triunfo. Quan-
do perdem, agradecem a Deus pela derrota e, como Saulo, per-
guntam: “Senhor, que queres que eu faça?” (Atos 22.10).

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 7 a 8


“Noé construiu um altar para oferecer sacrifícios a Deus, o SENHOR. Ele pegou aves
e animais puros, um de cada espécie, e os queimou como sacrifício no altar”.
(Gênesis 8.20)

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13 “A vitória não pertence aos mais fortes, mas sim aos que a
perseguem por mais tempo!” (N apoleão B onaparte )
JANEIRO
Você pode ser grande
Talvez você tenha nascido prematuro e tenha tido uma infância
difícil com sequelas até hoje, mas você pode ser grande.
Talvez falte um membro no seu corpo ou ele não funcione
como deveria, deixando você torto ou claudicante, mas você
pode ser grande.
Talvez você tenha sido tratado de modo cruel, sendo abusado
fisica, emocional ou espiritualmente, mas você pode ser grande.
Talvez você tenha vivido carente de afeto e segurança por toda
a sua vida, mas você pode ser grande.
Talvez você não consiga acompanhar o ritmo das pessoas da
sua idade ou da sua classe, mas você pode ser grande.
Talvez você tenha sofrido um acidente cujas lembranças não
se apagam, mas você pode ser grande.
Talvez você colecione perdas, seguidas de perdas, acompanha-
das de perdas, mas você pode ser grande.
Talvez você não possa correr, mas você pode ser grande.
Talvez você não possa enxergar, mas você pode ser grande.
Talvez você tenha dificuldades para aprender, mas você pode
ser grande.
Talvez ninguém o aplauda, mas você pode ser grande.
Você tem o seu ritmo e pode ir longe, mesmo que aparente-
mente devagar.
Você tem seus limites, que podem ser expandidos.
Você tem suas potencialidades a serem realizadas.
Você precisa se conhecer a si mesmo, para ser o que pode ser:
grande, dentro de suas possibilidades.
Você precisa olhar para frente e para o alto, não para trás ou
para os lados.
Você precisa chamar Deus para consolidar aquilo que você
faz, pedindo que caminhe ao seu lado enquanto você trabalha.
Você pode chegar aonde quiser chegar. Você pode ser grande.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 9


“Tera saiu da cidade de Ur, na Babilônia, para ir até a terra de Canaã, e levou junto
o seu filho Abrão, o seu neto Ló, que era filho de Harã, e a sua nora Sarai, que era
mulher de Abrão. Eles chegaram até Harã e ficaram morando ali”. (Gênesis 11.31)

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14 “Depois de toda luta e cada descanso, quero me levantar forte
e pronta, como um cavalo novo”. (C larice L ispector )
JANEIRO
Os sábios descansam
Antes que a tomada seja desligada, o cansaço emocional nos
faz um convite à revisão. Precisamos repensar nossos valores e
nossas práticas, para vermos nitidamente para onde estão nos
levando.
Para fazer a revisão, precisamos parar. Precisamos parar de
viver a vida dos outros ou parar de viver como os outros que-
rem que vivamos ou imaginamos que queiram. Precisamos
parar de carregar as cargas que não conseguimos levar. Preci-
samos saber que não podemos mudar os outros.
Descanse.
Depois do descanso, as forças voltarão, as atividades serão
mais leves.
E você observará que o mundo não acabou porque, por um
tempo, você parou de girar a sua feérica roda.
Descanse.
Faça uma coisa diferente. Viva uma vida diferente.
Quando descansar, você descobrirá que há outras formas de
viver.
E uma delas é parar de achar que é deus.
Deus mesmo descansou (Gênesis 2.2-3).
Os sábios descansam, ouvindo o convite de Jesus: “Venham a
mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesa-
das cargas, e eu lhes darei descanso” (Mateus 11.28).
Descansar implica em abrir mão de mudar as coisas que não
podemos mudar e em discernir entre o que pode e o que não
pode ser mudado, entre a carga a ser carregada e a carga a não
ser carregada.
Os santos descansam, porque confiam que Deus se importa
com eles (Isaías 40.27-31).

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 10


Jesus disse: “O Reino de Deus é como uma semente de mostarda, que é a menor de
todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas
as plantas”. (Mateus 13.31-32)

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15 “Não fale, não conte detalhes, não satisfaça a curiosidade
alheia. A imaginação dos outros já é difamatória que chegue”.
JANEIRO (M artha M edeiros )

Reputação perdida não se recupera


Podemos falar mal do outro. Podemos escrever mal do outro.
Podemos ouvir mal o outro. Podemos, mas não devemos.
Quando agimos assim, tiramos ou contribuímos para tirar do
outro o único bem que não podíamos lhe tirar: a reputação. Se
lhe tirarmos dinheiro, poderemos devolver corrigido. Se lhe ti-
rarmos um objeto, poderemos lhe restituir com um pedido de
desculpas. Se lhe tirarmos a verdade, poderemos nos corrigir.
Se o ofendemos, podemos pedir perdão. Se o ferimos, podemos
lhe curar. No entanto, quando lhe furtamos a credibilidade,
tudo o que fizermos não lhe trará de volta o que lhe foi levado.
A maledicência é como um tiro que não se pode recolher, é
como uma bomba que não se pode retardar a explosão, é como
um golpe dado pelas costas cujo sangue não podemos estancar.
Se falarmos mal do outro, podemos até lhe pedir perdão e ser
perdoados, mas o dano não tem como ser reparado, porque nos-
sas palavras têm asas que levam para longe nossos mal ditos.
Para não integrarmos a triste galeria dos que derrubam repu-
tações, precisamos ouvir bem. Quem ouve bem confere o que
ouviu. Quem confere o que ouviu guarda para si, sem passar
adiante o que não for bondade. Pelo sim, pelo não, quando sou-
ber de algo sobre alguém, escolha o caminho da minoria e não
reencaminhe o que recebeu.
Quem ouve bem não pensa mal do outro. Se houver algo a
compreender, compreenderá. Se houver algo mal explicado,
não criará uma explicação para preencher o vazio.
Quem pensa bem do outro não fala mal do outro, não escreve
mal do outro, não atenta contra a dignidade do outro.
Somos chamados a pensar bem do outro, como queremos que
pensem de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 11


“O SENHOR dirige e abençoa a vida daqueles que lhe obedecem, porém o fim dos
maus são a desgraça e a morte”. (Salmo 1.6)

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16 “Não se consegue harmonia quando todos cantam a mesma
nota”. (D oug F loyd )
JANEIRO
Como sair de um conflito
Anunciado ou não, o conflito se instala. O prejuízo se avizinha,
tanto para as relações, quanto para as tarefas que em comum
se desenvolvem.
Você pode se entrincheirar nas suas razões, sejam pessoais,
institucionais, morais e até legais. O outro lado também. Nestes
casos, só haverá perdedores.
Que tal seguirmos por outro caminho?
Veja qual foi o seu papel para dar início ou acirrar uma crise.
Se você tem parte nela, assuma.
Pergunte-se a si mesmo se está tratando a outra parte do con-
flito como gostaria de ser tratado.
O mais importante não é você vencer ou perder. O mais impor-
tante é o conflito ser solucionado. Invista as suas energias nisto.
Esclareça as questões envolvidas. Não pressuponha isto ou
aquilo em relação ao que o outro pensa ou faz, sem antes escla-
recer as questões face a face.
Admita que você pode não estar com a razão, podendo nesse
caso a razão estar com a outra pessoa. Isso pode acontecer. Nós
também nos equivocamos. Não só o outro se equivoca.
Tenha em mente a missão ou a causa maior na qual você está
envolvido. Talvez você ganhe a questão, mas perca a causa. A
causa, o objetivo, o alvo, a missão, é mais importante.
Creia que a verdade prevalecerá sem você precisar esbrave-
jar. É claro que você deve ser firme nas suas convicções e nos
seus procedimentos, mas, tendo um objetivo maior, você pode
ser ainda mais paciente. Num conflito entre pessoas, lembre-
se de que elas passarão – você, inclusive, passará. A causa ou a
missão, esta ficará, porque é a que deve importar.
Por ela, devemos ceder, recuar, perdoar (Gênesis 13.1-13). Eis
a verdadeira vitória.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 12 a 14


“Certo dia o SENHOR Deus disse a Abrão: ‘Saia da sua terra, do meio dos
seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei’”.
(Gênesis 12.1)

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17 “Há muitas razões para duvidar e uma só para crer”.
(C arlos D rummond de A ndrade )
JANEIRO
Hora de confiar
Viver é colecionar notícias.
Sabemos lidar com as boas notícias, as quais celebramos.
Temos dificuldade em enfrentar as notícias ruins e são muitas
as suas constelações: danos, desempregos, difamações, doenças,
dúvidas.
Quando as notícias ruins nos chegam, por telefone, por cor-
reio ou pessoalmente, tendemos à coisa errada a fazer: achar-
mo-nos derrotados.
Diante das notícias dolorosas, temos, na verdade, um caminho
(não uma coisa, mas uma plêiade de atitudes) a tomar.
Não devemos nos surpreender. Só se surpreendem os que
têm uma visão “romântica” da vida, imaginando-a rósea e ven-
do os seres humanos como bons e as empresas como gratas. No
mundo real, podemos ser descartados, por causa de uma cri-
se existente ou de uma crise fabricada a serviço de outros in-
teresses.
Não devemos tomar decisões irrefletidas, fazendo mudan-
ças bruscas. Muitas vezes, precisamos tomar medidas radicais,
até mesmo rápidas, mas nunca precipitadas. Um bom critério é
imaginar as consequências das nossas decisões; se durarem um
tempo curto, podemos decidir logo; se alcançarem a longa dura-
ção, devemos ponderar até a exaustão. Devemos conversar com
pessoas queridas e também com pessoas que nos possam orien-
tar nos passos a serem dados.
Não devemos perder a confiança, achando que estamos so-
zinhos e que Deus perdeu o poder de reverter notícias ruins em
novidades boas ou que não estará conosco no vale que enchar-
camos de lágrimas. Se, quando tudo ia bem, não precisávamos
confiar, agora, com espadas pendendo sobre nossas cabeças,
precisamos confiar. Tudo pode ter mudado ao nosso lado e mes-
mo dentro de nós, mas Deus continua o mesmo, firme e forte,
atento e amoroso, Senhor de todas as coisas, até das surpresas
desagradáveis e das piores injustiças (Salmo 36.5-12).
Podemos confiar.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 15 a 17


“Abrão creu em Deus, o SENHOR, e por isso o SENHOR o aceitou”. (Gênesis 15.6)

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18 “Quem pode dizer ‘o Senhor é a força da minha vida’ pode
dizer: ‘a quem temerei?’” (A lexander M ac L aren )
JANEIRO
O sarrafo
Apreciamos, no atletismo, o salto em altura, especialmente
aquele com varas que permitem ao esportista se projetar bem
alto para chegar em seguida ao chão acolchoado.
O limite é a altura do sarrafo. Se o atleta derruba o sarrafo, é
desclassificado. Se ele supera o limite, o sarrafo é posto alguns
centímetros para cima, sob os aplausos da plateia.
Na competição, a perda está incluída no capítulo das vitórias.
Na vida, a derrota pode ser destrutiva, como se fossemos pes-
soas incapazes.
Devemos nos esforçar para saltar bem, mas a vida não é uma
disputa.
Devemos nos empenhar para agir corretamente, mas a nossa
vida é mais complexa do que uma competição.
Os padrões de Deus são elevados e fazemos bem em buscar
realizá-los. No entanto, eles não são comparativos. No esporte,
a altura do sarrafo é determinada pela performance dos con-
correntes. Na vida desejada por Deus para nós, não concor-
remos com ninguém. No esporte, nossa história pessoal não
importa; só a vitória. Quando entendemos o que Deus espera
de nós, aprendemos que vencer não é alcançar os padrões dos
outros, mas os padrões oferecidos por Ele para nós de modo
personalizado.
No esporte, somos aplaudidos na vitória e esquecidos na der-
rota. No caminho com Deus, não somos desclassificados quan-
do derrubamos o sarrafo. Deus não é alguém que nos aplaude
na vitória e nos abandona quando fracassamos.
No esporte, precisamos pular mais alto que os sarrafos, os nos-
sos e os dos outros, para subirmos ao pódio. Em nossa comu-
nhão com Deus, se alcançamos o alvo, seremos aplaudidos; se
não alcançamos, seremos igualmente aplaudidos. Na verdade,
a aprovação de Deus acontece no começo. Não precisamos vi-
ver com medo. Deus não nos pressiona.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 18 a 20


“Então o SENHOR perguntou a Abraão: ‘Será que para o SENHOR há alguma coisa
impossível?’” (Gênesis 18.13-14)

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19 “Se uma tarefa é digna de nossa atenção, é digna do nosso
melhor”. (J ack H yles )
JANEIRO
Tributo ao dever
O dever nos faz acordar cedo. É muito bom ter que acordar cedo
por causa do dever. O contrário é não ter razão para acordar. O
dever é filho do sentido da missão.
O dever nos faz dormir tarde. É ótimo ter que prolongar o dia
que se mostrou efetivamente curto. O dever nos impõe uma
vida disciplinada.
O dever nos faz tomar decisões corretas, o que implica em es-
tudar o assunto, ouvir pessoas sensatas, examinar as possibili-
dades, colocar a razão no alto do pódio, cuidar para não sermos
enganados. O dever nos torna bons juízes.
O dever nos leva a voltar atrás numa escolha anterior, para fi-
carmos do lado certo, não do mais confortável ou rentável. O
dever não se cumpre num balcão de negócios escusos. O dever
nos faz dignos e uma de suas marcas é nos ajudar na admissão
do próprio erro produzido pela precipitação, pela corrupção ou
pela má decisão.
O dever enfrenta oposições para que não sigamos em frente,
ameaças para que temamos, seduções para que nos desviemos,
adversidades para que desanimemos, tentações para trocamos
de rota e invejas pelo que realizamos.
O dever pode nos deixar solitários, uma vez que renunciar não
é atitude que a maioria aprecie.
O dever nos faz fortes. O dever nos deixa saudáveis. O dever
nos torna santos.
O dever nem sempre é aplaudido. Quem faz sucesso é a colu-
na do prazer.
O dever não inveja o prazer, não odeia o prazer, não rejeita o
prazer.
Na verdade, sabemos que o dever tem um preço, mas o pra-
zer também,
O dever não é necessariamente pesado, especialmente quan-
do nos dá prazer.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 21 a 23


“Abraão olhou em volta e viu um carneiro preso pelos chifres, no meio de uma
moita. Abraão foi, pegou o carneiro e o ofereceu como sacrifício em lugar do seu
filho. Abraão pôs naquele lugar o nome de ‘o SENHOR Deus dará o que for preciso’”.
(Gênesis 22.13-14)

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20 “O tempo é perdido quando não vivemos uma vida
plenamente humana. O tempo é enriquecido pela experiência,
JANEIRO pelo esforço criativo, pela alegria e pelo sofrimento”.
(D ietrich B onhoeffer )

Liderando a nossa agenda


Dos bens que temos, o tempo é o maior.
E o melhor é que ele depende totalmente de nós.
E o pior é que ele também depende totalmente de nós.
O modo como o usamos faz dele o melhor ou o nosso pior bem.
Muitos companheiros – o trabalho, o lazer, o ócio, por exem-
plo – nos pressionam, requerendo que lhes dediquemos o nos-
so tempo.
Um dia, com suas longas 24 horas, pode ser vivido sem que o
administremos. Como uma torneira permanentemente aberta,
podemos desperdiçar nossas horas, que, nesse caso, escorrem
sem sabermos para onde vão. Ao final do dia, se perguntarmos
pelo que fizemos, notaremos que apenas passamos o tempo.
Um dia, com suas curtas 24 horas, pode ser vivido com uma in-
tensidade tão frenética que nos cansa. Agindo assim, aceitamos
que o nosso tempo – sim, o nosso tempo – seja administrado por
terceiros, sejam pessoas, sejam organizações. Não fazemos isto
com a nossa saúde ou com o nosso dinheiro, mas deixamos que
façam isso com o nosso tempo.
Precisamos tomar as rédeas de nossa agenda. Quem adminis-
tra sua agenda assume a liderança da sua vida.
Lideramos nossa agenda quando deixamos abertas apenas as
torneiras que decidimos conscientemente deixar abertas pelo
tempo necessário, como as horas consagradas ao lazer.
Lideramos nossa agenda quando anotamos e aproveitamos to-
das as oportunidades, as que recebemos gratuitamente e as que
produzimos operosamente.
O tempo perdido é um bem perdido. Não podemos colocar o
seu desperdício na conta de ninguém.
O tempo bem utilizado é um patrimônio que multiplicamos
para fazer coisas cada vez melhores, para nós mesmos e para
os outros.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 23


“Rebeca não podia ter filhos, e por isso Isaque orou a Deus, o SENHOR, em favor
dela. O SENHOR ouviu a oração dele, e Rebeca ficou grávida”. (Gênesis 25.21)

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21 “A alegria é negócio sério no céu”. (C. S. L ewis )

JANEIRO
Força e farol
Embora muitos pensem ao contrário, não é o movimento que
vence o tédio.
O que vence o tédio é a graça de Deus em nós. Quem busca a
alegria fora da presença de Deus fatalmente encontra o vazio.
Quem busca a alegria junto com Ele certamente encontra a ple-
nitude. Se queremos nos divertir verdadeiramente, precisamos
cuidar para que não sejamos seduzidos por ilusões.
Quem teve um encontro com Deus e recebeu sua alegria vive
momentos de emoção, busca-os até, mas não põe neles a sua fe-
licidade; busca-os, mas presta atenção para não ser controlado
por estes momentos e atividades, de modo a perder o essencial,
que é a certeza de que o que importa é Deus.
Quem tem Deus não ama ilusões e não busca mentiras. Quem
tem Deus invoca a Deus, vivendo de modo santo, sem trocar
seus valores pelo prato de lentilhas do pecado por mais sabo-
roso que pareça.
Nas horas da tentação, quem é movido, não pela diversão, mas
pelo Espírito Santo, sabe quem é: alguém que ama Deus e não o
troca por nada.
Quem tem a Deus não perde de vista as consequências, nega-
tivas e positivas, dos seus atos. Muitas vidas se perdem por um
instante de prazer, seja o da velocidade, o do sexo, o da droga!
Muitos cônjuges destroem suas vidas e comprometem o bem-es-
tar de gerações pela estupidez da infidelidade!
Quem tem a Deus confia em Deus. Quem confia em Deus con-
templa Deus e vê quem Ele é. E quanto mais O vê, mais O ama,
mais O contempla, mais se completa nEle. Quem contempla a
Deus, mais considera suas instruções.
Quem caminha na Sua presença experimenta alegria, que é
força e farol.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 24


[Jesus disse:] “Vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra
para perdoar pecados”. (Marcos 2.10)

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22 “Todo problema de comunicação, grande ou pequeno, dentro
da família, sempre começa com uma comunicação ruim.
JANEIRO Alguém não está escutando”. (E mma T hompson )

Diferentes de Rebeca
O conflito é uma decorrência natural de nossas diferenças. Con-
vívio e conflito são irmãos gêmeos.
Isaque e Rebeca enfrentaram conflitos, que ficaram evidentes
quando lhes nasceram os gêmeos: Esaú e Jacó (Gênesis 25.19-34).
Por causa da herança, a família se envolveu num conflito de
drásticas consequências. O conflito tende a se perpetuar quan-
do buscamos soluções fáceis, como fez Rebeca. As preferências
do casal se tornaram um campo de batalha entre os dois. Muitas
vezes, as vidas dos filhos são campos de batalha dos pais. Outras
vezes são armas na batalha entre os pais.
Negativamente,
1. Não sejamos autossuficientes, como Rebeca. Procuremos
um mediador.
2. Não deixemos o ódio nos dominar, como fez Rebeca. Avalie-
mos honestamente o nosso coração.
3. Não façamos de um terceiro o nosso alvo. Não usemos o ou-
tro como arma ou escudo.
4. Não nos desesperemos, como se a vida fosse acabar no ca-
lor do conflito.
5. Não transformemos a bênção de Deus em confusão. A espe-
rada maternidade por parte de Rebeca acabou por gerar so-
frimento.
Positivamente,
1. Busquemos agir com serenidade. Uma reação impulsiva
pode ser para a vida inteira.
2. Busquemos agir com sabedoria, avaliando todos os lados,
inclusive as consequências.
3. Busquemos no conflito uma oportunidade para o amadu-
recimento.
4. Busquemos agir com santidade, atentos aos ensinos e man-
damentos da Palavra de Deus.
5. Busquemos perseverar. O conflito pode demorar mas pode
ser resolvido.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 25


“Felizes são aqueles que buscam a proteção de Deus!” (Salmo 2.12)

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23 “O valor de um homem reside no que ele dá, não no que ele é
capaz de receber”. (A lbert E instein )
JANEIRO
Os altares de Jacó
O ato da entrega do dízimo a Deus por meio da igreja é alvo de
sentimentos contraditórios.
Quando Abraão e seu neto Jacó o praticaram, estava claro para
eles que era um ato de gratidão a Deus pelo que receberam.
Antes mesmo de a prática ser regulamentada pela lei, ao tem-
po de Moisés, Abraão e seus descendentes o viam como um mo-
mento de reconhecimento das bênçãos vindas de Deus sobre
suas vidas.
Por razões diversas, no entanto, a entrega do dízimo vem sen-
do pervertida. Há muitos que o ensinam como uma obrigação
e criam regras para o seu oferecimento. Há outros que garan-
tem que se trata de um investimento espiritual com frutos ma-
teriais: quem o dá a Deus recebe muitas vezes mais.
Quando notamos o que Abraão fez, por exemplo, podemos ter
uma visão correta acerca do dízimo (Gênesis 14.17-24). Vindo
de uma batalha, concluiu que devia a sua vitória a Deus. Como
forma de gratidão, entregou voluntariamente o dízimo.
Jacó (Gênesis 28.17-22) aprendeu com o avô a importância do
dízimo. Para ele, Deus era presente e atuante. Por isso, regis-
trou logo sua gratidão, preparando uma pedra como um me-
morial. Assim, reconhecia que Deus estava ao seu lado naquela
difícil jornada. Ele não estava colocando Deus à prova. Deus já
lhe mostrara seu amor e cuidado.
Tendo ainda que caminhar, tinha certeza que Deus iria com
ele. Neste contexto, fez seu pedido, confiante que Deus o ajuda-
ria e ele voltaria ali para agradecer de novo, agora com o dízi-
mo de tudo.
Ao se tornar um dizimista, Jacó pôs Deus no centro de sua vida.
Devemos buscar e alcançar o sucesso profissional e patrimo-
nial, mas seremos mais felizes se pusermos Deus no centro das
nossas vidas.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 26 a 27 e Salmo 3


“Tu, ó SENHOR, me proteges como um escudo. Tu me dás a vitória e renovas a
minha coragem”. (Salmo 3.3)

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24 “Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida
aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas
JANEIRO pelo que nos revela de nós mesmos”. (M iguel de U namuno )

Construir uma ponte


Não importa como seremos lembrados, porque não saberemos
mesmo. Mortos não veem.
Importa como somos lembrados hoje, porque os registros fi-
cam e nos fazem rir ou chorar de alegria.
Importa que lembremos dos nossos amigos. Só podemos dizer
que são nossos amigos aqueles dos quais nos lembramos. Para
nós, seu aniversário é importante, porque o que é importante
para ele (um casamento, uma derrota, uma aprovação, uma ci-
rurgia, uma tarde de autógrafos, um almoço em grupo, uma de-
cepção, uma corrida, uma visita a um museu, etc.) é importante
para nós. Sua alegria é nossa. Sua tristeza nos toca.
Lembrar custa. Talvez tenhamos que oferecer uma carona
num dia chuvoso, quem sabe mudando o nosso itinerário para
levar o amigo na porta de sua casa. Talvez tenhamos que deixar
nossos afazeres e tomar a estrada (ou os ares, num avião) para
abraçar um amigo que se reencontra com outros, mesmo que
sejamos mais um na confraria das gargalhadas à mesa. Talvez
tenhamos que ceder a nossa cama para que o amigo tempora-
riamente a ocupe. Talvez tenhamos que comprar e remeter um
presente que fará brilhar o rosto do nosso amigo. Talvez tenha-
mos que emprestar ou mesmo doar dinheiro a um amigo. Faze-
mos o que nos custa porque amamos a quem fazemos.
Quando lembramos do outro, com gestos de ternura, vamos
depositando recursos numa conta imaginária. Pode ser que um
dia saquemos parte do que transferimos. Nunca pensamos na
amizade como um investimento, mas nossos gestos ficam guar-
dados no banco da fraternidade, cujo cofre acolhe abraços,
mensagens, cartas, cartões, sorrisos, jantares, telefonemas, via-
gens e tantos outros momentos.
Nossos gestos de amizade são pontes que ligam afetuosamente
lugares distantes como o passado, o presente e o futuro.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 28 a 29 e Salmo 4


“Jacó se levantou bem cedo, pegou a pedra que havia usado como travesseiro e a
pôs de pé como um pilar. Depois derramou azeite em cima para dedicá-la a Deus”.
(Gênesis 28.18)

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25 “Nós somos casas muito grandes, muito compridas.
É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às
JANEIRO vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas”.
(A ntónio L obo A ntunes )

Diante de uma grande tarefa, 1/2


Quando estamos bem, há coisas pela frente a fazer.
Quando temos que correr para dar conta das tarefas, chega-
mos a nos perguntar se não chegará um tempo em que descansa-
remos. Quase sempre, no entanto, tomamos fôlego e concluímos
que é melhor ter muito para fazer do que nada a realizar.
Algumas tarefas não nos desafiam. Acostumados, vamos “der-
rubando” uma a uma, como se fossem peças de um dominó.
No entanto, chega-nos, por vezes, uma tarefa que nos faz
tremer. Parece-nos uma montanha difícil para escalar, alta e
cheia de curvas e perigos. Podemos pensar em desistir antes
de começar.
É bom ter tarefas que nos façam tremer. Elas domesticam o
nosso orgulho. Elas desafiam o nosso medo. Elas nos permitem
ir além do que já fomos. Elas nos revelam o melhor de nós.
Quando estamos diante de tarefas robustas, não nos bastará o
otimismo, que tem grande valor, mas é insuficiente e até pode
ser perigoso. Achar que algo vai dar certo não fará com que dê
certo. Poderá até nos levar ao comodismo.
Precisamos de outras atitudes.
Diante de uma grande tarefa a executar, precisamos estar pre-
parados.
Precisamos realisticamente nos conhecer, para não nos enga-
narmos a nós mesmos. O nosso despreparo – físico, emocional
ou intelectual – não nos impede de realizar o que precisamos
efetuar, mas determina que teremos que esperar por outra
oportunidade. Precisamos de tempo para nos preparar. Um
atleta não vence porque deseja vencer. Vence quando está pre-
parado. Vence quem está preparado.
O preparo é tão importante que Deus não o dispensa, mesmo
quando quer fazer milagres. Como reconheceu um poeta da Bí-
blia, Deus nos prepara, treinando-nos para a batalha.
Temos algo grande a realizar? Preparemo-nos.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 30 a 31


“Eu me deito, e durmo tranquilo, e depois acordo porque o SENHOR me protege”.
(Salmo 3.5)

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26 “Quando acendemos a nossa própria luz inconscientemente,
damos permissão a que outros façam o mesmo”.
JANEIRO (N elson M andela )

Diante de uma grande tarefa, 2/2


Se temos uma tarefa para realizar, precisamos nos preparar.
Precisamos também de coragem, que vem do equilíbrio emo-
cional, não do redemoinho; da fé, não da incredulidade. Temos
coragem quando, diante de uma elevada montanha, acredita-
mos que podemos subir até o alto, mesmo que seja devagar. Ter
coragem é confiar que Deus subirá conosco. Quem tem coragem
não olha para o eventual fracasso de ontem, mas se lembra das
claras vitórias já alcançadas, rumo a mais uma delas.
A coragem precisa ser embalada na dedicação, que implica
em disciplina. Sem dedicação, a coragem será uma irresponsa-
bilidade. Quem se dedica perde algo pequeno para ganhar algo
maior. Dedicar-se é dormir menos, distrair-se quase nada, abrir
mão de muitas coisas. Dedicar-se é fazer com foco. Dedicar-se é
organizar a agenda para que todo o tempo possível seja empre-
gado para o objetivo a alcançar.
Realiza quem vê o alvo alcançado, mesmo que esteja dando
ainda os primeiros passos. Visão é fruto da imaginação. Ima-
ginar permite realizar. Pela imaginação, o escritor vê o livro
pronto enquanto assenta as primeiras linhas; o engenheiro vê
o edifício pronto, no momento em que o arquiteto lhe entrega a
planta; o médico vê o cadeirante andando com as próprias per-
nas; o professor vê o aluno ocupando o seu lugar; o pai vê o seu
filho formado enquanto o empurra no balanço; a mãe sorri para
o neto quando sua filha ainda engatinha; quem sofre de depres-
são se vê correndo pelas ruas. A visão dá forma às coisas ainda
inexistentes e as faz existir.
É preciso que comecemos.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 32 a 33


“Jacó insistiu [com Esaú]: ‘Se é que mereço um favor seu, aceite o meu presente.
Para mim, ver o seu rosto é como ver o rosto de Deus’”. (Gênesis 33.10)

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27 “Maturidade é a capacidade de suportar incertezas”.
(J ohn H. F inley )
JANEIRO
Elogio da incerteza
A certeza é poderosa. Ela nos faz sair da cama todas as manhãs,
ao nos dizer que temos algo para fazer.
A certeza nos faz ter esperança de que podemos agir para que
o nosso mundo seja melhor.
A certeza de que somos amados por Deus faz com que todo o
nosso corpo vibre com vontade de viver e deseje compartilhar
este amor onde for possível.
Precisamos de certezas.
A certeza não é includente, porque no seu guarda-chuva só a
nossa certeza pode ser abrigada. Esta é a natureza da certeza.
Ao mesmo tempo, a certeza não tem que ser excludente, porque
ela precisa admitir as certezas que habitam os corações dos ou-
tros. A nossa certeza é tão firme que pode conviver com a con-
vicção do outro. Uma boa certeza não se faz com a guerra, que
busca eliminar a outra.
Uma boa certeza é amiga da paz. Como no campo de futebol,
certezas civilizadas cabem no mesmo estádio, porque a guerra
é apenas simbólica e acontece tão somente no campo do jogo.
No jogo do poder, sobretudo no político, pelos impactos que
têm sobre o presente e o futuro e por ali se desenvolverem a li-
berdade e a opressão, a frustração e a confiança, a estagnação
e o progresso de um povo, a certeza não pode ser uma licença
para desclassificar quem pensa diferente, desde que honesta-
mente.
Num mundo complexo, a certeza precisa ser humilde, a me-
nos que deseje se alimentar do sangue vertido no cadáver do
adversário.
Certeza e dúvida sobre as propostas que tomamos, como nos-
sa bandeira para a solução dos problemas do nosso país, devem
conviver. A certeza precisa corrigir a dúvida. A dúvida precisa
acalmar a certeza.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 34


“Ó Deus, defensor dos meus direitos, responde-me quando eu te chamar!
Eu estava em dificuldade, mas tu me ajudaste. Tem misericórdia de mim e ouve a
minha oração!” (Salmo 4.1)

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28 “Todos precisamos fazer as pazes com nossas memórias.
Todos nós fizemos coisas que nos fazem recuar”. (S urya D as )
JANEIRO
Memórias ruins e memórias boas, 1/2
Há memórias ruins e há memórias boas.
Memórias ruins são fardos difíceis de suportar. Como esque-
cer a voz de um pai lhe chamando de preguiçoso? Como fazer
de conta não ter ouvido sua mãe lhe dizer que sua chegada à
fez infeliz? Como não escutar, todos os dias no corredor, os pas-
sos do opressor, do torturador, do abusador, passos que habi-
tam sua memória como a antessala do terror experimentado
um dia? Como não sentir ainda as dores das surras despropor-
cionais que você levou em nome do amor? Como não lamentar
o afeto não correspondido? Como não chorar a vida toda por
um filho tão precocemente falecido? Como deixar de ver o ros-
to do assaltante, que ameaçou você um dia com o fim da sua
vida? Como esquecer que foi preterido em casa por pais que não
escondiam suas preferências? Como não esquecer uma doen-
ça que deixou marcas visíveis no corpo? Como esquecer os ri-
sos dos colegas que maltratavam você, como diversão para eles
e horror para você? Como deixar para trás as humilhações im-
postas por um professor?
Não há um caminho fácil para a superação das memórias
difíceis. Por alguma razão, alguns de nós esquecemos, tão com-
pletamente que nenhuma lembrança nos perturba.
Outros não nos esquecemos, mas não permitimos que as lem-
branças nos atormentem. Outros conseguimos perdoar, embora
lembrando o mal recebido.
Se as memórias ruins nos fazem ainda sofrer, precisamos nos
empenhar para apagá-las ou apequenar seu peso. Só devemos
cultivar as memórias que nos fazem bem.
A luta contra as memórias ruins que permanecem nem sem-
pre pode ser travada sem ajuda externa. Não é fácil nos abrir-
mos para os outros, porque um dos gatilhos das memórias ruins
é que elas carregam junto uma improcedente vergonha.
Buscar ajuda demanda coragem. Há pessoas que podem nos
ajudar. A elas devemos ir com nossas histórias que precisam de
redenção. [CONTINUA em 11 de fevereiro]

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 35


“Lembrem que o SENHOR Deus trata com cuidado especial aqueles que são fiéis a
ele; o SENHOR me ouve quando eu o chamo”. (Salmo 4.3)

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29 “O que está atrás de nós e o que está diante de nós são
coisa pouca quando comparado ao que está dentro de nós”.
JANEIRO (R alph W aldo E merson )

Escutas telefônicas
Uma das marcas da chamada vida moderna é o desenvolvi-
mento das tecnologias de informação, que permitem que con-
versemos a distância com outras pessoas, mas que também
possibilitam que essas conversas sejam gravadas lícita ou ilici-
tamente por estranhos ao diálogo e posteriormente, às vezes,
tornadas públicas.
Quando algumas dessas conversas são publicadas, informa-
ções novas sobre determinados fatos são apensadas ou facetas
novas ou inimaginadas sobre o caráter das personagens envolvi-
das são demonstradas. As revelações provocam ações várias por
parte do sistema de justiça e reações distintas por parte das pes-
soas que ouvem os conteúdos de conversas até então secretas.
Esta marca da vida moderna nos ajuda a compreender a velha
frase sobre o caráter, segundo a qual “caráter é o que fazemos
quando achamos que ninguém está vendo” ou “o que fazemos
quando não imaginamos que estejam gravando”.
Quem foi gravado pode espernear, com razão, por ter sido des-
respeitado em sua privacidade. Quanto a nós, as revelações de
conversas (gravadas) ou atitudes (filmadas) devem nos convi-
dar a refletir sobre quem somos. As surpresas diante dos con-
teúdos revelados sobre os outros nos convidam a comparar o
que fazemos em particular com o que fazemos em público ou
para o público.
Claramente perguntemos: se gravassem as nossas conversas,
elas escandalizariam nossos familiares e amigos? Nossos filhos
escutariam palavrões inéditos? Nossos cônjuges saberiam de
traições surpreendentes? Nossos amigos ficariam decepciona-
dos com o que dizemos a respeito deles ou com o modo como
conduzimos os nossos negócios?
O ideal para cada um de nós é que nossas conversas privadas
não nos envergonhem, se forem publicadas.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 36


“Há muitas pessoas que oram assim: ‘Dá-nos mais bênçãos, ó SENHOR Deus, e olha
para nós com bondade!’ Mas a felicidade que pões no meu coração é muito maior do
que a daqueles que têm comida com fartura”. (Salmo 4.6-7)

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30 “A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes
para não se perderem de vista enquanto os perseguimos”.
JANEIRO (W illiam F aulkner )

José, um mestre
José do Egito foi um homem extraordinário.
Vendido por seus irmãos como escravo, foi revendido no Egi-
to. Venceu, apesar disso.
Em seu primeiro emprego, teve que fugir para evitar a sedu-
ção da patroa. Os amigos que fez o esqueceram. Vitorioso na
carreira administrativa e política, pôde fazer justiça contra seus
irmãos, mas os perdoou.
1. Aprendamos, com José, a confiar que Deus está escrevendo
uma história conosco e, na hora certa, vai agir. Tudo pode pare-
cer sem sentido, mas Deus é o sentido da história.
2. Aprendamos, com José, a viver de modo a minimizar a ocor-
rência de fatos perturbadores. Aprendamos a desenvolver uma
atitude saudável diante daqueles que ainda assim nos alcançam.
3. Aprendamos, com José, a reconhecer a sabedoria e a sobe-
rania de Deus. O reconhecimento da grandeza de Deus serve
para nos capacitar a esperar pelo Deus sábio e soberano, mag-
nífico e majestoso.
4. Aprendamos, com José, a nos conduzir de modo certo nas
oportunidades que Deus nos oferece. Isto implica em coragem,
competência e integridade. Que nos vejam como pessoas por
intermédio de quem Deus fala e vive, por termos o Espírito de
Deus conosco.
Sua vida está dura? Veja se não tem vivido de modo a atrair
problemas; se está, peça sabedoria a Deus. Ele estará com você
na aflição e na prosperidade.
Você está sendo caluniado ou injustiçado? Mantenha a con-
fiança que Deus está no controle.
Você tem uma causa na justiça? Lembre-se que Deus vai agir,
porque Ele sempre age. O Seu juízo é justo, embora possa pare-
cer tardio.
Há uma grande oportunidade diante de você? Vá em frente,
sabendo que tudo dependerá de Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 37 a 39 e Salmo 5


“De manhã ouves a minha voz; quando o sol nasce, eu faço a minha oração e espero
a tua resposta”. (Salmo 5.3)

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31 “Se a oportunidade não bate, construa uma porta”.
(A drienne G usoff )
JANEIRO
Guerra de travesseiros
Em busca do poder, mulheres e homens que ocupam os mais di-
versos palácios se enfrentam.
Para vencer, disparam torpedos de terrores, que chegam às
pessoas comuns como tumores que afetam os seus humores. O
desânimo, o desalento e o desencanto para trabalhar, comprar,
vender, ajudar e amar tomam conta das pessoas que imaginam
que as dificuldades que são vendidas para lhes comprar a cons-
ciência sejam absolutamente reais.
Podem até conter verdades, mas envolvidas em ferozes intri-
gas, seu objetivo é a promoção dos reais interesses dos que jo-
gam, sem levar em conta as necessidades dos que acordam cedo
e dormem tarde, depois de terem suado o dia inteiro. Esses tor-
pedos, em forma de indignação, não devem ser recebidos como
informações que nos paralisem, como se o mundo fosse acabar
amanhã. O negócio deles, com seus megassalários de antemão
garantidos, é se divertir com as manchetes que conseguem em-
placar nos jornais.
Seja qual for o placar do jogo, estarão bem os inimigos de men-
tirinha, os quais hoje muitas vezes comem no mesmo restauran-
te com a conta paga por nós.
Neste tipo de teatro, os ataques não passam de guerras de traves-
seiros, como aquelas que travamos na adolescência acampada.
Quanto mais acreditarmos nas mentiras palacianas, pior nos
será a vida. Precisamos desmascarar os que propõem impasses
para ficarem mais gordos de poder e dinheiro.
O que precisamos saber, como cantou o profeta Jeremias, num
momento de absoluto desencanto por parte do seu povo há qua-
se três milênios, é que ainda se comprarão casas, campos e plan-
tações neste país (Jeremias 32.15).
Enquanto tentamos prender os ladrões, alguns dos quais
com suas fotos penduradas nas galerias dos heróis, continue-
mos plantando e colhendo mais, comprando e vendendo bem,
amando e animando com perseverança.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 40 a 42 e Salmo 6


“O conselho de José agradou ao rei e aos seus funcionários. E o rei lhes disse: ‘Não
poderíamos achar ninguém melhor para dirigir o país do que José, um homem em
quem está o Espírito de Deus’”. (Gênesis 41.37-38)

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1 “Eu tenho todas as coisas e mais, não porque tenha uma boa
quantidade de dinheiro no banco nem porque tenha habilidade
FEVEREIRO e inteligência para ganhar meu pão, mas porque o Senhor é o
meu pastor”. (C harles S purgeon )

O pastoreio de Deus
Deus nos pastoreia (Salmo 77.19-20).
Deus nos pastoreia livrando-nos dos perigos. Deus não faz
marketing dos seus milagres. Milagre com marketing é marke-
ting de milagres, coisa de homens, não de Deus. Um criminoso é
pego por suas pegadas.
O Salvador não deixa pegadas. É por isto que, tantas vezes, fi-
camos na dúvida se foi Deus ou uma coincidência ou o nosso
esforço o que trouxe o livramento. Deus nos pastoreia guiando-
nos por caminhos prováveis e por rotas improváveis. Queremos
caminhos planos, mas Deus pode nos conduzir por caminhos
íngremes. Queremos caminhos retos, mas Deus pode nos levar
por muitas curvas. Queremos caminhos curtos, mas Deus pode
escolher rotas mais longas.
Ele fez assim com o povo Israel no passado e pode fazer tam-
bém conosco. O que precisamos não é determinar a rota, mas
seguir pela rota que Ele escolheu, mesmo que não nos pareça a
melhor. Ele sempre nos guia com cuidado. Para nos guiar, Deus
nos pega pelas mãos. As mãos de Deus são as mãos de pessoas
que estendem suas mãos, divinamente conduzidas, para condu-
zir outras pessoas.
No passado, tomou as mãos de Moisés e Arão para serem as
suas. Hoje Ele toma as nossas, se as colocarmos ao serviço dEle.
Deus nos pastoreia ensinando-nos a viver (Salmo 119.105).
Tendemos a privilegiar o pastoreio interventivo de Deus,
quando nos faz passar pelo deserto sem nos desviar ou pelas
águas sem sucumbirmos, mas devíamos privilegiar os Seus en-
sinos e permitir que nos pastoreie através da Sua Palavra, a Bí-
blia Sagrada.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 43 a 45


José disse [aos seus irmãos]: “Eu sou o seu irmão José, aquele que vocês venderam
a fim de ser trazido para o Egito. Agora não fiquem tristes nem aborrecidos com
vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para salvar
vidas que Deus me enviou na frente de vocês”. (Gênesis 45.4-5)

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2 “Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas
porque a gente não esquece. O que a memória ama fica
FEVEREIRO eterno”. (R ubem A lves )

Registre sua história


Celebramos o dia em que nascemos. Fazemos festa e recebemos
“parabéns”. Fazemos bem. Há outras datas que aparecem no
topo das celebrações, como o dia do nosso casamento, a noite da
nossa formatura, a festa do nosso batismo, entre outras marcas
guardadas na memória. Devemos ir além.
Nossas vidas podem ser contadas por datas importantes. Essas
efemérides, coisas efêmeras que se passaram um dia conosco,
ajudam-nos a contar a nossa vida e a aprender a difícil arte da
gratidão. A gratidão é um tônico que nos catapulta para o futu-
ro. Não deixemos de agradecer às pessoas que tornaram possí-
veis aqueles eventos marcantes em nossas vidas. Se puder, fale
bem deles para eles mesmos ou para os outros. Eles trabalha-
ram um dia por você. Faça algo por eles hoje, nem que seja di-
zendo apenas um “obrigado”.
Quando agimos assim, também contemplamos, como o pro-
feta do século 6, antes de Cristo, um Deus “que trabalha para
aqueles que nele esperam” (Isaías 64.4).
Além das datas normalmente lembradas, façamos um calen-
dário pessoal para sublinhar outras que marcaram a nossa tra-
jetória.
Talvez apareça na lista a data de uma cirurgia que nos permi-
tiu continuar vivos, a data em que nos mudamos de cidade ou
emprego...
Emolduremos, se for o caso, a notícia da gravidez ou o primei-
ro ultrassom do nosso filho, particularmente se foi longamen-
te esperado.
Não sejamos amargos, colocando como ímãs na geladeira os
momentos trágicos. Deixemos que eles se lembrem a si mesmos.
Recordemos e vibremos com aqueles eventos que um dia en-
volverem desejos profundos, vitórias difíceis, sensações agra-
dáveis.
Não deixemos passar em silêncio a nossa própria história,
como se ela não existisse.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 46 a 48


“Ó SENHOR Deus, ajuda-me a fazer a tua vontade e faze com que o teu caminho
seja reto e plano para mim!” (Salmo 5.8)

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3 “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois
liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas
FEVEREIRO tem medo de responsabilidade”. (S igmund F reud )

Não mande a conta para Deus


Uma coisa boa é ir a um restaurante, escolher o prato, comer e
ir embora. Faltou dizer que entre comer e ir embora, há uma
providência a ser tomada: pagar a conta. Nenhum de nós imagi-
na que a conta já esteja paga. Ninguém espera que a conta seja
quitada por outra pessoa. Em condições normais, nós consumi-
mos e pagamos.
Outra coisa boa, por exemplo, é ter um animal de estimação.
Amar um cão inclui alimentá-lo, cuidar dele e, em alguns casos,
passear com ele uma ou mais vezes por dia.
Muitos filhos levam os animais para suas casas com promessas
de cuidar, mas quem fica com as tarefas são os pais que não os de-
sejaram ter. Por isto, há muitos conflitos para a família resolver.
No entanto, nossas práticas mostram que, por vezes, somos ca-
pazes de pedir para Deus resolver problemas que nós conscien-
temente criamos. Como este dos animais!
Muitas vezes, oramos por dificuldades que poderíamos ter evi-
tado, se tivéssemos agido com sabedoria e santidade.
Gritamos por socorro por termos ido em direção ao mal, mes-
mo depois de termos sido advertidos para tomar o sentido con-
trário.
Agir assim é como querer comer num restaurante e deixar a
conta para Deus pagar. É como levar um animal de estimação
para casa e transferir os problemas das tarefas para Deus cuidar.
Nesses casos, fazemos do amor de Deus uma permissão para a
irresponsabilidade.
Se plantamos tempestade, não esperemos que Deus nos faça
colher calmaria.
Se nossa vida hoje não é saudável, com alimentação inteligen-
te e exercícios adequados, não será saudável amanhã.
Se hoje vivemos perigosamente nas ruas, desafiando os au-
tomóveis, não devemos reclamar se formos recolhidos a um
hospital.
A prudência é um dever nosso.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 49 a 50


“Tu, ó SENHOR Deus, abençoas os que te obedecem, a tua bondade os protege como
um escudo”. (Salmo 5.12)

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4 “Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre
nós, mais autênticos nos tornamos, pois foi Ele quem nos fez”.
FEVEREIRO (C.S. L ewis )

O passado manda lembranças


As histórias dos outros podem ser também as nossas.
Aos nove anos de idade, ela participou de um concurso de lei-
tura representando a sua turma. Ela pulou uma linha e perdeu.
Até hoje ela não se perdoa pela falha, há mais de 60 anos.
Ele entrou para a escola em setembro aos nove anos de ida-
de. Passou de ano assim mesmo. O problema foi no primeiro
dia de aula do segundo ano, em que teve que escrever: “a vaca é
malhada”. Ele não conhecia o LH e voltou para o primeiro ano.
Hoje em dia, essas duas são pessoas de sucesso em suas áreas.
Contemplando o nosso passado, remoto ou recente, e nos de-
parando com um erro que cometemos, temos que tomar al-
gumas decisões. Se erramos voluntariamente, devemos pedir
perdão, receber este perdão, fruir este perdão e viver no com-
passo da graciosa liberdade que o perdão nos propicia. Se Deus
nos perdoou, porque nós não nos perdoaremos? Somos melho-
res que Ele?
Agora, se estudamos muito, mas não passamos; se refletimos
muito, mas o casamento não deu certo; se recusamos um con-
vite que deveríamos ter aceito; se avaliamos que podíamos ter
colocado nosso filho em outra escola; se fomos abandonados
por um amigo que parecia confiável, não nos cabe sentirmo-
nos culpados.
Se fizemos a coisa certa no passado, o futuro não nos pode con-
denar. Se nos esforçamos ao nosso limite, fomos e somos vito-
riosos.
Além disso, devemos ter em mente que não sabemos se real-
mente teria sido melhor ter feito o que não fizemos.
Talvez a lembrança da linha que a menina pulou tenha contri-
buído para ela se tornar a professora competente que é. Talvez
o LH desconhecido tenha feito nascer um cultor de palavras, es-
critor para o resto da vida, com dezenas de livros publicados.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 49


“Ó SENHOR Deus, tem compaixão de mim, pois me sinto fraco. Dá-me saúde, pois o
meu corpo está abatido”. (Salmo 6.2)

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5 “Não há contradição entre disciplina e iniciativa. São o
complemento uma da outra”. (D avid B en -G urion )
FEVEREIRO
Elogio aos bons hábitos
Pode ser que façamos tudo certo e sejamos surpreendidos com
eventos raros e dolorosos. Mas, se fizermos tudo errado, conse-
quentemente colheremos os frutos amargos.
Como estaremos dispostos para o dia que nasce, se adentra-
mos a madrugada diante da televisão?
A coisa é simples, embora ignorada muitas vezes por nós: se
almejamos um resultado, devemos agir em sua direção.
Apreciamos o jogador de futebol que não treina? Não é pela vi-
tória que um time se concentra antes do jogo?
Se queremos ser vitoriosos, precisamos desenvolver hábitos
saudáveis. Alguns de nós tiveram o privilégio de os aprender
em casa, outros não. Alguns cresceram em ambientes onde não
havia horários definidos. Em muitas famílias, cada um decide
quando vai dormir e quando irá acordar. Há casas em que nin-
guém sabe a hora em que o almoço será servido. Há pais que
não impõem limites aos seus filhos, que podem ficar na rua ou
na internet o tempo que quiserem.
Quem nasceu num ambiente assim, ainda pode mudar as re-
gras do jogo da sua vida. Será difícil, mas não impossível.
É claro que não devemos ser escravos dos horários, mas preci-
samos ter horários e respeitá-los. Quem não tem horário defini-
do também é escravo: escravo da desorganização.
Uma área em que muitos falhamos é a da alimentação. Deve-
mos ter horários regulares para ir à mesa. Sobre ela devem es-
tar ingredientes saudáveis.
Devemos estar conscientes de que os maus hábitos cobram um
preço alto demais para sermos irresponsáveis hoje e para de-
pois pedirmos a Deus que nos cure amanhã.
Comecemos hoje a mudar a nossa história, para que seja cons-
truída por bons hábitos.

Para ler HOJE na Bíblia: Gênesis 50


“Vem salvar a minha vida, ó SENHOR Deus! Por causa do teu amor, livra-me da
morte”. (Salmo 6.4)

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6 “A parte mais significativa de qualquer jornada não é o
objetivo – o fim – mas, antes, o processo de chegar lá”.
FEVEREIRO (L evi M eier )

Os compromissos de Moisés, 1/2


Da história de Moisés, o homem que derrotou sem exércitos o
faraó do Egito, há muito no que meditar, se queremos ter vidas
plenas. Nem todos temos as tarefas de Moisés a executar, mas
podemos observar o seu itinerário na realização das nossas.
Moisés era um homem de oração. A Bíblia reproduz inte-
gralmente nove orações que fez. Seu poder vinha da oração.
Quando ele levantava suas mãos (num gesto que demonstra ao
mesmo tempo exaltação a Deus e dependência dele), as coisas
corriam bem para o povo. Interceder era com Moisés (Êxodo
17.11; Números 21.7). Pela oração, chegou ao topo. Estando no
topo, não se recusou a descer para servir. Então, como Moisés,
mantenha-se em diálogo com Deus.
Moisés tinha uma clara percepção de sua missão. Desde
quando foi encontrado na tranquilidade do deserto, Moisés foi
colocado no lufa-lufa da obediência. Uma pessoa de visão vê o
que a maioria não vê. Uma pessoa de visão sabe para onde está
indo. Para realizar uma missão, uma pessoa precisa estar cien-
te dela. Como Moisés, seja parceiro de Deus. É na parceria que
nossas vidas brilham, transbordando de qualidade.
Moisés aprendeu a lidar com a sua humanidade. Moisés
não tinha a competência necessária para o desempenho de sua
missão.
Internamente, teve que lidar com a sua timidez. Teve que lidar
com a sua solidão. Teve que lidar com seus rancores. Teve que
lidar com a tentação de ser vítima.
Externamente, enfrentou seus desafios. Aceitou ajuda (do ir-
mão, do sogro e da esposa) como profeta e foi sendo moldado. É
no caminho que somos preparados. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 1 a 2 e Salmo 12


“Alguns anos depois o rei do Egito morreu, mas os israelitas continuaram gemendo
por causa da sua escravidão. Deus ouviu os gemidos deles e lembrou da aliança que
havia feito com Abraão, com Isaque e com Jacó”. (Êxodo 2.23-24)

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7 “Para mudar nossos hábitos, primeiro temos que assumir o
compromisso profundo de pagar o preço que for necessário”.
FEVEREIRO (W illiam J ames )

Os compromissos de Moisés, 2/2


Aprendemos duas outras qualidades com Moisés, o grande líder
do povo de Israel, um homem que experimentou uma grande
transformação no seu próprio caráter.
Moisés era fiel aos seus compromissos. Moisés não teve di-
ficuldades para atender o último desejo de José (Gênesis 50.25),
que era levar seus ossos para Canaã e os enterrar lá (Josué
24.32). Aqueles ossos eram uma lição de vida, porque eram os
ossos de um homem que aprendeu a perdoar. Aqueles ossos
eram um elo com o passado, demonstrando que Deus cumpre
as suas promessas, mesmo que aparentemente tão tardiamen-
te. Carregar os ossos era agradecer a Deus. A volta à terra pro-
metida se tornou possível por causa daquele homem cujos ossos
seguiam com o povo. Sejamos fiéis aos nossos compromissos.
Moisés queria chegar a Canaã. Moisés agiu para entrar em
Canaã. Moisés orou para entrar em Canaã (Deuteronômio 3.23-
29). Deus lhe permitiu ver a terra, mas não entrar nela. Deve-
mos nos mover pelos nossos desejos, mas, diferentemente de
Moisés, com a certeza que desfrutaremos deles.
“Canaã não representa apenas o descanso que nos espera do
outro lado da morte, onde o desgaste e a irritação da vida te-
rão desaparecido, mas o descanso que pode ser experimenta-
do aqui e agora, em que a alma é libertada da tirania do eu e da
corrupção e frui a paz de Deus que ultrapassa toda a compreen-
são”. (F.B. Meyer)
Como Moisés, não nos contentemos com a vida que levamos.
Ajamos! Oremos! Canaã espera por você. Deseje chegar a Canaã.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 3 a 4 e Salmo 13


“Quando o SENHOR Deus viu que Moisés estava chegando mais perto para ver
melhor, ele o chamou do meio do espinheiro e disse: ‘Moisés! Moisés!’ ‘Estou aqui’,
respondeu Moisés. Deus disse: ‘Pare aí e tire as sandálias, pois o lugar onde você
está é um lugar sagrado’”. (Êxodo 3.4-5)

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8 “Cada pessoa que eu encontro é superior a mim
em algum aspecto sobre o qual eu aprendo algo”.
FEVEREIRO (R alph W aldo E merson )

Batem na gente, 1/2


Às vezes, cara a cara, às vezes, pelas costas, batem na gente.
Reclamam que não fizemos bem alguma coisa, que não lhes
demos a atenção que devíamos, que não cuidamos com o cari-
nho prescindido. Criticam nossas intenções, nossas disposições,
nossas produções. Duvidam de nosso caráter. Atacam-nos gra-
tuitamente.
Enquanto vivermos, será assim.
Não temos como mudar esta realidade, que faz parte da condi-
ção humana, por causa da contaminação universal do pecado.
Temos que cuidar para não fazermos o mesmo que condena-
mos. Se tivermos de falar de uma pessoa, que seja com ela. Se
tivermos de falar sobre uma pessoa, que seja positivamente,
sempre para realmente exaltá-la. Temos que cuidar para que
aquilo que nos falam, de alguém ou sobre nós mesmos, não im-
portando as intenções, não nos torne pessoas ruins.
Nesses casos, bem faremos se nos munirmos de coragem para
ouvir o que dizem sobre ou contra nós e, em seguida, avaliar se
a queixa procede. Se procede, temos pela frente a ampla aveni-
da do perdão. Além de pedir perdão, talvez possamos ainda re-
parar parte do dano que a nossa falha causou, tomando alguma
providência, mesmo que atrasados. Precisamos ainda nos en-
cher de gratidão para com o crítico, gratidão a ser manifestada
em gestos ou em palavras, porque o comentário do outro nos
ajudou a fazer melhor a nossa tarefa.
Viver é conviver. É o convívio que nos torna humanos. Ser hu-
mano implica em ouvir e falar, falar e ouvir. Quando ouvirmos
coisas boas sobre atitudes nossas, mesmo aquelas que nos cor-
rijam, bem faremos se valorizarmos o convívio que nos estimu-
la a sermos pessoas melhores. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 5 a 6 e Salmo 14


“Deus disse ao povo: ‘Farei com que vocês sejam o meu povo e eu serei o seu Deus.
Vocês ficarão sabendo que eu sou o SENHOR, seu Deus, o Deus que os vai livrar da
escravidão no Egito’”. (Êxodo 6.7)

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9 “A amargura aprisiona a vida; o amor liberta-a.
A amargura paralisa a vida; o amor fortalece-a. A amargura
FEVEREIRO azeda a vida; o amor adoça-a. A amargura adoece a vida; o
amor cura-a. A amargura cega a vista; o amor unge os olhos”.
(H arry E merson F osdick )

Batem na gente, 2/2


Se aquilo que nos dizem, cara a cara ou pelas costas, não proce-
de, corremos sérios riscos. Quando falam inverdades sobre nós,
quando tentam nos prejudicar, quando duvidam de nossa hon-
ra, nossa vida corre perigo. O maior risco é ficarmos com raiva. A
raiva é poderosa. A raiva é como um potente explosivo amarrado
ao nosso próprio corpo. Não precisará muito para ser acionada.
A raiva virá, mas precisaremos controlá-la, até passar. Quan-
do acontece, voltamos a dormir em paz.
O outro risco é permitir que a lembrança da maldade pratica-
da contra nós fique em nossa memória o tempo todo, como se
a pessoa que nos feriu estivesse diante de nós. Nós temos mais
o que fazer. Não podemos permitir que o outro invada a nossa
agenda mental e nos diga o que pensar ou sentir. O outro que
nos fere não pode ser nosso companheiro.
Entre os cuidados, deve estar também a vigilância para não fa-
zermos aos outros o que não queremos que nos façam, cuida-
do sobre o qual Jesus nos adverte: “Façam aos outros a mesma
coisa que querem que eles façam a vocês” (Lucas 6.31). Esta vi-
gilância requer um autoexame profundo, sem subterfúgios, ex-
plicações ou justificativas que não admitimos nos outros.
Pode ser ainda que, mesmo no ataque recebido, possamos ti-
rar alguma boa lição. Podemos transformar o mal-intencionado
comentário em algo que nos ajude a fazer melhor nossas coisas.
Mesmo os mal-intencionados podem ter um pouco de razão.
De qualquer modo, devemos cuidar para que o comentário áci-
do não nos torne pessoas igualmente ácidas, amargas, endureci-
das, descrentes no valor do convívio ou do trabalho em equipe.
Lembremos que uma pessoa não é o mundo todo. Uma expe-
riência ruim é apenas uma experiência ruim; não podemos su-
pervalorizá-la. Só devemos guardar as boas experiências, porque
elas nos fazem bem.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 8 e Salmo 15


“As promessas do SENHOR merecem confiança; elas são como a prata pura, refinada
sete vezes no fogo”. (Salmo 12.6)

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10 “Um homem possuído pela paz está sempre a sorrir”.
(M ilan K undera )
FEVEREIRO
Na hora do horror
Quando o terror se desdobra diante dos nossos olhos, nossa ex-
clamação é: a que ponto chegamos!
Quem mata ou por uma causa ou apenas por dinheiro não
pode receber a nossa admiração. Assassinos não são heróis!
Nessas horas, quem crê em Deus se pergunta onde Ele está?
Quem não crê, levanta-se contra Ele ou contra a ideia de sua
existência.
Precisamos nos lembrar que somos livres. Quem é livre para
pecar é livre para colher os frutos do seu pecado. Quando Deus
intervém, nunca é para nos cassar a liberdade. Ainda assim, a
intervenção divina não pode acontecer a toda hora para sus-
pender os efeitos da individualidade, porque seria suspender a
própria liberdade.
Devemos cuidar para não acreditar que a violência deve ser res-
pondida com uma violência igual ou maior. O desejo de vingan-
ça desenvolve-se numa espiral que se volta contra quem reagiu.
Em que armas Jesus pegou ao anunciar o Reino de Deus? Que
grupo organizou para atacar pessoas ou nações? O Reino de
Deus é um Reino de amor, que se implanta pelo amor ou não
se implanta.
O Reino de Deus é um Reino de paz, que não existe no ódio, no
preconceito, no estereótipo, no desinteresse, na indiferença, na
insensibilidade, no egoísmo, na guerra. Alguém dirá:
– Utopia!
Sim, utopia, se acreditarmos que nós construiremos um mun-
do em que o amor e a paz prevalecerão. Utopia? Não, se nos dei-
xarmos conduzir pelos ensinos de Jesus, o Senhor da ternura.
Estaremos na rota desta construção, se o amor e a paz prevale-
cerem nos nossos corações.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 8


“Eu confio no teu amor. O meu coração ficará alegre, pois tu me salvarás”.
(Salmo 13.5)

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11 “Ele era demasiado jovem para saber que a memória do
coração elimina as coisas más e amplia as coisas boas, e
FEVEREIRO que graças a esse artifício conseguimos suportar o peso do
passado”. (G abriel G arcia M árquez )

Memórias ruins e memórias boas, 2/2


Há memórias ruins... Há também boas memórias.
Há alegrias que não vieram depois de uma dor. Parecem eter-
nas, como se fosse eterno o tempo pela primeira vez numa bi-
cicleta nova. Há vitórias que nos fazem esquecer o esforço da
conquista, como a dor do parto.
Precisamos valorizar boas lembranças. Elas enchem de espe-
rança o nosso presente.
Precisamos produzir oportunidades para lembrar. Precisamos
produzir festas de família; se outros promoveram uma delas, é
para lá que vamos. Precisamos produzir encontros de turmas,
mesmo que nunca tenhamos nos reunido antes. Precisamos
produzir momentos para rever os álbuns de fotografias. Pre-
cisamos produzir sessões para leituras dos diários do passado.
Precisamos produzir momentos de rever velhos papéis.
Precisamos cultivar as boas lembranças. Memórias boas são
também poderosas. Boas lembranças alimentam a fé em Deus:
“Nunca ninguém viu ou ouviu falar de outro deus além de ti, de
um deus que faz coisas assim em favor dos que confiam nele”.
(Isaías 64.4). Boas lembranças introduzem-nos a confiar que a
justiça, mesmo que demore, vai acontecer. Um poeta escreveu:
“Vi um homem mau, um dominador cruel. (...) Porém um dia
passei por ali, e ele já havia desaparecido; eu o procurei, po-
rém não pude encontrá-lo. Preste atenção nos bons, e obser-
ve os honestos, e você verá que as pessoas que amam a paz
deixam descendentes”. (Salmo 37.35-37)
Se as memórias ruins têm uma força destrutiva, as boas lem-
branças geram valor para a vida toda. As primeiras precisam ir
para debaixo do tapete. As segundas ficarão melhores no centro
da mesa, para perfumar todo o ambiente.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 9


“Lá do céu o SENHOR Deus olha para a humanidade a fim de ver se existe alguém
que tenha juízo, se existe uma só pessoa que o adore. Mas todos se desviaram do
caminho certo e são igualmente corruptos. Não há mais ninguém que faça o bem,
não há nem mesmo uma só pessoa”. (Salmo 14.2-3)

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12 “As recompensas de conhecer Deus numa comunhão íntima
compensarão a jornada”. (A. W. T ozer )
FEVEREIRO
Para sentir a presença de Deus
A presença de Deus em nossas vidas é uma realidade garantida
pela Sua graça. Sentir esta presença, contudo, pode ser real ou
não para nós.
A presença de Deus conosco nos faz sentir seguros.
A presença de Deus conosco nos lembra de que tudo o que te-
mos vem dEle.
A presença de Deus conosco nos inspira ao desejo de estar na
companhia daqueles que sentem o mesmo prazer de ter a Deus
como o Senhor.
A presença de Deus conosco nos satisfaz, de modo que não
precisamos buscar outros deuses, inventados por nossos pró-
prios desejos.
A presença de Deus conosco dirige a nossa vida.
A presença de Deus conosco nos leva a agradecer-lhe pelo que
nos oferece todos os dias, desde o amanhecer.
A presença de Deus conosco nos tira o medo de morrer.
A presença de Deus conosco nos traz alegria e felicidade cons-
tantes.
Entre os prazeres da vida, o maior é o de sentir a presença de
Deus conosco.
Para sentirmos a presença de Deus, precisamos ter uma con-
vicção espiritual profunda sobre a realidade do seu amor para
conosco.
Para sentirmos a presença de Deus, precisamos desenvolver
uma confiança alegre na realidade da sua graça sobre nós. Não
precisamos de nada que não venha dEle.
Para sentirmos a presença de Deus, precisamos lançar mão
dos recursos que Ele nos deixa, como a oração, a leitura da Bí-
blia, a meditação e a participação nos cultos comunitários.
Demanda gastar tempo, adorando-O em silêncio, diante dEle,
por exemplo.
Para sentirmos a presença de Deus, precisamos olhar para Jesus.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 10


“Ó SENHOR Deus, quem tem o direito de morar no teu Templo? Quem pode viver
no teu monte santo? Só tem esse direito aquele que vive uma vida correta, que faz
o que é certo e que é sincero e verdadeiro no que diz”. (Salmo 15.1-2)

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13 “Há um outro tipo de roubo sobre o qual não falamos.
É quando temos mais do que precisamos e nada damos aos
FEVEREIRO que nada têm. É o roubo que acontece quando consumimos,
controlamos e acumulamos. Estamos diante de um
individualismo inflexível. Não nos deixemos enganar: trata-se
de glutonaria espiritual”. (J oan C hittister )

Mantendo firme o caráter


Ter (dinheiro, coisas, pessoas) nos dá segurança. Por isso, às ve-
zes nos esquecemos do absoluto divino “não furtarás” para ter.
E o desejo de ter pode corromper o nosso caráter.
Diante do mandamento, percorremos os extremos: ou o nega-
mos ou buscamos segui-lo.
Na negação, nós o rejeitamos como orientação de Deus para
nós. Podemos também relativizar o mandamento para não
furtar.
A outra atitude é racionalizar a nossa conduta. Em lugar de
dizer simplesmente que erramos, buscamos explicações. Che-
gamos a dizer que “não prejudicamos ninguém”. Quando erra-
mos, sempre prejudicamos alguém, no mínimo a nós mesmos.
Como nos sentimos, quando emprestamos um livro, que não
nos devolvem; quando esquecemos um objeto e ele desaparece
de onde o deixamos; quando, numa prova, atrás de nós o colega
quer surrupiar o nosso conhecimento; quando picham o muro
da nossa casa; quando um colega apresenta ao chefe uma ideia
que é nossa e é promovido? Nessas horas, não desejamos que o
oitavo mandamento não seja relativizado. Na nossa vez, não de-
vemos relativizá-lo?
Achamos, com razão, que quem age assim conosco não tem ca-
ráter. Furtar tem a ver com caráter. Precisamos vigiar o nosso
caráter para não furtarmos.
Devemos ser radicais. Devemos ser radicalmente íntegros.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 11 a 12 e Salmo 16


“Todos os israelitas obedeceram e fizeram o que o SENHOR havia ordenado a
Moisés e a Arão. Naquele dia o SENHOR tirou do Egito as tribos do povo de Israel”.
(Êxodo 12.50-51)

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14 “Estou contente. Esta bênção é maior que a prosperidade.
Aquele que a tem nada mais lhe falta”. (H enry F ielding )
FEVEREIRO
O conflito, dentro e fora, 1/2
Quando o conflito acontece fora de nós, podemos nos envolver
ou podemos deixar que ele siga vida própria. Quando, porém,
o conflito é dentro de nós ou entre nós, o final pode ser impre-
visível.
Se o conflito dentro de nós advém de um inconformismo con-
tra a injustiça, ele é bem-vindo, com cuidado para que não nos
torne reféns da amargura. O inconformismo é salutar, embora
doloroso, quando ele nos inspira a viver de modo que possamos
olhar para trás e concluir que fizemos a nossa parte para que a
vida fosse melhor.
Se o conflito dentro de nós vem embalado num sentimento
de crônica insatisfação, contra tudo e contra a todos, precisa-
mos parar, olhar fundo dentro de nós e tomar a decisão de vi-
ver, em lugar de ficar constantemente reclamando contra tudo
e contra todos.
Quando o conflito se desenvolve dentro de nós, como se vivês-
semos num permanente rodamoinho, precisamos de coragem
para apontar o dedo para nós mesmos.
Se nós somos nosso próprio inimigo, não temos como derrotá-
-lo. Precisamos fazer as pazes conosco mesmos.
Dentro do quintal de nossa existência, o cordeiro e o leão pre-
cisam pastar a mesma grama.
Devemos desejar a paz. Jesus Cristo disse que veio para nos
trazer a paz e nos garantiu que essa paz excede nossa capacida-
de de compreendê-la, de tão profunda, profunda e possível. Pe-
çamos a Deus que nos pacifique.
Alimentado, o sentimento de revolta explode; pacificado, ele
nos leva a criar.
Encapsulada, a ira pode acabar em violência; compreendida,
será o par de asas que nos fará voar.
Já que a paz é uma oferta da graça de Deus, por que não dese-
já-la para nós mesmos, na perspectiva de uma vida cheia de fir-
meza e ternura? [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 13 a 14 e Salmo 17


“Durante o dia o SENHOR ia na frente deles numa coluna de nuvem, para lhes
mostrar o caminho. Durante a noite ele ia na frente deles numa coluna de fogo, para
iluminar o caminho, a fim de que pudessem andar de dia e de noite”. (Êxodo 13.21)

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15 “Minha fé me ajuda a compreender que as circunstâncias
não ditam minha felicidade ou minha paz interior”.
FEVEREIRO (D enzel W ashington )

O conflito, dentro e fora, 2/2


Quando o conflito acontece fora de nós, é grande a nossa dificul-
dade, porque a sua solução não depende apenas de nós.
É forte o sofrimento quando o desentendimento toma conta
do nosso convívio familiar, profissional ou organizacional. Pes-
soas amadas acabam se transformando em pessoas armadas.
Um olhar antes bem recebido é agora desviado. Uma palavra
antes bem esperada é agora rejeitada. Um rosto antes bonito é
agora feio.
Se temos consciência do conflito, é imensa a nossa responsa-
bilidade.
A solução é possível e começa com o desejo. Desejemos que a
paz seja restabelecida. O preço da paz é alto, mas é menor que
a fatura da discórdia.
Ao desejo, deve-se seguir a confiança, confiança que Deus tam-
bém deseja a paz e vai produzi-la. Se queremos a paz, não po-
demos deixar Deus de lado. Haverá paz entre nós, se Deus for o
árbitro do jogo.
Então, precisamos de coragem. Precisamos de coragem para
ouvir o lado do outro. Precisamos de coragem para passar para
o lado do outro. Precisamos de coragem para admitir que o ou-
tro também é vítima, não apenas nós.
Precisamos de coragem para pedir perdão. Não precisamos de
coragem para esperar que o outro nos peça perdão, mas sem ela
não nos rebaixamos diante do outro. Quando pedimos perdão,
descarregamos a arma do outro. Quando pedimos perdão, nos-
so ódio já se foi e o ódio do outro não subsistirá sozinho.
Precisamos de paciência para esperar. Um conflito de dias não
se resolve num segundo. Uma briga de meses não se resolve
numa hora. Uma tensão de anos não se resolve num dia. Ser pa-
ciente é manter a nossa alma apegada à do outro, mesmo que os
corpos estejam distantes.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 15 a 16 e Salmo 18


“Não há outro deus como tu, ó SENHOR! Quem é santo e majestoso como tu?
Quem pode fazer os milagres e as maravilhas que fazes?” (Êxodo 15.11)

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16 “O anseio mais profundo da natureza humana é a necessidade
de ser apreciado”. (W illiam J ames )
FEVEREIRO
Agradecendo, apenas agradecendo
Se agradecer é o verbo que precisamos conjugar, a quem de-
vemos dirigir, de coração e não apenas de boca, o nosso “mui-
to obrigado”?
Na infância e em diversos outros momentos da vida, alguém,
em casa ou na rua, nos pegou pela mão e nos levou onde preci-
sávamos ir. Pode ter sido à escola, ao hospital, à igreja, ao tra-
balho, ao caminho certo, a uma boa oportunidade. Para estes,
vivos ainda ou já mortos, carinhosamente digamos hoje “mui-
to obrigado”.
Nas horas difíceis ou mesmo nas corriqueiras, alguém impôs
suas mãos sobre nós para nos abençoar, como Jesus fez com
tantas pessoas, inclusive crianças. Houve um tempo, tristemen-
te findo, em que pedíamos “a bênção” aos mais velhos e tantas
vezes a recebíamos. Para aqueles que nos impuseram as mãos
para nos animar, afetuosamente digamos, se e quando possível,
“muito obrigado”.
Houve horas em que, trilhando o caminho errado, pensando o
que não nos convinha, alguém nos parou e pôs as mãos em nos-
so peito, enfrentando-nos, para nos advertir. A estes que nos
desafiaram, tenhamos aceito seu grito ou não, corajosamente
digamos agora “muito obrigado”.
Sempre houve pessoas, próximas ou distantes, que levanta-
ram as mãos aos céus para pedir por nós. A estas pessoas que ja-
mais buscaram reconhecimento por seus gestos, humildemente
digamos nesta hora: “muito obrigado”.
E também ao Deus cheio de criatividade que nos fez as mãos
com as quais conduzimos outras; ao Deus pleno de ternura que
nos enviou pessoas para nos impor as mãos e abençoar; ao Deus
cuidadoso que permitiu a mão que nos enfrentou com o seu de-
sejo de correção; ao Deus generoso que recebe o que sai de nos-
sas mãos, calorosamente digamos sempre “muito obrigado”.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 17 e Salmo 19


“Moisés construiu um altar e lhe deu o seguinte nome: ‘O SENHOR Deus
é a minha bandeira’. Depois disse: ‘Segurem bem alto a bandeira do SENHOR!’”
(Êxodo 17.15-16)

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17 “Se suas ações inspiram outros a sonharem mais, a
aprenderem mais, a fazerem mais e a se transformarem
FEVEREIRO mais, você é um líder”. (Q uincy A dams )

Inspire
Se você é pai ou mãe, avó ou avô, filho ou irmão, saiba que o
melhor que você pode fazer é ser alguém que inspire crianças,
adolescentes, jovens, maduros e idosos a olharem para o futu-
ro, certos de que vale a pena viver e têm muito ainda a realizar.
Se você é porteiro, no prédio, no condomínio, na igreja ou no
elevador, receba com um sorriso que torne gratos os corações
dos que chegam. Se você é professor, ministre bem os seus con-
teúdos para que seus alunos aprendam, com atitudes que eles
queiram imitar. Se você é promotor de bens, serviços ou ideias,
venda bem, de tal modo que os seus produtos inspirem as pes-
soas a serem pessoas melhores.
Se você atende atrás de um balcão, gere admiração por meio
da cortesia e do sorriso. Se você canta ou toca uma canção, sol-
te o seu coração.
Se você cuida da saúde física ou mental de alguém, lembre que
os remédios ou as terapias que aplicar poderão expirar, mas a
alegria que inspirar será para sempre. Se você cuida de uma casa,
faça cada cômodo cheirar gostoso, sendo você o melhor perfume
da residência. Se você cuida de um bebê ou de uma criança, a
alma dela se apegará à sua para sempre, se você a inspirar.
Se você defende ou julga causas, realize sonhos.
Se você dirige uma empresa ou uma organização, ou um setor
dela, gere riqueza e motive os empregados com sua paixão, não
com sua ambição.
Se você prepara, entrega ou serve alimentos, numa casa, num
restaurante, numa porta ou até mesmo na rua, sacie a fome,
mas sacie também as almas dos seus clientes.
Se você projeta ou constrói casas, prédios, jardins, pontes, pra-
ças ou motores, vá além das formas e das utilidades.
Se o que você faz, faz seu coração vibrar, sua vida vai inspirar.
Todos podemos inspirar com palavras, gestos e ações que fica-
rão para sempre coladas nas vidas dos outros.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 18


[Deus disse ao povo:] “Agora, se me obedecerem e cumprirem a minha aliança vocês
serão o meu povo. O mundo inteiro é meu, mas vocês serão o meu povo, escolhido
por mim”. (Êxodo 19.5)

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18 “A abundância que Jesus oferece é uma abundância espiritual
que transcende as circunstâncias, como a renda, a saúde, as
FEVEREIRO condições de vida e até mesmo a morte. A vida abundante é
eterna”. (C harles R. S windoll )

Fora do comum
Convidado, ele foi. Era um jantar de amigos que não gostavam
dele. Todos discordavam da sua visão do mundo, centrada na
confiança mútua. Eles desconfiavam de todos, inclusive dele,
mas o chamaram para a festa. Ele sabia disto, mas foi. Ele não
era amigo apenas de quem era seu amigo.
Como a sociedade separasse os doentes dos sãos, ele chamava
os enfermos que fugiam. Ele conversava com eles, tocava neles,
deixava-se tocar por eles, ouvia suas histórias, sentia suas do-
res, ao ponto de curar a maioria deles, para espanto geral. Ele
não valorizava quem era valorizado.
Enquanto todos exaltavam os fortes, ele elogiava os fracos; en-
quanto todos celebravam os homens, ele escutava as mulhe-
res; enquanto todos desprezavam as crianças, ele as colocava
como exemplos a serem seguidos; enquanto todos aplaudiam
os patrões, ele homenageava os empregados; enquanto todos
queriam ser vistos ao lado dos vencedores, ele era notado ao
lado dos derrotados, dos desacreditados, dos desesperançados;
enquanto todos se apegavam ao passado, ele apontava para o
futuro; enquanto todos julgavam pela aparência, ele amava a
essência das coisas e das pessoas; enquanto todos culpavam os
massacrados, os marginalizados, ele os chamava para entoar
canções da esperança; enquanto todos se perdiam no frenesi
das horas, ele se retirava para meditar.
Onde todos queriam portar a arma da força para se defender
ou mudar o mundo, ele salientava a inutilidade do ódio, a fra-
gilidade da força, o perigo do dinheiro e a fugacidade do po-
der, para que pudéssemos ver que há outras formas de fazer as
coisas. Podemos viver como Jesus Cristo viveu: no compasso da
paz, no horizonte do respeito, na companhia da simplicidade,
na estrada da solidariedade.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 19


“Estou certo de que o SENHOR está sempre comigo; ele está ao meu lado direito, e
nada pode me abalar”. (Salmo 16.8)

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19 “Estou convencido de que o amor e a humildade são as mais
altas realizações na escola de Cristo e as mais brilhantes
FEVEREIRO evidências de que ele é de fato nosso Senhor”. (J ohn N ewton )

A geografia do mal
Referindo-se especificamente às intrigas palacianas, um então
presidente da República anotou em seu diário:
“Estou cada vez mais convencido de que o mal está em que
todo o grupo próximo a mim fala”.
De modo mais sintético, pensava o presidente que o mal esta-
va no grupo próximo a ele. O mal estava ao redor dele.
Seu discurso revela o que a maioria de nós pensa: o mal está
no outro. É o outro que fala mal das pessoas. É o outro que cor-
rompe. É o outro que adultera. É o outro que agride. É o outro
que faz o nosso pé tropeçar. Pensar assim é negar a realidade. O
mal não está apenas a nossa volta; ele está dentro de nós. Esta é
a condição que a maldade humana, disfarçada de ingenuidade,
grita para negar. Quanto mais alta é a voz da negação mais so-
lene é a sua afirmação.
Por isto, precisamos de coragem para dar outro grito, que é
um pedido de socorro:
– Quem me livrará desta condição que me leva para a morte?
(Romanos 7.24).
Quem assume sua condição de miserável é um pessimista so-
bre si mesmo, não apenas sobre os outros. Quem percebe sua
própria condição de pecador pode buscar a graça perdoadora
de Deus.
Quem é otimista sobre si mesmo não percebe que precisa de
alguém, nem de Deus.
O otimismo ingênuo nos faz ignorar quem somos, imaginando
que boas leis tornarão justo o mundo em que vivemos ou que
a educação trará ao ser humano a pedagogia da fraternidade.
Enquanto virmos o mal apenas no outro, vamos nos enganar
a nós mesmos.
Corrigido este erro, o pessimismo produtivo parte da aceitação
da realidade do que realmente somos (pecadores!) e convida a
graça de Deus para nos tornar livres desta nossa triste condição.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 20


“Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me
traz felicidade para sempre”. (Salmo 16.11)

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20 “Não temos em nossas mãos as soluções para todos os
problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do
FEVEREIRO mundo temos as nossas mãos”. (F riedrich S chiller )

A religião verdadeira
A justiça é uma decorrência do caráter de Deus.
Na antiguidade bíblica, três tipos de pessoas eram as mais vul-
neráveis: os imigrantes, as crianças e as viúvas (Êxodo 22.22).
Então, Deus cuidou de instruir claramente o povo sobre a pro-
teção para essas pessoas. Mesmo que em diferentes épocas, em
sociedades mais complexas, ainda há seus mais vulneráveis;
esta categoria não muda.
Ainda no Antigo Testamento, muitos profetas levantaram suas
vozes para que essa justiça corresse como um rio.
No Novo Testamento, Jesus dedicou sua vida a servir os mais
pobres, aos quais curou, acolheu, alimentou, embora fossem ge-
ralmente rejeitados.
O escritor bíblico, Tiago, nos ensina que “para Deus, o Pai, a re-
ligião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas
suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mun-
do” (Tiago 1.27).
A justiça deve ser também uma decorrência de nossa experi-
ência de fé. Nossa fé deve nos transformar em pessoas preocu-
padas com os menos abastados, com os pobres. Nossa relação
com Deus deve nos tornar pessoas envolvidas com as causas da
Sua justiça, onde quer que estejam.
A religião não pode ser uma prática apenas pessoal. Tem que
transbordar e alcançar a comunidade.
O reformador John Wesley (1703-1791) foi enfático quando
disse que “o evangelho de Cristo não conhece religião que não
seja religião social; não conhece santidade que não seja santida-
de social”. Muitas pessoas de fé, no entanto, têm tomado a re-
ligião cristã como sendo apenas individual, entendendo que a
santidade é algo que as afasta das outras. Jesus, ao contrário,
se aproximava das pessoas. Quando seus discípulos desejaram
permanecer no alto do monte, Jesus lhes disse para descerem
para socorrer os aflitos. A religião cristã não pode ser diferente
daquilo que Jesus propôs e viveu.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 21 a 22 e Salmo 20


“Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós
confiamos no poder do SENHOR, nosso Deus”. (Salmo 20.7)

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21 “A coragem é a primeira das qualidades humanas porque
garante todas as outras”. (A ristóteles )
FEVEREIRO
Para uma vida limpa
Errar é um ato de coragem. Decidimos fazer errado por causa
dos benefícios que imaginamos colher.
Errar pode ser também um ato de covardia. Decidimos fazer
errado porque, diante da pressão recebida, cedemos em descer
uma onda nunca antes por nós surfada.
Errar pode ser ainda um ato de irresponsabilidade, quando
nos sentimos protegidos pela percepção de que não estamos so-
zinhos em nossa delinquência.
Erramos quando nos corrompemos a nós mesmos e fazemos o
que querem que façamos.
Erramos quando corrompemos os outros, que passam a conju-
gar os verbos segundo os nossos valores.
A corrupção pode ser pessoal ou empresarial, privada ou pú-
blica.
Quando nossa consciência arde ou somos flagrados no erro,
encontramos subterfúgios para apaziguar nossa alma e conti-
nuar errando. Uma empresa ou um partido político não tem
alma, mas tem corpos. São suas mentes, pés e braços – homens
e mulheres que não trabalham de graça – que assaltam, con-
luiam, desviam, furtam, mentem, superfaturam. A corrupção é
de carne e osso, mas é também uma marca e uma história.
Seremos verdadeiramente corajosos, quando, tendo errado –
seja na área dos relacionamentos pessoais, seja no território dos
negócios, pequenos, médios ou grandes – tomarmos a palavra e
nos dirigirmos a quem defraudamos e pedimos perdão.
Pedir perdão implica na coragem de se ter vergonha. Quan-
do agimos com esta dolorida coragem, estamos também pron-
tos a dar o custoso passo seguinte, que é reparar o dano que
causamos.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 23 a 24 e Salmo 21


“Ó SENHOR Deus, nós te louvaremos por causa do teu poder; nós cantaremos e
louvaremos a tua força”. (Salmo 21.13)

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22 “Embora sejamos passíveis de ímpetos destrutivos
de cólera, podemos também reagir de modo racional a
FEVEREIRO quaisquer insultos, problemas ou atos contrários a nós”.
(L eonard F elder )

Corações apertados
Há momentos em que o nosso coração apertado nos obriga a
meditar. Passamos por situações que não entendemos, com as
coisas antes sólidas se esvaindo diante de nós num processo
longe de acabar. Nessas horas a razão, diretora dos nossos olha-
res, parece não funcionar. Na rua, o mendigo preenche cader-
nos com sua letra nervosa, num discurso que não conseguimos
decifrar. E ele continua ali, seminu, muitas vezes com fome, o
corpo se decompondo. Que adianta explicar?
No hospital, a mulher agoniza. Todos os recursos estão sendo
usados. Os melhores profissionais se revezam diante do seu lei-
to. Orações por sua recuperação sobem como incenso ao céu.
Ela não melhora. Como vai esta história terminar?
Um homem tem tudo para se alegrar: está bem empregado, os
filhos crescem saudavelmente, o patrimônio da família não é
pequeno. Ele chega a ser admirado pelos vizinhos, mas não con-
segue dormir uma noite sequer em paz. O que o faz se agitar?
O garoto tem pais fraternos, amigos a escolher, vive como um
navio que prefere águas rasas e sujas, como se escolhesse não
mais navegar. Como, contra todas as advertências, ele não per-
cebe que vai se encalhar?
Por que abrigamos desejos que nos parecem escravizar? Por que
continuamos seguindo por caminhos que não queremos trilhar?
Podemos ser capazes de explicar situações assim, descendo
bem fundo às suas causas, esquadrinhar milimetricamente os
seus efeitos, mas, ao final, nossa alma não vai descansar.
Temos mesmo que admitir que, embora sabendo parcialmen-
te, não sabemos completamente porque certas histórias prosse-
guem por enredos que não conseguimos controlar.
Diante do mistério, cabe apenas ao orgulhoso “homo sapiens”
humildemente se ajoelhar. Quando o nosso coração está aperta-
do, temos que pedir a Deus que nos venha consolar.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 25 a 26 e Salmo 22


“No entanto, ó Deus, tu me trouxeste ao mundo quando nasci e, quando eu era
uma criancinha, tu me guardaste. Desde o meu nascimento, fui entregue aos teus
cuidados; desde que nasci, tu tens sido o meu Deus”. (Salmo 22.9-10)

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23 “É horrível assistir à agonia de uma esperança”.
(S imone de B eauvoir )
FEVEREIRO
O convite à esperança
Quando a aflição entra em casa, entra sem trazer convites. Traz
acompanhantes.
O mais temível é o desespero. O desespero nos faz mergulhar
ou no silêncio profundo ou no discurso desenfreado. Junto com
o desespero, vem a busca por soluções fáceis.
Quem se deixa levar por estas, termina ou num rodamoinho
que joga a vida de um lado para outro, com muito movimen-
to e nenhum entendimento, ou num túnel cujo fim é invisível
e inalcançável.
Nem todos que entram na casa são sombrios, porque há o con-
vite ao Evangelho.
O convite ao Evangelho é o convite da esperança. O convite
ao Evangelho da esperança não é aquele que traz frivolidade à
vida do ser humano; não vem embrulhado, amarrado com pala-
vras que trazem culpa.
Quando há responsabilidade pela aflição dentro de casa, o
Evangelho não a nega, mas uma vez admitida, seu perdão forta-
lece para as próximas etapas, não como carga, mas como alívio.
O convite ao Evangelho não rejeita a realidade da vida, mui-
tas vezes aflitiva. Jesus mesmo, que o trouxe, enfrentou aflições
e ele nunca pecou.
O convite ao Evangelho é um desafio: lute! A luta pode demo-
rar, pode doer, pode abater, pode machucar, mas não deve ja-
mais desesperar. Não deve desesperar porque o convite ao
Evangelho inclui uma promessa: Deus estará conosco durante
a luta. Seja uma luta contra a saudade de quem se foi, seja uma
guerra travada junto com o bisturi ou com o remédio que corta
o corpo, seja uma batalha contra o transtorno que quer empur-
rar a mente para o fundo da caverna, seja a busca pelo fim da
decepção que a certeza da injustiça introjeta como se fosse para
sempre. O convite ao Evangelho não diz que Deus impede a luta,
mas garante que Ele luta conosco. A alternativa, você já conhe-
ce, é o desespero. Fiquemos com o convite ao Evangelho da es-
perança. Há esperança!

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 27 e Salmo 23


“Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois
tu, ó SENHOR Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges”. (Salmo 23.4)

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24 “Cada qual tem o seu prazer que o arrasta”. (V irgílio )

FEVEREIRO
Nosso lugar na vida, 1/2
Foi tudo muito rápido. Apesar de cuidadoso, ele escorregou.
Estava na beira de uma piscina e caiu.
Socorrido, sobreviveu, mas os movimentos dos membros infe-
riores não retornaram. Com os exercícios, alguns meses depois,
voltou a trabalhar, assentado numa cadeira de rodas.
Ortopedista e fisiatra, ele cuidara de milhares de pacientes
muitos dos quais operara. Depois do acidente, passou a ser aten-
dido no mesmo hospital onde atendia deitado na maca onde se
deitam os seus pacientes.
Ouvimos muitas histórias como estas. É o pai que vai brincar
com os filhos e fratura uma perna gravemente. É a filha que vai
buscar a mãe no aeroporto, mas não chega porque assaltantes
lhe tiram a vida.
Histórias como estas nos impõem uma reflexão.
Temos que admitir chorosamente que não sabemos se, no pró-
ximo minuto, estaremos em pé. Não sabemos o que nos aguarda
na esquina seguinte. Não sabemos se faremos a curva no quar-
teirão que percorremos. Não sabemos como sairemos de uma
partida de futebol.
Cabe-nos viver intensamente; intensamente, mas não dissolu-
tamente; intensamente, mas não irresponsavelmente.
Concordamos que devemos viver intensamente. Nossas dis-
cordâncias se referem a como viver intensamente.
Se é verdade que todo prazer tem seu preço, também é verdade
que não devemos fugir ao prazer para não ter que pagar o pre-
ço requerido. O que precisamos é avaliar o nosso “sim” ou nosso
“não” ao prazer que nos é oferecido. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 28 e Salmo 24


“Morarei no meio do povo de Israel e serei o Deus deles. Eles ficarão sabendo que
eu, o SENHOR, sou o Deus que os tirou do Egito para morar entre eles. Eu sou o
SENHOR, o Deus deles”. (Êxodo 29.45-46)

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25 “A felicidade realiza em intensidade o que lhe falta em
duração”. (R obert F rost )
FEVEREIRO
Nosso lugar na vida, 2/2
Viver com intensidade é viver com humildade, recebendo a
vida como um presente, que oferecemos para os outros.
Tornamos nossa vida diferente quando fazemos diferentes as
vidas daqueles a quem tocamos, em casa, no trabalho, na rua.
Não pode haver lugar para a indiferença em relação ao outro,
porque nós podemos ser o outro do outro amanhã. Nas cadei-
ras de rodas há pacientes cuidadosos que ontem cuidaram. Nos
centros de recuperação de vícios, há homens e mulheres um dia
equilibrados.
Viver com intensidade não é dissolver o tempo de uma noite
numa festa, mas gastar o dia com aquilo que realmente importa.
Viver com intensidade não é passar o tempo no trabalho como
voluntário escravo, mas estar perto daqueles que compartilham
os mesmos sonhos, que caminham juntos também nas dificul-
dades, capazes até de empurrar nossas cadeiras de rodas.
Viver intensamente é viver respeitosamente, respeitando-nos
a nós mesmos, em nossos potenciais e em nossas limitações; res-
peitando os outros em suas limitações e em seus potenciais; res-
peitando a Deus como aquele poderoso amigo que sempre nos
diz que podemos viver melhor, e é para lá que queremos ir.
É intensamente que devemos viver, com toda a responsabili-
dade.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 29


“Não siga a maioria quando ela faz o que é errado e não dê testemunho falso para
ajudar a maioria a torcer a justiça”. (Êxodo 23.2)

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26 “Deus provou o seu amor na cruz. Quando Cristo pendia,
sangrava e morria, era Deus dizendo ao mundo, ‘eu te amo’”.
FEVEREIRO (B illy G raham )

Jesus, presente em todas as horas


Nas horas difíceis, Jesus é o vencedor, que nos faz com ele ven-
cer. Nas horas sombrias, Jesus é a luz, diante da qual as trevas
viram claridade e podemos ver.
Nas horas tristes, Jesus é a alegria que nos desconcerta pela
ternura. Nas horas medrosas, Jesus é a segurança que nos pro-
tege com bravura.
Nas horas preocupadas, Jesus é a orientação que nos mostra os
próximos passos. Nas horas perplexas, Jesus é a força que nos
acolhe em seus braços.
Nas horas do vício, Jesus nos liberta com poder. Nas horas
cheias de dúvida, Jesus é a verdade que nos convida: “Vem e vê”.
Nas horas sem ar no pulmão, mesmo que tomado pela doença,
Jesus sopra vida. Nas horas da provação, Jesus nos brinda com
uma palavra querida.
Nas horas solitárias, Jesus é a presença que enche o vazio do
nosso coração. Nas horas da rejeição, Jesus nos convida a fazer
parte da sua família, como um irmão.
Nas horas em que nos falta a visão, Jesus enxerga em nosso lu-
gar. Nas horas em que nos preparamos para a refeição, Jesus se
assenta conosco para nos acompanhar.
Nas horas em que os nossos pés vacilam, Jesus nos segura pe-
las mãos para que continuemos a caminhar. Nas horas em que
o buscamos, Jesus se deixa por nós encontrar.
Nas horas em que precisamos voar, Jesus é nossa asa. Nas ho-
ras em que precisamos parar, Jesus nos recebe em sua casa.
Nas horas de pouca inspiração, Jesus sopra arte nas mãos que
escrevem uma página, nos lábios que entoam uma canção. Nas
horas em que a oração não sai do nosso peito, Jesus faz por nós
a intercessão.
Nas horas perigosas, Jesus nos livra, como se fosse um escu-
do. Nas horas ingratas, Jesus nos ensina a agradecer por tudo.
Nas horas em que tudo vai bem conosco, Jesus põe-se a cantar.
Ele nasceu para fazer a nossa vida transbordar!

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 30


“Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os
seres vivos que nela vivem são dele”. (Salmo 24.1)

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27 “O verdadeiro silêncio é o descanso da mente e é para o
espírito o que o sono é para o corpo: nutrição e renovação”.
FEVEREIRO (W illiam P enn )

Fazendo menos e sendo mais


A cada geração, o sábado, ordenado (Êxodo 20.8-11) e reordena-
do (Êxodo 35.2) no Antigo Testamento, vai se tornando apenas
um dia comum no nosso calendário.
Desde o seu início, o cristianismo substituiu o sábado pelo do-
mingo, mas manteve seu valor como dia de descanso, incluída a
prática da adoração pessoal e comunitária.
Nos termos cristãos, o sábado não é um dia da semana no qual
não se deve trabalhar, apenas descansar. O importante é que
mantenhamos um dia dedicado ao descanso e à adoração.
Quando separamos ou o sábado ou o domingo, mostramos a
seriedade com que nos relacionamos com Deus.
Quando descansamos, no sábado ou no domingo, reconhece-
mos que Deus, que descansou, é o nosso Senhor e que providen-
ciará as condições necessárias para a nossa vida. Reconhecemos
que não confiamos apenas em nós mesmos para lidar com os
nossos objetivos. Quando santificamos ou o sábado ou o domin-
go para adorá-Lo, reconhecemos que valorizamos o nosso rela-
cionamento com Ele. Quando O celebramos ou no sábado ou no
domingo, buscamos ser santificados por Ele.
As discussões em torno do que se pode ou não fazer no sábado
ou no domingo fazem com que se perca o essencial: Deus criou
o mundo e descansou no sétimo dia; como Ele, devemos traba-
lhar e descansar, porque descansar é confiar, é confiar em Deus
como Senhor.
Todos precisamos descansar. Um dia de descanso é uma provi-
dência de Deus para a nossa saúde física, emocional e espiritual.
Quando O obedecemos, também nesta questão, fazemos menos
e vivemos com mais qualidade.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 31 a 32 e Salmo 25


“Ensina-me a viver de acordo com a tua verdade, pois tu és o meu Deus, o meu
Salvador. Eu sempre confio em ti”. (Salmo 25.5)

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28 “O afeto natural compartilhado, vivido, faz de nós pessoas
mais firmes e lúcidas. A falta deste afeto só faz os dias mais
FEVEREIRO difíceis”. (G reice V illar )

Palavrões são sempre feios


Os palavrões regam as conversas, como se fossem necessários
e indispensáveis. No entanto, pessoas dignas não falam pala-
vrões. Pessoas de caráter falam o que pode ser gravado e re-
velado, sem terem que se justificar. Nossas palavras revelam
quem somos. Nós somos nossas palavras. Palavras podres são
os canais pelas quais fluem almas podres.
Almas ricas são suaves, não grosseiras. Almas puras são pací-
ficas, não guerreiras. Almas inspiradas procuram não perder as
estribeiras. Almas sensatas se impõem barreiras.
Todos devemos ter corações que não abriguem ódios, precon-
ceitos e mágoas, mas, antes, são a casa do amor, do respeito e
da paz.
Pode ser que dizer palavrões seja apenas um mau hábito.
Se nos detivermos nele, no entanto, observamos que esse mau
hábito é a expressiva ponta de uma agitada ilha interna.
O palavrão é filho da ira. Os mais pesados chegam aos nossos
lábios na hora da raiva mais profunda. Neste caso, o palavrão é
uma arma de guerra, usada para destruir o adversário.
O palavrão é filho da imoralidade. Os mais sujos traduzem de-
sejos que não deveríamos ter.
Há pessoas escravas dos palavrões, mas há pessoas que que-
rem se livrar deles.
Se queremos ser livres, desejemos e decidamos não usar pa-
lavras podres, mesmo que divirtam alguns ou nos ajudem a
vencer. Na guerra de palavras, só vale a pena a vitória da suavi-
dade, que nunca traz danos.
Se queremos ser livres, organizemos nossas vidas para que
não haja lugar nelas para os maus hábitos, como o de berrar ou
sussurrar palavrões.
Livremo-nos da ira! Vigiemos nossa língua! Apaziguemos nos-
so coração! Então, haverá paz.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 33 a 34 e Salmo 26


“O SENHOR Deus disse a Moisés: ‘Eu estou fazendo agora uma aliança com o seu
povo. Na presença deles farei maravilhas como nunca foram feitas em toda a terra e
em nenhuma nação. Todo o povo verá que milagres eu, o SENHOR, posso fazer, pois
vou realizar uma coisa terrível em favor de vocês’”. (Êxodo 34.10)

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1 “Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das
consequências”. (P ablo N eruda )
MARÇO
Discernimento, coragem e sabedoria
Não há uma escola que nos ensine a viver e muito menos a
morrer.
Nem todos temos a percepção do óbvio: que a vida é curta.
Nossa infância foi ontem, com memórias ainda cheias de cores
diante de nós.
Nos dias de hoje, temos decisões a tomar que alcançarão nos-
sas vidas amanhã e nos próximos anos. Como decidir? Não há
curso que nos ensine.
Algumas decisões são fáceis; e são fáceis as decisões que não
cobram um preço.
Difíceis são as decisões que implicam riscos. Podemos até sa-
ber que precisamos diminuir o tempo dedicado ao trabalho,
mas também reconhecemos que, no final do mês, o dinheiro
chegará em menor quantidade. Poderemos viver com menos?
Eis o dilema: ganhar dinheiro não é a coisa mais importante,
mas não temos coragem de diminuir o ritmo e a receita.
Podemos até saber que deslizamos por hábitos que não geram
em nós uma vida com qualidade, mas – perguntamos – se mu-
darmos, o que virá depois? Sempre fizemos assim: vale a pena
fazer diferente?
Decidir demanda discernimento.
Toda decisão é comandada pela coragem.
Nossas escolhas precisam ser gerenciadas pela sabedoria.
Onde aprendemos?
Quase sempre estamos sozinhos.
Talvez possamos contar com um conselheiro. Busquemos!
Geralmente um livro pode nos sugerir uma rota. Leiamos!
Certamente a razão nos ilumina. Pensemos!
Quando juntarmos esses recursos à oração, o discernimento, a
coragem e a sabedoria se aproximarão de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 35 a 36 e Salmo 27


“O SENHOR Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O
SENHOR me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém”. (Salmo 27.1)

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2 “Conhecimento é poder. Utilize parte do seu tempo
para educar alguém sobre o autismo. Não necessitamos
MARÇO de defensores. Necessitamos de educadores”.
(A sperger W omen A ssociation )

Orando pelos autistas


Devemos dedicar um tempo para conhecer um pouco mais so-
bre o Autismo, para que evitemos os preconceitos, os gestos
falsamente piedosos diante das lutas de pais para cuidar dos au-
tistas da sua família.
Deve ser um dia de atenção, portanto, com nossa linguagem,
quando, por exemplo, para desclassificarmos alguém, nós la-
mentavelmente o chamamos de “autista”.
Deve ser um dia de valorização da pesquisa que os estudiosos
fazem, para compreenderem o transtorno e criarem condições
para o tratamento e, um dia, a cura.
Deve ser um dia de oração, pelos autistas, pelos cientistas e, so-
bretudo, por pais e mães de autistas.
Então, Senhor, não te peço que conscientizes os pais e as mães
de autistas, porque já o são.
Eu te peço que lhes dês esperança de que virão dias ainda
melhores.
Eu te peço que renoves as suas forças para os cuidados que
lhes são requeridos durante todas as horas do dia todos os dias
do ano.
Eu te peço que lhes dês sabedoria para lidar com os preconcei-
tos, sem se entristecerem em demasia.
Eu te peço para que lhes dês saúde, força e vigor para enfren-
tar as adversidades no cuidado, muitas vezes deixados sozinhos
em seu labor de proteger e orientar seus filhos.
Eu te peço que lhes dês alegria diante do amoroso dever cum-
prido, cumprido com tanta alegria, em meio às dificuldades,
que deixou de ser dever especial, senão o dever de todos os pais.
Eu te peço que lhes fortaleça a perseverança, para que sempre
continuem firmes no cuidado, mesmo que cansados, exaustos
até, numa perseverança que aumenta sua esperança, sua for-
ça e sua alegria.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 37 e Salmo 28


“O SENHOR é a minha força e o meu escudo; com todo o coração eu confio nele.
O SENHOR me ajuda; por isso, o meu coração está feliz, e eu canto hinos em seu
louvor”. (Salmo 28.7)

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3 “Falar sobre Deus aos homens é uma grande coisa, mas falar a
Deus sobre os homens é algo ainda maior”. (E.M. B ounds )
MARÇO
Companheiros de oração
A história da oração na Bíblia mostra que Deus espera que cla-
memos a ele na hora da dificuldade.
Podemos fazer isto sozinho, mas podemos fazer isto publica-
mente.
Muitas vezes, temos medo de compartilhar nossas dores com
medo do que as pessoas possam fazer conosco. Infelizmente,
nosso esquema mental sempre organiza as pessoas em boas e
más, em inocentes e culpadas. Assim, se um filho escolheu o
desvio, não faltará quem culpe os pais. Se o casal se separou,
as pessoas tomarão partido de um dos lados. Em lugar de orar,
muitas pessoas preferem julgar.
Apesar disto, devemos nos lembrar que, quando apresenta-
mos em público, sem que precisemos entrar em detalhes, nos-
sas dificuldades a Deus, saímos fortalecidos. Como levaremos as
cargas uns dos outros (Gálatas 6.2), se não sabemos que sofrem?
Quando alguém está doente, ensina-nos a Bíblia, devemos orar
uns pelos outros, para que Deus o restaure (Tiago 5.13-15).
Quando estava cativo no Egito, o povo de Israel clamou, em
voz alta, com gemidos. Deus viu a aflição, ouviu o seu clamor e
o libertou (Êxodo 3.7-9).
Eis o que devemos fazer: devemos clamar a Deus por socor-
ro. Foi assim que Jesus fez. Num momento difícil da sua vida,
ele foi a um lugar habitual de oração (ao Jardim do Getsêmani,
em frente à cidade velha de Jerusalém), levando consigo os seus
discípulos. Ele orou em particular, mas pediu que seus amigos
orassem também, ali perto dele. Sua oração era, ao mesmo tem-
po, solitária e solidária (isto é: comunitária).
É o que devemos fazer.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 38 e Salmo 29


“A voz do SENHOR sacode os carvalhos e arranca as folhas das árvores. Enquanto
isso, no seu Templo, todos gritam: ‘Glória a Deus!’”. (Eu Salmo 29.9)

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4 “A esperança pode ver os céus através das densas nuvens”.
(T homas B rooks )
MARÇO
O poder da esperança
Quando a escassez e a aridez se prolongam, as frustrações se
alongam, as forças se esgotam e as tristezas o coração abarro-
tam, a esperança vai embora.
E o que se faz sem esperança?
Não se cria um projeto. Não se realiza uma obra.
Não se abraça uma pessoa. Não se compartilha afeto.
Não se lê um livro. Não se colhe uma maçã.
Não se deseja um filho. Não se almeja o amanhã.
Não se estuda porque é por demais custoso. Não se canta, por-
que amar é frustrar-se de novo.
Não se vai a um espetáculo, por ser tedioso. Não se brinca,
como se não fosse bom passatempo o jogo.
Não se cansa com o prazer de quem porfia. Não se descansa
com a alegria da confiança.
Não se busca água na fonte, porque falta força para a cami-
nhada. Não se sai de casa, senão com as mãos amarradas.
Não se respira vida, mas se espera o fim, como se o fôlego não
passasse de intervalo para o soluço machucado. Nada se faz, se-
não obrigado.
Tira-nos a esperança o trabalho em demasia, a confiança per-
dida, a sede não saciada, a fome não alimentada, a ação não re-
compensada, a injustiça constantemente experimentada.
Só uma certeza nos faz carregar a bateria: somos amados por
Deus.
Esta certeza é como uma centelha que ilumina o coração,
como pólvora que acende a alma, como sangue que se espalha
pelo corpo.
A esperança faz a vida renascer, com projetos velhos e novos,
com abraços outra vez compartilhados, com sementes e frutos,
com suores e cantos, com festas e descansos, com ânimo para
os recomeços.
É por isto que Deus derrama esperança sobre aqueles que a
buscam com ele.

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 39


“O SENHOR dá força ao seu povo e o abençoa, dando-lhe tudo o que é bom”.
(Salmo 29.11)

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5 “Os maus não atraem mais que cúmplices. Os voluptuosos
carreiam companheiros de devassidão. Os interesseiros
MARÇO reúnem sócios. Os políticos congregam partidários. O comum
dos homens mantém relações. Os príncipes têm cortesãos. Só
os virtuosos possuem amigos!”. (V oltaire )

Da amizade como virtude, 1/3


Todos sabemos que precisamos de amigos: de ter amigos e de
ser amigos.
Por que temos tão poucos amigos e somos tão pouco amigos?
Se a sugestão de uma personagem do escritor Antoine de
Saint-Exupéry está correta, não queremos gastar tempo fazen-
do-os:
“Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem
lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu que-
res um amigo, cativa-me! Tu te tornas eternamente respon-
sável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa”.
Aqueles a quem amamos intensamente tornam-se parte de
nós (Henri Nouwen). Quanto mais vivermos, maior será o nú-
mero de pessoas a serem amadas por nós.
Amizade tem a ver com gratidão, cortesia, cultivo, companhei-
rismo, fidelidade, tolerância, ternura, amor.
À medida que amamos profundamente, nosso coração se abre
mais e mais, regozijando-se pela abundância de frutos que va-
mos colhendo.
Amizade tem a ver com plantar roseiras.
Se este é o jardim que queremos ver formado, saibamos me-
nos, critiquemos menos, tenhamos menos razão, sejamos me-
nos chatos, exijamos menos, odiemos menos, aprendamos mais,
abracemos mais, perdoemos mais, agradeçamos mais, ofereça-
mos mais, vivamos a vida com suas belezas, uma das maiores
sendo a do encontro. [CONTINUA em 2 de abril]

Para ler HOJE na Bíblia: Êxodo 40


“Examina-me e põe-me à prova, ó SENHOR; julga os meus desejos e os meus
pensamentos, pois o teu amor me guia, e a tua verdade sempre me orienta”.
(Salmo 26.2-3)

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6 “Nunca conhecemos o amor de um pai até que nos tornamos
pais”. (H enry W ard B eecher )
MARÇO
Deus é duro, 1/3
Quando um pai manda o filho estudar, às vezes, com palavras
duras, jamais é compreendido por ele.
Quando uma mãe tira da sua criança a chupeta (se um dia a
teve), ela sabe que a experiência se dará em meio a protestos
nada silenciosos. Assim mesmo ela o faz, mesmo que lhe doa
também.
Entendemos mais tarde que cada “não” ao nosso desejo na in-
fância era “sim” para uma vida com qualidade.
É deste modo que devemos olhar para as leis da Bíblia. Preci-
samos compreender que a separação que hoje fazemos, entre
religião e medicina, simplesmente não existia. A religião visava
à saúde, que era cuidada no espaço das celebrações e orienta-
ções religiosas. O líder religioso era também o médico da co-
munidade. Os manuais religiosos eram também manuais sobre
a saúde.
Parte das leis da Bíblia visava a organizar as práticas dos ri-
tuais (Levítico 2, por exemplo), mas iam além: eram orienta-
ções para que essas cerimônias não fossem manipuladas para
alcançar objetivos ilegítimos. O princípio, que se aplica a todas
as áreas da vida, pode ser resumido assim: tudo o que fazemos
deve ser muito bem feito, não de qualquer jeito.
A linguagem da época bíblica continha claras permissões e cla-
ríssimas proibições. Apesar de nossa dificuldade com as proibi-
ções, precisamos delas. Estamos vivos porque nossos pais nos
proibiram, explicando ou não explicando, de fazer certas coisas.
Devemos agradecer aos nossos pais por terem sido duros co-
nosco, quando, por exemplo, não queríamos acordar para ir
à escola.
Devemos agradecer a nosso Deus por deixar na Bíblia um con-
junto de leis bem definidas sobre o que é certo e o que é errado.
[CONTINUA em 13 de março]

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 1 a 2 e Salmo 30


“O choro pode durar a noite inteira, mas de manhã vem a alegria”. (Salmo 30.5)

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7 “A Bíblia deve ser considerada como a grande fonte de toda a
verdade pela qual os homens devem ser guiados na política e
MARÇO nas relações sociais”. (N oah W ebster )

Boas razões
Há boas razões para lermos a Bíblia.
A leitura da Bíblia nos torna mais profundos. Podemos mergu-
lhar numa cultura que prefere a beleza dos corpos e as forças
dos músculos, mas podemos escolher a profundidade. Da super-
ficialidade só colhemos palavras vãs, mas da Bíblia recolhemos
respostas que nos fazem viver melhor.
Quando lemos a Bíblia somos revestidos de uma segurança es-
sencial: somos amados por Deus. O grande Livro foi escrito para
nos mostrar, por meio de histórias e canções, discursos e ora-
ções, que podemos viver sem medo: somos aceitos por Deus.
Ler a Bíblia nos deixa firmes para trilhar caminhos que sejam
os nossos, não os dos outros, para viver as nossas vidas, não as
dos outros. Não precisamos fazer o que os outros fazem. Preci-
samos fazer o que é certo, mesmo que sozinhos.
Viver segundo a Bíblia nos torna mais sábios. Antes de nós,
pessoas enfrentaram problemas. Quando conhecemos suas his-
tórias, aprendemos que não precisamos inventar a roda e errar
por nós mesmos. Quando ouvimos seus conselhos, podemos
ponderar que são efetivamente bons para nós. A sabedoria vem
do conhecimento e quando este conhecimento vem diretamen-
te de Deus para nós, vale a pena.
O conhecimento da Bíblia nos torna mais corajosos. Quando
lemos que o mar (o mar Vermelho) se abriu, somos capacita-
dos a seguir em frente. Quando lemos que, aos 85 anos, um ho-
mem (Calebe) conquistou uma cidade, podemos fazer a nossa
conquista. Quando lemos que um homem (Paulo) percorreu a
pé milhares de quilômetros para contar a sua história, aprende-
mos que podemos ser relevantes também.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 3 a 4 e Salmo 31


“Ó SENHOR Deus, em ti eu busco proteção; livra-me da vergonha de ser derrotado.
Tu és justo; eu te peço que me ajudes”. (Salmo 31.1)

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8 “O pior sentimento que se pode oferecer a uma mulher é a
piedade”. (V icki B aum )
MARÇO
Mulheres são diferentes
Os homens nunca vão entender as mulheres.
Elas trabalham, mas não colocam o trabalho à frente do amor.
De onde estão, longe, estão também em casa, para ver como as
coisas estão indo. Não se desligam da família.
Elas pensam, mas não colocam a razão acima do sentimento.
O que os homens disfarçam elas publicam.
Elas choram, porque não escondem a sua humanidade, coisa
que os homens se esmeram em fazer, acumulando um desne-
cessário sofrimento.
Elas se preocupam, porque são muito realistas. O futuro lhes
importa, mas o hoje pesa muito. Mulheres gostam de segurança.
Elas cuidam dos filhos, dos maridos, dos agregados, das plan-
tas, da casa, das coisas. Seu fôlego parece ser interminável. Elas
não tiram férias – jamais – mesmo quando estão de férias.
As mulheres são diferentes dos homens.
Elas perdem quando querem ser iguais aos homens. Em seus
direitos, são iguais. Lutemos para que sua igualdade natural
seja também igualdade cultural. Suas causas contra o precon-
ceito, a discriminação e a violência devem ser as dos homens
também. Não podemos ser modernos enquanto as mulheres fo-
rem inferiorizadas, porque isto é um atentado contra Deus.
Nas disposições do coração, no entanto, as mulheres não po-
dem ser iguais.
O melhor delas é serem diferentes dos homens.
Foram feitas diferentes e devem continuar diferentes.
Todos precisamos da sua sensibilidade, mesmo que gotejada.
Todos precisamos dos seus cuidados, sem os explorar. Todos
precisamos de sua sensibilidade, sempre aguçada.
Continuem diferentes, mulheres! A humanidade agradece.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 5 a 6 e Salmo 32


“Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga!”
(Salmo 32.1)

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9 “Quando um sonho plantado em nossos corações é aquele
que Deus plantou ali, uma estranha felicidade flui para
MARÇO dentro de nós”. (C atherine M arshall )

Abrir-se
São admiráveis as pessoas corajosas. Elas realizam o que os me-
drosos não ousam. Elas sobem onde muitos sequer imaginam pi-
sar. Elas se vestem com roupas que as tornam fortes ou velozes.
São também corajosas as pessoas que se despem. Elas não ti-
ram suas roupas para protestar ou para oferecer um espetácu-
lo. Elas tiram em público suas roupas para falar de si mesmas.
Não se exibem. Não buscam aprovação da plateia. Não visam
ser tratadas como vítimas.
São pessoas grandes por compartilharem suas fragilidades.
São pessoas notáveis por se mostrarem iguais.
São pessoas inteligentes que descobriram o poder das palavras.
São pessoas generosas que querem distribuir suas descober-
tas, a maior delas é que nada ganharam enquanto se esconde-
ram e que começaram a viver quando se despiram.
Se sobem a um palco é para descer. Se descem às suas fraque-
zas é para subir dos seus vales para o altiplano da alegria.
Não é algo que façam com prazer, mas tangidas pelo dever de
falar sobre o que eram e sobre o que estão se tornando. Quem
se abre para o outro apresenta-se como é, a caminho do que
pode ser.
Abrir-se para o outro – eis seu maior triunfo – tornou mais
leve o seu fardo. Abrir-se para o outro lhe gerou amizades ver-
dadeiras, prontas para estarem ao seu lado na viagem da recu-
peração. Abrir-se para o outro lhe trouxe alívio em relação ao
seu passado.
Fechar-se para o outro é sofrer sozinho. Fechar-se para o outro
é ficar dentro da caverna.
Quem se fecha para o outro não corre riscos, mas também não
sai do lugar, mesmo que tenebroso.
Quem se fecha para o outro permanece prisioneiro.
Abrir-se para o outro é a mais forte das coragens, mas não traz
dano algum. Felizes são as pessoas corajosas

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 7 e Salmo 33


“Não são os cavalos de guerra que ganham a batalha; a sua grande força não pode
salvar ninguém. É o SENHOR Deus quem protege aqueles que o temem, é ele quem
guarda aqueles que confiam no seu amor”. (Salmo 33.17-18)

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10 “Na esperança nós contamos as possibilidades do futuro
e não permanecemos presos nas instituições do passado”.
MARÇO (J urgen M oltmann )

Olhando o vulcão
Diante de um vulcão, o que fazemos depende da posição do nos-
so olhar.
Se estamos sob o risco real de sermos atingidos, devemos ra-
pidamente correr para bem longe. Não adianta esperar que ele
se acalme, se seguros não nos encontramos. Ele não se aquieta-
rá só porque desejamos ou porque nos preocupamos com os al-
cançados por sua onda de destruição.
Se estamos a uma distância segura, podemos, se for o caso,
nos juntar aos que apoiam na retirada e no cuidado dos atingi-
dos pelas lavas.
Se estamos distantes, podemos admirar o vulcão e refletir so-
bre a força poderosa da natureza.
Se estamos apenas diante da fotografia de um vulcão, pode-
mos contemplá-lo como uma bela obra de arte. Não passa de um
leão domado, desdentado e enjaulado. Nunca nos machucará.
A crise é como um vulcão.
Se a crise nos atinge – potencialmente ou realmente nos atin-
ge – temos que nos proteger e correr, antes que as cinzas nos
enterrem.
Se a crise se aproxima de nós e já sentimos o calor de suas on-
das de fogo, devemos nos empenhar para que não nos derrube,
estudando mais, refletindo mais, trabalhando mais. A crise não
se afastará de nós apenas porque não gostamos dela!
Se a crise se mantém longe de nós, temos que avaliar o cená-
rio, aquilatar o seu perigo e agir de modo que a nossa vida, seja
emocional ou profissional, familiar ou nacional, não venha a
ser seriamente atribulada.
Se a crise é apenas uma imagem que desfila diante dos nossos
olhos, como tal deve permanecer. Não tem que ser nossa uma
crise que não é nossa.
Há crises que não passam de jogos de poder ou de espetáculos
para nos desviar das atitudes que precisamos tomar.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 8


“Ó SENHOR Deus, que o teu amor nos acompanhe, pois nós pomos em ti a nossa
esperança!” (Salmo 33.22)

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11 “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir
entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque
MARÇO descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante
é o decidir”. (C ora C oralina )

Melhor é o que permanece, 1/3


Podemos ser movidos a paixão. Quando estamos apaixonados,
nossos olhos brilham, nossos pés são velozes. Rimos a todo o
momento. Viver é estar com quem estamos apaixonados. Tudo
é intenso. Tudo é eterno enquanto somos correspondidos.
É muito bom viver sob o arco-íris da paixão. Uma vida cheia de
cores é mesmo para ser desejada. Como precisa da correspon-
dência para existir como boa, a paixão não depende de nós. Por
isto, quando somos correspondidos, precisamos valorizar e cul-
tivar nossa paixão para que seja prolongada. O problema é que a
paixão nos consome ou consome o outro. Precisamos de lucidez,
mesmo na paixão, o que é um equilíbrio difícil de ser alcançado.
Felizes são os que não sentem sua paixão acabar, porque é tí-
pico do sentimento de paixão apagar-se e nos deixar cheios de
saudade. Então, vamos em busca naturalmente de outra paixão,
num ciclo sem fim.
Podemos ser movidos à diversão. A diversão nos dá alegria
para viver, como se fosse o combustível da jornada. Na diver-
são, o tempo voa. Quando estamos nos divertindo, a vida é sor-
vida em toda a plenitude.
O problema é que a diversão vem de fora, feita de momentos
e alimentada por eventos, seja um jogo do qual participamos ou
um espetáculo a que assistimos. Lamentavelmente, a diversão
tem hora para começar e hora para terminar. Quando o jogo
acaba, somos impulsionados a comprar mais créditos para que
a vida continue boa.
O que nos move? A paixão? Pode ser que dure, mas pode ser
que a decepção nos alcance e é grande a sua dor.
O que nos move? A diversão? Nossa vida não pode depender
daquilo que se desenrola diante de nós ou do movimento do
nosso corpo. Somos mais que o nosso olhar. Somos mais que o
movimento. [CONTINUA em 5 de abril]

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 9


“Tu mudaste o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me
cercaste de alegria. Por isso, não ficarei calado, mas cantarei louvores a ti. Ó
SENHOR, tu és o meu Deus; eu te darei graças para sempre”. (Salmo 30.11-12)

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12 “Sem Cristo, Deus não seria encontrado, conhecido ou
compreendido”. (M artim L utero )
MARÇO
A espada
Entre as frases de Jesus que nos deixam atordoados, uma diz:
– Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz,
mas espada. (Mateus 10.34)
Príncipe da paz, definitivamente, Jesus é contra o uso da força
bruta. Ele nunca a empregou.
A espada é um objeto capaz de cortar um corpo ao meio. Jesus
sabe que sua mensagem é completamente revolucionária, por
propor um outro tipo de vida, que rejeita, por exemplo, a enrai-
zada ideia do mérito. Ele viveu pela graça de Deus e nos convi-
da a viver como Ele viveu. O convite será aceito ou rejeitado. É
sobre a espada da decisão que Jesus nos fala.
A espada é um objeto longo e simboliza a escolha de muitos
que vivem sem olhar para dentro de si mesmos, sem olhar para
o que está acima do que os seus olhos alcançam, sem admitir
que a vida nos chega embrulhada como mistério, o qual enten-
deremos um pouco se nos esforçarmos ou ignoraremos como
se não existisse. Viver é mistério; não é apenas levantar, traba-
lhar e dormir. Morrer é mistério; não é apenas fechar os olhos
pela última vez. Amar é mistério; não é escolher numa gôndola
uma marca de pessoa, com um tipo de sorriso e levar para casa.
Ao trazer a espada, Jesus veio nos mostrar que há um outro
tipo de vida e ela se encontra abaixo da superfície. Essa espa-
da é palavra que divide entre uma vida vegetativa e uma vida
criativa, uma vida que recebe e uma vida que oferece, uma vida
medrosa e uma vida corajosa, uma vida fechada em si mesma
e uma vida aberta para o outro, uma vida sem sentido e uma
vida cheia de plenitude, tornada possível pela graça oferecida
na cruz de Jesus Cristo, o maior mistério da história, graça que
não é para ser inteiramente compreendida, mas completamen-
te recebida.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 10


“Como são maravilhosas as coisas boas que guardas para aqueles que te temem!
Todos podem ver como tu és bom e como proteges os que confiam em ti”.
(Salmo 31.19)

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13 “A misericórdia imita a Deus e desaponta Satanás”.
(J oão C risóstomo )
MARÇO
Deus é duro, 2/3
Em toda a Bíblia há relatos que nos deixam perplexos, fazendo
nossos lábios protestarem: o Deus em que creio não é duro assim.
Para levar as pessoas a fazerem o que é bom para elas, Deus
estabelece leis. Gostemos ou não dessas leis, elas funcionam.
Quando a elas obedecemos, realizamo-nos como pessoas. Quan-
do inventamos nossas próprias regras, pagamos pesados preços.
Essas leis eram cerimoniais e morais. As leis cerimoniais vi-
savam estabelecer regras para a vida comunitária. A maioria
tinha a ver com higiene pessoal e, por extensão, com a saúde pú-
blica, num tempo sem água tratada, esgoto canalizado, vacinas
e antibióticos. Deus colocou o seu conhecimento completo a ser-
viço da vida humana. Para tanto, usou palavras e conceitos que
o povo podia entender e praticar.
Entre essas leis cerimoniais, estão algumas sobre os alimentos
(Levítico 17.10-16), porque, em certo sentido, o homem é o que
come. Há leis, por exemplo, que nos parecem obsoletas, como a
maneira de tratar o mofo. Hoje, por exemplo, um dos grandes
problemas no campo da saúde é a infecção hospitalar. Por essa
razão, a orientação é que os pacientes fiquem menos tempo pos-
sível hospitalizados. As orientações bíblicas para evitar a conta-
minação valem para hoje, desde que devidamente adaptadas.
Assim, por exemplo, devemos entender as leis sobre o cuida-
do com o corpo da mulher após o parto. Quando hoje estabelece
que a mãe deva ficar longe do trabalho por um tempo para cui-
dar do seu bebê, o Estado simplesmente está aplicando os prin-
cípios fixados nos primeiros livros da Bíblia (como em Levítico
12 e 15) para a proteção da família e da sociedade. [CONTINUA
em 20 de março]

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 11 a 12 e Salmo 34


“Eu pedi a ajuda do SENHOR, e ele me respondeu; ele me livrou de todos os meus
medos”. (Salmo 34.4)

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14 “Aquele que ora como deve procurará viver como ora”.
(J ohn O wen )
MARÇO
Não em vão
Quando for proferir a palavra “Deus”,
primeiro lhe faça uma oração,
para sentir a sua aprovação.
Quando argumentar, não ponha “Deus”
como recurso em sua discussão.
Seja responsável por sua opinião.
Quando for cantar a Deus,
tem que ser mais que uma canção.
Tem que fluir de dentro, não da tradição.
Quando for prometer por causa de Deus,
não pode ser apenas coisa da emoção.
Tem que vir com o selo da razão.
Quando gritar em público o termo “Deus”,
que não seja para granjear aclamação,
mas por ser de sua fé uma fiel expressão.
Quando pedir algo a Deus,
não seja para cumprir uma obrigação,
mas venha da confiança, em nítida devoção.
Quando estampar no sorriso a palavra “Deus”,
não é para fazer jus a alguma bênção,
mas tem de nascer como palavra de gratidão.
Quando apelar para o vocativo “Deus”,
não é para ninguém rir da sua petição.
É para ser ouvida com(o) inspiração.
Quando tentado a vestir a marca “Deus”,
não a use para esconder sua corrupção.
Aos seus olhos o oculto conhece revelação.
Quando disser o nome de Deus,
que o seu corpo trema, tremule o seu coração,
para não ser em vão.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 13 a 14 e Salmo 35


“Então eu me alegrarei por causa do que o SENHOR Deus tem feito; ficarei feliz
porque ele me salvou da morte”. (Salmo 35.9)

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15 “O evangelho é tão simples, tão simples, que a gente não
acredita que seja só isso”. (N eil B arreto )
MARÇO
Para todos, 1/2
A graça de Deus é para todos.
A graça de Deus é para os que estão cansados de tanto lutar,
pela sobrevivência material, sobrevivência emocional, sobrevi-
vência relacional. Às vezes, a luta pela sobrevivência nos cansa.
A graça de Deus é para aqueles que se afastaram de Deus, so-
bre quem, muitas vezes, dizemos, de modo até mesmo cruel,
que estão colhendo aquilo que plantaram. A graça de Deus é
para aqueles que colhem o que eventualmente plantaram.
A graça de Deus é para os doentes, sejam doentes do seu corpo,
doentes da sua mente, para os doentes curáveis, para os doentes
incuráveis. A graça de Deus se manifesta quando Deus cura e se
expressa também quando Deus não cura.
A graça de Deus é para aqueles que sofrem transtornos men-
tais atormentadores. A graça de Deus é para aqueles que têm
mentes ditas normais e para aqueles que têm mente que pare-
cem que não funcionam de um modo regular e saudável.
A graça de Deus é para aqueles que lutam contra os seus dese-
jos, às vezes perdendo para os seus desejos, às vezes ganhando
dos seus desejos; ganhando hoje, perdendo amanhã.
A graça de Deus é para aqueles que acham que não merecem
esta graça, porque, na verdade, ninguém merece esta graça, que
é exatamente algo que recebemos sem que tenhamos mereci-
do receber. A graça de Deus é também para aqueles que acham
que merecem, embora não recebam porque mereçam, porque
graça é um presente que recebemos; não é uma troca entre ami-
gos, mas é uma oferta do grande Amigo de nossas vidas.
A graça de Deus é para todos e isto nos inclui, graças a Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 15 a 16 e Salmo 36


“A tua justiça é firme como as grandes montanhas, e os teus julgamentos são
profundos como o mar. Ó SENHOR Deus, tu cuidas das pessoas e dos animais”.
(Salmo 36.6)

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16 “A graça focaliza quem Deus é e o que Ele fez, tirando o foco
da nossa pessoa”. (C harles S windoll )
MARÇO
Para todos, 2/2
A graça de Deus é para todos.
A graça é Deus de braços abertos para todos aqueles que a que-
rem. Nenhum de nós pode deixar que uma religião, que uma
ideologia, que uma circunstância, que uma história prive al-
guém deste amor de Deus. Se alguém lhe diz que você não me-
rece a graça de Deus, concorde. Você não a merece, mas você a
quer, você a busca, você a deseja. Então, levante os seus olhos
nas horas do cansaço, nas horas da doença, nas horas da hostili-
dade, nas horas das derrotas, e verá Deus de abraços abertos es-
perando você para o acolher.
A graça de Deus é para todos os que a querem. Jesus Cristo
morreu na cruz para que todos nós, que não merecemos tanto
amor, sejamos alcançados por este imenso amor.
A graça de Deus é a grande salvação das nossas vidas. A graça
de Deus é Deus sorrindo para nós, dizendo:
– Venha.
Corramos para a graça de Deus onde seremos acolhidos amo-
rosamente.
Deixemos para trás as mentiras que nos contaram.
Deixemos para trás as esperanças que se frustraram.
Deixemos para trás as dores que dilaceram.
Deixemos para trás os que querem controlar a graça.
Esqueçamos a certeza interior de que não merecemos a graça.
Ninguém a merece mesmo!
Esqueçamos o medo de não sermos aceitos, porque não há a
menor possibilidade de Deus não nos receber.
Recolhamos nossos fardos – feitos de sonhos não realizados,
traumas não curados, feridas não resolvidas – e os colocamos
sobre os ombros para quem não pesa: os ombros de Jesus, a gra-
ça em pessoa.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 17


“Ó Deus, continua a amar os que te conhecem e a fazer o bem aos que têm um
coração honesto!” (Salmo 36.10)

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17 “Nenhuma crueldade, nenhum crime, nenhuma injustiça
escapa à atenção de Deus”. (K ay A rthur )
MARÇO
O que fazer com as nossas cicatrizes
Durante seu tempo como jogador de futebol, portador de uma
habilidade que o levou a atuar nos principais times do mundo,
ele pôde ser admirado em sua arte desenvolvida por um corpo
pontilhado por imensas cicatrizes, vistas no rosto e nos braços.
Certamente, muitas pessoas diante da sua fotografia, devem ter
se perguntado por que, tendo tanto dinheiro, o atleta não fazia
cirurgias plásticas para cobrir as suas marcas.
Perto do fim de sua carreira, ele mesmo explicou: “Quando
me olho no espelho, as cicatrizes me lembram de onde eu vim
e quem eu sou. Estive três meses fazendo terapia e não me lem-
bro do que aconteceu, porque eu era muito pequeno quando
me queimei. Assim, quando as vejo, são parte de minha vida”.
Apesar de sofrer um acidente que deixou marcas para sem-
pre na sua vida, o jogador integrou a elite do futebol mundial.
Quem teve uma infância ruim pode ter uma vida boa. Uma in-
fância difícil pode até ser um trampolim para uma vida adulta
bem-sucedida.
Há pessoas que passam a vida lamentando o passado, culpan-
do-o como a razão do seu fracasso, quando poderiam fixar seus
olhos no que podem fazer, não no que elas mesmas fizeram ou
no que fizeram com elas.
Há pessoas que gastam dinheiro para apagar cicatrizes que
os seus corpos guardam ou mesmo para embelezar corpos que
imaginam feios, como se a cirurgia fosse fazer delas as pessoas
que não são.
Todos carregamos marcas, visíveis e invisíveis, no corpo e na
alma. Elas são parte de nossas histórias. Algumas podem nos
mostrar de onde viemos, por onde passamos e aonde chegamos.
Nesses casos, não devem ser cobertas, mas conservadas como
portas para a reflexão e janelas para a gratidão.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 18


“Os bons passam por muitas aflições, mas o SENHOR os livra de todas elas”.
(Salmo 34.19)

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18 “Um homem desejoso de trabalhar e que não consegue
encontrar trabalho, talvez seja o espetáculo mais triste que a
MARÇO desigualdade ostenta”. (T homas C arlyle )

Trabalho: deixe-o ou ame-o


O trabalho nos iguala.
Todos os dias nos levantamos para trabalhar. Uns em casa; ou-
tros na rua. O trabalho nos diferencia.
Uns amamos trabalhar. Outros odiamos trabalhar. Na verda-
de, são raras as pessoas que não gostam de trabalhar. O que
gera desgosto em alguns é especificamente o que fazem ou o
ambiente em que o fazem. Um trabalho bom (naquilo que se
gosta) não pode ser bom se o ambiente é hostil, leviano, maledi-
cente. Um trabalho bom não pode ser amado se as relações não
são boas, se há injustiças flagrantes. Um trabalho bom não pode
ser bom se é exercido sob as chibatas da escravidão, moderna-
mente desenvolvidas por meio de metas absurdas ou de jorna-
das abusivas, ou de remunerações iníquas.
Quem está nesta condição só tem duas coisas a fazer: pedir a
Deus um outro trabalho e começar a olhar à sua volta em bus-
ca de novas oportunidades, mesmo que demandem mais estudo
e mais esforço. A libertação poderá tardar, mas virá. Deus, que
é justo e bom, é um trabalhador. Jesus mesmo o disse, quando
cantou: “Meu Pai trabalha até agora”.
Felizes são os que têm um trabalho bom. Felizes são os que se
levantam com vontade de começar a desenvolver as suas ativi-
dades, sem ficar durante o dia mirando o relógio para a hora de
parar. Felizes são os que têm colegas ou sócios honestos, com
os quais vale a pena estar. Felizes são que notam que seu traba-
lho faz diferença na vida das pessoas. Felizes são os que podem
ver o seu trabalho como parte de sua vida, não como um apên-
dice abominável.
Quem é feliz no trabalho deve e pode, a cada dia, agradecer a
Deus pelo presente recebido. Quem é feliz no trabalho deve e
pode se empenhar para não torná-lo ruim para os outros. Quem
é feliz no trabalho será ainda mais pleno, se fizer do seu ofício
um trabalho de rei, como se estivesse num templo trabalhando
a vida toda para o Rei do universo.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 19


“Não se vingue, nem guarde ódio de alguém do seu povo, mas ame os outros como
você ama a você mesmo. Eu sou o SENHOR”. (Levítico 19.18)

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19 “José era um homem justo, um trabalhador incansável, um
autêntico guardião daqueles que lhe foram confiados para
MARÇO cuidar”. (J oão P aulo II)

O homem que ouvia anjos, 1/3


Destacamos, com razão, o papel de Maria, a mãe de Jesus, mas
não podemos diminuir o de José, o homem que ouvia anjos.
Temos muito a aprender com ele.
José era um homem atento à voz de Deus. – Todas as importan-
tes decisões tomadas por José foram orientadas por Deus, que
lhe falou por meio de sonhos e emissários. A atenção que José
deu a estes meios de comunicação mostra que ele conhecia as
Sagradas Escrituras, sabendo como Deus age.
Ele não tomava decisões a partir de uma visão autossuficien-
te da vida. Sua visão incluía a dimensão do transcendente. Para
ele, Deus existe e age; Deus ouve e responde; Deus está atento
e intervém.
José está muito além de uma perspectiva secularizadora da
vida. Ele considera a transcendência como fazendo parte da
nossa vida.
Como ele, precisamos considerar que a vida não é apenas esta
que vivemos. Precisamos partir do pressuposto de que não esta-
mos sozinhos. Precisamos buscar a orientação de Deus para as
grandes e para as pequenas coisas da vida.
Deus era o centro da vida de José.
Mais ainda, José era um cidadão cumpridor dos seus deveres.
Quando saiu a ordem para o alistamento compulsório na sua
terra de origem, José pôs os pés na estrada. Teve que levar Ma-
ria. Não podia deixar para trás uma mulher grávida, sozinha e
desprotegida.
Havia riscos, mas havia um dever a ser cumprido. Ele não
usou as dificuldades para se eximir de suas responsabilidades.
Ele sabia que ser um cidadão não implica apenas pensar nos
direitos, mas nos seus deveres também. [CONTINUA em 8 de de-
zembro]

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 20


“Dediquem-se completamente a mim e sejam santos, pois eu sou o SENHOR, o Deus
de vocês”. (Levítico 20.7)

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20 “Todos os nossos atos de desobediência mostram que
falhamos em acreditar nas promessas de Deus”. (J ohn P iper )
MARÇO
Deus é duro, 3/3
Os primeiros livros da Bíblia trazem também leis morais, cujo
fundamento é forte: assim como Deus é santo, também deve-
mos ser santos.
As leis cerimoniais contêm princípios ainda válidos. Sua apli-
cação demanda adaptação aos dias de hoje, diante, sobretudo,
das mudanças que o conhecimento científico trouxe. Esse co-
nhecimento sempre confirma as práticas recomendadas por
Deus: o que muda é o modo de aplicar as leis cerimoniais ou as
leis naturais. Temos várias formas de manter limpo o nosso cor-
po, mas o princípio permanece: devemos manter limpos os nos-
sos corpos (Levítico 17.15-16).
As leis morais continuam sendo absolutas para todos os que
querem ser santos como Deus é santo.
Para relativizar nossos pecados, tendemos a achar que as leis
morais da Bíblia devem ser atualizadas como as leis cerimo-
niais. Lembremos primeiramente que as leis cerimoniais con-
têm princípios que não mudam. De igual modo, as leis morais
são elas mesmas princípios que não mudam. Essas leis são basi-
camente sobre a santidade da vida.
Elas nos dizem, por exemplo, que devemos praticar a justiça
nas grandes e nas pequenas coisas (Levítico 19.35-37) e cuidar
amorosamente dos pobres (Levítico 25.35-38). O princípio des-
sas leis é claro: devemos amar o nosso próximo como nos ama-
mos a nós mesmos (Levítico 19.18), mandamento que, segundo
Jesus, resume todos os mandamentos.
Se algum contemporâneo de Jesus tinha dúvidas sobre a per-
manência do amor ao próximo como alvo da sua vida, deixou
de ter. Se temos alguma dúvida sobre a atualidade das “velhas”
leis, basta que leiamos o Novo Testamento, que não revoga ne-
nhum princípio moral do Antigo Testamento. A graça esclarece
e complementa a lei.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 21 e Salmo 37


“Não se aborreça por causa dos maus, nem tenha inveja dos que praticam o mal.
Pois eles vão desaparecer logo como a erva, que seca; eles morrerão como as
plantas, que murcham”. (Salmo 37.1-2)

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21 “Falar sobre gratidão é algo agradável e cortês, agir em
gratidão é algo nobre e generoso, mas viver em gratidão
MARÇO é tocar o céu”. (J ohannes A. G aertner )

Dois filhos perfeitos


Quando o casal teve um filho intensamente desejado e alegre-
mente saudado, um amigo fez ao pai uma pergunta:
– Você já agradeceu a Deus por ter um filho perfeito?
O pai ainda não o tinha feito.
Chegando em casa à noite, ajoelhou-se e fez uma emociona-
da oração de gratidão a Deus por seu filho ter nascido perfeito.
Decorridos alguns anos, nova gravidez alegrou a família.
Ainda no ventre, os exames mostraram que o bebê tinha “sín-
drome de Down”.
Foi um soco no estômago dos pais. Era o chão se movendo sob
os seus pés.
Era um sonho despedaçado.
Quando o menino chegou, no entanto, os pais e o irmão já esta-
vam preparados para receber um garoto especial, tratado como
igual, embora diferente em seu modo de aprender, mas não na
intensidade de amar e ser amado.
A experiência da espera, o diagnóstico precoce e o convívio
com o menino ajudaram a família a sair da superfície, a evi-
tar as frases feitas e a buscar práticas fora do comum. Levaram
também o pai a refletir sobre a oração que fizera, para agrade-
cer o filho dito perfeito.
Agora aquela oração o incomodava. Tentou esquecê-la, mas a
angústia só aumentava, até que um dia, no mesmo lugar da prece
anterior, ajoelhou-se diante de Deus, com as seguintes palavras:
– Senhor, eu te peço perdão por ter agradecido naquele dia por
ter tido um filho perfeito. Eu devia ter te agradecido por ter tido
um filho. Agora que tenho dois, sei que são presentes teus. Vie-
ram da tua vontade, sempre perfeita, boa e agradável.
A nova atitude do pai nos mostra que a oração não é o lugar
para a celebração dos nossos preconceitos, mas para uma refle-
xão sobre as nossas práticas.
A oração é o lugar para a celebração da nossa gratidão, reco-
nhecendo que o que recebemos de Deus é sempre perfeito.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 22 e Salmo 38


“Ó Senhor, tu sabes o que eu desejo, pois ouves todos os meus gemidos”.
(Salmo 38.9)

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22 “O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em
água e luz. Depois árvore”. (M anoel de B arros )
MARÇO
A natureza não perdoa
A palavra “rebeldia” ganhou contornos de virtude. Assim, o ad-
jetivo “rebelde” se tornou um elogio. Sobretudo os cantores gos-
tam de parecer rebeldes, muitas vezes apenas nas roupas, nos
gestos e nos trejeitos no palco.
Como está nos dicionários, rebelde é quem resiste a todo tipo
de autoridade, controle ou tradição. Sempre devemos nos per-
guntar: e se a autoridade for bem exercida? E se o controle traz
regras que geram vida? E se a tradição é boa?
O contrário de “rebeldia” é harmonia. O rebelde canta no coro
dos contrários. O rebelde busca outro tipo de harmonia. Quan-
do um artista faz adeptos, ele forma um novo tipo de harmonia.
Quando um artista rompe as regras da sua arte, sua obra pode
ser esquecida por ser ruim ou pode ser elogiada por ser boa.
Quando ele é bem recebido, cria um novo jeito de fazer arte e
estabelece novas formas de harmonia.
Se a rebeldia do artista é bem-vinda contra as formas do auto-
ritarismo, a rebeldia do ser humano contra a natureza é trágica.
Contra a natureza, poucos são rebeldes por ideal. A maioria o
é por egoísmo, que se vence com fé em Deus, e ignorância, que
se supera aprendendo. Quem joga lixo num rio talvez não ima-
gine que esteja fazendo mal ao próximo e, mais adiante, a si
mesmo. Quem desperdiça água usa os recursos naturais que a
terra providencia como se fossem inesgotáveis.
As leis da natureza são implacáveis. Todos somos chamados a
viver em harmonia com elas. Nossa rebeldia tem um preço que
alcançará a nossa geração e as próximas.
Se queremos ser sábios e santos, vivamos em harmonia com a
natureza. Ela nunca perdoa.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 23 e Salmo 39


“Confie em Deus, o SENHOR, e faça o bem e assim more com toda a segurança na
Terra Prometida”. (Salmo 37.3)

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23 “Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado
em nós”. (F ranz K afka )
MARÇO
Uma folha no jardim
Um avião voa.
Um avião voa por causa do livro, onde inventores e tripulantes
aprenderam. Um livro faz voar quem está dentro de um avião.
Um livro faz voar quem está fora do avião. O livro faz o avião
voar. O livro nos faz voar, com as asas da imaginação, para des-
tinos nunca imaginados, por roteiros ainda não desenhados.
Um atleta corre.
Um atleta corre por causa do livro, onde teóricos, técnicos e es-
portistas aprenderam a fazer dos músculos alavancas para a ve-
locidade. Quem não quer ou não pode correr pode correr pelas
páginas de um livro, passando por obstáculos elevados, miran-
do alvos que conquistarão lindas medalhas invisíveis.
Um professor ensina.
Um professor ensina por causa do livro, numa biblioteca reu-
nida ou dispersa, separada por lugares e por dias. Para quem
ensina, cada linha é conhecimento a ser captado, adaptado,
apresentado, explicado. Quem ensina não sabe aonde chega o
que sabe. Quem lê jamais sabe onde vai terminar a sua jorna-
da, que para uns pode ser apenas o que aprendeu e para outros
pode ser o que ainda vai aprender, ensinar, escrever, aplicar.
Um cirurgião opera.
Um cirurgião opera por causa do livro. Quando suas mãos ma-
nejam o bisturi, com elas está o desejo de curar, mas estão as
técnicas mais apuradas e as práticas mais antigas, conservadas
em grossos compêndios.
Um livro é o lugar onde o ser humano se supera. Com ele, o ho-
mem se liberta. Com ele, a mulher vence. Com ele, o jovem so-
nha. Com ele, a mulher desperta. Com ele, a criança sorri. Nele,
o idoso celebra seu passado.
Um livro é uma folha no jardim. Pode ficar ali. Pode alimen-
tar. Pode voar.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 24 e Salmo 40


“O SENHOR Deus disse ao povo de Israel: ‘Não façam nenhum ídolo ou imagem,
nem coluna sagrada ou pedra com figuras gravadas para adorar. Não adorem nenhum
deles; eu, o SENHOR, sou o Deus de vocês’”. (Levítico 26.1)

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24 “A única coisa que trará mudança é aceitar a imperfeição,
agradecer a imperfeição trazida pelo fato de não conseguir
MARÇO fazer as coisas bem e começar, como se fosse a primeira vez”.
(M aria E mmaus V oce )

A imperfeição dos perfeitos


Nenhum de nós chegou ao ponto de não ter nada mais para mu-
dar, em nosso caráter, em nosso temperamento, em nossa fé, em
nossa disposição diante da vida.
Assim mesmo, imperfeitos, podemos criticar os outros. A críti-
ca aperfeiçoa os criticados. Mesmo um grande autor pode tirar
proveito do que sobre sua obra anotou um crítico que nunca es-
creveu nada, exceto críticas.
Entretanto, a primeira tarefa do crítico deve ser a autocríti-
ca, essa capacidade de se olhar no espelho, para ser uma pes-
soa melhor.
Quem se autocrítica sabe que não é perfeito. Quem se autocrí-
tica criticará o outro com objetividade e suavidade. Quem se au-
tocrítica criticará o outro com inteligência, mas sem arrogância.
Quem se autocrítica criticará o outro com humildade, sabendo
que tem muito chão para pisar. Quem se autocrítica não espera
do outro a perfeição que não tem. Quem se autocrítica pergunta
se faria melhor do que o outro faz.
Quando reconhecemos a nossa imperfeição, pomos o pé na es-
trada, prontos para inspirar o seu pó, conhecer os seus desvios,
dar passos por vezes para trás, mas com o desejo de seguir em
frente, nela, para o alvo – a perfeição – que nunca alcançaremos
enquanto formos de carne e osso.
Todos os dias, então, precisamos primeiro olhar para as nossas
próprias dificuldades e depois para o cisco nos olhos dos outros.
Na verdade, se olharmos para o que precisamos mudar em nos-
so próprio caráter, em nosso próprio temperamento, em nossa
própria fé e em nossa própria disposição para a vida, teremos
vergonha de olhar para os defeitos dos outros.
Nossa humildade, no entanto, não nos deve paralisar, mas nos
empurrar para frente, rumo à perfeição.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 25


“Que ninguém explore os outros; que todos temam a Deus, pois ele é o SENHOR,
nosso Deus”. (Levítico 25.17)

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25 “O grande general é aquele que triunfa e não aquele que
deveria ter triunfado”. (E rnest R enan )
MARÇO
Pressionam-nos
Vivemos sob pressões.
Há pressões boas.
Pressionam-nos para estudar e devemos reconhecer o valor
das palavras que nos põem na rota do estudo.
Pressionam-nos para trabalhar e devemos agradecer a quem
estimula ou mesmo exige que pisemos na rua para suar.
Pressionam-nos para acordar cedo, com o relógio despertan-
do, com as vozes nos sacudindo, sons que devemos receber com
alegria.
Diferentemente, porém, há pressões péssimas.
Sentimo-nos pressionados a ter o carro do outro que não temos.
Dizem-nos que devemos ter a casa do outro que não possuímos.
Seduzem-nos com a marca de um produto que não usamos.
Contam-no do itinerário de uma viagem que nunca fizemos.
Querem que corramos num ritmo que não é o nosso.
Orientam-nos a fazer um curso que não queremos.
Exigem que desejemos um emprego que não desejamos.
Forçam-nos a pensar algo que insistem que pensemos.
Sugerem-nos buscar atalhos que condenamos mas pelos quais
“todo mundo” desce.
Em nome da liberdade, cassam-nos a liberdade e, por esta vio-
lência contra nós, não protestamos. Na verdade, aceitamos e
pressionamos também.
Assim caminha a humanidade, como ovelhas para o matadouro.
Contudo, há um jeito diferente do estilo da caravana, que não
tem que ser o nosso.
Há um jeito honesto de viver, que tem que ser o nosso.
Há um jeito simples de viver, que deve ser o nosso.
Há um jeito calmo de viver, que pode ser o nosso.
Há um jeito santo de viver, que precisa ser o nosso.
Há um jeito livre de viver, que devemos desejar como sendo
para nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 26


“O SENHOR Deus disse ao povo de Israel: ‘Não façam nenhum ídolo ou imagem,
nem coluna sagrada ou pedra com figuras gravadas para adorar. Não adorem nenhum
deles; eu, o SENHOR, sou o Deus de vocês’”. (Levítico 26.1)

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26 “Só quem criou o ser humano o pode fazer feliz”.
(A gostinho de H ipona )
MARÇO
Crer é bom, 1/2
É muito bom crer, mas nem todos creem.
Uns não querem. Outros não conseguem. Outros passam ao
largo da questão.
A história da fé é sempre individual. É também sempre indivi-
dual a história da descrença.
Crer por vezes é absolutamente irresistível. Imagine-se numa
viagem para fazer uma coisa que você acha certa, embora seja
errada. Uma luz imensa brilha diante de você e uma voz firme,
que só você escuta, lhe pergunta: “Por que você me persegue?”
A identidade de quem fala é tão clara como a palavra proferida:
como não crer que Deus mesmo lhe falou e não seguir de mãos
dadas com ele? Neste caso, crer é sobretudo uma reação racio-
nal diante de uma experiência real.
Crer não dispensa pensar todas as coisas com todas as forças
da razão.
Crer é pensar tudo com a humildade da razão, que sabe que
não pode explicar tudo.
Não crer é uma forma de crer que Deus não existe e, se exis-
te, é o próprio ser humano. Não crer é crer que a natureza (in-
cluído o ser humano) surgiu por acaso, de uma convergência
de fatores aleatoriamente movidos em direção à vida que an-
tes não existia. Não crer é crer que a vida de um ser humano
cessa quando ele morre, como se fosse um pedregulho esfarela-
do. Não crer é crer que a vida não tem sentido e, se tiver, será o
sentido que lhe atribuirmos hoje, que pode ser diferente ama-
nhã. Não crer é como tentar contar com os dedos quantas são
as estrelas no céu, conhecimento impossível com os recursos da
visão e também porque o universo está em expansão. Descrer
é crer que Jesus Cristo não existiu e, se existiu, era um sábio
exemplar que morreu e continuou morto.
Entre crer e não crer, a alternativa mais sábia, mesmo que di-
ficílima para alguns, é crer. É saboroso crer que o Deus de modo
dinamicamente apresentado na Bíblia Sagrada existe e nos ama.
Sim, somos amados por Deus. [CONTINUA em 28 de março]

Para ler HOJE na Bíblia: Levítico 27


“O SENHOR nos guia no caminho em que devemos andar e protege aqueles cuja vida
é agradável a ele”. (Salmo 37.23)

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27 “A alegria evita mil males e prolonga a vida”.
(W illiam S hakespeare )
MARÇO
A alegria de abençoar
“Deus te abençoe”, diziam os antigos. “Deus te abençoe”, deve-
mos ainda dizer.
Não temos graça própria para distribuir, mas temos a graça de
Deus para desejar ao outro.
Abençoar o outro é desejar que a graça de Deus o alcance.
Quando a vida está seca, só o óleo da graça de Deus pode rea-
nimá-la.
Quando a vida está enferma, só o remédio da graça de Deus
pode curá-la.
Quando a vida está sem sentido, só o sorriso da graça de Deus
pode dar sentido a ela.
Quando a vida está solitária, sem ninguém para um abraço, só
a presença da graça de Deus pode lhe fazer companhia.
Quando a vida está cansada de sonhar sem que nada de bom
aconteça, só a bondade da graça de Deus é bálsamo que faz des-
cansar.
Quando a vida está sem esperança, só a presença da graça de
Deus pode ampliar, pela primeira vez ou novamente, os seus
horizontes.
Quando a vida se afunda na perplexidade das perguntas, só a
sabedoria da graça de Deus pode trazer as respostas que reacen-
dem a vontade de existir.
Quando a vida está prestes a admitir o triunfo definitivo da
violência e da injustiça, só a soberania da graça pode intervir e
reverter as consequências das desgraças.
Deus manifesta para conosco a sua graça. Um dos meios que
usa para manifestar a sua graça são as vidas daqueles que já
foram alcançados por ela. Por isso, ele nos pede para que aben-
çoemos os outros.
Para que abençoemos, precisamos aprender também a viver
com graça.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 1 a 2 e Provérbios 1


“Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR. Os tolos desprezam a
sabedoria e não querem aprender”. (Provérbios 1.7)

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28 “A fé é uma claridade que desfaz as sombras interiores”.
(C oelho N eto )
MARÇO
Crer é bom, 2/2
Se é verdade, mesmo com a experiência pessoal, que é difícil
crer porque são muitas as perguntas a que a incredulidade não
responde, é mais difícil não crer.
Por isto, alguns creem em qualquer coisa: que os astros go-
vernam a vida, mesmo ausentes as evidências; que no universo
há uma conspiração a nosso favor, para fazer que tudo dê cer-
to; que nada acontece por acaso, não porque haja um deus que
tudo organize, mas por haver um destino traçado para cada pes-
soa e evento, como se não houvesse livre-arbítrio; que se Deus
existe, ele criou o mundo, fundou as leis para que funcione e
dele se retirou.
Crer não é crer em qualquer coisa.
Do que aprendemos na Bíblia Sagrada, crer não atenta con-
tra a razão, mas a convida para a caminhada, como duas crian-
ças que se equilibram de mãos dadas sobre os dois trilhos de
uma linha de trem, trilhos que não podem se encontrar nem
se separar.
Crer é aceitar que Deus, o Deus Todo-Poderoso e Completa-
mente Amoroso, existe e intervém, ouve e fala, respeitada a li-
berdade humana como regra geral.
Crer é confiar que Deus se relaciona com o ser humano e apre-
cia os encontros. Quem confia faz como a criança que se joga do
alto para baixo certa que a aguardam os braços do pai.
Crer é esperar que, no fim do caminho, feito de pedras no
meio, Deus espera os que creem para, depois da acolhida, ser-
vir-lhes o banquete, regado à plena comunhão com ele.
Crer é descansar, quando descansar é a melhor coisa a se fa-
zer, talvez a única, diante de buscas sem fim.
Crer é ouvir as palavras de Jesus e recebê-las como o caminho,
a verdade e a vida.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 3 a 4 e Provérbios 2


“Portanto, siga o exemplo dos bons e viva uma vida correta”. (Provérbios 2.20)

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29 “A maioria dos homens gasta a melhor parte da vida tornando
a outra miserável”. (M arcelo P roust )
MARÇO
A juventude
Passa rápido a vida.
O jovem de agora foi adolescente hoje pela manhã e bebê na
noite passada. O tempo voa. O tempo sempre voa. É conteúdo
volátil.
Quando somos jovens, não contamos com a sabedoria que o
tempo trará, nem temos o medo que as experiências futuras ge-
rarão. Por isto, somos ousados. Juventude e prudência são, de
certo modo, uma contradição.
No entanto, a sabedoria não precisa do tempo para nos visitar,
nem a prudência depende da passagem dos anos para nos acom-
panhar. Para sermos modestamente sábios e prudentes, man-
tendo a ousadia, podemos contar com recursos a não dispensar.
Precisamos de uma dose modesta de humildade, aquela que
nos faz aprender para realizar nossos sonhos.
Podemos contar com o tempo vivido pelos outros, a quem bus-
camos ouvir. Não precisamos cometer os mesmos erros que
nossos pais ou nossos amigos mais velhos cometeram. Não te-
mos que percorrer os mesmos caminhos, nem temos que seguir
por atalhos que usaram e que os levaram aos precipícios. Não
precisamos seguir sempre sozinhos.
Parte da experiência que os outros viveram e que pode nos en-
riquecer está nos livros, bem como em outros produtos, como os
filmes, preparados nas gerações passadas – e mesmo na nossa
– dos quais devemos fazer nossos companheiros. Devemos in-
clusive ter como meta pessoal escrever e ver publicados nossos
próprios livros ou produzidos e projetados nossos filmes.
Sobretudo, para que sigamos bem na juventude, precisamos
ter bem clara a nossa identidade, de pessoas amadas por Deus,
de quem não devemos nos esquecer, porque Ele caminha co-
nosco também.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 5 a 6


“Que o SENHOR os abençoe e os guarde; que o SENHOR os trate com bondade
e misericórdia; que o SENHOR olhe para vocês com amor e lhes dê a paz”.
(Números 6.24-26)

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30 “Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade,
mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no
MARÇO presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu”. (L ya L uft )

A maturidade
A idade média das nossas vidas é marcada pela luz da conquis-
ta e da produtividade. Somos conhecidos pelo que fazemos,
pelo dinheiro que ganhamos, pelas coisas que compramos.
Nessa era, formamos uma família e tomamos decisões de va-
lor permanente.
A idade média das nossas vidas é acompanhada pelas trevas
das tensões, pontilhada pelo medo e tem o seu tempo fixado por
um relógio que parece andar mais rápido que o nosso corpo.
Não importa que estejamos inseguros; somos cobrados como
adultos. Não se espera que tenhamos dúvidas; somos vistos
como líderes. Há expectativas a realizar e lá vamos nós! É neste
clima que conquistamos, sem nos perder na sedução e na cor-
rupção e, às vezes, nos perdemos nelas. É nessa era que man-
temos nossos valores e é nessa era que podemos trocar nossos
ideais por dinheiro e nossa dignidade pelo poder. Todos os cor-
ruptos e corruptores nascem nessa época.
A idade média das nossas vidas é pesada. Seria mais leve, se ti-
véssemos a força da juventude e a sabedoria da velhice. Assim
mesmo, podemos ser fortes e sábios. Podemos ser fortes apren-
dendo a poupar nossas forças com moderação. Como no fute-
bol, não precisamos correr demais, desde que façamos a bola
voar. Podemos ser sábios observando, para errar menos.
Podemos viver bem a nossa meia idade, cientes dos riscos.
Vivemos bem a nossa idade média quando a vivemos certos
de que fazemos uma grande obra, a obra de nossas vidas, sem
nos contentarmos apenas com o alvo da construção de um pa-
trimônio, mas desejando a meta da relevância. O mundo não
precisa de pessoas ricas, poderosas ou famosas, mas de pessoas
relevantes, que vivem as suas vidas como presentes recebidos
das mãos de Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 7 a 9


“De acordo com a ordem do SENHOR, eles acampavam ou começavam a caminhar.
Os israelitas faziam isso obedecendo ao que o SENHOR ordenava por meio de
Moisés”. (Números 9.23)

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31 “Ajudar os outros significa que nossos ouvidos e nossos olhos
estão abertos”. (H. N orman W right )
MARÇO
Abrir portas
Fazer bem feito abre portas.
Se aquilo que nos veio à mão é difícil, esforcemo-nos para
aprender a fazer bem feito. Se o que nos pedem está aquém de
nossa capacidade, de tão fácil, caprichemos em sua feitura as-
sim mesmo.
Se acordamos indispostos, procuremos atender bem as pes-
soas que nos chegam, certos de que os nossos problemas não
lhes pertencem. Se estamos alegres, levemos nossa felicidade
para nosso ambulatório, nossa classe, nosso laboratório, nossa
oficina, nosso parlatório, nossa loja, nosso escritório.
Se fomos tratados de uma maneira grosseira, continuemos
suaves. Se sorriram para nós, escancararemos nossos lábios.
Se nos fecharam o rosto, não nos fechemos como resposta. Se
nos deram atenção, retribuamos efusivamente.
Se nos pagam pouco pelo que fazemos, façamos o que nos cabe
com esmero. Se nos pagam bem, façamos bem a nossa tarefa.
Nada façamos de qualquer jeito, com cara feia ou displicência.
Façamos nosso dever com prazer.
Quando fazemos bem feito, abrimos portas.
Quando fazemos mal feito, mesmo que tenhamos muitos mo-
tivos para agir assim, fechamos portas.
Jamais fechemos portas!
O modo como fazemos transforma o cenário em que vivemos,
para pior ou para melhor.
Para que as coisas sejam piores, não precisam de nós. Para
que sejam melhores, dependem de nós. Nós sairemos ganhan-
do, porque portas vão se abrir e poderemos entrar por elas.
Em porta que nós mesmos fechamos, não adianta bater.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 10


“Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz”.
(Provérbios 1.8)

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1 “A mentira revela a alma vil, o espírito apequenado e o caráter
viciado”. (F rancis B acon )
ABRIL
Viva a verdade
As falsidades circulam.
Por trás delas, fazendo-as nos alcançar, há interesses que ra-
ramente percebemos.
Devemos cuidar para não engolir falsidades.
Elas podem nos vir sob a forma de um elogio falso, dito para
nos animar ou mesmo para nos enganar.
Elas podem tomar a forma de uma notícia distribuída por
agências especializadas ou por veículos de comunicação que,
de alguma forma, pagamos para ler, ver ou ouvir e que vira ver-
dade, embora não tenha sido verificada.
Elas podem pousar diante de nós sob a forma de um pedido,
de um alerta, de uma advertência, de uma brincadeira, de um
protesto, de um anúncio comercial, com a intenção de nos levar
a aderir a uma causa, a uma ideologia, a um produto ou a uma
teoria de conspiração.
Elas podem se realizar dentro de nós como uma recusa a ver
a realidade que nos caracteriza, seja um medo, um vício, e nos
impede de voar.
Tendemos a engolir falsidades, sobretudo quando parecem es-
tar a nosso favor, a favor do que pensamos, a favor do que luta-
mos, a favor do que cremos. Por isto, chegamos a pensar que os
fins desejados justificam os meios adotados. Às vezes, sabemos
que a informação é falsa ou duvidosa, mas a produzimos, en-
golimos ou reproduzimos, certos de que vai ajudar no objetivo
que queremos alcançar, objetivo até legítimo que concordamos
em implantar de modo ilegítimo.
Devemos ser críticos de toda informação que nos é oferecida.
Se nos passam uma nota, devemos lê-la com atenção, duvidan-
do. A honestidade, a paciência e o espírito crítico nos ajudam a
desmascarar falsidades.
Só vale a pena o ideal que se concretiza por meio da verdade.
A mentira escraviza. A verdade liberta.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 11


“Escute os sábios e procure entender o que eles ensinam”. (Provérbios 2.2)

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2 “Feliz é aquele que encontra um amigo digno desse nome”.
(M enandro )
ABRIL
Da amizade como virtude, 2/3
Nascemos para conversar, para trocar ideias e afetos. Até Deus
é assim. Ele é relacional. Ele é Pai, Filho e Espírito Santo.
Desde cedo, Ele preferiu não viver sozinho e criou Adão. Os
dois eram muito amigos. De tardezinha, Deus vinha bater papo
com o homem. Adão também gostava e devia passar o dia intei-
ro imaginando a hora em que conversaria com Deus.
Como só vinha de tarde, o Criador resolveu fazer uma compa-
nhia para Adão, que estivesse com ele o dia todo. Criou a mu-
lher. A serpente ficou cheia de ciúme. Ela também queria ter a
amizade do homem e da mulher. Estava inventado o egoísmo.
Para ser e ter amigos, precisamos combater a tendência natu-
ral ao egoísmo. A amizade é um sentimento a ser apreendido,
como o amor, o respeito e tantas outras virtudes.
O sábio disse: “Quem não gosta de estar na companhia dos ou-
tros só está interessado em si mesmo” (Provérbios 18.1).
Para ter e ser amigos, precisamos converter o nosso coração,
mudando nossa maneira de ver as pessoas. Elas não existem
para nos servir. Nós existimos para servir uns aos outros.
Para ter e ser amigos, precisamos saber escolher. Diferente-
mente dos colegas e dos familiares, nós escolhemos os amigos.
Escolhemos e somos escolhidos.
Devemos escolher bem e nos deixar escolher do mesmo modo.
A amizade é o prazer de estar junto, para multiplicar os so-
nhos para o futuro e dividir as tristezas do presente:
Ser amigo é ser/ter mãos prontas para nos puxar na brinca-
deira de roda, para nos levantar firmes do duro chão, para irem
(essas mãos) dadas conosco a estrada toda.
Ser amigo é olhar o outro com os olhos do outro. Ter amigo é
ser olhado pelo outro com os nossos olhos, com os compassivos
olhos do coração. [CONTINUA em 5 de maio]

Para ler HOJE na Bíblia: Números 12


“Deus protege os que tratam os outros com justiça e guarda os que lhe obedecem”.
(Provérbios 2.8)

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3 “O inimigo é o medo. Achamos que é o ódio, mas é o medo”.
(G andhi )
ABRIL
Gigantes falsos
Em nossas experiências de vida, enfrentamos gigantes.
Esses gigantes podem ser verdadeiros, mas podem também
ser falsos.
Um diagnóstico de uma doença grave, por exemplo, é um gi-
gante verdadeiro. Um diagnóstico que ainda não foi dado é um
gigante falso.
Uma demissão no emprego é um gigante verdadeiro, mas o te-
mor de uma demissão é um gigante falso.
Muitas vezes, portanto, sofremos com ameaças que existem
apenas em nossa imaginação dominada pelo medo. As derrotas
do passado não têm que nos assombrar hoje.
Um exemplo de como podemos enfrentar gigantes falsos vem
de uma história antiga contada na Bíblia (Números 13.1-2 e 16-33).
O povo de Israel, depois de peregrinar pelo deserto por 40 anos,
estava perto de atravessar o limite entre o sonho e a realidade.
Seu líder enviou, então, 12 espiões para pesquisar as condições
na terra a ser conquistada. Os espiões coletaram os dados e, na
volta, deram seu relatório. A maioria anônima (10) disse que o
território desejado era impossível de ser conquistado, por ter
muralhas intransponíveis e possuir um exército formado por
gigantes invencíveis. A minoria (dois espiões cujos nomes são
mencionados) trouxeram outros dados: as muralhas eram al-
tas, mas dava para subir por elas; os gigantes existiam, mas po-
diam ser derrotados.
Contra a maioria, os líderes escolheram o relatório dos dois e
conquistaram a terra que lhes fora prometida.
Diante do que temos para realizar, precisamos ver se os obs-
táculos (gigantes) são reais e, se são reais, se não estão sendo
superavaliados. Os olhos da fé fazem cair os fantasmas e nos
mostram os problemas como são.
Os olhos da fé nos fazem também nos sentir gigantes para as
conquistas que precisamos fazer.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 13 a 14 e Provérbios 3


“Confie no SENHOR de todo o coração e não se apoie na sua própria inteligência”.
(Provérbios 3.5)

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4 “Suba o primeiro degrau na fé. Você não precisa ver
toda a escadaria; basta alcançar o primeiro degrau”.
ABRIL (M artin L uther K ing J r .)

Pausa
Quando, ao nosso redor,
A vida se desmorona, como um dominó,
Com tudo sob o controle da intensa dor,
Quando todos apontam na mesma direção,
Como se houvesse apenas uma orientação
para onde todos (bois?) unanimemente vão,
Quando o beco é o nosso horizonte,
Não havendo para o rio uma ponte,
Nem para o túnel uma clara variante,
Quando nossa saúde recebe diagnóstico,
Que assusta e não permite gesto apático,
por ser tristemente reservado o prognóstico,
Quando se desorganiza a economia nacional
E a nossa, que nos permite tocar a vida pessoal,
Também conhece o descontrole total,
Quando o crime, mais que parece, compensa,
E a sua teia cada vez mais se adensa
E achamos que não há mesmo esperança,
Quando o mal, que brilhava longe, chega perto,
E o destino pior parece absolutamente certo,
Confusa a história, quebrado o nosso conforto,
Quando a pressão com força nos esmigalha,
O medo sobre o nosso corpo se espalha,
A fé é como lenha que arde na fornalha,
Precisamos de serenidade.
Serenidade não é conquista.
Não se guerreia por ela.
Não vem quando nossa ansiedade ainda fala.
É dom que Deus nos põe à vista.
Desce-nos quando nossa alma se ajoelha.
Toma-nos quando nossa sabedoria se cala.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 15 a 16 e Provérbios 4


“Ame a sabedoria, e ela o tornará importante; abrace-a e você será respeitado”.
(Provérbios 4.8)

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5 “O pecado começa como teia de aranha, mas torna-se uma
camisa de força”. (J.C.R yle )
ABRIL
Melhor é o que permanece, 2/3
Podemos ser movidos a ambição, por poder ou dinheiro. O po-
der faz com que nos sintamos mais altos e melhores que os ou-
tros. O poder é o resultado de uma cadeia de interesses que se
amplia indefinidamente, até ser rompida pelas intrigas e então
se reorganizar em outro círculo, com novas personagens e tam-
bém com os mesmos atores de sempre.
Quando ganhar dinheiro é o que nos move, sentimos uma
compulsão por ter mais para irmos além, sem saber onde fica
esse além. O prazer de ter o que o dinheiro pode comprar se tor-
na banal, mas assim mesmo queremos ter mais, por diferentes
motivos, inclusive o medo de não ter. Poder e dinheiro se tor-
nam fins em si mesmos e nos escravizam. Tendo alcançado o
que queríamos, o vazio nos domina, mas achamos que a lacuna
será preenchida se tivermos mais.
Podemos ser movidos a sedução. Queremos conquistar, seja o
corpo do outro, a atenção do outro ou o que o outro é ou tem.
Seduzir é buscar a aprovação do outro, a aceitação pelo outro, o
amor do outro, como se fôssemos atores que representam para
uma plateia, que responde com aplausos. Deixar-se seduzir é a
outra face da busca da aprovação. Por isto, nossos olhares men-
digam seduções, como se não tivéssemos valor se não nos sedu-
zissem. Por isso, para seduzir ou ser seduzidos, tantas vezes nos
oferecemos ao outro.
Lembremos que, depois da conquista, vem o desejo de outra
conquista, numa sucessão que nos leva ao tédio.
Se é o poder ou o dinheiro
que faz nossa movimentação,
não podemos perder o roteiro
Que nos diz que seu brilho é passageiro.
Por mais sedutor que seja, nem um nem outro resolve o senti-
do da nossa vida, que está no exercício da missão. [CONTINUA
em 11 de maio]

Para ler HOJE na Bíblia: Números 17 a 18


“Se você andar sabiamente, nada atrapalhará o seu caminho, e você não tropeçará
quando correr”. (Provérbios 4.12)

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6 “Aquele que é feliz espalha felicidade. Aquele que teima na
infelicidade, que perde o equilíbrio e a confiança, perde-se na
ABRIL vida”. (A nne F rank )

A arte do equilíbrio, 1/2


É sobre os trilhos das extremidades que caminha a humanidade.
Num deles andam os incrédulos.
No outro se equilibram os crentes.
Quem não crê possivelmente vive sem esperança, esperan-
ça para o ser humano, esperança para si mesmo, uma vez que,
para ele, a vida se resume ao período de dias vividos por uma
pessoa. Com sua âncora firmada sobre o solo da razão e sua vi-
são alcançando apenas o horizonte dos olhos naturais, ou resol-
ve seus problemas ou não os resolve.
Quem crê não pode e não deve abrir mão da razão. Sem ra-
zão, a fé se transforma em superstição. E a superstição é uma
negação da fé.
A lista de superstições que rondam os que creem é grande.
Numa hora difícil, quem crê ouve que Deus já lhe concedeu a vi-
tória. Numa hora de incerteza, quem crê escuta que tudo é pos-
sível a quem acredita. Numa hora de necessidades, quem crê
recebe um versículo bíblico segundo o qual Deus satisfaz os de-
sejos dos humanos corações.
É verdade que a Bíblia é o livro das promessas, formuladas
aos milhares.
São, no entanto, milhares também na Bíblia as advertências
aos que tomam decisões erradas, bem como as orientações so-
bre os bons caminhos a serem pisados.
Há promessas incondicionais e que não dependem do que cre-
mos ou fazemos. Um bom exemplo é que Deus sempre nos espe-
ra de volta quando dele nos afastamos. A outra é que podemos
ter certeza de que não existe um lugar a que vamos em que ele
não esteja. Sim, Deus está conosco quando atravessamos os va-
les sombrios da existência.
Podemos nos agarrar a estas promessas. São infalíveis. [CON-
TINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Números 19 a 21


“Lembre-se sempre daquilo que aprendeu. A sua educação é a sua vida; guarde-a
bem”. (Provérbios 4.13)

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7 “A felicidade mais elevada é aquela que corrige os
nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades”.
ABRIL (J ohann W olfgang von G oethe )

A arte do equilíbrio, 2/2


Se há promessas incondicionais, feitas por Deus, há aquelas que
decorrem da busca por uma vida digna.
Se queremos uma vida boa, devemos ouvir as condições para
alcançá-la.
Todos os mandamentos divinos nos mostram as consequên-
cias da obediência e da desobediência e nos foram oferecidos
para nos estimular a amar o próximo, falando a verdade, res-
peitando os mais velhos, cuidando da vida, buscando fazer o
que é bom.
A Bíblia nos lembra que há bênçãos para quem faz o bem e di-
ficuldades para os que escolhem fazer o que é errado. Pode ser
que quem faz o que é errado colha, real ou aparentemente, bons
frutos, mas esta não é a regra.
Assim, para que a sua fé não passe de um amontoado de frases
bem-intencionadas, quem crê precisa examinar a Bíblia toda,
com suas promessas e seus ensinos. Quem quer ter uma vida fe-
liz precisa desejar seguir os princípios nela comunicados.
Seguir o próprio instinto e esperar que Deus o abençoe é su-
perstição. É uma espécie de conto do vigário aplicado a si mes-
mo. É estelionato religioso. É enganar-se a si mesmo.
Buscar orientar a vida pelos parâmetros de Deus é fé, fé ma-
dura, fé inteligente, fé racional. Bem faremos, se esta for a nos-
sa escolha, mesmo que falhemos.
Quando corajosamente fazemos o que queremos, devemos ser
suficientemente corajosos para pagar a conta de nossas decisões.
Diante das promessas ouvidas, precisamos examinar se são
realmente de Deus e perguntar se ele espera algo de nós.
Quando vivemos fora dos padrões desejados por Deus, não só
perdemos o que ele realmente tem para nós, bem como nega-
mos aos outros a possibilidade de conhecer suas maravilhosas
promessas, tanto as incondicionais quanto as condicionais.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 22


“A estrada em que caminham as pessoas direitas é como a luz da aurora, que brilha
cada vez mais até ser dia claro”. (Provérbios 4.18)

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8 “Suponho que toda a nossa vida presente, quando olharmos
para trás, a partir daí, não parecerá mais do que um devaneio
ABRIL sonolento. Este é o mundo dos sonhos. Mas o galo está para
cantar”. (C.S. L ewis )

Chorando juntos, 1/3


Que dizemos quando uma pessoa amiga soluça a dor de ter visto
partir sem vida o amor da sua vida? Como abraçar quem lhe diz
que, com a morte do seu amor, sua vida também acabou?
Se as pessoas nos importam, o chão que lhes falta nos fal-
ta também. Podemos lançar mão das frases feitas e dizer, por
exemplo:
– Deus tem um propósito e você ainda o descobrirá.
– Alguma coisa Deus está querendo lhe dizer: ouça-O.
– Não pergunte “por quê?”, mas para “para quê?”.
A morte não realiza nenhum propósito. Ao contrário, despeda-
ça-o. O casal se amava e pretendia se amar até o fim, mas a mor-
te separou os dois. Não tem propósito.
Imaginar que a morte veio para fazer lembrar o amor de Deus
não se sustenta como argumento. Ao contrário, cala-o. A família
se amava, com relacionamentos firmes e saudáveis, mas a mor-
te de um filho, de uma filha, de um irmão, de um pai ou mãe fez
as trevas tomarem conta da casa. Não há ensino nisto.
Inverter a pergunta, de um “por quê?” para um “para quê?”,
aumenta a perplexidade de quem chora, porque a morte tem a
ver com o presente e com o passado, nunca com o futuro. E não
há futuro na morte.
Quando explicamos o inexplicável, vinda a morte por uma
doença avassaladora ou gerada por uma violência letal, au-
mentamos a dor de nosso irmão, fazendo-o chorar ainda mais.
Quando nos colocamos no lugar de Deus, discorrendo sobre o
que não sabemos, transferimos para Deus ações que ele não to-
mou, tornando-O culpado.
Precisamos cuidar para que nossas palavras não sejam os fios
de uma navalha que a alma do outro retalha. Nossa bem-inten-
cionada piedade não pode se converter em pesada impiedade.
Se somos compassivos, nosso primeiro gesto é refrear a lín-
gua, para que não fira ainda mais. [CONTINUA em 13 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Números 23


“Pense bem no que você vai fazer, e todos os seus planos darão certo”.
(Provérbios 4.26)

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9 “A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas
amizades”. (A braham L incoln )
ABRIL
Mais leves
Quando éramos adolescentes, tínhamos diferentes tipos de cole-
gas. Possivelmente, entre eles um era franzino, tímido, calado.
Então, nos perguntávamos:
– Como uma pessoa pode ser assim?
Quando andamos hoje pelas ruas, cruzamos com pessoas que
nos parecem frágeis. Elas caminham com dificuldade, escolhen-
do os cantos, baixando os olhos. Parece que a vida lhes pesa.
Para muitas pessoas, a vida é pesada.
Se um dia tivermos a oportunidade de ouvir as histórias destas
pessoas, nós lhes daremos razão.
Uma, por exemplo, perdeu seus pais ainda cedo e foi criada
por um parente cruel, que lhe dizia a toda hora que era um peso
difícil de ser carregado. Quem ouve isto acredita nisto.
Outra foi caçada por um parente, de quem foi feita escrava se-
xual. Ela cresceu com medo e revolta, ainda visíveis no seu olhar.
Outra teve pais violentos que descontavam nela as desaven-
ças da casa. Ela cresceu com a certeza de que não era amada.
Outra desistiu de ser a pessoa perfeita, nas notas escolares e
nas atitudes, que seus pais exigiam que fosse, escolhendo-lhe as
roupas, os amigos, os cursos, os desejos e até o modo de andar.
Pessoas assim precisam que ouçamos as suas histórias, antes
de as julgarmos como fracas. Seríamos fortes se tivéssemos re-
cebido a mesma herança?
Pessoas assim precisam de olhares que acolham, não que re-
jeitem; de palavras que recebam, não que reprovem; de amiza-
des que compreendam, não que condenem.
Todas as pessoas que passam por nossas vidas têm histórias
que devemos ouvir.
Quando ouvimos histórias de pessoas pesadas em suas fragili-
dades, nós tornamos melhores as suas existências.
Nós podemos tornar mais leves as vidas das pessoas.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 24


“Sempre que puder, ajude os necessitados”. (Provérbios 3.27)

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10 “Fale quando estiver com raiva e fará o melhor discurso de
que se arrependerá”. (A mbrose B ierce )
ABRIL
Cuidado com a ira
Quantas vezes vemos pessoas calmas explodirem em raiva, fa-
zendo coisas que não imaginávamos!
Junto com o medo, o amor e o dever, a raiva é um dos gigantes
da alma (segundo o psicólogo Emilio Myra y Lopes). Se o amor e
o dever nos levam a grandes realizações, o medo nos paralisa e
a ira nos leva a matar até quem amamos.
A ira pode ficar represada. Precisamos nos avaliar, para ver
como agimos diante das críticas, contrariedades e agressões. Se
reagimos de modo proporcional, devemos tomar cuidado e nos
colocar diante de Deus para sermos curados. Talvez precisemos
de ajuda profissional para lidar bem com esses sentimentos.
A raiva é algo tão sério que a legislação toma uma providência
de grande sabedoria. Quando há, por exemplo, um assassinato
que ganha notoriedade, há uma grita geral por justiça, que, mui-
tas vezes, esconde um desejo de vingança. A legislação estabele-
ce, nesses casos, que a prisão e o julgamento do suspeito devem
se dar em outra cidade, após um tempo, para que a justiça não
se transforme em vingança.
Esta tradição foi iniciada no antigo Israel, com o instituto das
cidades-refúgio, para onde uma pessoa condenada podia fugir.
Ela seria julgada em condições em que a raiva não prevaleces-
se, mas a justiça. Devia haver um tempo para que os ânimos se
acalmassem.
Devemos, quando ficarmos com raiva, agir do mesmo modo.
Bem faremos se, antes de levantar nossa mão contra alguém,
orarmos sobre o assunto até acalmar o nosso coração (Salmo
4.4). Em outras palavras, se ficarmos com raiva, não deveremos
permitir que ela nos leve a pecar, nem a manter a raiva por
muito tempo (Efésios 4.26).

Para ler HOJE na Bíblia: Números 25 a 26 e Provérbios 5


“Seja fiel à sua mulher e dê o seu amor somente a ela”. (Provérbios 5.15)

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11 “Quando desejamos, pomo-nos à disposição de quem
esperamos”. (J ean de L a F ontaine )
ABRIL
O desejo
Nossa vida transcorre em função de 3 “D”: Desejo, Decisão e Dis-
ciplina.
Nós somos os nossos desejos. Fazemos o que desejamos. Logo,
precisamos cuidar dos nossos desejos, para que, de fato, nos le-
vem a uma vida feliz.
1. Singularize seu desejo. Considere um desejo de cada vez.
Não se perca em meio a muitos desejos.
2. Identifique o seu desejo. Descreva-o.
3. Verifique se o desejo que arde no seu coração é seu ou
daqueles que o cercam. Não copie o desejo do outro,
apresentado por pessoas próximas, ou formulado por des-
conhecidos nos meios de comunicação de massa.
4. Confira se o seu desejo é aprovado por Deus, certeza que
se alcança pela leitura da Bíblia, onde está a boa, perfeita e
agradável vontade dEle para nós (Romanos 12.2).
5. Compartilhe o seu desejo com outras pessoas, de tal modo
que ele fique cada vez mais claro para você mesmo e tam-
bém para que essas pessoas o ajudem a validar o seu desejo.
6. Ponha o seu desejo diante de Deus, para Ele o ajudar na ta-
refa de realizá-lo. É bonita a promessa: Deus “lhe dará o
que o seu coração deseja” (Salmo 37.4).
7. Cuide para não acalentar desejo para outros realizarem,
mas antes deseje o que você pretende realizar.
8. Tenha desejo que também redunde no bem estar de ou-
tras pessoas, não só de você mesmo. Você sabe que, se-
gundo Jesus, “é mais feliz quem dá do que quem recebe”
(Atos 20.35).
9. Pastoreie o seu desejo para que ele não fira outras pessoas.
Não almeje resultados alcançados com a dor ou com o suor
dos outros.
10. Tendo meditado sobre o seu desejo e estando certo de que
ele expressa conscientemente o que você realmente quer,
transforme-o numa decisão.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 27 a 28 e Provérbios 6


“Preguiçoso, aprenda uma lição com as formigas! Elas não têm líder, nem chefe,
nem governador, mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno”.
(Provérbios 6.6-8)

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12 “Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz
de decidir”. (N apoleão B onaparte )
ABRIL
A decisão
Muitas vezes ficamos apenas no desejo, múltiplos desejos, váli-
dos desejos nunca realizados. Precisamos passar à etapa seguin-
te: a etapa da decisão.
1. Agradeça a Deus pelo desejo que ele mesmo – como você
acredita – pôs no seu coração.
2. Peça sabedoria a Deus para decidir certo (Tiago 1.5), sa-
bendo que sua decisão pode ter consequências, boas ou
péssimas, para o resto da sua vida.
3. Tenha coragem para decidir, pesando todos os riscos, não
para abrir mão do desejo válido, mas para seguir em fren-
te. Saiba que toda decisão tem um preço. O fruto da deci-
são certa compensará o esforço.
4. Busque conselho com uma ou mais pessoas experientes
para ajudar no processo de tomada de decisão, conquanto
a responsabilidade seja apenas sua. “O conselho de pes-
soas experientes vale mais do que anéis de ouro ou joias
de ouro” (Provérbios 25.12).
5. Tome uma decisão de cada vez, correspondente a um dese-
jo de cada vez.
6. Escreva a sua decisão, de modo que ela fique clara e tam-
bém para que você volte a ela ao longo da sua vida.
7. Cuide para não adiar indefinidamente a sua decisão.
8. Ao tomar uma decisão, veja quem pode ir com você. Você
será mais forte (Eclesiastes 4.11). Se não houver ninguém,
siga sozinho, mas não desista.
9. Compartilhe a sua decisão, para que as pessoas cobrem
você do seu compromisso ou o ajudem a prosseguir.
10. Se em algum momento descobrir que a sua decisão foi
errada volte atrás, mas nunca por causa das dificuldades.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 29 a 30


“Quando alguém prometer dar alguma coisa ao SENHOR ou jurar que fará ou
deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver
prometido”. (Números 30.2)

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13 “Nada se obtém sem esforço; tudo se pode conseguir com ele”.
(R alph W aldo E merson )
ABRIL
A disciplina
O terceiro D pode até doer, mas sem ele, os dois primeiros se-
rão apenas oportunidades para o fracasso. Não importa que a
sua família não seja disciplinada. Você pode começar uma nova
história.
1. Valorize a disciplina, não como um fardo, mas como um
caminho para a realização do seu desejo.
2. Organize a sua vida diária, para que o seu desejo não conti-
nue apenas no coração e a sua decisão jamais saia do papel.
3. Disponha-se a arcar com as consequências de sua decisão.
Se preciso, trate o seu corpo “duramente” e o controle fir-
memente, para ser um vencedor (1Coríntios 9.27). Se ne-
cessário, durma menos.
4. Estabeleça uma meta clara, realizável, mensurável e coe-
rente com a sua decisão.
5. Priorize em sua agenda a meta que você deseja. Faça sua
agenda falar que você sabe o que quer da vida. Seja fiel a
sua meta.
6. Escolha o que você vai tirar da sua agenda, para colocar a
decisão tomada, uma vez que não é possível colocar tare-
fas indefinidamente nela. Para ganhar é preciso perder.
7. Mantenha um quadro de horários, por escrito ou na men-
te, indicando quanto tempo por dia dedicará à realização
da sua meta. Busque seguir os horários que livremente
definiu.
8. Elabore um cronograma para as suas tarefas, fixando iní-
cio, meio e fim para a realização de cada uma. Se for neces-
sário, revise o seu cronograma, mas não o abandone.
9. Se a tarefa é muito grande, divida-a em partes, realizando
uma de cada vez.
10. Em todos os momentos mantenha em mente os benefícios
da disciplina e se aperfeiçoe nela. Então, aguarde a bênção
de Deus.
Depois, celebre.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 31 a 33


“Feliz é a pessoa que acha a sabedoria e que consegue compreender as coisas, pois
isso é melhor do que a prata e tem mais valor do que o ouro”. (Provérbios 3.13-14)

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14 “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Está esperando que
Elias clame por ele”. (J ames G ilmour )
ABRIL
Dependentes
Para sobreviver, dependemos, nos primeiros momentos da
vida, de nossos pais: um nos amamenta; outro nos sustenta.
Com eles aprendemos a andar e até a beber água.
Para conhecer, dependemos de professores, de recursos onde
estão os conteúdos para a nossa aprendizagem e da tecnologia
para satisfazer nossa curiosidade.
Para voar, dependemos de objetos; são eles que, na verdade,
voam e nós pegamos carona em suas asas.
Muitas vezes, para continuar vivos, dependemos de um apare-
lho que nos ajude a respirar.
Dependemos, portanto, de pessoas e coisas, para que sejamos
pessoas e tenhamos coisas.
Assim mesmo, levantamos a cabeça, estufamos o peito, como
se fôssemos independentes e dependêssemos apenas de nós
mesmos.
Só assumimos a realidade quando alguma coisa não dá certo.
Nessas horas, pedimos “por favor”, que é mais que um pedido:
é um reconhecimento. É o reconhecimento de nossa dependên-
cia que nos torna humanos, humanos uns com os outros. Quan-
do somos ajudados, somos humanos. Quando ajudamos, somos
humanos.
Quando agimos diferentemente disto, estamos apenas rejei-
tando um dado da realidade, o que não é sábio.
Podemos até dizer que quem ora a Deus – e só ora a Deus
quem reconhece a sua dependência – é fraco, mas o melhor será
dizer que quem ora a Deus, pedindo força para viver, por exem-
plo, é forte.
Um destes homens que orava – o apóstolo Paulo – escreveu
na Bíblia que, quando estava fraco, é que estava forte. Entre as
duas palavras, há uma outra subentendida, o que nos permite
reconstruir a frase para nós: quando estamos fracos e oramos
– por reconhecer a nossa dependência de Deus – nós somos for-
talecidos.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 34


“Não diga ao seu vizinho que espere até amanhã, se você pode ajudá-lo hoje”.
(Provérbios 3.28)

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15 “As boas ideias não têm idade, apenas têm futuro”.
(R obert M allet )
ABRIL
Ideias
Somos o que nossas ideias nos fazem.
Ideias são asas que nos levam, algemas que nos conduzem,
motores que nos impulsionam, laços que nos aprisionam, nu-
vens que revelam novas possibilidades, ventos que nos inspi-
ram, ares que nos sufocam.
Ideias chegam suavemente ou acontecem de gritar.
Ideias são verdades que fazem viver ou mentiras que nos
põem a morrer.
Ideias são chicotes que nos ferem, remédios que nos curam,
espadas que guerreiam, flores que pacificam.
Ideias viram palavras e nelas podem se satisfazer, viram ações
quando nos fazem por uma causa combater, geram ideias, lem-
branças e mudanças. Corrompem bons costumes, alavancam
bons ideais, libertam, cegam, trazem brilho aos olhos, amedron-
tam com fantasmas perigosos.
Ideias embalam santos, vomitam monstros, encantam, assus-
tam.
Ideias nos deprimem, se não acreditamos que podemos.
Ideias nos alegram, quando nos fazem olhar para fora da ca-
verna.
Ideias são trocadas por dinheiro ou são oferecidas de graça,
embora custem sangue a quem as oferece.
Ideias vêm de dentro ou são importadas.
Ideias são escolhidas ou nos são impostas.
Possuímos ideias. Ideias nos possuem.
Precisamos de ideias.
Só não precisamos ser escravos.
O chicote pode estar nas mãos dos amigos, das vozes televisi-
vas, dos autores brilhantes, dos familiares autoritários, do men-
tir sem escrúpulos, do medo residente no coração.
Feliz foi quem teve a ideia de escrever que quem ama a Jesus
Cristo é livre, pois ele não seduz, não corrompe, não algema,
não amedronta, não grita, não mata, não impõe.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 35


“Não vá aonde vão os maus. Não siga o exemplo deles”. (Provérbios 4.14)

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16 “Deus não mata alegria. Ele mata o pecado. Ou seja, ele mata
o que matará toda a alegria”. (J ohn P iper )
ABRIL
O que alegra a Deus
Devemos cuidar do que falamos sobre Deus. É um dado objeti-
vo da realidade.
Quando falamos sobre Deus a uma pessoa, podemos proferir
palavras de vida ou de morte.
Quando dizemos que Deus pensa isto ou sente aquilo, só pode
ser temendo e tremendo, primeiramente por humildade. Quem
de nós pode saber o que Deus sente? Temos que temer e tremer,
porque a nossa palavra sobre Deus tem um peso, podendo liber-
tar ou oprimir.
Felizmente, temos um repertório inesgotável de descrições so-
bre Deus. Nossas palavras devem vir deste repertório, chama-
do Bíblia Sagrada. Se não vêm dali, devem estar de acordo com
o que nela está.
Assim, quando uma pessoa estiver sofrendo fisicamente, não
podemos dizer que Deus a está castigando. Ao tempo de Jesus,
diziam isto de Deus. Confrontaram Jesus algumas vezes. Numa
delas, diante de um cego, perguntaram:
– Quem pecou: ele ou seus pais?
Explodindo as certezas, Jesus respondeu que a doença do ra-
paz não era consequência do pecado.
De igual modo, quando uma pessoa estiver sofrendo emocio-
nalmente, ao ponto de perder o prazer de viver, devemos cuidar
para não fazer de Deus o fiador da nossa crueldade. Em lugar
de colocar sobre os ombros dessa pessoa um peso insuportável,
que Deus não põe, estamos autorizados a dizer que Deus deseja
a sua cura e chora com ela, enquanto a saúde não vem.
O que alegra a Deus é que nunca usemos o seu nome para de-
sesperar, machucar e oprimir. O nome de Deus deve ser usado
para comunicar esperança, liberdade e alegria.

Para ler HOJE na Bíblia: Números 36


“Qualquer homem pode ter uma prostituta por pouco dinheiro, mas o adultério
custará a ele a sua própria vida”. (Provérbios 6.26)

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17 “Posso resumir em três palavras o que aprendi sobre a vida: a
vida continua”. (R obert F rost )
ABRIL
Prosseguindo com a vida
Depois que Jesus morreu, traído por um deles, os seguidores
mais próximos de Jesus tinham diante de si uma tarefa difícil:
prosseguir ou parar a sua vida. Felizmente eles decidiram se-
guir adiante (Atos 1.21-26).
A escolha deles nos deve inspirar. Não importa o que nos te-
nha acontecido, a vida segue.
A nossa vida tem de seguir, mesmo que um de nossos queridos
tenha morrido. Vivamos o nosso luto com intensidade e retome-
mos a nossa vida. Há muito ainda a ser feito.
A nossa vida tem de seguir, mesmo que um dos nossos proje-
tos tenha sido frustrado pela falta de recursos, pela falta de vi-
são, por acidentes fortes. Se uma ideia não pôde se concretizar,
outras poderão se realizar, desde que retomemos nossa vida.
A nossa vida tem de seguir, mesmo que o desânimo esteja su-
focando o sonho. Diante do desânimo, vindo da decepção ou da
doença, por exemplo, olhemos para Deus, bebamos da fonte da
vida, e prossigamos. O desânimo pode ser um momento da vida,
mas não deve nos acompanhar a vida toda.
A nossa vida tem de seguir e, se algo deu ou der errado, preci-
samos refletir para aprender e prosseguir. Se erramos, onde e
por que erramos? Se erramos, como não errar de novo? O erro
do passado deve ser uma lição para o presente.
Nossa vida tem de seguir e podemos contar com a orientação
de Deus para tomarmos o caminho certo. Deus nos coloca vários
recursos para nos dirigir. Além da Bíblia, podemos apresentar
nossos problemas a Deus por meio da oração até sentirmos paz.
Podemos ainda recorrer aos amigos que reconhecemos como
sábios e poderão nos ouvir e nos ajudar a fazer com que nos-
sa vida prossiga.
Nossa vida precisa prosseguir.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 1 a 2 e Provérbios 7


“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam
reunidos no mesmo lugar. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a
falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa”.
(Atos 2.1,4)

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18 “A felicidade é um hábito. Cultive-a”. (E lbert H ubbard )

ABRIL
O roteiro perfeito
A vida é como um livro, um edifício, uma música.
Toda obra precisa de um sonho, de um projeto, de um roteiro.
A vida também. A vida é uma obra.
Quando chama Abraão para Lhe seguir os passos, Deus lhe diz
para abençoar toda a humanidade. Uma vida que vale a pena é
uma vida que não se esgota em si mesma, nem mesmo em sua
própria família, nem mesmo em seu círculo mais próximo, por-
que o seu campo é o mundo.
Quando conta a história de uma pessoa vítima de violência
abandonada à beira de um caminho, Jesus Cristo exalta o papel
de um homem comum, desconhecido, que não vê ali caído um
desconhecido, mas um irmão a ser socorrido. Uma pessoa so-
lidária não explica a necessidade do outro, mas o levanta; não
olha apenas para si mesmo, mas também para o outro.
Quando se vê sob aplausos, o inspirado poeta olha para as suas
próprias mãos e agradece a quem consolidou seu esforço; quan-
do caminha por entre os perigos do desfiladeiro da morte, o
poeta olha para dentro de si mesmo, para os lados e para o alto
e sabe que não está só; quando contempla seus dias, canta com
a certeza que o melhor está por vir.
Diante das possibilidades, quem escolhe bem escolhe o bem,
quem escolhe o bem escolhe criar sem destruir, amar sem ferir,
ensinar sem oprimir, ter sem tirar, divertir sem enganar.
Quem escolhe certo escolhe o certo, olhando para si mesmo,
lembrando do outro, protegendo-se mas defendendo o outro.
No roteiro está escrito que fomos feitos para ser felizes. Ser fe-
liz inclui fazer felizes outras pessoas.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 3 a 4 e Provérbios 8


“As promessas que Deus fez por meio dos seus profetas são para vocês. E vocês
fazem parte da aliança que Deus fez com os seus antepassados, quando disse
para Abraão: ‘Por meio dos seus descendentes, eu abençoarei todas as nações do
mundo’”. (Atos 3.25)

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19 “O amor corre o risco de se degenerar em obsessão, mas a
amizade nada mais é que compartilhamento”. (E lie W iesel )
ABRIL
Plantar e colher
Pode ser que o nosso amigo que nos visitou careça de uma vi-
sita. Pode ser que o nosso pai necessite que o carreguemos no
colo. Pode ser que uma família precise de uma palavra de con-
forto. Pode ser que a saudade nos aguarde para um adeus. Pode
ser que um bebê nos espere de laçinho na cabeça e lá vamos nós
com um ramalhete de flores ao seu encontro. Pode ser que uma
celebração (por um contrato, por um aniversário, por um ca-
samento, por uma conquista) requeira nosso testemunho cheio
de palmas.
Então, paramos tudo e vamos lá.
Quando agimos assim, estamos plantando. Não agimos como
se plantássemos, mas plantamos. São finas, não grosseiras, as
nossas motivações. Não oferecemos para receber. Não festeja-
mos para ser festejados. Não visitamos para ser visitados. Não
amamos para ser amados. Não aplaudimos para ser aplaudidos.
Se estamos trocando, estamos trocando afetos, não estamos dis-
tribuindo cartões de visitas, não estamos fazendo negócios.
Colhemos o que plantamos.
Felizmente no Reino de Deus, o poderoso Rei age diferente.
Deus oferece seu afeto até a quem não merece. No reino dos ho-
mens, a lei é outra. Podemos ser alvos das graças dos homens,
por quem nada fizemos, mas esta não é a regra. Podemos ser ge-
nerosos e receber ingratidões, mas ainda sobrarão os que agra-
decerão. Esta é a regra.
Ocupados demais conosco, perdidos demais em nossos proble-
mas, intoxicados por nossos egoísmos, devemos levantar a ca-
beça e plantar o que desejamos colher.
Sementes de sorrisos afetuosos, abraços generosos e palavras
amigas, plantadas hoje serão árvores que nos acolherão amanhã.
Vamos plantar?

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 5 e Provérbios 9


“E, todos os dias, no pátio do Templo e de casa em casa, eles continuavam a ensinar
e a anunciar a boa notícia a respeito de Jesus, o Messias”. (Atos 5.42)

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20 “Se sua compaixão não inclui você, ela é incompleta”.
(J ack K ornfield )
ABRIL
Quem cura
Por vezes, temos que levar a um hospital uma pessoa querida.
Pode ser um filho, um irmão, um cônjuge, um pai ou alguém tão
chegado quanto um parente.
Algumas vezes, nossos queridos precisam ir a um hospital por
uma doença emocional, que lhe trouxe um distúrbio que de-
manda uma intervenção radical.
Nesses casos, quase sempre desenvolvemos um sentimento de
culpa, com perguntas que martelam a nossa consciência.
– Onde eu estava que não percebi?
– Será que eu poderia ter feito algo para evitar?
– Será que fiz algo que pioraram as coisas?
Pode até ser que a situação nos inspire a abrigar em nosso co-
ração uma inexistente certeza:
– A culpa é minha.
Quando contamos nossos dramas, pode ser que haja alguém
capaz de duplicar o nosso sofrimento, atribuindo-nos responsa-
bilidades que não tivemos.
O ser humano tem muitas dificuldades em romper o dueto
“causa e efeito”, “culpa e castigo”. Por isto, inventa causas e ima-
gina culpas.
A história de uma senhora que teve de deixar sua filha numa
das alas de um hospital é inspiradora. Vendo o seu sofrimento,
uma freira a abraçou, amparando-a com as seguintes sábias e
santas palavras:
– Não foi você que a adoeceu. Não é você que vai curá-la. É
Deus, que é maior que tudo isso.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 6 e Provérbios 10


“Aquilo que se consegue com desonestidade não serve de nada, mas a honestidade
livra da morte”. (Provérbios 10.2)

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21 “Não há uma estrada real para a felicidade, mas sim caminhos
diferentes. Há quem seja feliz sem coisa nenhuma, enquanto
ABRIL outros são infelizes possuindo tudo”. (L uigi P irandello )

Realmente felizes, 1/8


Jesus disse que são “felizes as pessoas que sabem que são espiri-
tualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas”.
Sim, somos felizes quando temos uma visão equilibrada de
nós mesmos, não achando que somos o que não somos, nem
as piores pessoas da terra, nem as melhores. Feliz é quem sabe
que é humano, com virtudes e defeitos. Nossa humanidade nos
iguala.
Somos felizes quando não nos comparamos e, quando o faze-
mos, nosso padrão é Deus, diante de quem fica gigantesca a nos-
sa pobreza.
Somos felizes quando é natural em nós agradecer o que somos
e o que temos, atitude que só toma quem não é arrogante, e re-
conhecemos que o que somos ou temos vem de Deus, que conso-
lida o que fazemos e nos ajuda a nos tornar quem devemos ser.
Somos felizes quando não nos contentamos com o que somos,
porque sabemos que podemos ir além, não para sermos gran-
des, mas para sermos relevantes. Sempre há mais para nós.
Somos felizes quando não desistimos. Tendo sonhos, agra-
decemos por eles e partimos para realizá-los. Tendo derrotas,
agradecemos, recebendo-as como lições e estímulos. Tendo de-
cepções, não as generalizamos para todos os seres humanos,
porque cada pessoa é única, em sua miséria e em sua grandeza.
Somos felizes quando não achamos que a nossa vida termina
aqui, mas nossos desejos estão apontados para o céu, não para
o prestígio, para o prazer ou para o poder. Quem é feliz não
se encanta com a tecnologia, embora desfrute dela; não busca
os aplausos, que envaidecem e derrubam; não apenas ganha e
guarda dinheiro, mas o usa para o bem-estar, seu e do próximo.
[CONTINUA em 18 de maio]

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 7


“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para o céu e viu a glória de
Deus. E viu também Jesus em pé, ao lado direito de Deus”. (Atos 7.55)

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22 “Os sonhos são extremamente importantes. Você não pode tê-
los se não os imaginar”. (G eorge L ucas )
ABRIL
Sonhos
Tornou-se um lugar comum em todas as bocas e em todos os li-
vros dizer que nossos sonhos nos movem. Sonhos são metáfo-
ras dos desejos.
Sonhos são alvos a alcançar.
Descortinam-se diante de nós durante a espera do dia, diferen-
tes dos da noite geralmente sem cor. São cheios de cor, bem dife-
rentes das histórias noturnas que a nossa mente produz quase
sempre sem nenhum significado e sem nenhuma força motriz.
A menos que a nossa mente não esteja funcionando adequada-
mente, sonhamos. Sonhamos com ideais a esculpir, com coisas a
adquirir, com famílias a constituir, com viagens a realizar, com
afetos a celebrar, com cursos a estudar, com projetos a acon-
tecer, com livros a escrever, com filmes a ver, numa lista que
não pode terminar, a menos que tenhamos perdido a vontade
de avançar.
A menos que as decepções tenham nos tornado caroços endu-
recidos pelos desejos frustrados, pelos projetos inacabados, pe-
los percursos abortados, todos sonhamos.
Se paramos de sonhar, devemos consultar um profissional da
saúde. Pode ser que estejamos doentes e tenhamos saído da cur-
va normal dos humanos.
Se paramos de sonhar, devemos enfrentar nossas amarguras
como inimigos dentro de nós a serem expulsos da fortaleza em
que se encastelaram.
Para continuarmos sonhando, precisamos de nutrientes para
o solo da nossa alma, colocados em nossas bocas por pessoas
que inspiram, por livros que sugerem, por filmes que brilham,
por ideias que vivem.
Os sonhos não dependem de circunstâncias e faixas etárias.
Derrotado, o profeta Jeremias sonhou com um tempo de paz
embora a guerra dominasse. Preso, o apóstolo Paulo queria que
o Evangelho a outros países chegasse. Próximo de morrer, Jesus
sonhava que os cristãos fossem unidos para que o mundo acre-
ditasse na sua mensagem.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 8


“Deixem a companhia dos tolos e vivam. Sigam o caminho do conhecimento”.
(Provérbios 9.6)

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23 “É quando ferimos que aprendemos”. (S teve M araboli )

ABRIL
Também ferimos
Quando somos feridos, poucos não nos importamos ou fazemos
de conta que não nos importamos com uma ofensa, com um
desdém, com uma cobrança indevida, com um grito que nos faz
tremer. Todos nós, no mínimo, nos enchemos de tristeza. Mui-
tas vezes, ficamos olhando para a ferida, sem saber o que fazer
diante da rejeição.
Desejamos que haja uma restauração. Ansiamos por um pedido
de perdão. Esperamos ser aceitos de novo, vistos em nossa digni-
dade, recebidos como pessoas queridas naquela fraterna comu-
nidade feita de abraços, olhares amigos e palavras oportunas.
Há feridos porque há quem fira.
E pode ser que não sejamos os feridos, mas os que ferem.
Podemos falar mais alto numa conversa necessária e natural
e geramos palpitações incontroláveis no outro, capazes de lhe
tirar o sono.
Podemos exigir atitudes talvez necessárias do outro, mas
numa forma tão agressiva que, se tínhamos razões muitas, per-
demos todas num momento.
Podemos acuar o outro, numa demonstração desproporcio-
nal de força, seja um cônjuge enfraquecido, um filho fragili-
zado, um amigo em dificuldade, um empregado mais baixo na
tola hierarquia dos homens, alguém mais pobre (ou que ima-
ginamos mais pobre) do que nós. É quando explicitamos pu-
blicamente a nossa estupidez por acalentarmos no peito um
sentimento de inexistente superioridade intelectual ou mate-
rial, própria da enfermidade, moral do preconceito.
Nesse caso, só temos uma coisa a fazer. Reconhecer a nossa es-
tupidez. Voltar ao outro, humilhando-nos diante dele, com um
pedido de perdão.
Se queremos viver dignamente, essa é a nossa única chance.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 9


“Mas [sobre Saulo] o Senhor disse a Ananias : ‘Vá, pois eu escolhi esse homem para
trabalhar para mim, a fim de que ele anuncie o meu nome aos não judeus, aos reis e
ao povo de Israel’ “. (Atos 9.15)

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24 “Concentre-se naquilo que você é bom, delegue todo o resto”.
(S teve J obs )
ABRIL
Contra a dispersão, 1/2
A dificuldade para nos concentramos pode estar ligada a dife-
rentes fatores, que precisamos corajosamente examinar.
Pode ser que a dispersão advenha da forma como o nosso cére-
bro funciona. Temos que aprender a conviver e tirar o máximo
de proveito disto. Se, neste caso, geralmente não conseguimos
realizar o que pretendemos, precisamos procurar uma ajuda
médica, para que o nosso cérebro funcione melhor.
Pode ser que nossa falta de concentração seja o resultado da
ansiedade, não propriamente como um estado mental, mas
como uma disposição moral. Se somos ansiosos, por termos um
transtorno emocional, que nos faça evitar uma viagem de avião,
por exemplo, ou de ficar num lugar escuro sozinho, o caminho
é procurarmos ajuda de um profissional, que nos ofereça recur-
sos para convivermos ou superarmos nossa dificuldade.
Quando nos diz para não sermos ansiosos, Jesus nos fala do
erro de uma vida marcada pela preocupação excessiva, pela
falta de confiança em Deus e nos outros, pela paixão pelo con-
trole. Ele radicalmente nos propõe olhar para os lírios do cam-
po. Quem anda pelas rodovias vê essas plantas crescerem ao
largo do acostamento, sem que ninguém as tenha plantado ou
as cultive.
Jesus não nos propõe a preguiça como estilo de vida, mas que
vivamos um dia de cada vez, busquemos superar um problema
de cada vez, executemos uma tarefa de cada vez. Na hora do
café, não precisamos pensar como será o almoço. Ao escrever
um capítulo de um livro, precisamos escrever aquele capítulo,
não o próximo. Quando chegar a hora de dormir, vamos dizer
bem-vindo ao sono, não nos descabelar pelo dia que virá. [CON-
TINUA em 30 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 10 a 11 e Provérbios 11


“Pedro disse: “Vocês sabem também como Deus derramou o Espírito Santo sobre
Jesus de Nazaré e lhe deu poder. Jesus andou por toda parte fazendo o bem e
curando todos os que eram dominados pelo Diabo, porque Deus estava com ele”.
(Atos 10.38)

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25 “As paixões são as portas da alma”. (B altasar G racián )

ABRIL
A chama que precisa arder
Olhar para o nosso passado pode nos encher de lembranças e
nos deixar contentes.
Contemplar o desafio do futuro pode nos dar medo e até nos
fazer ficar onde estamos.
Contar o dinheiro que o nosso trabalho granjeia pode nos au-
mentar o desejo de ter mais.
Quando a vaidade, por causa do sucesso, sorri entre nossos
lábios, estamos perto de tropeçar. Quando a coragem se torna
uma companheira natural, acabamos percorrendo trilhas de
aventura pela aventura, sem rumo, apenas pelo prazer de ir.
Quando o dinheiro se torna uma ambição, estamos perto de
nos tornar pessoas insensíveis, para as quais a vida não passa
de números acumulados num extrato de banco.
Viver de uma maneira que valha a pena é ter uma chama ar-
dendo dentro de nós. Quando a chama arde, não nos acomoda-
mos, embora tenhamos motivos para nos emocionar diante dos
aplausos.
Uma chama ardente não tem a ver com idade e nem com a lar-
gura dos sonhos que nos tomam pelas mãos. Uma chama arden-
te tem a ver com o desejo de tornar a vida melhor. A nossa vida
e a dos outros.
Ela nos faz trocar de continente para promover a paz. Ela nos
faz mudar de cultura para levar o Evangelho que transforma o
pesadelo em esperança. Ela nos faz virar noites para deixar algo
nosso no mundo, seja um livro, um artefato, uma canção, uma
escultura, um quadro, uma ponte, um tapete, um aplicativo ca-
paz de gerar calor em vidas cinzentas. Ela nos faz arriscar a pró-
pria a vida, se necessário for, para que os mortos ressuscitem.
Ela nos dá uma alegria de viver que salta dos nossos olhos, como
fogo que produz calor, o calor da vida, em nós e nos outros.
Faça a sua chama arder.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 12 a 13 e Provérbios 12


Paulo disse: “Meus irmãos, todos vocês precisam saber com certeza que é por meio
de Jesus que a mensagem do perdão de pecados é anunciada a vocês. Precisam
saber também que quem crê é libertado de todos os pecados dos quais a Lei de
Moisés não pode livrar. Portanto, tenham cuidado para que não aconteça o que os
profetas disseram”. (Atos 13.38-40)

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26 “É impossível progredir sem mudança e aqueles que
não mudam suas mentes não podem mudar nada”.
ABRIL (G eorge B ernard S haw )

Cara e coragem
Sem coragem, nada fazemos. Com coragem, vamos além (Atos
14.3).
Precisamos de coragem para pensar. As pessoas querem pen-
sar por nós e vivem nos dizendo como devemos viver. Com co-
ragem, examinamos o que ouvimos, guardamos o que é bom e
elaboramos nosso próprio pensamento.
Precisamos de coragem para planejar o que queremos fazer.
Se podemos viver melhor, na família que formamos, na organi-
zação onde atuamos, na sociedade que integramos, devemos co-
meçar imaginando que faremos diferente. E isto começa com
um bom planejamento.
Precisamos de coragem para agir. Para agir, precisamos ousar,
precisamos desenhar a melhor estratégia, precisamos tomar de-
cisões corretas, precisamos agir.
Quando agimos, precisamos da coragem da humildade. Admi-
timos nossas fragilidades, reconhecemos que são reais, mas não
as aceitamos como definitivas. Não sabemos muito, mas busca-
mos ampliar o nosso conhecimento para realizar.
Quando agimos, precisamos da coragem da fé, fé que crê que
Deus nos aprova em nossas atividades, fé que vê o que veremos
com a ajuda de Deus, fé que nos capacita a fazer o que nos cabe.
Nossa coragem não é exercício irresponsável. Ela inclui uma
boa avaliação do problema e dos nossos recursos. Ela inclui a
paixão que o chamado de Deus fez incendiar o nosso coração.
Ela inclui a certeza de que não iremos sozinhos nesta jornada
de transformação, que muitas vezes começa com a nossa pró-
pria transformação. Ela inclui a disposição de pagar o preço, de
parecermos ingênuos, “sonhadores”, sem “pé no chão”.
Quem tem coragem acredita menos em si mesmo, porém mais
em Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 14 e Provérbios 13


“Mas Deus sempre mostra quem ele é por meio das coisas boas que faz: é ele quem
manda as chuvas do céu e as colheitas no tempo certo; é ele quem dá também
alimento para vocês e enche o coração de vocês de alegria”. (Atos 14.17)

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27 “Leva menos tempo fazer a coisa certa do que explicar porque
fizemos errado”. (H enry W adsworth L ongfellow )
ABRIL
Humanidade envergonhada
Ser humano pode nos alegrar e também nos envergonhar.
Por dinheiro, podemos trair um amigo e encontrar razões que
nos justifiquem. Para preservar um interesse, podemos esque-
cer um benfeitor, como se não tivéssemos chegado aonde che-
gamos com o apoio dele.
Apenas por prazer, podemos falar mal de outras pessoas,
como se a prática da maledicência fosse um esporte. Para sa-
tisfazer desejos, podemos nos afundar na impureza, alheios ao
preço que o prazer pode cobrar.
Submissos aos instintos, reagimos com o destempero tempera-
do por gritos e safanões. Para nos manter num topo imaginário,
garantimos que somos incapazes de cometer baixezas.
É assim que, muitas vezes, acontece a nossa humanidade.
Contra ela, devemos nos sentir bem apenas quando desejamos
seguir por outro caminho, firmes hoje, talvez trôpegos amanhã,
certamente restaurados depois de amanhã.
Devemos nos alegrar quando percebemos que seguimos pelo
itinerário da sinceridade, decididos a nos manter íntegros. Em-
bora sejamos um humano mosaico arranhado de desejos, derro-
tas e desesperos, sonhos, superações e sublimidades, podemos
nos disciplinar para que a integridade seja o ar que respiramos
e que transpiramos. Íntegro é quem é o que é sem esperar nada
em troca, nem mesmo aplausos.
Podemos nos empenhar para tratar bem o dinheiro, sem nos
corrompermos por ele. Podemos nos empenhar em nos interes-
sar pelos outros e não apenas pelos amigos. Podemos nos em-
penhar para que o corpo do outro seja o corpo do outro, corpo
a ser respeitado. Podemos nos empenhar em ser fiéis e gratos
às ideais e às pessoas. Podemos nos empenhar em calar sobre
as atitudes dos outros que não aprovamos. Podemos nos em-
penhar em baixar a voz quando o outro levanta a dele. É dura
a tarefa, mas podemos viver com alegria a nossa humanidade.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 15 e Provérbios 14


“É melhor ser pobre e temer a Deus, o SENHOR, do que ser rico e infeliz”.
(Provérbios 15.16)

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28 “Quando morreres, só levarás aquilo que tiveres dado”.
(M uslah -A l -D in S aadi )
ABRIL
Quando a morte nos dilacera e devasta
Quando, com surpresa, a morte nos devasta.
de que nos vale perguntar, na dor, “por quê?”.
se a explicação não passa de palavra nefasta
que nos leva apenas a outras perguntas fazer?
Quando a onda gigante da saudade nos arrasta,
de que nos serve perguntar, com fé, “para quê?”.
como se Deus não tivesse uma resposta menos gasta.
Quando nossa esperança a separação desbasta,
podemos gritar, no desespero da perda, “quê!”,
que dor! que tristeza! o que a vida agora vai ser?
Quando o rosto das manhãs na noite se vai.
devemos saber que em Deus a partida também dói
e podemos escutar, com os olhos da fé, o seu “ai”,
juntamente com a desolação que nossa alma mói.
Quando de nossas faces a lágrima pesada cai,
enchendo o copo que, de tão tenso, a alegria destrói,
confiemos saber que nos escuta o nosso eterno Pai.
A morte que nos dilacera Deus vê com pesar
pelo que, se pudéssemos fender o firmamento,
veríamos nosso choro recebido como incenso,
como oração que Ele ouve para nos confortar.
A morte não é um evento que precisamos aceitar,
pois o Criador fez da eternidade o nosso sentimento.
Eis por que, deixando-nos um querido, o vazio é imenso.
A morte nos convida a ler o que Evangelho veio narrar
e ver no alto a cruz em que o Mestre pendeu seu rosto.
Deus não tirou Jesus vivo de lá. Eis o grande legado:
o Filho soltando seu brado é o Pai sofrendo hoje conosco.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 16 e Provérbios 15


“[O carcereiro] perguntou: ‘Senhores, o que devo fazer para ser salvo?
Eles responderam: ‘Creia no Senhor Jesus e você será salvo, você e as pessoas
da sua casa’”. (Atos 16.30-31)

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29 “Um bom descanso é metade do trabalho”.
(P rovérbio iugoslavo )
ABRIL
Separe o seu sábado
Muitas vezes, reclamamos do cansaço, vindo na esteira do ex-
cesso de trabalho.
Assim, se somos sábios, buscamos um tempo para descansar.
Observamos, então, que, relaxados, nossa alegria retorna, nos-
sa disposição se recompõe e o nosso vigor se fortalece. Aprende-
mos melhor. Até nossas metas ficam mais curtas.
Não é por outra razão que o Criador estabeleceu o descanso,
chamando-o de sábado.
Sábado é pausa. Sábado é parada. Sábado é interrupção.
Sábado é calma no frenesi, é suspensão da sofreguidão, é re-
núncia da volúpia, é negação da cobiça, é pausa no acúmulo, é
rejeição da destruição.
Sábado é silêncio, numa busca de serenidade, de entrega pura,
na difícil jornada da simplicidade. É viagem, por vezes sinuosa,
ao nosso próprio interior.
Sábado é respiração, meditação, pensamento, reflexão, sabe-
doria.
O sábado é tão desejável que o corpo por vezes adoece para
fruí-lo.
O trabalho precisa de um sábado. Viver não é trabalhar.
Até a festa precisa de um sábado. Viver não é festejar.
A vida precisa do sábado.
Depois do sábado, trabalhamos melhor.
Depois do sábado, festejamos melhor.
Depois do sábado, vivemos melhor.
O sábado pode durar meses, semanas, noites, dias ou horas.
Pode durar minutos.
É sábado quando paramos.
É sábado quando o dinheiro não nos domina.
É sábado quando a preocupação não nos controla.
É sábado quando a paixão não nos cega.
O sábado é para que não percamos os seis dias da semana.
O sábado é para que ganhemos a vida.
Tire hoje o seu sábado.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 17


“A resposta delicada acalma o furor, mas a palavra dura aumenta a raiva”.
(Provérbios 15.1)

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30 “Quando você cuida do seu trabalho, Deus cuida do seu
contracheque”. (W oodrow K roll )
ABRIL
Trabalhe e confie
Não nos diverte apenas o que é feito para nos divertir.
Até mesmo o desenrolar de uma crise pode se transformar
num espetáculo que nos distrai.
Uma crise política deve nos manter alertas enquanto os golpes
são desferidos, cada um na defesa dos interesses em jogo. Uma
crise humanitária precisa de nossa solidariedade, mesmo que
seja elevado o esforço a ser desprendido.
Ao mesmo tempo, nossa vida precisa seguir.
Espetáculos de arte nos aprimoram. No médio prazo, realida-
des transformadas em espetáculos nos devoram.
Em todos os momentos, e mais ainda nas crises, precisamos
sonhar. Sonhar é reconhecer as dificuldades, sem nos deixar
paralisar. Sonhar é imaginar uma vida melhor. Uma vida me-
lhor é possível e no sonho podemos lhe dar os contornos que de-
sejamos. Se diante de nossos olhos se desenvolve um pesadelo,
podemos e devemos dormir em paz. Precisamos dormir em paz,
porque, quando amanhecer, teremos que trabalhar.
Em todos os momentos, e mais ainda nas crises, precisamos
trabalhar. Pode ser que precisemos acordar ainda mais cedo.
Pode ser que precisemos criar alternativas para fazer o que fa-
zíamos. Se for necessário reinventar nossa atividade para en-
frentar as dificuldades, reinventemos.
Em todos os momentos, e mais ainda nas crises, precisamos
confiar. Confiar é acreditar com fé. É a confiança, portanto, que
nos faz fiéis ao nosso ideal. Precisamos confiar que o trabalho
nos faz vencer, se perseveramos.
Se temos fé em Deus, podemos confiar que ele é maior que a
crise, por pior que ela seja.
A vitória não é dos que se distraem, mas, como está na ban-
deira do estado do Espírito Santo, de quem “trabalha e confia”,
lema inspirado na recomendação de Inácio de Loyola: “Traba-
lhe como se tudo dependesse de você e confie como se tudo de-
pendesse de Deus”.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 18


“As palavras bondosas nos dão vida nova, porém as palavras cruéis desanimam a
gente”. (Provérbios 15.4)

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1 “Amar vem antes de liderar”. (A ntônio C arlos C osta )

MAIO
Palavras para animar
No ambiente em que estamos, nossas palavras podem fazer o
ambiente “cheirar bem ou cheirar mal”.
O tipo de cheiro que exalamos depende de nossas atitudes.
Podemos animar os que conversam conosco. Podemos entu-
siasmar os que nos ouvem. Podemos motivar os que nos veem.
Nossa missão no mundo pode ser animar outras pessoas (Atos
20.1).
Se por bondade queremos falar palavras que perfumem o
ambiente em que vivemos e que toquem o coração dos outros,
porque estão tocando o nosso, precisamos nos interessar, pri-
meiramente, pelo impacto que nossas palavras podem provo-
car. Que bem ou que mal fará a palavra que vamos proferir?
Esta deve ser a nossa pergunta, nesse caminho de aprendizado.
Se queremos falar palavras boas, que perfumem o ambiente
em que vivemos e toquem o coração dos outros, porque estão
tocando o nosso, precisamos desenvolver a capacidade de pres-
tar atenção nas pessoas. O que há de ruim nelas é como um
outdoor: colocado em lugares estratégicos, tem nove metros de
largura por três de altura, isto é, todo mundo vê! O que há de
bom nas pessoas é como anúncio de classificado num jornal: só
vê quem procura ou tem boa visão. Uma pessoa atrás de um bal-
cão numa loja pode ser apenas um balconista, mas é uma pes-
soa com nome, sobrenome e história. Com quem queremos nos
relacionar?
Se por bondade queremos falar palavras que perfumem o am-
biente em que vivemos e toquem o coração dos outros, porque
estão tocando o nosso, precisamos proferir palavras que aben-
çoem. Que nossas palavras sejam maçãs macias e adocicadas
para deleite do outro... não pela sua raridade, mas pelo seu va-
lor. Bondade produz bondade.
Nossas palavras devem sempre animar os outros. É o melhor
que podemos fazer.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 19 a 20 e Provérbios 16.


“Mas eu não dou valor à minha própria vida. O importante é que eu complete a
minha missão e termine o trabalho que o Senhor Jesus me deu para fazer. E a
missão é esta: anunciar a boa notícia da graça de Deus”. (Atos 20.24)

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2 “A amizade é um comércio desinteressado entre semelhantes”.
(O liver G oldsmith )
MAIO
O fim do trabalho
Depois de 40 anos de formados, colegas de classe resolvem se
reunir num encontro muito especial. A primeira frase de um
deles resume bem o que temos feito, todos nós, de nossas vidas:
– Só assim a gente para de trabalhar.
Há gente que não trabalha ou porque não aprendeu ou por-
que desaprendeu.
Quem não trabalha não compreendeu que é do trabalho que
se vive. É o esforço organizado que traz sentido à vida, embora
o sentido da vida não seja só o trabalho. Trabalhar é um verbo
conjugado pelas pessoas sob duas vertentes: a primeira, em fun-
ção do dinheiro; a outra na perspectiva da missão. Em ambas,
porém, podem perder o sentido do que fazem.
Quem trabalha por dinheiro é facilmente criticado. Quem tra-
balha para realizar uma missão é sempre elogiado. No entan-
to, ambos podem vencer alcançando seus alvos, porém, perdem
suas vidas, sempre muito breves.
Mesmo aquele que trabalha pensando em sua família, pode
perder a conexão com ela. Mesmo aquele que elege um ideal, e
até o realize, pode trair este ideal, porque o trabalho não é um
ideal de vida, mas o meio de desfrutar dela.
Uma prova disto é que alguns acharam que não podiam se au-
sentar dos seus trabalhos para o encontro da sua turma muitos
anos depois.
O trabalho pode se tornar um deus de humana invenção, ao
qual se serve sem questionar. O trabalho pode ser um jogo no
qual não se vê o tempo passar. O trabalho pode ser um vício
que entorpece a capacidade de compreender a vida. O trabalho
pode ser tão egoísta ao ponto de impedir que o trabalhador cui-
de do seu corpo e do seu espírito. Quem não cuida do seu cor-
po nem do seu espírito pode até ganhar muitas coisas, mas não
aproveitará todas.
Nosso corpo precisa de cuidado. Nosso espírito precisa de cui-
dado. Trabalhar é uma forma de cuidar, mas não é a única.
Então, no próximo convite para o encontro da sua turma, cur-
to ou longo, talvez um simples jantar, pare tudo e corra para lá!

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 21 a 22 e Provérbios 17.   


“É melhor comer um pedaço de pão seco, tendo paz de espírito, do que ter um
banquete numa casa cheia de brigas”. (Provérbios 17.1)

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3 “O amor é o nosso verdadeiro destino. Não descobrimos o
sentido da vida por nós mesmos. Nós o encontramos com o
MAIO outro”. (T homas M erton )

Um homem, uma missão


São muito felizes as pessoas que têm o sentido de missão. Não
quer dizer que não sofram. A diferença é que a missão lhes dá
sentido na sua alegria ou na sua dor.
Muitas vezes, a dor vem precisamente por causa da missão.
Nesse momento, por exemplo, há milhares de pessoas presas,
algumas no corredor da morte, por causa do que creem ou pre-
gam. Não estão sozinhos na história. Sempre houve opressores
e sempre houve pessoas para quem os seus ideais tinham mais
valor do que suas vidas; cuja razão de ser está na prática da sua
missão. É algo feito com muita paixão, mas em plena razão.
Temos na Bíblia perfis de pessoas assim, das quais o mundo
não era digno (Hebreus 11.38). Um deles sabia que, por onde ia,
aguardavam-lhe prisões e sofrimentos (Atos 20.23), chicotadas,
pedradas, naufrágios, assaltos e oposições (2Coríntios 11.23-30).
Era de se esperar que este homem se apresentasse amargura-
do, aborrecido e triste. Numa de suas viagens por milhares de
quilômetros, feitas a pé, por serem mais baratas, ele reuniu um
grupo de pessoas para uma despedida (Atos 20.17-38). Certo de
que nunca mais se veriam – como, de fato, aconteceu – chamou
seus amigos para uma reunião, narrou sua vida, delegou tare-
fas aos líderes e animou a todos. Todos choraram e se emocio-
naram, ainda mais, quando lhes disse:
– Eu não dou valor à minha própria vida. O importante é que
eu complete a minha missão e termine o trabalho que o Senhor
Jesus me deu para fazer. E a missão é esta: anunciar a boa notí-
cia da graça de Deus.
Eles se despediram de um homem feliz. Paulo era um homem
feliz, feliz por sua missão.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 22 a 23   


“Quem perdoa uma ofensa mostra que tem amor, mas quem fica lembrando o
assunto estraga a amizade”. (Provérbios 17.9)

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4 “Se tenho visto mais longe que os outros, é porque estou em pé
sobre os ombros dos outros”. (I saac N ewton )
MAIO
O segredo
Quem passasse por sua vida era lembrado.
Se ele fizesse uma viagem, voltaria com uma lembrança para
os amigos.
Quem fizesse aniversário de nascimento, de casamento ou por
outra data, recebia uma saudação, vezes através de mensagem,
vezes através de um telefonema. Quem realizasse algo públi-
co, como uma festa ou um culto, sabia que ele apareceria para
abraçar.
Os amigos, próximos ou distantes, eram sempre lembrados,
infalivelmente.
Os amigos esqueciam de suas próprias datas; mas ele jamais!
Perguntado, desconversava sobre suas razões e seus métodos.
Sua sucessão de gestos demonstrava paixão e perseverança,
marcas dos verdadeiros vencedores.
Um dia ele ficou muito doente. Para ir a um encontro, a esposa
teve que levá-lo. Os amigos perguntaram:
– Quem paga o custo das mensagens?
Ela respondeu:
– Ele. Houve época em que metade do que ele ganhava ia para
as mensagens e para os telefonemas.
A paixão fazia com que se dedicasse aos amigos, pagando do
próprio bolso o custo deste afeto.
Pouco depois, Sillas dos Santos Vieira morreu.
No culto em gratidão por sua vida, a viúva levou a agenda
onde ele anotava datas e endereços. Tinha muitas páginas so-
brepostas, algumas já amarelas e soltas. Então, ela leu os nomes
das pessoas para quem seu marido telefonaria naquele dia, se
estivesse vivo.
Estava revelado o segredo. À paixão, seguiu-se a perseverança,
feita de disciplina. Ele amava fazer o que fazia; por isto, organi-
zava sua vida para fazer o que amava.
Viver com paixão saudável e com perseverança disciplinada
torna a vida boa: a nossa e a dos outros.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 24 a 25


Paulo disse: “(...) uma coisa confesso ao Senhor: eu sigo o Caminho que os judeus
dizem ser falso; mas é desse modo que sirvo ao Deus dos nossos antepassados. Creio
em tudo o que está escrito na Lei de Moisés e nos livros dos Profetas”. (Atos 24.14)

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5 “A amizade é como dinheiro: mais fácil de conseguir do que
manter”. (S amuel B utler )
MAIO
Da amizade como virtude, 3/3
Na construção de bons relacionamentos, precisamos esquecer a
lógica dos resultados. Não podemos avaliar uma amizade como
se faz com uma meta a ser conquistada. Diferentemente, “no re-
lacionamento com o outro e com Deus, que nos ama, nós com-
pletamos a humanidade para a qual fomos criados” (Eugene H.
Peterson).
Por isto, se transferirmos para os relacionamentos a lógica mer-
cantil, colheremos decepções. Se estamos decepcionados com
alguém, devemos pensar também naqueles que estão decepcio-
nados conosco, mesmo que os dois lados se julguem com razão.
O que fazer, então? Ajudemos as pessoas a se livrarem do lado
sombrio da sua natureza! Não procuremos nos livrar delas,
afastando-nos, desacreditando delas para sempre. Isto vai ape-
nas afugentá-las para a amargura e para a infelicidade. E talvez
sigamos juntos no mesmo destino triste.
Desenvolvamos amizades espirituais, que são as que nos fa-
zem crescer. Os amigos de classe espiritual querem estar conos-
co e nos ajudam em nossos projetos e nos perdoam em nossos
erros, estando presentes conosco em nossas horas difíceis, mos-
trando que são dignos de nossa confiança. Pobre é quem cai e
não tem quem o ajude a levantar-se (Eclesiastes 4.10).
Um amigo respeita as ideias alheias, detém-se diante de cada
segredo da sua consciência, disposto a “compreender antes de
discutir” e “a discutir antes de condenar” (Norberto Bobbio).
Por uma amizade, devemos nos avaliar, com a coragem de
mudar o que precisa ser mudado em nós, não no outro.
Peçamos a Deus para nos ajudar a amar, seguindo o perfeito e
singular exemplo de Jesus Cristo.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 26   


“Ele anunciava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, falando
com toda a coragem e liberdade”. (Atos 28.31)

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6 “Pratique a esperança. À medida que a esperança se torna um
hábito, você consegue alcançar um espírito permanentemente
MAIO feliz”. (N orman V incent P eale )

O convite da festa
Num dos títulos atribuídos a Jesus, ele é chamado de “Pai eter-
no” por um profeta da antiguidade.
Parece estranho, já que, no Novo Testamento, Jesus é sempre
apresentado como o Filho, tendo sido solteiro a vida toda.
Há, no entanto, boas razões para este título.
A primeira é que sua entrega foi típica de um pai. Na manje-
doura, Jesus foi entregue como filho. Na cruz, Ele se entregou
como pai. Só os pais se sacrificam pelos filhos. Como um pai, Ele
se sacrificou ao se tornar gente, ao se deixar crucificar e ao fi-
car mais algumas semanas na terra para continuar mentorean-
do seus discípulos.
A segunda razão é que o perdão que Ele oferece tem validade
eterna. Só um pai perdoa como Jesus perdoa; e de uma vez por
todas! Tem valor para sempre! Com o seu perdão, Ele nos adota
em sua casa como sendo seus filhos queridos. É como se disses-
se: “Venham, crianças!” O perdão recebido nos dá um sentido de
pertencimento à família de Deus.
A terceira razão é o Seu cuidado eterno conosco. Jesus nunca
desiste de nós. Ele não desistiu de Pedro e confiou nEle, mesmo
com os fracassos do pescador. Há esperança para nós, mesmo
que fraquejemos, falhemos, desertemos, desanimemos.
A quarta razão para o título de Jesus como “Pai eterno” é que
Ele nos conduz para toda a eternidade, eternidade que tem iní-
cio quando começamos a caminhar com Ele, prosseguirá por
nossa passagem pelo muro da morte e continuará por um tem-
po maior que nossa imaginação possa conceber. O autor do
Apocalipse pinta um quadro inesquecível, quando retrata Jesus
conduzindo os seus amigos para as fontes de água viva.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 27   


“Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso”.
(Provérbios 15.22)

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7 “Quando a sua fonte seca, o manancial de Deus continua
jorrando”. (H ernandes D ias L opes )
MAIO
Tempo para o que importa
Os desafios que nos impõem são múltiplos! Contudo, podemos
nos deter num só: na formação espiritual dos nossos filhos e,
por conseguinte, dos nossos netos.
Influenciados pelo estilo das passarelas, o nosso tempo é tão
ocupado que não nos sobra tempo para o mais importante lega-
do que lhes podemos deixar: a mensagem de Jesus Cristo. Dá-
-se também que nossa agenda é tão cheia que não lhes damos a
oportunidade de estudar a Bíblia com seus colegas na igreja.
Temos que dar um tempo para eles.
Há muitas famílias que não criam momentos bons em que a
Palavra de Deus seja lida e alguns de seus versículos-chaves se-
jam memorizados. Muitos pais se contentam com o mínimo: se
participam de uma classe bíblica, não participam do culto; se ce-
lebram a Deus em culto, não gastam tempo na classe de estudos
da Palavra, que Ele inspirou para ser escrita.
Em geral, para um esforço pequeno corresponde um resulta-
do pequeno.
Se queremos conhecer o que Deus tem para nós, precisamos
estudar o que nos legou.
Se queremos que nossos filhos cresçam pensando como Jesus,
precisamos oferecer-lhes oportunidade de conhecer a mente
de Jesus.
Além de ensinar em casa a Palavra de Deus e viver em casa
o Evangelho, os pais devem colocar como prioridade conduzir
seus filhos ao lugar em que a prioridade é o estudo da Bíblia,
nos cultos e nas classes. Este lugar é a igreja.
A negligência no estudo da Palavra de Deus – em casa e na
igreja – deixa como consequência um vazio para o resto da vida.
Quando uma família se aplica no estudo da Bíblia colhe bons
frutos por muitas gerações.

Para ler HOJE na Bíblia: Atos 28   


“Um olhar amigo alegra o coração; uma boa notícia faz a gente se sentir bem”.
(Provérbios 15.30)

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8 “Uma das coisas mais importantes que podemos fazer na
terra é levar as pessoas a saberem que não estão sozinhas”.
MAIO (S hannon L. A lder )

Ali na nossa frente


Sempre existiram povos oprimidos. Até hoje.
Foi assim com o povo de Israel quando estava no Egito. Quan-
do chegou ao país, era uma família livre que se multiplicou ao
longo dos séculos. As coisas mudam. As coisas mudaram para os
descendentes de Abraão.
Seus gemidos foram ouvidos por Deus que decidiu libertá-los.
Deus não tolera a opressão.
No processo de libertação, Deus chamou um homem. Era um
homem só, sem exército, contra a maior potência do mundo.
Um homem apaixonado por sua missão pode derrotar um exér-
cito, como ocorreu com Mahatma Gandhi, Martin Luther King
Jr., Oscar Schindler, entre outros.
No caso de Moisés, chamado para tirar o seu povo da escravi-
dão, ele era completamente apaixonado por sua tarefa e a tare-
fa o moldou como homem, como marido e pai, como político.
O faraó não foi seu real inimigo. Deus o derrotou.
O principal inimigo de Moisés foi o seu próprio povo. Enquan-
to o mandava marchar, o povo olhava para trás, como se o pas-
sado fosse melhor (Números 11.5). Enquanto o convidava para
confiar em Deus, o povo se agarrava às superstições (Deute-
ronômio 9.16). Enquanto dizia ao povo que Deus mesmo iria
adiante no enfrentamento das adversidades, o povo optava por
reclamar (Deuteronômio 1.19-33).
Para nós mesmos não sermos como o povo liderado por Moi-
sés, precisamos sobretudo saber que Deus vai na nossa frente:
para o hospital onde uma difícil cirurgia vai acontecer; para a
realização de uma tarefa que julgamos impossível de ser com-
pletada; para a solução de um conflito que nos envolve por in-
teiro. Se olharmos, veremos Deus em ação à nossa frente.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 1 e Provérbios 18


“Pois o SENHOR, nosso Deus, vai adiante de nós e ele combaterá por nós.
Ele fará a mesma coisa que vocês o viram fazer em nosso favor no Egito”.
(Deuteronômio 1.30)

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9 “No seio de toda família deveria haver, por direito, um
ambiente de confiança, respeito, afeto, atenção, cuidado e
MAIO proteção. Nenhum outro lugar no mundo pode suprir em uma
pessoa a ausência destas coisas”. (E lizabete B ifano )

Olhares necessários, 1/2


Para uma criança, família é sinônimo de provisão, proteção e
cuidado. É isso que cada familiar precisa providenciar um para
o outro.
Uma criança não tem um conceito vago de família, mas uma
visão muito clara, claramente objetiva. Talvez achemos que
uma criança tenha uma visão centrada apenas em si mesmo so-
bre a família. Talvez seja verdade, mas ela não deve ser critica-
da por isto. Antes, deve ser apreciada por lembrar à família a
sua tarefa. Cabe aos familiares, sobretudo aos pais, oferecer à
criança o que ela precisa.
A família precisa do olhar de suas crianças. O olhar delas tra-
duz seus desejos. Seus desejos indicam suas possibilidades.
Para um adolescente, família é sinônimo de provisão, com-
preensão e aceitação. Um adolescente está no momento de de-
finir o seu conceito sobre família. Muitas vezes, esperamos dele
o que ele não está pronto para oferecer. Ele não sabe que não
sabe, mas acha que sabe, o que gera conflitos, necessários con-
flitos. É neste processo que ele se torna o que será. Por isto, o
adolescente deve receber dos pais a gratidão por lembrar à fa-
mília sua tarefa formadora. Também por isto, a família, sobre-
tudo os pais, teoricamente mais sábios, devem oferecer ao(s)
seu(s) adolescente(s) o que cada um precisa.
A família precisa do olhar de seus adolescentes. O olhar deles
traduz seus desejos. Seus desejos indicam suas possibilidades.
A família é o lugar propício para que todos os seus membros se
realizem como pessoas. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 2 a 4   


“Depois Moisés disse ao povo de Israel: ‘Obedeçam a todas as leis e a todas
as ordens que eu estou dando a vocês agora, para que vivam e tomem posse
da terra que o SENHOR, o Deus dos nossos antepassados, vai dar a vocês’”.
(Deuteronômio 4.1)

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10 “Nossa família foi escolhida por Deus para nos preparar para
a vida eterna”. (V era C astro )
MAIO
Olhares necessários, 2/2
Para um jovem, família é sinônimo de provisão, orientação e
aceitação. Mesmo quando rejeita esses papéis, seduzido por ou-
tros que lhe são apresentados, o jovem precisa de sua família e
a família precisa dele.
Nesta fase da vida, a provisão pode ser compartilhada por to-
dos os integrantes da casa; sim, os jovens também podem pro-
ver. A orientação já pode ser debatida; sim, os jovens devem ser
ouvidos. A aceitação tem que ser exercida na mutualidade, pe-
los jovens e com os jovens. Em sua tensão de permanecer/sair,
brilha o valor da família, que precisa do olhar dos seus jovens.
Para um adulto, família é sinônimo de responsabilidade e pra-
zer, responsabilidade na provisão, na orientação e no cuidado,
e prazer nas conquistas de cada um ali. Adulto é quem tem mais
prazer em dar que receber. A família precisa do olhar dos adul-
tos que a compõem.
Para um idoso que já dispensou os labores profissionais, famí-
lia é sinônimo de prazer, segurança e cuidado. O prazer vem da
percepção que valeu a pena a dedicação aos filhos e netos. A se-
gurança vem da necessidade de apoio, especialmente ao corpo já
não tão firme. O cuidado é uma espera para o presente e, sobre-
tudo, para o futuro. A família precisa do olhar dos seus idosos.
Nenhum olhar é superior.
Nenhum modo de ver é melhor.
Nenhum gesto é mais importante.
Numa família, a valorização do olhar e do gesto de cada um é
que lhe traz a força para prover, proteger, cuidar, compreender,
aceitar, orientar, alegrar-se.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 5 a 7 


“Portanto, amem o SENHOR, nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e
com todas as forças”. (Deuteronômio 6.5)

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12 “Eis o mundo. Coisas bonitas e horríveis acontecerão.
Não tenha medo”. (F rederick B uechner )
MAIO
Melhor é o que permanece, 3/3
Podemos ser movidos a paixão. Ela traz cor à vida, mas logo
evapora.
Podemos ser movidos a diversão. Ela traz alegria à vida, mas
vem de fora.
Podemos ser movidos a ambição. Ela traz prazer à vida, mas
nos devora.
Podemos ser movidos a sedução. Ela traz valor à vida, que de-
pois chora.
Podemos ser movidos a missão. Ela traz sentido à vida, mesmo
após termos ido embora.
Na paixão, na diversão, na ambição e na sedução, a vida é cur-
ta, porque feita de curtos momentos. Na missão, a vida é eter-
na, pelos frutos que vão chegando, gerações afora, mesmo que
não possamos mais ver seus movimentos. A missão fala por nós.
Quando recebemos uma missão, sabemos para onde vamos.
Quando estamos em missão, sabemos porque vamos.
Quando nós nos realizamos na missão, corremos para nossas
tarefas, que raramente nos parecem pesadas, pois são fontes de
prazer. A missão pode até vergar o nosso corpo, mas nunca en-
curvará os nossos corações.
Na missão, nós nos completamos quando o outro se realiza,
quando, por exemplo, o nosso aluno é aprovado, o nosso pacien-
te é curado, a ponte que construímos liga pessoas, a nossa mão
levanta quem está caído, o estranho vira irmão.
Na missão, recebemos, embora todos pensem que estamos nos
sacrificando em dar. Podem, por isso, até nos aplaudir ou con-
decorar, mas não é o que buscamos.
Aceitamos a missão quando obedecemos a quem nos chama
para servir. A obediência nos põe em comunhão com quem nos
convoca.
Quando a nossa vida é uma missão, a missão é o sentido da
nossa vida. A missão é uma forma de estar diante de Deus; é um
modo de adorar. Estar em missão é uma forma de sorrir.
Faz missão quem descobre que dar é melhor do que receber.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 8 a 9


“O nome do SENHOR é como uma torre forte para onde as pessoas direitas vão e
ficam em segurança”. (Provérbios 18.10)

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12 “Nenhuma instituição humana pode prevenir o crime moral
que mata com uma palavra”. (H onoré de B alzac )
MAIO
Os palavrões nos revelam, 1/2
Muitas vezes, revelações de conversas gravadas entre pessoas
públicas nos surpreendem pela ferocidade das palavras empre-
gadas. Nelas, os palavrões são expressões corriqueiras que não
constrangem os que os proferem, mas ferem os nossos ouvidos.
Longe dos gravadores, testemunhamos a facilidade com que os
palavrões frequentam os lábios dos nossos interlocutores. Por ve-
zes, de nós mesmos saem palavras que parecem lavas de vulcão.
O mau hábito dos palavrões rega as conversas, como se fos-
sem necessários e indispensáveis. Para muitas pessoas, são pa-
lavras normais.
No entanto, pessoas dignas não falam palavrões. Pessoas de
caráter falam o que pode ser gravado e revelado, sem terem
que se justificar. Nossas palavras revelam quem somos. Nós so-
mos nossas palavras. Palavras podres são os canais pelas quais
fluem almas podres.
Almas ricas são suaves, não grosseiras. Almas puras são pací-
ficas, não guerreiras. Almas inspiradas procuram não perder as
estribeiras. Almas sensatas se impõem barreiras.
Se as palavras são meios de comunicação, devem ser usadas li-
vremente, dirão alguns. O argumento é similar ao de que “im-
porta é o que o outro entenda” sem que importe a norma da
língua. Nada disso! Se palavras são meios de comunicação, de-
vem ser bem usadas; as normas visam melhorar a comunicação
e evitar os ruídos. Se escrevemos corretamente, ninguém preci-
sa ler duas vezes para entender por faltarem vírgulas esclarece-
doras. Se falamos bem, quem nos ouve não precisa perguntar o
sentido, porque ficou claro. Palavras mal ditas podem significar
o que não queremos dizer.
Quando atropelamos a gramática, revelamos nossa ignorân-
cia, como os palavrões expõem o que temos de pior.
Todos devemos ter corações que não abriguem ódio, precon-
ceito, mágoas, mas, antes, sejam a casa do amor, do respeito e da
paz. [CONTINUA em 6 de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 10   


“Pois o SENHOR, nosso Deus, está acima de todos os deuses e autoridades. Ele é
grande, poderoso e causa medo. Ele trata a todos igualmente e não aceita presentes
para torcer a justiça”. (Deuteronômio 10.17)

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13 “A economia consiste em saber gastar e a poupança em saber
guardar”. (O rison S wett M arden )
MAIO
Os 3 P do sucesso
Para realizar, precisamos planejar. Se o primeiro verbo da rea-
lização é desejar ou sonhar, o mais definitivo é planejar. O pla-
nejamento é capítulo indispensável da concretização do ideal.
O planejamento é algo racional, embora nascido do desejo. O
planejamento demanda conhecimento, estudo e reflexão. Ima-
ginemos a construção de uma casa. Precisamos do planejamen-
to, que inclui o projeto, o orçamento e o cronograma da obra.
Imaginemos uma viagem. Precisamos planejar, definindo os
destinos, as datas e os recursos necessários. Sem planejamento,
o desejo continua desejo, indefinidamente desejo.
Depois de planejar, precisamos poupar. Tudo o que preten-
demos realizar tem um preço, que pode ser dinheiro ou tem-
po. Dinheiro guardamos para gastá-lo em cada etapa planejada.
Tempo organizamos para que seja objetivamente usado na hora
certa. Não podemos gastar todo o nosso dinheiro na primeira
etapa, porque faltará nas outras. Não podemos gastar todo o
nosso tempo numa fase, porque a energia será necessária para
todo o trabalho.
Depois de planejar e poupar, precisamos perseverar. Imagine-
mos uma pizza a ser preparada. Depois do planejamento (com
a reunião dos ingredientes) e da poupança (com a qual se com-
praram os insumos), vem o preparo. É preciso esperar um tem-
po para a massa crescer, até poder ir ao forno; depois, é preciso
esperar que chegue ao ponto de ser retirada.
Nada acontece de uma hora para a outra. Quanto apertamos
um botão e retiramos um produto, o item está ali na máquina
dispensadora à espera de um toque porque, antes, uma equipe
planejou, poupou e perseverou.
Queremos realizar? Planejamos, poupemos, perseveremos.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 11


“Lembrem-se desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem essas leis
nos braços e na testa, para que não as esqueçam, e não deixem de ensiná-las aos
seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando
se levantarem”. (Deuteronômio 11.18-19)

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14 “Não creio que existam demônios suficientes no inferno
para arrancar um menino dos braços de uma mãe que ora”.
MAIO (B illy S unday )

A mãe anônima
A história também é feita pelos anônimos.
Foi assim com uma mulher cuja filha estava muito doente.
Tudo o que podia ser feito, foi feito; mas a vida da menina con-
tinuava correndo perigo. Quando soube que passava por sua ci-
dade um estrangeiro capaz de trazer saúde à sua filha, sua mãe
se levantou. Disseram-lhe que não seria atendida. Tentaram lhe
cortar o caminho. Quando ficou face a face com o Mestre, este
lhe examinou de alto a baixo, por dentro e por fora, pondo à
prova o desejo dela e, ao final, concedeu à filha o livramento
que a mãe procurava.
Essa mãe anônima nos mostra que a história também é feita
por pessoas “sem nome”. A história também é feita por aqueles
que não chamam atenção para si.
A história é sempre feita por aqueles que prestam atenção às
oportunidades que se abrem para mudanças que valem a pena.
Feliz é aquele que não deixa partir uma oportunidade.
A história desta mulher nos convida a admirá-la e, a partir de
sua perseverança, exaltar a mãe que não deixa o hospital en-
quanto não é devolvida para sua filha a saúde perdida; a mãe
que não tira os joelhos do solo da oração enquanto seu filho
não volta para a serenidade; a mãe que acorda mais cedo para
preparar a comida do filho que sai para a jornada; a mãe que
atravessa ares, montanhas ou mares para assistir a filha em
trabalho de parto; a mãe que não enxuga as lágrimas dos seus
olhos enquanto não pode trocá-las por sorrisos; a mãe que não
aceita o “não” do seu filho ou para o seu filho; a mãe que vê o ta-
lento da sua filha mesmo quando ninguém mais acredita.
A maternidade acontece no ventre que gesta e no coração que
jamais desiste do seu filho.
Obrigado, mãe! Obrigada, mamãe!

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 12


“Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha”.
(Provérbios 18.13)

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15 “A graça de Deus não é um produto. O evangelho não é uma
mercadoria. A igreja não é uma empresa. O céu é de graça”.
MAIO (H ernandes D ias L opes )

Parecem, mas não são


Sempre precisamos de profetas. Eles são mensageiros de Deus.
Não falam de si mesmos, falam o que Deus os inspirou a dizer.
São porta-vozes da esperança.
A Bíblia está cheia de profetas. Alguns eram falsos, porém.
Eram porta-vozes de si mesmos.
Como sabermos que um profeta é falso para não lhe darmos
ouvido?
Quando ouvimos uma ideia, aparentemente nova ou clara-
mente antiga, devemos conferir com o que já sabemos. O que
aprendemos deve nos valer agora. No caso especificamente
cristão, devemos conferir o que a pessoa diz com o que Deus diz
na Bíblia. Se o que ouvimos não é autorizado pela Palavra de
Deus, não escutemos a palavra do homem.
Quando ouvimos uma mensagem, precisamos nos perguntar
se ela nos aproxima ou afasta de Deus. Nós somos responsáveis
por aquilo que fazemos com o que ouvimos.
Quando estamos diante de um profeta, use ou não o título de
profeta, precisamos olhar bem para ele. A que se propõe? Ele
apresenta ideias para discussão ou se apresenta como a solução
para o problema? No caso da economia de um país, por exem-
plo, não há soluções fáceis. Quando um profeta se oferece como
sendo a solução, devemos duvidar. São bem-vindas as propos-
tas, não os que querem tirar proveito do caos para benefício
próprio.
Quando um profeta se apresenta, temos que nos perguntar:
para quem ele está apontando? Para si mesmo? Para quem ele
chama atenção? Para si mesmo? Um profeta de Deus não se exi-
be porque ele aponta para Deus. Um profeta de Deus não visa
seu próprio interesse, mas o anúncio da graça de Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 13 a 15 e Provérbios 19   


“Todos os anos juntem uma décima parte de todas as colheitas e levem até
o lugar que o SENHOR, nosso Deus, tiver escolhido para nele ser adorado”.
(Deuteronômio 14.22-23)

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16 “Não há amor sem coragem e não há coragem sem amor”.
(R ollo M ay )
MAIO
A força da suavidade
Podemos ser suaves.
Podemos argumentar sem gritar.
Podemos convencer sem ofender.
Podemos ensinar sem humilhar o aprendiz.
Podemos encontrar a palavra que produza paz.
Podemos fazer da harmonia a nossa meta na vida.
Podemos oferecer nossas verdades sem desclassificar quem
pensa diferentemente de nós.
Podemos buscar nossos direitos na Justiça, esgotadas as ins-
tâncias do diálogo, sem extrapolar esses mesmos direitos.
Podemos exercitar a nossa liberdade em sua plenitude sem opri-
mir o outro, tratando-o como não gostaríamos de ser tratados.
Não precisamos ser grosseiros, jamais... seja com as mãos ou
com os lábios.
Nossa indignação não precisa ser acompanhada de raiva.
Uma boa notícia apresentada aos berros não será recebida
como benéfica.
Quando contraditados pelo outro, devemos nos lembrar que o
direito a pensar de modo oposto é de todos: nosso e dele.
Se estivermos muito irritados em casa, devemos nos recolher
em nosso quarto até passar a raiva, antes de começarmos a co-
lher os frutos do nosso desatino.
Se estivermos muito indignados no trabalho, devemos deixar
discretamente o local até que possamos pensar com serenidade,
sabendo que a explosão cobra um preço muito alto e por muito
tempo, às vezes de modo irremediável.
Se aprendemos a brigar por tudo, podemos revisar nossos
padrões.
A verdadeira força é suave. Está mais para a brisa do que para
o vendaval.
Podemos ser suaves. Na verdade, devemos ser suaves. Deus
não age com força ou com violência. É assim que devemos agir.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 16 a 18   


“Agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho”. (Provérbios 19.2)

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17 “A crítica, como a chuva, deveria ser capaz de ajudar no
crescimento de uma pessoa sem destruir suas raízes”.
MAIO (F rank A. C lark )

Crescendo com os críticos, 1/2


Nunca somos suficientemente fortes para resistir firmes duran-
te muito tempo às críticas que recebemos. Um dia, poderemos
desistir. Para que isto não aconteça, precisamos refletir sobre o
que a crítica está fazendo conosco.
1. Seremos criticados. Quando fizermos bem, seremos critica-
dos porque fizemos bem. Se poderíamos ter feito melhor, logo
o ouviremos.
2. Se não prestarmos atenção, passaremos a ocupar nossa
mente com as críticas e com os críticos. Passaremos a ser reati-
vos, agindo em função das críticas recebidas. Quando vier uma
ideia nova, diremos que “não vale a pena”. Deixaremos de ser
criativos e de fazer melhor hoje o que fizemos ontem, o que de-
veria ser sempre a nossa marca.
3. Se continuarmos neste compasso, ficaremos amargos, per-
dendo a alegria de fazer o que sempre fizemos com entusiasmo.
Sem alegria, mesmo o menor trabalho é cansativo.
4. Não tardará e desejaremos desistir, passando a carregar co-
nosco a herança da frustração.
5. Lembremos que os apenas críticos não produzem senão
a própria crítica. Os apenas críticos têm o poder de estiolar a
criatividade. Autores promissores deixaram de escrever por
causa de palavras cruéis, embora outros tenham escrito obras
-primas por causa dessas mesmas palavras. Oradores brilhan-
tes passaram a gaguejar por causa de comentários ácidos. A
crítica agiganta os críticos, mas apequena os criadores doma-
dos pelo medo.
Criticar é um ofício de valor, apenas se não for exercido por al-
mas pequenas, capazes, mas pequenas. Para fazer algo de valor,
uma pessoa precisa ser capaz de fazer o que pretende e também
ter uma grande alma, coisa que nem todos têm. Não podemos
controlar os críticos, mas podemos nos controlar diante dos crí-
ticos. [CONTINUA em 6 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 19 a 20   


“A pessoa sensata controla o seu gênio, e a sua grandeza é perdoar quem a ofende”.
(Provérbios 19.11)

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18 “A única razão pela qual muitas pessoas são infelizes é que,
embora se ocupem em buscar a felicidade, elas não estão
MAIO certas do que ela é”. (S tuart B riscoe )

Realmente felizes, 2/8


Jesus disse que são “felizes as pessoas que choram, pois Deus as
consolará”. Desde que a humanidade passou a gemer por ter se
afastado de Deus e ter entregue a sua liberdade ao inimigo, ban-
deando-se para o território dele, todos choramos, por causa da
escolha da humanidade, que é também a de cada um de nós.
Choramos quando perdemos pessoas a quem amamos, derra-
mando lágrimas sobre os seus corpos.
Choramos quando, diante dos sofrimentos de outras, nós nos
vestimos com as suas dores.
Choramos quando temos que carregar, muitas vezes sozinhos,
fardos pesados e longos, cuidando de familiares enfermos.
Choramos quando um vício, um mau hábito ou um trauma
nos domina, como se fosse um pesadelo do qual não consegui-
mos acordar.
Choramos quando, mesmo trabalhamos muito, não consegui-
mos dar o que a nossa família precisa.
Choramos quando somos alvos de deboches e perseguições
por termos ficado do lado certo.
Choramos, sabendo ou não que essas coisas não vieram pela
vontade de Deus, mas pelas nossas decisões, aí incluídos os dita-
dores da política e da economia; os irresponsáveis no trânsito e
no hospital; os lobos devoradores com máscaras de pastores; os
descuidados com a própria saúde.
Choramos porque a dor ainda não nos deixou insensíveis.
Choramos porque ainda esperamos por Deus.
Confiamos que Ele nos enxugará as lágrimas.
Esperamos que Ele nos dará forças para sustentarmos nos om-
bros as vidas de quem cuidamos. Temos certeza que Ele nos
encherá de coragem para derrotar o vício, o mau hábito ou o
trauma, de vitórias em vitórias. Cremos que Ele nos dotará de
resistência para continuar fazendo a coisa certa, mesmo solita-
riamente. Temos convicção que Ele nos fará sábios para não fi-
carmos desesperados. [CONTINUA em 27 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 21


“Ser bondoso com os pobres é emprestar ao SENHOR, e ele nos devolve o bem que
fazemos” (Provérbios 19.17).

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19 “Ponha asas em suas preocupações e deixe-as voar para
longe”. (T erri G uillemets )
MAIO
Cuidando de si mesmo, 1/3
Todos nós cuidamos de outras pessoas.
Os pais cuidam dos seus filhos.
Os professores cuidam dos seus alunos.
Os profissionais da saúde cuidam dos seus enfermos.
Os pastores cuidam dos participantes da sua igreja.
Os chefes cuidam dos integrantes da sua equipe.
Quem cuida dos seus, precisa cuidar de si mesmo. Todos te-
mos a tarefa de cuidar de nós mesmos. Esta responsabilida-
de nos pertence, porque pode ser que ninguém cuide dos que
cuidam. Para cuidar do seu filho, por exemplo, uma mãe deve
cuidar de si mesma. A compaixão pelo outro precisa de uma
paixão por si mesmo.
O autocuidado começa com a compreensão da sua natureza.
Alguns cuidadores erram quando partem do pressuposto que a
nobreza da sua tarefa os autoriza a negligenciar a atenção com
a sua própria mente, com o seu próprio corpo e com a sua pró-
pria família.
Uma pessoa que, por exemplo, se alimenta mal (seja no senti-
do biológico ou no sentido intelectual) ficará subnutrida. Quem
cuida não precisa ver a si mesmo como a mais importante das
pessoas, como se o seu trabalho fosse mais árduo do que o dos
outros. Quem mitifica seu ofício se torna escravo dele.
Para compreender bem a natureza do autocuidado, o cuida-
dor precisa se autoconhecer, assumindo privada e publicamen-
te as suas fragilidades. Quando ele fala apenas de suas virtudes,
mantém afastadas as pessoas. Quando precisar delas, estarão
na distância em que foram colocadas.
Quando se vê como um humilde prestador de serviços de cui-
dados, este encontra tempo para descansar. Quem descansa
anda mais rápido. Quem descansa pode correr. Quem descansa
voa. O Criador de todas as coisas tinha todo o poder do mundo e
preferiu descansar. Jesus descansava.
Quem cuida bem de si mesmo cuida melhor do outro. [CONTI-
NUA em 7 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 22


“Filho, se você parar de aprender, logo esquecerá o que sabe”. (Provérbios 19.27)

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20 “Todos temos dentro de nós um centro de tranquilidade
cercado pelo silêncio”. (D ag H ammarskjold )
MAIO
Cultivando o que é bom
Há muitas maneiras de começar o dia.
Ele pode começar assim:
Levantamos da cama, preocupados com a hora, agitados com
o atraso. Não dá tempo para tomar banho direito, para tomar
café direito, para pensar direito no que vem pela frente. Não dá
tempo de orar ou ler a Bíblia, nem de pensar um pouco, nem de
planejar o dia. É preciso correr, talvez tropeçando.
Há, porém, outra forma de começar o dia.
Calmamente nos levantamos da cama, sentindo ainda o corpo
no leito. Imaginamos como será o dia que começa. Aos poucos,
vamos fazendo o que precisamos. Festejamos a vida no banhei-
ro. Alegramo-nos à mesa do café. Ajoelhamo-nos diante de Deus
para agradecer pela manhã e pedir pelo dia. Abrimos e fecha-
mos a porta em direção à rua, cumprimentando pessoas, até o
veículo que nos conduzirá aos compromissos do dia. Quem sabe
um pássaro cante numa árvore próxima e nós escutamos?
Diante deste segundo quadro possível, uns poderão lamentar
a rotina de uma vida assim previsível, como se a correria da ou-
tra não fosse também rotineira. Outros poderão desejá-la.
Os que desejam viver de modo sereno precisam saber que a
manhã começa na noite anterior. Uma noite bem dormida se
faz com qualidade e com quantidade de horas. Um bom dia co-
meça com uma boa noite. Um dia tranquilo advém de uma noi-
te sossegada.
A serenidade de cada dia demanda um certo planejamento.
Aquelas coisas que precisamos fazer devem nos levar a fazer
as coisas boas e certas. Valorizar o que é bom nos leva a culti-
var o que é bom.
E então, como queremos que seja o nosso dia?

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 23


“As pessoas fazem muitos planos, mas quem decide é Deus, o SENHOR”.
(Provérbios 19.21)

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21 “Eu te abraço para abraçar o que me falta”. (R ubem A lves )

MAIO
Abraçar se aprende
Podemos manter as pessoas distantes de nós. É mais seguro.
Não saberão de nós o que não queremos que saibam. Não serão
inconvenientes nas nossas horas. Não nos pedirão favores sim-
ples ou incômodos. Não nos obrigarão a sorrir para elas. Não te-
remos que ir a suas festas, nem lhes levar nossos cumprimentos
e nossos presentes. Nunca ficaremos decepcionados.
Podemos manter as pessoas próximas de nós. Algumas nos de-
cepcionarão. Outras não corresponderão. Saberemos seus no-
mes completos, trocaremos sorrisos e talvez presentes. Seremos
inconvenientes algumas vezes, mas não nos importaremos: faz
parte da nossa amizade. Elas nos incomodarão e até nos obriga-
rão a sair de casa quando não queremos, mas não nos impor-
taremos: a amizade cresce na alegria do encontro. Saberemos
das coisas umas das outras e talvez até troquemos e tranque-
mos segredos.
Todas as vezes que nos encontrarmos, começaremos com um
abraço. Quando nos despedirmos, não sairemos sem o abraço.
Os amigos se encontram, se falam, se beijam. Os amigos se tocam.
Alguns de nós podemos ter dificuldades para tocar. Quase
sempre essa nossa possível frieza vem de longe, talvez da casa
da cultura de nossa terra ou da nossa infância. Pode ser que
tenha se desenvolvido por causa de uma frustração que nos
tornou duros. Se somos duros, podemos ser suaves. Se somos
distantes, podemos ser próximos. Depende de nós. Se não nos li-
gamos aos outros, podemos nos ligar. Nós somos capazes de mu-
dar nossos hábitos, quando não os aprovamos...
Podemos abraçar. Abraçar se aprende. E só depende de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 24   


“Não explore o empregado pobre e humilde, que é pago por dia, seja ele israelita ou
um estrangeiro que mora na cidade onde você vive”. (Deuteronômio 24.14)

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22 “A honestidade é o primeiro capítulo no livro da sabedoria”.
(T homas J efferson )
MAIO
Verdades impopulares
No futebol, o jogador que simula uma falta que não recebeu
ou cai dentro da área quando recebeu o toque fora da área é
elogiado pelos torcedores do seu clube, para desespero dos ad-
versários.
No futebol, enganar o juiz é ser virtuoso. Jogador e torcida
querem levar vantagem, mesmo que desonestamente. Muitas
vezes, o jogo alcança a vida. Ou será que a vida alcançou o cam-
po de futebol?
A pergunta procede por causa de muitos ditados populares
que ouvimos e repetimos há décadas. Eis alguns deles:
1. “Vergonha é roubar e não poder carregar”. Neste caso, o er-
rado só será errado se houver testemunhas. Que tristeza!
2. “A ocasião faz o ladrão”. Não! A responsabilidade pelo rou-
bo não é da circunstância; é de quem roubou.
3. “Achado não é roubado”. Quem concorda nunca perdeu
nada.
4. “Rouba, mas faz”. O político não precisa roubar para fazer.
5. “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Dife-
rentemente, ladrão que rouba ladrão é ladrão, não importa
de quem tenha roubado.
6. “Acha o ladrão que todos o são”. O ladrão não tem justificati-
va para o seu crime, mesmo que viva num meio de ladrões.
A desonestidade detona a confiança, tira professores das esco-
las e médicos e remédios dos hospitais.
Um jogador desonesto é um jogador desonesto. Um político de-
sonesto é um político desonesto. Um profissional desonesto é
um profissional desonesto. Deus detesta os desonestos (Deute-
ronômio 25.13-16). Devemos detestá-los também.
Devemos agir de modo que Deus não nos deteste.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 25 a 26 e Provérbios 20.   


“A comida que se consegue desonestamente pode ser muito gostosa, mas depois
será como areia na boca”. (Provérbios 20.17)

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23 “Há uma sacralidade nas lágrimas. Elas não mostram
fraqueza, mas força. Elas falam mais eloquentemente
MAIO que dez mil idiomas. Elas trazem mensagens de superação
da tristeza, de profunda contrição e de amor indizível”.
(I rving W ashington )

Diante de notícias devastadoras, 1/5


As notícias sobre as pessoas que amamos nos vão chegando e al-
gumas delas nos devastam.
Um amigo desapareceu e ninguém o localiza. Uma amiga des-
cobriu no seio um câncer inoperável. Um colega próximo preci-
sou se submeter a um transplante renal, mas a rejeição o debilita
a cada dia. Depois de décadas no emprego, uma colega foi demi-
tida perto de se aposentar. Um casal jovem perdeu o seu primei-
ro bebê semanas depois de um parto feliz. Em nossa casa, um de
nós afundou na depressão e mal consegue se alimentar.
Quando nos importamos com as pessoas, seus sofrimentos
doem em nós. Nessas horas, precisamos amar e demonstrar
nosso amor por elas, estejam em nosso lar ou em outras casas.
Amamos quando, diante de más notícias, procuramos nos cer-
tificar de que as coisas ocorreram como nos chegaram. Tende-
mos a pensar no pior e a sofrer antes da hora. Precisamos ter
tranquilidade para não nos tornarmos agentes de um terror
inexistente, se por fim tratar-se apenas de um susto.
Amamos quando, demonstrado um diagnóstico desolador,
respeitamos a dor do outro. Se ele quer calar, não o forcemos a
falar. Se ele quer chorar, ofereçamos nossos lenços. Se ele quer
gritar, contribuamos com os nossos ouvidos. Se ele quer sigi-
lo, apresentemos nosso silêncio. Se quer ajuda, saiamos da con-
templação. Se ele quer que oremos, ajoelhemo-nos. A dor lhe
pertence e lhe somos solidários. Amamos quando não explica-
mos. Parte das nossas dores é explicada e parte nos escapa a ra-
zão. Se a explicação for necessária para a solução, no momento
oportuno, cuidadosamente, nós a traremos à luz. Se for apenas
para mostrar o quanto somos perspicazes, nós a guardaremos
conosco para sempre. [CONTINUA em 2 de junho]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 27 a 28


“Se obedecerem fielmente a todos os mandamentos do SENHOR Deus que hoje eu
estou dando a vocês, ele fará com que fiquem no primeiro lugar entre as nações
e não no último; e fará também com que a fama de vocês sempre cresça e nunca
diminua”. (Deuteronômio 28.13)

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24 “As coisas melhores e mais bonitas do mundo não podem
ser vistas nem tocadas, mas apenas sentidas no coração”.
MAIO (H elen K eller )

Encurtando distâncias
Mesmo quando passamos a ver a vida sem cor, sabemos que ela
é colorida.
Mesmo que nos vejamos como indignos da admiração alheia,
sabemos que temos virtudes de sobra.
Mesmo que fantasmas nos habitem e nos atemorizem, sabe-
mos que eles não existem.
Mesmo que uma ideia boa nos entusiasme, nem sempre ela
produz resultados práticos em nossas experiências.
Mesmo que saibamos que determinado comportamento deva
ser adotado, nem sempre o tornamos parte de nós.
Mesmo que cantemos sobre o amor, nem sempre estamos
amando.
Mesmo quando dizemos querer abandonar um vício, nem
sempre o deixamos ao longo de nossa caminhada.
Dois palmos, nesses casos, nos separam: a distância entre a ca-
beça e o coração.
Esses dois palmos são a distância entre a felicidade e a infelici-
dade, entre a serenidade e o desespero, entre a paz e a angústia.
Precisamos encurtar essa distância. O coração precisa subir. O
que está na mente precisa descer.
Os dois precisam se aproximar.
A teoria precisa dar as mãos à prática.
O discurso precisa se realizar na realidade das coisas.
A certeza afirmada pelos lábios precisa estar na palma das mãos.
A fé precisa ser forte para não sucumbir sob a avalanche da
insegurança.
É com a esperança que canta no cérebro que os passos preci-
sam ser dados. Unidos, mesmo em suas diferenças – necessárias
diferenças – cérebro e coração atravessarão perigos, rechaça-
rão adversários, vencerão obstáculos, empreenderão sonhos,
descortinarão amanhãs. Cérebro e coração precisam afinar o
modo como veem a vida, para que ela valha a pena.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 29 a 30


“O SENHOR, nosso Deus, dará a vocês e aos seus descendentes corações dispostos
a obedecer, a fim de que o amem com todo o coração e com toda a alma e assim
continuem a viver naquela terra”. (Deuteronômio 30.6)

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25 “Deus não nos ama porque temos valores. Nós temos valor
porque Deus nos ama”. (F ulton S heen )
MAIO
Mesmo que a pressão seja forte
Três jovens estavam no exílio, onde foi decretado que todo ho-
mem ou mulher que habitasse na Babilônia teria que servir ao
deus dos babilônios sob pena de morte. Então, Sadraque, Mesa-
que e Abede-Nego disseram a todos que os quisessem ouvir e ao
rei em particular, desafiando-o:
– Se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, ele poderá nos sal-
var da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei. E mesmo que o
nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não
prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de
ouro que o senhor mandou fazer (Daniel 3.17-18).
Estamos diante da história de homens de fé; de homens cuja fé
não dependia das bênçãos de Deus.
Aqueles homens tinham fé no Deus soberano, capaz de livrar
a eles e a qualquer um da fornalha (seja real, seja emocional,
seja qualquer tipo de evento que traga risco). Aqueles rapa-
zes tinham fé num Deus soberano, a quem não questionavam,
sabendo que Ele faz o que é bom para nós, porque a Sua von-
tade é boa, perfeita e agradável. É assim que você deve crer
também.
A fé que aqueles jovens tinham era marcada pela fidelidade.
Se havia um preço por sua fé, eles disseram que o pagariam.
Devemos crer de maneira que a nossa fé não esteja condi-
cionada a receber bênçãos de Deus, de maneira que Deus seja
completamente soberano, incluindo sua sabedoria e sua bon-
dade. Devemos crer de modo fiel mesmo que tudo esteja contra
nós, mesmo que haja um preço a pagar por nossa comunhão
com Deus.
Que o sirvamos com alegria. Sejamos líderes-servos, homens e
mulheres que servem a Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 31


“Sejam fortes e corajosos; não se assustem, nem tenham medo deles, pois é o
SENHOR, nosso Deus, quem irá com vocês. Ele não os deixará, nem abandonará”.
(Deuteronômio 31.6)

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26 “É na família que são abertas e curadas as minhas feridas”.
(B ianka M endes )
MAIO
Não existe separação conjugal, 1/3
Se, há muito tempo ou recentemente, as brigas conjugais estão
sendo constantes na sua vida, ao ponto de produzir em um ou
em ambos o desejo pela separação, a superação demanda sabe-
doria, paciência e fé.
Use a memória a seu favor. Use a memória do amor para tra-
zer à lembrança os bons tempos; os passeios de mãos dadas,
as brincadeiras, os sonhos tornados reais, as gargalhadas que
ecoavam no horizonte, entre outras recordações registradas no
álbum do coração. Peça a Deus para que os bons tempos voltem.
Ele é o Deus da esperança.
Lembre-se, você jurou, por livre e espontânea vontade, que o
seu casamento seria para sempre. Na verdade, o relacionamen-
to conjugal é sempre para sempre, com ou sem votos. Na práti-
ca, ninguém se separa, mesmo que não haja filho ou filhos na
história. Uma separação não resolve problemas: cria outros.
Então, peça a Deus para fazer valer o juramento um dia livre-
mente oferecido. Ele é o Deus das promessas.
Seja paciente. Espere. Quem ama espera. Talvez o outro este-
ja com alguma dificuldade profunda, imperceptível ou não, no
seu corpo ou na sua mente. Talvez o outro esteja trazendo para
o relacionamento cadáveres que deveriam estar sepultados des-
de infância e que agora se levantam. Peça a Deus paciência para
perceber e esperar, para confiar e não desistir. Deus é o Senhor
da misericórdia.
Seja sábio. Pode ser que o grande problema de agora seja o
resultado de um mal-entendido. Boa parte dos atritos não passa
de um ruído na comunicação, que talvez não resista a uma con-
versa de minutos. Peça a Deus sabedoria. Ele é o Deus da sabe-
doria e pode nos fazer sábios. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 32   


“O mexeriqueiro espalha os segredos; por isso fique longe de quem fala demais”.
(Provérbios 20.19)

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27 “Relacionamento não se olha com uma lupa, mas sim
com uma grande angular, pois ninguém é perfeito;
MAIO bem-aventurados os que aprenderam a perdoar”.
(W ilson M oreira M artins )

Não existe separação conjugal, 2/3


Na busca da superação dos conflitos conjugais, as diferenças
exercem um papel central. Sabemos que somos diferentes um
do outro, mas nos esquecemos, especialmente na hora das di-
vergências.
O convívio faz com que as diferenças entre os dois sejam po-
tencializadas negativamente, ao ponto de, por vezes, se acharem
incompatíveis. Diante dos gostos, das opiniões e das atitudes di-
ferentes, os casais têm diante de si a tarefa de apreciá-las no ou-
tro, reconhecendo-as, valorizando-as e até mesmo criando um
ambiente para que se desenvolvam. Devidamente considera-
das, as semelhanças e também as diferenças solidificam o amor
e permitem as realizações do casal e da família.
Precisamos pedir a Deus o desejo de viver com graça, exalan-
do graça diante do nosso cônjuge. Precisamos que o modo como
Deus nos vê seja o nosso olhar em casa.
Cada pessoa tem um estilo de vida, cuja origem nem sempre co-
nhece. Pode ser que o conflito conjugal seja o resultado desse jei-
to de ser, reservado ou atirado, expansivo ou discreto, sorridente
ou soturno, explosivo ou ponderado, cauteloso ou corajoso.
Por isto, diante de uma dificuldade, uns gritam para vencer,
enquanto outros argumentam suavemente e esperam. Alguns
aprenderam, desde cedo, que tudo se resolve no grito e mantêm
o padrão recebido brigando por qualquer coisa. Neste caso, pre-
cisamos pedir a Deus para que nos mude, a menos que queira-
mos bater e apanhar pelo resto da vida. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 33   


“Povo de Israel, não há outro deus como o nosso Deus! Forte e majestoso,
ele atravessa os céus e, montado sobre as nuvens, ele vem nos socorrer”.
(Deuteronômio 33.26)

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28 “Uma pergunta da minha filha, no dia em que eu completava
36 anos de casamento, ela já casada, foi: ‘Mãe, só com oração
MAIO um casamento dura 36 anos, não é?’” (V ilma M oraes )

Não existe separação conjugal, 3/3


Pode ser que o casal não consiga resolver sozinho seus conflitos
e precise da ajuda de uma terceira pessoa, seja um amigo, um
pastor, um psicólogo.
Esta é uma decisão muito difícil, porque muitos casais prefe-
rem afundar juntos num imaginário segredo do que permitir
que alguém saiba de suas dificuldades. Muitos deixam para bus-
car ajuda no dia seguinte durante anos, sofrendo desnecessaria-
mente por décadas. Idólatras da privacidade, preservam-na e
perdem a felicidade da vida a dois. Precisamos de coragem para
admitir nossa incompetência e aceitar ajuda.
Precisamos pedir a Deus que nos encaminhe a alguém que
possa efetivamente nos ajudar a superar nossos conflitos.
Nossos conflitos podem ser muito sérios, mas se existir ain-
da uma centelha, mesmo que com pouca força no coração de
um dos dois, vale a pena procurar ajuda. Ninguém se arrepen-
de por buscar ajuda, mas pode se arrepender amargamente se
não compartilhar sua dificuldade com quem lhe possa ajudar.
Nossos conflitos podem ser simples, mas mesmos os conflitos
simples se tornam complexos com o passar do tempo. Chega um
tempo em que o pó varrido para debaixo do tapete começa a se
espalhar pelo chão. Nestes casos, a vida conjugal se torna insu-
portável, com brigas cujas razões não resistem a um mínimo
de razão.
Há pessoas preparadas para nos ouvir! Nossos segredos ou
aquelas dificuldades que desejamos fiquem em segredo, em-
bora comuns a muitos outros casais, serão guardados por es-
sas pessoas.
Quando compartilhamos nossos sofrimentos, a chance de cura
cresce.

Para ler HOJE na Bíblia: Deuteronômio 34   


“Não seja vingativo; confie em Deus, o SENHOR, e ele fará justiça a você”.
(Provérbios 20.22)

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29 “A grande força do pecado é que ele cega os homens
para que eles não reconheçam seu verdadeiro caráter”.
MAIO (A ndrew M urray )

A história do pecado, 1/2


A palavra pecado é vista, em muitos círculos, como uma criação
religiosa para impor a culpa. O ser humano apenas comete fa-
lhas, equívocos ou erros, pensam muitos.
No entanto, a palavra descreve muito bem a condição huma-
na, que é essencialmente pecaminosa. Ainda crianças, temos
prazer em ver chorar quem brinca conosco por algo que lhe fi-
zemos. Quando abrimos as notícias, mesmo de veículos sóbrios,
vemos estampada a maldade, em forma de corrupção, vício,
egoísmo, assassinato, entre outras mazelas com as quais esta-
mos acostumados. Se lemos os comentários cruéis que algumas
pessoas postam nas redes sociais, ficamos convencidos de que,
diferentemente do que gostaríamos, o ser humano é mau.
Esta conclusão vinda da observação está de acordo com o en-
sino da Bíblia Sagrada, para quem todos os seres humanos são
pecadores. Desde o começo, o cristianismo, concordando com
o judaísmo, entendeu que o pecado faz parte da condição hu-
mana. O poeta Davi escreveu: “Sei que sou pecador desde que
nasci” (Salmo 51.5). O escritor Paulo disse que todos somos pe-
cadores (Romanos 3.23). De uma forma misteriosa, o pecado de
Adão (chamado de “pecado original”) afetou completamente a
espécie humana. Por isto, o coração é mais enganoso do que
qualquer outra coisa (Jeremias 17.9).
Se o Cristianismo faz o diagnóstico terrível, ele aponta o prog-
nóstico, que é ótimo. Somos pecadores, mas podemos ser per-
doados. O ser humano lamentavelmente não consegue não
pecar; mas, felizmente, é de natureza divina perdoar. Se a con-
sequência do pecado é a morte, a oferta gratuita de Deus é a
vida, sempre disponível ao ser humano, de quem se requer
que admita o seu pecado e peça perdão. É bastante simples e
ao mesmo tempo profunda a mensagem cristã: o pecado, seja
considerado leve ou grave, é perdoado por Jesus mediante uma
confissão do pecador arrependido. Feliz é quem tem o seu peca-
do perdoado (Salmo 32.1). [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 1 a 2


“O evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao
fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: ‘Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito
por Deus’” (Romanos 1.17).

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30 “O pecado é como a barba; reproduz-se e é preciso cortá-lo
continuamente”. (M artim L utero )
MAIO
A história do pecado, 2/2
Ao mesmo tempo em que nos revela nossa condição, o pecado
abre uma avenida para que Deus nos mostre a inteireza e a be-
leza do seu amor para conosco. Diante desta verdade, um pro-
feta antigo exclamou:
“Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e es-
queces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu,
(...) tens prazer em mostrar amor” (Miquéias 7.18).
O pecado nos mostra o que Jesus Cristo fez por nós. Como uma
esponja do tamanho do universo, ele morreu como se fosse um
pecador para absorver o nosso pecado, para que fôssemos per-
doados (2Coríntios 5.21).
Devemos lidar com o pecado de modo sério, nunca banal. Não
adianta negar o pecado, nem o explicar, nem o abafar com a in-
sensibilidade, nem o entorpecer com um remédio. O pecado é
essencialmente orgulhoso e pode nos empurrar a resistir ao li-
vramento que Deus nos oferece (2Tessalonicenses 2.2-4). Deve-
mos, portanto, assumir a realidade do pecado, mesmo que não
saibamos como ele penetra em TODOS os corações, certos de que
ele é uma séria ameaça ao ser humano.
Quando pecamos, devemos confessar, como fez Davi:
– Pequei gravemente com o que fiz. Agora eu te imploro que
perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande lou-
cura! (1Crônicas 21.8).
“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós
mesmos” (1João 1.8-9). “Nosso alvo de vida deve ser não permi-
tir que o pecado continue nos dominando” (Romanos 6.11-12).
Nunca podemos esquecer que “cada um, porém, é tentado pelo
próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então
esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após
ter se consumado, gera a morte” (Tiago 1.14-15).
Essa compreensão livra-nos da notícia ruim (somos pecado-
res) e leva-nos para a boa notícia (podemos ser livres). Assim, se
o pecado é trágico, a graça de Deus é maravilhosa!

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 3   


“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua
graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva”.
(Romanos 3.23-24)

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31 “Quando o que está em jogo são princípios, um centavo vale
tanto quanto um milhão”. (A ugustus N icodemus )
MAIO
O imediatismo mata
As coisas precisam dar resultado “a jato”, razão pela qual de-
vem ser feitas “para ontem”, nem que seja preciso “pisar no pes-
coço” de alguém.
As metas têm que ser batidas. Quem atrapalhar seu cumpri-
mento deve ser eliminado, não importa a razão por que não es-
teja contribuindo para o lucro esperado.
É assim que o mundo funciona.
O mundo é escravo do imediatismo, que não mede as conse-
quências que virão com o amanhã, porque o que lhe interessa
hoje é o que acontece agora.
Obviamente, este estilo de vida insano gera insanidade. No
campo empresarial, alguns acabam sendo afastados, demitidos
ou “encostados”. Outros continuam em ação, como se tudo es-
tivesse bem, apesar das dores que sentem no corpo e na alma,
guardando para si mesmos o medo de se mostrarem como real-
mente estão. Esta insanidade gera prejuízo para todos, inclusive
financeiros para as empresas de visão curta e desumana.
A cultura do chicote imposta para a obediência faz vítimas:
Quem apanha perde o amor próprio e o amor por quem lhe
bate, seja na família ou no trabalho. Quem bate consegue resul-
tados imediatos, que dificilmente perdurarão porque destroem
o que tem de melhor: seus colaboradores. Quem se mantém
hoje com base no desrespeito, desaparecerá amanhã. A violên-
cia o ceifará. Pais violentos não são amados. Organizações vio-
lentas não tem fiéis, não são queridas.
Uma família precisa gerar vida, para que tenha presente e fu-
turo. Uma organização – mesmo a empresa forjada para o lucro
– precisa produzir vida, para que ela mesma não morra, por fal-
ta de pessoas que a toquem.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 4


“Abraão teve fé e esperança, mesmo quando não havia motivo para ter esperança, e
por isso ele se tornou “o pai de muitas nações”. Como dizem as Escrituras: “Os seus
descendentes serão muitos” (Romanos 4.18)

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1 “Perseverança não é uma corrida longa, mas muitas corridas
curtas, uma após a outra”. (W alter E lliot )
JUNHO
A autodesistência
Das desistências, a pior é a autodesistência.
Imaginemos que estejamos envolvidos num projeto, aos qual
nos doamos, quando surgem as dificuldades para levá-lo adian-
te. Podemos parar e analisá-las ou podemos deixar que elas se
avolumem até acharmos que não daremos conta do projeto.
Neste caso, podemos sair de cena e atribuir a responsabilidade
a outras personagens.
Em outro cenário, podemos escolher ir ao ataque. Diante das
falhas de todos os participantes do processo – colegas ou che-
fes – ensarilhamos as armas com o objetivo de remover as pe-
ças que, a nosso ver, prejudicam o bom andamento das coisas.
Podemos chegar ao ponto da violência, como uma forma de nos
defender das críticas que recebemos, das sugestões que não con-
sideramos boas, das falhas que cometemos. Trata-se também de
uma forma de autodesistência, cujo raciocínio é o seguinte: já
que ninguém faz as coisas direito, estamos desobrigados de fa-
zer a nossa parte.
Bem diferentemente, quando temos uma tarefa, devemos le-
vá-la até o fim. Não é o vento contrário que faz o avião decolar?
“Persistir” é o verbo a ser conjugado; nunca devemos colocar
em nosso dicionário o verbo “desistir”.
Poderemos nos arrepender se desistirmos, por mais que hoje
nos achemos cheios de razão. Na melhor das hipóteses, teremos
que conviver com a dúvida insolúvel sobre como teriam sido as
coisas, se tivéssemos prosseguido.
Nunca nos arrependemos quando persistimos. Na pior das hi-
póteses, chegaremos ao final com a sensação de termos cumpri-
do o nosso dever.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 5


“Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio
do nosso Senhor Jesus Cristo”. (Romanos 5.1)

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2 “O luto é um remédio em si mesmo”. (W illiam C owper )

JUNHO
Diante de notícias devastadoras, 2/5
As notícias sobre pessoas que amamos nos vão chegando e algu-
mas delas nos devastam. Quando nos importamos com as pes-
soas, seus sofrimentos doem em nós. Nessas horas, precisamos
amar e demonstrar nosso amor para essas pessoas, estejam elas
em nossa família ou em outras.
Amamos e demonstramos esse amor quando, diante das notí-
cias tristes, procuramos nos certificar de que as coisas são como
nos chegaram. Tendemos a pensar no pior e a sofrer antes da
hora. Precisamos de tranquilidade para não nos tornarmos
agentes de um terror talvez inexistente, ao fim do qual se pode-
rá dizer que foi apenas um susto. Ouvimos ou lemos algo sobre
uma pessoa querida? Confirmemos.
Amamos quando, demonstrado definitivamente um diagnós-
tico desolador, respeitamos a dor do outro. Se ele quer se calar,
não o forcemos a falar. Se ele quer chorar, ofereçamos nossos
lenços. Se ele quer gritar, contribuamos com os nossos ouvi-
dos. Se ele quer sigilo, apresentemos nosso silêncio. Se quer
ajuda, saiamos da contemplação. Se ele quer que oremos, ajoe-
lhemo-nos.
Amamos quando não explicamos. Parte das nossas dores é
explicada e parte nos escapa à razão. Se a explicação for neces-
sária para a solução, no momento oportuno, cuidadosamente,
nós a traremos para a luz. Se for apenas para mostrar que são
perspicazes, melhor será guardá-la conosco para sempre.
Para amar, não precisamos de grande sabedoria. O sentimen-
to é o suficiente. Para demonstrar amor, precisamos do senti-
mento e da sensibilidade para que nossa demonstração alcance
a finalidade que nos propomos. [CONTINUA em 8 de julho]

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 6


“Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida
eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor”. (Romanos 6.23)

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3 “Nunca se proponha a qualquer coisa para a qual você não
tem a coragem de pedir a bênção do céu”. (G. C. L ichtenberg )
JUNHO
Fé e coragem
A fé nos ensina a enxergar o certo.
Diante de um problema, temos que o avaliar. Para enfrentá-lo,
precisamos de coragem.
Coragem não é pressa para decidir. Coragem não é dimensio-
nar errado as forças e as adversidades, supervalorizando aque-
las e menosprezando estas.
Coragem não é se lançar sem avaliar o pró e o contra. Cora-
gem não é confiar demasiadamente em si mesmo ou nas coisas.
O corajoso é destemido, mas não é irresponsável. O corajoso
é destemido, mas não é leviano. O corajoso sabe que Deus está
com ele, por isso é destemido.
Para conquistar nosso alvo, precisamos da coragem que advém
da fé-confiança.
Do que um soldado, ao pé da montanha, com uma bandeira na
mão, precisa para fixá-la no topo?
Ele precisa olhar para o alvo com a certeza de que chegará
ao topo. Ele sobe até fincar a bandeira no alto, à vista de todos.
Ele não pensa nos obstáculos, embora saiba que existam. Ele
não duvida de suas forças, embora esteja quase fraquejando.
Ele confia que o seu general deu a ordem certa; e sobe, sobe até
alcançar o topo. O seu general é Jesus.
É Jesus quem nos coloca os alvos e é ele mesmo que nos puxa
para cima; Ele mesmo faz brotar em nós uma força-de-vontade
nominada fé; fé por parte de quem confia na vitória. E é essa
confiança que nos faz prosseguir, por causa da promessa de vi-
tória apesar das lutas.
Lutemos com fé e coragem!

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 7


“Pois, quando vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, os maus desejos
despertados pela lei agiam em todo o nosso ser e nos levavam para a morte”.
(Romanos 7.5)

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4 “A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos
os livros. Porque ela nos resiste”. (A ntoine de S aint -E xupéry )
JUNHO
Biografia de um sofá
Era uma vez um sofá.
Depois de entregue na loja, acabou levado por uma família,
não sem antes o testar. Levado embrulhado num caminhão,
chegou à sua casa. Os entregadores levaram a embalagem e ele
nunca soube que fim tiveram os materiais que o envolviam.
Durante muitos anos, ele a serviu bem. Muitas pessoas nele se
assentaram e se deitaram. Muitas pessoas passaram horas se-
guidas vendo a vida passar diante delas. Umas se assentavam
calmamente, outras se jogavam sofregamente.
O sofá viu muitas histórias, participou de muitas discussões,
horrorizou-se com brigas de pessoas que se amavam.
Com o tempo, o sofá começou a se rasgar. Providenciaram
uma capa, um pouco sufocante. Depois, a maciez foi se dete-
riorando. Como era querido, o sofá foi tolerado por um tempo.
Houve um dia, porém, após breve reunião, que a família de-
cidiu jogar fora o sofá onde descansara e se alegrara por tantos
anos. O que mais lhe doeu foi ouvir: “ele não presta mais”.
Dois rapazes da casa o pegaram, com capa e tudo, desceram
as escadas e o jogaram num rio próximo. Ali ficou postado, sem
que ninguém o resgatasse. Então, vieram as chuvas. E as chu-
vas o levaram. Pouco à frente, o sofá se encontrou com outro
sofá e um resto de geladeira e ali ficaram sem que os resgatas-
sem. Então, vieram chuvas mais fortes. Desceram a correnteza,
até encontrar um túnel. Não conseguiram passar. As águas vi-
nham e paravam ali. As águas vinham e foram enchendo o rio,
até transbordar.
O sofá ainda ouviu um homem gritar, água nos joelhos:
– Senhor Deus, onde estás que não vês o nosso sofrimento?
O sofá não entendeu.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 8


“Pois aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”.
(Romanos 8.14)

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5 “Sem um coração transformado pela graça de Cristo, nós
apenas continuamos a gerir uma escuridão externa e interna”.
JUNHO (M att C handler )

O realismo da graça
Duas palavras precisamos compreender; e ainda há uma tercei-
ra. Uma é legalismo. A outra é libertinismo.
Concordamos todos que, amados por Deus, devemos viver de
maneira digna deste extraordinário amor (Romanos 9.1-4).
O legalismo, coisa antiga e atual, põe o foco no ser humano,
que deve se esforçar para ser aceito por Deus. São necessários,
portanto, sacrifícios, com renúncias e práticas agradáveis. Ao
final do processo, Deus, então, contempla o pecador e o salva.
Neste caso, a religião, num tributo ao moralismo, é um conjunto
de regras a serem seguidas. Quem obedece é premiado. A amea-
ça do castigo está presa em algum lugar do horizonte.
O libertinismo, coisa atual e antiga, põe também o foco no ser
humano, ao entender que o ser humano já foi aceito por Deus,
estando liberado, portanto, para fazer o que desejar. O libertino
também supõe que a sua fé, sendo de natureza espiritual, não
tem relação com a moralidade. Não há castigo porque todos os
pecados já estão perdoados.
O legalismo e o libertinismo não compreendem a natureza da
graça de Deus, que parte da realidade de que somos todos peca-
dores, por causa da liberdade humana e oferece o perdão a to-
dos os que o desejarem, perdão que não pode ser imposto, por
causa da liberdade humana. Este é o realismo, que corrige as
duas primeiras palavras.
Na vida real, somos alcançados pela graça, que é vivida de
modo completo quando nos esforçamos para viver no seu com-
passo, onde dever e prazer se complementam. Continuamos li-
vres e a mesma graça nos ensina a viver dignos dela. Trata-se de
uma caminhada para sempre, alegremente vivida.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 9 a 10


“Se você disser com a sua boca: “Jesus é Senhor” e no seu coração crer que Deus
ressuscitou Jesus, você será salvo”. (Romanos 10.9)

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6 “A crítica é uma forma indireta de autojactância”.
(E mmet F ox )
JUNHO
Crescendo com os críticos, 2/2
Diante da crítica, importam as nossas atitudes.
Ponderemos as críticas. Algumas podem ser pertinentes.
Neste caso, não sejamos teimosos; mudemos o que precisa ser
mudado. Se a crítica não proceder, não lhe prestemos muita
atenção. Não permitamos que ela dite a nossa agenda emocio-
nal e mental.
Acolhamos a crítica como o avião recebe o vento na pis-
ta antes de subir. É o vento que o faz decolar. Usemos a crítica
como estímulo, como um empurrão para cima, como um tram-
polim para saltos maiores e mais belos. A crítica tem o seu papel
no processo da criação.
Consideremos que todos têm o direito de nos criticar.
Quem critica nem sempre é ponderado e nem sempre pretende
nos ajudar. Não temos como avaliar o sentimento que envolve
a crítica que nos é dirigida. Nós também criticamos e nem sem-
pre nossas palavras são bem temperadas.
Peçamos sabedoria a Deus para aprendermos a lidar com
as críticas e sobretudo com os críticos. Se tivermos que con-
frontar um deles, sejamos santos para que o nosso tom não seja
o mesmo que condenamos. Se tivermos que nos calar, sejamos
sábios para não acumularmos mágoas em nosso “estômago”.
Sobretudo, peçamos a Deus que ministre a Sua paz ao nos-
so coração. Ele poderá utilizar-se de diferentes meios para nos
apaziguar diante das tensões, para nos alegrar diante das opo-
sições e para nos encorajar diante das afrontas. Nestes momen-
tos, Deus colocará diante de nós um cesto cheio de frutos que
Ele nos ajudou a colher.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 11


“Pois Deus fez com que todos se tornassem prisioneiros da desobediência a fim de
mostrar misericórdia a todos”. (Romanos 11.32)

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7 “De todos os julgamentos que recebemos na vida, nenhum
é mais importante do que o julgamento que fazemos de nós
JUNHO mesmos”. (N athaniel B randen )

Cuidando de si mesmo, 2/3


Cuidar é tarefa de todos.
Quem cuida, seja voluntariamente, seja profissionalmente, pre-
cisa cuidar de si também, pois precisa levar adiante a sua tarefa.
O cuidador precisa ter visão das coisas como de fato são na
vida; saber que há pessoas carentes de especial atenção; e que
essas pessoas ou seus familiares nem sempre retribuirão o ca-
rinho recebido; que nem sempre as pessoas cuidadas lhes serão
agradecidas. Cuidado, cuidador, não espere gratidão... não te-
nha expectativas sobre o ser humano.
Cuidar demanda entrega, dedicação férrea ao outro que vem
através do amor que Jesus mesmo nos ensinou, pois quando
cuidamos de um necessitado, nós estaremos cuidamos dEle
mesmo. E esta entrega vence a ingratidão, supera o cansaço e
minimiza nossas próprias limitações. Esta entrega nos estimula
a descobrir alegremente novas maneiras de fazer o melhor do
que fazemos. [CONTINUA em 9 de julho]

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 12


“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os
transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês
conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele”.
(Romanos 12.2)

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8 “A tristeza que não verte lágrimas pode fazer outros órgãos
chorar”. (H enry M audsley )
JUNHO
Chorando juntos, 2/3
Refrear a língua é o nosso primeiro gesto compassivo diante da-
quele que sofre com a morte de uma pessoa querida. O segundo,
é afiar os ouvidos, para escutar, escutar, escutar. Nosso amigo
precisa falar, precisa repetir a sua história. Nós participamos de
sua cura através dos nossos ouvidos.
Ouvindo o outro, observamos o seu momento de luto, enten-
demos suas reações, e compreendemos a sua dor um pouco –
apenas um pouco –, mesmo que já tenhamos perdido alguém
um dia.
Se depois das lágrimas mútuas e dos seguidos abraços acolhe-
dores, for oportuno dizermos algumas coisas, talvez possamos,
com muito cuidado, utilizarmo-nos das palavras.
Na perda, quase sempre imaginamos que poderíamos ter evi-
tado a morte. “Se tivéssemos feito isto ou aquilo... “, é assim que
tendemos a pensar. Por isso, devemos reafirmar ao nosso amigo
que não há culpa nem culpados pela morte de alguém. Teremos
ajudado muito se o fizermos entender e aceitar que fez tudo o
que poderia ter feito.
Ao falarmos, precisamos admitir corajosamente que não te-
mos respostas para todas as perguntas que a morte traz ao es-
pírito. Não sabemos, eis a nossa melhor resposta. Não sabemos
porque Deus que intervém, nesse caso, não interveio; aparente-
mente não interveio ou realmente não interveio.
Se julgarmos que vá ajudar, lembremos que a morte é a tris-
te consequência da lei natural. Quando conhecemos esta lei, a
dor não é menor, mas perguntamos menos. [CONTINUA em 16
de julho]

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 13


“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de
amar uns aos outros. Quem ama os outros está obedecendo à lei”. (Romanos 13.8)

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9 “Quando você descobre sua missão, você sente o quanto ela
é necessária. Isto lhe encherá de entusiasmo e de um ardente
JUNHO desejo de trabalhar nela”. (W. C lement S tone )

A missão do sentido
O profeta Jeremias ouviu de Deus as seguintes palavras: “Antes
de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o se-
parei e o designei profeta às nações” (Jeremias 1.5).
Deus tem conhecimento de tudo o que acontece ou vai acon-
tecer. Esta verdade deve nos encher de alegria: podemos con-
fiar no Deus que, tudo sabendo, pode exercer sobre nós o Seu
cuidado.
Além disto, esta verdade profunda sobre nossa liberdade, so-
bre nossa confiança em Deus, nos chama para outra grande
verdade: todos nós podemos viver como o profeta Jeremias na
perspectiva da missão. É o sentido da missão que torna a nos-
sa vida relevante e com sentido. O sentido da missão é a missão
do sentido.
Quando aceitamos que Deus também nos chama para sermos
profetas às nações, somos capazes de compreender que Deus
deu sentido às nossas vidas. Então, podemos permitir que
Deus faça de nós homens e mulheres com uma missão relevan-
te para o mundo em que vivemos, o que dá plenitude à nossa
jornada.
Não esqueçamos, Deus nos conhece. Portanto, devemos con-
fiar nele, devemos seguir suas pegadas, pois que Ele se nos ofe-
rece para dar sentido a nossa vida; o sentido da missão. E como
Jeremias, nós podemos compartilhar a Sua palavra com os ou-
tros, a palavra da confiança, da missão, de plenitude, de sentido
da vida, para quem nos ouve.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 14


“Por isso procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que nos ajudam a
fortalecer uns aos outros na fé”. (Romanos 14.19)

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10 “Amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável.
A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem
JUNHO escreve”. (C larice L ispector )

De como tratar uma flor


Todos apreciamos as flores. Não pisamos nelas. Antes, nós nos
enternecemos com elas. Elas não falam, mas nós as ouvimos.
Elas embelezam e perfumam o ambiente. Quando queremos
agradar uma pessoa, por vezes, nós lhe oferecemos flores.
O idioma que usamos é uma flor.
Cantou-a assim o poeta Olavo Bilac, que a descreveu como nas-
cida no Lácio, uma região da Itália onde se falava um latim que
se desenvolveu no que seria a língua portuguesa.
Quando falamos ou escrevemos em português, fazemos desa-
brochar o jardim da língua portuguesa, formado de palavras
boas, bonitas e perfeitas.
Dizem-nos, por vezes, que importa que o outro entenda. O pro-
blema é que, às vezes, o outro não entende. Ele lê várias e várias
vezes tentando entender o que se quis dizer: ou entende coisa
diferente ou simplesmente desiste.
Se você deseja descrever bem, leve em conta as seguintes su-
gestões:
• Lembre-se de que escreve para ser lido e compreendido
por um leitor. Até um diário íntimo tem um leitor, mesmo
que imaginário. Dê-se ao prazer de ser bem recebido.
• Leia. Leia bem! Leia muito! Leia quem escreve melhor
do que você. Se as más companhias pervertem os bons cos-
tumes, como escreveu o apóstolo Paulo, procure as boas
companhias do jardim, não as ervas daninhas. Não imite os
que escrevem igual ou pior que você.
• Releia. Antes de passar à frente, releia o que escreveu, cor-
rigindo-o, melhorando-o, polindo o seu texto como uma flor
que se presenteia num ramalhete.
• Aceite as críticas. Quando alguém disser que não enten-
deu, não explique: escreva de novo. Antes de publicar, sub-
meta-o a alguém e acolha alegremente suas sugestões.
Sinceros aplausos virão.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 15


“Tomem cuidado com as pessoas que provocam divisões, que atrapalham os outros
na fé e que vão contra o ensinamento que vocês receberam. Afastem-se dessas
pessoas”. (Romanos 16.17)

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11 “Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões
para provar a sua ternura não sabe amar”. (L aure C onan )
JUNHO
Amor para sempre
De vez em quando, passamos por pessoas que têm os nomes dos
seus amados tatuados em seus corpos. Os textos são diferentes.
Uns contêm apenas os nomes, outros trazem expressões como
essas após o nome da pessoa querida: “... Amor para sempre...”
De certo modo, bastava o nome, porque uma tatuagem é mes-
mo para sempre!
Antes de reprovar quem se fez tatuar, observemos que essa
pessoa nos aponta o ideal do amor entre um homem e uma mu-
lher: deve ser para sempre.
Um amor para sempre é algo quase impossível para a nossa
natureza humana, sempre interessada na possibilidade de novas
aventuras.
Um amor para sempre é contra a nossa disposição, sempre
voltada para ser satisfeita, menos para satisfazer.
Para que o amor de namorados seja para sempre, ambos de-
vem lembrar que são pessoas diferentes. Ambos devem valori-
zar as diferenças de cada um e aprender com elas. Aprendemos
quando, cultivando as diferenças, respeitamos o gosto do outro,
mesmo que diferente do nosso; quando criamos um ambiente
favorável para que o outro se expresse, sem se sentir receben-
do um favor.
Um “amor para sempre” é para sempre na duração e na qua-
lidade. Um “amor para sempre” é calma na agitação, é acolhi-
mento na indiferença, é segurança na rejeição, é estímulo para
os projetos simples ou ousados, é crítica amorosa quando ne-
cessária.
Um “amor para sempre” é uma possibilidade, mesmo que expe-
rimentando eventuais rusgas, mesmo que pareça fora de moda,
mesmo que seja contra a nossa natureza.
Gostamos de ser amados para sempre.
Podemos amar para sempre.

Para ler HOJE na Bíblia: Romanos 16


“Louvemos a Deus! Pois ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com
o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo”.
(Romanos 16.25)

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12 “Apenas quando não temos mais medo é que começamos a
viver”. (D orothy T hompson )
JUNHO
Coragem para vitória
Diante das tarefas a realizar e dos obstáculos a vencer, precisa-
mos ter coragem.
Sem coragem, não passamos num concurso, não abrimos um
negócio, não vendemos um produto, não anunciamos uma ver-
dade, não concebemos um filho, não produzimos um filme, não
perdoamos um ofensor, não viajamos para onde desejamos e
assim por diante.
Quando estamos diante de uma tarefa, ela sempre parece maior
do que é. Quando olhamos para a história do povo de Israel, o
que lhe foi mais difícil: sair do Egito, peregrinar pelo deserto ou
conquistar a terra prometida? Todas foram muito difíceis, mas
eles conseguiram. Eles conseguiram porque foram liderados por
homens e mulheres de coragem. A galeria dos heróis é sempre a
galeria das pessoas corajosas, anônimas ou conhecidas.
Esses homens e mulheres tiveram coragem por causa da sua
confiança em Deus. Eles sabiam que Deus ia adiante deles. Sua
força vinha de Deus, nosso companheiro em todas as boas lutas.
A presença de Deus era a luz que dissipava a escuridão do medo
e o medo da escuridão.
A certeza da presença de Deus nas suas atividades lhes dava
a capacidade de olhar as adversidades do tamanho que eram.
Para alimentar sua confiança, eles olhavam para o que Deus fi-
zera com eles e através deles. Na saída humanamente impossí-
vel, foram lembrados do que aconteceu com seu ancestral José,
transformado de jovem escravo a líder maduro. No deserto, fo-
ram recordados da triunfal escapada. Tendo que conquistar a
nova terra, foram desafiados a ter coragem (Josué 1.9).
Com coragem, esforçaram-se e chegaram lá.
O roteiro para a vitória não mudou.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 1 a 2


“Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o
SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!”
(Josué 1.10)

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13 “Nada de grande se faz sem sonho”. (E rnest R enan )

JUNHO
O atestado do futuro
Nossa vida é feita de muitos sonhos.
Uns se realizam e outros se desvanecem.
Tendemos a pensar que os sonhos não realizados não valeram
a pena.
Sonhos não realizados dão lugares a outros sonhos. Sonhos
frustrados podem ser o início para aqueles sonhos que se rea-
lizarão, podem ser como túneis de um labirinto que se abrem
para a luz. Os sonhos são importantes por si mesmos.
Imaginar, preparar, conceber, ver... sonhar é para todas as
idades. Quem sonha carrega sua identidade viva na alma!
Se é para termos sonhos que sejam grandes!
Uma obra real é uma coletânea de sonhos: grandes, peque-
nos, médios, realizados completo ou parcialmente ou frustra-
dos completos ou parcialmente.
Assim, da próxima vez que subirmos as escadas para uma via-
gem de avião, tentemos imaginar os milhares de sonhos que an-
tecederam à aviação moderna. Cada peça que agora sustenta a
pesada máquina no ar nasceu como sonho. Cada procedimento
foi primeiramente imaginado. A possibilidade de um ser huma-
no voar começou impossível!
Ainda hoje temos sonhos impossíveis que no futuro tornar-se-
-ão banais.
Se moramos numa casa própria, lembre-se de que ela come-
çou com um sonho.
Todos precisamos sonhar! Crianças e jovens normalmente so-
nham. Sonhar deve ser também normal para pais, avós e bisa-
vós enquanto viverem!
Quem sonha porta um atestado de bom futuro.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 3


“Se você pensa que tudo o que faz é certo, lembre o SENHOR julga as suas
intenções”. (Provérbios 21.2)

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14 “Gosto de pensar na natureza como uma estação de rádio
sem limite, através da qual Deus nos fala a cada momento, se
JUNHO estivermos sintonizados”. (G eorge W ashington C arver )

Não há outro
Sabemos que há muitos deuses desde a antiguidade. No passa-
do, eram deuses diferentes, iguais aos de hoje: deuses-pessoas,
deuses-coisas, deuses-ideias; o deus-dinheiro, o deus prestígio.
No passado, esses deuses tinham nomes também, estavam nos
altares, eram celebrados nos templos, havendo muitos deles,
como no mundo de hoje.
Deus mesmo diz que é o único (Isaías 46.9). E a maneira pela
qual Ele mostra a sua singularidade – de que não há outro Deus
– é nos lembrando que Ele não muda. Os outros deuses mudam,
pois são criações humanas. Se forem homens ou mulheres,
morrerão; se forem coisas, desaparecerão; se forem modismos,
serão trocados por outros. O Deus verdadeiro – com letra maiús-
cula – é único e não muda.
Podemos olhar para o passado, para o passado da Bíblia e ver
o que Deus fez. Podemos olhar para a nossa própria vida. O
Deus que agiu no passado também tem agido por nós. Ele não
muda. Nós, porém, mudamos.
Na hora da dificuldade, lembremos o passado, enfrentamos
agruras e Deus nos livrou. Olhando para o passado, recorda-
remos os tempos do vale de sombra e de morte, mas não fica-
mos lá.
Aquele que fez ontem, faz hoje. Aquele que agiu no passado,
age no presente. Deus não mudou. Olhemos para aquilo que Ele
fez na vida dos grandes homens e das grandes mulheres da an-
tiguidade. Olhemos para o que Deus fez na vida da nossa famí-
lia. Olhemos sempre para o que Deus fez na nossa própria vida.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 4 e Provérbios 21


“Quem planeja com cuidado tem fartura, mas o apressado acaba passando
necessidade”. (Provérbios 21.5)

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15 “Somente aquele que crê é obediente e somente quem é
obediente crê”. (D ietrich B onhoeffer )
JUNHO
Nínive ou Társis
Deus convidou Jonas para ir a Nínive falar de amor, mas ele pre-
feriu embarcar para Társis (Jonas 1.1-4).
Nínive é a mão a estender. Társis é o julgamento que fazemos
para não socorrer. Nínive é o preconceito a erradicar. Társis é o
preconceito que persiste em nos acompanhar.
Nínive é a renúncia a ousar. Társis é a teimosia a nos dominar.
Nínive é o pedido de perdão a formular. Társis é o nosso cora-
ção resistente a amar.
Nínive é a confissão do pecado que precisamos fazer. Társis
é o silêncio que decidimos manter. Nínive é o pedido de socor-
ro a gritar. Társis é a privacidade que insistimos em preservar.
Nínive é o período de férias a fruir. Társis é o trabalho ao qual
nos escravizamos, até nos consumir. Nínive é a autodisciplina
que precisamos para fazer o que é bom. Társis é a vida desorde-
nada totalmente fora do tom.
Nínive é a pessoa que precisamos e podemos ser. Társis é a
pessoa que rejeitamos ser. Nínive é o vício que urge deixar. Tá-
rsis é o prazer que caro vai nos custar.
Társis é a fragilidade emocional que recusa a cura. Nínive é o
desejo de vida plena que dura. Társis é a língua feroz e ferina.
Nínive é o ouvido que se inclina.
Társis é amargura. Nínive é doçura. Társis é desobediência
que o pescoço endurece. Nínive é submissão que o coração en-
ternece.
Társis é ter olhos apenas para a rígida rotina. Nínive é cami-
nho novo que se descortina. Társis é viver sozinho. Nínive é ser
vizinho.
Társis é lei que fracassa. Nínive é a maravilhosa e vitoriosa
graça. Társis é ouvir a voz do desejo querido. Nínive é seguir o
divino mandamento proferido.
Társis é o medo que age. Nínive é coragem. Társis é o passa-
do como destino e lembrança. Nínive é o futuro como sonho e
esperança.
Para onde estamos indo?

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 5


“Quem recusar ouvir o grito do pobre também gritará e não será ouvido”.
(Provérbios 21.13)

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16 “A igreja é o primeiro lugar em que aprendemos que a gloria
não consiste naquilo que fazemos por Deus, mas no que Deus
JUNHO faz por nós”. (E ugene H. P eterson )

O que faz a graça funcionar, 1/2


Quando, por vezes, as coisas na nossa vida saem do controle;
quando, por vezes, somos sobressaltados por diversas notícias
ruins; quando, em algumas circunstâncias, os eventos se suce-
dem negativamente nas nossas vidas, podemos achar que Deus
não mais se importa conosco ou, como às vezes, dizemos, Deus
não está vendo a situação pela qual estamos passando.
Eis que o amor leal de Deus, a graça de Deus, a bondade de
Deus não acaba jamais, não pode acabar (Lamentações 3.22-24).
Mesmo que nós não estejamos visualizando ou vivenciando este
amor, ele existe e não acaba. O amor misericordioso parece que
secou, mas não secou. Na verdade, o amor de Deus e a Sua mise-
ricórdia se renovam a cada manhã.
Quando a noite é longa, a manhã parece tardar em aparecer,
podemos confiar que ela vai chegar. Contudo, não vai chegar
porque merecemos, não vai chegar porque Ele vê nossas atitu-
des positivas, vai chegar porque Deus a criou e Ele é bom conos-
co. Seu mover conosco pouco se baseia nas nossas atitudes. Pois
que as nossas atitudes nem sempre ativam o amor de Deus, nem
fazem com que a graça de Deus funcione. A graça de Deus fun-
ciona por causa da fidelidade de Deus.
Assim, se você passa por um tempo de grande dificuldade,
com amargura no seu coração, dor no seu corpo, conflito no seu
lar, futuro mergulhado na incerteza, saiba que o amor leal do
Eterno por você não acabou, saiba que o amor misericordioso
de Deus por você não secou. Essas dificuldades vão se transfor-
mar e renovar a sua vida, mesmo que a noite esteja longa. A
manhã vai chegar: eis a promessa de Deus para você. [CONTI-
NUA amanhã]

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 6


“O homem sensato tem o suficiente para viver na riqueza e na fartura, mas o
insensato não, porque gasta tudo o que ganha”. (Provérbios 21.20)

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17 “A graça é o amor que se preocupa, se inclina e resgata”.
(J ohn R. W. S tott )
JUNHO
O que faz a graça funcionar, 2/2
A graça de Deus funciona mesmo que você não creia nela.
Deus não ama só os que creem nele. Deus não abençoa só os
que confiam e esperam que Ele aja. Mesmo que você não tenha
percebido, Ele já livrou você de ciladas, já evitou que fosse as-
saltado, já impediu que bactérias corroessem seu corpo. Ele já
transformou coisas ruins em boas.
Para viver no compasso da graça, olhe para Deus. Se isto lhe
parecer vago, olhe para Jesus. Pense no que Jesus era. Reflita no
que Jesus fez. Veja como Jesus viveu. Leia o que Jesus ensinou.
Considere o preço que pagou. Jesus era a graça de Deus tornada
concreta, como a alegria dos homens que podia ser vista.
Reconheça que precisa da graça. Se você viver como se a gra-
ça não existisse, saiba que ela existe assim mesmo. Mas, já que
ela existe, busque-a!
Ouça os relatos sobre a graça. A Bíblia é uma coletânea de bi-
lhetes de amor. Nela Deus se oferece para amar. Se você aceitar
a oferta, viverá com Ele uma história de amor, do amor que não
falha e não acaba jamais, mesmo que você desconfie!
Olhe para a sua própria vida. Pode ser que agora você se en-
contre no olho do vulcão da desgraça ou ainda respirando o ar
de suas lavas tóxicas, todavia, se agir com honestidade, você re-
conhecerá que, em alguns momentos da sua história, Deus fez
a flor florescer onde a vida parecia impossível, Deus simples-
mente o surpreendeu e você não pôde atribuir o fato ao acaso.
Olhe em volta para ver um pequeno broto surgindo no galho
seco, de novo.
O amor de Deus é mesmo louco. É o amor de Deus que faz a
graça funcionar.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 7


“Uma pessoa inteligente pode conquistar uma cidade defendida por homens fortes e
destruir as muralhas em que eles confiavam”. (Provérbios 21.22)

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18 “É fácil para fazer um dinheirinho. Difícil mesmo é fazer a
diferença”. (T om B rokaw )
JUNHO
O que, por que e para que vivemos?
“O que vivemos?” É pergunta que pouco fazemos.
“Por que vivemos?” É indagação sempre presente.
“Para que vivemos?” É a resposta que queremos.

“O que vivemos?” É questão que não pode ficar reticente


porque é decisão que, querendo ou não, escrevemos:
nossa vida pode ser de plenitude clara ou ausente.
Plenos somos quando amar a Deus e ao outro escolhemos.

“Por que vivemos?” É certeza que alimentar podemos:


vivemos por causa do que Deus todos os dias nos faz,
experiência que nutrimos sobretudo na saúde e na paz.

“Para que vivemos?” É projeto que de Deus recebemos:


ser luz onde há escuridão,
ser alimento onde falta o pão,
ser visita para quem está na prisão,
ser para o imigrante um irmão.
(Isaías 38.16)

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 8


“Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória é Deus, o
SENHOR”. (Provérbios 21.31)

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19 “O que você é trata-se de um dom de Deus para você;
o que você se torna é o seu dom para Deus”.
JUNHO (H ans U rs von B althasar )

Dia de celebrar
Nosso filho teve uma melhora na sua saúde, celebremos!
Conseguimos concluir nossos estudos, celebremos!
Conseguimos passar num concurso, celebremos!
Fomos aceitos no novo emprego, celebremos!
A cirurgia foi bem-sucedida, celebremos!
Essas vitórias vieram porque o Sol parou para nós. Nunca ha-
verá um dia como este (Josué 10.12-14). Celebremos!
Se é certo que virão outras lutas pela frente amanhã, hoje é
dia de celebrar!
Vamos nos concentrar no que Ele já nos deu, não no que preci-
samos e que Ele ainda vai nos dar.
Uma história recente nos ajudará a fazer como Josué, quando
recordou aquele dia vitorioso como único na sua vida. Uma me-
nina ficou gravemente enferma.
Seus pais e amigos começaram a orar. Os médicos foram acio-
nados. A menina experimentou uma extraordinária melhora.
Num determinado momento, seu pai escreveu aos amigos, o se-
guinte: “Sabemos que estamos num processo de tratamento e
entendemos que o quadro pode voltar, mas o momento é de ale-
gria, de celebração e de gratidão a Deus que tem sido o nosso
refúgio seguro. Cremos que mais importante que a cura tão de-
sejada é estar com o Senhor em cada fase deste processo, seja
curto ou longo”.
Como este pai, temos que aprender a celebrar. Celebra quem
crê que Deus fez e continuará fazendo. Temos que celebrar a
Deus!
Temos a incrível capacidade de pedir um milagre a Deus e a
mesma capacidade de esquecer que Ele o realizou.
A celebração é didática. Não ensina nada a Deus, que tudo
sabe, mas faz com que guardemos na memória que a dificulda-
de foi grande, mas Deus foi maior!

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 9 a 10


“E o SENHOR Deus lhe disse: ‘Não fique com medo desses reis, pois eu já lhe dei a
vitória. Nenhum deles será capaz de resistir’”. (Josué 10.8)

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20 “A oração é a mais importante de todas as atividades
humanas”. (L eonard R avenhill )
JUNHO
O sol parou
Quando lemos que o sol parou, para que o povo de Israel pudes-
se contar com a luz para vencer seus inimigos numa guerra, fi-
camos confusos, porque o sol não para.
Josué Ben Num, o general israelita, orou, o astro celeste parou
e os adversários foram derrotados.
Não sabemos como aconteceu de o sol parar, pelo que qual-
quer tentativa de explicação é inútil. Sabemos que Deus ouve as
nossas orações e faz mais do que podemos desejar, imaginar e
explicar. É uma convicção de fé-confiança que nos faz ajoelhar
ou levantar as mãos para o céu e aguardar.
Quem ora assim certamente já viu o sol parar.
Foi o caso da oração feita por Dione há alguns anos. Sua ami-
ga, Nelita, ficou gravemente enferma, com uma doença degene-
rativa grave, com perspectiva de vida entre dois e cinco anos.
Dione foi visitá-la. Pediu permissão à amiga e fez uma oração:
– Senhor, assim como fizeste o sol parar ao tempo de Josué,
faz o sol parar agora e a Nelita possa ter a sua vida prolongada.
Mesmo doente, durante muitos anos Nelita pôde ser o que sem-
pre foi: sorridente, presente, ativa, cuidadora dos parentes e aten-
ta às necessidades dos amigos, às quais discretamente supria.
Depois das primeiras manifestações de sua contundente escle-
rose lateral amiotrófica, Nelita viveu ainda por mais 12 anos.
Para a família e para os amigos, durante esse período, é como se
o sol tivesse parado.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 11


“O bom nome vale mais do que muita riqueza; ser estimado é melhor do que ter
prata e ouro”. (Provérbios 22.1)

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21 “Ser amado por Deus é o relacionamento mais elevado,
a maior realização e a posição mais elevada na vida”.
JUNHO (H enry B lackaby )

A casa do Espírito Santo


Ser cheio do Espírito Santo é viver um estilo de vida caracteri-
zado por relacionamentos humanos com qualidade espiritual.
Quem está cheio do Espírito Santo tem alegria em conversar.
Não evita seus irmãos; antes, aproxima-se deles. Abraça-os. Bei-
ja-os. Interessa-se por eles. As suas palavras, trocadas entre si,
parecem salmos, hinos e cânticos espirituais, porque ele medita
na palavra de Deus dia e noite (Salmo 1.1).
Quem tem a mente de Cristo se submete ao outro. O apósto-
lo Paulo termina esta característica espiritual recomendando a
submissão mútua (Efésios 5.21). Um se submete, sem esperar
que o outro se submeta; mas o outro se submete, de modo que
nenhum se serve da submissão do outro, porque todos são sub-
missos por amor ao outro. Este tipo de submissão vem do prazer
de servir, não do dever.
O campo dos relacionamentos é o teste de provas do cristia-
nismo. Visitemos um campo de provas: o veículo que começou
numa prancheta é testado. Sua força é testada. Sua velocida-
de é aferida. Seu comportamento num choque frontal é obser-
vado. É no campo de provas que o veículo é aprovado, pronto
para sair às ruas.
Para sermos aprovados na vida, precisamos ser cheios do Es-
pírito Santo.
Pessoas cheias do Espírito Santo naturalmente cuidam para
que suas palavras produzam vida nos outros.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 12 e Provérbios 22


“Não existe diferença entre o rico e o pobre porque foi o SENHOR Deus quem fez os
dois”. (Provérbios 22.2)

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22 “Coragem é ir de fracasso em fracasso sem perder o
entusiasmo”. (W inston C hurchill )
JUNHO
Hebrom
A realização de um projeto não tem a ver com idade, saúde, es-
colaridade, estado civil ou condição financeira.
Numa idade em que muitos pensam que a vida acabou, Calebe
tinha um desejo. Ele era um chefe militar, mas não nasceu che-
fe, nem militar.
No passado foi um jovem corajoso. No passado, sua coragem
o levou a ver o que o medo não permitiu que seus colegas vis-
sem. Sua fé o levou a alcançar fortalezas humanamente inex-
pugnáveis.
Essa história tem quase quatro mil anos. A história de Calebe
pode ser a nossa.
Em lugar de olhar para o seu passado como algo distante, Ca-
lebe olhou para os desejos vindos de longe e ainda não concre-
tizados.
Havia uma cidade a qual ele sonhou conquistar na juventude.
Era uma cidade da qual ninguém ousou se aproximar, porque
a fama dos seus guerreiros era a de gigantes valentes. Hebrom
era um sonho impossível, menos para Calebe.
Aos 85 anos, ele manifestou o seu desejo:
- Eu quero Hebrom. E Calebe a conquistou (Josué 14.6-15).
Não importa como tenhamos nascido, a coragem e a fé podem
nos tornar pessoas realizadas.
Se havia gigantes em Hebrom, não eram maiores que Deus. E
Calebe cria nEle.
Se havia gigantes em Hebrom, a coragem de Calebe era maior.
E Calebe os venceu.
Talvez a muitos falte o desejo de conquistar Hebrom. Quan-
do têm desejos, são desejos facilmente realizáveis. Seus desejos
nunca miram Hebrom; por isto jamais a conquistam.
Precisamos desejar conquistar Hebrom, se Hebrom precisa
ser conquistada.
Se Hebrom precisa ser conquistada, não podemos desejar me-
nos do que Hebrom.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 13


“Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se
desviará dele”. (Provérbios 22.6)

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23 “Se, em lugar de uma joia ou mesmo de uma flor, pudermos
moldar um agradável pensamento no coração de um amigo,
JUNHO seria fazer como os anjos fazem”. (G eorge M acdonald )

Ouça
Todos nós queremos ouvir coisas aparentemente corretas, apa-
rentemente boas, aparentemente agradáveis. Nós queremos
coisas que entendamos que nos façam bem. Queremos ouvir
coisas que sejam consensuais, aquelas coisas que são politica-
mente corretas, que são frutos do entendimento da maioria,
mesmo que sejam falsas e mentirosas. Nós, porém, precisamos
ouvir a Palavra de Deus (Jeremias 7.2).
É a Palavra de Deus que nos orienta e corrige, mostrando-nos
o caminho do arrependimento para uma vida em harmonia
com Deus. É a Palavra de Deus que nos ensina a viver de modo
sábio. Isto porque o homem não é capaz de produzir uma sabe-
doria que lhe possa conduzir nem para esta vida, muito menos
para a vida eterna, somente a Palavra de Deus nos conduz aqui,
nesta vida, e nos conduzirá para a vida eterna.
O Evangelho deve ser ouvido porque o conteúdo do Evangelho
é a mensagem de Jesus; Jesus que é o que começou, é o que con-
tinua e é o que levará até o fim a nossa fé, pois Ele nos ofereceu
a sua graça na cruz.
Ouvir a Palavra de Deus implica em ter disciplina, em regu-
larmente abrir-se a ela. Implica em confiar que esta Palavra é
capaz de nos tornar moralmente sábios, saudavelmente sábios,
teologicamente sábios.
O que é que você tem feito com a Palavra de Deus?
Ouçam a Palavra de Deus. Não ouçam os pensamentos que cir-
culam por aí e que não são aprovados pela Palavra de Deus, por-
que não são palavras de vida.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 14


“O SENHOR Deus está alerta para defender a verdade e atrapalhar os planos dos
mentirosos”. (Provérbios 22.12)

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24 “Todo aquele que cruzar o nosso caminho deve se sentir mais
amado”. (A ntônio C arlos C osta )
JUNHO
Pausa para o discurso
Como se sentirá mais amado aquele para quem não olhamos?
Como se sentirá mais amado aquele a quem não abraçamos?
Como se sentirá mais amado aquele para quem não sorrimos?
Como se sentirá mais amado aquele cuja história não para-
mos para ouvir?
Como cada pessoa é especial, o nosso olhar para ela tem que
ser especial.
Como cada pessoa tem uma biologia, o nosso abraço tem que
ser especial, de modo que toque todo o seu corpo.
Como cada pessoa tem suas próprias necessidades, o nosso
sorriso tem que ser especial, especialmente para ela.
Não adianta dizer que as pessoas são importantes para nós, se
elas não ficam sabendo, porque nem as atitudes, nem mesmo as
nossas palavras, o dizem.
O amor não se alimenta do discurso, por mais que gritemos.
Se a terra seca precisa de água, temos que regá-la.
Para que todo aquele que cruza o nosso caminho se sinta mais
amado, precisamos olhar para ele com amor, abraçá-lo com
amor, sorrir para ele como expressão de amor, ouvir o que tem
para nos contar como nossa expressão de amor.
Assim como nós sabemos que somos amados pelo outro, por-
que este expressa-nos seu amor verdadeiramente, do mesmo
modo as pessoas saberão e sentir-se-ão amadas por nós quando
formos além do discurso.
É bom saber usar as palavras, é melhor saber amar as pessoas.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 15


“Quem enriquece à custa dos pobres ou dando presentes aos ricos acabará ficando
pobre”. (Provérbios 22.16)

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25 “Precisamos ser pacientes, mas não ao ponto de perder o
desejo; devemos ser ansiosos, mas não ao ponto de não
JUNHO sabermos esperar”. (M ax L ucado )

Inimigos a enfrentar
Silenciosa, como um mergulho a depressão se instala; primeiro
no quarto, depois na cozinha, a seguir na sala, e, inalteradas as
horas, a casa é toda sua: a cama, a mesa, a rua.
Cansativa, a depressão é poderosa, como se fosse onipresente,
mas não é definitiva.
Raivoso, como uma fera enfurecida, o ressentimento monta
guarda nas portas dos encontros, nas janelas dos sorrisos, ali-
mentado por mágoas longas, por mágoas largas, por mágoas
profundas, subterrâneas no mangue lodoso.
Agressivo, o ressentimento é de pedra, que britadeira nenhu-
ma quebra, mas não é definitivo.
Chorosa, própria da distância, a saudade pode começar forte
e se enfraquecer, pode começar fraca e permanecer, para tirar
a vontade de viver.
Obsessiva, saudade é solidão, que deixa a boca seca e amarga,
a vida amarga, seca e fria, como um corpo sem mão, mas não é
definitiva.
Perigosa, como uma escada sem corrimão, a escassez bate o
pé, nublando o futuro, ferindo o presente, culpando o passado,
de perguntas sem respostas acompanhadas, impedindo os ór-
gãos à necessária ação.
Ofensiva, eventual ou crônica, a escassez se nutre do medo e
até da vergonha, mas não é definitiva.
Insidioso, com garras compridas, o desânimo se aloja sob no-
mes diferentes, com etiquetas aceitas: “não se pode ter ilusão
na vida”, “em quem eu vou confiar na hora do aperto?”, “quem
me garante que o sol vai brilhar?”, “lutei enquanto tive forças
para enfrentar!”.
Onisciente e nocivo, o desânimo sabe que nada vai dar certo,
mas não é definitivo. Definitiva é a manhã do domingo, mesmo
que o sábado tenha estado calado, mesmo que a sexta-feira te-
nha ficado cheia de densas gotas de lágrimas e de sangue pisa-
do. Definitiva é a graça de Deus que nos pastoreia.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 16


“Não tire vantagem do pobre só porque ele é pobre, nem se aproveite daqueles que
não tiverem quem os defenda no tribunal”. (Provérbios 22.22)

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26 “Salvar-nos é a demonstração maior e mais concreta do amor
de Deus, a demonstração definitiva de sua graça através do
JUNHO tempo e da eternidade”. (D avid J eremiah )

Recusando a graça, 1/2


Deus nos ofereceu e oferece sua graça como um favor que nós
não merecemos (Efésios 2.1-10).
Por que, muitas vezes, não a recebemos?
1. Nossa mente funciona de modo comercial: alguém ven-
de algo para alguém que compra pagando o preço estipulado.
Como pela graça de Deus não se paga, perguntamos: qual o inte-
resse dEle? Para ser recebido, o ato dadivoso de Deus encontra
uma dificuldade em nossa mente comercial, onde tudo é troca.
Deus faz diferente. Todas as Suas iniciativas não visaram e
nem visam o bem dEle, mas o nosso. Ele nada quer em troca.
Precisamos acreditar que Deus nos dá a Sua graça sem esperar
algo em troca.
2. Nossa mente também está intoxicada pela cultura do mé-
rito, que nos leva a pensar que só recebemos aquilo que me-
recemos. Segundo o ditado popular, “Deus ajuda a quem cedo
madruga”. Esta percepção nos impede de receber algo que não
demandou esforço de nossa parte, como é o caso da graça.
Desaprender a celebrar o mérito é tarefa difícil. Essa cultura
está presente – e deve estar – nos territórios empresariais e in-
telectuais, no campo da Bíblia é um absoluto equívoco quando
acontece.
A primeira expressão da graça, que é o perdão, veio sem que
merecêssemos. A segunda expressão, que é o contínuo cuidado
de Deus para conosco, vem sem que mereçamos.
Embora, ao nosso redor, tudo seja mérito, precisamos enten-
der o que Deus nos faz sem merecermos. Quando isto aconte-
ce, estamos prontos para receber a Sua graça. [CONTINUA em
5 de julho]

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 23


“O SENHOR é o meu pastor: nada me faltará”. (Salmo 23.1)

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27 “A felicidade é uma tranquila percepção do amor de Deus”
(W hite E agle )
JUNHO
Realmente felizes, 3/8
Jesus disse que são “felizes as pessoas humildes, pois receberão
o que Deus tem prometido”.
Os humildes sabem que não sabem todas as coisas, fato que os
põe na companhia de todos os seres humanos.
Os humildes sabem que não podem resolver todos os pro-
blemas.
Os humildes sabem que não sabem sequer como estarão no
dia de amanhã e nem se haverá amanhã.
Os humildes sabem que não são superiores aos outros.
Se não sabem, os humildes não se contentam em não saber, se
esforçam para conhecer.
Se sabem, não exibem o que aprenderam. Seus diplomas não
estão nas paredes.
Se não têm bens, os humildes os buscam. Se têm, não ostentam.
Os humildes ouvem primeiro e esperam sua vez de falar.
Os humildes não têm opinião sobre todos os assuntos.
Os humildes acham que sempre têm o que aprender.
Os humildes não desprezam os que sabem, por terem estuda-
do, os admiram.
Os humildes vivem de modo simples e não se orgulham disto.
Os humildes veem a vida como ela é e dela não esperam nem
mais nem menos do que é.
Os humildes revisam suas vidas para evitar que sua humilda-
de se transfigure numa forma disfarçada de orgulho.
Os humildes não confiam em si mesmos, mas não esquecem as
promessas de Deus.
Os humildes oram porque sabem que precisam orar para que
não caiam na tentação da vaidade.
Quem faz seu caminho na rodovia da humildade ajoelha-
se diante de Deus para pedir: “Senhor, ajuda-me a não pen-
sar menos de mim, nem mais. Ajuda-me a compreender quem
realmente sou, cheio de limitações e pleno de possibilidades.
Ajuda-me a realizar as minhas possibilidades”. [CONTINUA em
6 de julho]

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 27


“Ainda que o meu pai e a minha mãe me abandonem, o SENHOR cuidará de mim”.
(Salmo 27.10)

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28 “A graça não é simplesmente clemência quando pecamos. A
graça é o dom de Deus que permite não pecar. Graça é poder,
JUNHO não apenas perdão”. (J ohn P iper )

Quando pecamos
Quando pecamos, dificilmente fazemos a coisa certa.
Como Eva atribuímos ao outro a nossa desobediência, como se
não tivéssemos recebido a mesma advertência. Como Caim de-
soneramo-nos de qualquer responsabilidade, com medo de en-
frentar o grave peso da provocada realidade. Como Lameque
afirmamos que estamos seguindo nosso desejo, embora saiba-
mos que adiante conheceremos o sombrio desfecho. Como Acã
negamos, e em mentiras ainda piores nos envolvemos, jurando
uma inocência que a memória informa que não temos. Como
Davi iramo-nos contra quem trilha o caminho que tomamos,
como se fôssemos ao velório chorar o corpo que nós ceifamos.
Como Acabe procuramos atacar com força quem nos aconselha.
mesmo reconhecendo que é excelente o caminho que nos reve-
la. Como Uzias escolhemos a autossuficiência que ensoberbece,
quando conhecemos a fonte que a saúde realmente fortalece.
Como Pedro garantimos que pecar não está em nossa agen-
da, como o arrogante que a sua própria natureza não entenda.
Como Judas remoemos o erro até que, por exaustão, nos asfixia,
como se o perdão não pudesse graciosamente ser a nossa com-
panhia. Como Ananias e Safira fazemos do nosso gesto a casa da
aparência, em que importa a aprovação que buscamos mesmo
com fraudulência. Como Diótrefes queremos receber homena-
gens, não fazer a missão, escravos da invisível mágoa que em-
pedra e esboroa o nosso coração.
Não queremos a culpa que nos faz bem quando vem da con-
fissão. Não queremos a vergonha que é boa por revelar a nossa
identidade. Não queremos o preço que pagaremos – esperemos
andar o tempo. Achamos que o nosso caso é especial, não segue
nenhum exemplo,
Mas o bom é que não importa no pecado a sua imensa gravi-
dade, desde que corramos para a graça de Deus com confian-
te seriedade. E livres, porque totalmente perdoados, sorvamos
a paz, de um modo que só Jesus por amor completamente faz.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 34


“Procure descobrir, por você mesmo, como o SENHOR Deus é bom. Feliz aquele que
encontra segurança nele!” (Salmo 34.8)

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29 “Honestidade é um presente muito caro. Não espere isso de
pessoas baratas”. (W arren B uffett )
JUNHO
Os benefícios da honestidade
Ficamos surpresos quando uma pessoa, geralmente pobre, en-
contra uma bolsa ou carteira recheada de dinheiro e procura o
dono para devolver o que achou.
Não deveríamos nos surpreender com a honestidade, vinda
dos pobres ou dos ricos porque ser honesto é um dever. No en-
tanto, de tanto ver a desonestidade sendo premiada, tendemos
a achar que a desonestidade é um recurso honesto.
A honestidade deve fazer parte de nossos planos de vida e de
nossas práticas no dia a dia (Provérbios 16.11). Nunca devemos
planejar algo desonesto, por mais que a recompensa se nos pa-
reça elevada.
Devemos aplaudir os honestos, para que a desonestidade não
suba para o pódio como virtude. Devemos aplaudir para que
ninguém tenha vergonha de ser honesto. A maioria das pessoas
é honesta.
Os pais devem ensinar, com palavras e exemplos, a honestida-
de aos seus filhos. Sua mensagem ficará para sempre.
Se a tentação vier para reter o que não nos pertence, devemos
dar passagem!
Se outros planejam e nos convidam para participar de suas
fraudes, por mais comum que seja, nossa resposta deve ser de
recusa!
Não vendamos nossa consciência. Quando errarmos, tenha-
mos vergonha, vergonha de ser desonesto, não do contrário,
não importa que música esteja tocando mais alto.
Lembremos sempre que a desonestidade beneficia uns poucos
e traz prejuízo a muitos. Por outro lado, a honestidade pode tra-
zer prejuízo a uns poucos, mas beneficia a muitos.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 37


“Ponham a sua esperança no SENHOR e obedeçam aos seus mandamentos. Ele
lhes dará a honra de possuírem a Terra Prometida, e vocês verão os maus serem
destruídos”. (Salmo 37.34)

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30 “Pessoas notáveis são pessoas comuns com uma quantidade
extraordinária de persistência”. (R ick W arren )
JUNHO
Contra a dispersão, 2/2
Nem sempre a falta de concentração é um problema. Pode ser
uma característica ligada à alta criatividade. No entanto, para
produzir uma obra de valor, mesmo um gênio precisa se con-
centrar, para não começar muitas coisas e terminar poucas ou
nenhuma.
Não importa o quanto sejamos inteligentes ou limitados, preci-
samos bater continência para sua excelência, o objetivo. Nosso
alvo deve estar diante de diante de nós. Por isto, deve ser cla-
ro. Digamos que queiramos passar num concurso, precisamos
desejar fortemente a aprovação no determinado concurso, que
tem regras e graus de dificuldades. Podemos passar, se for real-
mente o nosso objetivo e esteja dentro de nossas possibilidades
intelectuais, mesmo que demandem muito estudo.
Um jovem desejava entrar para um mestrado numa importan-
te universidade. Embora viesse de outra área do conhecimento,
o edital lhe facultava participar da seleção. A coordenadora do
curso, no entanto, lhe disse que não passaria. Como era o que
ele queria, persistiu, estudou “desesperadamente” e foi aprova-
do. Não era um gênio, mas tinha um objetivo. Realizou-o.
Realizou-o porque seu alvo estava claro, posto diante de si.
Realizou-o porque, ao entender que a tarefa era elevada, não
desistiu dela. Realizou-o porque aceitou o desafio e estudou.
Realizou-se porque deixou as coisas que deviam ficar para trás
para alcançar o que estava à frente.
A vitória é para quem persiste.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 39


“E agora, Senhor, o que posso esperar? A minha esperança está em ti”.
(Salmo 39.7)

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1 “Para se chegar à fonte é preciso, muitas vezes, remar contra
a correnteza”. (S tanislaw J. L ec )
JULHO
A vida é o seu projeto
Para sermos pessoas que realizem, devemos ter em mente os se-
guintes valores:
1. Nossa vida é curta. – Para vivê-la com intensidade, precisa-
mos elaborar nosso projeto. Isto independe de idade, gênero, es-
tado civil, escolaridade ou profissão.
2. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos. – Precisamos
admitir as debilidades que nos apoquentam, os pecados que nos
tentam, os vícios que nos acorrentam, os traumas que nos ator-
mentam. Ao mesmo tempo, precisamos contemplar as forças
que nos orientam: somos livres e amados por Deus.
3. Precisamos saber que Deus tem MAIS para nós. – Deus tem
prazer em nossa felicidade e em nossa santidade. Deus espera
que desejemos uma vida melhor, planejemos uma vida melhor,
persistamos para uma vida melhor.

Em termos práticos, eis alguns passos para cada um de nós:


• Comecemos onde estamos. Conheçamo-nos, mas não nos ve-
jamos como vítimas.
• Avaliemos os recursos que temos nas mãos. Deus espera que
olhemos esses recursos (Êxodo 4.2-3) e os coloquemos nas
mãos de Deus, para vermos o que fará junto conosco.
• Escrevamos nosso projeto numa frase, para que seja claro,
simples e inesquecível.
• Persistamos no caminho, mesmo que tenhamos que corri-
gir a rota, por causa de um conhecimento mais profundo ou
de uma enfermidade ou de um desastre. Tremule diante de
nós uma bandeira que nos promete: “Seja forte e corajoso!
Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SE-
NHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para
onde você for!” (Josué 1.9).

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 40.1-12


“Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o SENHOR. Ele me escutou e ouviu o
meu pedido de socorro”. (Salmo 40.1)

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2 “Deus ordenou que todas as coisas fossem produzidas,
de modo que houvesse comida em comum para todos e a
JULHO terra fosse a herança comum de todos. Por isso, a natureza
produziu um direito comum a todos, mas a avareza fez disso
um direito de alguns poucos”. (A mbrósio de M ilão )

Sobrou?
Em muitas ruas de cidades empobrecidas, é comum, no começo
da tarde, pessoas chamarem os moradores ao portão de suas ca-
sas com uma indagação:
– Sobrou?
A pergunta é feita por pessoas que, não tendo comida em suas
mesas, pedem aos que, tendo-a, podem oferecer o que lhes sobe-
jou. Quem tem e diz “sim” é solidário.
É valiosa a solidariedade dispensada a quem está na depen-
dência química.
É confortador notar um gesto amigo que atenua o peso de uma
tragédia.
É digna de registro a acolhida a quem vê no próprio corpo as
feridas deixadas pela perda.
É um insulto à humanidade quando o que sobra vai para o
lixo.
É aviltante para quem precisa comer ouvir explicações sobre a
sua condição ou condenações para o seu triste estado, por causa
de crônica insensibilidade ou preconceitos enraizados.
Ninguém deveria precisar ir em busca do que sobrou. Huma-
nos são os que vão ao encontro dos que não têm.
Solidariedade não devia precisar ser ensinada, porque a nossa
igualdade uns com os outros a impõe.
Solidariedade devia ser algo natural em nós, pelo que a falta
dela nos deveria envergonhar.
Solidariedade não devia ser elogiada, mas praticada como de-
ver moral de cada um de nós.
Solidariedade é gesto de pessoas espirituais, que são aquelas
que almejam ir além de satisfazer os desejos da sua pele.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 40.13-17


“Eu sou pobre e necessitado, mas tu, Senhor, cuidas de mim. Tu és a minha ajuda e
o meu libertador; não te demores em me socorrer, ó meu Deus!” (Salmo 40.17)

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3 “Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável Ele espera que
você seja”. (R ick W arren )
JULHO
Conquiste a terra
Quando desembarcamos na vida, recebemos uma herança.
Recebemos um nome. Se o nosso nome é bíblico, talvez no-
meie um desejo que sejamos como aquele herói do passado. Se é
uma homenagem a um parente, talvez seja um elogio a alguém
que merece ser imitado. Se é um nome da moda, talvez revele
uma certa vontade de que sejamos aceitos no mundo.
Recebemos um sobrenome, que indica o nosso pertencimen-
to a uma família, que escreveu uma história ao longo das gera-
ções. Nosso nome e sobrenome farão parte de uma história que
nos cabe agora escrever.
Recebemos um corpo, com suas formas visíveis (como altura,
peso, gênero, por exemplo) e seus contornos invisíveis (forças,
fraquezas, gostos e inclinações, por exemplo). Com ele nos mo-
vimentamos, nos alimentamos, realizamos, amamos. É com ele
que escrevemos uma história real.
Recebemos um patrimônio. Para uns, veio quase nada. Para
outros, veio algo. Para a minoria, veio muito. O que faremos
com o que recebemos? Gastaremos? Desperdiçaremos? Man-
teremos? Multiplicaremos? A resposta raramente é dada cons-
cientemente, mas é sempre uma resposta.
Recebemos uma formação, que começou com o modo como fo-
mos tratados ainda antes de sermos concebidos, acompanhou-
nos por alguns meses e foi tomando corpo desde cada manhã,
por meio de palavras, exemplos e gestos. Somos sobretudo for-
mados moralmente, espiritualmente e intelectualmente em
casa. Desprezaremos, preservaremos, editaremos ou aperfeiço-
aremos esta herança viva. Todos deixaremos heranças.
Deixaremos o que conquistarmos. Para cada um de nós, há
uma terra a ser conquistada (Josué 17.14-18).

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 17 a 18


“Não se mate de trabalhar, tentando ficar rico, nem pense demais nisso. Pois o seu
dinheiro pode sumir de repente, como se tivesse criado asas e voado para longe
como uma águia”. (Provérbios 23.4-5)

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4 “A graça de Deus é pintada sobre a tela do desespero”.
(T. D. J akes )
JULHO
Por que desanimamos?
Desanimamos porque vivemos num mundo corrompido pelo pe-
cado, o que faz com que, muitas vezes, lutemos e não vençamos.
Desanimamos porque, atacados a partir de dentro e também a
partir de fora, nossos músculos chegam ao seu limite. Há atitu-
des tomadas ao nosso lado que nos vão sugando a energia, como
a incompreensão em casa e a inveja no trabalho. Nosso corpo é
frágil diante de tantos golpes recebidos.
Desanimamos porque, tendo ouvido as promessas divinas,
crido nelas e não as vendo se materializando em nossas vidas,
duvidamos persistentemente de nossa própria fé, não mais re-
troalimentada para novos voos.
Desanimamos porque exigimos demais de nós mesmos, ten-
tando suportar um peso acima da capacidade de nossos ombros
em os manter.
Desanimamos porque nos cansamos, pelo excesso de compro-
missos ou pela dificuldade de parar e descansar um pouco.
Desanimamos porque, sem perceber, nossa mente acabou de-
sordenada por uma doença emocional não percebida.
Desanimamos porque fizemos coisas certas pelas motivações
erradas e agora perdemos o interesse em continuar fazendo as
coisas corretas. É motivação errada, por exemplo, obedecer a
Deus para merecer a sua bênção, agradecer um favor de uma
pessoa para receber mais, agir em função apenas do resultado,
ou agir como se tudo dependesse de nós.
Podemos perder tudo, mas não podemos perder a visão de
quem Deus é.
Se queremos nos reencantar com a vida, a primeira tarefa
é nos reencantar com Deus, retomando uma visão dEle como
cheio de amor para se importar conosco e pleno de poder para
nos fazer realizar aquilo que precisamos.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 19 e Provérbios 23


“Não perca tempo falando com um tolo, porque ele desprezará a sua conversa
inteligente”. (Provérbios 23.9)

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5 “Falhar só é uma tragédia quando fazemos disto o último
capítulo do nosso livro”. (J ack H yles )
JULHO
Recusando a graça, 2/2
Nossas dificuldades em receber a graça de Deus incluem dife-
rentes fontes. Eis algumas outras delas:
3. Nossa mente científica sempre pensa em termos de causa e
efeito. Se algo nos aconteceu, teve uma causa. Embora seja ver-
dade, precisamos da humildade de reconhecer que nem sempre
conhecemos a causa das circunstâncias de hoje.
Não precisamos abrir mão da razão, mas ela tem limites. É cla-
ro que conhecer as causas dos eventos de hoje tem o seu valor,
mas, muitas vezes, não traz qualquer benefício prático. A gra-
ça pode alcançar o passado, ao nos dar uma nova perspectiva
sobre ele. A graça pode também interromper o efeito presen-
te de um evento do passado. Deixamos de fruir a graça quando
nos perdemos nos “porquês”, incrédulos diante do milagre que
interrompe os efeitos, por causa do milagre do amor de Deus.
4. A nossa cultura cultiva a explicação como valor último, es-
quecida que não temos, por exemplo, explicação para o amor
de Deus. Na verdade, nós nunca temos explicação para o amor
nem mesmo entre pessoas. A cultura da explicação quase sem-
pre gera culpa. Quanto mais explicamos ou buscamos novas ex-
plicações, mais nos sentimos culpados e menos nos permitimos
ser abraçados pela graça maravilhosa de Deus.
5. Por incrível que pareça, quando a culpa se instala em nós,
sentimos um certo grau de satisfação. A culpa é uma espécie de
punição, como uma surra que aplicamos ao nosso próprio cor-
po. Recebendo-a, tudo fica abrigado em nossa autocomiseração:
“nós somos culpados e ponto!”. E podemos ficar assim no vale
do sofrimento, longe da espiral ascendente da graça. Muitas ve-
zes preferimos a prisão à liberdade, que vem da graça, esta que
nos espera pronta para nos acolher, talvez sem nos dizer pala-
vra alguma.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 20


“Não tenha inveja dos pecadores. Procure respeitar e obedecer a Deus todos os dias
da sua vida”. (Provérbios 23.17)

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6 “A vida é melhor para aqueles que fazem o possível para ter o
melhor”. (J ohn W ooden )
JULHO
Realmente felizes, 4/8
Jesus disse que são “felizes as pessoas que têm fome e sede de
fazer a vontade de Deus, pois Ele as deixará completamente sa-
tisfeitas”.
Talvez você tenha lido um livro para crianças, que ao longo
de suas páginas mostra figuras de portas, com a seguinte frase
repetida várias vezes: “Atrás de uma porta tinha outra porta”.
Esta história nos lembra que, depois de um desejo satisfeito,
vem outro desejo a satisfazer, numa espiral sem fim, que gera
ansiedade, na espera de um futuro feliz que não virá.
Desde crianças, queremos que nossos desejos sejam satisfei-
tos. Nessa fase, ainda não temos discernimento para sabermos
se os desejos que temos nos levam para a vida ou para a morte.
Crescemos, mas continuamos um pouco crianças, com desejos
legítimos e outros que não valem a pena.
Quando nos sugere que tenhamos desejos (“fome e sede”) de
fazer a vontade de Deus, Jesus não desvaloriza nossos desejos.
Ele os teve também e nem todos foram realizados.
Quando esperamos que Deus nos satisfaça, estamos buscando
a fonte capaz de nos contentar plenamente.
Se cremos que Deus nos satisfaz, exigimos menos dos outros e
de nós mesmos.
Se cremos que Deus nos satisfaz, somos capacitados com a co-
ragem de enfrentar nossas próprias insatisfações, sem esperar
que os outros façam por nós o que nós mesmos devemos fazer.
No topo dos nossos desejos, deve estar viver segundo o que
Deus quer para nós. Para tanto, devemos orar assim: “Senhor,
pacifique o meu coração, não para deixar de desejar, mas para
desejar o que é certo e bom. Eu quero conhecer mais e melhor a
Tua vontade. Quero que a Tua vontade seja a minha. Quero me
satisfazer fazendo a Tua vontade”. [CONTINUA em 4 de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 21


“Não fique olhando para o vinho que brilha no copo, com a sua cor vermelha,
e desce suavemente. Pois no fim ele morde como uma cobra venenosa”.
(Provérbios 23.31-32)

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7 “Fazer bom uso do tempo é a melhor maneira de
agradecer pela vida. Viva para merecer, e mereça cada dia”.
JULHO (S an L iscofré )

A arte de domar o tempo


O tempo é neblina.
Saiba o óbvio: o tempo é fixo: um dia só tem 24 horas. – Es-
cute o conselho de Olavo Bilac:
“Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
(...) Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!”
Esmurre o seu corpo. Não proteja sua preguiça. Talvez tenha
que dormir menos.
Saiba que nem sempre se recupera o tempo que se perdeu.
Imagine o que poderia ter feito, se tivesse feito.
Lembre que você pode fazer mais e melhor no tempo que tem.
Pare de reclamar do tempo que não tem. Você tem o tempo que
você tem.
Confira a sua agenda com as suas prioridades. Se você diz que
sua prioridade é passar num concurso e sua agenda não lhe de-
dica TODO o tempo possível, sua prioridade NÃO é passar no
concurso.
Identifique os ladrões do tempo. Ver televisão, falar ao telefo-
ne ou dormir pode ser importante, mas não pode lhe controlar.
Talvez você precise fazer um calendário diário de atividades.
Alargue o seu tempo, diminuindo o desperdício e multiplican-
do suas realizações. Divida o dia em períodos e ponha neles o
que pode e precisa fazer.
Sua vida agradece.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 22; 1Crônicas 5.18-26 e 1Crônicas 6.54-81
“Obedeçam com muito cuidado ao mandamento e à lei que Moisés, servo do
SENHOR, lhes deu. Amem o SENHOR, o Deus de vocês, façam a vontade dele,
obedeçam aos seus mandamentos, fiquem ligados com ele e o sirvam com todo o
coração e com toda a alma”. (Josué 22.5)

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8 “Na vida, três coisas são importantes. A primeira é ser gentil.
A segunda é ser gentil. A terceira é ser gentil”. (H enry J ames )
JULHO
Diante de notícias devastadoras, 3/5
Diante das notícias devastadoras sobre as pessoas que amamos,
devemos nos lembrar que cada experiência é singular porque
nós somos únicos, tanto em nossa capacidade de resistir quanto
em nossa sensibilidade de nos abater.
Devemos nos cuidar para não adoecermos juntos. Se quere-
mos cooperar, precisamos nos manter saudáveis. Sem o devi-
do controle emocional podemos desesperar ainda mais quem já
está nessa condição.
Não mantemos nossa saúde na indiferença à devastação do
outro, mas não devemos ir além dos nossos limites e perdermos
assim a possibilidade de acompanhar quem sofre.
Se queremos ajudar, precisamos estar prontos para cooperar
com nossos amigos na sua tarefa, que é enfrentar a sua dor. En-
frentar pode significar aceitar e conviver. Enfrentar pode sig-
nificar recusar e superar. Se, por exemplo, a morte enluta uma
pessoa querida, precisamos ajudá-la a enfrentar e a conviver
com suas lembranças, sem lhe apequenar a dor. Se, por outro
lado, o diagnóstico de uma doença difícil pende sobre a vida de
uma pessoa amiga, precisamos ajudá-la a enfrentar e a superar
a enfermidade. Essa ajuda pode custar dinheiro, tempo e deslo-
camento. O verdadeiro companheirismo sempre custa, mas a
companhia compassiva é a melhor ajuda que podemos prestar.
Nosso cuidado deve incluir a vigilância para não atrapalhar.
Atrapalhamos quando julgamos o outro, quando oferecemos
respostas fáceis ao outro, quando desistimos do outro. Ajuda-
mos quando efetivamente nos importamos e quando oferece-
mos nosso ombro para carregar o peso do outro, que começa
quando mantemos a nossa serenidade para manter viva a espe-
rança do outro. [CONTINUA em 1 de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 23


“Não ande com gente que bebe demais, nem com quem come demais”.
(Provérbios 23.20)

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9 “A coisa mais extraordinária é aceitar-se completamente”.
(C arl G ustav Y oung )
JULHO
Cuidando de si mesmo, 3/3
Muitas vezes, o cuidador está ferido. Pode ele cuidar das feri-
das dos outros?
Pode voar o pássaro que esteja com uma de suas asas desabi-
litada?
Ele até pode voar com uma asa só, mas se estiver com suas
duas asas firmes e saudáveis voará mais alto e muito melhor.
Não são as necessidades que devem guiar o seu dia a dia, mas
as escolhas que você faz, conscientemente ou não. Para apoiar os
vivos, mantenha-se vivo. Para cuidar dos outros, cuide de você.
Eis algumas sugestões nesta empreitada:
Busque desenvolver a sua saúde emocional. Aprenda a li-
dar com as tensões, que são inevitáveis. Procure não se cansar
emocionalmente, perto de ser encontrado pela estafa. Para tan-
to, tenha expectativas realistas, afaste as emoções destrutivas
e resolva os conflitos em que estiver envolvido. Se precisar de
ajuda, procure-a, seja com um amigo, com um conselheiro ou
com um psicólogo. Não tenha vergonha de sua fraqueza, mo-
mentânea ou permanente. Lembre-se que a diversão é impor-
tante. Ria. Viaje. Cuide de sua alma.
Busque manter a sua saúde espiritual. Não fique tão ocupa-
do que não possa meditar, orar, ler a Bíblia, cantar. Encontre
um lugar para ficar sozinho, sozinho diante de Deus. Se puder,
faça um retiro de natureza espiritual. Priorize sua comunhão
com Deus. Ao ler a Bíblia, não busque apenas sugestões para as
vidas dos outros, mas primeiramente orientações para a sua. Ao
participar de um culto, não pense nas pessoas que estão ausen-
tes; pense no que você pode aprender. Ao orar, não ore apenas
em público, para que os outros ouçam. Ensine o que você procu-
ra praticar. Cuide do seu espírito.

Para ler HOJE na Bíblia: Josué 24


“Josué disse ao povo: ‘Vocês não podem servir o SENHOR, pois ele é Deus Santo
e não tolera aqueles que adoram outros deuses. Ele não perdoará os pecados e as
maldades de vocês’”. (Josué 24.19)

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10 “Frequentemente, Deus remove nossos confortos e privilégios,
para que nos tornemos crentes melhores. Ele treina os seus
JULHO soldados não por meio de oferecer-lhes tendas de sossego
e luxo, e sim por meio de revirar essas tendas e levá-los a
marchas forçadas e serviço árduo”. (C harles S purgeon )

Uma vida que merece este nome


Pode ser que a vida termine sem que a vivamos, empenhados
apenas em ter a comida de cada dia e alguma forma de diver-
são. No entanto, nossa vida deve transbordar, como um copo de
onde o líquido transborda quando cheio. Jesus veio para que ti-
véssemos essa vida (João 10.10).
Muitas vezes, tomamos consciência de como temos vivido
quando o sofrimento bate em nosso corpo ou em nossa alma, ou
no corpo ou na alma de alguém próximo ou ainda quando so-
mos confrontados com o sofrimento dos outros, diante de uma
notícia de um terremoto avassalador, por exemplo. Essas dores,
sentidas ou compartilhadas, nos convocam a pensar.
Na verdade, essas dores nos desestabilizam. Se perguntáva-
mos pouco, agora perguntamos muito. Não queremos mais uma
vida superficial, que se contenta com o mínimo de conhecimen-
to, com o mínimo de santidade, com o mínimo de sabedoria,
com o mínimo de amor (1Coríntios 3.1-3). Sabendo que há ali-
mento sólido e bom, não nos contentaremos, com comida fra-
ca e ruim.
Muitos de nós só despertamos para uma vida transbordante
como algo a desejar quando experimentamos o sofrimento. Não
deveria ser assim, mas muitos nos perdemos na luta para ter coi-
sas ou mesmo para nos relacionar (ainda que superficialmente).
Depois do desejo, abrigado no coração, por uma vida transbor-
dante, precisamos nos aproximar de Deus como a fonte de onde
vem a vida com qualidade. Toda a Bíblia foi escrita para nos
descrever o roteiro para esta vida que desejamos e podemos ter.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 1 a 3


“Porém Deus uniu vocês com Cristo Jesus e fez com que Cristo seja a nossa
sabedoria. E é por meio de Cristo que somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo
de Deus e somos salvos”. (1Coríntios 1.30)

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11 “Há mais luz nas palavras de Cristo que todas as outras
palavras humanas. Aceitar isto não é suficiente para ser um
JULHO cristão. É preciso crer”. (A ndré G ide )

O poderoso Jesus, 1/3


Jesus é o Deus que nos dá sua mão – sua mão forte – para nos
socorrer. Jesus é o Deus que se limitou em seu poder com refe-
rência a si mesmo, mas não com relação a nós. Todo o poder
(força) lhe foi dado. Ele é o poderoso que se faz fraco na cruz,
em nosso lugar.
Cristo tem um poder sem limites para nos atender em nossas
necessidades, as máximas e as mínimas.
Nas horas difíceis, Jesus é o vencedor, que nos faz com Ele
vencer. Nas horas sombrias, Jesus é a luz, diante da qual as tre-
vas viram claridade e podemos ver. (No final de seus dias, “Je-
sus, aproximando-se dos discípulos, falou-lhes, dizendo: ‘Toda
a autoridade me foi dada no céu e na terra’”. – Mateus 28.18)
Nas horas tristes, Jesus é a alegria que nos desconcerta pela
ternura. Nas horas medrosas, Jesus é a segurança que nos pro-
tege com bravura. (Ele disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me
segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”.
– João 8.12)
Nas horas preocupadas, Jesus é a orientação que nos mostra os
próximos passos. Jesus é a força que nos acolhe em seus braços.
(No Apocalipse ele é o “Leão da Tribo de Judá, a raiz de Davi”,
capaz de abrir o livro da história, que nos diz: “Não chores”.
– Apocalipse 5.5)
Nas horas cheias de dúvida, Jesus é a verdade que se apresen-
ta (“vem e vê”) e nos convida. Nas horas da provação, Jesus nos
brinda com uma palavra querida. (Ele nos advertiu: “se vocês
pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará. Até
agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e recebe-
rão para que a alegria de vocês seja completa”. – João 16.23-24)

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 4 a 6


“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que
vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas
a Deus”. (1Coríntios 6.19)

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12 “O que realmente nós precisamos não é defender a Bíblia, mas
compreendê-la”. (M illar B urrows )
JULHO
O poderoso Jesus, 2/3
Nas horas de solidão, Jesus é a presença que enche o vazio do
nosso coração. (Ele disse que estaria conosco todos os dias. Ma-
teus 28.20).
Nas horas da rejeição, Jesus nos convida a fazer parte da sua
família, como um irmão. (Ele nos tranquilizou que na hora em
que ficássemos sem palavras, o Espírito Santo nos ensinaria, na-
quela mesma hora, as coisas que devíamos dizer. – Lucas 12.12).
Nas horas em que nos falta a visão, Jesus enxerga em nosso
lugar. Nas horas em que nos assentamos sozinhos para comer,
Jesus se assenta conosco para nos acompanhar (João 21.9-14).
Nas horas do vício, Jesus nos liberta com poder. Nas horas em
que os nossos pés vacilam, Jesus nos segura pelas mãos para
que continuemos a caminhar. (Quando Pedro vacilou quando
ia em sua direção sobre as águas revoltas, Jesus imediatamen-
te lhe estendeu a mão, segurou-o e subiu com ele para o barco.
– Mateus 14.31-32).
Nas horas em que o buscamos, Jesus se deixa por nós encon-
trar. (Ele recebeu Zaqueu, cansado de muitas alegrias, farto de
ser chamado de ladrão, exausto de esperar pelo Messias, desa-
nimado de esperar por salvação. – Lucas 19.1-10).
Nas horas em que precisamos voar, Jesus é a nossa segunda
asa. Nas horas em que precisamos parar, Jesus nos recebe em
sua casa. (Ele disse aos cansados e sobrecarregados: “Venham
a mim e eu lhes darei descanso”. – Mateus 11.28). [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 7 a 9


“Porém para nós existe somente um Deus, o Pai e Criador de todas as coisas,
para quem nós vivemos. E existe somente um Senhor, que é Jesus Cristo, por
meio de quem todas as coisas foram criadas e por meio de quem nós existimos”.
(1Coríntios 8.6)

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13 “Jesus transformou o poente em nascente”.
(C lemente de A lexandria )
JULHO
O poderoso Jesus, 3/3
Nas horas de pouca inspiração, Jesus sopra vida nas mãos que
escrevem uma página, nos lábios que entoam uma canção. Nas
horas em que a oração não sai do nosso peito, Jesus faz por nós
a intercessão. (Ele nos promete: “E aquele que sonda os cora-
ções sabe qual é a mente do Espírito [Santo], porque segundo a
vontade de Deus é que Ele [o Espírito Santo] intercede pelos san-
tos”. – Romanos 8.27).
Nas horas perigosas, Jesus nos livra como se fosse um escudo.
Nas horas ingratas, Jesus nos ensina a agradecer por tudo. (Um
dos seus apóstolos nos lembra: “É mister socorrer os necessita-
dos e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: ‘Mais bem-
-aventurado é dar que receber’”. – Atos 20.35)
Nas horas em que nos vemos perdidos, Jesus é salvação. (Ele
disse “veio buscar e salvar quem está perdido”. – Lucas 1.10).
Nas horas em que o futuro nos assusta, Jesus nos garante
que para quem está com ele não há condenação. (Ele afirmou:
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será
condenado”. – Marcos 16.16)
Nas horas em que tudo vai bem conosco, Jesus põe-se a can-
tar. Ele nasceu para fazer a nossa vida transbordar. (Ele nos
disse: “Eu vim para que tenham vida e vida em abundância”.
– João 10.10).

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 10 a 12


“As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam;
mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que
vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a
vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela”. (1Coríntios 10.13)

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14 “Na minha opinião existem dois tipos de viajantes:
os que viajam para fugir e os que viajam para buscar”.
JULHO (É rico V eríssimo )

Bem-vindos são os imigrantes


Uma pergunta perpassa a história da humanidade: quem é o
nosso próximo, a quem devemos amar?
A resposta mais sincera é também a mais cruel e a mais cíni-
ca: ele é o nosso inferno, porque pode tirar de nós o que temos.
Sim, nosso próximo pode ser um inferno, mas em outra medida,
que é quando revela o que há de pior em nós, que é a nossa in-
capacidade de amar o outro.
No entanto, o nosso próximo pode ser o céu da solidariedade,
que se manifesta quando a sua necessidade se torna a nossa,
quando nós estendemos a mão, quando a morte dele dói em nós
como se fosse alguém da nossa própria família.
Infelizmente, o outro pode ser o inferno. Felizmente, o outro
pode ser o céu, lugar de pessoas que se veem como iguais.
Somos pessoas do céu quando o drama do imigrante se tor-
na o nosso.
Venha o imigrante de perto ou fuja de longe, ele é um igual a
nós. Se ele atravessou ruas ou mares para chegar à nossa calça-
da, devemos descer e recebê-lo. Mesmo que por aqui as coisas
estejam ruins, de onde ele veio está pior; por isto, arriscou sua
vida e devemos ser para ele um porto seguro, uma oportunida-
de de ser novamente humano.
Nos tempos bíblicos, três eram as categorias de pobres, a se-
rem amados e protegidos: a viúva, o órfão e o imigrante. O imi-
grante é o pior dos pobres, porque à sua escassez se soma a
rejeição de que é vítima. Diante dele o nosso egoísmo pode en-
contrar sua face mais sombria, quando se traveste de economia
e nos faz desejar que vá para longe para não tirar o nosso em-
prego ou o nosso sossego.
O ódio se mostra em muitos disfarces. Já o amor é transparen-
te: está no copo de água oferecido, no litro de leite aquecido, no
colchão estendido, no trabalho oferecido, na casa em que é rece-
bido, no gesto que diz ao próximo que ele é bem-vindo.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 13 a 14


“Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se
não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o
barulho de um sino”. (1Coríntios 13.1)

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15 “Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais
pensei igual aos outros”. (C larice L ispector )
JULHO
Somos mesmos “esclarecidos”?
Entre as fórmulas que nós encontramos para pertencer, uma
delas é a de consumir listas.
Por influência dos Dez Mandamentos da Bíblia, os chamados
formadores de opinião enumeram listas de dez livros para ler,
dez filmes para assistir, dez discos para ouvir ou dez restauran-
tes para frequentar.
Até mesmo as roupas que usamos tiveram seus tecidos, seus
modelos e suas cores aplaudidos previamente em passarelas. Pri-
meiro, as roupas nos parecem estranhas, mas, depois, vão sen-
do aceitas e viram padrões pelo menos numa estação da moda.
Essa formatação é ainda mais forte, mesmo que sutil, no plano
ideológico. Nesta área, a liberdade é ave rara.
Há uma cartilha que nos soletra o que devemos saber e o que
devemos pensar. Geralmente seus cabeçalhos começam assim:
“as pessoas de bem concordam que:”. Ora: quem não quer ser
uma pessoa de bem? Pode ser que as palavras iniciais sejam
mais apelativas: “as pessoas esclarecidas pensam que:”. Nova-
mente: quem quer ser obscurantista?
Não devemos seguir listas, nem observar tendências de passa-
relas, nem obedecer a comandos de cartilhas.
Diferentemente, diante das listas, passarelas e cartilhas, pre-
cisamos seguir a orientação bíblica: devemos examinar tudo e
reter o que é bom. Devemos conhecer as propostas e estudá-las
antes de as tomar nossas.
Bom é aquilo com o qual concordamos, como uma ideia, ou
gostamos, como um prato do cardápio.
Bom, realmente bom, é aquilo que é aprovado por Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 15


“Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a
maior delas é o amor”. (1Coríntios 13.13)

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16 “A alma humana é feita para não estar sozinha”.
(P ierre T eilhard de C hardin )
JULHO
Chorando juntos, 3/3
Quando um rosto se cobre de lágrimas diante de nós e a falta de
perspectiva é uma sombra imensa sobre a vida de nosso ami-
go ou amiga, podemos ser inspirados por Deus para confortar.
Assim, se queremos oferecer uma palavra de consolo, como
parte de nossa compaixão, devemos dizer que a Bíblia não ex-
plica o sofrimento, mas nos mostra Deus sofrendo conosco. O
ápice desta dor-conosco foi a morte do seu próprio filho na cruz.
Jesus evitou algumas mortes, como faz até hoje, mas chorou por
todas, inclusive pelas de agora.
Se tivermos oportunidade, pode ser fonte de ânimo sugerir
ao nosso amigo que seja grato àquele que partiu honrando a
sua memória. Dizer-lhe apenas que a vida continua é verdadei-
ro mas doloroso demais. Uma boa maneira de honrar a memó-
ria de uma pessoa querida é levar adiante o projeto que tinha
em comum conosco. Se, por exemplo, o casal tinha sonhos para
os filhos, cabe a quem ficou agir para que os desejos se reali-
zem. Se quem morreu estava envolvido num projeto, quem fi-
cou pode torná-lo real. Discretamente sugiramos, sem corrigir
e sem ensinar, que como a vida segue, a continuidade pode ser
a obra da vida de que ainda a tem. A gratidão pelo outro perpe-
tua a história do outro.
Ouvindo o outro e tornando nossa a sua dor, pode ser que en-
tendamos ser útil recomendar, sem insistir, que o nosso amigo
procure ajuda, primeiramente em nós mesmos e – quem sabe
– com algum profissional da escuta (como um psicólogo ou um
pastor), capaz de ajudar a organizar os seus pensamentos e a
olhar para a frente. Até mesmo esta sugestão deve ser feita com
muito cuidado, para que possa ser ouvida e levada a cabo, mes-
mo que demore um pouco.
A regra de ouro é sempre a compaixão, a amorosa e cuidado-
sa compaixão.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Coríntios 16


“Estejam alertas, fiquem firmes na fé, sejam corajosos, sejam fortes. Que tudo o que
vocês fizerem seja feito com amor”. (1Coríntios 16.13-14)

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17 “A cura não é o plano de Deus para todos e nem por isso
ele deixará de ser glorificado, pois sabemos que todas as
JULHO coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.
(J ohn P iper )

Não desperdice a dor, 1/2


Não podemos desperdiçar a dor, a nossa e a do outro.
Não desperdiçamos a dor quando estamos seguros que Deus
nos consola em TODAS as tribulações (2Coríntios 1.3-6), não
importa sua origem ou a responsabilidade por ela. Até mesmo
diante das tribulações que nós provocamos com os nossos peca-
dos, Deus nos traz consolo.
Não desperdiçamos a dor quando compreendemos que o so-
frimento nos educa, desde que reflitamos sobre ele. Refletir não
quer dizer necessariamente encontrar uma resposta racional
para a dor, mas dar a ela um sentido em nossas vidas.
A reflexão sobre a dor nos afasta das respostas fáceis. As res-
postas fáceis explicam de modo fácil o sofrimento, dizendo-nos
algo duro (“você está sofrendo por causa do seu pecado”) ou
leve (“seja forte: isso vai passar”). As respostas fáceis nos conso-
lam no curto prazo, mas sua força logo cessa. As respostas fáceis
nos trazem culpa, pondo-nos mais peso em lugar de nos aliviar.
As respostas fáceis não fazem justiça a Deus. Jesus disse que
não evitaria todos os nossos sofrimentos mas prometeu que nos
consolaria (João 16.33). A resposta de Jesus para o sofrimento (e
Ele o sofreu intensa e agudamente) é definitiva: Ele não ofere-
ce uma explicação, mas o consolo, consolo que podemos com-
partilhar com os outros. O que Ele disse ao apóstolo Paulo, que
estava sofrendo, nos conforta: “Paulo, a minha graça é tudo o
que você precisa” (2Coríntios 12.9). A graça de Deus nos con-
forta ao nos receber em nossa dor e nos chamar para uma vida
além do lamento, ao nos alimentar com a esperança. [CONTI-
NUA amanhã]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 1 a 3


“Porque somos como o cheiro suave do sacrifício que Cristo oferece a Deus, cheiro
que se espalha entre os que estão sendo salvos e os que estão se perdendo”.
(2Coríntios 2.15)

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18 “Não vivemos para nós mesmos. Até mesmo a cura
não deve ser apenas para nosso benefício, mas para a
JULHO glória de Deus, de modo que o nome dEle seja honrado”.
(M anuel X avier dos S antos F ilho )

Não desperdice a dor, 2/2


Não desperdiçamos a dor quando nos dispomos a ajudar as pes-
soas que estão sofrendo, oferecendo-lhes consolo.
Para consolar, precisamos estar firmados em Deus e não nas
pessoas. Consolar traz suas próprias dores, seja a dor do envol-
vimento, seja a dor da ingratidão. O apóstolo Paulo estava tão
firme em Deus, que o bendisse quando recordou uma dolorosa
experiência em sua vida (2Coríntios 1.3).
Par consolar, devemos tomar cuidado com nossas próprias ex-
periências, porque elas não são normativas. As dores dos outros
não podem ser comparadas com as nossas. As nossas reações
não podem ser comparadas com as dos outros. Dor não se com-
para. Dor não se transfere. Dor se consola.
Para consolar, precisamos fugir da tentação de explicar o so-
frimento. Quando Jesus estava diante de uma experiência de
dor, ele se envolvia e seu envolvimento não incluía a explica-
ção. A Bíblia não explica o sofrimento. Devemos ser cuidadosos
com nossas explicações, que, muitas vezes, trazem mais culpa
aos que já sofrem. Devemos ter a humildade de dizer que não
sabemos por que certa tragédia aconteceu, prontos para cho-
rar juntos.
A melhor atitude diante da dor é a solidariedade, manifestada
no silêncio e também na palavra, no gesto direto e também no
gesto indireto (numa forma discreta de presença).
E quando formos falar, se for necessário, venham as nossas
palavras da Palavra de Deus, o que implica em conhecimento
dela.
Para consolar, precisamos orar pelas pessoas. Consolar é uma
ação do Espírito Santo, de quem somos apenas porta-vozes.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 4 a 6


“E foi Deus quem nos preparou para essa mudança e nos deu o seu Espírito como
garantia de tudo o que ele tem para nos dar”. (2Coríntios 5.5)

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19 “Em todas as minhas perplexidades e preocupações, a Bíblia
nunca falhou em me dar orientação e força”. (R obert E. L ee )
JULHO
Organizando nossa agenda
Entre as dificuldades para continuarmos lendo a Bíblia, uma de-
las é a falta de tempo.
Nossas agendas já estão cheias: colocar mais 15 minutos nelas
é tarefa difícil. Nossas agendas nos deixam cansados: como ain-
da vamos nos envolver em mais uma atividade?
Precisamos ser sábios: não podemos colocar em nossa agen-
da o que não cabe. Não podemos permitir estar em nossa agenda
o que não deve. A agenda, dada por nós ou por outros, não nos
pode dominar; ela é apenas um roteiro que nós fazemos. Ela
não tem vida própria; apenas, a vida que lhe damos.
Por isto, a leitura da Bíblia é boa por si só. Se conseguimos nos
organizar para ler a Bíblia, podemos nos disciplinar para qual-
quer outra atividade boa, como o estudo para uma prova. Se ler
a Bíblia é bom, temos que nos disciplinar. Talvez tenhamos que
tirar nossos 15 minutos diários de alguma outra atividade (do
sono, da televisão, do celular, da conversa, do trabalho), mas
valerá a pena.
Quem lê regularmente a Bíblia é um vitorioso: vitorioso sobre
sua agenda, vitorioso sobre a preguiça, vitorioso sobre a desor-
ganização, vitorioso sobre o desânimo.
Quem lê regularmente a Bíblia está pronto para vencer em to-
das as áreas da vida. Ele desejou ler a Bíblia e consegue lê-la. Ele
decidiu ler a Bíblia e consegue lê-la. Ele se disciplinou ler a Bí-
blia e consegue lê-la.
A mesma conquista pode alcançar as outras áreas da vida.
O que você deseja alcançar?
Já tomou a decisão?
Discipline-se e realize.
A vida está toda diante de você. Abra as suas páginas.
Você pode.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 7 a 9


“Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação;
e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo
produzem a morte”. (2Coríntios 7.10)

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20 “A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas”.
(F rancis B acon )
JULHO
Lembra-se?
Lembra-se daquela menina com quem você animadamente
brincava de boneca? Por onde ela anda?
Lembra-se daquele garoto que era seu colega nos jogos com
bola na sua rua ou na sua escolinha de futebol e que até levava
jeito – assim diziam – de craque. Por onde anda ele?
Lembra-se daquela menina bonita, em cujo lado todos que-
riam se assentar na escola e que chamava a atenção de todos,
inclusive de você? Por onde ela anda?
Lembra-se daquele colega na classe que todos consideravam
gênio mas que era seu amigo, tendo frequentado sua casa tan-
tas vezes para fazer trabalhos em dupla ou grupo? Por onde
anda ele?
Lembra-se daquele professor por quem se apaixonou e depois
sentiu vergonha dos seus sentimentos? Por onde ele anda?
Lembra-se daquele colega com quem chegou a viajar junto,
para acampar ou para participar de um congresso? Por onde
anda ele?
Lembra-se daquela amiga e confidente que foi tão amiga que
parecia sua irmã e que você imaginava que seria sua amiga
para sempre? Por onde anda ela?
Lembra-se daquela amiga que ajudou você no casamento e
que até foi testemunha na inesquecível cerimônia religiosa? Por
onde ela anda?
Lembra-se daquele casal que foi o primeiro a chegar ao hospi-
tal – buquê de rosas em punho – quando nasceu seu primeiro fi-
lho? Por onde andam os dois?
Lembra-se daquele grupo com o qual você saía, conversava e
se divertia, alguns dos quais chegaram a lhe emprestar dinhei-
ro? Por onde andam esses amigos?
Se você ainda os tem com você, celebre com eles.
Se você os perdeu, procure-os. Pelo menos um deles, você vai
encontrar. Eles foram importantes demais para você os esque-
cer. Você fez parte da vida deles e não pode ser esquecido.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 10


“As armas que usamos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas
de Deus, capazes de destruir fortalezas. E assim destruímos ideias falsas”.
(2Coríntios 10.4)

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21 “O verdadeiro líder não explora as emoções ou as carteiras
dos outros”. (E ugene H. P eterson )
JULHO
Perfil do líder-servo
São solitárias, por natureza, as pessoas que ocupam posições de
liderança, seja qual for o segmento de sua atuação.
Líderes dedicam-se aos seus trabalhos de tal modo que, muitas
vezes, sobra-lhes pouco tempo para si mesmos.
É assim, por exemplo, com os pastores de igrejas.
Para atenuar esse quadro, um deles decidiu organizar uma re-
união anual de três dias em que os pastores conversando uns
com os outros ouvem sugestões de pastores mais experientes.
O encontro é fruto do empenho do seu idealizador, que põe di-
nheiro do seu próprio bolso e sai recolhendo apoios com quem
pode.
No meio do evento, o idealizador toma a palavra e pede ajuda.
Ele quer um casal a quem possa prestar conta das finanças do
encontro. Ele criou o encontro e busca recursos para o evento e
ainda quer prestar contas de como o dinheiro foi gasto.
E o que o motiva a tanta transparência?
Honesto, não quer parecer honesto, porque ele o é.
Sincero, não quer a aprovação das pessoas, das quais não de-
pende.
Corajoso, ele pensa em si mesmo. Ele sabe que, como todo ser
humano, é vulnerável ao poder do dinheiro e quer se proteger.
Tendo que prestar contas, será cuidadoso e não correrá o risco
de aplicar os recursos de forma incorreta ou inadequada.
Digno, ele parte do pressuposto que, mesmo tendo projetado o
encontro, o encontro não lhe pertence; é dos participantes, pas-
tores como ele, que nada tira, mas põe.
É deste tipo de líder-servo que precisamos.
Olhar para uma pessoa assim nos enche de esperança. O con-
vívio com a estatura dessa dignidade dignifica as nossas vidas.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 11


“[Deus] me respondeu: ‘A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder
é mais forte quando você está fraco’. Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar
das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo”.
(2Coríntios 12.9)

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22 “Nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o
último estágio da dor humana”. (A ugusto C ury )
JULHO
Um pingo de luz, 1/2
Por causa daquilo que nos fazem, muitos não nos sentimos
amados.
O amor por nós mesmos decai quando a hostilidade bate à
porta da nossa vida.
Nestas circunstâncias infelizes, alguns se fortalecem para fa-
zer mais, muitos conseguem perceber a beleza da vida e outros
desenvolvem uma autoestima mais sólida. No outro extremo,
alguns tremem diante de perigos reais e imaginários, muitos se
sentem rejeitados até por aqueles que os amam e outros cho-
ram diante da fotografia do seu próprio rosto, como se fossem
esteticamente feios, moralmente indignos e tecnicamente in-
competentes.
Este é o extremo da depressão.
Para sobreviver, o deprimido rebaixa a sua vida, agachando-
se como para evitar a saraivada de balas acima, curvando-se
para suportar o peso da sua história, recolhendo-se para não
ser visto, arrastando-se por entre as sombras da sua noite sem
fim. Não pedem ajuda com medo de serem criticados. Não con-
tam seu drama para não serem condenados. Não ouvem que
são amados por aqueles que o cercam. Não há certezas, mas te-
mores. Não há segurança, apenas tremores.
Por isto, a Bíblia, que é a Palavra de Deus, foi escrita. Ela foi
escrita para nos dizer que somos amados por Deus incondicio-
nalmente. Esta é a verdade central que nega todas as outras
mentiras sobre Deus e sobre nós mesmos. Neste Livro também
lemos que o amor de Deus tira o medo do nosso coração, lançan-
do-o para longe. Neste livro, aprendemos que somos pessoas de
alto valor, mesmo que não concordemos.
A saída da depressão começa quando aceitamos que somos
amados por Deus. Acolhida, esta notícia é como um pingo de luz
que vai crescendo dentro da escuridão. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 12


“Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as
perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque,
quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim”.
(2Coríntios 12.10)

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23 “Exatamente como as outras doenças, a depressão pode ser
tratada, para que as pessoas possam ter vidas felizes e ativas”.
JULHO (T om B osley )

Um pingo de luz, 2/2


Uma pessoa em depressão antes acordava pronta para o dia; ago-
ra, não consegue se levantar. Antes, ria e brincava; agora, não vê
graça em nada. Antes, era firme; agora, tem medo de tudo.
A própria ciência demorou a entender o fenômeno. O consen-
so de que a depressão deve ser tratada como uma doença men-
tal é recente.
As pessoas não pensam na miopia, por exemplo, como uma
fraqueza moral, mas julgam os portadores de depressão como
moralmente incapazes. Quando ela chega, é quase sempre
acompanhada de culpa. Por isto, muitas pessoas só falam da de-
pressão depois que ela foi embora.
A doença da depressão está potencialmente dentro de nós, à
espera de uma oportunidade para se manifestar. Essa oportu-
nidade pode ser um evento traumático, como a morte de uma
pessoa querida; a implosão emocional diante de pressões que se
tornaram insuportáveis, como o desemprego ou a cobrança por
resultados; a realização de um projeto que sugou todas as ener-
gias, como o término de um livro longamente gestado ou o nas-
cimento de um bebê ansiosamente esperado. Pode ser algo que
identificamos ou pode ser algo que simplesmente ignoramos.
Diante da força perturbadora da depressão, devemos saber
que, mesmo quando reprovados pelas pessoas, somos aprova-
dos por Deus, que continua a nos amar, mesmo que paremos
de funcionar como antes. Diante da doença que nos furta a von-
tade de viver, não precisamos ter vergonha. Aconteceu ou está
acontecendo contra a nossa vontade, mas, com a ajuda de Deus,
de pessoas queridas e de profissionais competentes, com ou
sem remédio, vamos nos levantar e voltar a sorrir. Confiemos.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Coríntios 13


“Examinem-se para descobrir se vocês estão firmes na fé. Com certeza vocês
sabem que Jesus Cristo está unido com vocês, a não ser que vocês tenham falhado
completamente”. (2Coríntios 13.5)

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24 “O que mais nos devora é a inveja que sentimos dos outros.
Esfregue os olhos, purifique o coração e estime, acima de
JULHO tudo neste mundo, aqueles que o amam e lhe desejam o bem”.
(A leksandr S olzhenitsyn )

Convite à simplicidade, 1/3


A inveja nos leva a ter um estilo de vida capaz de nos trazer vá-
rias realizações, mas também de muitas frustrações. A inveja nos
torna amargos. A inveja é alimentada pela comparação. Vemos
os que outros têm (ou parecem que têm), e queremos ter tam-
bém. Chegamos até a nos aproximar deles (Provérbios 24.1-2).
A vida é complexa e não a viveremos melhor sendo comple-
xos. Podemos nos converter à simplicidade, que pode ser a es-
colhida via da nossa vida.
Ser simples não é não ganhar dinheiro; é não tê-lo como mis-
são de vida, que pode até ser ganhar para promover a justiça e
a paz. A simplicidade não se define por ter ou não ter dinheiro,
mas pelo que se faz com ele.
Ser simples começa com o desejo pela simplicidade, prosse-
gue com a decisão pela simplicidade e segue pela vida com uma
série de disciplinas espirituais, como a humildade, e operacio-
nais, como a verificação periódica do guarda-roupa para doar
coisas boas.
Ser simples é pedir a Deus o pão para cada dia (Mateus 6.11).
Ser simples é viver como administrador fiel dos recursos da
terra, o que implica em conservá-los, desenvolvê-los e distribuí
-los com justiça, honrando a Deus como dono de todas as coisas.
Ser simples é ser simples de coração, no que Jesus é o nosso
modelo, Ele que era, segundo suas próprias palavras, manso e
humilde de coração (Mateus 11.29).
Convidemos Deus para ser essencial em nossa vida. Quando
fazemos isto, na oração e na prática, estamos negando a nos-
sa suficiência e afirmando a suficiência de Deus em nós e para
nós.[CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 1 e Provérbios 24


“Com a sabedoria se constrói o lar e sobre a prudência ele se firma”.
(Provérbios 24.3)

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25 “A felicidade reside justamente em agradecer por tudo o que
ele nos oferece, em especial nossa própria identidade, o maior
JULHO bem que um ser humano pode ter”. (W illiam D ouglas )

Convite à simplicidade, 2/3


Se desejamos ser simples, eis algumas atitudes necessárias:
1. Decidamos como queremos viver. Creiamos que “a partir
da liberdade das preocupações que a generosidade de Deus
provê vem um impulso para a simplicidade e não para a
acumulação”. (John Piper)
2. Desaceleremos, se for o caso. Ser simples não é desejar; é
não cobiçar. A cobiça é o desejo acelerado. Se desejamos ser
simples, desaceleremos. Se o nosso momento for outro, pre-
cisando do sustento essencial, trabalhemos duro, estudemos
muito, mas no nosso ritmo, não no ritmo dos outros.
3. Recusemos qualquer que nos torne dependente, sejam coi-
sas (televisão, rádio, jornal, computador, celular) ou hábitos
(sexo, pornografia, dinheiro, fofoca). Aprendamos a distin-
guir entre necessidades reais e necessidades psicológicas,
muitas criadas pela publicidade.
4. Compremos o que couber no nosso bolso e no nosso armá-
rio. Não nos endividemos para comprar o que não precisa-
mos. Não ampliemos o celeiro para caber mais grãos (Lucas
12.16-21), a casa para caber mais móveis, o armário para ca-
ber mais roupas.
5. Vistamos ou calcemos o que é bom e bonito, não o que está
na moda, não o que é caro, não o que é de grife, não o que
produz “status”, esse produto que os fracos compram para
parecerem fortes. Não queiramos ser diferentes pelo que ves-
timos ou calcemos. Olhemos os lírios do campo (Mateus 6.28).

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 2 e Provérbios 25


“Quando alguém está querendo aprender, o conselho de uma pessoa experiente vale
mais do que anéis de ouro ou joias de ouro puro”. (Provérbios 25.12)

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26 “Ouça os pássaros. Aprecie a textura da grama e das folhas.
Cheire as flores. Encante-se com as cores onde estiverem.
JULHO Simplicidade significa redescobrir que a terra é do Senhor
junto com tudo o que há nela (Salmo 24.1)”. (R ichard F oster )

Convite à simplicidade, 3/3


Felizes seremos, se, tendo escolhido a vida da simplicidade, nela
permanecermos. Para tanto, há outras atitudes a seguirmos.
6. Se tivermos bens (dinheiro, roupa, sapatos, joias, títulos, o
que for), não os ostentemos. A ostentação mostra quem de-
pendemos dos nossos bens e não de Deus. Não compremos
algo para o exibir. Talvez não ostentemos um carro, mas po-
demos ostentar coisas menores e mais baratas. Os corações
dos que ostentam são ridiculamente iguais; o que varia é o
preço e a plateia. A ostentação pessoal atrai pessoas em bus-
ca de benefícios e depois as afasta, porque a percebem como
avarento. A ostentação provoca guerras. Em lugar de osten-
tar, vejamos o que podemos distribuir.
7. Se tivermos conhecimento, visível pelo discurso ou pelos di-
plomas, não sejamos arrogantes. Consideremos o conheci-
mento um dom de Deus, pois o melhor conhecimento é saber
que somos amados por Ele. Ponhamos o nosso conhecimento
a serviço dos que não sabem para que também saibam.
8. Andemos a pé. Há muitos destinos no cotidiano que pode-
mos fazer a pé. Dependamos menos do nosso carro e mais
dos nos pés. Nosso corpo agradece. Nossos amigos agrade-
cem. O planeta agradece.
Lembremos que nossa alegria não vem das coisas. Vem de
Deus. Ter esta convicção não é uma espécie de conformismo e
não implica em falta de esforço. Antes, significa que valoriza-
mos cada etapa da nossa vida, celebrando o que foi alcançado,
não sofrendo pelo que ainda falta.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 3 e Provérbios 26


“Então os israelitas pediram outra vez socorro ao SENHOR, e ele mandou outro
homem para libertá-los”. (Juízes 3.15)

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27 “Seja o que você é. Esse é o primeiro passo para se tornar
melhor do que você é”. (A. W. H are )
JULHO
Uma vida, não duas
Pela força da propaganda, tendemos a querer viver as vidas dos
outros.
Em busca de aceitação, evitamos parecer o que realmente
somos.
Na procura dos aplausos, vendemos uma vida que não temos.
Nas redes sociais, sejam elas presenciais ou virtuais, podemos
nos portar ou postar fotos e textos em que nos parecemos com
aquilo que as pessoas acham que somos.
Se não precisamos expor a todos o nosso eu profundo, tam-
bém não temos que expor a alguns nosso falso eu. Se as pessoas
gostarem do nosso eu falso, não gostarão realmente de nós. Se
as pessoas não gostarem do nosso eu verdadeiro, não gostarão
de fato de nós.
Deve-nos interessar a vida real, aquela fora dos holofotes, com
passos ensaiados.
Para que serve uma autoestima cheia de silicone?
Qual é o efeito de um discurso tecido com palavras tiradas de
perfis de terceiros?
É o nosso jardim, mesmo com seu verde esmaecido, que nos
dá alento, não o do vizinho, talvez feito de material sintético.
É a nossa foto, não aquela alterada ou retocada, para limpar
manchas e rugas, que deve aparecer em nosso curriculum vitae.
Para que ter vergonha da cicatriz em nosso rosto, se ela surgiu
numa luta em que vencemos um adversário difícil para defen-
der uma pessoa inocente ou para pugnar por uma causa digna?
Felizes somos se entre a cicatriz e a vergonha, preferimos a fe-
rida, colhida num ato de bravura.
Não devemos cobiçar o sorriso do colega de trabalho, porque
não sabemos o quanto ele lhe custa e não sabemos se o seu riso
é duradouro ou de plástico.
Se podemos ser melhores, é nisto que devemos manter o nos-
so foco.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 4


“Pode-se esperar mais de um tolo do que de quem pensa que é mais sábio
do que é”. (Provérbios 26.12)

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28 “O mal não é espetacular mas sempre humano.
Ele compartilha nossa cama e come em nossa mesa”.
JULHO (W. H. A uden )

Quando o mal parece vencer, 1/2


Se o mal é mesmo uma realidade, o que fazer quando tomamos
conhecimento dele, ao nos atingir direta ou indiretamente?
Eis um problema que exige de nós a coragem de pensar com
profundidade e de agir com amor. Odiar não demanda esforço,
porque é natural em nós, mas amar é verbo que só conjugamos
com coragem, porque é algo espiritual.
Por isto, diante do mal precisamos inaugurar ou manter algu-
mas atitudes, entre as quais estão as seguintes:
1. Devemos reconhecer que o mal está presente dentro de nós.
Ele não nasce apenas nos corações dos outros. Ele não é em-
punhado apenas pelos braços dos outros. Ele não se apressa
apenas com os pés dos outros. Deixemos de lado o romantis-
mo de pensar que o inferno é o outro. O mal também está,
no mínimo, assentado no banco dos reservas do nosso cora-
ção pronto para, se for convocado, entrar em campo.
2. Devemos sempre pedir a Deus que nos livre do mal, que nos
ajude a seguir por caminhos que não nos levem a praticar o
mal e que não tragam o mal que outros atribuam contra nós.
Jesus nos ensinou a orar para que fiquemos livres do mal.
3. Devemos conviver com o fato de que o mal é filho da liber-
dade, a nossa e a dos outros. Assim, devemos agradecer a
Deus pelo livre-arbítrio. Quando o mal toma proporções as-
sustadoras, publica ou individualmente, não nos cabe per-
guntar “onde estava Deus?”, uma vez que o amor vem da
liberdade e o ódio também. A paz é tributária do livre-arbí-
trio e a guerra também. Somos livres para defender a vida
e livres para eliminá-la. Agradeçamos a Deus pela liberdade
com que nos fez. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 5


“Quem se mete na discussão dos outros é como quem agarra pelas orelhas um
cachorro que vai passando”. (Provérbios 26.17)

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29 “O amor é o remédio para todo mal moral. Por ele, o mundo
será curado do pecado”. (H enry W ard B eecher )
JULHO
Quando o mal parece vencer, 2/2
Diante da realidade assustadora do mal, podemos e devemos
desenvolver atitudes que ajudam a livrar o mundo do mal. Eis,
então, mais quatro destas atitudes:
4. Devemos nos solidarizar com as vítimas do mal, sem mini-
mizar seu sofrimento, sem comparar sua dor com a nossa
ou com as dores das outras pessoas. A solidariedade pode
incluir como prefácio a crítica, mas os capítulos do livro da
solidariedade devem ser escritos com gestos e ações que nos
insiram nas vidas dos outros.
5. Devemos vigiar o nosso coração, para que ele não fique cheio
do sentimento de vingança. É justo que queiramos justiça por
meio das regras administradas pelo Estado. No entanto, abri-
gar a vingança dentro do coração nos torna iguais a quem
nos feriu. Devemos tomar cuidado para evitar que o inimigo
nos fira duas vezes, uma com o golpe que nos desferiu uma
única vez e a outra com a introdução do sentimento da vin-
gança em nosso coração que pode nos magoar para sempre.
6. Devemos cuidar para que o medo não nos domine. Não po-
demos ter medo de viver, de sair à rua para o trabalho, para
o estudo, para o lazer, para o convívio. O medo tem o poder
de nos aprisionar numa cadeia sem portas, com algemas in-
visíveis. Precisamos desafiar o medo e viver.
7. Devemos desejar e anunciar o Reino de Deus, com as suas
marcas, as marcas da paz e do amor. É nossa a responsa-
bilidade de anunciar o Reino de Deus inaugurado por Jesus
Cristo, com palavras, orações e ações. Contribuímos para
mudar o mundo quando anunciamos o Reino de Deus e vive-
mos os seus valores, como o da cultura da paz, porque, como
aprendemos com Jesus, são felizes os que a promovem.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 6


“Ser sábio é melhor do que ser forte; o conhecimento é mais importante do que a
força”. (Provérbios 24.5)

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30 “Não está a felicidade em viver muito, senão em viver bem”.
(A ntônio V ieira )
JULHO
A vida como devemos viver
Jesus não despreza as coisas boas da vida. Ele disse:
“Não se preocupem com a comida e com a bebida que preci-
sam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir.
O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo
isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino
de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coi-
sas” (Mateus 6.31-33).
Jesus mostra que as coisas boas da vida não são a vida.
Viver inclui comer, mas a comida não é a vida.
Viver inclui beber, mas a bebida não é a vida.
Viver inclui vestir-se, mas a roupa não é a vida.
Os animais comem (de um modo próximo ao do ser humano)
e se vestem (geralmente de um modo diferente do ser humano).
Se a vida dos seres humanos fosse comer e vestir, eles seriam
iguais aos animais. No entanto, eles são quase sempre diferen-
tes dos animais.
Os animais experimentam as coisas boas da vida e continuam
animais. Deus lhes proporciona as coisas boas da vida, mas eles
continuam sendo o que são: animais.
Jesus não despreza as coisas boas da vida, que devem ser fruí-
das pelos seres humanos. Viver é mais do que isto.
Se viver não é dinheiro, fama e sexo, por que somos capazes
de matar para ganhar dinheiro, para ser famoso ou para ter as
mulheres ou homens que quisermos?
Uma vida com foco no dinheiro, na fama ou no sexo é uma
vida com foco errado. Estamos matando ou morrendo por coi-
sas que acabam, por coisas que terminam nelas mesmas, por
coisas que cobram preços que não precisamos pagar. Quando
colocamos Deus em primeiro lugar, entendemos o que é a vida;
e estamos prontos para vivê-la como devemos.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 7


“Como carvão sobre as brasas e lenha no fogo, assim é o briguento para atiçar uma
briga”. (Provérbios 26.21)

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31 “As dificuldades devem ser usadas para crescer, não para
desencorajar. O espírito humano cresce mais forte no
JULHO conflito”. (W illiam E llery C hanning )

A escola do conflito, 1/2


Quem se relaciona experimenta conflitos. Quem não se relacio-
na afastou-se do convívio por causa de um conflito, que lhe ge-
rou decepção e o levou a desistir da vida em comunidade, num
isolamento que é praticamente impossível na prática.
Quando enfrentamos conflitos, estamos de um lado e o outro,
o que nos desafia, está do outro lado, mesmo que na mesma sala
e na mesma casa.
Para solucionar os conflitos, temos alguns caminhos.
Um deles é eliminar quem nos desafia (Juízes 8.1-21). A sabe-
doria nos mostra que logo subirá ao ringue da vida outro desa-
fiador; o conflito continua. A santidade nos recomenda entregar
a nossa revolta, muitas vezes legítima, a Deus. Ele nos orientará.
Ele nos pacificará. Uma resposta que consideramos à altura vai
gerar mais conflito, que não sabemos como terminará, se partir
para atos que eliminem ou humilhem o adversário.
Podemos também desprezar quem nos desafia. O pensamen-
to popular nos ajuda, ao nos recordar que “o que vem debaixo
não nos atinge”. A “superioridade do desprezo”, além de irres-
ponsável, é desrespeitosa com o outro e também com os nos-
sos sentimentos. Não podemos fazer de conta que um problema
não existe.
Diante do conflito, a coisa certa a fazer é colocar a dificuldade
em seu devido lugar. O conflito de agora não é mais nem menos
do que é. Devemos ter uma visão equilibrada dele, o que impli-
ca assumir nossa parte nele. Se é séria a questão, devemos re-
solvê-la. Se é mínima, não devemos nos ocupar demais com ela.
Talvez uma noite de sono o resolva, se não for grave.
Em todos os casos, o nosso lado deve ser sempre o da paz (Ro-
manos 14.19). [CONTINUA em 5 de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 8 e Provérbios 27


“O ódio é cruel e destruidor, mas a inveja é pior ainda”. (Provérbios 27.4)

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1 “Quando enfrentamos situações dramáticas e inesperadas
na vida, compreendemos o quão benéfico foi ter pais que nos
AGOSTO tenham dado uma base saudável. Mais que isso, enxergamos
o quão importantes somos para os nossos filhos e quão grande
é a nossa responsabilidade”. (S orele B. F iaux )

Diante de notícias devastadoras, 4/5


Pode ser que notícias devastadoras nos alcancem diretamen-
te. Agora, não está na casa do outro, mas na nossa. Não está
no corpo do outro, mas no nosso. Não está na mente do outro,
mas na nossa.
Pode ser que o nosso corpo adoeça e precise de uma cirurgia,
da qual não sabemos como sairemos.
Pode ser que a nossa mente pare de funcionar adequadamen-
te e mande ordens trêmulas para os outros departamentos.
Pode ser que a segurança que nutríamos num emprego escor-
regue completamente sob os nossos pés.
Pode ser que o amor nos seja negado, depois de tantos anos
de convívio.
Já que não sabemos hoje o que saberemos amanhã, precisa-
mos nos preparar agora, como um atleta que treina para uma
competição. A melhor maneira é viver abaixo da superficialida-
de, num relacionamento saudável com Deus e com as pessoas.
A profundidade inclui também cuidar de nosso corpo por meio
de alimentos e exercícios que nos tragam vigor.
Quando nos chegar a notícia ruim, precisamos pedir sabedo-
ria a Deus para não nos desesperarmos. O pior só é o pior quan-
do se confirmar, não antes. Temos uma vida pela frente, a ser
bem vivida enquanto ela durar.
Se a devastação anunciada pudesse ter sido evitada e não o fi-
zemos, devemos pedir profundo perdão a Deus e seguir em fren-
te. Se não dependeu de nós a consequência que hoje nos colhe,
devemos pedir força a Deus e buscar outras ajudas, onde estive-
rem, sem nenhuma vergonha. [CONTINUA em 10 de setembro]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 9 e Provérbios 28


“Quando os bons alcançam o poder, todos festejam; mas, quando o poder cai nas
mãos dos maus, o povo se esconde de medo”. (Provérbios 28.12)

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2 “Se nossa identidade está no nosso trabalho e não em Cristo,
o sucesso alcançará nossas mentes e o fracasso alcançará
AGOSTO nossos corações”. (T im K eller )

A distração dos deuses


Quando olhamos para os povos antigos e vemos suas esculturas
de deuses, nós os classificamos como “primitivos”. Hoje, quan-
do pisamos em lugares cheios de esculturas e templos dedicados
aos deuses da Grécia de ontem, ficamos admirados como, sen-
do tão bons em filosofia, cultuavam os muitos mitos carregados
por esses deuses.
Não somos muito diferentes. E precisamos estar muito atentos
para não escorregarmos na mesma sedução.
Há indivíduos que, por sua notoriedade, são tratados como
deuses. Seus fãs os veneram, é como se eles fizessem parte de
sua vida e não tivessem defeitos. Esses fãs fazem enormes sa-
crifícios para oferecer presentes ou estarem presentes para os
seus idolatrados.
Há personagens públicas que aceitam esses papéis e reprodu-
zem fatos e fotos para obterem mais seguidores.
Quando lemos a Bíblia, constatamos que há rigoroso repúdio
a todo tipo de idolatria. Deus não quer ser representado artisti-
camente (numa imagem ou numa escultura) para não ser mani-
pulado. Um deus manipulado nada pode fazer pelo ser humano.
Adorar os ídolos, sejam pessoas vivas ou mortas, sejam ideias
ou organizações (como uma igreja ou um time de futebol), é um
erro muito grave. Ídolos não se relacionam conosco. Ídolos não
têm poder real. Ídolos não sabem sequer que existimos. A ido-
latria é uma ilusão.
Devemos sempre pensar se adoramos de fato o Deus único e
vivo, como revelado por Jesus, ou temos preferido ir atrás de
deuses que se inventam a si mesmos, em busca de fama e di-
nheiro, ou de deuses que inventamos, para nos distrair.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 10


“O egoísta sempre causa problemas. Quem confia no SENHOR terá sucesso”.
(Provérbios 28.25)

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3 “Nem tudo o que é ouro brilha.
Nem todas as pessoas que vagueiam estão perdidas;
AGOSTO O velho que é forte não murcha;
Raízes profundas não são facilmente atingidas”.
(J.R.R. T olkien )

Raízes para cima


Não quero ter raízes no chão fincadas.
Quero-as no céu espalhadas,
para receber seiva que alimenta,
para ter a força que sustenta.

Não quero fazer meu caminho na estrada


mais comumente trilhada,
levado para onde tantos vão
como se não houvesse outro portão.

Quero conectar minhas raízes


com as fontes que percorrem o céu
para fazer as almas felizes.

Quero ficar firme, em pé,


raízes apontadas para cima
de onde vem a força que as anima.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 11


“Quem confia em si mesmo é tolo, mas quem segue os ensinamentos dos sábios terá
segurança”. (Provérbios 28.26)

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4 “A felicidade está em usufruir e não apenas em possuir”.
(M ichel de M ontaigne )
AGOSTO
Realmente felizes, 5/8
Jesus disse que são “felizes as pessoas que têm misericórdia dos
outros, pois Deus terá misericórdia delas”.
Temos que nos olhar diante do espelho e nos perguntar: somos
pessoas misericordiosas?
A resposta demanda reflexão. Comecemos, então, por contar
nosso último ato de misericórdia.
Como respondemos a quem nos feriu? Se ferimos também,
não somos misericordiosos.
Como reagimos diante de quem nos pediu um favor? Se fize-
mos de conta que não era conosco, não somos misericordiosos.
O que sentimos quando um amigo chorou? Choramos tam-
bém? Somos misericordiosos.
Misericordioso é quem se importa com outro, porque no seu
mundo pessoal cabem muitas outras pessoas além de si e dos
seus familiares.
Misericordioso é quem estimula os outros a viverem melhor.
Misericordioso é quem ajuda.
Misericordioso é quem se deixa tocar pela aflição do outro,
pelo luto do outro, pela dor do outro, pela carência do outro,
seja de que tipo for.
Misericordioso é quem recebeu a graça de Deus na sua vida e
deixou que ela penetrasse os músculos de sua carne.
Misericordioso é quem permite que a graça de Deus dê o ritmo
do seu próprio coração.
O misericordioso pensa em si e nos outros.
Quando o livro da graça nos alcança, a misericórdia é um dos
seus primeiros capítulos.
Os misericordiosos não adotam, não apoiam, não acolhem
para receber algo de Deus; por isto, não publicam seu atos.
No entanto, Deus anota esses atos e dispensará aos misericor-
diosos os mesmos cuidados que oferecem aos outros. Esta é a
promessa de Jesus. [CONTINUA em 30 de setembro]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 12


“Quando os maus sobem ao poder, o povo se esconde de medo; quando eles caem
do poder, o número das pessoas honestas aumenta”. (Provérbios 28.28)

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5 “Perdoamos na medida em que amamos”.
(F rançois L a R ochefoucauld )
AGOSTO
A escola do conflito, 2/2
Quando o conflito se instala, em nossa casa, em nosso trabalho
ou em algum outro circulo, devemos ouvir o outro. Muitas ve-
zes, apenas ouvir o outro pacifica o seu coração.
Ouvir é ainda uma demanda do respeito. Quando nós somos
os reclamantes, não queremos ser ouvidos? Quando ouvimos o
outro, entendemos suas razões e avaliamos melhor as nossas.
Muitos conflitos surgem por palavras certas ditas de modo erra-
do ou na hora errada. É isto vale para os dois lados. Num confli-
to, nós podemos estar errados.
O conflito, quando torna o diálogo difícil ou impossível e nos
tira a alegria de continuar fazendo o que fazemos, pode ser
uma oportunidade de crescimento. O conflito nos ajuda a ver
quem nós somos. E nós somos capazes de eliminar o desafia-
dor... O conflito nos ensina a cuidar melhor dos nossos relacio-
namentos, pessoais ou profissionais. Podemos ser suaves com
as ordens que recebemos ou damos. O conflito é uma escola de
liderança.
Muitas vezes o conflito só se resolve quando cedemos. Mesmo
quando estamos com a razão, cedemos. Podemos ceder. Deve-
mos ceder, se o nosso recuo não trouxer prejuízo ou não provo-
car mais dano.
Em alguns casos, quando o conflito produz mágoas, só nos
cabe um caminho: o caminho do perdão. Talvez perdoemos e o
conflito continue, mas a porta está aberta. Com o perdão, a bri-
ga pode continuar, mas não de sua parte. É o perdão que per-
mite a um casal, a uma família ou a uma equipe continuar seus
ideais, dos quais nunca se deve abrir mão.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 13


“É melhor a crítica franca do que o amor sem franqueza”. (Provérbios 27.5)

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6 “Cinco grandes inimigos da paz nos habitam: a avareza,
a ambição, a inveja, a raiva e o orgulho. Se esses inimigos
AGOSTO forem banidos, infalivelmente, desfrutaremos de uma paz
permanente”. (F rancesco P etrarca )

Os palavrões nos revelam, 2/2


Pode ser que dizer palavrões seja apenas um mau hábito.
Se nos detivermos neles, no entanto, observaremos que este
mau hábito é a ponta visível de uma agitada ilha interna.
O palavrão é filho da ira.
Os mais pesados chegam aos nossos lábios na hora da raiva
mais profunda. Neste caso, o palavrão é uma arma de guerra,
usada para destruir o adversário.
O palavrão é filho da imoralidade. Os mais sujos traduzem de-
sejos que não deveríamos ter.
Há pessoas escravas dos palavrões e há pessoas que querem
ser livres deles. Se queremos ser livres, aceitemos que os pa-
lavrões não são agradáveis. Lamentavelmente, sempre haverá
quem aprove e defenda aquilo que fazemos, mesmo que seja
abominável. Mas, havendo consequências, não pagarão por nós
aqueles que aplaudem nossos erros, fomos nós que falhamos.
Nossos apoiadores assinarão “acordos de delação premiada”
para nos acusar.
Se queremos ser livres, avaliemos os que nos acompanham. Se
eles cultivam a educação cívica, devemos nos assentar à mesa
com eles; se são como aqueles que jogam lixos nas calçadas e
nos rios, não são boas companhias. Deles nos afastemos, antes
que nos corrompam.
Se queremos ser livres, desejemos e decidamos não usar pala-
vras torpes, mesmo que divirtam ou nos ajudem a “aparecer”.
Só vale a pena a vitória da suavidade, pois nunca nos traz danos.
Se queremos ser livres, organizemos nossas vidas para que
não dê lugar aos maus hábitos, como o de berrar ou sussurrar
palavrões.
Livremo-nos da ira. Vigiemos nossa língua. Apaziguemos nos-
so coração.
Então, haverá paz.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 14


“O amigo quer o nosso bem, mesmo quando nos fere; mas, quando um inimigo
abraçar você, tome cuidado!” (Provérbios 27.6)

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7 “A maturidade não vem com a idade; vem com a aceitação da
responsabilidade”. (E d C ole )
AGOSTO
Quem nos corrigirá?
Por nossa natureza, somos capazes de fazer o que é errado.
Nem sempre percebemos o nosso erro e, por isso, vamos co-
lecionando suas consequências. Todos precisamos parar para
ouvir quando as pessoas nos dizem que estamos errados; se es-
tivermos errados (Provérbios 29.1). Embora não gostemos, e até
possamos preferir aquelas que concordem com o que fazemos,
devemos prestar atenção ao que elas dizem porque são as vo-
zes da repreensão.
Se em casa nos dizem que estamos errados, se no trabalho nos
dizem que estamos enganados, se entre os amigos nos dizem
que devemos mudar, então, temos que admitir que há algo erra-
do conosco. Se o fizermos – o que reconhecidamente não é fácil
- teremos dado o primeiro passo para ter nossa boa vida de vol-
ta. Nossa vida, mesmo que desorganizada, tem jeito. Se permi-
tirmos que Deus dê esse jeito.
Precisamos nos lembrar que existe o certo e o errado de acor-
do com a sociedade em que vivemos. Nem sempre o certo é o
que achamos. Nem sempre o errado é o que imaginamos.
Se somos pessoas de fé em Deus, devemos ouvir dEle o que é
certo e o que é errado através da Bíblia. Aprendermos e apreen-
dermos os Seus padrões é viver nos baseando neles.
Precisamos ser honestos conosco mesmos. Precisamos parar
de dizer “está tudo bem”, porque se não fizermos algo para mu-
dar, as coisas só vão piorar. Precisamos reconhecer que as coi-
sas só vão melhorar, à medida que o tempo for passando.
Precisamos viver permitindo que Deus seja aquele que sem-
pre nos corrigirá.

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 15 e Provérbios 29


“Quando o governo é justo, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra
impostos demais, a nação acaba na desgraça”. (Provérbios 29.4)

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8 “Deus é o Pai arquetípico. Toda a outra paternidade é apenas
uma cópia imperfeita desta paternidade perfeita”. (F.F. B ruce )
AGOSTO
Aos futuros pais, 1/4
Ser pai pode ser aprendido.
Na tarefa da paternidade, todos nós nos espelhamos nos pais
que tivemos. Antes de serem pais, precisamos nos preparar.
Como uma contribuição, considere algumas atitudes a serem
desenvolvidas desde a juventude. Assim, tenha em mente que,
se tudo correr bem, você vai ser pai.
Ser pai é uma questão de amor. As crianças nascem porque
seus pais querem lhes dar amor. A paternidade humana é uma
imitação da paternidade divina. Deus a concebeu porque tinha
amor para nos dar.
E este amor se evidencia também no desejo do companheiris-
mo. É como se o pai e a mãe, num momento da vida, pensando
nas palavras do Criador, dissessem um para o outro: “não é bom
que estejamos sós; vamos fazer um filho para que este também
seja nosso companheiro”. Eis aqui uma excelente razão!
Há, porém, razões consideradas egoístas, como por exemplo,
o desejo de ser cuidado e de ser protegido na velhice; o dese-
jo projetado no filho para que se realize nele o seu desejo (pro-
fissional, por exemplo); o desejo que continue sua vida (ou da
família através do sobrenome); o desejo que administre o patri-
mônio, entre outras.
Portanto, cada futuro pai tem que ter bem claras as razões por
que quer ter um filho.
Faça isto, e seja um feliz pai; um grande pai como o nosso Pai
deseja que sejamos. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 16 e Provérbios 30


“Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes
mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que
preciso para viver”. (Provérbios 30.7-8)

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9 “Meu pai me deu o maior presente que alguém pode dar a uma
pessoa: ele confiava em mim”. (J im V alvano )
AGOSTO
Aos futuros pais, 2/4
Você está sendo preparado para ser pai?
O jeito de ser pai do seu pai está formando em você o seu jei-
to de ser pai. O curso da paternidade dura a vida toda! Mesmo
que o seu pai esteja morto, ele ainda lhe ensina através das lem-
branças.
Reconheça que está aprendendo a ser pai com o seu pai, en-
quanto anda com ele, enquanto come com ele à mesa, enquan-
to o observa.
Valorize o seu pai, se o tem, enquanto o tem. Se ele for afetuo-
so, retribua. Se ele é meio durão, quebre o cara com o seu afeto.
Elogie seu pai. Beije seu pai. Presenteie seu pai. Honre seu pai.
Dê flores para o seu pai.
Se o seu pai tem defeitos, aconselhe-o e procure ajuda-lo na
superação do problema. Compreenda os motivos de suas ações,
mesmo que não concorde com elas. Tenha paciência com ele.
Não desista dele. Se ele, por exemplo, é alcoólatra, visite-o, ore
por ele. Não desista dele!
Se for o caso, faça sua crítica para si mesmo, para ser diferente
dele. Absalão criticava o pai Davi... mas queria ser igual a Davi.
Ao contrário, diga, por exemplo: “meu pai é autoritário, mas eu
não o serei”; ou “meu pai não liga para mim, mas eu serei dife-
rente com meu filho”.
Em todas as circunstâncias, ouça o seu pai (1Timóteo 1.18).
Peça a sua opinião. Ele vai amar ser consultado. Converse com
ele. Pergunte se hoje faria diferente alguma coisa da qual você
participou. Talvez ele até lhe peça perdão. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 17 e Provérbios 31


“É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela
acaba fazendo a sua mãe passar vergonha”. (Provérbios 29.15)

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10 “O coração de um pai é uma obra-prima da natureza”.
(A bbé P révost )
AGOSTO
Aos futuros pais, 3/4
Não esqueça: quando for pai, haverá papéis na vida do seu filho
que só você poderá desempenhar. Um deles é o papel de homem.
Na sua formação, seu filho precisará de uma boa imagem da
figura masculina. Um pai ausente será uma ausência que nin-
guém preencherá, com consequências para o resto da vida.
Desempenhe seu papel masculino. Seja forte. Seja presente.
Seja firme. Seja decidido. Seja líder. Seja forte, mas não grossei-
ro. Seja presente, mas não desrespeitoso. Seja firme, mas não
autoritário. Seja decidido, mas não arrogante. Seja líder, mas
não tirano. Seja forte e abrace. Seja presente e sensível. Seja fir-
me e carinhoso. Seja decidido e ouvinte. Seja líder e servo.
Deus fez homem e mulher à sua imagem e semelhança, para
que o homem formasse outros homens à sua imagem e para que
a mulher formasse outras mulheres à imagem delas.
Quando você for pai, seja uma referência a ser seguida. Uma
das formas de ser esta referência é harmonizando seu tempo,
para ter tempo para desfrutar da amizade do seu filho.
Harmonize seus interesses com os interesses do seu filho.
Todo dia ficamos sabendo de pais que “esqueceram” filhos no
banco de trás do carro enquanto se divertiam em alguma bala-
da. Não vá embora enquanto seu filho “discute com os doutores
no templo”, como fizeram os pais de Jesus (Lucas 2.46).
Pegue o álbum de sua infância. Como será o álbum de infân-
cia dos seus filhos? Onde você estará na foto? Se não estiver ti-
rando a foto, que seja empurrando o seu filho no balanço, que
seja rolando na grama com ele, que seja brincando de esconde
-esconde... [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 18


“Há pessoas que são tão orgulhosas, que olham os outros com desprezo”.
(Provérbios 30.13)

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11 “Não há amor que mais facilmente perdoe, e mais
benignamente interprete e dissimule defeitos, que o amor
AGOSTO de pai”. (A ntonio V ieira )

Aos futuros pais, 4/4


Saiba que seu filho vai ver Deus por seu intermédio. Que Deus
verão vendo você?
Foi assim com vários pais da Bíblia: Isaque com o pai Abraão
e Jacó com o pai Isaque.
Você será o guia espiritual dos seus filhos. Que guia será? Você
sabe para onde está indo? É para lá que vai levar seu filho. Você
sabe como está indo? É esse o modo que você passará para o
seu filho.
Aprenda hoje a Bíblia para poder ensina-la amanhã.
Aprenda histórias cheias de valores para contá-las amanhã.
Eles escolherão seus próprios caminhos, mas esta escolha terá
muito a ver com o que você lhes preparou. Sua tarefa é ensi-
nar, com palavras e comportamento através da vida; a dele será
aplicar. Mesmo que ele se afaste, seus exemplos ecoarão na sua
mente para sempre. Mesmo quando escolher o contrário do que
lhe ensinou, o que você ensinou e coerentemente viveu, estará
diante dele. A vida de um pai é para sempre na vida do seu filho.
Não seja como Moisés que se esqueceu de circuncidar seu fi-
lho (Êxodo 4.25), uma tarefa que era dele e somente dele. A li-
derança espiritual de seus filhos será sua, intransferivelmente
sua. Exerça-a não como um peso, mas com alegria, como a tare-
fa mais importante da sua vida.
Ore hoje pelos filhos que um dia vai ter.
E como é bom saber que os nossos “filhos são um presente do
SENHOR; eles são uma verdadeira bênção” (Salmo 127.3).

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 19


“A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme o SENHOR
Deus será elogiada”. (Provérbios 31.30)

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12 “Todos nós temos nossas máquinas de tempo. Algumas
nos levam de volta; elas são chamadas de recordações.
AGOSTO Algumas nos levam adiante; elas são chamadas de sonhos”.
(J eremy I rons )

Sonhemos, 1/2
Em sentido restrito, sonho é uma atividade mental durante o
sono.
Em sentido amplo, sonho é o uso da imaginação para desejar
o que não se tem, ver o que não se vê, realizar o que ainda não
é evidente. Sonhar é projetar um futuro diferente e melhor em
relação ao presente.
O sonho como atividade mental durante o sono não está sob
o nosso controle. O sonho como atividade da imaginação está
sob o nosso controle. Não podemos escolher o quê, o como e o
quando durante o sono, mas podemos escolher o quê, o como e
o quando durante o sonho acordado. Não há situação em que
não se possa sonhar.
Seu casamento pode estar perto do fim, mas se Deus lhe dá
o sonho para restabelecê-lo, seu casamento será restabelecido.
Seu filho está com um pé fora do caminho bom, mas se Deus lhe
dá o sonho de ter seu filho de volta, você terá seu filho de volta.
Suas finanças estão arrasadas, com dívidas em muitas frontei-
ras, mas se Deus lhe dá o sonho de restituir o equilíbrio finan-
ceiro, você viverá em paz, mesmo que com pouco. Sua saúde
emocional anda em frangalhos, mas se Deus lhe dá o sonho do
equilíbrio reencontrado, você o reencontrará. Seu bairro anda
sobressaltado com a violência, que avança os sinais, espreita as
esquinas, povoa as mentes, visita os desenhos das crianças na
escola, mas se Deus lhe dá o sonho da paz, tornando-o um pro-
motor desta paz, a paz virá (não a paz completa, porque esta só
na eternidade se conhecerá), mas dará a paz possível com pes-
soas possíveis e cidades possíveis.
Seu país é refém da desigualdade, que alimenta e é alimenta-
da pela corrupção, mas se Deus lhe dá o sonho de um país de-
cente, saiba que este país decente é possível. [CONTINUA em 15
de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 20


“Um país sem a orientação de Deus é um país sem ordem. Quem guarda a lei de
Deus é feliz”. (Provérbios 29.18)

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13 “Não se supervalorize. Você não é a quarta pessoa da
trindade, mas também não se deprecie, você não é a
AGOSTO encarnação do mal. Você é uma pessoa como todas as outras,
com defeitos e com pecados, mas com virtudes. Você é a
imagem e semelhança de Deus”. (Isaltino Gomes Coelho Filho)

Ame a você mesmo


Ame-se!
Você não encontra esta instrução em nenhum livro da Bíblia.
Na verdade, é um pressuposto presente em todas as instruções
para amarmos aos outros. O mandamento é claro: ame o seu
próximo como a você mesmo. A Bíblia não precisava pedir para
nos amarmos a nós mesmos porque este é um imperativo natu-
ral da vida. As Sagradas Escrituras tomam a autoestima como
um pressuposto.
Amar-se não é se achar mais inteligente, mais belo, mais rápi-
do, mais afetuoso, mais humilde do que os outros. O amor não
precisa de comparação.
Amar-se não é viver como se não errasse ou não pecasse. An-
tes, uma pessoa equilibrada se põe diante de Deus e pede que
seja examinada por Ele (Salmo 139). Quem se ama não tem pra-
zer no erro; antes, procura se corrigir. Amar a si mesmo não sig-
nifica que não será corrigido, repreendido, orientado quando
não fizer o que deveria. Quem se ama gosta de ouvir “sim”, mas
sabe ouvir “não”.
Na verdade, você se ama porque Deus amou você primeiro.
Uma autoestima equilibrada combina elevado amor próprio
com uma clara humildade (Romanos 12.3).
Você tem valor aos olhos de Deus! Ame-se! Aceite-se! Interes-
se-se por si mesmo! Respeite-se! Cuide-se!

Para ler HOJE na Bíblia: Juízes 21


“Fale a favor daqueles que não podem se defender. Proteja os direitos de todos os
desamparados”. (Provérbios 31.8)

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14 “A graça não é uma oração curta que você faz ao receber a
comida. É um caminho para viver”. (D wight L yman M oody )
AGOSTO
Cristo em nós e através
A graça de Deus é uma oferta.
Esta oferta inclui ser aceito por Deus por meio do perdão de
nossos pecados, recebido quando os confessamos, com disposi-
ção para viver de modo digno.
A graça de Deus é um convite para abrirmos nossas vidas para
Jesus viver em nós. É permitirmos que o nosso coração seja
substituído pelo coração de Jesus.
A graça ao ser recebida é para ser vivida. Podemos nos conten-
tar em apenas recebê-la, mas podemos ir além: vivê-la!
Para viver a graça, precisamos permitir que Cristo viva em nós
(Gálatas 2.20). Pois, quando Ele vive em nós nos tornamos ínti-
mos dEle; tornamo-nos íntimos de Cristo porque nos esvazia-
mos de nós mesmos.
Quando nos esvaziamos de nós mesmos, identificamo-nos
com Ele e permitimos que viva através de nós! E se Ele vive por
nós, para que ficarmos ansiosos? Não é mais o nosso desejo que
vive, é o desejo dEle. Não são mais os nossos valores que impor-
tam, são os dEle. Permitir que Cristo viva em nós significa en-
tendermos o Cristo da cruz.
Entretanto, há um raciocínio infeliz, feito pelos adversários da
graça, nos seguintes termos: “Se Deus é graça, estamos livres
para pecar” (Gálatas 5.13). Quem pensa assim não entendeu o
que é a graça e talvez nem a tenha recebido. Se recebeu, ao pen-
sar assim, anula a graça, que não é perdão antecipado para pe-
car. Uma vida cheia da graça não tem prazer em pecar.
Quando Ele vive em nós, somos alcançados por um tipo de
confiança marcada pelo descanso: pelo descanso no poder de
Deus. Só quando Cristo vive em nós, a graça nos é suficiente.
E então, como consequência deste viver de Cristo em nós, po-
demos ter um novo tipo de relacionamento humano, baseado
somente na graça!

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 1 e Salmo 46


“Meus irmãos, eu afirmo a vocês que o evangelho que eu anuncio não é uma
invenção humana. Eu não o recebi de ninguém, e ninguém o ensinou a mim, mas foi
o próprio Jesus Cristo que o revelou para mim”. (Gálatas 1.11-12)

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15 “Um homem só é velho quando suas reclamações tomam o
lugar dos seus sonhos”. (J ohn B arrymore )
AGOSTO
Sonhemos, 2/2
Sonhar não tem idade. Até os idosos têm sonhos.
Sonhar não tem circunstâncias. Mesmo quem esteja em gran-
de tribulação pode e deve sonhar.
Sonhe!
Ao sonhar, ponha o foco nos resultados a serem alcançados,
não nas dificuldades que surgirão. Jeremias, por exemplo, teve
que enfrentar a opinião pública contra ele, mas naquela terra se
compraram terras e campos, tal como sonhara. Jeremias sabia,
por experiência própria, que Deus é soberano, bondosamente
soberano.
Ao sonhar, confie na promessa de Deus, pois não estará so-
zinho na marcha da realização. Poderão surgir situações em
que Deus parecerá ausente, mas não estará. José do Egito teve
sonhos que conservou, pois via a mão de Deus com ele, mas
também quando estava na cadeia, esquecido pelos colegas, apa-
rentemente abandonado por Deus.
Ao sonhar, ponha seus sonhos diante de Deus. Abandone aque-
les que não serão aprovados por Ele e persista nos que serão.
Quem sonha aprovado por Deus, não se deixa enganar por seu
próprio coração, naturalmente enganoso (Jeremias 17.9). Deixe
Deus filtrar o seu sonho, se precisar de refinamento; até mesmo
frustrá-lo se for de Deus o entendimento.
Ao sonhar, lembre-se de que sonhar é fundamental, mas não
é tudo; muitas vezes, é a parte mais fácil. Agir, muitas vezes, é
a parte mais difícil. Portanto, pense no sonho como uma jorna-
da, às vezes longa, e que demanda compromisso, tempo, dese-
jo e coragem.
Sonhe!
Se não tem tido sonhos, peça-os a Deus.
Qual é o seu sonho?

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 2 e Salmo 47


“Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que
vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo
por mim”. (Gálatas 2.20)

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16 “Eu ando devagar, mas nunca ando para trás”.
(A braham L incoln )
AGOSTO
Perseveremos, 1/2
Se queremos mudar o modo da nossa vida profissional (como
patrão ou como empregado ou como autônomo), precisamos de
muito esforço, de demorado esforço nesta luta que não é feita a
golpes de sorte, mas de muita transpiração.
Se queremos mudar o modo como navegamos na vida com
nossas emoções, temos um longo oceano a singrar, porque num
passe de mágica ninguém migra de uma autoestima baixa ou
elevada demais para uma autoimagem equilibrada.
Se queremos ficar curados de uma doença, precisamos seguir
as prescrições médicas, que podem incluir remédios e mudan-
ças de hábitos, alguns desses que herdamos de muitas gerações
passadas.
Se queremos viver num país com uma cara mais decente, há
uma íngreme montanha a ser escalada.
Se queremos viver numa família que vale a pena, com respei-
to e companheirismo, há muitas décadas a serem caminhadas.
Se queremos alcançar a plenitude da salvação, precisamos
perseverar neste caminho, que é feito de ação e contemplação,
de contemplação e ação após o recebimento da graça.
Se queremos conhecer a Deus e fazer a Sua vontade, precisa-
mos perseverar neste conhecimento.
Se queremos aprender algo novo, precisamos prosseguir
aprendendo.
Nada do que queremos ser, seremos sem que perseveremos.
Nada do que queremos ter, teremos sem que persistamos.
Nada do que queremos mudar, mudaremos sem que nos apli-
quemos.
Somos chamados a perseverar, a prosseguir no caminho. A
perseverança não é uma qualidade que se alcance com uma
única oração do tipo “Senhor, dá-me perseverança, agora”.
Perseverar é uma caminhada. Perseveremos! [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 3 e Salmo 48


“Por meio da fé em Cristo Jesus, todos vocês são filhos de Deus”. (Gálatas 3.26)

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17 “Nunca confunda uma simples derrota com uma derrota
final”. (F. S cott F itzgerald )
AGOSTO
Perseveremos, 2/2
Para perseverar, temos que enfrentar a cultura do sucesso rápi-
do, falsa mas sedutora; temos que conviver com as frustrações;
temos que administrar nossa insegurança; temos que vencer
nossas limitações.
Para perseverar, precisamos de uma visão clara do que que-
remos alcançar. A vida não é feita de saltos, mas de passos, e o
primeiro é ter uma visão clara do que queremos. Quem não tem
esta visão pode pedi-la a Deus.
Além de ter a visão, precisamos manter a visão. Os perseve-
rantes são persistentes, não teimosos. Jerônimo levou 15 anos
(391-405) para traduzir a Bíblia para o latim, embora o seu tra-
balho tenha levado 400 anos para ser reconhecido.
O que há de melhor na vida vem na longa duração, que pode
pedir decisões novas, que nos tirem pesos que Deus não colo-
cou, compromissos que Deus não nos pediu. Aquilo que nós
continuamos fazendo só para provar que estávamos certos, não
é perseverança; é vaidosa teimosia. Precisamos decidir conquis-
tar o que desejamos.
Um dos homens mais extraordinários da Bíblia é Calebe, o pai
de todos os homens e mulheres de visão. Enviado como espião
para uma terra a ser conquistada, trouxe um relatório digno
de esperança. Ele nunca perdeu a visão. Quando chegou aos
85 anos de idade, tinha a mesma visão. Como havia um territó-
rio difícil para ser tomado, ele mesmo se levantou, formou uma
equipe e a conquistou (Josué 14.6-15).
A visão traz o desejo da conquista, o desejo da conquista ali-
menta a perseverança e a perseverança abre as portas para o
realizado do desejo. Este desejo, então, se torna um fogo interior
(Jeremias 20.9), que nos leva a grandes realizações.
Perseveremos!

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 4


“Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês
e não obedeçam aos desejos da natureza humana”. (Gálatas 5.16)

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18 “Coragem é estar com medo da morte, mas ainda assim selar
o cavalo”. (J ohn W ayne )
AGOSTO
As marcas das marcas
Todos carregamos marcas em nossas vidas.
O valor destas marcas tem a ver com suas origens. Mas o que
importa é como vieram parar em nossos corpos e mentes.
Saulo de Tarso, antes adversário de Jesus, enfrentou críticas,
oposições e perseguições depois que se tornou seguidor de Je-
sus. Sua conversão lhe trouxe um preço elevado em forma de
rejeição, tortura e prisão. Ele olhava para essas marcas em seu
corpo como troféus; elas foram plantadas no seu corpo como
consequência do seu amor por Jesus.
Contestado, uma vez disse que trazia no corpo as marcas de Je-
sus. Eram marcas boas.
Todos os seguidores de Jesus carregam marcas, sempre mar-
cas boas, mesmo que sejam feridas.
Se trazia no corpo marcas visíveis, Paulo também trazia na
alma marcas invisíveis, mas sensíveis aos olhos do coração.
Ele amava como Cristo amava. Quando somos informados de
suas longas, estafantes e perigosas viagens para anunciar a gra-
ça de Deus, notamos que seu amor andava com ele. Entre suas
marcas, estava amar como seu Mestre amou.
Ele sentia como Cristo sentia. Quando lemos seus textos, cheios
de ternura para com seus leitores, vemos que a compaixão de-
monstrada por Cristo estava espelhada nas atitudes de Paulo.
As marcas no corpo são feridas feitas em nós.
As marcas da alma são escolhas feitas por nós. Queremos
amar como Cristo, queremos sentir como Cristo. Queremos per-
correr o melhor caminho, como Cristo fez, mesmo que seja o
mais difícil.
Vivamos com a coragem de receber as marcas que plantam
em nós.
Vivamos com a coragem de escolher marcas, como amor e
compaixão, que mostram que sabemos viver.

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 5


“Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo
certo em que faremos a colheita”. (Gálatas 6.9)

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19 “Pessoas corajosas não têm medo de perdoar em prol da paz”.
(N elson M andela )
AGOSTO
Seja um príncipe da paz
Um leão ruge dentro de você.
Basta que pisem no seu calo, olhem de cara feia para você,
neguem-lhe um desejo, façam-lhe uma ofensa, soltem um gri-
to contra você, uma palavra lhe chegue atravessada, para que
o leão ruja.
Mais que rugir, o leão poderá atacar. Os danos serão impre-
visíveis.
Você pode ser um príncipe da paz.
Ser príncipe quer dizer ser o primeiro. No caso da paz, o prín-
cipe deve ser o primeiro a promovê-la, tomando a iniciativa no
meio da guerra.
Quando a paz estiver em nosso coração, estará nos corações
dos outros. A nossa paz, quando firme, alcança os demais.
Para que a paz comece no nosso coração, Jesus Cristo precisa
estar presente nele. Ele é o príncipe da paz. Ele pode ser o pri-
meiro no nosso coração.
Quando Cristo está abrigado no nosso coração, temos uma
paz que não depende das circunstâncias, mas tem que ser mais
forte nas horas difíceis. Passamos por aflições, mas Jesus este-
ve sereno nestas horas. Nós podemos manter a nossa serenida-
de também.
Quem é um príncipe da paz segue a Jesus. Ele permite a paz
entre o homem e Deus ao se oferecer como a ponte que possi-
bilita a ligação entre o céu e a terra, entre o homem e Deus. Je-
sus derruba o muro que separava o homem de Deus. Só há paz
quando Jesus é o primeiro, o príncipe, no nosso coração.
Não temos que ser leões. Podemos ser cordeiros. Não temos
que ser guerreiros. Podemos ser pacíficos. Podemos ser prínci-
pes da paz.

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 6.1-10


“Pois a lei inteira se resume em um mandamento só: ‘Ame os outros como você ama
a você mesmo’”. (Gálatas 5.14)

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20 “O Novo Testamento fala comigo. Jesus estava sempre
estendendo as mãos para os pobres, sempre tentando levar as
AGOSTO pessoas a não ver os pobres como diferentes dos outros. Isto
ficou impregnado em mim”. (M elinda G ates )

Sem desanimar
Fazer o que é certo cansa.
Fazer o que é bom para os outros cansa.
O cansaço nos leva ao desânimo.
Por isto, somos orientados por Deus a não parar de fazer o
bem. Um dos bens que Ele nos faz é ensinar que não devemos
desanimar. Porque nós podemos desanimar de fazer o bem.
Não desanimamos por causa do esforço que o corpo tem que
fazer para atender a tantas necessidades. Nós desanimamos
quando não vemos os resultados concretos de nossas ações.
Não desanimamos por causa dos recursos necessários para al-
cançar os que precisam. Nós desanimamos quando os recursos
aplicados são insuficientes.
Nós desanimamos por causa das frustrações e dos abusos.
Quem resiste ao fato de nada acontecer, apesar do trabalho?
Quem permanece solidário diante dos aproveitadores?
Nós desanimamos quando a nossa motivação não é legítima.
Nós desanimamos quando entendemos que fazer o bem é uma
obrigação ou um compromisso para receber algum benefício
em troca.
Para não desanimar, precisamos ter em mente que este man-
damento de Deus é para o nosso bem. Independentemente dos
resultados, fazer o bem nos faz bem (Gálatas 6.9).
Para não desanimar, precisamos saber que o que fazemos ao
próximo fazemos a Deus.
Para não desanimar, precisamos nos lembrar que precisamos
uns dos outros.
Para não desanimar, precisamos aprender a esperar o tempo
certo, não da recompensa – que não é a nossa motivação – mas
da realização. Toda semente lançada dá fruto. Esperemos.

Para ler HOJE na Bíblia: Gálatas 6.11-18


“Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo.
Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para
o mundo”. (Gálatas 6.14)

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21 “O Espírito Santo é o primeiro poder que experimentamos
na prática, mas é o último que vamos compreender”.
AGOSTO (O swald C hambers )

Obrigado, Espírito Santo


Quando o mundo foi criado, pairava sobre ele o Espírito Santo
de Deus. Por sua palavra, tudo foi criado bonito.
Quando o ser humano foi criado, era inicialmente um ser sem
vida, até que o Espírito Santo de Deus lhe soprou o hálito da
vida.
Quando a igreja foi criada, estavam os seguidores de Jesus afli-
tos e desanimados, mas o Espírito Santo de Deus lhes encheu de
coragem.
Por seu Espírito Santo, Deus criou o mundo, a humanidade e a
igreja. Por seu Espírito Santo, Deus restabelecerá a criação, a na-
tural e a humana, a sua beleza original (Efésios 1.14). A nature-
za parará de gemer. O ser humano será verdadeiramente livre.
A Bíblia nos apresenta Deus como sendo Pai, Filho e Espíri-
to Santo. Não conseguimos entender como Ele pode ser um em
três ou três em um. Muitos esforços têm sido feitos neste senti-
do, o que é próprio do jeito humano de ser. Muitos esforços ain-
da serão feitos neste sentido.
O não entendimento da existência das três pessoas que com-
põem a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) não nos deve
afastar de Deus. O mistério não é para ser compreendido, mas
aceito. Mais que aceito, o mistério é para se tornar uma expe-
riência viva para nós. O mistério não é para nos afastar de Deus,
mas para nos aproximar dEle.
Mantenhamos sempre conosco que o Espírito Santo nos garan-
te o futuro, o que nos enche de esperança.
O Espírito Santo nos convence que estamos errados, o que nos
enche de dignidade (João 16.8).
O Espírito Santo nos aconselha quando estamos aflitos, o que
nos enche de paz (João 14.25-27).
O Espírito Santo nos diz o que dizer quando não sabemos o
que dizer, o que nos enche de confiança (Mateus 10.19).

Para ler HOJE na Bíblia: Efésios 1 a 3


“Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês,
mas é um presente dado por Deus”. (Efésios 2.8)

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22 “No deserto não há apetites, estímulos ou alguém a quem
culpar. Ficamos longe de nossas rotas habituais de fuga:
AGOSTO a agitação, a correria, o ativismo, a tagarelice, os muitos
ruídos. Só quando adentramos o silêncio e a solitude é que
Deus tem toda a nossa atenção voltada para ele”.
(O smar L udovico da S ilva )

Rumo ao oásis, 1/2


Por escolhas que fazemos ou por escolhas que fazem por nós,
nossos dias são cheios, intensos e velozes. Somos apreciados pe-
las coisas que fazemos.
Nos lugares em que nos encontramos, na rua, na loja, no res-
taurante, na igreja, valoriza-se o ruído, muitas vezes, em forma
de palavras que não escutamos ou de músicas que não conse-
guimos fruir. Parece que um pouco de silêncio é um veneno a
não ser tomado.
Talvez passemos nossas vidas assim, reféns de um jeito de ser
que sabemos não fazer bem, embora nos achemos livres.
Pode ser que enquanto atravessamos um saguão barulhento
apinhado de gente apressada, nós nos perguntemos se há um
outro jeito de viver. Talvez não haja, mas certamente podemos
cultivar minutos de silêncio, podemos caminhar alguns metros
devagar, podemos ouvir pausadamente nossa própria respira-
ção, podemos avaliar para onde e porque estamos indo.
Como saberemos se é bom e certo o que fazemos? Como olha-
remos para as coisas como devem ser realizadas? Como vere-
mos as pessoas como elas precisam ser percebidas?
A agitação é um deserto que não percebemos e nos suga todo
o vigor. O silêncio é um deserto que buscamos e nos renova. De-
pois do deserto, vem o oásis.
No oásis, agradecemos pela vida, refletimos sobre a vida, reo-
rientamos a nossa vida, somos fortalecidos para a vida.
Precisamos do oásis. Precisamos desejar o oásis. Oásis pode
ser apenas uma pausa. Oásis pode ser um tempo de meditação.
No oásis nos esvaziamos da certeza que temos que viver fre-
neticamente. No oásis aprendemos que a vida pode ser mais do
que a corrida que temos feito. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Efésios 4


“Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. E há somente um Deus e Pai de
todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos”.
(Efésios 4.5-6)

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23 “A oração que nasce da meditação sobre a Palavra de
Deus é a oração que sobe mais facilmente aos atentos
AGOSTO ouvidos de Deus”. (R. A. T orrey )

Rumo ao oásis, 2/2


No oásis, paramos de correr. Simplesmente, encontramos uma
sombra e nos assentamos, um gole de água na boca. Respira-
mos em outra velocidade, com o nosso coração batendo no rit-
mo que precisa.
No oásis, que pode ser num templo, num quarto ou numa pai-
sagem solitária, a pressa está hospedada em outro lugar, o ba-
rulho perdeu seu vigor.
Talvez precisemos de música para relaxar. Talvez precisemos
de um livro para nos orientar. Talvez precisemos de uma ora-
ção para nos concentrar.
O importante é que paremos, primeiramente com culpa (te-
mos tantas coisas a fazer), depois com alegria (estamos fazendo
a melhor coisa que devemos).
Quando paramos, podemos meditar.
Meditar é ouvir nossa própria voz, em meio ao silêncio. Medi-
tar é refletir por um tempo com o objetivo de apenas refletir.
Meditar é ir ao encontro do nosso eu profundo, não de nos-
sas necessidades inventadas. Meditar é perceber a presença de
Deus ao nosso lado, sempre a nos convidar para o encontro, do
qual tantas vezes fugimos, por não sabermos o quanto é bom.
Talvez hoje, possamos fazer uma pausa, em algum momen-
to do dia, no qual o silêncio seja rei. Nele, quem sabe, para nós
mesmos possamos dizer, repetir, entender, aplicar, experimen-
tar, sentir, durante alguns minutos, as verdades que o frenesi
nos fez esquecer, como as primeiras linhas deste poema antigo:
“O céu anuncia a glória de Deus
e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram.
Cada dia fala dessa glória ao dia seguinte,
e cada noite repete isso à outra noite.
Não há discurso nem palavras,
e não se ouve nenhum som”.
(Salmo 19.1-3)

Para ler HOJE na Bíblia: Efésios 5


“Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu
a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que
agrada a Deus!” (Efésios 5.2)

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24 “A existência de Deus, até mesmo seu amor por mim, não
depende de minha boa saúde”. (P hilip Y ancey )
AGOSTO
Decepcionados com Deus, 1/4
Decepcionarmo-nos com as pessoas faz parte da nossa jorna-
da. Quase sempre, esquecemos a magoa recebida e seguimos
em frente.
Quando o alvo de nossa decepção é o nosso Deus, o vazio é
absoluto.
Nossa decepção com Deus pode vir de várias fontes. Uma de-
las é o conhecimento das ações malvadas daqueles que se di-
zem crentes nEle.
A mesma religião que nos aproxima de Deus pode nos desligar
dEle. Dos religiosos esperamos que sejam sinceros, fiéis e coe-
rentes. Acabamos esperando deles o que esperamos de Deus.
Ficamos confusos quando descobrimos que pessoas que agem
em nome de Deus não são sinceras. Ficamos atordoados quan-
do pessoas de fé resvalam para os erros mais comuns, como a
mentira e a manipulação. Nossa fé sobra ameaçada quando pes-
soas de fé são indiferentes à dor do outro, bem ao contrário da
sua crença.
Jesus conta uma história em que, diante do sofrimento de al-
guém atacado na rua, dois homens de fé passaram por ele e não
o socorreram. Infelizmente, esses exemplos se multiplicam. Há
pessoas crentes em Deus cujas palavras, sentimentos e atitudes
não indicam a presença de qualquer fé real em suas vidas, o que
fere de morte a crença de muitas outras.
Nesse caso, devemos tomar muito cuidado, para não imagi-
nar haver perfeição onde nunca haverá. Cabe-nos, pessoas de
fé, procurar viver de tal modo que nunca decepcionemos nin-
guém. Devemos admitir nossas falhas, falar delas, ser corri-
gidos por Deus quando as cometemos, desejar viver de modo
íntegro. Devemos viver de modo que a nossa vida seja ponte
para Deus, nunca um muro para nos separar dEle. [CONTINUA
em 29 de agosto]

Para ler HOJE na Bíblia: Efésios 6


“Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao
Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz”.
(Efésios 5.8)

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25 “Fomos feitos para persistir. É assim que descobrimos quem
somos”. (T obias W olff )
AGOSTO
Importa o final
Há histórias que precisam ser contadas e recontadas, sobretu-
do quando nos mostram que a tragédia não é o último capítulo
de nossas vidas.
A morte de uma pessoa querida não é o último capítulo da nos-
sa vida.
O exílio não é o último capítulo da nossa vida.
A fome não é o último desejo da nossa vida.
Em busca de trabalho e para fugir da fome, uma família saiu
de sua terra para viver em outra cidade, num outro país.
Algum tempo depois, o marido (Elimeleque) morreu, mas a
viúva tocou a vida com os dois filhos. Eles se casaram com mu-
lheres do país de imigração.
Quando os rapazes morreram, a viúva, Noemi, resolveu vol-
tar para a sua terra. Um das noras, Rute, não quis ficar e seguiu
com ela.
A nova vida das duas, mesmo em seu próprio país, foi difícil. A
jovem conseguiu alimento e trabalho na fazenda de um primo
distante. Os dois se apaixonaram. Os dois se casaram.
Um dos filhos do casal foi Jessé, o pai do rei Davi, o maior rei
da história de Israel. Entre os seus descendentes, estaria Jesus.
Esta história, narrada na Bíblia, mostra com a história não
acaba por causa das dificuldades. A vida continuou quando Eli-
meleque não entregou os pontos e migrou com esperança. A
vida continuou quando Noemi não entregou os pontos e voltou
para sua terra. A vida continuou quando Rute voltou junto. Am-
bas nada tinham, senão a esperança.
A vida continuou quando Rute, em lugar de lamentar, saiu
para trabalhar e buscar comida para ela e a sogra.
Quando uma tragédia nos alcança, só temos uma coisa a fazer:
continuar. Quando continuamos, o final de nossa história muda.

Para ler HOJE na Bíblia: Rute 1 e 2


“Rute respondeu [a Noemi]: ‘Não me proíba de ir com a senhora, nem me peça
para abandoná-la! Onde a senhora for, eu irei; e onde morar, eu também morarei.
O seu povo será o meu povo, e o seu Deus será o meu Deus’”. (Rute 1.16)

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26 “Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a
importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá
AGOSTO também”. (R ubem A lves )

Como queremos ser, 1/2


Uma mulher, perturbada em sua dor, sobe ao palco da história.
Desejava muito um filho, mas a gravidez não lhe vinha.
Ela foi ao templo para orar, mas as palavras não saíam, sufo-
cadas pelas lágrimas.
O líder religioso a olhou com desdém, como se ela estivesse
embriagada.
Quando a repreendeu, ela protestou. Contou seu drama.
As coisas tomaram outro rumo e a mulher se tornou mãe do
jovem que sucederia o velho sacerdote que, por insensibilidade,
um dia a repreendera.
Registrada na Bíblia (2Samuel 1), a história nos fala dos senti-
mentos de Ana e das atitudes de Eli.
Com Ana, aprendemos que devemos levar todos os nossos
problemas a Deus, para quem nada é difícil e nada é impos-
sível. Como Ana, não devemos fazer de conta que não temos
problemas, quando os temos. A tarefa não é fácil, porque não
queremos parecer fracos. Não sejamos como aqueles que não
admitem que estão necessitados.
Como Ana, devemos buscar os recursos capazes de transfor-
mar a indesejada situação. Ana é uma mulher de fé. Sua fé não
impediu que ficasse amarga e sem esperança, mas a levou a su-
perar a amargura e o desespero.
Sua fé se expressava dentro de rituais, próprios da cultura hu-
mana, mas os transcendia. A oração de Ana não era uma seleção
de parágrafos feitos: era uma oração embebida em lágrimas, a
prova psíquico-química da absoluta e desesperada dependên-
cia de Deus. Assim deve ser a nossa fé em tempos de dificul-
dade. Assim deve ser a nossa oração na hora da perplexidade.
[CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Rute 3


“Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a vocês, para ficarem firmes contra as
armadilhas do Diabo”. (Efésios 6.11)

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27 “Talvez seja utopia, mas se eu não deixar que se embote a
minha sensibilidade, quando envelhecer, em vez de estar
AGOSTO ressequida, eu terei chegado ao máximo exercício de meus
afetos”. (L ya L uft )

Como queremos ser, 2/2


Se, como lemos na Bíblia (1Samuel 1), Ana, a futura mãe de Sa-
muel, é o exemplo de mulher que, tendo dificuldades, procura a
solução, seu líder religioso, Eli, é o exemplo daqueles que, ven-
do as necessidades dos outros, não se importam.
Todos os dias somos procurados por pessoas em dificuldade. O
que temos feito com as Anas que nos procuram?
Nessa história, temos um homem insensível diante das neces-
sidades de uma mulher angustiada com a dor da infertilidade.
Sua dureza lhe impediu de perceber as carências de Ana.
Eli estava fechado para Deus, Eli estava fechado para o ser hu-
mano. Seus joelhos não mais se dobravam para ouvir a voz do
Deus; então não podia escutar os choros dos aflitos.
A síndrome de Eli nos ronda. Temos que vigiar para não ser-
mos um Eli na vida. Temos que vigiar para não nos encastelar-
mos. Eli estava no seu posto, que era o seu castelo. O ofício de
Eli era a sua armadilha. No entanto, depois que se dispôs a ou-
vir os lamentos daquela mulher, Eli se reconciliou com a vida e
com a missão.
Se temos sido insensíveis, podemos ser sensíveis. Fomos feitos
para sentir a dor do outro como se fosse a nossa. Por mais afas-
tados que estejamos, podemos nos reconciliar com o Deus que
nos envia para satisfazer as necessidades dos outros.
Na vida, às vezes, somos Anas que esperam por seus Elis. Às
vezes, somos Elis que serão procurados por Anas.
Sejamos como a Ana carente. Apresentemo-nos diante de Deus
como somos em nossas dores.
Sejamos como o Eli sensível e interessado. Ouçamos os ou-
tros em suas dificuldades, sentindo as suas dores. Quando nos
encontramos solidariamente um com o outro, sob os olhos do
Deus de toda a graça, as nossas vidas encontram sentido.

Para ler HOJE na Bíblia: Rute 4


“Recebam a salvação como capacete e a palavra de Deus como a espada que o
Espírito Santo lhes dá”. (Efésios 6.17)

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28 “Minha mãe achava o estudo a coisa mais fina do mundo. Não
é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento”. (A délia P rado )
AGOSTO
Fortes emoções
Há mulheres que, desejando ter filhos, não conseguem engravi-
dar. Na maior parte dos casos, essa dificuldade gera muito so-
frimento.
Mulheres que sofrem por esta razão encontram na Bíblia uma
história de uma mulher que experimentou a mesma dor. Ana
era o seu nome (1Samuel 1).
Sua história é de grande valor para mulheres, no que se refe-
re à questão da gravidez, e para todos os seres humanos, no que
se refere às emoções.
Muitas pessoas têm dificuldades em revelar suas emoções.
Poucas pessoas, por exemplo, admitem que têm problemas de
depressão, que é uma doença psíquica séria.
A experiência de Ana, quando sofria por não ter um filho, nos
ajuda a compreender as emoções e a natureza da oração.
Em nossa vida, podemos passar por experiências de dor, trans-
bordadas em lágrimas.
Não devemos represar nossas emoções, porque elas evapora-
rão pelos dedos.
As emoções não podem nos controlar.
As emoções não podem nos paralisar.
As emoções não podem ser egoístas.
As emoções devem nos aproximar de Deus e não afastar. Nós
nos aproximamos dEle quando confiamos em sua providência e
justiça. Por confiar, oramos.
Nossas orações devem ser feitas com emoção, mesmo que com
momentânea amargura de alma ou longa aflição. Elas devem
ser um momento em que derramamos nossas almas perante o
Senhor, diante do excesso de ansiedade que nos alcança. Deve-
mos evitar orações protocolares. Nossas orações devem ser ora-
ções do coração.
Aprendemos, com Ana e ao longo da Bíblia, que a alegria é a
força de quem crê.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 1 a 4


“Então Ana orou assim: O SENHOR Deus encheu o meu coração de alegria; por causa
do que ele fez, eu ando de cabeça erguida. Estou rindo dos meus inimigos e me sinto
feliz, pois Deus me ajudou”. (1Samuel 2.1)

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29 “Conhecer a Palavra de Deus é um baluarte contra a
decepção, a tentação, a acusação e mesmo a perseguição”.
AGOSTO (E dwin L ouis C ole )

Decepcionados com Deus, 2/4


Quando tomamos conhecimento das ações malvadas cometidas
por pessoas de fé, nós nos perguntamos por que Deus não reage
à altura do malfeitor.
Quando pessoas que creem em Deus são presas ou mortas pelo
simples fato de crerem em Deus, ao ponto de sofrer por Ele, for-
mulamos perguntas sem respostas.
Nossa decepção vem até por um bom motivo: imaginamos que
aqueles que magoam as pessoas magoam a Deus, o que é verda-
de; por que, então, cobramos se Ele não reage e mostra seu po-
der para demonstrar sua verdadeira identidade?
Na cruz, quando Jesus foi alvo de uma sucessão de atos injus-
tos, vindos desde o seu julgamento, alguns esperaram que Deus
baixasse à terra e encerrasse aquela crueldade. Como se tivesse
abandonado seu próprio Filho, Deus pareceu permanecer dis-
tante. Assim, como sabemos, no final da sexta-feira, Jesus foi
enterrado. No sábado, ninguém viu um movimento sequer da
parte de Deus. No domingo, porém, a sepultura foi envergonha-
da; quem entrou no túmulo, só encontrou um lenço e um lençol
usados por Jesus. A pedra que selava sua presença na sombra
da morte foi removida.
Ficamos decepcionados com Deus quando, não entendendo o
seu modo de agir, a começar pelo calendário, passamos a achar
que sabemos mais do que Ele.
Quando vemos pessoas que, em nome de Deus, abusam de ino-
centes por meio de ações claras ou mesmo da clareza da indife-
rença, gostaríamos que Ele os punisse. Nessas horas, só de uma
coisa precisamos saber: com Ele não se brinca. Com esta fé abri-
gada no coração, esperemos. Ele é justo e vai agir, pelas razões
dele e do jeito dele. É uma questão de tempo. [CONTINUA em 2
de setembro]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 5 a 7


“Samuel disse ao povo de Israel: ‘Se vocês querem com todo o coração voltar a
Deus, o SENHOR, joguem fora todos os deuses estrangeiros e as imagens da deusa
Astarote. Dediquem-se completamente ao SENHOR e adorem somente a ele. E ele
livrará vocês do poder dos filisteus’”. (1Samuel 7.3)

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30 “A alegria não é necessariamente a ausência do sofrimento;
é a presença de Deus”. (S am S torms )
AGOSTO
Alegria completa
Nossa alegria pode ser completa, mesmo em meio às tribulações.
Nossa alegria é completa quando sabemos que há alegria em
Jesus; então, recordamos sua entrega na cruz por nós; conserva-
mos conosco as suas palavras e respondemos à voz de Jesus, que
nos convida para a vida feliz.
Nossa alegria é completa quando é baseada no poder da res-
surreição de Jesus. Devemos esperar Jesus como uma grávida
espera seu filho vir à luz (João 16.21). Nossa alegria é completa
quando pomos o foco da vida nas palavras de Jesus, para resis-
tir aos ladrões da alegria.
Pode roubar a nossa alegria a ideia de alegria predominante
em nosso tempo, feita de ação e de diversão, que são importan-
tes, mas insuficientes e até mesmo falsas. Pode haver muito riso
e felicidade numa festa, mas no coração de quem ri pode haver
ao mesmo tempo muita tristeza. Só vale a pena o show no palco
quando há show no nosso coração.
Felicidade tem sido erroneamente relacionada a realizações
de natureza material. Todo dia nos dizem que, se não temos,
não podemos ser. Na verdade, podemos ter e assim mesmo mer-
gulharmos nossos corações nas sombras. Esta visão de alegria
nos rouba a alegria completa de Jesus, que não depende de ser-
mos realizados materialmente, sexualmente, profissionalmen-
te. Quando o nosso foco está em Jesus e quando permanecemos
como amigo dEle, nossa alegria é completa.
Precisamos cultivar a alegria, começando por conhecer cada
dia mais a Jesus.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 8


“Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês,
vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus”. (Filipenses 1.6)

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31 “Arrependimento é a lágrima nos olhos da fé”. (D. L. M oody )

AGOSTO
No estaleiro
Quando passamos ao largo de largos rios e profundos mares,
nós vemos os navios nos estaleiros, para onde periodicamente
precisam ser conduzidos e onde ficam fundeados, ancorados no
cais por algum tempo.
Ali estão para que deles sejam tiradas as cracas e as sujeiras
que vão se agarrando aos cascos ao longo do tempo. A corrosão
que provocam pode inclusive tirar do navio a capacidade de an-
corar num porto.
Como os navios, nossas vidas podem ser corroídas por diver-
sos fatores. Como os navios, perdemos a potência na velocida-
de e a capacidade de ficar firmemente ancorados, deixando-nos
a balançar inseguros para todos os lados. Como os navios, dei-
xamos que o nosso sistema de manobra fique comprometido ou
mesmo avariado. Como os navios, nossas vidas vão acumulan-
do incrustantes.
Nas vidas dos navios e nas nossas, os incrustantes são inevi-
táveis. Não há como um navio não ser incrustado. Por isto, ele
tem que ser conduzido ao estaleiro. Depois, é liberado para vol-
tar aos oceanos.
De igual modo, não há como nossa vida não receber incrus-
tantes, como mágoas, vícios, pecados, frustrações. Por isto, tam-
bém devemos entrar no estaleiro para sermos espiritualmente
limpos, refeitos.
O ancoramento faz parte do nosso processo de amadurecimen-
to. Quando somos ancorados, somos recapacitados para viver.
Um navio é levado para o estaleiro para ficar limpo, mas nós
precisamos ir por conta própria. Se embora não vejamos nossas
próprias cracas e sujeiras e formos advertidos, devemos agrade-
cer, enquanto caminhamos para o estaleiro.

Para ler HOJE na Bíblia: Filipenses 1


“Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro”. (Filipenses 1.21)

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1 “Uma vez que acreditamos em nós mesmos, podemos arriscar
a curiosidade, o espanto, a alegria espontânea ou qualquer
SETEMBRO experiência que revela o espírito humano”. (E.E. C ummings )

Melhore sua autoimagem


Por razões que nem sempre você sabe, uma crítica o abate, uma
tristeza o deprime, uma frustração o magoa. Quando tem um
compromisso, treme. Numa entrevista, gela.
É possível que você tenha uma autoestima baixa. Talvez o tra-
ço venha da infância. Se seus pais não acreditaram em você,
será difícil você acreditar.
A vida que você tem lhe pertence. Você pode decidir se vai
acreditar em você ou vai achar que fracassará continuamente.
• Pare de só ver defeito em você. Você tem defeitos e quali-
dades. Faça uma lista destas qualidades; você vai se surpre-
ender. Dê uma segunda chance para você mesmo.
• Pare de se comparar com os outros. Você é você. Você não
é quem você não é. Seja você mesmo.
• Esteja pronto para a crítica, mas não aceite ser massa-
crado. Coloque os críticos e as críticas no seu devido lugar.
Ouça o que o ajuda a ser melhor. Ignore o que piora você.
• Reconheça as suas falhas. Você erra, como todo ser huma-
no. Arrependa-se e vivencie a beleza da graça de Deus em
você.
• Elogie-se. Deus, quando terminou a criação dos seis dias,
viu que era bonito o que tinha feito. Em certo sentido, Ele
apreciou o que fez. Aprecie as coisas boas que você faz.
• Cuide do seu corpo e da sua mente. Cuide do seu corpo,
para que fique sadio. Cuide de sua mente, para que não ado-
eça. Talvez você possa se cuidar sozinho ou talvez precise de
ajuda. Cuide de você.

Para ler HOJE na Bíblia: Filipenses 2


“Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de
todos os nomes”. (Filipenses 2.9)

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2 “Se Deus é seu parceiro, faça planos GRANDES”.
(D. L. M oody )
SETEMBRO
Decepcionados com Deus, 3/4
A desigualdade é fonte de incredulidade e de decepção para
com Deus.
Na própria Bíblia, poetas e profetas questionam a Deus, quan-
do veem a maldade triunfando. A pergunta ecoa até hoje: - por
que a justiça não prevalece?
A injustiça, seja qual for a sua cruel faceta, é um atentado con-
tra a justiça de Deus.
A injustiça produz também um olhar furioso contra a sobera-
nia de Deus: se Ele é todo-poderoso, por que as coisas parecem
estar fora do controle dEle? Por que um terremoto sepulta tan-
tas crianças num país pobre e poucas num país rico? Por que
ainda há lugares em que se morre de fome? Por que as guerras
ferem pessoas de paz?
Numa humilde direção em busca de respostas, precisamos
sempre ter em mente que todas as nossas palavras sobre Deus
são sempre palavras humanas.
Um bom ponto de partida é afirmar e reafirmar a soberania
de Deus. Ele está no controle de todas as coisas, mesmo quando
elas tomam rumos que nem Ele nem nós aprovamos. Para que
este ponto de partida fique firme, ao longo da caminhada, pre-
cisamos imaginar, pela fé, a linha de chegada: no final, todas as
coisas e todas as pessoas estarão de joelhos diante dEle.
Se não afirmamos e reafirmamos, mesmo na dúvida passagei-
ra, a soberania de Deus, não temos a quem orar, não temos pelo
que esperar.
Deus é soberano sobre o mar quando as ondas estão calmas e
quando se agitam. Deus está no controle de nossas vidas, quan-
do nosso corpo é forte e nossa família vai bem, e também quan-
do a doença nos pega e quando as desavenças minam nossos
melhores relacionamentos. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Filipenses 3


“Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da sua
ressurreição. Quero também tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele
na sua morte”. (Filipenses 3.10)

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3 “A dúvida também pode ser o caminho pelo qual o Espírito
Santo nos põe de joelhos”. (J onas M adureira )
SETEMBRO
Decepcionados com Deus, 4/4
Afirmar e reafirmar a soberania de Deus nos prepara para com-
preender um dilema: Deus é soberano e nós somos livres.
O Deus soberano nos fez livres.
Somos livres para amar e para odiar. Somos livres para cons-
truir e para destruir. Somos livres para doar e para tirar. Somos
livres para fruir seus resultados bons e também todas as suas
consequências ruins, para os outros e para nós mesmos.
Quando criou o ser humano, Deus dotou-o de liberdade. É da
nossa competência cuidar bem da terra, como um jardim, mas
somos livres para ceifar as árvores, erodir o solo e aterrar os
rios e os mares. Colher frutos bons é uma consequência do bom
exercício da liberdade. Receber os males do desequilíbrio hu-
manamente provocado é o outro cesto da liberdade.
Deus nos deu também a tarefa de organizar uma sociedade
justa. Se o fizermos, viveremos em paz. Se não fizermos, planta-
remos a violência. A paz e a violência, a alegria e o ódio, a vida
e a morte são resultados da liberdade humana.
Quando afirmamos e reafirmamos a soberania de Deus, nota-
mos que Ele tem poder para suspender definitiva ou temporaria-
mente a liberdade humana, mas Ele só o faz excepcionalmente,
naquilo que chamamos de milagre. O milagre mantém a sobe-
rania de Deus e suspende a liberdade humana. O milagre corri-
ge os efeitos de nossa liberdade.
A desigualdade no mundo é filha da nossa liberdade. Em lugar
de pedir a Deus que a tire de nós, devemos orar a Ele para que
nos inspire a usá-la bem, para que a terra vá bem, para que sem-
pre desejemos fazer o que é justo. Eis o que Deus espera de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Filipenses 4


“Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês
precisam e orem sempre com o coração agradecido”. (Filipenses 4.6)

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4 “Amigo é uma das coisas mais bonitas que você pode ter e uma
das melhores coisas que você pode ser”. (D ouglas P agels )
SETEMBRO
Três dobras, 1/2
Muitas vezes, a corda com a qual puxamos objetos se arrebenta.
Aprendemos que, se fizermos mais uma dobra, ela ficará mais
forte. Ainda assim, o peso pode ser maior e dilacerá-la. Então,
aprendemos de novo que, se fizermos mais uma dobra, a cor-
da resistirá.
Amigos são cordas (Eclesiastes 4.12). Cordas são extensões de
nós. Amigos são extensões de nós. Sem amigos, levamos sozi-
nhos nossas cargas.
As cordas não são perfeitas. Amigos não são perfeitos. Nós não
somos perfeitos. Cordas encontramos nas lojas. Amigos não se
compram, mas estão disponíveis. Amigos gostam de ter amigos.
Precisamos de cordas. Precisamos de amigos.
Precisamos de amigos que nos carreguem no colo ou nos om-
bros quando nós mesmos não nos aguentamos em pé, por cau-
sa dos membros enfraquecidos ou por causa da mágoa que nos
alquebra.
Precisamos de amigos que, antes de nos condenar, escutam-
nos com atenção e simpatia. Se tiverem que nos corrigir, serão
firmes mas cuidadosos.
Precisamos de amigos cujos relógios não contem quando estão
conosco na adversidade, que nunca a subestimam, mesmo que
não seja tão pesada como sentimos.
Precisamos de amigos que nos trazem aos ouvidos a Palavra
de Deus, seja para nos orientar ou nos confortar, nunca proferi-
das como metralhadores que semeiam sangue, mas como favos
de mel puro a ser bebido.
Amizade vem do outro para nós. Apreciamos os frutos que co-
lhemos no pomar da amizade.
Amizade vai de nós para o outro, que aprecia os frutos que co-
lhem no jardim da amizade.
Se queremos ter amigos, sejamos amigos.
Para sermos amigos, precisamos encarcerar um poderoso ini-
migo: o nosso egoísmo. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 9 a 10 e Eclesiastes 1 a 4


“Sem Deus, como teríamos o que comer ou com que nos divertir?”.
(Eclesiastes 2.25)

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5 “A gente não faz amigos, reconhece-os”. (V inícius de M oraes )

SETEMBRO
Três dobras, 2/2
Amigos são cordas, cordas de uma dobra ou cordas de três
dobras. Precisamos de cordas de três dobras. Podemos ser cor-
das de três dobras.
Amizades com cordas de três dobras revelam amigos verda-
deiros.
Amigos verdadeiros não nos enganam, mas nos falam a verda-
de com suavidade.
Amigos verdadeiros não fogem de nós, mesmo que estejamos
exigentes ou inconvenientes.
Amigos verdadeiros não pensam no que podem tirar de nós,
mas no que podemos nos oferecer.
Amigos verdadeiros não tomam decisões que nos afetam sem
nos consultar previamente.
Amigos verdadeiros não chegam depois que apertamos um
botão ou estalamos os dedos. Amigos não são conquistados com
técnica, mas são cultivados na reciprocidade.
Amigos verdadeiros só nos abandonam quando seguimos pela
trilha do erro, deixando-nos sozinhos para que voltemos.
Por ter três dobras, a corda da amizade suporta o esforço para
a superação dos obstáculos.
Por ter três dobras, a corda da amizade vence o tempo e se for-
talece a cada dia.
Por ter três dobras, a corda da amizade resiste às distâncias
que a vida gera.
Por ter três dobras, a corda da amizade resolve os conflitos
que o convívio produz.
Por ter três dobras, a corda da amizade sobrevive aos mal-en-
tendidos e mesmo aos malfeitos um do outro.
Se a primeira dobra da corda é o conhecimento, a segunda é a
admiração um pelo outro. Se a segunda dobra da corda é a ad-
miração mútua, a terceira é o prazer da comunhão, que se sus-
tenta nos ombros que a amizade acolchoa.
Cordões de três dobras são tecidos quando valorizamos os
amigos e gostamos de estar com eles.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 11 a 13


“Temam o SENHOR e sirvam a Ele fielmente, com todo o coração. Lembrem das
grandes coisas que ele fez por vocês”. (1Samuel 12.24)

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6 “O que é um ídolo? É algo mais importante para você do que
Deus, algo que absorve seu coração e sua imaginação mais
SETEMBRO que Deus, algo que você procura para receber o que só Deus
pode dar”. (T im K eller )

Quando Deus nos pede


Em geral, queremos que Deus nos dê coisas, mas Ele, às vezes,
nos tira coisas.
Enéas Tognini (1914-2015) tinha uma biblioteca imensa e bem
atualizada. Nesse ambiente, escrevia seus livros e preparava
seus estudos.
Ele teve uma experiência iluminadora num encontro com
Deus, no qual Deus não lhe deu coisas, mas lhe confiou uma ta-
refa que motivou toda a sua longa existência. Ele tinha o dom
da palavra em todos os seus espaços, com um poderoso jeito de
animar pessoas que saíam dos encontros com ele com uma fér-
rea vontade de fazer mais e melhor na vida.
Houve, no entanto, um momento que Deus lhe pediu coisas.
Deus lhe pediu livros.
De bem com a vida, Enéas Tognini perguntou a Deus:
– O que queres de mim?
A resposta foi chocante:
– Quero a sua biblioteca.
Deus queria os livros onde Enéas Tognini estudava todos os
dias, passando horas na companhia daqueles autores.
A biblioteca era o seu refúgio. A biblioteca era a sua segurança.
Enéas Tognini entendeu que tinha convertido os livros, bem
arrumados, classificados, utilizados e anotados, em ídolos da
sua vida. Ele amava mais os seus livros do que a Deus, como Pe-
dro amava mais os peixes, os barcos e as redes.
Enéas Tognini perdeu os livros, que distribuiu entre bibliote-
cas de instituições de ensino, mas ganhou um senso de missão
que nunca arrefeceu.
Como fez com Enéas Tognini, Deus nos pede coisas. Tognini
lhe entregou sua biblioteca.
Diante do pedido feito a nós, a decisão nos cabe.
Do que precisamos abrir mão?

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 14


“Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião”.
(Eclesiastes 3.1)

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7 “Poder corrompe e poder absoluto corrompe absolutamente”.
(J oão P ereira C outinho )
SETEMBRO
Orando pelos políticos
Oramos por nós mesmos. Oramos pelos outros.
Não temos dificuldade em orar por enfermos, conhecidos ou
desconhecidos, mas não temos a mesma disposição para inter-
ceder pelos políticos.
O mandamento, entretanto, é claramente apresentado na Bí-
blia. O apóstolo Paulo pediu: “Orem pelos reis e por todos os
outros que têm autoridade, para que possamos viver uma vida
calma e pacífica, com dedicação a Deus e respeito aos outros”
(1Timóteo 2.2).
Talvez nos proponhamos a interceder por um político que
goze de um bom conceito, mas resistiremos a orar por um diri-
gente autoritário, arrogante ou corrupto.
Em todos os tempos, há políticos bons e políticos ruins, como
há cidadãos ruins e cidadãos bons. Orar pelos cidadãos é um de-
ver. É um dever orar pelos políticos.
Na verdade, quem ora por seu prefeito, seu governador, seu
presidente, seu vereador, seu deputado, seu senador, seu dele-
gado, seu juiz, seu promotor, ora por si mesmo. Se eles forem
bem, a população irá bem. Se governarem bem, o povo irá bem.
Se julgarem corretamente, haverá justiça. Afinal, “para o SE-
NHOR Deus, controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir
a correnteza de um rio” (Provérbios 21.1).
Quando esteve no Egito com o filho José, Jacó orou pelo Faraó
(Gênesis 47.10). Os profetas oravam pelos reis da sua terra e até
pelos reis estrangeiros. Isaías orou por Ezequias (2Crônicas 32,
Isaías 38). Os apóstolos nos recomendam que oremos pelos go-
vernantes (1Timóteo 2.1-4).

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 15


“Samuel respondeu: ‘O que é que o SENHOR Deus prefere? Obediência ou oferta
de sacrifícios? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as
melhores ovelhas’”. (1Samuel 15.22)

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8 “A esperança é um ser com plumas que se empoleira na
alma e canta uma música sem palavras. E jamais para”.
SETEMBRO (E mily D ickinson )

Nossa vida segue como um avião, 1/2


Para compreender por que podemos ter esperança, compare-
mos nossa existência a uma viagem de avião.
Há três profissionais encarregados de nos conduzir: o contro-
lador de voo, o comandante e o operador de pista.
Quando entramos num avião, sabemos que ele só levantará
voo ou pousará quando o controlador de voo autorizar. É assim
que devemos pensar em Deus: Ele está no controle, como o con-
trolador de voo na torre. Podemos decolar quando Ele nos auto-
riza; podemos aterrissar quando Ele nos libera a pista. Podemos
ter esperança porque Deus está no controle.
Em seguida, o profissional em ação direta é o comandante. Às
vezes, cruzamos com o piloto nos saguões, mas, depois, sabemos
que ele está no comando e vai nos levar. A porta da cabine está
fechada, mas ele está lá. Mesmo que não fale, está no comando.
E o voo prossegue. Podemos até dormir enquanto o avião per-
corre o espaço, a 900 quilômetros por hora, a dez quilômetros
acima do chão, porque há um comandante. Podemos ter espe-
rança porque Deus está no comando.
Para pousar, o avião precisa das instruções do operador de
pista, que, com duas tábuas sinalizadoras nas mãos, indica o lu-
gar preciso em que a aeronave deve estacionar, pois a viagem
terminou. Dentro do avião nos agitamos, mas lá embaixo, fones
nos ouvidos por causa do ruído ensurdecedor que não ouvimos,
o operador de pista sinaliza o ponto exato da parada. Podemos
viajar tranquilos. Deus está no final da pista. O avião da nossa
vida pousará no lugar certo.
Podemos ter esperança. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 28


“Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender
as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa
compreender completamente o que ele faz”. (Eclesiastes 3.11)

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9 “A vontade de Deus não é um itinerário, mas uma atitude”.
(A ndrew D huse )
SETEMBRO
Nossa vida segue como um avião, 2/2
Quando temos esperança, aceitamos que Deus assume a respon-
sabilidade por tudo o que acontece na história, porque, em últi-
ma instância, nada acontece sem Sua permissão. As coisas boas
Ele provoca. As ruins Ele permite.
Quando temos esperança, cremos que a nossa vida começa
neste mundo, cheio de aflições e alegrias, e prossegue no pró-
ximo, onde a lágrima não povoará nosso rosto, a preocupação
não habitará nossa alma, a dor não permeará nossas células, a
violência não entrará. Assim, todo o bem de agora é apenas um
lampejo do que será nossa vida no céu. Jesus Cristo personifi-
cou esta esperança, ao perdoar os nossos pecados, de modo que
possamos percorrer a ponte que nos separa da nova terra, onde
Deus reina de modo absoluto e visível.
Quando temos esperança, aquietamo-nos ou agimos, certos de
que Deus está sempre no controle, que Deus está sempre no co-
mando, que Deus nos espera no final de nosso voo. O fato de ha-
ver turbulência no voo da nossa vida não quer dizer que Deus
não esteja conosco.
A vida, por vezes, pode despedaçar os nossos sonhos, mas
Deus está conosco para nos ajudar a juntar os cacos, para que se
tornem sonhos de novo.
Tenhamos “esta esperança como a âncora da alma, firme e se-
gura” (Hebreus 6.19). Deixemos que Deus nos faça transbordar
de esperança, que é uma atitude decorrente da confiança em
Deus (Romanos 15.13).
Quem está com um déficit de esperança, talvez massacrado
pela própria vida, deve pedir um superávit a Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 31


“Eu sei que tudo o que Deus faz dura para sempre; não podemos acrescentar
nada, nem tirar nada. E uma coisa que Deus faz é levar as pessoas a temê-lo”.
(Eclesiastes 3.14)

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10 “Há coisas melhores adiante do que qualquer outra que
deixamos para trás”. (C. S. L ewis )
SETEMBRO
Diante de notícias devastadoras, 5/5
Para que esconder o nosso problema? Em busca de ajuda grite-
mos se for necessário. Não fiquemos esperando que os amigos
adivinhem o que está acontecendo conosco.
Enquanto refletimos, devemos acreditar que podemos sair da
condição em que nos encontramos.
A cura é possível. O equilíbrio é possível. O sustento é possível.
O amor é possível.
Há dignidade na busca, não na desistência. Há vida na espe-
rança, não na incredulidade.
Pode ser que em alguns casos, tenhamos que conviver com
a nossa dificuldade. Precisaremos de sabedoria para coexistir
com o nosso problema. E Deus no-la dará, por meio das histó-
rias e orientações que nos deixou em sua Palavra e também por
meio de exemplos e experiências de pessoas que nos animam
com seus dramas.
Mesmo limitados, podemos continuar vivendo. Mesmo limita-
dos, podemos fazer mais do que fazíamos antes. Mesmo limi-
tados, podemos ser mais felizes do que éramos.
Entre os recursos que Deus nos dá, um é aprender a viver a
vida que temos, sem lamentar a que não temos.
Enquanto fruímos a promessa de que Deus está conosco, viva-
mos, simplesmente vivamos, um dia de cada vez, uma semana
de cada vez, um mês de cada vez, um ano de cada vez, uma dé-
cada de cada vez.
Só temos uma vida aqui e enquanto ela durar, nós a vivere-
mos, na limitação e na plenitude.
De certo modo, toda vida é limitada; toda vida é plena. A li-
mitação vem de fora, como perturbação. A plenitude se instala
dentro de nós, como graça de Deus, para a superação.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 10


“É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem
ganhar muito mais”. (Eclesiastes 4.9)

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11 “Lembre-se que você não pode servir a Deus e ao dinheiro,
mas pode servir a Deus com o dinheiro”. (S elwyin H ughes )
SETEMBRO
O lugar do dinheiro
O dinheiro penetra em todas as esferas da vida.
Uma amizade acaba. Quando vamos pesquisar, surpreende-
mo-nos quando descobrimos que o dinheiro foi a causa do con-
flito.
Uma família era unida. É muito comum que, por causa da he-
rança, os irmãos briguem, ao ponto de nunca mais se falarem.
Um homem até então tido como idealista realizava um notável
trabalho, apoiando a transformação de muitas pessoas. Um dia,
no entanto, foi flagrado se apropriando das doações recebidas.
O amor ao dinheiro é destruidor, porque é insaciável (Ecle-
siastes 5.10). Quem ama o dinheiro quer ganhar quando preci-
sa e, quando não precisa, quer ganhar ainda mais. Muitos não
têm escrúpulos: mentem, enganam, furtam, roubam, matam
pelo dinheiro.
Quem ama o dinheiro não é justo e não se importa com a de-
sigualdade.
Quem ama o dinheiro idolatra um deus que o devora.
Não é o dinheiro, um item usado para trocar, que cria um
mundo apavorante como o nosso; é o amor ao dinheiro que tor-
na o nosso mundo tão violento (1Timóteo 6.10).
O dinheiro, portanto, não é o problema. Não podemos culpá-lo
por nossa ambição. Temos que culpar a nossa ambição. Temos
que cuidar para que não nos curvemos diante dele.
Devemos ganhar dinheiro, para nos sustentar, para nos diver-
tir, para proteger nosso futuro, para ajudar os pobres e para
participar da propagação do amor de Deus ao mundo, para que
se propague o amor a Deus no mundo.
Quando o dinheiro corrompe os nossos relacionamentos, os
nossos negócios e a nossa fé, não estamos colocando o dinhei-
ro no seu devido lugar, que deve ser abaixo de Deus e a servi-
ço dEle.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 16 e Eclesiastes 5 a 6


“Pense bem antes de falar e não faça a Deus nenhuma promessa apressada. Deus
está no céu, e você, aqui na terra; portanto, fale pouco”. (Eclesiastes 5.2)

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12 “A Bíblia não nos foi dada para nossa informação, mas para
nossa transformação”. (D.L. M oody )
SETEMBRO
No pé de acerolas, 1/2
A Bíblia é como um pé de acerolas, com muitas diferenças.
As semelhanças, no entanto, são inspiradoras.
Na estação própria, mais de uma vez por ano, o pé floresce e
acerolas vermelhas e gostosas aparecem nas pontas dos galhos,
bem visíveis, e debaixo das ramas, quase imperceptíveis.
Colher acerolas é uma atividade cheia de surpresas.
1. Alguns frutos caem no chão e quem os colhe melhor são as
crianças.
2. Outros frutos ficam nos altos e são ótimos para os pássaros,
que geralmente os tomam pela metade.
3. Para colher poucas acerolas, não é preciso grande esforço.
Para colher muitas –, sim, apenas muitas, porque todas é im-
possível – é preciso disposição e uma vasilha.
4. Primeiro são colhidas as que estão visíveis, mais nas pontas
dos galhos. Só estas já enchem uma vasilha.
5. Depois são colhidas as do centro.
6. Geralmente, a tarefa deixa um discreto e não dolorido arra-
nhão nos braços.
7. Ainda assim ficam acerolas que contracenam com as folhas
verdes, num lindo colorido. Muitas vezes, as escondidas sob
a folhagem são as mais bonitas. E nós as colhemos com ale-
gria porque estavam sempre ali, onde há pouco nossos de-
dos as procuraram e não as encontraram.
A Bíblia é assim.
Até mesmo as crianças podem ler a Bíblia, com seus textos de
fácil acesso, próprios para quem está começando. As acerolas
estão no chão ou nos galhos mais baixos.
Há pessoas que não tomam todas as belezas da Bíblia, porque
se contentam com o pouco, seja um versículo aqui, uma promes-
sa ali. São como os pássaros num pé de acerola. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 17 a 19


“Davi respondeu: ‘Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou
contra você em nome do SENHOR Todo-Poderoso, o Deus dos exércitos israelitas,
que você desafiou’”. (1Samuel 17.45)

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13 “As Escrituras são nossas cartas de amor”.
(A gostinho de H ipona )
SETEMBRO
No pé de acerolas, 2/2
Continuemos refletindo sobre a relação entre a leitura da Bíblia
e a colheita de acerolas.
Na leitura da Bíblia, todos nós começamos crianças colhendo
as mensagens mais acessíveis.
Não devemos ser como pássaros que comem acerolas pela
metade.
Para lermos bem a Bíblia, precisamos de disposição ou vonta-
de, podendo lançar mão de vasilhas (recursos, como comentá-
rios, por exemplo) que nos ajudem na colheita. Quanto maiores
as disposições e os recursos, maior a colheita.
Podemos nos contentar com as mensagens mais visíveis, mais
citadas, mais memorizadas, que estão nos chamados textos-áu-
reos, termo não muito feliz, porque todos os textos bíblicos são
de ouro, ouro do céu.
Podemos, diferentemente, buscar os textos menos visíveis,
menos citados, menos memorizados, que estão, por exemplo,
em histórias, genealogias, profecias e parábolas, que exigem
um esforço maior.
Como na colheita de acerolas, a leitura da Bíblia, associada ao
seu estudo profundo, pode deixar alguns arranhões: são con-
vicções que temos que renunciar diante da verdade divina; são
hábitos de que precisamos abrir mão diante das instruções di-
vinas; são certezas a abandonarmos e que imaginávamos vin-
das da Palavra de Deus mas que não passam por Seu crivo fino
e digno de confiança e aceitação.
Quanto mais lemos a Bíblia, mais percebemos os frutos boni-
tos que têm para nos brindar. Estão ali perto de nós e podemos
vê-los. Se os colhermos, nós os comeremos ou beberemos do seu
suco delicioso.
Vamos colher acerolas?

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 20 a 22


“Mesmo nos seus muitos sonhos, em todas as suas ilusões e em tudo o que disser,
você deve temer a Deus”. (Eclesiastes 5.7)

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14 “Se alguém não está em paz com seu semelhante, é porque não
está em paz consigo mesmo. Ele não estará em paz consigo
SETEMBRO mesmo, se não estiver em paz com Deus”. (T homas M erton )

Em outro ritmo
Alguns de nós nos alegramos por não termos inimigos. Feliz é
quem não precisa olhar para os lados, por não ter a quem temer.
Este ideal nem sempre é para todos. Alguns de nós ganhamos
inimigos, uns que fizemos por causa de nossa estupidez, outros
por decisões corretas que tivemos que tomar e outros por ra-
zões que simplesmente desconhecemos.
Devemos viver de modo que não façamos inimigos, mas al-
guns não podemos evitar.
Encontramos na Bíblia um homem que nos ensina a lidar com
os inimigos, se os temos.
Davi teve um inimigo (Saul) que fez tudo o que podia para o
eliminar. Davi teve várias oportunidades para resolver o con-
flito, tirando a vida do adversário. No entanto, ele nunca levan-
tou a mão ou a voz contra seu raivoso inimigo. Davi olhava para
Saul como um homem amado por Deus. Devia ser respeitado.
Davi se protegeu para não ser assassinado, mas jamais odiou.
Talvez Davi tenha entendido que Saul tivesse dificuldades pes-
soais que o levavam a descarregar nele a sua ira ou interpreta-
do que o inimigo tivesse problemas mentais, mas não foi por
isto que o preservou. Davi o poupou porque não permitiu que o
ódio do outro se tornasse seu.
Davi orou por seu inimigo, como Jesus faria um milênio de-
pois, entregou o assunto a Deus.
O maior mal que quem nos odeia pode nos fazer é nos fazer
odiá-lo. Quando odiamos a quem nos odeia nós lhe somos iguais
e merecemos a mesma justiça que requeremos para ele.
Procuremos viver de modo a não fazer inimigos. Se alguém
se torna nosso inimigo, peçamos a Deus para manter em paz o
nosso coração.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 23 a 24


“Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico
nunca terá tudo o que quer. Isso também é ilusão”. (Eclesiastes 5.10)

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15 “A devoção é a escola onde aprendemos a aquietar nossa
alma, saindo da agitação, da tagarelice, do ativismo, das
SETEMBRO ambições, da insatisfação e das preocupações para nos
relacionarmos, pela ação do Espírito Santo, com o Pai de
Jesus Cristo, que nos perdoa, aceita, apazigua, alegra e
enche de santo temor”. (O smar L udovico da S ilva )

Aprendendo a orar, 1/2


Orar é dizer a Deus, o Pai de Jesus Cristo e o nosso, como esta-
mos, como nos sentimos, para agradecer, para pedir, para ter
amizade.
Há pessoas que oram e há pessoas que não oram.
Há pessoas que oram pouco e há pessoas que oram muito.
Quem não ora quer orar.
Quem ora quer orar mais.
Todos precisamos aprender a orar.
Jesus nos ensina a orar. Podemos aprender com ele. Jesus en-
sinou seus primeiros seguidores a orar (Mateus 6.8-13). Não de-
vemos ter vergonha em pedir que nos ensine.
Devemos saber que a oração é idealmente um estilo de vida
diante de Deus, que se realiza a partir de um conceito adequa-
do de Deus. O Deus único revelado por Jesus Cristo não um
deus amedrontador dos nossos temores infantis, nem um deus
domesticado por nós, logo, sem poder para nos ouvir. Talvez
alguns de nós não oremos por acharmos que Ele não se impor-
ta conosco.
Quem quer desenvolver uma vida em forma de oração precisa
saber que Deus pode fazer infinitamente mais do que pedimos,
pensamos ou imaginamos (Efésios 3.20).
Orar é o caminho pelo qual nos relacionamos com Deus. Não
tem muito a ver com pedir, embora possamos pedir. Não tem
muito a ver com agradecer, embora possamos agradecer. Orar
é uma forma de saber quem somos e sobretudo quem Deus é.
Quanto mais oramos a Deus, mais O conhecemos. (Jeremias 24.7)
Orar é entregar tudo e nada exigir. Orar é confiar. Quem con-
fia em Deus espera o que Ele vai fazer. Na oração, entregamos a
nossa vida ao Senhor Deus, confiamos nEle, aguardando o que
Ele fará (Salmo 37.5). [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 25


“Como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada. Apesar de
todo o nosso trabalho, não podemos levar nada desta vida”. (Eclesiastes 5.15)

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16 “A verdadeira oração é medida pela intensidade, não pelo
tamanho. Um simples gemido diante de Deus pode conter
SETEMBRO mais plenitude do que uma oração elaborada e longa”.
(C harles S purgeon )

Aprendendo a orar, 2/2


Quando oramos, entramos no mistério de Deus. A resposta de
Deus é sempre um mistério.
Nossa oração tem a ver com nosso desejo. A resposta de Deus
tem a ver com a nossa necessidade.
O modo como oramos mostra o nosso conceito de Deus. Se,
para nós, Deus é solene, oramos formalmente. Se Deus é amigo,
oramos informalmente. Se temos medo, oramos tremendo. Se
O temos como fraterno, oramos com alegria. Se sentimos a Sua
presença, oramos com confiança. Se Ele nos parece vago, ora-
mos por orar.
Quando oramos a Deus, falamos com Deus, sem medo, sem pro-
curar palavras, sem rodeiros, sem impostar a voz. Orar a Deus é
conversar com Deus, abrindo-nos completamente com Ele.
Nossa oração deve ser dirigida ao Pai em nome de Jesus. É Ele
quem intercede por nós. Quem ora não tem poder. O Pai Eterno
tem. O Filho de Deus tem. O Espírito Santo tem. Devemos orar ao
Pai, em nome de Jesus, que intercede por nós e na certeza de que
o Espírito Santo interpreta os nossos pedidos (Romanos 8.26),
Assim, se queremos mesmo orar, tendo tomado a decisão de
orar, precisamos organizar nossas vidas para orar.
Comecemos por encontrar um horário e um lugar, regulares,
em nossa casa ou em algum outro espaço.
Abramos a Bíblia e leiamos. Pode ser um salmo, uma oração,
uma história, uma parábola. É muito bom lermos os salmos bí-
blicos. Podemos fazer deles as nossas orações.
Falemos livremente, como uma conversa com uma pessoa.
Mais que receber coisas, quando oramos temos uma vida com
qualidade eterna.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 26


“Se Deus der a você riquezas e propriedades e deixar que as aproveite, fique
contente com o que recebeu e com o seu trabalho. Isso é um presente de Deus”.
(Eclesiastes 5.19)

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17 “Eis um mistério da graça: ela nunca vem tarde demais”.
(F rançois M auriac )
SETEMBRO
Convergência
Não devemos ficar desesperados.
Seja qual for o perigo,
seja qual for a decisão,
seja qual for o inimigo,
seja muito forte a depressão.

Sabemos que quando ficamos desesperados,


perdemos a força da razão
e deixamos que nossas certezas virem pós.
Vamos contra nossa própria religião
e nos esquecemos que não estamos sós.

Sabemos dos prejuízos de ficarmos desesperados,


Mas é da nossa humana condição
Sentir que chegamos ao fundo onde não se vive,
Sofrer como se não houvesse solução,
Sem socorro que nos alcance e livre.

Sabemos que, quando ficamos desesperados,


Assumimos culpas que não temos,
Ignoramos os erros que cometemos,
Aceitamos derrotas que ainda não são realidade.
paramos de perceber as rotas da liberdade.

Se não temos como não ficar desesperados,


Como um Jonas no ventre da morte engolido
não como Saul que o Deus único fez esquecido,
Olhemos para Deus como fonte de esperança,
certos que Deus em nosso socorro haverá de vir
e, em nosso favor, seu amor fará tudo convergir.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 27


“Isso também é ilusão, é correr atrás do vento. É muito melhor ficar satisfeito com o
que se tem do que estar sempre querendo mais”. (Eclesiastes 6.9)

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18 “Decida manter a felicidade e a alegria e se formará um
invencível exército contra as dificuldades”. (H elen K eller )
SETEMBRO
Vibração conjunta
A alegria vem do fato de, amados por Deus, termos sido aceitos
para participar do Reino da luz, sendo ela mesma uma forma de
irradiar essa luz (Colossenses 1.12). Onde há luz, não há medo,
mas alegria. Onde há luz, não há maldade, mas santidade.
O maior obstáculo à alegria – a incerteza sobre o futuro – foi
removido quando Deus nos aceitou como seus filhos, aprovan-
do-nos sem que nada tivéssemos feito, apenas por amor, por
puro amor.
Há outros obstáculos. Pode ser que, aceitos por Deus, ainda
busquemos a sua aprovação e isto nos rouba a alegria. Pode ser
que, vivendo numa família de pessoas sérias demais (rancoro-
sas, talvez), o jeito taciturno se incorporou ao nossa. Pode ser
que a cascata de amarguras que se abateu sobre a nossa cabeça
tomou todo o nosso corpo.
Sabendo que a alegria nos embeleza (Provérbios 15.13) e re-
conhecendo que Jesus veio para nos dar alegria completa (João
16.24), precisamos nos converter e deixar a velha vida triste no
passado. Jesus pode ser a nossa alegria, que se mostra em atitu-
des visíveis.
A alegria se mostra na gratidão. As coisas boas são presentes
enviados por Deus através de pessoas ou através do sopro do Es-
pírito Santo nos nossos corações.
A alegria se vê na celebração. A alegria não pede segredo.
Quem está alegre canta sozinho mas prefere vibrar na compa-
nhia de outros.
A alegria alonga e fortalece a nossa vida. A alegria nos faz
vencer.
Convidados para uma festa, devemos ir.
Diante de tanto a comemorar, convidemos para as nossas
festas.
Jesus veio para vivermos em festa.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 29 e Colossenses 1


“Desse modo, vocês poderão viver como o Senhor quer e fazer sempre o que agrada
a ele. Vocês vão fazer todo tipo de boas ações e também vão conhecer a Deus cada
vez mais”. (Colossenses 1.10)

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19 “A Inglaterra tem dois livros: a Bíblia e Shakespeare. A
Inglaterra fez Shakespeare, mas a Bíblia fez a Inglaterra”.
SETEMBRO (V ictor H ugo )

Em busca do hábito bom


Na leitura da Bíblia encontramos um adversário: a falta do há-
bito de ler. Sem este hábito, perde a Bíblia, perdem os bons li-
vros, perdemos nós.
Tomada a decisão de ler, devemos tomar alguns cuidados. Há-
bito se adquire com a repetição. Repetição se faz com disposi-
ção. A disposição começa com a coragem.
Se queremos ler a Bíblia ou qualquer outro bom livro, comece-
mos lendo por um curto período (5 minutos, por exemplo); de-
pois, façamos uma pausa e retomemos a leitura por mais alguns
poucos minutos. Fazendo assim, sucessivamente, logo aumenta-
remos o tempo contínuo dedicado à leitura.
No início, ainda sem o hábito, não adianta forçarmos. Será
cansativo e vamos parar. Se, no entanto, lermos por períodos
curtos, aos poucos vamos alongando estes períodos.
Se, no entanto, o hábito de ler não se torna natural em nós, te-
mos um recurso: o áudio-livro, o livro falado. Há muitos áudio
-livros disponíveis. No caso das Sagradas Escrituras também: os
textos bíblicos estão gravados por vozes agradáveis, que nos aju-
dam a degustar a beleza e a profundidade da Bíblia. Use estes re-
cursos. (Um deles pode ser conhecido em: www.bibliafalada.org)
Os deficientes visuais não estão impedidos de ler a Bíblia. Além
das gravações sonoras, as Sagradas Escrituras estão disponibili-
zadas em braile. (Para se informar, procure a Sociedade Bíblica
do Brasil ou acesse sbb.org.br)
Todos podemos ler a Bíblia.
Todos podemos nos inspirar com bons livros.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Samuel 30; Colossenses 2 e 1Tessalonicenses 1


“O lavrador preguiçoso, que não ara as suas terras no tempo certo, não terá nada
para colher”. (Provérbios 20.4)

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20 “O ontem já foi e o amanhã ainda não chegou; só temos o hoje.
Vamos começar”. (M adre T eresa de C alcutá )
SETEMBRO
Sacuda sua alma
Nunca amamos o suficiente.
Pode ser que, em algum momento da vida, precisemos fazer
um inventário de nossas vidas.
Nele, precisamos relacionar nossas realizações. Talvez con-
cluamos que, graças a Deus, tenhamos ido mais longe do que
pensávamos.
Mesmo, nesta condição, pode ser que a nossa memória guarde
tarefas que ainda precisamos realizar.
Pode ser um amigo com quem desejamos estar juntos, porque
ele se encontra enfermo, mas não encontramos tempo de com-
partilhar afetos.
Pode ser uma dívida financeira, que vamos empurrando, sem
saber o golpe que nos espera.
Pode ser um curso que deixamos para o próximo ano.
Pode ser uma viagem dos sonhos que continua habitante do
território dos sonhos.
Pode ser uma lista de pessoas com quem nos comprometemos
a orar e esquecemos.
Pode ser as coisas da casa que esperam por conserto.
Pode ser um vício que nos devore em fogo brando.
Vamos vivendo e algumas coisas vão ficando para trás, mas
nem todas ficam para trás sem nos assombrar.
É hora de sacudir nossa alma. O que é passado fique lá. O que
são pendências a ser resolvidas, que a mesma graça realizado-
ra de Deus nos fortaleça para os atos de coragem que cada uma
delas requer. A ninguém devamos, senão o amor, que nunca é
suficiente.
Sempre podemos amar um pouco mais.
Sempre podemos amar mais a nós mesmos.
Sempre podemos amar mais ao próximo.
Sempre podemos amar mais a Deus.

Para ler HOJE na Bíblia: Colossenses 3


“Porque vocês já morreram, e a vida de vocês está escondida com Cristo, que está
unido com Deus”. (Colossenses 3.3)

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21 “O amor é o perfume das almas”. (H élder C âmara )

SETEMBRO
Palavras-perfume
Há pessoas capazes de deixar mais fortes quem as ouve.
Suas palavras animam os desanimados e confortam os tristes.
Talvez receberam de Deus este dom, que começa com o dom
da compaixão, que prossegue com uma sensibilidade para ver a
necessidade do outro e continua com a disposição de estar com
o outro em sua dor.
Pode ser que alguns, partindo do pressuposto que não têm o re-
ferido dom, não se importam com o outro, não se interessam em
proferir palavras que fortaleçam. Talvez até as valorizem quan-
do são alvos delas, mas não ao ponto de agir do mesmo modo.
Em alguns, importar-se com os outros pode ser algo poderoso,
mas todos somos chamados a nos importar (1Tessalonicenses
4.18). Compaixão não é um dom para poucos, mas uma disposi-
ção para todos que reconhecem que são humanos, com as fragi-
lidades e as forças próprias de pessoas reais.
Se nos sentimos parte da família humana, precisamos desen-
volver a capacidade de olhar para os membros da família, da nos-
sa família humana. Se ignoramos que fazemos parte da família
humana, tudo nos é permitido, como o desinteresse e o desleixo.
Todos podemos nos animar uns aos outros.
Além de olhos para ver e sentir, precisamos saber que nos-
sas palavras têm a força da vida e da morte. Precisamos, então,
cuidar delas. Quando formos usá-las com alguém, precisamos
aveludá-las para chegarem macias e limá-las para alisar sua as-
pereza.
Quando estamos diante de alguém, devemos usar nossas pala-
vras, nunca como faca que fere ou veneno que mata, mas como
remédio que cura, como perfume que aromatiza.

Para ler HOJE na Bíblia: Colossenses 4 e 1Tessalonicenses 2


“Nós os animamos e aconselhamos para que vocês vivessem de uma maneira que
agrade a Deus, que os chama para terem parte no seu Reino e na sua glória”.
(1Tessalonicenses 2.12)

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22 “O espírito humano deve prevalecer sobre a tecnologia”.
(A lbert E instein )
SETEMBRO
Andando de carro
Andar de carro é muito bom. Ter um carro é muito bom.
Usar um telefone celular é muito bom.
Ter à mão os bens que a tecnologia produz é muito bom.
As pessoas mais novas devem se perguntar como as pessoas
podiam viver sem um celular.
As pessoas mais antigas devem se perguntar como as pessoas
podiam viver sem um automóvel.
Podemos viver sem celular. Vamos nos comunicar menos, mas
talvez abracemos mais. Há pessoas viciadas em celular, que
bem farão se planejarem um dia de jejum do uso de celular.
Podemos viver sem carro. Passaremos por dificuldade, mas,
a menos que tenhamos uma emergência a socorrer, podemos
passar um dia sem carro, se o veículo não é um meio de traba-
lho para nós.
Há benefícios indiscutíveis em deixar de andar de carro pelo
menos um dia.
Nosso corpo terá que se movimentar mais. Fazer exercício
gera saúde.
Nossos pulmões respirarão ares melhores, recebendo mais
saúde.
Nossos olhos apreciarão ruas e praças, prédios e jardins, que a
velocidade nos impede normalmente de perceber.
Além disto, mostraremos que não dependemos de uma má-
quina.
A natureza também nos agradecerá por receber uma carga
menor de materiais poluentes transportados pelos automóveis.
Um dia sem carro também nos convida a refletir sobre o uso
dos automóveis.
Talvez, a partir de hoje, possamos percorrer a pé o trecho rápi-
do que geralmente fazemos de carro.
Talvez possamos descobrir que podemos ir para o trabalho ou
para a escola usando o carro de um amigo, revezando-nos ao
volante.
Talvez repensemos se realmente precisamos ter um carro.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Tessalonicenses 3


“A bênção do SENHOR Deus traz prosperidade, e nenhum esforço pode substituí-la”.
(Provérbios 10.22)

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23 “Perdoe a todos que o ofenderam, não por eles, mas por você
mesmo”. (H arriet N elson )
SETEMBRO
O projeto do perdão, 1/2
Uma das fotos mais famosas da História é a de um grupo de
crianças vietnamitas correndo de bombas napalm jogadas so-
bre a aldeia de Trang Bang.
Uma delas, o corpo em chamas, era Kim Phuc, de nove anos.
Era o dia 8 de junho de 1972.
Encarregado de registrar os horrores da guerra, o fotógra-
fo Nick Ut a levou nos braços para o hospital. Junto com mui-
tas outras pessoas, a tia e dois sobrinhos de Kim, de três anos e
nove meses, morreram sem tempo para receber socorro. A me-
nina passou por 17 cirurgias consecutivas para se recuperar das
queimaduras que tomaram a metade do seu corpo, que ainda
guarda marcas e geme de dor, decorridos tantos anos. Ela re-
cordaria seu trauma:
– Eu não sabia o que era a dor. Tinha caído da bicicleta algu-
mas vezes, mas a napalm é pior do que se pode imaginar. A ga-
solina queima por baixo da pele. Desmaiava a cada vez que as
enfermeiras me colocavam no tanque para cortar a pele mor-
ta pelo efeito da gasolina. Mas não morri. Dentro de mim havia
uma menina pequena e forte, que queria viver.
Na juventude, Kim começou a estudar farmácia em Hanói. De-
pois, obteve uma bolsa para estudar em Cuba. Ela achava que
jamais se casaria e nunca teria filhos. No entanto, lá encontrou
um vietnamita, Bui Huy Toan, com quem se casou em 1992 e
tem dois filhos. Vivem no Canadá. Kim Phuc é embaixadora da
boa-vontade da Unesco para a cultura da paz.
A menina da foto pôde escrever uma nova história. [CONTI-
NUA amanhã]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Tessalonicenses 4


“Deus não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermos
completamente dedicados a Ele”. (1Tessalonicenses 4.7)

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24 “O perdão é a forma final do amor”. (R einhold N iebuhr )

SETEMBRO
O projeto do perdão, 2/2
Em meio à guerra e às suas consequências, Kim Phuc começou
a ler livros religiosos em busca de sentido para a sua triste vida.
Deparando-se com o Novo Testamento, descobriu os ensinos de
Jesus Cristo. No Natal de 1982, aos 19 anos de idade, ela se con-
verteu ao Cristianismo.
Perguntada o que faria se encontrasse o piloto que despejou
aquela bomba sobre sua vida, ela afirmou:
– Não podemos mudar a história, mas devemos tentar fazer
coisas boas no presente e no futuro para promover a paz.
Em 1996, Kim participou de uma cerimônia pelo Dia dos Vete-
ranos, em Washington, DC. Em seu testemunho, Kim disse que
seu grande desafio era perdoar às pessoas que tinham feito algo
tão terrível.
– Pedi a Deus para me ajudar a aprender a perdoar.
Ela queria que também o seu coração fosse curado.
– Vivi sob um governo autoritário, agora sei o valor da liberda-
de. Eu vivi na pobreza, agora sei valorizar as muitas coisas que
tenho. Eu agora conheço o poder da fé e do perdão.
Entre seus ouvintes naquela celebração memorial estava o vete-
rano John Plummer, um dos pilotos envolvidos no ataque a Trang
Bang, em 1972. Aquela foto de Kim correndo do fogo o atormen-
tava havia 24 anos. Ele precisava do perdão que só Kim podia lhe
dar. De repente um homem abriu caminho entre a multidão. Era
John Plummer, gritou:
– Kim, veja minha aflição, minha dor, minha tristeza.
Ela abraçou o militar e declarou:
– Eu perdoo você.
Com isto, o tormento de Plummer terminou.
Perdoar – eis um grande projeto, sobretudo para os feridos.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Tessalonicenses 5


“Deus não nos escolheu para sofrermos o castigo da sua ira, mas para nos dar a
salvação por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para podermos
viver com ele, tanto se estivermos vivos como se estivermos mortos quando ele vier”.
(1Tessalonicenses 5.9-10)

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25 “A fé capacita as pessoas a serem pessoas porque deixa Deus
ser Deus”. (C arter L indberg )
SETEMBRO
Pessoas melhores
Ou a fé nos torna pessoas melhores ou não serve para nada.
Podemos nos dizer pessoas cheias de fé, mas tratamos mal as
pessoas.
Podemos cantar muitas canções alegres, mas vivemos com
medo.
Podemos ler livros sagrados, mas odiamos do mesmo modo
que aqueles que nunca abriram uma Bíblia.
Podemos nos orgulhar do que cremos, mas não nos comove-
mos com a miséria ao nosso lado.
Podemos crer que vamos para o céu, mas, nesta vida, é o infer-
no que habita os nossos corações.
Podemos nos contar entre os que são fiéis a Deus, mas não
controlamos o nosso temperamento e alimentamos o ódio (Ecle-
siastes 7.9).
A nossa fé tem que nos levar a ver melhor.
A nossa fé tem que nos ajudar a sentir melhor.
A nossa fé tem que nos fazer pessoas melhores.
Quando a fé não nos torna melhores, tem algo errado com a
nossa fé.
Nossa fé tem que nos levar a tratar muito bem as pessoas, não
importa o que nos façam.
Nossa fé tem que nos encher de alegria e confiança para a
vida, mesmo em meio a agonias.
Nossa fé tem que nos impedir de abrigar ódio no coração, mes-
mo que fortemente ofendidos.
Nossa fé tem que nos fazer chorar diante da miséria do outro e
nos envolver no atendimento à sua necessidade, sem julgamen-
tos prévios, mas com compaixão.
Nossa fé tem que aceitar que o céu seja o ar que respiramos.
Nossa fé tem que permitir que o Espírito Santo controle o nos-
so temperamento, mesmo que explosivo, e lance fora todas as
mágoas e todos os ódios.
Se a nossa fé não nos torna pessoas melhores, é coisa sem va-
lor. É coisa morta (Tiago 2.17).

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 1 a 2 e Eclesiastes 7 a 8


“Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós
complicamos tudo”. (Eclesiastes 7.29)

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26 “A cortesia é a arte de fazer crer a cada um que, em relação
aos outros, é o preferido”. (E dgar Q uinet )
SETEMBRO
Além das relações de consumo
Um dia, do outro lado do balcão, alguém nos atende.
No outro dia, nós mesmos podemos estar do outro lado bal-
cão, vendendo ou embalando um produto, usando ou prestan-
do um serviço.
O balcão é um pequeno território de grandes conflitos. Pode
ser também um grande território de pequenas gentilezas.
Dos dois lados do balcão (ou da mesa ou do telefone), estão
duas pessoas. Na verdade, ali estão duas histórias, histórias da-
quele dia, histórias de vidas.
A ambos cabe o papel de tratar o outro com cortesia. Os sábios
proferem palavras calmas. Os tolos gritam (Eclesiastes 9.17). Os
sábios que vendem produtos ou serviços se desdobram em sorri-
sos simpáticos. Os sábios que compram, retribuem com simpáti-
cos sorrisos. Os sábios que vendem olham para os consumidores
e mostram prazer em tê-los ali. Os sábios que compram, tratam
com gratidão os profissionais. Os tolos que vendem, desprezam
os consumidores, de quem tiram o sustento para suas vidas. Os
tolos que compram não pedem, exigem.
Os sábios, não importa o lado do balcão, não descarregam suas
emoções ruins sobre seus clientes. Os clientes sábios não espe-
ram que seus atendentes lhes ofereçam o que não foram buscar.
Precisamos todos fazer do encontro, qualquer encontro, um
tempo de troca de gestos amáveis. Mesmo uma compra é uma
oportunidade de tornar melhor a vida do outro. Um serviço
prestado carrega um valor que pode ir além da momentânea
satisfação.
Assim, quando sairmos de casa para vender ou servir, espe-
remos os consumidores como amigos, mesmo que passageiros.
Quando sairmos de casa para comprar ou receber, desejemos
fazer amigos.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 3 a 4 e Eclesiastes 9


“Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor que puder, pois no mundo dos mortos
não se faz nada, e ali não existe pensamento, nem conhecimento, nem sabedoria. E
é para lá que você vai”. (Eclesiastes 9.10)

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27 “Se você falhar em preparar, esteja preparado para falhar”.
(B enjamin F ranklin )
SETEMBRO
Planeje antes de fazer
A vida no campo ou na cidade pode parecer diferente, mas as
regras não são diferentes.
Talvez uma pessoa urbana tenha dificuldade de entender a re-
comendação de que quem “deixa o machado perder o corte e
não o afia, terá de trabalhar muito mais”. Um camponês não
terá dificuldade para concordar que “é mais inteligente plane-
jar antes de agir” (Eclesiastes 10.10).
Não importa se gostamos, precisamos planejar antes de come-
çar a fazer. Se, em nossa família, não havia a cultura de plane-
jar, precisamos começá-la. Se nossos pais punham os pés onde
não podiam, os preços que todos pagamos nos devem servir.
Não importa onde vivamos ou o que façamos, precisamos cui-
dar dos recursos que usamos. Se trabalhamos com equipamen-
tos, temos que guardá-los para os termos quando necessários.
Se a nossa matéria-prima é a informação, devemos mantê-la à
mão na hora do uso.
Não importa em que trabalhemos, precisamos desenvolver
cada atividade com atenção para não errarmos e termos que
fazer de novo.
Na cidade ou no campo, precisamos de sabedoria. Sabedoria é
saber ouvir e ver, para bem observar. Sabedoria é estudar como
fazer o que precisamos fazer, aprendendo com quem já fez. Sa-
bedoria é ter bom senso para tomar decisões com equilíbrio.
Sabedoria se evidencia na criatividade que nos leva a fazer de
modo diferente até mesmo as coisas de sempre.
A sabedoria não se compra na loja, porque seu custo é impa-
gável. A sabedoria não acontece ao toque de um botão, porque
é coisa séria demais.
A sabedoria é para os simples, para os atentos, para os humil-
des e para os santos. Podemos ser sábios.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 5 a 6 e Eclesiastes 10


“E assim Davi entendeu que o SENHOR o havia confirmado como rei de Israel e que,
por amor ao seu povo, estava fazendo o seu reino progredir”. (2Samuel 5.12)

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28 “Às vezes, temos a memória afiada para reclamar e lerda para
agradecer”. (H ernandes D ias L opes )
SETEMBRO
Pessoas a lembrar
Vamos colhendo gestos e palavras que nos embalam.
É um “feliz aniversário” que nunca falha, num texto ou num
telefonema.
É um convite para estarmos juntos, numa data especial ou
num dia qualquer, pelo prazer da celebração ou da companhia.
É um objeto trazido de algum lugar para nos dizer que fomos
lembrados.
É uma visita para nos abraçar na hora da dor.
É uma sugestão que recebemos como uma demonstração de
confiança em nosso talento.
É um elogio que nos faz acreditar que transformaremos so-
nhos em realizações.
Não são momentos que devemos esquecer. Não podemos es-
quecer palavras que nos aqueceram, gestos que nos levantaram.
Foram flores imaginárias trazidas por pessoas reais, e não de-
vemos esquecer as pessoas reais.
Se ainda puderem ser alcançadas, devemos alcançá-las. Se
nunca lhes dissemos o quanto as amamos, digamos. Se já o con-
fessamos, repitamos. Não nos demorem as distâncias, não nos
dividam as desavenças. Demarquemos em nossa agenda um
tempo para o cumprimento e para a celebração.
Se não podem mais nos ouvir, encontremos um modo de falar
aos outros da nossa gratidão.
Não esqueçamos quem nos fez bem. Colecionemos na memó-
ria os abraços, os cumprimentos, os presentes e as presenças.
Os compromissos pessoais ou profissionais de agora não po-
dem justificar nosso desinteresse por aqueles que um dia se
comprometeram conosco.
Se tivermos que descobrir o paradeiro de quem nos apoiou
um dia, descubramos.
Se tivermos que atravessar a cidade para saudar um benfei-
tor, atravessemos.
Se tivermos que gastar tempo ou dinheiro com quem gastou
dinheiro ou tempo conosco, gastemos.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 7 e Eclesiastes 11


“Como és grande, ó SENHOR, nosso Deus! Não há ninguém igual a ti; como temos
ouvido dizer, somente tu és Deus; não existe outro”. (2Samuel 7.22)

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29 “Nossos corpos são jardins dos quais nossos desejos são os
jardineiros”. (W illiam S hakespeare )
SETEMBRO
Cuide. Simplesmente cuide
Cuide do seu corpo. Não abuse do seu corpo como se fosse con-
tinuar vigoroso para sempre. Coma o que for bom e necessário.
Durma o suficiente. Faça exames periódicos. Pratique exercí-
cios físicos regularmente. Emagreça, se for preciso. Cultive há-
bitos saudáveis. Cuide do seu corpo.
Cuide da sua mente. Não abuse da sua mente. Organize suas
emoções. Trate aquelas que você não consegue entender. Não
encha a sua memória com o que pode guardar em outro lugar.
Encontre tempo para meditar. Compre livres para ler. Busque
espetáculos para relaxar. Cuide da sua mente.
Cuide dos seus amigos. Não abuse dos seus amigos. Não os dei-
xe partir, sem que precisem. Não os deixe chorar, sem que os
console. Não peça nada deles; ajude-os. Cale-se, se for aborre-
cê-los. Diminua de tamanho, para que eles cresçam. Se eles o
inspiram, dedique-lhes suas realizações. Cuide dos seus amigos.
Cuide da sua fé. Não abuse da sua fé. Não faça da fé um escudo
para pedir, mas uma montanha de onde contemplar. Não pen-
se que pode cultivar sozinho a sua fé, se você tem uma comuni-
dade. Cuide da sua fé.
Cuide da sua família. Não abuse da sua família. Não pense que
as crianças sejam adultas; não as impeça de brincar. Não pen-
se que os velhos sejam experientes: estimule-as a pensar. Cuide
da sua família.
Cuide do seu trabalho. Não abuse do seu trabalho. Não use
seu trabalho apenas para ganhar dinheiro; use-o também para
se realizar e para ajudar outras pessoas. Cuide do seu trabalho.
Cuide da terra. Não abuse da terra. Não abuse do solo. Não
abuse da água. Não abuse do ar. Faça a terra florescer, não mor-
rer. Não suje a terra; limpe-a. Cuide da nossa terra.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 8 e Eclesiastes 12


“Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os
dias maus e cheguem os anos em que você dirá: ‘Não tenho mais prazer na vida”.
(Eclesiastes 12.1)

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30 “A família foi a primeira criação de nosso Pai de amor,
cujo cuidado foi no sentido de propiciar à humanidade a
SETEMBRO verdadeira felicidade”. (P aulo T avares de B arros )

Realmente felizes, 6/8


Jesus disse que são “felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus”.
Como ter um coração puro, se nossa história guarda traumas
que nos vêm à mente todos os dias?
Como ter um coração puro, se nossos olhos são seduzidos por
convites a desejar corpos alheios?
Como ter um coração puro, se a injustiça é parte da realidade
que vivemos e nos força naturalmente a esperar pela vingança?
Como um político será puro, se infelizmente esperam que en-
gane para se eleger?
Como um empregado será puro, se o estimulam a mentir sobre
metas que não cumpriu para ser valorizado?
Por falta de pessoas puras, o mercado da pornografia fatura
bilhões a cada mês. Por falta de pureza, armas são fabricadas,
vendidas, como se fossem apenas meios de defesa. Por falta de
pureza, crianças são abusadas. Por falta de pureza, a mentira se
torna apenas um meio para as conquistas almejadas.
Puro é quem luta contra desejos ruins.
Puro é quem, tendo alvos na vida, não os realiza a qualquer
preço.
Os puros veem Deus. As pessoas veem Deus nos puros. O mun-
do precisa ver Deus.
Os puros, para continuarem puros, precisam pastorear seus
desejos, para não serem controlados por eles.
Os puros precisam se lembrar que tudo o que fazem é feito
diante de Deus, de onde vem a força para uma vida digna. E a
sua caminhada é feita com boas leituras, boas músicas, bons fil-
mes, bons amigos.
Os puros não confiam em si mesmos para prosseguirem puros,
porque sabem que seu caminho é feito por estradas abertas so-
bre bombas encobertas. [CONTINUA em 7 de outubro]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 9


“As palavras dos sábios são como pregos bem pregados; são como as varas pontudas
que os pastores usam para guiar as ovelhas. Essas palavras foram dadas por Deus, o
único Pastor de todos nós”. (Eclesiastes 12.11)

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1 “Velhice não é tão ruim assim, quando você considera as
alternativas”. (M aurice C hevalier )
OUTUBRO
A velhice
Deus permitindo, chega a velhice, também chamada de tercei-
ra idade e feliz idade.
Nesse tempo, temos um privilégio singular: podemos olhar
para trás. Já aprendemos que o tempo passa rápido. Pode ser
até que nos arrependamos do que fizemos ou devíamos ter fei-
to, mas o tempo só tem um sentido: para frente; e isto não pode
ser invertido.
Temos a possibilidade de saber o que é realmente importan-
te. Não precisamos correr, não só porque já não somos tão ve-
lozes, mas porque aprendemos que não precisamos correr.
Podemos diminuir nossas preocupações, porque algumas reali-
dades acontecerão enquanto dormirmos. O rio segue como cor-
renteza e também nas águas calmas. Os desejos não precisam
mais nos dominar.
Todos podemos deixar um legado, mas para quem chega à
velhice são maiores as possibilidades. Na verdade, quando es-
tamos velhos, aposentados ou não, pensamos em deixar um le-
gado, algo que não mais desfrutaremos. Não é tempo de pensar
apenas em nós mesmos, mas nos outros; não devemos mais nos
concentrar no presente, porque o nosso presente se ampliou
para desejarmos ser relevantes para as gerações que virão. Ain-
da queremos a companhia do presente, mas imaginamos ser ou-
vidos no futuro. Lutamos menos, oramos mais.
Quando somos jovens, podemos pedir a Deus para confirmar
o que fazemos. Quando estamos na meia idade, podemos solici-
tar a Deus que consolide os nossos atos. Naquelas eras, no en-
tanto, nós nos considerávamos fortes e sábios demais para orar,
porque orar é entregar. A velhice é a era da oração, a sabedoria
máxima que um ser humano pode alcançar, por incluir humil-
dade e coragem, dependência e força, joelhos dobrados e mãos
levantadas.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 10


“De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus
mandamentos porque foi para isso que fomos criados”. (Eclesiastes 12.13)

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2 “Nada paralisa as nossas vidas como a atitude que as coisas
jamais mudarão. Precisamos nos lembrar que Deus pode
OUTUBRO mudar as coisas. A visão determina o resultado. Se olharmos
apenas para os problemas, seremos derrotados. Se olharmos
as possibilidades nos problemas, poderemos vencer”.
(W arren W iersbe )

Celebremos as pequenas vitórias


Se nos fixarmos nas dificuldades, elas serão ainda mais duras.
Se nos ativermos ao peso sobre as costas, vamos nos dobrar.
Para termos esperança que alimenta a perseverança, precisa-
mos de uma visão daquilo que Deus já fez por nós. Quem fez
faz. Estávamos num beco sem saída, mas Deus abriu uma bre-
cha e houve saída para nós. Quem O busca sabe que Ele é bom
(Lamentações 3.25). Se estivermos agora de novo num beco sem
saída, por que Deus não fará uma brecha no muro de novo para
nos livrar? Nós podemos ter mudado, mas Ele não.
Em nossa caminhada, precisamos olhar para o que Deus está
fazendo e celebrar o que está fazendo, mesmo que seja algo bem
pequeno, como um emprego que não é o emprego dos nossos so-
nhos; uma palavra, mesmo seca, vinda de quem nunca nos diz
uma palavra sequer; um diagnóstico que abre uma fresta de es-
perança para o tratamento; um membro da família que sinali-
za, mesmo que discretamente, um pedido de ajuda; a chegada
de mais um voluntário à nossa equipe de trabalho; uma melho-
ra na saúde de uma pessoa querida; uma bênção que bem po-
deria ser tomada como uma coincidência, mas que se evidencia
claramente como providência.
Precisamos ter em mente “o trabalho que resulta da fé, o es-
forço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da es-
perança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tessalonicenses 1.3).
Quando celebramos as pequenas vitórias, nós nos fortalece-
mos com a certeza de que Deus está conosco. Nosso caminho
não é fácil sempre, mas não estamos sozinhos porque contamos
com o poder de Deus, que nos pede perseverança e nos capaci-
ta para a esperança.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 11 a 13


“Então Davi disse: ‘Eu pequei contra Deus, o SENHOR’. Natã respondeu: ‘O SENHOR
perdoou o seu pecado; você não morrerá’”. (2Samuel 12.13)

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3 “Faça amizades com quem estiver pronto a censurá-lo”.
(N icolas B oileau )
OUTUBRO
Natã
Em nossa história, deparamo-nos com pessoas surpreendentes.
Algumas, quando tudo parecia conspirar contra elas, conse-
guiram se superar e seguiram bem vida a fora.
Outras, que tiveram momentos de apogeu, acabaram vítimas
de suas próprias vitórias e afundaram completamente, como se
o retorno fosse impossível.
Talvez a explicação para as diferenças nestes percursos esteja
nas palavras que ouviram a seu respeito.
O sucesso, por menor que seja, tende a produzir arrogância.
Quem vence vence por que confia que pode vencer. O proble-
ma é quando esta autoconfiança se endurece ao ponto de gerar
uma pessoa que só ouve a si mesma e mais ninguém. Cercada de
elogios por todos os lados em função de suas vitórias, uma pes-
soa assim não escuta; apenas fala.
Quem apenas faz e fala, sem ouvir, vai acumulando acertos e
erros.
Quem apenas fala, sem escutar, acaba acreditando que é o que
não é.
O perigo ronda o território das estratégias, mas também amea-
ça a integridade moral de um indivíduo, que é o seu melhor pa-
trimônio.
O rei Davi cometeu uma série de crimes, mas dormia o sono
dos inocentes a cada noite. O pesadelo começou quando o pro-
feta Natã o contestou no seu pecado. Primeiro, o rei fez de conta
que não era com ele, mas depois caiu em si (2Samuel 12).
Todos precisamos de pessoas que nos digam que estamos
errados.
Se nós as ouvirmos, acertaremos mais.
E quando os verdadeiros amigos nos confrontarem, em lugar
de os apagarmos da nossa lista de amigos, bem faremos se os
ouvirmos, com coragem para a mudança.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 14 a 16


“É por isso que sempre oramos por vocês, pedindo que o nosso Deus, que chamou
vocês para a nova vida, faça com que sejam merecedores dela. Pedimos também
que ele, pelo seu poder, realize todos os desejos que vocês têm de fazer o bem e
complete o trabalho que fazem com fé”. (2Tessalonicenses 1.11)

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4 “A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a
época de a praticar”. (J ean -J acques R ousseau )
OUTUBRO
Ainda dá tempo
Talvez, se você olhar para trás na sua vida, chegará à infância,
quando, pelo exemplo de um parente ou de um vizinho, brincou
de ter esta ou aquela profissão.
Talvez, sua lembrança não vá tão longe, mas chegue ao sonho
juvenil de ser alguém que faria diferença no mundo, para tor-
ná-lo melhor.
Talvez, hoje você seja uma pessoa conformada por ter seguido
não os caminhos que desejou, mas as vias que lhe foram aber-
tas ou mesmo as avenidas que se mostraram, não as melhores,
mas as possíveis.
Talvez, agora tenha enterrado seus sonhos, vistos, quando
lembrados, como sepultados.
Talvez, mas quem sepultou seus sonhos?
Talvez, você não tenha apagado seus sonhos, apenas muda-
do de alvos; então, neste caso, você realizou outros. Seu sonho,
mesmo que novo e diferente do antigo, valeu a pena.
Talvez, você ache que não dê mais tempo de realizar o sonho,
nascido há muito tempo, mas que tem persistido bravamente
com você. Então: quem lhe disse que não dá mais tempo de tor-
nar real o que sonhou? Quem lhe disse que não dá mais tempo de
fazer o curso que sempre desejou? Quem lhe disse que não pode
mais conhecer a cidade ou o país que os seus olhos imaginaram?
Quem lhe disse que não escreverá o livro que existe apenas na
sua mente? Quem lhe disse que tem que abrir mão da carreira
que não começou? Quem lhe disse que sua vida acabou?
Talvez, você mesmo esteja contando impossibilidades ou tal-
vez seus ouvidos estejam dando atenção demasiada às vozes
das circunstâncias.
Talvez, você tenha decidido preferir aceitar o que não deve ser
aceito, quando deveria continuar sonhando e agindo para se-
guir em frente com os seus desejos legítimos.
Talvez você tenha parado de viver ou esteja vivendo uma vida
aquém do que você pode, mas você pode ir além. Dá tempo. Le-
vante-se!

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 17 a 19


“Como és grande, ó SENHOR, nosso Deus! Não há ninguém igual a ti; como temos
ouvido dizer, somente tu és Deus; não existe outro”. (2Samuel 7.22)

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5 “Educar os filhos é caminho árduo de ensinar e perseverar”.
(R ogéria B olsonaro )
OUTUBRO
Dentro de casa
Nos palácios acontecem coisas que nunca saberemos, sobretudo
aquelas que envolvem as relações familiares.
Em nossas casas também há dramas, que não compartilhamos
com ninguém, muitas vezes por vergonha, desejosos que fique
de nossa família uma boa imagem.
A família do rei Davi, de Israel, não era diferente das nossas.
Um dos seus filhos lhe deu muito trabalho, ao ponto de cons-
pirar contra ele. O pai chegou a fugir para não enfrentar o fi-
lho, mas não conseguiu. Os lamentos de Davi por Absalão ainda
ecoam, três milênios depois. Seus lamentos são ainda os de mui-
tos pais em nossos dias.
Conflitos em casa, como os de Davi e Absalão, podem aconte-
cer. Nossas famílias não são diferentes das outras, como se ne-
las não houvesse divergências, às vezes dramáticas.
Diante do choque de realidade, precisamos avaliar a nossa
responsabilidade. É mais fácil, embora falso, responsabilizar
apenas um lado. Se temos parte ativa no conflito – e geralmen-
te temos – nossa melhor decisão se realiza no caminho do per-
dão. Nada acontecerá de bom sem que antes peçamos perdão,
corajosamente, mesmo que unilateralmente, pelo que fizemos
intencionalmente ou sem perceber o mal que fazíamos.
Aceitos ou não os nossos pedidos, nunca podemos desistir de
quem amamos, não importa o que faça contra nós ou diga de
nós. Nós somos sua única oportunidade.
Não desistimos quando amorosamente dizemos o que deve-
mos dizer na hora certa, quando cuidamos mesmo que recha-
çados, quando oramos, mesmo que os joelhos sangrem e as
palavras fiquem gastas.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 20 a 22


“O meu Deus é uma rocha em que me escondo. Ele me protege como um escudo;
ele é o meu abrigo, e com ele estou seguro. Deus é o meu Salvador; ele me protege
e me livra da violência”. (2Samuel 22.3)

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6 “Cuidador, tu és cuidado.
Mais ainda: és amado.
OUTUBRO Despido ou arrumado,
Haverá sempre um abraço.
Cuidador, não seja descuidado”.
(C arlos D aniel de C ampos )

Bem, melhor
Todos fazemos o bem. E podemos, mas não devemos, nos cansar
(2Tessalonicenses 3.13)
Cansam-nos os aproveitadores, sempre a pedir, nunca a mu-
dar, raramente a agradecer.
Cansam-nos os esforços que empreendemos, por nos sugarem
as forças.
Cansam-nos os resultados, nem sempre à altura do tempo de-
dicado e dos recursos oferecidos.
Cansam-nos as nossas próprias emoções, desgastadas diante
da miséria sentida, confusas diante de tantos problemas, decep-
cionadas com tanta desigualdade.
Precisamos sempre lembrar o que sempre soubemos:
1. Não fazemos o bem para receber algo de Deus ou dos homens.
Fazemos o bem porque queremos fazer como Jesus fez.
2. Não fazemos o bem esperando um gesto de gratidão de
quem ajudamos. Agradecer não é natural no ser humano.
3. Não fazemos o bem para melhorar a nossa biografia. Faze-
mos o bem porque é um mandamento de Deus e queremos
obedecer. Fazemos o bem porque podemos compartilhar o
que temos. Fazemos o bem porque entendemos que somos
iguais a quem ajudamos.
4. Não fazemos o bem para granjear simpatia para a nossa fa-
mília, nossa igreja ou nossa empresa. O bem não pode ser
uma ação de marketing. O bem que fazemos vem da com-
paixão.
Se disto lembrados, ainda nos cansamos, precisamos olhar um
pouco para nós, os benfeitores, e cuidar um pouco de nós mes-
mos. Talvez precisemos descansar e voltar firmes e fortes para
fazer o bem ainda melhor.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Samuel 23 a 24 e 2Tessalonicenses 1


“O Senhor Jesus é fiel. Ele lhes dará forças e os livrará do Maligno”.
(2Tessalonicenses 3.3)

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7 “A vida familiar pode ser vivida com ou sem laços de
sangue. Quando nos apropriamos do amor que há em Cristo,
OUTUBRO podemos experimentar este amor e nos moldar um ao outro”.
(S elma B randão )

Realmente felizes, 7/8


Jesus disse que são “felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos”.
Desde cedo, nós, meninos, aprendemos que ser homem é ser
bom de briga, não de paz.
Nas ruas onde brincávamos, riscava-se, por vezes, um círculo
no chão, numa metáfora do ser humano. Lembremos: um fazia
o círculo desafiador, chamando os dois desafetos para que mos-
trassem quem era o mais forte. Como se fosse uma plateia ávida
por suor e sangue, outros meninos e meninas colegas torciam
por um ou por outro.
Poucos integravam a claque do “deixa disso” e entravam no
círculo para desfazê-lo.
Ser de paz é desfazer o círculo da guerra entre as pessoas.
Quem desfaz o círculo da guerra é filho de Deus. Todos pen-
sam que são filhos de Deus, mas só os que trabalham pela paz
podem colocar esta filiação no seu histórico pessoal. Ainda hoje
brincadeiras de sucesso entre pequenos e grandes são os com-
bates entre dois homens ou entre duas mulheres num ringue.
Bom é quem tira sangue do outro, sob o aplauso delirante de
uma plateia que torce freneticamente. Este tipo de espetáculo
faz parte do nosso estilo de vida, que orgulhosamente chama-
mos de “civilizado”. Imaginemos se não fôssemos.
Devíamos valorizar os pacificadores, mas elogiamos os “guer-
reiros”. Devíamos ter a coragem da fraqueza, se ser fraco é es-
colher a paz, mas optamos muitas vezes pela força da covardia,
quando decidimos enfrentar só os que achamos que podemos
derrotar.
A guerra é algo natural em nós, mas a paz é algo espiritual.
Quem entra numa guerra já perdeu. Quem promove a paz já
venceu. [CONTINUA em 11 de novembro]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Tessalonicenses 2


“Que o próprio Jesus Cristo, o nosso Senhor, e Deus, o nosso Pai, que nos ama e que
na sua bondade nos dá uma coragem que não acaba e uma esperança firme, encham
o coração de vocês de ânimo e os tornem fortes para fazerem e dizerem tudo o que
é bom!” (2Tessalonicenses 2.16-17)

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8 “Quando há uma tempestade, todos os pássaros escondem-se;
as águias, porém, voam por cima”. (I ram B astos )
OUTUBRO
A arte de voar
Quando vier a tempestade, podemos fazer como os pássaros e
nos esconder.
Quando vier o vento muito forte, podemos fazer como uma ae-
ronave pequena e não voar.
Quando vier a dificuldade, podemos seguir a multidão e re-
clamar.
Quando vier a perplexidade, podemos imitar o avestruz e fa-
zer de conta que tudo vai bem.
Quando vier o perigo, podemos nos recolher por causa do
medo.
Quando vier a crise, podemos ficar parados onde estamos,
como se ela fosse passar.
Diferentemente, podemos fazer como as águias, que, em lu-
gar de se esconder durante a tempestade, voam por cima das
nuvens.
Diante do vento forte, podemos tomá-lo como aliado para nos
fazer sair do solo, como acontece com os grandes aviões.
Diante da dificuldade, podemos nos tornar melhores para fa-
zer bem o que precisamos fazer.
Diante da perplexidade, podemos olhar ao nosso redor, ver o
problema, reunir quem pode nos ajudar e nos por a caminho
da solução.
Diante do perigo, podemos parar por um pouco, evitar o que
pode ser evitado, retomar nossa rota e prosseguir nossa jornada.
Diante da crise, podemos refletir nas suas causas, buscar sua
superação e trabalhar para vencê-las. Se tivermos que recuar,
será por um pouco, apenas por um pouco.
O poder dos problemas sobre nós depende de como os ve-
mos. Se os virmos como maiores do que nós, recolheremos
nossas asas. Se nos virmos como capazes de os resolver, voa-
remos, fazendo a única coisa que podemos fazer diante de um
obstáculo: superá-lo.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Tessalonicenses 3


“Mas vocês, irmãos, não se cansem de fazer o bem”. (2Tessalonicenses 3.13)

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9 “Morri de muitas mortes e mantê-las-ei em segredo até que a
morte do meu corpo venha, e alguém, adivinhando, diga: esta,
OUTUBRO esta viveu”. (C larice L ispector )

Perguntas indispensáveis
Temos muitas dificuldades diante da morte, esse nosso destino
de todos nós.
Se o nosso amigo morre porque não cuidou de sua saúde, sere-
mos sábios se cuidarmos da nossa.
Se um acidente na estrada faz muitas pessoas chorar, seremos
sábios se formos cuidadosos em nossas viagens, como motoris-
tas ou passageiros.
Se o amor excessivo ao dinheiro, por parte de um conhecido
ou desconhecido, lhe preparou a forca, fiquemos longe do ca-
dafalso.
Se uma pessoa muito rica não teve sua vida prolongada pelo
dinheiro que tinha, devemos nos perguntar se vale a pena tra-
balhar a vida toda sem usufruí-la em sua plenitude, que não
está no sexo, nem no poder, nem no dinheiro (Salmo 49.16-20).
Se uma pessoa muito pobre é chorada, é porque fez amigos, o
que nos deixa uma pergunta: quantos amigos temos? São eles
que vão ao nosso funeral.
Se um conhecido afundou no vício, e o vício o levou de vez,
não nos viciemos; se nos viciamos, cortemos o mal hoje mesmo,
mesmo que doa.
Se precisamos ajudar nas despesas para o sepultamento de um
amigo, sejamos previdentes.
Se, na hora do funeral, foi difícil coletar algumas pessoas para
transportar o caixão, confiramos como estamos vivemos, para
que sobrem braços para nos carregar em nossa última viagem.
Se a morte foi precoce, encerrando uma vida muito cedo, me-
ditemos sobre o que estamos fazendo com a nossa.
Quando perdermos uma pessoa que admirávamos, devemos
procurar viver de tal modo a levar outras pessoas a nos admirar.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 11 a 12 e Salmo 49


“O ser humano, por mais importante que seja, não pode escapar da morte; como os
animais morrem, ele também morre”. (Salmo 49.20)

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10 “Só estamos perdidos enquanto não começamos a
compreender quem somos”. (H enry D avid T horeau )
OUTUBRO
Nada de preconceito contra nós mesmos
Somos geralmente preconceituosos.
Não vemos os diferentes como diferentes, mas como piores.
Quando uma pessoa é diferente no seu corpo, tendo uma defi-
ciência, por exemplo, nós lhe temos compaixão.
Quando uma pessoa é diferente na sua mente, nossas atitudes
diante do que ela diz e faz são majoritariamente contraditórias.
As doenças da mente são um território difícil de penetrar, por-
que sabemos pouco ou muito pouco. O problema é que, em lu-
gar de confessar nossa ignorância, aceitamos os rótulos rápidos,
populares ou profissionais, como se fossem definitivos e como
se descrevessem a pessoa em sua inteireza.
De certo modo, diante da complexidade da doença mental, nós
rejeitamos quem a tem, numa forma cruel de preconceito.
É por isto que, quando a nossa própria mente para de fun-
cionar equilibradamente, tendemos a negar, mesmo quando
percebemos o problema. O medo de sermos rejeitados nos apri-
siona numa ilha. O medo de termos que tomar um remédio, tal-
vez pelo resto da vida, nos diminui, como se a mente não fizesse
parte do nosso corpo.
Em outras palavras, se assim agimos, somos vítimas de nosso
próprio preconceito. Não queremos ser rotulados, não quere-
mos ser julgados, exatamente como, às vezes, fazemos.
O preconceito contra nós mesmos nos faz sofrer. Ao contrá-
rio, se estamos doentes, busquemos uma ajuda profissional, que
nos indique o diagnóstico e nos aponte para o tratamento. Se o
tratamento inclui uma terapia ou um medicamento, não deve-
mos temer o que não deve ser temido.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 13 a 14 e Salmo 50


“Os céus anunciam que Deus é justo e que ele mesmo é quem vai julgar”.
(Salmo 50.6)

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11 “A fé vem através da Palavra de Deus e do louvor. A fé cresce
quando você louva ao Senhor”. (W esley L. D uewel )
OUTUBRO
Louve e cresça
Quando você ouve a palavra “louvor”, talvez lhe venha à men-
te uma atitude diante de Deus, que se expressa por meio de can-
ções chamadas de “louvores”.
Atrás de um louvor, há uma fé: Deus é poderoso, amoroso e faz
as coisas acontecerem a nosso favor.
À frente do louvor, há uma atitude: reconhecemos que Deus
se importou conosco e nos concedeu o que lhe pedimos. Louvar,
portanto, é agradecer.
Abaixo do louvor, pode haver um desejo de “comprar” Deus,
como se fosse possível.
Muitas vezes, os louvores descrevem quem Deus é; outras ve-
zes, dedicadamente nos ensinam que podemos esperar pelo
livramento de nossas dificuldades; outras vezes ainda, são ex-
pressões apenas de gratidão.
Os louvores que saem dos poetas e cantores visam também
inspirar pessoas, sozinhas ou em grupo. Quando ouvimos um
“louvor”, fazemos das palavras as nossas. Essa identificação nos
associa com milhares de outras pessoas que fazem o mesmo, es-
tejam onde estiverem.
Os louvores que saem espontaneamente dos nossos lábios,
com ou sem arte, expressam o que sentimos diante de Deus. Por
eles, pedimos. Com eles, agradecemos.
Não agradecemos para poder pedir mais. Agradecemos por-
que estamos felizes.
Não louvamos para merecer mais. Louvamos porque recebe-
mos o que não merecíamos.
O louvor será sempre uma explosão de fé e esperança. O lou-
vor será sempre uma confissão de nossa pequenez. O louvor
será sempre um desejo de amar como somos amados.
Todas as vezes que louvarmos, em casa ou numa reunião, de-
vemos endereçar uma oração a Deus: que ele nos livre da inútil,
mas perigosa, tentação de manipulá-lo.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 15 a 16 e Salmo 51


“Deem graças ao SENHOR porque ele é bom, e o seu amor dura para sempre”.
(1Crônicas 16.34)

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12 “A família é o lugar onde Deus nos colocou para
aprendermos a amar e estarmos em constante oração
OUTUBRO pela salvação de nossos entes queridos e pela paz no mundo”.
(T eresa C ristina R eis de A raujo )

Filhos são como ostras


Recebemos nossos filhos como se fossem ostras, para transfor-
má-las em pérolas. Neste labor, acertamos e erramos. Acerta-
mos nas coisas difíceis e erramos nas fáceis. Devemos acertar
na arte de educar.
1. Então, não discorde de quem esteja instruindo seu filho,
seja o cônjuge, um parente, ou um professor.
Se o que o outro faz está errado, rejeite silenciosamente, cho-
re por dentro, mas fique calado. Depois, longe dos olhares da
criança, proteste, discuta, mostre como quer que seja a sua for-
mação. Quando os educadores discutem diante da criança, ela
não tem maturidade para entender as discordâncias dos adul-
tos. Uma criança que presencia constantes discussões por sua
causa pode se tornar insegura para o resto da vida, por concluir
que sua presença gera desavenças.
2. Também não torne fácil a vida do seu filho. Não o prote-
ja demais.
Pais que tiveram infâncias duras tendem a exagerar no cuida-
do com os seus filhos. Nunca lhe dizem “não”. Dão tudo o que
pedem, mesmo que não possam.
A vida é feita de regras, impossibilidades, obstáculos. Muitos
filhos sem regras interpretam que seus pais não os amam. Esta-
beleça regras claras, flexíveis, amorosas.
Filhos que não conhecem dificuldades (quanto ao dinheiro,
por exemplo) poderão sofrer muito para lidar com problemas e
frustrações, que acompanham a todos os seres humanos. Deixe
seus filhos resolverem seus problemas.
Não compare a sua infância com a do seu filho. Não se compa-
re ao seu pai. Se, no entanto, se comparar, que não seja para ser
mais duro ou mais maleável, mas para amar. Que não seja para
dar o que não pode, mas para dar o que deve dar. Que seja para
não errar nas mesmas coisas.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 17 e Salmo 52


“Porém eu sou como uma oliveira verde, que cresce perto da casa de Deus; eu confio
no seu amor para sempre e sempre”. (Salmo 52.8)

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13 “Pequenos pecados são como pequenos ladrões: abrem
as portas para os maiores”. (C harles S purgeon )
OUTUBRO
Pecado e graça, 1/2
A Bíblia é portadora de uma péssima notícia: somos todos peca-
dores (Salmo 53.2-3).
Diante desta dramática afirmação, preferimos outras, mais
simpáticas.
Gostamos de pensar que as pessoas são boas. Basta que libere-
mos, por meio de palavras ou gestos nossos, a bondade presen-
te dentro do coração, para que esta bondade rompa as teias da
maldade, ilumine sua própria vida e as vidas dos outros.
Chegamos a pensar que se reformarmos o sistema educacio-
nal, produziremos uma sociedade digna, pacífica e igualitária.
No entanto, nós vemos pessoas bastante instruídas roubando,
usando o conhecimento adquirido para roubar mais e melhor.
Nós vemos pessoas bem educadas traindo seus parceiros ou
seus amigos, por sexo ou por dinheiro.
Imaginamos que nas sociedades com menos desigualdade que
as pessoas são mais felizes, mas nos assustamos com as taxas de
suicídio nesses lugares.
Podemos não saber como somos todos pecadores, mas temos
certeza que o somos, mesmo que inventemos outros nomes
para nossos pecados.
Bem faremos se pararmos de negar a nossa condição. A mu-
dança começará quando assumirmos esta nossa triste natureza.
A mudança acontecerá quando formos menos coniventes com o
pecado, considerando-o como um mal poderoso.
Esta consciência, de um lado, nos levará a esperar menos das
pessoas, por outro, nos ajudará a vigiar mais a nós mesmos.
Estaremos prontos para receber a graça de Deus que, embo-
ra não nos livre de pecar, nos salva da escravidão ao pecado.
[CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 18 e Salmo 53


“Lá do céu Deus olha para a humanidade a fim de ver se existe alguém que tenha
juízo, se existe uma só pessoa que o adore”. (Salmo 53.2)

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14 “A graça não é apenas tolerância quando pecamos.
A graça é um dom que nos capacita para não pecar.
OUTUBRO Graça é poder, não apenas perdão”. (J ohn P iper )

Pecado e graça, 2/2


A Bíblia é portadora de uma ótima notícia: somos todos alcança-
dos pela graça de Deus (Romanos 6.23).
Se é verdade que somos pecadores, merecedores de arcar com
as consequências do pecado, também é verdade – eis o Evange-
lho (palavra que quer dizer boas notícias) – que podemos ser
perdoados.
Se o pecado nos afastava de Deus e nos deixava sem alterna-
tivas senão pecar mais, a graça de Deus nos dá alternativa de
nos voltarmos para Ele. Quando aceitamos Sua oferta de graça,
abre-se um novo horizonte, que não tem adiante um fosso in-
transponível ou um muro invencível, porque o que temos pela
frente é o próprio Deus como um Pai de braços abertos à nos-
sa espera.
A graça de Deus é uma providência cuja história é a seguinte:
Deus enviou Jesus ao mundo, para nos possibilitar uma outra
vida possível. O projeto incluiu a morte de Jesus na cruz, quan-
do recebeu todos os nossos pecados sobre o seu próprio corpo
e morreu. A nossa culpa pelos pecados foi transferida para ele.
Esta transferência de culpa se chama graça, um presente que
não merecíamos receber, porque Jesus recebeu a culpa que não
merecia receber.
A nossa tarefa é acionar esta operação. A fé em Jesus como
Salvador das nossas vidas é a resposta que damos à iniciativa
de Deus.
A linda noticia demanda uma resposta para se completar: se
a nossa resposta é crer que Jesus nos perdoou e O recebermos
como Senhor das nossas vidas, a nossa culpa é extinta, o poder
do pecado sobre nós é domado e passamos a viver no compas-
so da graça, compasso feito de liberdade e de compromisso com
uma vida digna do sacrifício de Jesus Cristo feito por nós.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 19


“Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim. Por causa da tua grande
compaixão apaga os meus pecados”. (Salmo 51.1)

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15 “Crianças são como cimento fresco: tudo o que cai sobre elas
deixa as suas marcas”. (H aim G inott )
OUTUBRO
Somos todos professores
Em casa, os mais novos aprendem conosco, se somos mais velhos.
Na escola, os alunos aprendem conosco, mesmo que tenham
as nossas idades.
No trabalho, se queremos ser bons, fazemos como os outros
fazem.
Os vizinhos aprendem conosco lições de cidadania, civilidade
e paternidade ou maternidade.
Ensinamos os outros a ganhar dinheiro e até a ganhar a vida.
Ensinamos os outros a conviver.
Como somos todos professores, precisamos decidir que tipos
de professores seremos.
Dedicados ou relapsos? Profundos ou superficiais? Apaixona-
dos ou displicentes?
Em nossa trajetória, tivemos professores assim dedicados,
profundos e apaixonados. É para eles que devemos olhar.
Alguns eram chamados pelo título de “professor”, “professo-
ra” ou mesmo de “tio” ou “tia”, e diante deles nos assentamos ou
por suas mãos nos deixamos levar. Os caminhos que seguimos
foram eles que nos apontaram. Benditos sejam.
Se ensinar formalmente é o nosso ofício, com ou sem o título
de “professor”, “professora”, agradeçamos a Deus pelo encargo
e peçamos a ele sabedoria para ensinarmos bem.
Se o nosso ensino é informal, peçamos a Deus que não nos dei-
xe esquecer que temos alunos invisíveis, professores invisíveis
que somos.
Peçamos a Deus sabedoria para viver de modo que possa ser
imitado. Se somos íntegros, seremos seguidos. Se somos dúbios,
serviremos de modelos.
Já que imitamos e somos imitados, busquemos deixar um lega-
do que estimule a solidariedade e a sabedoria.
Peçamos a Deus que nos capacite para sermos mestres a servi-
ço do bem, especialmente quando nos chamam de professores.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 20


“Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme!”
(Salmo 51.10)

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16 “Você ainda não viveu hoje, até que faça algo por alguém que
não possa lhe retribuir”. (J ohn B unyan )
OUTUBRO
Doe o que lhe custa
Quando for doar um casaco no frio, não entregue ao necessi-
tado uma roupa rasgada e suja. Entregue um casaco que você
usaria. Antes da entrega, se possível, lave-o. Se for necessário,
conserte-o.
Quando for doar um par de sapatos, não o faça motivado para
abrir espaço para outro calçado. Leve-o quando estiver em óti-
mo estado, por dentro e por fora, pronto para proteger pés des-
calços e feridos. Entregue-o brilhando.
Quando for doar um prato de comida, não distribua comida
estragada, revirada. Dê comida que você comeria: boa, fresca,
saudável, gostosa, bem acondicionada, com talheres, mesmo
que entregue a um morador de rua sujo.
Quando for doar um presente, de aniversário ou de casamen-
to, não procure o mais barato, para economizar, nem o mais
caro, para ostentar, mas o melhor, o que tem a “cara” de quem
o vai ganhar das suas mãos junto com um cartão pleno de pa-
lavras amigas.
Quando for doar algo a alguém, não doe algo que nada lhe cus-
te (1Crônicas 21.24).
Quando for doar algo a alguém, não seja para se livrar de ob-
jetos que entulham sua casa.
Quando foi doar algo a alguém, ninguém precisa saber. O que
doar com a mão direta, nem a esquerda deve saber. Generosi-
dade não precisa de plateia, nem de reconhecimento. Vem do
coração.
Quando for doar algo a alguém, não o faça para chamar a
atenção para você ou para sua causa. Doe como uma forma de
agradecer o que já recebeu de Deus. Doe com o desejo de ser um
anjo de Deus para as pessoas.
Quando for doar algo a alguém, seja puro.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 21 a 22 e Salmo 54


“[Davi disse a Salomão:] Se você obedecer a todas as leis que o SENHOR deu a
Moisés para o povo de Israel, tudo irá bem para você. Seja forte e corajoso; não
desanime, nem tenha medo”. (1Crônicas 22.13)

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17 “Não ore quando estiver chovendo, se você não ora quando
o sol brilha”. (S atchel P aige )
OUTUBRO
Orando como Jesus
Todos podemos orar. É como respirar. É como conversar.
Não vemos a Deus, mas Ele nos vê. Não ouvimos a Deus, mas
Ele nos ouve.
Se O víssemos, não Lhe poderíamos orar, porque seria um ído-
lo e ídolo não vê.
Se O ouvíssemos, não Lhe poderíamos falar, porque seria um
ídolo e ídolo não ouve.
Se você quer orar mas acha que não sabe, ore como Jesus orou
(Mateus 6.8-13).
Jesus nos ensinou a começar a nossa oração assim: “Pai nos-
so”. Então, ore ao Pai.
Jesus nos ensinou a exaltar o Pai, desejando que fosse santifi-
cado em sua vida e em suas palavras. Exalte o Pai, que é “digno
de receber a glória, a honra e o poder”, por ter criado todas as
coisas que, pela vontade dEle, “existem e foram criadas” (Apo-
calipse 4.11).
Jesus nos ensinou a agradecer. Muitas vezes Jesus agradeceu
ao Pai. Agradeça porque acordou. Agradeça por ter alimento.
Agradeça por ter sustento. Agradeça pelo descanso. Agradeça
pela noite. Agradeça por sua família. Agradeça por seus ami-
gos. Agradeça.
Jesus nos ensinou a pedir. Ele pediu o pão de cada dia. Se for o
caso, peça. Sem rodeios. Especificamente.
Jesus nos ensinou a confessar os nossos pecados um a um,
sempre no singular, nunca no plural. Lembremos nosso pecado
e peçamos ao Pai: “Perdoa-nos”.
Jesus nos ensinou a pedir ao Pai para nos livrar do mal. Peça-
mos proteção diante do mal. Peçamos sabedoria para não cair
diante do mal.
Jesus nos ensinou a pedir ao Pai sempre em nome dele e de
mais ninguém (João 14.13). Então, quando terminar, ofereça
sua oração “em nome de Jesus”, porque nos firmamos no méri-
to dEle e na bondade dEle.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 23 a 24 e Salmo 55


“Mas eu chamo a Deus, o SENHOR, pedindo ajuda, e ele me salva”. (Salmo 55.16)

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18 “Tendemos a esquecer que felicidade não vem como resultado
de termos obtido algo que não tínhamos, mas quando
OUTUBRO reconhecemos e apreciamos o que temos”. (F rederick K eonig )

Hora de descansar
O estilo de vida que a maioria de nós adota gera cansaço.
Muitas vezes, no entanto, nosso cansaço não passa de uma
desculpa para não fazer o que precisamos fazer, para não aju-
dar o outro, para não nos envolvermos com o próximo, para
não darmos a mão a quem precisa.
O outro precisa de nós.
Precisamos nos perguntar para onde vai nos levar um estilo de
vida que não nos permite fazer o que é bom. Precisamos desen-
volver atividades de valor, de valor eterno. Jesus disse quais são.
É quando:
• cuidamos da criança e do velho desassistido;
• contribuímos para reduzir a desigualdade tão imensa;
• abraçamos os que estão abrigados pelo desalento;
• recebemos os imigrantes, como se fossem da nossa família;
• visitamos o aflito com gestos e palavras de afeto;
• fazemos a paz onde a guerra está intensa;
• não tornamos a nossa existência uma permanente ilha;
• agimos para que as vidas das pessoas tenham valor e sentido.

Quando temos necessidades, Deus nos supre sem se cansar.


“Ah, as pessoas são difíceis” – dizemos. Nesse caso, temos que
nos perguntar se nós somos pessoas fáceis e se Deus se cansa de
nós por isto.
Pode ser que algumas atividades de valor eterno sejam tempo-
rariamente estafantes. Pode ser que num dia ou noutro tenha-
mos que desenvolver esforços mais demorados e mesmo mais
cansativos, mas recordemos que Deus não se cansa de nós.
Sempre temos que ver se o nosso cansaço não advém do pre-
conceito, do egoísmo ou da preguiça. Se o nosso cansaço vem
porque fizemos o que poderíamos ter feito, da melhor manei-
ra que poderíamos, podemos, então, por um pouco, descansar.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 25 e Salmo 56


“Quando estou com medo, eu confio em ti, ó Deus Todo-Poderoso”. (Salmo 56.3)

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19 “As portas que abrimos ou fechamos a cada dia decidem as
vidas que viveremos”. (F lora W hittemore )
OUTUBRO
Hoje, não
Cansado de fazer as coisas certas, mas insatisfeito com os re-
sultados, está você com vontade de fazer uma coisa errada?
Hoje, não.
Tendo caprichado em tudo o que faz, sem ser valorizado, en-
quanto o que faz de qualquer jeito colhe mais que você, vem-lhe
o desejo de fazer também de qualquer jeito? Hoje, não.
Depois de tanto lutar (sem sucesso) por um objetivo, está
você perto de concluir que o único caminho é mesmo desis-
tir? Hoje, não.
Diante de um relacionamento conjugal difícil, vem-lhe a certe-
za que a melhor decisão é separar-se? Hoje, não.
Se o seu filho tem seguido por caminhos que não aprendeu em
casa, não é melhor mandar-lhe embora? Hoje, não.
Se o curso que faz está difícil de nele prosseguir, não é melhor
trancar logo a matrícula? Hoje, não.
Se a mente não funciona mais, não é melhor entregar os pon-
tos? Hoje, não.
Se a equipe com que trabalha não corresponde, trazendo
resultados insatisfatórios, não é melhor despedir todos eles?
Hoje, não.
Se há muito tempo uma pessoa lhe ofende, apesar de seus es-
forços de paz, não chegou a hora de devolver com força a agres-
são? Hoje, não.
Se o projeto (um filme, um livro, um congresso, uma feira) que
desenvolve não avança, não é melhor parar? Hoje, não.
Há coisas que você pode deixar para depois, talvez para ama-
nhã, talvez para nunca.
Há decisões que tomadas hoje trarão prejuízo irreparável.
Pense bem antes de fazer o que não é a melhor alternativa.
Você não se arrependerá se deixar para depois.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 26 e Salmo 57


“Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti procuro segurança!
Na sombra das tuas asas eu encontro proteção até que passe o perigo”.
(Salmo 57.1)

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20 “Se você quer mudar sua vida, tente a gratidão. Ela vai
mudar a sua vida poderosamente”. (C harles G ood )
OUTUBRO
Quem faz as coisas acontecerem?
Para que desenvolvamos um estilo grato de vida, precisamos
responder a três perguntas. Em sua oração, ao final da vida
(1Crônicas 29.10-19), o rei-poeta Davi nos fornece o roteiro que
nos leva a agradecer por tudo.
A primeira pergunta é: “Quem sou eu?” Estamos de passa-
gem pela história humana. Nossas vidas são como uma sombra
passageira. Jesus Cristo completa o retrato da nossa identidade
quando nos define como amados por Deus. Se a percepção da
dramaticidade de nossas limitações nos assusta e desanima, a
certeza de que somos amados nos enche de esperança e vontade
de viver. Completo o quadro de nossa identidade, só temos uma
atitude a desenvolver: “muito obrigado, Senhor”.
“Quem é Deus?” – devemos sempre perguntar. Ele é “grande e
poderoso, glorioso, esplêndido e majestoso” e “tudo o que existe
no céu e na terra pertence a Ele”, pelo que Ele é “o Rei, o supre-
mo governador de tudo”. Não precisamos ter medo de adversi-
dades difíceis; Deus está ao nosso lado. Nada faz com que Ele
nos deixe de amar. Esta segurança deve gerar em nós um cânti-
co de gratidão, nos lábios e na vida.
A terceira pergunta é ainda mais radical: “Quem faz as coi-
sas?” A resposta é profunda: Tudo vem de Deus. O que somos
é de Deus. O que temos vem de Deus. O que realizamos vem de
Deus. Ele fortalece os fracos. Ele liberta os oprimidos. Ele con-
duz à vitória os que lutam.
Então, só podemos orar assim: “Agora, nosso Deus, nós te agra-
decemos e louvamos o teu nome glorioso”. Se for para pedir
algo a Ele, devemos pedir que nos dê sempre a disposição para
agradecer.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 27 a 28


“Eu sei que é o Senhor Deus quem me ajuda, sei que é ele quem me defende”.
(Salmo 54.4)

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21 “O objetivo principal na leitura da Bíblia não é conhecer
a Bíblia, mas é conhecer a Deus”. (J ames M erritt )
OUTUBRO
Entendendo para viver
Para alguns, pode ser desanimador prosseguir na leitura da Bí-
blia, diante das dificuldades de compreensão que encontra.
Se este é o seu caso, a primeira coisa a saber é que, não impor-
ta sua idade ou a sua formação escolar, você pode ler a Bíblia,
a Bíblia toda.
A segunda coisa é colocar a leitura como um projeto que não
vai abandonar.
Essas decisões se aplicam à vida como um todo. A dificuldade
é para nos desafiar, não para nos impedir de avançar.
As eventuais limitações que temos não são para nos paralisar,
mas devem servir de motivação para superá-las. Não é porque
nossos joelhos doem que vamos parar de andar.
Então, temos outras tarefas para que as nossas decisões se tor-
nem projetos de vida.
No caso da leitura da Bíblia, escolha uma versão que você en-
tenda. Uma delas é a Nova Tradução da Linguagem de Hoje. A
equipe internacional que a preparou levou em conta o nosso vo-
cabulário médio. Além disso, o texto traz para os nossos dias as
figuras de linguagem da antiguidade. O resultado é que todos a
entendemos.
Se puder, você se enriquecerá se adquirir uma Bíblia de Estu-
do. Elas trazem notas no rodapé, que esclarecem o texto, tiram
dúvidas, respondendo a muitas de nossas perguntas.
Esses recursos, ao nos mostrar mais claramente o que a Bíblia
diz, nos animam a continuar na leitura. Esses recursos nos aju-
dam a vencer as dificuldades.
Como, na vida, diante das dificuldades, precisamos lançar
mão de recursos que contribuam para a nossa vitória.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 29 e Salmo 58


“Tu és grande e poderoso, glorioso, esplêndido e majestoso. Tudo o que existe
no céu e na terra pertence a ti; tu és o Rei, o supremo governador de tudo”.
(1Crônicas 29.11)

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22 “Algumas pessoas reclamam porque as rosas têm espinhos;
eu sou grato porque os espinhos têm rosas”. (A lphonse K arr )
OUTUBRO
Os níveis da gratidão
Tomás de Aquino (1125-1274) propôs que agradecer tem três ní-
veis. O primeiro é reconhecer aquilo que recebemos. O segun-
do é louvar a quem nos deu algo. O terceiro é retribuir a quem
nos fez o favor.
Reconhecer é o verbo de quem percebe que a outra pessoa
lhe deu algo, como o jogador que comemora o gol em direção ao
companheiro que lhe deu o passe ou o maestro que pede aplau-
sos para os instrumentistas. Quando reconhecemos, percebemos
que não fazemos as coisas sozinhos. Quando reconhecemos, ad-
mitimos que o outro existe. Quando reconhecemos, indicamos
que somos pessoas sensíveis, que nos deixamos tocar.
Louvar é o verbo de quem dá graças ao outro por aquilo que
fez. É o gesto do pai que se alegra pelo seu filho, elogiando-o. É a
voz que se levanta para exaltar a Deus. Quando louvamos o ou-
tro, admitimos que o outro está à nossa frente na caminhada,
que ele sabe mais do que nós, que o ato que realizou escancara
a sua exemplar generosidade.
Retribuir é fazer algo pelo outro em função do favor pres-
tado. Neste nível nos encontramos quando nos consideramos
devedores ao outro, corajosamente assumindo o quanto fomos
beneficiados. Retribuir nos liga a quem nos ajudou, vincula-nos
ao nosso benfeitor. É o gesto do autor que dedica sua obra a
quem o inspirou. É o olhar do filho que, na formatura, entrega o
diploma à sua mãe. Então, dizemos “obrigado” ou “muito obri-
gado”, demonstrando que nos sentimos obrigados a retribuir o
gesto do outro, tão grande foi o bem que nos fez.
Devemos agradecer nos três: reconhecendo, louvando e retri-
buindo.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Crônicas 6.31-48


“Entregue os seus problemas ao SENHOR, e ele o ajudará; ele nunca deixa que
fracasse a pessoa que lhe obedece”. (Salmo 55.22)

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23 “Mesmo que a felicidade se esqueça um pouco de você, nunca
se esqueça completamente dela”. (J aques P revert )
OUTUBRO
Ela vem de dentro
A tristeza se mostra com várias faces.
A alegria também têm diferentes rostos.
A tristeza pode ser boa quando vem porque nos arrepende-
mos de algo errado que fizemos (2Coríntios 7.9).
A alegria pode ser ruim quando alimentada apenas pela di-
versão.
Então, não pense na alegria que você vê nos rostos, na rua ou
na televisão, porque você não sabe o que vai nos corações.
Não almeje a alegria daqueles que a obtiveram em algum tipo
de droga, como o álcool.
Não ache que a alegria seja algo impossível, até porque Je-
sus prometeu uma alegria que permaneceria sempre conosco
(João 17.13).
Não exagere os problemas (sejam frustrações ou ofensas) pe-
los quais passa. Eles são duros em si mesmos, e você não preci-
sa aumentá-los.
Verifique o que está acontecendo com a sua mente ou com o
seu corpo. Talvez você precise de ajuda, seja um ombro ami-
go ou um profissional que saiba escutar, aconselhar e, se for o
extremo caso, medicar. Assim como nossa garganta inflama (e
procuramos um otorrinolaringologista sem nos envergonhar),
nossa mente pode falhar (e devemos procurar quem nos pos-
sa devolver a saúde, com toda a tranquilidade). Pode ser que as
junções de nossos joelhos não nos permitam correr uma mara-
tona. Pode ser que as conexões de nossa mente precisem de aju-
da para recuperar seu equilíbrio.
Prossiga desejando ter a sua alegria de volta (Salmo 51.12) e
continue caminhando, mesmo que doa, mesmo que o dreno vá
deixando parte das forças na beira da estrada.
Olhe menos para fora e mais para dentro, porque é no seu co-
ração onde Deus está que está a fonte da sua alegria (João 7.38),
não em coisas, pessoas ou espetáculos.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 1 a 2 e Salmo 59


“Eu cantarei a respeito do teu poder; de manhã louvarei bem alto o teu amor,
pois tu tens sido uma fortaleza para mim, um refúgio nos meus dias de aflição”.
(Salmo 59.16)

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24 “Não existe governo poderoso o suficiente para gerar em
mim o que um simples olhar para a cruz é capaz de me dar”.
OUTUBRO (B raulia R ibeiro )

O segredo da vida
Para viver precisamos de coragem.
Precisamos de coragem para enfrentar inimigos reais e ima-
ginários. Precisamos de coragem para superar o nosso próprio
passado, cujas sombras, por vezes, nos sufocam, tanto o medo
que nos dá. Precisamos de coragem para que o desânimo não
desembarque em nossos corações.
Precisamos de amor, amando e sendo amados. Precisamos
saber que, por amor, somos aceitos pelas pessoas e recebidas
como amigos; por amor, podemos aceitar pessoas e recebê-las
como amigas.
Precisamos de segurança, tanto em relação aos perigos das
ruas quanto aos perigos invisíveis e igualmente destrutivos.
Precisamos estar seguros que somos protegidos por Deus, que
nos guardará.
Precisamos de inteligência para compreender a vida, suas pos-
sibilidades e dificuldades. Precisamos de perseverança para do-
brar resistências, saltar becos, realizar projetos e amar.
Este é o segredo da vida.
E Jesus Cristo é a chave que abre o segredo dos tesouros onde
estão guardados a coragem, o amor, a segurança, a inteligência
e a perseverança.
O segredo não está na arrogância da força (do “eu posso”), no
orgulho da autossuficiência (do “eu consigo”), na ignorância da
superficialidade (do “ninguém me segura”) e na ilusão do co-
nhecimento (do “eu sei”).
O segredo é ir a Jesus e pedir a Ele a chave, com a qual abra-
mos os tesouros da coragem, do amor, da segurança, da inteli-
gência e da perseverança.
Se Lhe pedirmos a chave, dEle a receberemos.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 3 a 4 e Salmo 60


“Salva-nos com o teu poder; responde à nossa oração para que o povo que tu amas
seja salvo”. (Salmo 60.5)

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25 “Lembre-se que as crianças, os casamentos e as flores do
jardim refletem o tipo de carinho que recebem”.
OUTUBRO (H. J ackson B rown )

Surpresa pela manhã


Você não faz aniversário, nem alcançou alguma vitória digna de
nota, mas a campainha toca.
Um entregador tem nas mãos uma cesta de café-da-manhã
para você. Você vê o nome do presenteador e conclui que o úni-
co motivo foi agradar você.
Após os “por quês” sem respostas, você agradece imaginaria-
mente primeiro, depois agradece a Deus por existirem pessoas
que se lembram de você. Em seguida, dá um jeito de agrade-
cer quem lhe mandou aquele gostoso pacote matinal, enquanto
desfruta de alguns sabores da cesta.
O dia será outro.
Se vierem pessoas desagradáveis, você se lembrará da agradá-
vel surpresa da manhã.
Se vierem decepções, você se recordará do gesto matinal, fruto
de uma vida marcada pela gratidão.
Se vierem dificuldades, você saberá que não está sozinho.
Talvez você nunca se esqueça daquela surpresa.
Talvez aquela bondade lhe leve a repensar sua própria vida,
ao ponto de fazer um pente-fino na sua própria memória em
busca de registros das cestas que mandou entregar. Quantas?
Todas, quanto recebeu?
Talvez aqueles bolos, doces e sucos decorados em papel colori-
do lhe levem a enumerar, por si mesmo, as vezes em que agra-
deceu? Quantas?
Talvez aquela atitude, quem sabe embrulhada em meio a suo-
res ou lágrimas, lhe leve a refletir sobre a sua própria atitude
perante a vida, com os olhos abertos para o que traz esperan-
ça ou com as sobrancelhas dobradas para sublinhar as coisas
ruins. As duas coisas fazem parte da vida, mas a nossa vida es-
colherá uma delas. Qual? Qual regerá sua conduta?
Quem sabe, nesta semana, você seja inspirado a enviar também
uma cesta de café-da-manhã a um amigo ou a tomar alguma ati-
tude que torne o dia do seu amigo muito especial através de você.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 5 a 6 e Salmo 61


“Ó Deus, tu ouviste as minhas promessas e me deste as bênçãos que pertencem aos
que te temem”. (Salmo 61.5)

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26 “Contra a maledicência não há muralhas”. (J ean M olière )

OUTUBRO
Reputação perdida não se recupera
Podemos falar mal do outro. Podemos escrever mal do outro.
Podemos ouvir mal o outro. Podemos, mas não devemos.
Quando agimos assim, tiramos ou contribuímos para tirar do
outro o único bem que não podíamos lhe tirar: a reputação. Se
lhe tirarmos dinheiro, poderemos devolver corrigido. Se lhe ti-
rarmos um objeto, poderemos lhe restituir com um pedido de
desculpas. Se lhe tirarmos a verdade, poderemos nos corrigir.
Se ofendemos, podemos pedir perdão. Se o ferimos, podemos
lhe curar. No entanto, quando lhe furtamos a credibilidade,
tudo o que fizermos não lhe trará de volta o que lhe foi levado.
A maledicência é como um tiro que não se pode recolher, é
como uma bomba que não se pode retardar a explosão, é como
um golpe dado pelas costas cujo sangue não podemos estan-
car. Se falarmos mal do outro, podemos até lhe pedir perdão
e ser perdoado, mas o dano não tem como ser reparado, por-
que nossas palavras têm asas que levam para longe nossas pa-
lavras mal ditas.
Para não integrarmos a triste galeria dos que derrubam repu-
tações, precisamos ouvir bem. Quem ouve bem confere o que
ouviu. Quem confere o que ouviu guarda para si, sem passar
adiante o que não for bondade. Pelo sim, pelo não, quando sabe
de algo sobre alguém, escolhe o caminho da minoria e não reen-
caminha o que recebeu.
Quem ouve bem não pensa mal do outro. Se houver algo a
compreender, compreenderá. Se houver algo mal explicado,
não criará uma explicação para preencher o vazio.
Quem pensa bem do outro não fala mal do outro, não escreve
mal do outro, não atenta contra a dignidade do outro.
Somos chamados a pensar bem do outro, como queremos que
pensem de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 7 a 8


“Então, na presença de todo o povo reunido, Salomão foi e ficou em frente do altar.
Levantou as mãos para o céu e disse: ‘Ó SENHOR, Deus de Israel! Não há Deus igual
a ti em cima no céu nem embaixo na terra. Tu cumpres a aliança que fizeste com o
teu povo e lhes mostras o teu amor quando eles, com todo o coração, vivem uma
vida de obediência a ti’”. (1Reis 8.22-23)

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27 “O problema não está nos acontecimentos, mas na maneira
como reagimos a ele. É isso que o Evangelho nos oferece.
OUTUBRO Ele transforma nossa mente (...) e reestrutura nossas emoções
e sentimentos”. (R icardo B arbosa de S ouza )

A força da saúde
A saúde espiritual é a força da saúde intelectual.
A saúde espiritual é o fundamento da saúde moral.
A saúde espiritual é a garantia da saúde emocional.
A saúde espiritual é a mãe de todas as outras, que em seu ven-
tre são gestadas.
A saúde espiritual é uma oferta que Deus nos faz, quando nos
trata como filhos amados. Nossa saúde emocional pode ficar
abalada com a rejeição, mas a aceitação divina a fortalece. Je-
sus nos chama de amigos e irmãos.
Começamos a ter saúde espiritual quando respondemos com
fé ao presente da graça. Tem início um relacionamento, cultiva-
do por meio da leitura da Bíblia e da prática da oração, que vão
nos mostrando quem é Deus (amoroso) e quem somos (caren-
tes). Quando conhecemos a Deus, vamos nos enchendo de segu-
rança para viver. Quando conhecemos a Deus, sabemos que Ele
intervirá, se for necessário.
A saúde espiritual demanda colocar Deus em primeiro lugar
em nossas vidas, confiantes que Ele nos suprirá com o que mais
precisamos: Sua presença ao nosso lado. Colocamos Deus em
primeiro lugar quando submetemos a Ele os nossos desejos,
mesmo os mais profundos.
A saúde espiritual cresce à medida que nosso amor (por Deus
e pelo próximo) vai crescendo. Quanto mais amamos, mais sau-
dáveis estamos.
A saúde espiritual vibra com a esperança, essa certeza que
somos homens e mulheres que peregrinam rumo a uma terra
perfeita (céu), onde teremos uma identidade perfeita e conhe-
ceremos a Deus de modo perfeito.
Saúde espiritual não é algo vago, mas real, porque alcança to-
das as áreas da nossa vida.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 9


“Com o seu amor, o meu Deus virá ao meu encontro; ele fará com que eu veja a
derrota dos meus inimigos”. (Salmo 59.10)

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28 “Apenas na gramática podemos ser mais que perfeitos”.
(W illiam S afire )
OUTUBRO
A perfeccionista
– Eu sou perfeccionista – diz a mulher.
Logo, fica claro que ela celebra a sua própria virtude.
– Gosto de tudo no lugar. O que está fora do lugar, eu coloco.
Antes de dormir, confiro a porta. Vejo se não tem nada aberto.
Antes de me deitar, faço uma lista das coisas que farei amanhã.
– Não fica cansada? – perguntou sua amiga.
– Eu termino o dia exausta.
– E você sempre dá conta das suas tarefas, em casa e no tra-
balho fora?
– Eu me esforço. No trabalho é mais difícil: as pessoas não es-
tão interessadas em fazer as coisas certas.
– Você acha que elas não se empenham, só você?
– Não é bem assim, mas as coisas acabam sobrando para mim.
Eu me sobrecarrego.
– Por que você não faz só o que lhe cabe?
– Eu me cobro muito.
– Você não acha que, às vezes, perde muito tempo com coisas
que não são importantes?
– Como não são importantes? Gavetas arrumadas não são im-
portantes? Relatórios revisados não são importantes? Metas ba-
tidas não são importantes? Você está querendo me dizer que
devo deixar as coisas de qualquer jeito? Eu não consigo.
– Mas tem coisas que podem ficar para amanhã.
– Não!
– Tem coisas que as pessoas fazem diferentes de você, mas es-
tão certas.
– Impossível: só tem um jeito certo. Se eu fizer certo, eu vou
gostar, as pessoas sérias vão gostar. Estou errada?
– Viver em busca de aplausos é muito cansativo. Você não pre-
cisa disto.
(Esta história nos faz uma pergunta: você se parece com esta
mulher perfeccionista?)

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 10


“Eu te louvarei, ó Deus, meu defensor! Tu és a minha fortaleza, tu és o Deus que me
ama”. (Salmo 59.17)

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29 “Fé e esperança trabalham de mãos dadas. No entanto,
enquanto a esperança olha para o futuro, a fé olha para
OUTUBRO o agora”. (D avid O dunaiya )

Amor, fé e esperança
A esperança nos mantém sãos. As circunstâncias nos apavoram.
Os medos nos devoram. As tristezas nos choram.
Como buscar força de dentro, se nossos neurotransmissores
nos rejeitam? Como olhar e ver razões para confiar, se esqui-
nas nos espreitam? Como enxergar futuros, se desempregos
nossas manhãs e noites estreitam?
Se nos falam de Deus, como aceitar palavras amorosas que nos
deleitam?
Há desesperanças que o desejo pode aniquilar.
Há desesperos que oportunidades fazem calar.
Há tristezas que comprimidos cortam até cessar.
Há incredulidades que encontros são capazes de encerrar.
No entanto, há desesperanças que se tornaram crônicas, como
uma propriedade que não se aliena. Elas demandam uma inter-
venção que vem de fora e uma vontade própria não pequena.
De fora veio (na cruz) a intervenção: Deus tomou a forma hu-
mana, a dor incluída, por amor que ele mesmo proclama, como
uma voz a ser todos os dias ouvida.
Nossa resposta é a fé, que é simples, mas não é fácil quando,
com coragem, se lança para saltos no escuro e pulos na clarida-
de, como faz nos braços do pai uma criança.
(Uma criança salta porque sente o que ninguém vê: um braço
que a ampara.)
A certeza de sermos amados por Deus, mesmo quando a cons-
piração parece contra, nos prepara para receber o dom da espe-
rança, que para uma vida firme aponta.
(Então, faremos dela nossa companheira de que ninguém nos
separa.)
Ficará sólida no coração, para que a mentira não nos tire a sa-
nidade,
E para que circunstâncias, medos e tristezas não nos furtem
a felicidade.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 11


“Ó Deus, ouve o meu grito de angústia! Escuta a minha oração”. (Salmo 61.1)

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30 “Integridade é escolher nossos pensamentos e atitudes
com base nos valores e não nas vantagens pessoais”.
OUTUBRO (C hris K archer )

Influências avassaladoras
Nenhum de nós é suficientemente forte para não ser influen-
ciado.
Somos inspirados a viver de modo digno. As pessoas que nos
inspiram não gritam para que as sigamos. Em sua humildade,
sabem que também têm os pés de barro. Querem imitar a Jesus,
acertando e falhando, mas sempre seguindo o roteiro que a Bí-
blia indica.
Somos seduzidos a viver de modo indigno. Nossos sedutores
geralmente gritam. O pior que fazem é ostentar seus triunfos
(Salmo 62.4). Suas casas imensas e bonitas são mostradas para
indicar sua superioridade. Nós as vemos como uma mensagem:
se eles conseguiram, nós podemos também. Seu gigantesco po-
der, diante do qual muitos se curvam (em busca de proteção e
privilégio), é um convite a que reproduzamos seus métodos. Se,
em público, defendem a lei, nas conversas particulares escanca-
ram suas mentiras e violências. Eles acreditam que os fins que
desejam justificam os meios que usam.
Num primeiro momento, a certeza de que vale a pena ser ín-
tegro nos mantém na honestidade. No entanto, num segundo
instante, pode ser que o medo nos mantenha na honestidade.
Como é grande a impunidade, a barreira cai.
O caminho não é desconfiar de todos. É conviver, mas apren-
der deles só o que é bom (1Tessalonicenses 5.21).
Se descobrimos desvios, não nos desviemos juntos.
Para tanto, confiemos somente em Deus (Salmo 62.8), nunca
na ameaça como método (Salmo 62.10). O poder das pessoas é
passageiro; só o de Deus, com o seu amor, é para sempre (Sal-
mo 62.11-12).
Mantenhamos sempre a visão do que Deus deseja para nós.
Esperemos pelo que Deus tem para nós e continuemos íntegros
(Salmo 63.5).

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 1 a 2 e Salmo 62


“Somente em Deus eu encontro paz; é dele que vem a minha salvação”.
(Salmo 62.1)

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31 “Se eu não preciso de Deus, não vou conhecê-lo”.
(J ames H ouston )
OUTUBRO
Com sede
Corre sangue dentro das nossas veias, mas dentro de nós corre
mais que sangue. Corre uma sede por Deus.
Nosso trabalho pode nos satisfazer por um pouco. Pode até fa-
zer secar a sede por Deus, tantas as metas, tantos os compro-
missos.
Nossa família pode nos satisfazer um pouco. Pode até fazer
cessar a sede por Deus, tantas as preocupações, tantas as ale-
grias, tantos os projetos, tantas as relações.
Nosso patrimônio pode nos satisfazer um pouco. Pode até
substituir a sede pelas coisas que nos dá, bens que curam, ami-
gos de ocasião, objetos que brilham, prestígio e ostentação.
Por mais agitados que sejamos, chega aquele momento em
que estamos sós, sem amigo, sem álcool, sem tarefas. É quando
olhamos para dentro de nós mesmos e vemos o rio da sede por
Deus. Talvez seja um discreto filamento de água, como o seu de-
sejo por Deus não existisse. Talvez seja um caudaloso rio enla-
meado, com um confuso desejo por Deus.
Ter momentos assim criam oportunidades de encontro com
a nossa real identidade: só nos realizamos como pessoas quan-
do sentimos a presença desafiadora e acolhedora de Deus. A
vida continua, veloz quase sempre, mas é Deus quem dá sen-
tido ao trabalho e à diversão, ao sucesso e à frustração, às pes-
soas e às coisas.
Ter momentos assim é satisfazer nossa sede por Deus, cujo
amor por nós é melhor que a vida (Salmo 63.3).
Precisamos de momentos quando, satisfeitas todas as outras
necessidades, nossa sede por Deus pode ser satisfeita.
Não temos que correr sem parar. Podemos parar, para que
Deus entre na nossa vida.
Podemos mantê-Lo lá fora, com sede. Podemos estar diante
dEle, felizes.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 3 a 4 e Salmo 63


“Ó Deus, tu és o meu Deus; procuro estar na tua presença. Todo o meu ser deseja
estar contigo; eu tenho sede de ti como uma terra cansada, seca e sem água”.
(Salmo 63.1)

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1 “O choro não é uma doença, uma enfermidade ou um sinal de
fraqueza. É uma necessidade emocional, física e espiritual; é o
NOVEMBRO preço que pagamos para o amor. A única cura para o luto é o
choro”. (E arl G rollman )

As mortes nos enriquecem


As mortes dos outros nos empobrecem, mas podem nos enri-
quecer. As mortes dos outros nos empobrecem porque nos sur-
rupiam pessoas queridas ou respeitadas, deixando-nos uma
saudade que nos faz sangrar.
As mortes dos outros nos empobrecem porque escancaram a
nossa própria finitude. Olhando para um morto, olhamos para
nós mesmos e nos vemos em total fragilidade. E isto dói.
É precisamente esta dor que pode nos enriquecer. O enrique-
cimento vem quando começamos a pensar na nossa própria
fragilidade. Um amigo morto é uma certidão de nosso próprio
óbito, do qual só não sabemos a data e as circunstâncias.
As mortes dos outros nos enriquecem quando instalam em
nós a atitude da humildade, que se torna parte de nós quando
reconhecemos algo óbvio: nus chegamos à história; nus parti-
remos dela.
As mortes dos outros nos enriquecem quando nos ensinam que
precisamos respeitar os outros, uma vez que somos iguais. Dian-
te de um corpo sem vida, não temos como continuar arrogantes.
As mortes dos outros nos enriquecem quando nos convidam a
viver com intensidade responsável o dia de hoje, sabendo que a
liberdade tem um preço, que, em alguns casos, como no prazer
da velocidade, não vale a pena pagar.
No plano prático, as mortes dos outros nos enriquecem quan-
do nos tornam mais responsáveis quanto ao nosso futuro e ao
futuro dos que dependem de nós. Cabe-nos, por exemplo, se não
o temos, contratar um plano funeral, que torne menos pior para
a família a nossa partida.
No plano existencial, não precisamos achar que a nossa exis-
tência acaba aqui, pouco antes de atestarem a nossa “causa
mortis”. Se só esperarmos para esta vida, perderemos o melhor,
que ainda está por vir. E Jesus Cristo veio para nos abrir e nos
mostrar o caminho da vida que não tem fim.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 5


“O teu amor é melhor do que a própria vida, e por isso eu te louvarei”.
(Salmo 63.3)

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2 “Por alguns momentos na vida não há palavras”.
(D avid S eltzer )
NOVEMBRO
Já que a morte é certa
Perder uma pessoa querida é uma experiência para a qual nun-
ca estamos preparados.
Quando a morte acontece, somos levados a pensar na vida.
Paremos de nos lamuriar. Nós estamos vivos. Agradeçamos a
Deus porque ele quer que estejamos vivos. Não desejemos mor-
rer, mesmo que as coisas não estejam bem como desejamos. A
decisão acerca desse tempo pertence ao nosso Senhor. Enquan-
to isto, cuidemos de nossa saúde; prolonguemos ao máximo as
nossas vidas. Sobretudo consideremos a repetida recomendação
bíblica de não sermos contados entre os que estão sempre a re-
clamar, como se Deus fosse injusto para com eles.
Organizemos as nossas vidas. Já que vamos morrer, mas não
sabemos quando, mantenhamos organizadas as nossas vidas.
Vivamos como se fôssemos morrer amanhã. Se for o caso, deixe-
mos nossos papéis em dia. Organizemos nossas contas, senhas,
dívidas, ativos, de modo que outra pessoa possa retomar o con-
trole das coisas, se necessário. Se possível, tenhamos um segu-
ro de vida. Tenhamos um plano funeral, para facilitar as coisas
quando de nossa partida.
Façamos amigos. Só os vivos fazem amigos. Feliz é o morto
que deixa amigos porque os fez. Quando Estêvão morreu, alguns
homens piedosos o sepultaram e “choraram muito por causa da
sua morte” (Atos 8.2). Quantos chorarão a nossa partida?
Viver como Deus quer que vivamos é viver fazendo amigos.
Se queremos fazer amigos, o conselho do sábio bíblico conti-
nua atual: “O que perdoa uma ofensa mostra que tem amor,
mas quem fica lembrando o assunto estraga a amizade” (Pro-
vérbios 17.9).

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 6


“[Deus Disse:] Se o meu povo, que pertence somente a mim, se arrepender,
abandonar os seus pecados e orar a mim, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus
pecados e farei o país progredir de novo”. (2Crônicas 7.14)

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3 “Aqueles que sofreram compreendem o sofrimento e, então,
estendem a sua mão”. (P atti S mith )
NOVEMBRO
O fim não é o fim
A doença não é o fim. O divórcio não é o fim. A decepção não é
o fim. A depressão não é o fim. O desemprego não é o fim. Um
diagnóstico desolador não é o fim.
Ser reprovado numa prova, não ser chamado num concurso,
ser vaiado numa apresentação, não ser recebido numa audiên-
cia, ser criticado injustamente, não ser aceito pelos amigos por
causa de uma ideia ou de um ideal, ser substituído no trabalho
ou no jogo, ser humilhado publicamente não é o fim.
Ter pesadelos à noite não é o fim.
Ter insônia na madrugada não é o fim.
Ter uma saudade incurável não é o fim.
Perder a liberdade não é o fim.
Perder a esperança não é o fim.
Perder a vontade de viver não é o fim.
Perder um membro do corpo não é o fim, seja levado por uma
doença devastadora ou por uma bomba covarde.
Um fracasso não é o fim. Uma derrota não é o fim. O vale da
sombra não é o fim. A morte de uma pessoa querida não é o fim.
Nada é o fim.
O que nos parece o fim pode ser o começo. No ano em que ter-
minou pela morte o governo do grande rei de sua pátria e por
causa da grande comoção nacional e pessoal que a tragédia pro-
vocou, Isaías começou realmente a viver. No dia em que ficou
cego, Saulo de Tarso começou a enxergar. Na hora em que foi
envergonhada, Maria de Nazaré foi honrada.
O fim pode ser o começo. Até a nossa própria morte pode ser o
começo, quando seguimos o caminho que Jesus nos abriu para
fazermos.
Nada, pois, nos separa do amor de Deus, quando estamos de
mãos dadas com Jesus.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 7


“Confie sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso
refúgio”. (Salmo 62.8)

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4 “Não se passa pela vida sem dor. O que podemos fazer é
escolher como usaremos a dor que a vida nos presenteará”.
NOVEMBRO (B ernie S. S iegel )

Despindo o poder das cicatrizes


Carregamos cicatrizes no corpo.
Há cicatrizes na alma. As marcas do corpo talvez um bisturi
apague. Corpos marcados ou fraturados podem ser renovados.
As cicatrizes na alma exigem decisões mais profundas, abaixo
da pele.
Mesmo que as abafemos no álcool ou na orgia, elas continuam
a nos marcar. Mesmo que as imaginemos apagadas, continuam
como fantasmas que nos perseguem. Mesmo que as ignoremos,
têm existência real, gerando dores em nós e também nos outros.
E as piores dores são as psíquicas, muitas vezes não comparti-
lhadas, mas caladas, sofridas no silêncio do segredo.
As cicatrizes podem ter sido deixadas na alma por uma vio-
lência sofrida, física ou verbal, grosseira ou sofisticada, inten-
cional ou não.
Podem ter vindo morar em nós por causa de um pecado que
nós mesmos cometemos.
Podem ter pousado em nossa alma por um acidente trágico, le-
vando-nos vidas e deixando saudades.
Não podemos apagá-las, porque estão escondidas nos inexpug-
náveis labirintos da alma, mas podemos despi-las do seu poder.
Despimos o poder das cicatrizes da violência sofrida quando
decidimos que não seremos subjugados de novo, por palavras
cruéis ou por gestos brutos. Fomos violentados, mas não o sere-
mos mais. Para sermos livres, precisamos buscar a justiça e es-
perar por ela; ou talvez o melhor caminho seja perdoar.
Despimos a força das cicatrizes do pecado que cometemos
quando, enfrentando o nosso próprio erro sem subterfúgios, va-
mos a Deus e lhe pedimos que nos perdoe. Ser perdoado é como
sair de uma prisão em que a culpa nos algemou.
Despimos o terror das cicatrizes de um acidente devastador
quando não nos culpamos por falhas que não cometemos e pro-
curamos desenvolver uma atitude que nos permita seguir em
frente apesar das pesadas perdas.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 8


“Mais de uma vez tenho ouvido Deus dizer que o poder é dele e o amor, também.
Tu, ó Senhor, recompensas cada um de acordo com o que faz”. (Salmo 62.11-12)

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5 “É melhor ser fiel do que famoso”. (T heodore R oosevelt )

NOVEMBRO
Continuar e terminar bem
Muitas vezes, olhamos para nós mesmos e concluímos que esta-
mos bem. É ótimo nos sentirmos bem.
É ótimo fazer o que gostamos. É excelente inspirar as vidas
de outras pessoas. É magnífico nos vermos fiéis à nossa missão.
Nesses casos, recebemos muitos elogios. Aplaudem-nos por-
que demos atenção a quem nos procurou. Exaltam-nos pelas
palavras que proferimos. Acham-nos sábios.
Foi assim com o rei Salomão, como nos conta a Bíblia.
Quando vamos percorrendo os capítulos de sua biografia, sur-
preendemo-nos com o final. Seu biógrafo diz que, ao final de
sua vida, ele não era mais fiel a Deus. Na verdade, passou a fa-
zer o que ele mesmo abominava.
O sábio, antes elogiado, agora era reprovado nas três áreas
centrais da vida: dinheiro, poder e sexo.
A riqueza o tornara insensível às necessidades dos outros, ao
ponto de gastar dinheiro para construir um palácio para uma
única mulher.
O poder o tornara vaidoso, ao ponto de se casar com mulheres
que não teria tempo sequer de saber seus nomes, tantas eram.
A sexualidade o tornara cego para os compromissos anterior-
mente firmados, ao ponto de passar a adorar múltiplos deuses.
Quem começou como Salomão pode terminar como Salomão
terminou.
O epitáfio preparado pelo cronista bíblico devia ser fixado
diante de nós, para não ser o nosso.
Bem-vindos sejam os elogios e os aplausos, desde que os trans-
formemos em lanternas que apontem para dentro de nós mes-
mos e nos permitam ver aquelas áreas das nossas vidas das
quais precisamos cuidar para que, fiéis hoje, prossigamos fiéis
amanhã. Assim, o melhor está por vir.
Terminemos bem.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 9


“Quando estou deitado, eu lembro de ti. Penso em ti a noite toda porque sempre me
tens ajudado. Na sombra das tuas asas eu canto de alegria”. (Salmo 63.6-7)

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6 “O legalismo não tem qualquer papel na salvação; apenas na
condenação”. (R ussel P. S hedd )
NOVEMBRO
Graça e disciplina, nesta ordem
Na experiência cristã, pode haver uma confusão entre graça,
que é algo que recebemos de Deus sem nada fazermos (Salmo
17.1-2), e disciplina (Salmo 128.1-2), entendida como o esforço
que fazemos para obter o que queremos.
Para construir a arca que salvou a humanidade, Noé teve que
se esforçar (Gênesis 7.1). Para fechar a porta da arca por fora,
Deus fechou para ele (Gênesis 7.16); foi graça.
Para receber a promessa do Salvador do mundo, Maria nada
fez (Lucas 1.28); foi graça. Para fazer com que o Filho de Deus
viesse ao mundo, teve ela que sentir as dores do parto (Lucas
2.6-7); foram suor e sangue.
Para por sua casa em ordem, Ezequias ganhou de Deus mais
15 anos de vida (2Reis 20.1-6). Para organizar a vida da sua fa-
mília, Ezequias teve que ler a Palavra de Deus, compreender os
conselhos divinos e aplicá-los em seu dia-a-dia (2Reis 19.1-7).
Para reconstruir Jerusalém, Neemias obteve um salvo-condu-
to de Deus, assinado por um rei poderoso (Neemias 1.1-8). Para
levantar os muros da cidade, teve que trabalhar dia e noite, com
uma arma na cintura (Neemias 4.15-19).
Para ser restaurado emocionalmente por ter decepcionado a
Jesus, Pedro precisou do olhar gracioso do Mestre (João 21.1-14).
Para enfrentar os que debochavam dos primeiros cristãos, Pe-
dro teve que se levantar, dar um passo à frente e desafiá-los com
o poder do Evangelho (Atos 2.14-16).
Para ser salvo do pecado, Paulo nada fez: foi alcançado pela
graça de Deus (Atos 9.1-9). Para aprender quem Deus é e o que
faz, precisou ir para o deserto meditar e estudar, com disciplina,
durante muitos anos (Gálatas 1.15-17).
Quando a disciplina vem antes da graça, é apenas esforço que
cansa. Quando vem depois da graça, é a parte humana na alian-
ça com Deus.
A velha Aliança depende do esforço humano. O novo Testa-
mento depende da graça divina. O novo Pacto não anula a dis-
ciplina, mas a coloca no seu devido lugar, em segundo lugar.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 12.1-24; 1Reis 14.21-31 e 2Crônicas 10 a 12


“Ó Deus, escuta a minha oração, pois estou em dificuldades! Salva a minha vida,
pois tenho medo dos meus inimigos”. (Salmo 64.1)

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7 “Há pessoas neste mundo que têm o dom de descobrir
a alegria em todos os lugares e legá-la aos outros quando
NOVEMBRO se vão”. (F rederick WI lliam F aber )

A depressão nacional
Geralmente provocada por carências biopsíquicas ou mesmo
por eventos que nos afetam, a depressão faz com que não te-
nhamos força para nos levantar da cama, embora queiramos.
A única decisão que devemos tomar, quando estamos nesta
condição, é buscar a restauração da nossa serenidade, alcançá-
vel pelo acolhimento e pela terapia, psicológica ou psiquiátrica,
busca que muitos adiam indefinidamente por causa dos lamen-
táveis preconceitos que cercam as doenças da mente.
Como manter a sanidade diante de um verdadeiro campeona-
to de notícias em que o mais corrupto de hoje será vencido pelo
ainda mais corrupto de amanhã?
Em lugar de nos divertir, a sucessão de desencantos vai nos ar-
rancando a vontade de agir para tornar reais os nossos sonhos.
Nossa confiança é solapada e nossa esperança cai travada. O de-
sânimo nos paralisa. Saímos menos para a rua. Planejamos me-
nos. Passamos a achar que sonhar, trabalhar e viajar não vale
mais a pena. É como se a nossa terra tivesse sendo pilhada por
um exército invencível.
Quando o profeta Jeremias e seu povo, no século 6 a.C., passa-
ram por uma situação desesperada, Deus lhes disse (Jeremias
29.5-14):
“Construam casas e morem nelas”.
“Plantem árvores frutíferas e comam as suas frutas”.
“Casem e tenham filhos”.
“Trabalhem”.
“Orem”.
“Não se deixem enganar”.
Eis o que precisamos ouvir, quando a depressão se torna uma
marca nacional.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 13; 1Reis 15.1-8 e Salmo 64


“A alegria daqueles que obedecem ao SENHOR Deus vem dele; é no SENHOR que
eles encontram segurança. Todos eles lhe darão glória”. (Salmo 64.10)

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8 “Os muros que construímos ao nosso redor impedem também
que a tristeza vá embora”. (J im R ohn )
NOVEMBRO
Os garimpeiros da alegria, 1/2
Somos garimpeiros da alegria. Nós a buscamos como algo de
muito valor.
A alegria nos torna fortes. A tristeza nos enfraquece.
A alegria atrai amigos. A tristeza afasta as pessoas.
Para garimpar a alegria, não precisamos vender a nossa alma
ou o nosso corpo.
Jesus veio ao mundo para nos dar alegria, alegria completa, se-
gundo suas próprias palavras.
Experimentamos essa alegria completa quando compreende-
mos que somos amados por Deus, tão amados ao ponto de Jesus
morrer para nos amar até o fim. Amados por Deus, enfrenta-
mos o desânimo e não nos deprimimos, enfrentamos a decep-
ção e não nos magoamos, enfrentamos a demora na realização
dos nossos projetos e não desistimos. Enfrentamos a crítica e se-
guimos em frente. Enfrentamos a rejeição e seguimos em fren-
te, certos de nossa identidade: amados por Deus.
A alegria nos embeleza. A tristeza nos deixa amargos.
A alegria nos empurra para frente. A tristeza nos detém num
círculo que nos fecha.
Experimentamos alegria completa quando percebemos a com-
panhia de Deus. Ele está ao nosso lado sempre, mesmo quan-
do não sentimos. Estando ele conosco, as dores doem menos,
as mágoas magoam menos, os medos amedrontam menos, as
sombras apavoram menos. Como ele é maior, nossas vitórias
são maiores.
Ele está ao nosso lado quando acertamos e também quando
erramos. Ele está ao nosso lado quando perdemos e também
quando ganhamos. Ele está ao nosso lado quando O buscamos
e quando dEle nos afastamos. Tendo-O ao nosso lado, tememos,
mas não trememos. Gememos por um pouco, mas a nossa histó-
ria não termina em pranto, porque saltitamos no ritmo de uma
canção de gratidão. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 15.9-24 e 2Crônicas 14 a 16


“Asa pediu socorro ao SENHOR, seu Deus, dizendo: ‘Ó Deus, tu podes socorrer tanto
os fortes como os fracos. Ajuda-nos, ó SENHOR, nosso Deus, pois confiamos em ti e
em teu nome estamos aqui para lutar contra este grande exército. Tu, ó SENHOR, és
o nosso Deus. Ninguém pode resistir ao teu poder!’”. (2Crônicas 14.11)

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9 “A alegria é a bandeira que você faz tremular quando
o Príncipe da Paz habita dentro do seu coração”.
NOVEMBRO (W ilfred P eterson )

Os garimpeiros da alegria, 2/2


A alegria nos faz correr. A tristeza faz com que nos arrastemos.
A alegria nos faz vitoriosos. A tristeza nos estampa como ví-
timas.
A alegria vem da sabedoria de viver. A tristeza nos tira a capa-
cidade de pensar.
Para garimpar a alegria, não precisamos dos fogos da ilusão.
Experimentamos alegria completa quando, reconhecendo que
Deus nos instrui nas escolhas a fazer e nos caminhos a seguir,
através da Bíblia que nos legou. Por isto, nós a lemos, receben-
do-a como guia para as nossas vidas.
A Bíblia segue um roteiro: e é o roteiro da alegria. Seu cami-
nho passa pelo deserto mas desemboca no oásis. Sua proposta
não descarta a luta, mas segue para a vitória.
A alegria tem um preço. Custa escutarmos as histórias da Bí-
blia. Custa nos inspirarmos em suas orações. Demanda obediên-
cia às ordens divinas que ela anuncia. A Bíblia foi escrita para a
nossa alegria – eis a descoberta que seus leitores fazem.
A alegria nos convida à profundidade. A tristeza é sempre su-
perficial.
A alegria se alimenta de lembranças felizes. A tristeza nos
desnutre.
Experimentamos alegria completa quando nos recordamos
das intervenções de Deus em nossas histórias.
O Deus que nos ama, nos acompanha nos ensina e vai além
quando intervém a nosso favor. Se a alegria não vem em conse-
quência de emoções saudáveis ou da certeza de sua companhia
e pedagogia, ela vem quando Deus muda o curso da história
para que a nossa história siga um bom curso.
Nossa alegria completa é possível por causa de Deus. Com toda
a razão, o compositor Sebastian Johan Bach acha que Jesus é a
“alegria dos homens”.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 22.1-12


“É justo, ó Deus, que o povo te louve no monte Sião e te dê o que prometeu, pois tu
respondes às orações”. (Salmo 65.1-2)

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10 “A arrogância faz você forte por fora, mas muito mais fraco
por dentro”. (U jas S oni )
NOVEMBRO
Cuidado com os arrogantes
Viver é estar rodeado de pessoas, próximas ou distantes.
Muitas vezes, somos rodeados por arrogantes.
Quando brincam, humilham.
Quando falam, calam.
Quando oram, colocam-se no lugar de Deus.
Quando têm dinheiro, usam-no para oprimir, não para servir.
Eles ensinam como se só eles soubessem.
Em todos os tempos, exibem músculos imbatíveis com os quais
intimidam.
O que fazer com os arrogantes?
Devemos manter os arrogantes longe de nós. Nunca nos apro-
ximemos dele. Não nos deixemos seduzir por suas palavras,
pelo seu poder ou pelo luxo que publicam. Não queiramos ser o
que são. Não queiramos ter o que têm.
Quanto aos arrogantes próximos de nós, procuremos torná
-los distantes, bem distantes. O convívio com os arrogantes pode
nos contaminar e nos seduzir para adotar o seu estilo de vida.
Se for conveniente, busquemos uma oportunidade para uma
conversa franca. Talvez reconheçam a sua fraqueza, porque a
arrogância é uma forma disfarçada de fraqueza.
Se, por ventura, os arrogantes nos prejudicarem, não respon-
damos com força. Eles são bons de briga, porque suas vitórias
são baseadas na força e eles aprenderam a desenvolvê-la. Se
for o caso, busquemos a justiça, mas sem nos perturbarmos. Se
a justiça humana não for feita, confiemos que a justiça divina
será feita. Os tribunais podem não ser justos, mas os juízos de
Deus são absolutamente perfeitos.
Busquemos o nosso caminho, o caminho da confiança em
Deus. O que Ele nos permitir alcançar será ótimo para nós.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 18.1-11


“Ó Deus, tu nos respondes, dando-nos a vitória, e fazes coisas maravilhosas para nos
salvar”. (Salmo 65.5)

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11 “Pensamos que a tentação está ao nosso redor, mas Deus diz
que ela começa dentro de nós”. (R ick W arren )
NOVEMBRO
Realmente felizes, 8/8
Jesus disse que são “felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas”.
É simples: devemos fazer a vontade de Deus. Por que não a fa-
zemos? É porque tem um preço.
Fazer a vontade de Deus pode implicar em renunciar a nossa
vontade. Nem sempre achamos que a vontade dEle é boa, per-
feita e agradável.
Para fazermos a vontade de Deus, precisamos parar de nos
comparar uns com os outros. Se nos comparamos, queremos
mostrar que somos melhores do que eles e então começa o va-
le-tudo.
Para fazermos a vontade de Deus, precisamos parar de compe-
tir, como se precisássemos destruir para construir.
Para fazermos a vontade de Deus, precisamos parar de consu-
mir, como se existíssemos para o consumo.
Para fazermos a vontade de Deus, precisamos parar de buscar
os aplausos que parecem ser os objetivos de nossas vidas, mes-
mo sabendo que são passageiros como as nuvens.
Quando fazemos a vontade de Deus, não somos dignos do
mundo em que vivemos, mas somos aprovados por Deus, o que
deveria nos satisfazer plenamente.
Quem faz a vontade de Deus segue na direção certa. Quem
não faz é que está errado, embora tenha o selo de aprovação
dos outros.
Quem faz a vontade de Deus não despreza o mundo em que
vive, mas sabe que o mundo passará, com todas as suas sedu-
ções. Os rumores do outro mundo – do mundo eterno – o ani-
mam a fazer o que é certo.
Quem faz a vontade de Deus sabe que poderá ser persegui-
do, porque nem sempre o certo e bom é lucrativo, mas também
sabe que é guardado por Deus. Talvez seja até morto, mas será
recebido com um sorriso por Deus no alto da escada na entra-
da do céu.

Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 65.1-8


“Por causa das grandes coisas que tens feito, o mundo todo está cheio de espanto.
Por causa das maravilhas que tens feito há gritos de alegria de um lado da terra ao
outro”. (Salmo 65.8)

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12 “Escutar é uma coisa magnética e poderosa, uma força
criativa. Os amigos que nos escutam são os que nos empurram
NOVEMBRO para a frente. Ser ouvidos nos cria nos faz desenvolver e
expandir”. (K arl A. M enniger )

A história do outro
Gostamos quando, diante de nós, uma pessoa escuta a nossa
história.
É prazeroso quando alguém escuta o relato de uma viagem
que fizemos. É como se viajássemos de novo.
É confortador quando alguém ouve, com atenção, a narrati-
va dos eventos ligados a uma enfermidade pela qual passamos.
É como se, recordando, revivêssemos o que Deus fez em nos-
sas vidas.
É animador quando alguém se importa com os nossos proble-
mas, que compartilhamos com quem se interessa por nós.
A experiência de ser ouvido deve nos inspirar a escutar os
outros.
Temos, geralmente, pouco tempo, mas podemos dedicar par-
te dele para ouvir.
Ouvir nos custa. Sermos ouvidos também custa.
Quando alguém nos conta sua história, mesmo que, por vezes,
detalhada ou longa demais, não precisamos interromper, como
se esse tempo fosse desperdiçado.
Quando alguém divide conosco a sua dificuldade, não precisa-
mos nos apressar em compartilhar a nossa, porque a nossa não
é mais importante.
Quando nos ouvem, somos valorizados. Quando ouvimos, va-
lorizamos quem fala.
Ouvir é uma forma de sentir o que o outro sente. Ouvir é um
modo de nos colocarmos no lugar do outro. Ouvir é um jeito de
cuidar. Ouvir é fazer parte da história do outro.
Devemos estar sempre prontos para ouvir e nos demorar em
falar (Tiago 1.19).
O que precisamos dos outros, eles também precisam de nós.
Peçamos a Deus que nos dê o dom de ouvir.
Agradeçamos a Deus por aqueles que têm o mesmo dom e nos
inspiram.

Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 65.9-13


“Como é grande a colheita que vem da tua bondade! Por onde passas, há fartura”.
(Salmo 65.11)

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13 “A alegria é um sinal infalível da presença de Deus”.
(P ierre T eilhard de C hardin )
NOVEMBRO
Adorar é viver, 1/3
A Bíblia toda pede que adoremos a Deus.
Adoramos a Deus quando nos colocamos diante dEle, reconhe-
cendo-O como absolutamente poderoso e completamente amo-
roso. Diante dEle, oramos e cantamos. Agradecemos quando
recebemos algo dEle e o fazemos para celebrar Sua bondade.
Nesse caso, nossa adoração está condicionada aos gestos gra-
ciosos de Deus.
Podemos ir além, adorando-O pelo que Ele é, especialmente
diante do que somos.
Encontramos na Bíblia uma história muito inspiradora para
irmos além em nossa prática de adoração a Deus.
No século nono antes de Cristo, Josafá era o rei da região sul de
Israel. Um poderoso exército inimigo se acampou nas suas fron-
teiras e vinha com força para a conquista. A derrota era iminen-
te, porque a desigualdade de forças era flagrante (2Crônicas 20).
Josafá liderou um movimento em busca da ajuda de Deus para
sua nação. Em sua oração, ele cantou que a força e o poder que
não tinham estavam nas mãos de Deus, com quem contavam.
A resposta veio durante a celebração quando um emissário de
Deus lhes garantiu:
– Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa des-
se exército enorme, pois a batalha não é de vocês, mas de Deus.
Quando adoramos a Deus, ele nos responde e nos enche de
confiança para fazer o que precisamos fazer.
Nossa luta pode ser contra nós mesmos e Deus nos orientará
como vencer os inimigos dentro de nós mesmos, seja de que tipo
de for, mesmo que nos habite há muito tempo.
Nossa luta pode ser contra inimigos muito fortes e Deus nos
lembra que lutará conosco. Quando lutamos sozinhos, perder-
mos. Quando Deus luta conosco, Ele vence, nós vencemos.
A adoração é um recurso que Deus nos oferece para confiar-
mos nEle. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 22.41-51


“Venham e vejam o que Deus tem feito, vejam com espanto as coisas que ele tem
feito em favor das pessoas”. (Salmo 66.5)

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14 “Os homens só começam a crescer quando começam a
adorar”. (C alvin C oolidge )
NOVEMBRO
Adorar é viver, 2/3
Adorar a Deus é interessar-se por Ele.
Coerente com sua vida de adoração, mesmo com medo, Josafá
buscou a ajuda de Deus. Sua história é a narrativa de uma vitó-
ria de Deus na vida do seu povo. Toda vitória nossa, para rece-
ber este nome, é vitória de Deus em nós. Nossa vitória é de Deus
ou não é vitória.
Tendemos a separar adoração e vida, como se fosse apenas
o tempo em que separamos para orar ou cantar. A adoração a
Deus inclui a música (2Crônicas 20.21-22), mas não exclui ou-
tras formas, como a oração e a meditação (2Crônicas 20.5 e 28).
A adoração a Deus se realiza em muitos lugares, embora não
precise de lugar algum. A adoração que prestamos em públi-
co começa naquele que prestamos sozinhos, em casa, na rua,
no trabalho.
Josafá era um homem que buscava a Deus. A sua fidelidade
não impediu que as dificuldades surgissem. A adoração a Deus,
portanto, não nos protege dos problemas da vida. Alguns nos
deixam apavorados, tão graves são. Isso pode nos acontecer a
qualquer momento. Então, geralmente nos perguntamos: por
que comigo, Senhor, se lhe tenho sido fiel?
Diante das guerras da vida, devemos adorar a Deus, até por
causa dessas guerras.
Adoração não pode ser um intervalo na vida. Adoração não
é só para quando a guerra vem, mas deve ser uma atitude que
nos deixa preparados para a guerra. Adoração a Deus é amiza-
de com Deus.
Adoramos para melhorar nossa amizade com Deus. Se o cul-
to, em casa ou numa igreja, nos tornou mais amigos de Deus, de
fato cultuamos a Deus.
Sempre devemos nos perguntar como vai a nossa amizade
com Deus, porque a adoração a Deus nos aproxima dEle. [CON-
TINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 17 e 2Crônicas 20


“Todos vocês que temem a Deus, venham e escutem, e eu contarei o que ele tem
feito por mim”. (Salmo 66.16)

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15 “Há a mais restauradora alegria em cinco minutos de
adoração do que em cinco noites de folia”. (A. W. T ozer )
NOVEMBRO
Adorar é viver, 3/3
Adorar é reconhecer Quem Deus é.
Quando a Bíblia exalta a Deus, é para que nós O reconheça-
mos. Se precisamos de Deus e sabemos Quem Ele é, conhece-
mos suas promessas e nos alimentamos do que Ele é (2Crônicas
20.6). O Deus que fez faz.
Quando exaltamos a Deus, reconhecemos nossa própria fragi-
lidade. É tocante a sinceridade de Josafá:
– Não temos força para enfrentar esse exército imenso que
vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos
se voltam para Ti (2Crônicas 20.12).
Suas palavras refletem seu coração. Ele sabia Quem Deus
era e quem ele era. Por isto, prostrava-se diante dEle. Adorar
é prostrar-se para exaltar a Deus. O contrário é exaltar-se e ne-
gar a Deus.
É a consciência da nossa pequenez que nos lança para cima.
Se, ao adorarmos, reconhecemos a grandeza de Deus, então
adoramos realmente.
Adoramos a Deus quando agradecemos por suas ações em
nossas vidas. Quando o exército liderado por Josafá pôde voltar
para casa vitorioso, e antes que algum general reescrevesse a
história para roubar a cena para si, houve uma pausa essencial
(2Crônicas 20.26). Todos pararam para agradecer. Neste senti-
do, o momento mais elevado da adoração é a gratidão pela(s)
bênção(s) recebida(s). A bênção recebida e agradecida é uma
prova de que Deus agiu. O poder de Deus é contagiante.
A adoração nos capacita para a vida. A adoração é pedagógica.
Adoração dá ânimo à vida. Você anda com medo? Adore a
Deus. Você anda desanimado? Deixe Deus falar ao seu coração
enquanto presta culto a Ele, em casa ou no templo. Deus não
está mudo.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Reis 22.13-28


“Eu louvo a Deus porque ele não deixou de ouvir a minha oração e nunca me negou
o seu amor”. (Salmo 66.20)

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16 “O teste da coragem vem quando estamos em minoria.
O teste da tolerância vem quando somos a maioria”.
NOVEMBRO (R alph W. S ockman )

A tolerância é possível
O homem se diz sábio (“homo sapiens”) mas não aceita natural-
mente quem pensa diferente.
O homem que se diz sábio olha para quem mora em outro país
como inimigo.
O homem que se apresenta como sábio classifica como pior
aquele que crê de outro modo, às vezes, com diferenças que os
de fora sequer percebem.
O homem que se pensa como inteligente ainda olha para a cor
da pele do outro, como se a cor da pele não fosse apenas uma
questão biológica.
O homem que se classifica como moderno julga o outro como
indigno por causa da roupa que veste, de um objeto furado no
corpo ou da extensão dos seus cabelos.
A intolerância pode ser discreta (com um olhar de reprova-
ção), moderada (por uma palavra de rejeição) ou extrema (com
atos violentos para exterminar o outro).
A intolerância é coisa aprendida.
Então, a tolerância pode ser aprendida.
Neste caminho, devemos formular algumas perguntas:
1. Como olhamos os outros? Como iguais ou inferiores? Temos
que ser francos e admitir, se for o caso, a nossa fraqueza, ao
olharmos as pessoas como diferentes de nós.
2. O que olhamos nos outros? Olhamos sua roupa, mas uma
pessoa não é a sua roupa. Olhamos sua pele, mas uma pes-
soa não é a cor da sua pele. Olhamos seu corpo, mas uma
pessoa com uma deficiência física não é deficiente, embora
tenha uma deficiência.
3. A quem comparamos os outros? Não comparemos. As pesso-
as são incomparáveis.
Devemos responder estas perguntas de modo racional. A into-
lerância é irracional. Não é coisa para humanos.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 18.12-17 e 2Crônicas 19.1-11


“Portanto, respeitem a Deus e tenham cuidado com o que vão fazer, pois o SENHOR,
nosso Deus, não tolera os que cometem injustiça, nem os que usam dois pesos e
duas medidas nos julgamentos, nem os que aceitam dinheiro para torcer a justiça”.
(2Crônicas 19.7)

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17 “A oração nos aproxima de nossa própria alma”.
(H erman M elville )
NOVEMBRO
Tempo para orar
Num tempo em que o produto mais escasso é o próprio tempo,
felizes seremos se encontrarmos tempo para orar.
Oraremos mais e melhor, quando tivermos o intenso desejo de
estar na presença de Deus. Deus nunca se ausenta de nós; quan-
do oramos, a verdade da sua presença se torna inquestionavel-
mente nossa.
Oraremos mais e melhor, quando estiver claro para nós que
não precisamos de intermediários para orar. Nós mesmos nós
apresentamos diante de Deus e conversamos com Ele.
Oraremos mais e melhor, quando aceitarmos que a oração
não é um dom que apenas algumas pessoas têm; antes, é um pri-
vilégio para todos. Mais que isto, é uma necessidade de todos.
Se orarmos, acontecerão coisas conosco que não poderemos
explicar senão pela oração que fizemos ou que fizeram por nós.
Foi assim com Isaque e com Pedro, na Bíblia. Isaque orou ao Se-
nhor por sua mulher, Rebeca, que era estéril; o Senhor Deus lhe
ouviu as orações e Rebeca ficou grávida e teve um bebê (Gêne-
sis 25.21). Pedro estava encarcerado, mas sua igreja orava por
ele; o resultado foi a liberdade (Atos 12.5).
Se não temos o hábito de orar, procuremos desenvolvê-lo. Co-
mecemos com cinco minutos, nem que tenhamos que acordar
cinco minutos mais cedo. Depois passemos para dez. A maioria
de nós não pode orar três horas por dia, como Martim Lutero,
mas todos podemos orar mais do que oramos.
Uma boa prática é começarmos lendo a Bíblia por alguns mi-
nutos. Lendo a Bíblia, nós nos capacitamos a entender a mente
de Deus. Tendo-a conosco, será mais fácil orar a Ele e continuar
ouvindo a Sua voz.
Orar é uma decisão, com boas consequências.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 21 e 1Timóteo 1


“Amemos uns aos outros com um amor que vem de um coração puro, de uma
consciência limpa e de uma fé verdadeira”. (1Timóteo 1.5)

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18 “Todas as mudanças, mesmo as mudanças para melhor,
sempre são acompanhadas por perdas e desconfortos”.
NOVEMBRO (A rnold B ennett )

Diante de mudanças indesejáveis


Nem sempre nossa vida segue em linha reta.
Muitas vezes somos atordoados por dificuldades que parecem
além de nossa capacidade de compreender ou resistir.
Muitas são as situações sob as quais o nosso corpo curva, pelo
peso da decepção e da tristeza. Diante destas mudanças, preci-
samos de atitudes sábias.
Quando as coisas mudam, realmente para pior, trazendo dor
real e injustiça real, não devemos aceitar. Nosso modelo podem
ser as corajosas parteiras do Egito, que não aceitaram o infan-
ticídio generalizado por ordem do Faraó. Correram riscos e de-
ram ao mundo um Moisés.
Devemos parar de reclamar quando isto ou aquilo não corre
como imaginamos. Nem sempre imaginamos o melhor.
Devemos ainda prestar atenção às críticas que nos fazem, para
que sejam instrumentos para que mudemos.
Embora seja difícil, devemos olhar para as mudanças desagra-
dáveis em nossas vidas e perceber se não foram provocadas por
nós mesmos, por falta de sabedoria ou falta de santidade, seja
no comodismo ou na irresponsabilidade. Deus pode até intervir
e nos livrar, mas muito provavelmente esperará que mudemos
para que não continuemos errando e sofrendo.
Tornou-se uma frase feita dizer que Deus está no controle. A
Bíblia nos diz que Deus colocou todas as coisas debaixo do con-
trole de Jesus Cristo, que está no comando e tem a palavra final
sobre tudo. Esta é uma sublime verdade, que gostamos de ouvir,
mas precisamos lembrar que, se Deus está no controle – e efeti-
vamente está – nós não estamos. O bom é que Ele sabe o que faz.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Timóteo 2


“Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus. A ele sejam dadas a honra e a
glória, para todo o sempre! Amém!” (1Timóteo 1.17)

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19 “Nem sempre se pode ser herói, mas sempre se pode ser um
homem”. (J ohann W olfgang von G oethe )
NOVEMBRO
Precisam-se de homens
Os homens têm papéis específicos, os quais ninguém substitui.
Eles não são superiores às mulheres, porque ambos se com-
plementam, em relação a si mesmos e em relação à sociedade.
Eles são específicos.
O valor de um homem está na afirmação e na vivência da sua
identidade como homem. Um homem ensina um menino a ser
homem. Um homem ensina uma mulher a ser mulher.
O valor de um homem está na paternidade. Assim como a mãe
mostra o que é ser mulher, ele lega o que é ser homem. Ambos
são insubstituíveis. Quando não cumprem seus papéis, deixam
vazios que talvez jamais sejam adequadamente preenchidos.
O valor de um homem se mostra no companheirismo. Sobre os
seus ombros, a mulher pode descansar. Em suas mãos, seu filho
pode confiar. Para um e para o outro, está sempre pronto a ser
esteio. Ser afetuoso combina com masculinidade.
O valor de um homem se afirma na coragem de assumir seu
papel, que não se confunde com o da mulher, porque são impor-
tantemente diferentes.
O valor de um homem se realiza quando ele pastoreia a sua
família. Toda família precisa de um pastor. Se estiver o homem
presente, o papel lhe pertence, a menos que precise delegar
para a esposa por alguma especial razão.
Nada se tirou do homem. Apenas se lhe acrescentou. Antes,
ele podia ser homem ficando distante, mas o ideal foi e é que ele
seja presente. Antes, ele não precisava se importar com a sua
casa, mas a casa sempre foi dele. Antes, ele podia ser duro, mas
ser suave sempre foi um mandamento para ele.
Assim como uma mulher pode agradecer a Deus por ter nas-
cido mulher, um homem pode agradecer a Deus por ter nasci-
do homem.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Timóteo 3


“Que em todos os lugares os homens orem, homens dedicados a Deus; e que, ao
orarem, eles levantem as mãos, sem ódio e sem brigas”. (1Timóteo 2.8)

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20 “A coisa mais difícil da vida é que ponte atravessar e que
ponte destruir”. (D avid R ussell )
NOVEMBRO
Perto da decisão
Vai tomar uma decisão?
Examine todos os lados da questão. Avalie os benefícios. Con-
sidere os prejuízos. Imagine os riscos.
A razão é o nosso mais importante recurso. No entanto, re-
fletindo de modo amplo, precisamos nos lembrar que nossas
decisões nem sempre são racionais, por mais que achemos. Nos-
sos pensamentos sempre trafegam no túnel das emoções, boas
como a solidariedade ou péssimas como o rancor.
Mesmo depois de formada a sua convicção, há algo a fazer ain-
da, se não o fez: é consultar um amigo ou um profissional. Se for
um amigo, ele vai ouvi-lo e ponderar. Se ele for mesmo amigo,
vai sugerir que siga em frente na decisão formada ou vai dizer
claramente que você está no caminho errado. Se for um profis-
sional, vai trazer outras facetas à questão, para ajudá-lo a deci-
dir certo. Talvez precise ouvir mais de uma pessoa. Como você
sabe, “sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos con-
selheiros há sucesso” (Provérbios 15.22).
Talvez, nesse momento, você, tomada já a decisão, esteja espe-
rando apenas a oportunidade de comunicar sua escolha às par-
tes interessadas. Neste caso, pense um pouco mais. Você pode
estar errado. Nesse caso, voltar atrás é um gesto de grandeza.
Você está em paz ou angustiado com a escolha? Se não estiver
em paz, não decida.
Vai gerar mágoa com o caminho adotado? Pondere se valerá o
preço a ser pago pelos outros.
Você já ouviu um bom conselheiro? Se está sozinho, junte-se a
quem possa estar ao seu lado.
Talvez sua decisão demore um pouco, mas você não se arre-
penderá.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Reis 8.25-29 e 2Crônicas 22.1-9


“[Jesus] se tornou um ser humano, foi aprovado pelo Espírito de Deus, foi visto pelos
anjos, foi anunciado entre as nações, foi aceito com fé por muitos no mundo inteiro e
foi levado para a glória”. (1Timóteo 3.16)

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21 “A paciência é amarga, mas o seu fruto é doce”.
(J ean -J acques R ousseau )
NOVEMBRO
A coragem da paciência, 1/2
A paciência é uma disposição dos corajosos.
Precisamos de paciência para realizar. Precisamos desejar,
planejar, agir e esperar. As melhores coisas demoram para che-
gar. Se não esperamos pelos resultados, não vemos os resulta-
dos. Sem paciência, não agimos como devemos. A impaciência
é mãe da precipitação, que é uma garantia para a frustração. A
paciência mantém o foco na esperança.
Precisamos de paciência para aprender. O conhecimento pode
ser adquirido com velocidade maior ou menor, mas o proces-
so é o mesmo: acúmulo. Geralmente, começamos com as coisas
simples e vamos agregando informações e equações mais com-
plexas. Os impacientes não aprendem. Os impacientes são su-
perficiais. Os impacientes julgam errado.
Precisamos de paciência para crescer. Em todas as áreas, so-
bretudo no mundo do trabalho, precisamos de paciência para
dominar habilidades e postos. O reconhecimento vem com o
tempo. Os rápidos podem até brilhar, mas não se firmam. Os
que crescem devagar, um passo de cada vez, saboreiam as me-
lhores vitórias.
Precisamos de paciência para amar. Amor é convívio. No con-
vívio, conhecemos os outros, que são diferentes de nós no ritmo
com que fazem as coisas, no modo como pensam, no estilo em
que reagem aos eventos. O amor precisa do convívio para se so-
lidificar. A solidez no amor, seja conjugal, filial ou fraternal, é
filha do tempo.
A paciência é vizinha da humildade, esta que nos diz que so-
mos todos iguais. [CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 22.10-12 e 2Reis 11.1-3, 13-16


“Tudo o que Deus criou é bom, e, portanto, nada deve ser rejeitado. Que tudo seja
recebido com uma oração de agradecimento porque a palavra de Deus e a oração
tornam todos os alimentos aceitáveis a ele!” (1Timóteo 4.4-5)

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22 “Paciência é uma coragem mais rara que aquela a que se
chama valentia”. (R amón de C ampoamor y C ampoosorio )
NOVEMBRO
A coragem da paciência, 2/2
A paciência não é um dom, algo que recebemos sem nenhum
esforço.
A paciência é uma disposição, algo que desejamos, buscamos
e aperfeiçoamos.
A paciência é o resultado de uma presença, a presença de Deus
em nós. Ele nos convida à paciência e, uma vez que aceitamos o
convite, Ele vai nos ajudando a desenvolvê-la.
Quando adoecemos, não vamos a um profissional da saúde e
nos tornamos seu paciente? Paciente é alguém que sofre! Ao se
reconhecer paciente, começa a parar de sofrer. No compasso da
saúde, a meta do paciente é deixar de ser paciente.
Diferentemente, no compasso da vida, a meta do paciente é
ser cada vez mais paciente.
Se queremos ser pessoas pacientes, precisamos saber que não
o seremos sem padecer. O paciente sofre com o erro ou com as
características do outro. O paciente sofre consigo mesmo, por-
que o processo da autotransformação é necessariamente lento.
Toda transformação demanda muita paciência. Na transforma-
ção duradoura, pouco dela é alcançada com saltos, porque qua-
se sempre ela se dá na caminhada.
Um passo indispensável é reconhecer a dificuldade para ou-
vir, caminhar e esperar. Se ao lado do reconhecimento, vem o
desejo pela paciência, parte da jornada foi feita.
Faremos bem se vigiarmos os gatilhos que detonam a nossa
impaciência, às vezes, feita de gritos e mesmo de lamentáveis
pontapés. A vigilância tem que ser constante.
O caminho é feito de avanços e fracassos. O importante é que,
depois de chorarmos a derrota provisória, voltemos ao caminho.
A meta da paciência está sempre adiante.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 23 a 24


“Na presença de Deus, de Cristo Jesus e dos santos anjos, eu peço e insisto no
seguinte: em tudo o que você fizer, obedeça a estas instruções, sem preconceito
contra ninguém e sem favorecer nenhuma pessoa”. (1Timóteo 5.21)

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23 “A gratidão da maioria dos homens não passa de
um desejo secreto de receber maiores favores”.
NOVEMBRO (F rançois L a R ochefoucauld )

A avenida da gratidão
Quando Eliseu trouxe de volta o filho dela, a mulher caiu aos
pés do profeta e tocou o chão. Foi a sua forma de agradecer
(2Reis 4.32-37).
Ocupados ou preocupados, relapsos ou ingratos, muitas vezes
não voltamos para agradecer.
Nós somos capazes de não sorrir para quem nos sorri.
Nós somos capazes de não receber a mão que nos é estendida.
Seremos pessoas melhores, habitando uma família melhor,
uma organização melhor, um mundo melhor, se agradecermos.
A gratidão começa com o reconhecimento daquilo que fize-
ram por nós.
A gratidão transforma o ambiente em que vivemos num lugar
acolhedor para todos.
A gratidão coloca a graça de Deus no centro da casa, no centro
do convívio profissional, no centro da vida.
A gratidão é como uma avenida que se abre para caminhadas
mais longas.
A gratidão abafa a mágoa e conduz ao perdão.
A gratidão elogia o passado e adorna o futuro.
A gratidão vê os espinhos, mas se alegra com a suavidade das
rosas.
A necessidade nos faz amigos, mas a gratidão nos faz irmãos.
A gratidão mostra realmente quem nós somos.
Podemos hoje, como a mulher cuja vida foi transformada atra-
vés do profeta Eliseu, agradecer a quem nos fez bem. Talvez
basta que olhemos para os lados para ver quem nos abençoou.
Talvez precisemos voltar no tempo e no espaço para reencon-
trar, mesmo que na imaginação, quem nos ajudou.
Talvez possamos fazer como o filho de um imigrante, acolhido
por uma família. Para honrar o antigo benfeitor dos seus pais,
decidiu bancar os estudos de duas meninas órfãs até termina-
rem seus cursos superiores.
Há muitas formas de agradecer.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Reis 11.4-12, 17-21 e 2Reis 12


“O que foi que trouxemos para o mundo? Nada! E o que é que vamos levar do
mundo? Nada!” (1Timóteo 6.7)

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24 “Deus blinda nossa família com seu amor e providencia
sempre aqueles que cooperam para que haja paz em nosso
NOVEMBRO meio”. (G ilson B ifano )

A identidade da família
Família é sangue – mas não será família se for apenas sangue.
Família é dever – mas não se fortalecerá se for apenas dever.
Família é compromisso – mas não continuará se for apenas
compromisso.
Família é teto – mas não valerá estar nela se for apenas teto.
Família é acolhimento – mas não será afetuosa se apenas aco-
lher.
Família é patrimônio que se conquista – mas não se firmará se
correr apenas através do patrimônio.
Família é sangue – como se não fosse uma escolha – mas for-
mar uma família ou estar nela precisa ser também uma escolha.
Família é dever – dever que a fortalecerá quando for com-
preendido – compreendido para ser vivido como prazer.
Família é compromisso, do tipo “um por todos” e “todos por
um” – mas se romperá se não for com amor tecido.
Família é teto – mas não pode ser espaço de fuga, mas de segu-
rança; nem de egoísmo, mas de solidariedade.

Família é acolhimento,
Que acontecerá de fato, se for amplo,
Com todos se acolhendo como irmãos,
Pais aconselhando os filhos,
Os filhos acolhendo os pais,
Todos se recebendo como iguais.

Família tem patrimônio,


Feita de contas e bens,
Mas o maior deles é ser um lugar
Onde somos o que somos
Para ser o que podemos e devemos ser.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 25; 2Reis 14.1-14, 17-22;


2Crônicas 26 e 1Timóteo 4
“O amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas,
por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de
sofrimentos”. (1Timóteo 6.10)

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25 “Realmente forte é quem pede por ajuda quando dela precisa”.
(R ona B arrett )
NOVEMBRO
Busque ajuda
Sabe quando lhe dizem que você está esquecendo nomes e com-
promissos? Não explique. Busque ajuda.
Sabe quando lhe corrigem um texto que produziu, com indica-
ção dos erros cometidos? Não se explique. Busque ajuda.
Sabe quando comentam que você anda muito triste, diferente-
mente do que sempre foi?
Não justifique, atribuindo sua condição ao cansaço apenas.
Busque ajuda.
Sabe quando o advertem que você está dependente de um há-
bito, de um prazer ou de um vicio?
Não se justifique. Não proteste. Não se faça de vítima. Busque
ajuda.
Sabe quando estranham os valores que passou a adotar, dife-
rentes dos anteriores?
Seu esquecimento pode não ser grave, mas pode ser a ponta vi-
sível de um problema maior. Se você procurar ajuda, o proble-
ma poderá ser resolvido ou compreendido; em qualquer caso,
você poderá mudar ou aprender a contornar as consequências
da dificuldade.
Sua fragilidade no uso do idioma poderá ser corrigida e você
poderá escrever ainda melhor. Se você ignorar a correção, nun-
ca mais será corrigido e continuará errando.
Sua tristeza poderá ser estancada antes de virar crônica como
uma depressão.
Sua dependência poderá ser abandonada, mesmo que seja di-
fícil.
Seu desvio moral poderá ser bem avaliado e rejeitado por você
mesmo, se ouvir a reprovação e se dispuser ao arrependimen-
to e à mudança.
Preste atenção no que estão lhe dizendo.
Em lugar de fechar os ouvidos, abra-os.
Quem ouve é sábio.
Quem se deixa corrigir é sábio.
Quem presta atenção no que lhe dizem para o seu bem é feliz.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Timóteo 5


“Ó Deus, tem misericórdia de nós e abençoa-nos! Trata-nos com bondade”.
(Salmo 67.1)

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26 “A borboleta pousada ou é Deus ou é nada”.
(A délia P rado )
NOVEMBRO
Gritos de alegria
Lemos que Deus tem feito grandes coisas e que “o mundo todo
está cheio de espanto” diante de tanta bondade, pelo que há
“gritos de alegria de um lado da terra ao outro” pelo que Ele
tem feito (Salmo 65.8).
No entanto, se lemos as notícias, não vemos Deus, nem seus
feitos.
Vemos os homens e os seus malfeitos.
As notícias são de guerras, cujas causas os que lutam nem sem-
pre sabem, enquanto assassinam inimigos que não conhecem.
As informações são que a fome é cada vez mais devastadora,
embora haja alimento para todos, se fossem distribuídos com
justiça.
As certezas são que o dinheiro comanda, o dinheiro corrom-
pe, o dinheiro mata.
Quem não está na mídia não existe, mas Deus contraria a ló-
gica. Ele não está na mídia, que O deletou, mas continua em
ação. Ele não faz marketing como governantes e empresas fa-
zem, mas prossegue em ação.
Quem tem olhos para ver vê Deus.
Deus ama por meio da mãe que não dorme enquanto seu fi-
lho não volta.
Deus age através do missionário que ultrapassa os mares para
levar uma mensagem a pessoas que não conhecem.
Deus atua junto com o empresário que oferece empregos.
Deus caminha como aquele que alimenta o faminto que defi-
nha junto ao chão.
Deus brilha no coração que perdoa.
Deus traz alegria quando ajuda a voltar para casa aquele que
perdeu a sua dignidade.
Deus se torna visível quando uma pessoa ou uma comunida-
de ou uma cidade ou um país acolhe os imigrantes como iguais.
Deus não está na superfície, mas na profundidade.
Quem tem fé se junta a Deus para fazer as pessoas terem moti-
vos para dar gritos de alegria.

Para ler HOJE na Bíblia: 1Timóteo 6


“A terra deu a sua colheita; Deus, o nosso Deus, nos tem abençoado”. (Salmo 67.6)

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27 “O otimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito
sem esperança e confiança”. (H elen K eller )
NOVEMBRO
Uma questão de tempo
Como você se posiciona diante das tarefas da vida:
Queixoso? O queixoso se vê como vítima. Para o queixoso,
todos conspiram contra ele ou, no mínimo, ninguém se importa
com ele. O queixoso não errou para estar onde está; os outros
erraram. O queixoso pensa que suas reclamações mudarão as
coisas.
Pessimista? Para o pessimista, o que não deu certo um dia
não vai dar certo agora. O pessimista tem certeza que o ponto
preto na página vai dominar o espaço todo. O pessimista prefe-
re cruzar os braços em lugar de agir.
Otimista? O otimista acha que tudo vai dar certo. Ele tem suas
razões, mas a principal é achar que merece. O otimista realiza,
porque se põe a fazer.
Mais que otimista, você pode se alimentar da certeza que Deus
o levará a realizar os seus desejos (Salmo 60.12), mesmo que se-
jam muitos e fortes os obstáculos.
Quem tem esperança não se baseia no seu desejo para con-
fiar, mas na Palavra de Deus que lhe garante a vitória. Se a con-
quista faz parte do projeto de Deus para a sua vida, o plano se
tornará realidade. Avalie se a sua visão é a visão de Deus para
a sua vida.
Aliste-se na fileira dos que querem realizar a visão de Deus,
como fez o profeta bíblico:
“Vou esperar com atenção o que Deus vai dizer”.
Tendo feito assim, ouviu:
“Escreva com clareza o que vou lhe mostrar,
para que possa ser lido com facilidade.
Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra;
porém ela se cumprirá sem falta.
O tempo certo vai chegar logo;
portanto, espere, ainda que pareça demorar”.
(Habacuque 2.1-3)

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 27; 2Reis 15.32-38 e Salmo 65 a 68


“Ele dá aos abandonados um lar onde eles podem viver e solta os prisioneiros para
que vivam livres e felizes”. (Salmo 68.6)

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28 “Há quatro pilares para um casamento feliz: respeitar um
ao outro; responder suavemente; praticar a honestidade nas
NOVEMBRO finanças e levar a família a orar”. (G ordon B. H inckley )

Oração pela família


Deus edifica a nossa família quando valorizamos a vida fami-
liar (Salmo 127.1).
Há outras vidas na face da terra. Há a vida no trabalho, pelo
qual se sustenta a família. Há a vida com os amigos, um inter-
valo da vida familiar. Há a vida na igreja, mas a vida familiar é
insubstituível.
Assim, a oração de cada um de nós não pode ser outra, senão
esta:
“Senhor, dá-me a bênção de sempre acreditar que a família é o
Seu projeto para mim.
Ajuda-me a manter esta convicção, até quando tudo parecer
conspirar contra ela.
Mesmo que todos ao meu redor me convidem para outros ca-
minhos, ajuda-me a ficar no caminho da família, agradecendo a
Ti por ela, intercedendo a Ti por ela, como sei que os outros in-
tercedem por mim.
Ainda que eu não veja futuro para mim nela, corrija-me, para
que eu mude a minha visão.
Se estivermos todos destroçados, sob os escombros da escas-
sez, eu Te rogarei para que nos ponhas um chão e nos cubras
com um teto e nos aqueças com o afeto, para que Tu nos re-
construas.
Não permita que algum de nós desista do outro. Senhor, se
tudo estiver bem lá em casa, ajuda-me a manter esta convicção
de que és Tu quem nos edificas.
Quando for muito o sorriso, não permita que nossa família se
ensoberbeça, achando-se a melhor e a mais perfeita da comuni-
dade ou da terra.
Quando for rara a lágrima, não nos deixes esquecer que Tu és
o nosso fundamento.
Senhor, na tristeza e na tranquilidade, ensine-nos a valorizar
a vida familiar, como Tu avalias.
É o que de peço, em nome de Jesus”.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 28; 2Reis 16 e Salmo 69 a 71


“Louvado seja o Senhor, que dia a dia leva as nossas cargas! Deus é a nossa
salvação”. (Salmo 68.19)

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29 “Muitas vezes não temos tempo para dedicar aos amigos, mas
para os inimigos temos todo o tempo do mundo”. (L eon U ris )
NOVEMBRO
Alegrando a vida do outro
Seu amigo faz aniversário. Dê-lhe “parabéns”.
Seu amigo convida para uma festa. Vá.
Seu amigo lhe pede um favor. Atenda.
Você pode dar “parabéns” enviando uma carta, um telegrama,
postando uma mensagem nas redes sociais, mandando um re-
cado por algum artefato tecnológico. Esses meios são frios. São
burocráticos. São para ser contados na multidão. Diferentemen-
te, calorosa é a sua presença, com seu abraço vigoroso. Seu ami-
go faz aniversário? O mínimo que você pode fazer é telefonar
para ele.
Seu amigo convida para uma festa, por um motivo óbvio
(como um casamento, por exemplo) ou sem motivo claro. Você
pode ignorar o convite, por não estar disposto ou por não ter
tempo ou dinheiro para ir. Você pode avisar que não vai e se
desculpar. Mas você pode dar um jeito, passar pela festa, mes-
mo por pouco tempo, para um abraço amigo. Você deve fazer
todo esforço para ir.
Seu amigo precisa de um favor. Se lhe custar, atenda. Se não
lhe custar, atenda. Não faça por obrigação, mas por graça. Se
seu amigo não merecer, faça-lhe o favor. Se seu amigo merecer,
faça-lhe o favor. Não pense no preço, não pense no peso, não
pense na recompensa. Faça.
Se puder levar um presente ao seu amigo, seja seu melhor mo-
tivo perfumar-lhe a vida. Não compre um presente qualquer,
mas um que você imagina que vai agradar. Compre o mais bo-
nito. Faça um embrulho bem bonito e, se puder, entregue-o pes-
soalmente ou como surpresa.
A surpresa com que o receberá será um presente para você. É
assim que tornamos melhor a vida do outro. E a nossa também.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 29 a 32


“Tu sabes, ó SENHOR, que tanto os nossos antepassados como nós passamos pela
vida como estrangeiros, como pessoas que estão de passagem. Os nossos dias são
como uma sombra que passa, e não podemos escapar da morte”. (1Crônicas 29.15)

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30 “O boi e o burro entenderam mais do primeiro Natal do que
os sumos sacerdotes em Jerusalém. E o mesmo acontece hoje”.
NOVEMBRO (T homas M erton )

Antes que o Natal termine


Todo ano chega a estação do Natal.
Chegou este ano e, se tudo correr bem,
bafejará a nossa vida no ano que vem.
Que venha todos os anos como ideal.
Diante dos sinos que enfeitam presentes
e sob o testemunho das luzes piscantes,
mais uma vez, dizemos que seremos diferentes
e diremos às pessoas que elas são importantes.
Talvez, inspirados para uma nobre disposição,
tomaremos coragem e pediremos perdão.
É como se o Espírito Santo habitasse mesmo em nós,
e nos calaremos, para que Ele tenha plena voz.
Neste Natal, as pessoas verão o melhor de nós:
o anônimo até hoje invisível que nos estende a mão,
o vizinho que geralmente não consideramos irmão,
o irmão que era amado sob a forma da obrigação,
o colega que raramente via a nossa gentileza,
o superior que nunca percebeu a nossa grandeza,
o empregado com quem somos, às vezes, plenos de rudeza,
o amigo que não quer uma comunhão passageira,
o familiar cansado de nossa face verdadeira.
Temos que esticar esta estação de paz,
como gostamos de prolongar a infância feliz,
aumentar o fim de semana tão curto e fugaz,
esses tempos que parecem não ter raiz.
Se podemos ser gentis num mês do ano, podemos tecer seus
dias num permanente pano. Se desejamos que a partir de nós a
paz se instale, este é o desejo que precisa valer e muito vale. A
notícia boa do Natal não pode se desvanecer como névoa. Deus
não se fez humano apenas por um pouco; é sempre Natal quan-
do de nós Jesus está perto.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Reis 18 a 20


“Os meus pecados não estão escondidos de ti, ó Deus; tu sabes como tenho sido
tolo”. (Salmo 69.5)

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1 “Devemos orar com os olhos em Deus, não nas dificuldades”.
(O swald C hambers )
DEZEMBRO
Oração e lágrima
Oração é uma experiência muito pessoal.
No entanto, aprendendo com a oração de Jesus e com as ora-
ções da Bíblia, podemos dizer que a oração deve conter pelo
menos quatro elementos, em qualquer ordem. Eventualmente,
podemos fazer só um tipo de oração, mas geralmente esses ele-
mentos devem se combinar numa mesma prece. Esses elemen-
tos são: exaltação a Deus, gratidão a Deus, confissão a Deus e
pedido a Deus.
Nossa oração deve exaltar a Deus. Experimente exaltar a
Deus. Você vai conhecê-lO melhor.
Nossa oração deve agradecer a Deus por algo concreto que nos
fez. Experimente agradecer, conte as bênçãos uma a uma e você
verá que não conseguirá completá-las.
Nossa oração deve conter um momento de confissão a Deus,
num reconhecimento de uma falha especifica, não de uma
“multidão de pecados”. Devemos fazer como Neemias, um líder
político que orou assim: “Olha para mim, ó Deus, e ouve as ora-
ções que faço dia e noite em favor dos teus servos, o povo de Is-
rael. Eu confesso que nós, o povo de Israel, temos pecado. Os
meus antepassados e eu temos pecado” (Neemias 1.6).
Nossa oração deve incluir um ou mais pedidos, por nós mes-
mos e pelos outros. Orar não é dar ordem a Deus, mas pedir a
manifestação renovada da Sua graça.
Estes conteúdos não cabem numa fórmula, uma vez que de-
vem ser espontâneos. Entre uma oração “certinha” e uma ora-
ção espontânea, Deus ouvirá a espontânea, como a de Ana, mãe
do profeta Samuel, que se levantou aflita e, chorando muito,
orou a Deus, o SENHOR (1Samuel 1.10).
Oração de valor não é aquela de fraseado bonito, mas aquela
que contém as lágrimas do coração.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Crônicas 33.1-25; 2Reis 21.1-26


e 2Timóteo 1 a 2
“No seu sofrimento Manassés orou com fervor ao SENHOR, seu Deus;
cheio de humildade, ele se arrependeu diante do Deus dos seus antepassados”.
(2Crônicas 33.12)

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2 “Crescemos como flores e carregamos o desejo, o aroma das
flores humanas”. (R ichard H. S toddard )
DEZEMBRO
A boa companhia
Todos nós temos desejos, para os quais fazemos planos, dese-
nhamos objetivos e traçamos metas.
Depois, começamos a agir para que as coisas aconteçam.
Neste processo, esperamos que Deus saia correndo atrás de nós
para nos alcançar e nos ajudar a fazer as coisas acontecerem.
Este é o nosso jeito natural de ser, mas podemos viver de um
modo diferente, de um modo espiritual.
Vivemos de modo espiritual quando, diante dos nossos dese-
jos, nós os submetemos a Deus. Para isto, temos a oração. Pode-
mos perguntar a Deus se ele aprova o nosso desejo ou vamos
obrigá-lo a ir conosco para fazer o que não é bom para nós?
Quando oramos, podemos dedicar a Deus o nosso desejo?
Dedicar o nosso desejo a Deus implica na coragem de, se for o
caso, abrir mão dele, se ele é não digno de Deus. E nesta tarefa
temos a Bíblia para nos orientar. O que ela não aprova Deus não
aprova. Teremos coragem de ir sozinhos?
Vivemos de modo espiritual quando, antes de começarmos,
convidamos a Deus para ir à nossa frente. Se ele estiver à nossa
frente, o ritmo será o dele, não o da nossa ansiedade. Se ele es-
tiver à nossa frente, o método será o dele, não o da impiedade,
mesmo que seja seguido por todos ao nosso redor.
Deus pode estar no campo de futebol, onde jogamos.
Deus pode estar no centro cirúrgico, onde a vida é decidida.
Deus pode estar depois da curva, na reta que não vemos.
Deus pode estar no amanhecer da vida em família, a cada dia.
Deus pode estar na transação comercial que precisamos fazer.
Deus pode subir no veículo que nos conduzirá ao destino que
queremos.
Desejar é natural. Desejar que Deus vá à nossa frente é espi-
ritual.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Timóteo 3


“Este ensinamento é verdadeiro: ‘Se já morremos com Cristo, também viveremos
com ele’”. (2Timóteo 2.11)

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3 “Sugestões para um cartão de natal: para teu inimigo, perdão;
para teu adversário, tolerância; para teu amigo, o teu coração;
DEZEMBRO para o consumidor, gentileza; para todos, caridade; para as
crianças um bom exemplo; para você mesmo, respeito”.
(O ren A rnold )

Galerias do Natal
A história do nascimento de Jesus Cristo contém uma galeria de
pessoas iluminadas, que inspiraram alegria.
Maria a inspirou, dispondo-se a servir. José a inspirou, ouvin-
do. Os anjos a inspiraram, cantando. Os pastores a inspiraram,
crendo. Os magos a inspiraram, doando.
Também faz parte ainda da história do nascimento de Jesus
Cristo uma galeria de pessoas sombrias, que inspiraram medo.
Augusto, um imperador ambicioso, amedrontou nações, bai-
xando um decreto pesado para arrecadar mais dinheiro.
Herodes, um governador inseguro, amedrontou famílias, de-
cretando a morte de meninos para evitar que um deles sobre-
vivesse.
À margem da história do nascimento de Jesus há ainda uma
galeria de pessoas que só ficaram na nossa imaginação.
Foram familiares que não entenderam o que Deus estava fa-
zendo, foram vizinhos que não ouviram as melodias dos anjos,
foram moradores que seguiram suas vidas como se Deus não
lhes tivesse chegado.
No Natal que Deus nos escreve todos os dias, de que galeria fa-
zemos parte?
Será a mesma de Maria, se dissermos: “conte comigo”. Será a
mesma de José, se estivermos prontos para sermos amigos. Será
a dos anjos, se os nossos cânticos forem de paz. Será a dos pas-
tores, se dermos os passos necessários para participar daquilo
que Deus faz. Será a dos magos, se formos generosos, até com
os desconhecidos.
O bom do Natal é receber.
O melhor do Natal é oferecer.
Sempre pode ser Natal, no Natal de Jesus e em todos os dias, se
nossas vidas inspirarem.

Para ler HOJE na Bíblia: 2Timóteo 4


“Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar
a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver”.
(2Timóteo 3.16)

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4 “Um Deus que nós compreendemos não é Deus”.
(D io C risóstomo )
DEZEMBRO
Crescendo com Maria, 1/2
Precisamos valorizar Maria, a mãe de Jesus.
Reconheçamos seu valor no plano de Deus para a salvação do
mundo, quando atendeu ao pedido de Deus para abrigar o pró-
prio Deus em forma humana.
Depois de ter dado Jesus ao mundo e ter recebido a visita dos
pastores de rebanho, na mesma noite, ela guardou tudo o que
experimentou, viu e ouviu, refletindo em seu coração (Lucas
2.19). Diante de acontecimentos extraordinários, Maria dispôs
o seu coração de modo sublime. Temos muito a aprender com
Maria.
Maria nos convida a uma vida de reflexão. Desde que o anjo a
encontrou, em lugar de ficar assustada, Maria recebeu com ale-
gria a missão de guardar Jesus no seu ventre. Quando os pas-
tores lhe contaram que foram avisados do nascimento do seu
filho por anjos, ela entendeu que o projeto de Deus se confirma-
va a cada dia em sua vida.
Ao guardar todas estas coisas e sobre elas refletir, Maria nos
faz um convite a uma vida que pensa; ela nos adverte contra a
superficialidade.
Em toda a Bíblia, somos chamados a pensar, a refletir. Não
há contradição entre fé e reflexão; ao contrário, há uma íntima
conexão. Como reconheceremos nossos pecados, senão olhan-
do criticamente nossos gestos? Como adoraremos a Deus, senão
imaginando Deus recebendo nossos louvores?
A fé jamais é cega. A fé pode não compreender todas as coisas,
como Maria certamente não entendeu tudo o que lhe aconte-
cia naquele momento, mas sua fé levou-a a refletir. É o que de-
vemos fazer, quando compreendemos ou não compreendemos.
Nossa reflexão deve sempre nos inspirar à fé, como fez Maria.
[CONTINUA]

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 1


“Maria respondeu: ‘Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor
acabou de me dizer! E o anjo foi embora’”. (Lucas 1.38)

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5 “É impossível que entre em desespero a pessoa que lembra que
seu Ajudador é onipotente”. (J eremy T aylor )
DEZEMBRO
Crescendo com Maria, 2/2
Maria, a mãe de Jesus, nos ensina muitas coisas com suas ati-
tudes. Ela nos mostra, por exemplo, a hora de falar e a hora de
calar.
Quantas vezes, falamos na hora de calar? Quantas vezes, cala-
mo-nos quando deveríamos falar?
Diante da plateia de pastores que vieram do campo para co-
nhecer seu filho, Maria podia se exaltar e mostrar o seu lugar
no plano de Deus. No entanto, ela se calou. Diante de pastores
curiosos para saber como foram as coisas, Maria optou por fi-
car silenciosa.
Quantas vezes, entristecidos porque não reconhecem o nosso
papel, falamos para que se nos faça justiça? Queremos que os
nossos atos sejam reconhecidos e então falamos, para mostrar
que somos dignos de elogios. Se há méritos em nós, que os ou-
tros falem! Se os outros não falarem, que Deus nos abençoe com
um “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o po-
rei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!”
(Mateus 25.23).
Quantas vezes, desatentos, temos algo a dizer e nos calamos,
por comodismo, por egoísmo ou por vergonha? Quantas vezes,
por exemplo, deixamos de convidar alguém para participar de
uma reunião ou oportunidade capaz de dar um novo sentido à
sua vida? Quantas vezes, nos esquecemos que “a fé vem por se
ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra
de Cristo” (Romanos 10.17).
Maria ainda se torna um modelo para nós quando se permitiu
ser usada por Deus para ser um meio para abençoar muitas ou-
tras pessoas... a nós inclusive, tantos séculos depois!
Deus precisou do seu ventre e ela se dispôs a atendê-lo. Deus
precisou de suas mãos para cuidar do menino Jesus e ela o aten-
deu. Deus precisou de Maria. Deus precisa de nós.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 2 e Salmo 7


“Mas o anjo disse: ‘Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa
notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo!’”
(Lucas 2.10)

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6 “O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
DEZEMBRO Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre”. (A délia P rado )

Num lindo dia


O oitavo salmo da Bíblia Sagrada começa e termina assim.
“Ó SENHOR, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo
inteiro”.
Há dias em que acordamos como se o salmo 8 estivesse nos
nossos lábios. Se moramos num lugar sob o céu aberto, olhamos
para o alto, abrimos os braços e louvamos a Deus, com ou sem
palavras, cantando ou apenas falando. Se moramos num lugar,
cheio de paredes, uma luz resplandece dentro do nosso coração
e agradecemos pela manhã que chegou, pelo dia que começa e
pela noite que virá.
São lindos estes dias! Eles podem ser frutos apenas de uma dis-
posição perante a vida e poderão murchar quando nossos pas-
sos começarem a tropeçar e as coisas não parecem nos sorrir.
Quando os nossos louvores vierem da percepção de quem
Deus é e do que faz, continuaremos louvando, mesmo que as
coisas não estejam como gostaríamos que estivessem.
O salmista nos ensina, com sua confiança alegre, que o conhe-
cimento de Deus dá um sentido pleno à nossa vida. Ele vê Deus
em ação na natureza. Ele vê o amor de Deus se expressando
nas canções das crianças. Ele vê o poder de Deus nos astros ce-
lestes. Ele vê a graça de Deus na criação do ser humano. Ele
vê o cuidado de Deus nas grandes coisas. O salmista vê o mun-
do como Deus vê, presente nas mínimas coisas. Adélia Prado,
uma poetisa brasileira, escreveu que “é preciso fé até para cor-
tar as unhas” e, com sentimento poético, comentou: “sem fé não
se corta unhas, não se toma banho e não se peleja. No piqueni-
que dificultoso da vida há muita beleza e alegria. O caminho é
áspero e perigoso, com pousadas incríveis”.
O salmo 8 deve estar continuamente em nossos lábios, estando
primeiramente guardado em nossos corações.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 3 e Salmo 8


“João disse a todos: ‘eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que
é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das
sandálias dele. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo’”. (Lucas 3.16)

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7 “Onde há coragem, não pode haver miséria”. (C ícero )

DEZEMBRO
Deus não esquece os pobres
Olhamos para os pobres – como aqueles mendigos da esquina,
de embaixo do viaduto, entre outros – e sentimo-nos impoten-
tes diante do seu drama.
Se não lhe formos indiferentes, oraremos por ele e pediremos
orientação a Deus sobre como podemos ajudá-lo.
Há outros pobres no mundo, mas o mendigo que mora perto
de nós nos incomoda. Se não incomoda, precisa nos incomodar.
Não sabemos porque foi reduzido a isto: um mendigo. Podemos
imaginar: uma doença mental, passou por alguma decepção,
precisou fugir, foi abandonado, perdeu a família, cometeu um
crime, dependência química, conheceu o desemprego, contraiu
uma dívida que não conseguiu pagar... Pode ser qualquer um
destes fatores ou muitos deles reunidos.
Como sabemos que a solução não é fácil e vai além de nossas
atuações individuais, certamente, acabaremos por desistir dele
e o esqueceremos. Os pobres podem ser esquecidos por nós,
mas não o serão por Deus (Salmo 9.18).
Se cremos em Deus, Ele continuará a nos incomodar. Se nós nos
sentirmos incomodados, haverá a esperança para o mendigo.
Se nós nos acomodarmos, Deus levantará outros que se im-
portem, já que nos calamos, mas ele vai nos cobrar uma atitude
(Mateus 25.40-46).
A injustiça, manifestada especialmente no sofrimento dos po-
bres, é um desafio ao amor de Deus. Se nos importamos com
Deus, nós nos importamos com a pobreza. E não deixaremos
que as pedras clamem (Lucas 19.40).

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 4


“Jesus respondeu: ‘As Escrituras Sagradas afirmam que o ser humano não vive só de
pão’”. (Lucas 4.4)

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8 “Amar é um cuidar que se ganha em se perder”.
(L uís de C amões )
DEZEMBRO
O homem que ouvia anjos, 2/3
José, marido de Maria, é um modelo de ser humano por várias
razões ainda:
José protegeu seu filho. José tomou uma série de atitudes
para proteger o bebê e depois o menino.
Quando Maria deu à luz ao garoto, José estava ao lado deles
(Lucas 2.16). Quando a vida do bebê foi posta em risco, ele fu-
giu com todos para o Egito. Quando voltou para Israel, ele bus-
cou o lugar mais seguro para seu filho. Quando sentiu falta do
adolescente nas estradas próximas a Jerusalém, ele voltou para
procurá-lo.
Imaginemos se a vida profissional de José foi prejudicada?
Mas ele não levou em conta estes problemas. Ele protegeu seu
filho até dos comentários do povo. Jesus não era seu filho bioló-
gico, mas ele guardou este segredo. José o adotou integralmen-
te. Neste sentido, José pode ser considerado o patrono dos pais
adotivos.
José é um exemplo para todos os pais. As crianças precisam de
pais que as protejam.
José viveu do seu trabalho. José era conhecido em sua comu-
nidade (Nazaré) por sua profissão: carpinteiro. Como provedor
da família, José vivia do seu trabalho. José pode ser considerado
patrono de todos os que trabalham.
José honrou sua esposa. Quando soube que Maria estava
grávida, José ficou ao seu lado e não coabitou com ela (Mateus
1.25). Ele sabia que aquela era uma gravidez especial.
Nesse tempo, José não procurou outra mulher para se relacio-
nar sexualmente. Também nesta condição honrou sua mulher.
Foi-lhe fiel.
José se dedicou à sua família, que estava acima de seus interes-
ses próprios e de suas necessidades pessoais. José pode ser con-
siderado o patrono de todos os maridos.
José é um modelo para todos os homens. [CONTINUA em 17
de dezembro]

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 5


“Jesus respondeu: ‘Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os
doentes’”. (Lucas 5.31)

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9 “A felicidade consiste em três pontos: trabalho, paz e saúde”.
(A bílio G uerra J unqueiro )
DEZEMBRO
Seis passos para a paz
Se queremos viver e promover a paz, eis alguns passos que pre-
cisamos dar:
1. Admitamos que estamos errados quando pensamos que
apenas nós somos os ofendidos. Se tivermos coragem, admi-
tiremos que também ofendemos.
2. Tenhamos coragem para pedir desculpas, desculpas de ver-
dade, vindas do arrependimento da falha cometida por nós.
Não peçamos desculpas atribuindo culpa ao outro.
3. Estejamos prontos para pagar o preço. Mesmo que nosso pe-
dido de perdão não possa reparar o dano provocado (como
no caso de um assassinato ou de uma maledicência), deve-
mos nos dispor a pagar o preço. No período do Antigo Testa-
mento, esta disposição era demonstrada quando o ofensor
vestia-se com roupa de saco e punha cinzas sobre o corpo,
indicando o reconhecimento do seu erro.
4. Desejemos viver de modo coerente, de modo que a nossa
grande meta seja que, em nosso comportamento, vida e re-
ligião guardem uma proximidade tal que o nosso desejo e a
nossa prática formem uma identidade. Quem tem uma vi-
são integrada (entre vida e fé) sabe que uma ofensa ao pró-
ximo é uma ofensa a Deus.
5. Busquemos vivenciar em nossos relacionamentos, em tem-
po de conflito e em tempos de paz, padrões mais elevados do
que o do meio em que vivemos. Jesus contrapunha as prá-
ticas equivocadas de antigos e contemporâneos com “novos
valores a serem vividos” (Mateus 5.22), propondo a partir
dai um novo caminho.
6. Peçamos coragem ao nosso Deus para reconhecer que erra-
mos, para admitir perante o outro que erramos contra ele e
para decidir pagar o preço do nosso erro.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 6 e Salmo 9


“Ó SENHOR Deus, eu te louvarei com todo o coração e contarei todas as coisas
maravilhosas que tens feito”. (Salmo 9.1)

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10 “A Bíblia é uma das maiores bênçãos concedidas por Deus
aos seres humanos. Ela tem Deus como seu autor; a salvação
DEZEMBRO como seu objetivo, e verdade sem qualquer mistura como seu
assunto. É toda pura”. (J ohn L ocke )

O mais difícil é viver


Nossa maior dificuldade na leitura da Bíblia não é a falta de
tempo, nem a falta do hábito de ler.
Nosso maior obstáculo em ler a Bíblia não é também a dificul-
dade de compreender algumas de suas páginas. Nosso maior
problema é aplicar aquilo que lemos na Bíblia diante daquilo
que ouvimos todos os dias, em casa, no trabalho, na escola e no
lazer.
Em nossa sociedade, há valores morais que vieram da Bíblia,
direta ou indiretamente, mas há valores que estão em sua oposi-
ção. A discordância, às vezes, é sutil e às vezes, confronta. Neste
caso, temos que fazer uma escolha. A melhor escolha é concor-
dar com a Bíblia.
Quando escolhemos a Bíblia, podemos enfrentar oposição, po-
demos perder coisas, podemos ser ridicularizados, podemos
nos sentir como “peixes fora d’água”, mas nunca nos arrepen-
deremos de nada do que fizermos ou não fizermos. Não há um
conselho sequer na Bíblia que nos cause dano.
Ouvimos que não devemos levar desaforos para casa, mas a
Bíblia diz que não devemos permitir que a raiva nos domine.
Se não “levamos” o desaforo e agimos, poderemos sair ilesos,
mas também poderemos nos machucar. Se levarmos o desafo-
ro e o entregarmos ao cuidado de Deus, poderemos descansar,
porque Ele agirá.
Ouvimos que o dinheiro traz felicidade, mas a Bíblia diz que
devemos nos esforçar para ganhá-lo e que também não deve-
mos amá-lo, porque a paixão pelo dinheiro produz muitos ma-
les. E sabemos disto.
Fiquemos com a Bíblia.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 7 e Salmo 10


“Mas tu, ó Deus, vês e percebes o sofrimento e a tristeza e sempre estás pronto para
ajudar. Os que não podem se defender confiam em ti; tu sempre tens socorrido os
necessitados”. (Salmo 10.14)

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11 “Irei a qualquer lugar, desde que seja para frente”.
(D avid L ivingstone )
DEZEMBRO
Levante-se
Uma menina adoeceu (Lucas 8.40-42 e 49-56). Sua família pro-
curou Jesus.
Também adoecemos. Nosso corpo adoece. Nossa mente adoe-
ce. Nosso caráter adoece.
Podemos procurar por Jesus.
A menina, por causa de sua enfermidade, foi ao chão e depois
a vida a deixou.
Sua família procurou por Jesus.
Também vamos ao chão. Derruba-nos a decepção e passamos
a achar que nada vale a pena. Derruba-nos uma depressão e as
horas são fardos dos quais queremos nos livrar. Derruba-nos o
desemprego, que nos leva ao desespero. Derruba-nos o caráter,
com desejos e práticas que nos aprisionam ao chão.
Podemos procurar por Jesus.
Procurado pela família da menina, Jesus disse palavras por si
mesmo transformadoras:
– Não tenham medo.
Diante das lágrimas dos familiares, pediu:
– Não chorem.
Depois atravessou os corredores, em direção à menina. Pegou
em sua mão e disse, para que todos ouvissem:
Levante-se.
Ela se alimentou e voltou à normalidade da vida.
Jesus é aquele que diz “levante-se”.
Jesus nos diz “levante-se” e nos estende a mão.
Jesus nos diz “levante-se”, estende-nos a mão e caminha co-
nosco até nossos passos se firmarem.
Levante–se.
Uma menina (ou um menino, um adulto, um idoso, caído ao
chão) precisa que você o traga de volta à vida.
Diga: “levante-se”.
Diga “levante-se” e estenda a sua mão.
Diga “levante-se”, estenda a sua mão e caminhe junto até que
os passos do outro se firmem.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 8 e Salmo 11


“Com Deus, o SENHOR, estou seguro”. (Salmo 11.1)

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12 “Será que é difícil fazer escolhas que possam mudar nossas
vidas para melhor, com escolhas que nos movem em direção à
DEZEMBRO satisfação interior?”. (C atherine P ulsifer )

A melhor parte
Jesus entrou na casa de Lázaro, Marta e Maria.
Eles tinham entendido que era o Messias do mundo. Trata-
vam-no como o Senhor das suas vidas. Eram felizes desde quan-
do seus corações descansaram nele.
Agora, o Salvador estava em sua casa. Estavam as duas. Láza-
ro não se encontrava. A atenção as dividiu.
Marta estava ocupada e continuou ocupada, cuidando da casa.
Ela permaneceu andando para lá e para cá.
Maria estava ocupada, mas parou para ouvi-Lo. Jesus lhe elo-
giou, dizendo que escolhera melhor.
Ela se juntou aos demais discípulos para ouvir mais. Eram his-
tórias sobre o amor do Pai. Eram ensinamentos para os tempos
de saúde e de enfermidade, de paz e de conflito. Eram convites
para vidas plenas.
Quem somos nesta história?
Somos Marta quando, tão envolvidos com nossas necessárias
atividades, não nos assentamos aos pés de Jesus.
Somos Maria quando reconhecemos que precisamos ouvir Je-
sus nos falar.
Quando o ouvimos, fazemos melhor o nosso trabalho.
Quando o escutamos, renovamos forças para continuar.
Quando lhe damos atenção, vemos o que precisa ser muda-
do em nós e revisamos nossas vidas, sublinhamos nossas vir-
tudes e marcamos nossas fraquezas. Quando deixamos que as
palavras de Jesus cheguem ao nosso coração, elas fluem em nós.
Quando permitimos, Jesus nos pastoreia. Ser pastoreado por
Jesus é uma coisa necessária.
Pastoreados, podemos fazer melhor o nosso trabalho, inclusi-
ve na igreja.
Pastoreados, podemos ser pessoas melhores.
Queremos ser Maria?

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 9 a 10


Jesus disse: “Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo
a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que
é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante”. (Lucas 9.48)

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13 “Você não escolhe seus familiares. Eles são dons de Deus para
você e você para eles”. (D esmond T utu )
DEZEMBRO
Lute por sua família
Se você ama a sua família, deve tomar atitudes que a tornem
cada mais sólida.
Ore por sua família. Isaque orou para que sua esposa ficas-
se grávida e Deus o ouviu muitos anos depois (Gênesis 25.21).
Ana orou para ter um filho e foi atendida prontamente (1Sa-
muel 1.10). Davi orou pelo seu filho recém-nascido, não foi aten-
dido, mas depois foi abençoado com um filho que foi maior que
ele (2Samuel 12.15-25). Jó orava por seus filhos quando eles es-
tavam nas festas e Deus o ouvia (Jó 1.5). O pai do jovem epilético
intercedeu por ele a Jesus e o rapaz foi transformado imediata-
mente (Mateus 17.15). A esposa de Zebedeu pediu a Jesus por
seus filhos e não foi atendida porque pediu o que não devia:
glória pessoal (Mateus 20.21). O oficial palaciano da Palestina
rogou a Jesus que curasse seu menino e foi atendido no mesmo
instante (João 4.46-53). 
Ore com sua família. Se seus pais oravam com você, você pro-
vavelmente orará com os seus filhos. Se seus pais não oravam
com você, mude esta história para que seus netos também vi-
vam num ambiente de vida devocional.
Leia a Bíblia em casa. Seus filhos o verão.
Memorize versículos bíblicos com eles. Faça os exercícios bí-
blicos. Envie-o a um acampamento cristão.
Cole versículos bíblicos pela casa, de modo conveniente e es-
tratégico (seja sobre um móvel, como ímã de geladeira, por
exemplo).
Ore em casa. Quando houver algo importante para acontecer,
chame seus filhos ou cônjuge para orar. Mesmo que não acre-
ditem, eles lhe agradecerão. Antes de fazerem uma prova, ore
por eles. Quando ficarem doentes, antes de irem ao médico, ore
com eles.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 11 a 12


“Até os fios dos cabelos de vocês estão todos contados. Não tenham medo, pois
vocês valem mais do que muitos passarinhos!” (Lucas 12.7)

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14 “Toda mentira são duas mentiras: a mentira que contamos
aos outros e a mentira que contamos a nós mesmos para
DEZEMBRO justificá-la”. (R obert B rault )

Dez cuidados transparentes


Ser transparente é falar sabendo que Deus está ouvindo. O dese-
jo não vem do medo de ser ouvido, mas da alegria de ser apro-
vado por Deus.
1. Fale sempre a verdade. Meia verdade não é meia mentira.
Uma meia verdade é totalmente mentira.
2. Se fizer algum voto a Deus, cumpra-o. Leve a sério os votos
que fez no casamento. Se prometeu algo ao seu pai, cum-
pra-o. Se fez um compromisso em casa, no trabalho ou na
igreja, cumpra-o. Você não é obrigado a se comprometer,
mas é obrigado a cumprir o que prometeu.
3. Nunca diga algo apenas para agradar o outro (do tipo “es-
tou torcendo por você”, sem estar).
4. Achou e não é seu? Não é seu. Simplesmente, não é seu.
Você não pode se apropriar do que não é seu.
5. Encontrou um texto na internet? Não é seu. Se for usar, dê
o devido crédito. Se não puder dar o crédito, não use. Se
for mensagem sem fonte, não passe adiante.
6. O gol foi com a mão? Não comemore.
7. Quer passar num concurso? Ore e estude, estude muito.
8. Obteve algo por meio ilícito? Não agradeça a Deus por isto.
Devolva.
9. Cuidado com o dinheiro. Cuidado com o seu dinheiro, para
ele não o consumir. Sobretudo cuidado com o dinheiro do
outro, para ele não o seduzir.
10. Se pedir um comprovante para uma despesa a ser ressar-
cida, não aceite um valor diferente. Não faça o que alguns
(ou muitos) fazem.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 13


“Ó SENHOR Deus, tu ouvirás as orações dos que são perseguidos e lhes darás
coragem”. (Salmo 10.17)

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15 “Quando chegar ao céu, verei ali três coisas impressionantes:
a primeira será encontrar muita gente que não esperava ver
DEZEMBRO ali; a segunda será não encontrar muita gente que esperava
ali encontrar; e a terceira e mais maravilhosa de todas será
encontrar a mim mesmo ali”. (J ohn N ewton )

A ovelha perdida
Perdemos muitas coisas na vida. Algumas delas nos fazem fal-
ta, porque são de grande valor. Estão perdidas e precisamos en-
contrá-las (Lucas 15.4).
O que perdemos? (Faça a sua lista, por favor.)
Pode ser que tenhamos perdido oportunidades. Recebemos
um convite, que implicava em termos que nos mudar para ou-
tra cidade; com medo, recusamos. A chance está agora carimba-
da com a palavra “passado” e nada mais podemos fazer.
Pode ser que tenhamos desperdiçado nosso tempo, gastando-o
com conversas inúteis, diversões vazias, preocupações desne-
cessárias. Não há o que fazer: o tempo não volta.
Pode ser que tenhamos perdido nossa dignidade. Sabíamos o
que era certo e fizemos o errado. Conhecíamos a virtude, mas
preferimos o vício. Podemos buscar de volta nossa dignidade.
Podemos, arrependidos, pedir perdão a Deus e voltar ao nosso
amor por Ele. Se apenas uma área de nossa vida precisa de acer-
to, devemos consertá-la.
Pode ser que tenhamos nos afastado de uma pessoa a quem
amamos: um cônjuge, um filho, um amigo. Talvez tenhamos ou-
vido palavras duras. Talvez tenhamos dito palavras pesadas.
Podemos buscar aquele de quem nos afastamos. Se tivermos
que nos humilhar, ganharemos, se nossos laços forem reatados.
Podemos estar com a casa cheia, mas se há uma ausência, pode-
mos ir em busca de sua presença.
Talvez tenhamos desistido de algum projeto, ou por ser difícil
ou por sermos frágeis. Podemos readequá-lo e nos empenhar-
mos para realizá-lo. Podemos ter feito muitas coisas, mas se
uma nos falta podemos buscar realizá-la.
Para Deus somos como uma ovelha num rebanho de cem e ele
veio ao nosso encontro.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 14


“Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os
cegos e você será abençoado”. (Lucas 14.13-14)

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16 “Ninguém pode fazer você inferior sem o seu consentimento”.
(E leanor R oosevelt )
DEZEMBRO
Moeda de grande valor
Quanto valemos?
Nós valemos o cargo que ocupamos na empresa.
Nós valemos o número de amigos que fizemos.
Nós valemos o quanto temos de dinheiro e bens.
Nós valemos o que as pessoas podem tirar de nós.
É assim que nos veem. É deste modo que as pessoas se relacio-
nam conosco. É assim que convivemos com as pessoas. O mun-
do real nos cansa.
No entanto, somos mais que o cargo que ocupamos, os ami-
gos que recolhemos, o dinheiro que ganhamos, as pessoas que
ajudamos.
Nós somos pessoas de grande valor. Nosso valor não pode de-
pender do que temos, porque tudo pode ser perdido de uma
hora para a outra. Nosso valor não pode depender do que fa-
zemos, porque há momentos em que não podemos fazer muito.
Nosso valor não pode depender de como nos sentimos, porque
pode ser que não nos valorizemos muito diante do que ouvimos
desde quando éramos crianças.
Nosso valor não vem de sermos bons, porque não somos: so-
mos pecadores: mentimos, trapaceamos, julgamos, abusamos,
erramos.
Somos moedas cunhadas na casa do céu (Lucas 15.8-11). Mes-
mo que amassadas, riscadas, enferrujadas, não perdem seu va-
lor. Seu valor não depende do valor que lhe atribuem. Seu valor
está estampado nela mesma.
Seu valor advém de quem as cunhou. Aquele que as cunhou
deixou impressa nela o seu próprio valor, que ninguém pode
arrancar.
Somos moedas cunhadas por Deus. Nosso valor vem do seu
amor para conosco desde a criação. Deus nos vê como moedas
de grande valor.
Como Deus nos vê é como devemos nos ver, homens e mulhe-
res de valor.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 15


“O SENHOR faz o que é certo e ama a honestidade; as pessoas que são obedientes a
ele viverão na sua presença”. (Salmo 11.7)

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17 “O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa
tudo quanto diz”. (A ristóteles )
DEZEMBRO
O homem que ouvia anjos, 3/3
Pensemos em outras virtudes de José, o marido de Maria, que
nos inspiram todos os dias do ano.
José pastoreava sua família. Quando chegou o tempo de o
bebê Jesus ser circuncidado (ao oitavo dia de vida), José cum-
priu seu dever de líder espiritual da família. Quando chegou
a hora de ir ao templo para consagrar o menino (aos 40 dias),
José o levou.
A cada Páscoa, festival celebrado uma vez por ano, José leva-
va sua família ao templo em Jerusalém, embora morassem a
160 km de distância.
José era o pastor de sua família. Ao tempo do Jesus menino,
era José quem tomava a iniciativa.
Ainda hoje os pais são os pastores de seus filhos. Os pais não
têm a opção de serem ou não serem pastores. Têm apenas a
opção de serem pastores bons ou pastores ruins. Quem tem fi-
lho é pastor.
José ponderava para decidir. Diz-nos a Bíblia que, diante do
fato extraordinário da gravidez especial de Maria, José “ponde-
rava nestas coisas” (Mateus 1.20).
Ele não agiu por impulso. Ele pensou antes de decidir.
Ele não agiu com raiva. Se tivesse ficado com raiva de Maria,
poderia denunciá-la como adúltera e mandá-la embora.
Quanto a nós: como temos agido? Na hora em que somos con-
trariados, temos ponderado ou explodido?
José era um homem justo. O resumo do caráter de José é ins-
pirador: ele era, como Jó, um homem justo (Mateus 1.19). Pode-
mos nós também ser chamados de justos?
Justo é quem faz o que é certo.
Justo é quem considera Deus como o centro de sua vida e age
coerentemente a partir disto.
Justo é quem não vive apenas para receber os seus direitos,
mas cumpre também os seus deveres.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 16


“Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto
nas coisas pequenas também será nas grandes”. (Lucas 16.10)

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18 “Embora a verdade nem sempre seja humilde, a humildade
é sempre verdade: o reconhecimento sem rodeios de que
DEZEMBRO devo minha vida, meu ser e minha salvação a outro. Esse
ato fundamental jaz no âmago de nossa reação à graça”.
(B rennan M anning )

A verdade sobre nós mesmos


Dois homens entraram num templo para orar (Lucas 18.9-14).
O primeiro tinha prestígio. Ele se vestia bem e caprichava nas
palavras. Ele sabia das suas qualidades e, em sua oração, apro-
veitou para lembrá-las.
Quanto ao segundo, as pessoas se perguntavam o que fazia ali,
se era tão pecador. Ele sabia disto e em sua oração revelou seu
desejo: pedindo que Deus tivesse misericórdia dele.
O primeiro orou e foi rejeitado. O segundo orou e foi ouvido.
O que havia de errado com o homem cuja oração não foi acei-
ta? Ele estava errado sobre si mesmo. Ele não era o que pensa-
va que era.
Havia algo ainda profundamente errado com aquele homem:
a sua motivação. As razões pelas quais colecionava as virtudes
que imaginava ter eram erradas. Ele não dava o dízimo para
agradecer a Deus o que já recebera dele, mas para se colocar
na condição de merecedor do que conseguira. Ele exaltava a si
mesmo.
Diante da oração reprovada, temos que nos perguntar como
temos orado.
Nossa atitude deve ser como a do homem cuja oração foi ouvi-
da. Ele simplesmente se achava indigno de qualquer gesto bon-
doso de Deus. Ele não exigia; apenas confessava sua condição.
Ele estava certo acerca de si mesmo.
Quanto a nós, crescemos quando reconhecemos nossas limita-
ções; só superamos os problemas se reconhecemos.
Os que se acham bons em tudo, capazes para tudo ou perfei-
tos em tudo continuarão sendo o que acham que são. Os que se
percebem como verdadeiramente são poderão ser o que verda-
deiramente desejam ser.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 17 a 18


“Tenham cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se arrepender, perdoe.
Se pecar contra você sete vezes num dia e cada vez vier e disser: “Me arrependo”,
então perdoe”. (Lucas 17.3-4)

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19 “Seja feliz, realmente feliz. A vida de um verdadeiro cristão
deve ser um jubileu perpétuo, um prelúdio dos festivais da
DEZEMBRO eternidade”. (T heophane V enard )

A excelente escolha
A cidade estava em reboliço.
Um homem com fama de tocar os corações com as suas pala-
vras como que vindas do céu passeava pela rua principal.
Todos queriam vê-lo. Os pobres se apertavam para tocar em
suas vestes. Os ricos torciam o nariz para a bagunça que o visi-
tante provocava, embora não quisesse.
Entre os que queriam vê-lo, um subiu numa figueira frondosa,
ali plantada há séculos. Ninguém o notou. Se fosse, seria xinga-
do. Ele ocupava uma profissão rejeitada. As pessoas diziam que
ficava com uma parte dos impostos que recolhia.
O homem se aproximou. Já bem perto, olhou para cima. Seus
olhares se cruzaram. Sentiu-se aceito pelo olhar daquele estran-
geiro. Quando o ouviu falar, desceu como se pulasse. O homem
queria se hospedar na sua casa.
O dono o recebeu, ofereceu-lhe um jantar e uma cama para re-
pousar. Desde então, é como se sempre morasse ali, mesmo de-
pois de ter partido.
A história do encontro de Jesus com Zaqueu, o cobrador de im-
postos (Lucas 19.1-10), nos mostra como Deus nos vê e, sobretudo,
como cria oportunidades para a nossa transformação. Zaqueu ti-
nha o que o dinheiro podia comprar, menos a paz interior, pois o
dinheiro não compra. Por isto, foi ao encontro de Jesus.
Zaqueu não teve vergonha de parecer ridículo, ele se dispôs a
pagar o preço: foi renunciar ao poder do dinheiro em sua vida.
Sem renúncia, nossa vida não muda.
Zaqueu sentiu alegria ao receber Jesus em casa. Mandou pre-
parar a melhor refeição possível, a melhor acomodação possí-
vel. Jesus passa por nossas vidas. Podemos deixá-Lo partir ou
podemos recebê-Lo em nosso coração.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 19


“O Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido”. (Lucas 19.10)

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20 “A razão pela qual a preocupação mata mais pessoas do
que o trabalho é que as pessoas preocupam-se mais do que
DEZEMBRO trabalham”. (R obert F rost )

Não antes da hora


A preocupação é um inevitável capítulo da vida.
Na hora certa, a preocupação é uma necessidade que, geral-
mente, traz sofrimento, mas sofrimento necessário. Temos, por
exemplo, que fazer uma viagem próxima; é saudável que nos
preocupemos e tomemos as providências com relação a coisas
como passagem, hospedagem, vestuário e mala. Quanto a uma
viagem distante, devemos planejá-la e esperar por ela sem nos
preocupar, porque nesse caso a preocupação geraria apenas
um inútil sofrimento.
O princípio de sabedoria posto por Jesus é que “cada dia tem
suas próprias dificuldades” (Mateus 6.34).
De onde vêm as nossas preocupações antes da hora? (Lucas
21.14).
A preocupação antes da hora vem da nossa insegurança. Usa-
mos palavras e tomamos decisões que, no fundo, são gerados
por nosso medo de errar. Quem tem medo de errar não acerta.
A preocupação antes da hora vem de nosso desejo de controlar
as coisas. Então, devemos saber que nunca conseguiremos con-
trolar as coisas. Por mais atentos que sejamos, alguma coisa vai
nos escapar. Não temos como controlar todas as coisas.
A preocupação antes da hora vem de nossa dificuldade em en-
tregar nossos problemas a Deus. Sabendo que temos que fazer a
nossa parte, tentamos fazer a nossa e a de Deus. Essa falta de fé
nos leva a perder o sono, num sofrimento antecipado, que tal-
vez não acontecesse se simplesmente esperássemos.
Um bom exercício é pararmos durante o corre-corre das preo-
cupações e fazermos a seguinte pergunta: “por que estou preo-
cupado?”.
Outro bom exercício para a noite, é pedir a Deus que nos traga
paz. Só Ele pode fazer isto conosco.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 20


“A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas
quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira”. (Lucas 17.33)

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21 “Você não precisa gritar alto. Deus está mais perto do que
imaginamos”. (I rmão L ourenço )
DEZEMBRO
Corações em chamas
Uma vida boa é uma vida em que o nosso coração vibre, como
se ardesse em chamas de alegria.
Nosso coração pode vibrar por causa do amor que experimen-
tamos por outra pessoa. Amamos!
Nosso coração pode vibrar por causa de uma vitória que obti-
vemos. Agradeçamos!
Nosso coração pode vibrar por causa de uma causa que abra-
çamos. Façamos!
Nosso coração precisa vibrar.
Nosso coração precisa vibrar por motivos verdadeiros.
Nosso coração precisa vibrar por amizades verdadeiras.
Nosso coração precisa vibrar por sentimentos verdadeiros.
Os primeiros seguidores de Jesus vibravam quando ele estava
por perto. Quando ele partiu, suas vidas caíram na desesperan-
ça. Seus corações não mais ardiam; apenas batiam.
Por circunstâncias diversas, nossa alegria pode ter partido,
mas Jesus nunca vai embora de nossas vidas. Mesmo que não o
sintamos, ele está por perto.
Se o nosso coração apenas pulsa sem vibrar, podemos voltar
a cantar.
Os primeiros seguidores de Jesus nos dão uma boa sugestão.
Eles estavam tristes porque Jesus tinha partido. Quando lhes
apareceu e caminhou com eles pela estrada, Jesus recitava a Bí-
blia e explicava o que recitava. Naquele instante, uma vibração
intensa lhes pacificou o coração (Lucas 24.32).
Se queremos ter a alegria do encontro com Jesus de volta, pre-
cisamos ler o livro que ele lia e explicava.
Lendo, por exemplo, os evangelhos que contam a vida de Je-
sus, vamos ouvir suas palavras dirigidas a nós, vamos ver seus
olhares voltados para nós. Vamos escutá-lo dizendo que está co-
nosco todos os dias. Nosso coração começará a vibrar.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 21


“Portanto, fiquem vigiando e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo
o que vai acontecer e poderem estar de pé na presença do Filho do Homem,
quando ele vier”. (Lucas 21.36)

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22 “A estação do Advento é a estação da espera, mas toda a
nossa vida é uma estação de espera, vale dizer, uma estação
DEZEMBRO de espera pelo último Advento, pelo tempo em que haverá um
novo céu e uma nova terra”. (D ietrich B onhoeffer )

A nossa história
A história começou no céu, no princípio habitado por Deus e
seus anjos.
Depois a história desceu para a terra, habitada por Deus, seus
anjos e os seres humanos que criou.
Em seguida a história subirá para o céu, habitado por Deus,
seus anjos e os seres humanos que aceitarem o convite para
passar lá o tempo sem fim.
Todos nós, portanto, esperamos.
Jesus, Deus que se tornou gente na terra, já subiu.
Jesus, que subiu para o seu e nosso Pai, voltará à terra para
que possamos subir.
Diante deste quadro, nossa atitude enquanto escrevemos na
terra a nossa história variará conforme a qualidade de vida que
experimentamos. Assim, num triste contraste, alguns miram o
céu e se esquecem de cuidar da terra e das pessoas em seu re-
dor; outros miram a terra e, como no jogo de futebol, esque-
cem-se que estão apenas no intervalo. Depois desta partida que
fazemos, virá o jogo que não acaba, em que todos os que atuam
são vencedores.
Se a nossa vida aqui é de baixa qualidade, devemos trabalhar
para que melhore. Se a nossa vida é divertida, devemos cuidar
para não tomarmos como definitivos os seus encantos.
A certeza de uma vida com Jesus no céu deve nos encher de
coragem para fazer agora o que precisamos fazer, para o nos-
so bem e para o bem do mundo em que vivemos. Este é o nosso
mundo. Esta é a nossa história.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 22


“Então Jesus chamou as crianças para perto de si e disse: ‘Deixem que as crianças
venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das
pessoas que são como estas crianças’”. (Lucas 18.16)

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23 “Não há nada mais empolgante neste mundo, eu acho, que
ter uma criança que é sua e que ao mesmo tempo é uma
DEZEMBRO estranha”. (A gatha C hristie )

Penso em Maria
Penso na mãe, como Maria, esperando o seu bebê,
sempre desejado, mesmo quando não planejado,
pois, para um filho, não há hora errada para vir,
não há casa tão pequena que não o possa receber.
Penso na mãe que olha para as histórias do seu nenê,
registradas em álbum, guardadas na palma da mão,
propaladas nas rodas das amigas em pé,
sentidas, como Maria, no segredo do coração.

Penso na mãe, como Maria, vendo o filho crescer,


para, mais rápido que imagina, daqui a pouco partir,
deixando o berço distante e a cama na vacância.
É caminho para ser feito; é caminho para ser sofrido.
Penso na mãe que sabe: o parto é partida, o parto é perda,
o parto é o primeiro nascimento, a perda é o segundo.
O parto é dor; dói a perda, quando a sempre criança
deixa Nazaré, um ventre, para Jerusalém, um mundo.

Penso na mãe, como Maria, vendo o filho sofrer,


cheia de vontade de pegá-lo no colo, sem poder.
Penso na mãe, como Maria, que, sem desistir,
ama o menino e permanece ao seu lado até o fim.
Penso na mãe, como Maria, que, sem duvidar,
crê que seu rebento não usa o revés para recuar.
Penso no filho (“amigo, eis aí a tua mãe, por favor”)
provendo o futuro daquela que sempre o amou.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 23


“Então Jesus disse: ‘Pai, perdoa esta gente! Eles não sabem o que estão fazendo’”.
(Lucas 23.34)

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24 “Celebrará o natal corretamente quem finalmente depositar
todo poder, toda honra, toda reputação, toda vaidade, toda
DEZEMBRO arrogância, todo individualismo ao lado da manjedoura;
quem se mantiver humilde e permitir que somente Deus seja
exaltado; quem olhar para a criança na manjedoura e ver a
glória de Deus precisamente em sua humilhação”.
(D ietrich B onhoeffer )

Feliz Natal
Hoje, eu lhe ofereço uma saudação especial,
Porque é a noite bonita do Natal.
Não sei como a comemora,
Se só ou com muitos a celebra,
Se hoje lhe recorda a data uma triste história
Ou se lhe chega como uma linda festa.

De um modo ou de outro, esta é uma noite mesmo especial,


Mesmo que tudo tenha ficado superficial;
Mesmo que o significado da chegada do Messias
Seja esquecido como uma data qualquer
e a noite não seja lembrada de quem o Natal é,
Você sabe que nela Deus se tornou Emanuel.

Não importa que a manjedoura não seja apenas mais um


berço de animal
E venha agora dourada em seu apelo comercial,
Você pode olhar para ela e ver a simplicidade da entrega.
Como Maria, você pode no coração o sentido do Natal guardar;
Como os pastores você pode dar o passo de quem não nega
Que o Deus Todo-Poderoso se inclina para amar;
Como os magos em sua generosidade que não se apega,
Coisas, palavras, sorrisos, abraços e afetos, você pode doar.

Se nós dois, pelo menos nós dois, agirmos como irmãos,


Nossos desejos serão mais que apenas preces e canções:
Seremos aqueles que tomam a cruz, onde o amor visceral
De Deus nos encontrou para que o mundo tenha um Feliz Natal.

Para ler HOJE na Bíblia: Lucas 24


“Então Jesus os levou para fora da cidade até o povoado de Betânia. Ali levantou as
mãos e os abençoou. Enquanto os estava abençoando, Jesus se afastou deles e foi
levado para o céu. Eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria”.
(Lucas 24.50-52)

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25 “O Natal celebra o assombroso e maravilhoso fato que Deus é
maior, mais sábio e mais misterioso que podemos imaginar”.
DEZEMBRO (D an S chaeffer )

Para celebrar o Natal


Para celebrar o Natal de Jesus, imagine-se escutando o cântico
dos anjos sobre os pastores de ovelhas em Belém (Lucas 2.13-
14). Cante junto. Não queira compreender: receba o mistério do
amor de Deus tornado concreto; receba o mistério do Deus que
se fez gente e habitou entre nós. O Natal nos lembra que Deus
habita entre nós.
Para celebrar o Natal de Jesus, imagine-se um pastor de ove-
lhas caminhando em grupo à procura da casa onde estava o
bebê Jesus. Nessa hora, eles cantavam, eles corriam, eles faziam
barulho, tamanha a emoção do encontro a acontecer (Lucas
2.15-18). Faça a viagem até a manjedoura em seu coração para
vibrar com os pastores.
Para celebrar o Natal de Jesus, imagine-se ao lado de sua man-
jedoura. E faça silêncio. Deixe a manjedoura falar. Como Maria,
guarde o momento em seu coração (Lucas 2.19). Não é hora de
barulho, mas de contemplação. Contemple o que Deus fez. Ele
entrou na história para que a sua vida fosse nova. O Natal é vida
que pulsa, em Jesus e em nós.
Para celebrar o Natal de Jesus, imagine-se José, o marido de
Maria. Quando o anjo lhe disse de quem sua esposa seria mãe,
ele acreditou; ao receber uma orientação para fazer a coisa cer-
ta, ele fez a coisa certa (Mateus 1.20-24). O Natal nos convida a
acreditar no que Deus nos diz, porque é bom para nós.
Para celebrar o Natal de Jesus, pergunte-se: o que seria da mi-
nha vida se Jesus não tivesse nascido.
Para celebrar o Natal de Jesus, agradeça por Jesus ter nascido
na história e no seu coração.
Para celebrar o Natal de Jesus, cante uma canção para ele, an-
tiga ou nova, emocionada, de todo o seu coração!
Para celebrar o Natal de Jesus, dê um presente a quem nada
lhe deu.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 47


O anjo disse à Maria: “Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino
dele nunca se acabará”. (Lucas 1.33)

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26 “Não quero mais viver os dias que me restam sem uma forte
consciência da vocação que me foi dada por Deus e de que o
DEZEMBRO seu produto final há de transcender o curto período de minha
vida”. (R icardo A greste )

O retrovisor
Retrovisor, retrovisor, que faço agora que o ano acabou?
Preciso olhar para você para ver o que alcancei neste ano.
Você me lembra que tenho muito para agradecer.
Preciso olhar para você para ver o que não alcancei neste ano,
apesar dos planos que formulei. Você me lembra os lugares a
que não fui, os olhares que não dei, os presentes que não en-
treguei, as palavras que não proferi, os abraços que recusei dar
ou receber.
Preciso olhar para você para fazer um balanço, sem ter que
parar. Enquanto conduzo minha vida, para o que virá, posso
olhar para o que ela foi.
Retrovisor, retrovisor, desvie meu olhar se ficar olhando ape-
nas para você. Houve vida no passado, você me mostra; há vida
no futuro, que você não vê.
Retrovisor, retrovisor, preciso olhar para você e para a frente
ao mesmo tempo. Quando olho para você, eu aprendo. Quando
olho para a frente, eu faço.
Retrovisor, retrovisor, você me faz chorar, porque não per-
corri caminhos que devia trilhar e porque trilhei caminhos que
não devia percorrer.
Retrovisor, retrovisor, você me faz esperar que, vencido o ano,
realizei o que não imaginava, conquistei o que não me pare-
cia possível. Se olho com mais atenção, por sua lente, vejo Deus
ao meu lado, me impulsionando para voar. Então, posso ain-
da voar.
Preciso olhar para o passado mas não posso ficar no passado.
Preciso olhar para o passado para não cometer os mesmos er-
ros amanhã.
Retrovisor, retrovisor, você é apenas um espelho, mas o que
você revela faz valer a pena a sua existência.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 48


“Se vivemos é para o Senhor que vivemos; e se morremos, também é para o Senhor
que morremos. Assim, tanto se vivemos como se morremos, somos do Senhor”.
(Romanos 14.8)

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27 “A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa”.
(M ario Q uintana )
DEZEMBRO
Corra, que dá tempo
Antes de o ano acabar, recorde-se daqueles que lhe fizeram
bem. A quantos agradeceu? Se falta uma pessoa a quem dizer
“muito obrigado”, procure-a. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, olhe para a mesa ou para a estante e
veja o livro que não terminou de ler ou veja o filme que sem-
pre quis ver. Se você se esforçar, poderá saboreá-lo. Ainda dá
tempo.
Antes de o ano acabar, lembre-se daquele a quem pensou aju-
dar, mas adiou até ontem. Hoje é o dia de alcançá-lo para le-
var uma palavra de conforto ou um gesto que o anime. Ainda
dá tempo.
Antes de o ano acabar, peça perdão a quem magoou ou perdoe
a quem o ofendeu. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, dê o beijo que segurou. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, mande a mensagem que vem deixando
indefinidamente para depois. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, apresente-se como voluntário na orga-
nização que precisa de você. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, faça a doação que imaginou fazer, mas
não efetivou. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, ofereça um jantar a quem no coração
prometeu mas não concluiu. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, arrume sua mesa ou sua casa, se esta é
a necessidade. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, diga aos seus pais ou aos seus filhos o
quanto os ama. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, faça projetos que pretende cumprir no
próximo ano. Ainda dá tempo.
Antes de o ano acabar, agradeça a Deus pelo que conseguiu
realizar e peça a Ele que o ajude a fazer melhor o ano que vem.
Ainda dá tempo.
Se o ano lhe parece perdido, tome atitudes agora que lhe dei-
xem com a sensação feliz do dever cumprido. Ainda dá tempo.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 49


“Os dias em que vivemos são maus; por isso aproveitem bem todas as oportunidades
que vocês têm”. (Efésios 5.16)

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28 “Falar de comida é quase sempre falar de saudade, é sentir
o nostálgico afago de uma lembrança, próxima ou distante,
DEZEMBRO ida, mas vivida. Comida também cabe no futuro como
esperança de um momento bom; comida tem sabor de tempo”.
(J osé C arlos G arcia )

Benditos são os cozinheiros


Entre os nossos prazeres, um dos maiores é o da mesa. Come-
mos em casa, comemos em restaurantes, comemos sozinhos, co-
memos em grupo.
Certamente, diante do prato, agradecemos a Deus, com ou sem
palavras, por aquela comida diante de nós, pelo prazer do mo-
mento.
Certamente, até por dever, agradecemos a quem nos trouxe o
alimento à mesa e nos serviu.
O momento de prazer passou por muitos outros instantes. Se
nos lembrarmos, viajaremos no tempo e no espaço e chegare-
mos a quem plantou, processou, transportou, vendeu os ingre-
dientes que as mãos na cozinha transformaram em comida. A
todos, agradeçamos!
Sobretudo, precisamos aprender a agradecer àquele ou àque-
la que preparou o alimento. O cozinheiro ou a cozinheira é o ar-
tilheiro que faz o gol. Merece nosso aplauso.
Sempre convivemos com cozinheiros, sejam invisíveis, sejam
visíveis. Muito provavelmente, o primeiro dos artilheiros da co-
zinha foi nossa mãe. Além de nos levar o alimento à boca, ela
nos ensinou a comer. Já lhe agradecemos?
Talvez, mais crescidos, em casa, alguém de nossa família cozi-
nhou para nós. Já lhe agradecemos?
Comemos também em restaurantes, pequenos ou grandes,
simples ou sofisticados. Por mãos visíveis, a comida nos chega à
mesa, preparada por mãos invisíveis, porque estão longe na co-
zinha; são as mãos dos cozinheiros. Já lhes agradecemos?
As mãos dos cozinheiros são mãos de Deus.
Benditas sejam as mãos dos cozinheiros porque elas tocam, co-
sem, desenham os alimentos, dádivas de Deus.
Os cozinheiros nos fazem viver. Mais que isto: os cozinheiros
nos fazem ter prazer em viver. Benditas sejam as suas mãos.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 50


“Por isso sejamos agradecidos, pois já recebemos um Reino que não pode ser
abalado. Sejamos agradecidos e adoremos a Deus de um modo que o agrade, com
respeito e temor”. (Hebreus 12.28)

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29 “Por Cristo perdoado, vou à mansão real.
Sei que hoje sou liberto, vivo de Deus bem perto,
DEZEMBRO Pela maravilhosa graça de Jesus!” (H aldor L ilenas )

Sete pensamentos de Jesus


Entre os pensamentos de Jesus, temos os nossos prediletos, que
nos animam e nos desafiam. Eis alguns deles, mas você pode co-
leta outros:
1. “Lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim
dos tempos”. (Mateus 28.20) – Senhor, não me deixe viver
como se não estivesses ao meu lado; sentindo a tua presen-
ça comigo, o dia é festa.
2. “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tra-
tará como seus filhos”. (Mateus 5.9) – Senhor, que minhas
mãos sempre carreguem sementes que geram o futuro, nun-
ca armas que produza a morte.
3. “’Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a
alma e com toda a mente’. Este é o maior mandamento e o
mais importante. E o segundo mais importante é parecido
com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mes-
mo’”. (Mateus 22.37-39) – Senhor, ensina-me a lançar para
longe o meu egoísmo, que luta contra o meu desejo de amar,
a ti e ao próximo.
4. “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles fa-
çam a vocês”. (Lucas 6.31) – Senhor, ajuda-me a ser com os
outros o que quero que sejam para comigo.
5. “Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em
vocês, e a alegria de vocês seja completa”. (João 15.11) – Que-
ro a tua completa alegria, Jesus, e nada menos que isto.
6. “Rios de águas vivas vão jorrar do coração de quem crê em
mim”. (João 7.38) – Senhor, alimenta a minha alma; trans-
forma o meu caráter.
7. “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha
voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantare-
mos juntos”. (Apocalipse 3.20) – Vem, Senhor, a casa é tua.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 51


[Jesus disse:]“A pessoa que aceita e obedece aos meus mandamentos prova que me
ama”. (João 14.21)

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30 “O único lugar onde o sucesso chega antes do trabalho é no
dicionário”. (V idal S assoon )
DEZEMBRO
Fé. Foco. Força
Se queremos ser vitoriosos, precisamos de fé, foco e força.
A fé nos faz acreditar que podemos realizar e nos faz ver o que
podemos desejar. A fé nos faz pessoas de visão. Sem fé em Deus,
não confiamos em nós. Sem fé, não desejamos o que é bom. Sem
fé em Deus, não vemos o que Ele vê.
O foco nos faz caminhar em direção ao alvo, protegidos por
paredes que nos impedem de fazer curvas desnecessárias; se-
gurados por cordas no coração, para não desejarmos o que nos
desvirtua; orientados por pontes que nos levam a atravessar o
rio; guiados por um mapa que nos conduz pelos picos e pelos
desfiladeiros até o objetivo ser alcançado.
A força é o esforço que fazemos, a disciplina que temos, o entu-
siasmo que nutrimos, a organização do nosso tempo, a concen-
tração de nossas potencialidades.
A fé sozinha é incompleta, coisa morta.
O foco sozinho é ilusão, levando-nos ao nada.
A força sozinha é apenas cansativa, sem medalha na linha de
chegada.
A fé associada ao foco e à força é viva, como um dínamo que
gera energia.
O foco associado à fé e à força sabe onde quer chegar, sem
vontade de alcançar outro resultado se não o marcado e dese-
jado pela fé.
A força associada à fé e ao foco ganha mais músculos, para ser
mais firme e mais feliz.
Precisamos destas três energias em equilíbrio para nos fazer
prosseguir. Nenhuma delas é demais. No entanto, se nos falta
alguma, devemos pedi-la a Deus e buscá-la. E receberemos.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 52


”Portanto, cheguemos perto de Deus com um coração sincero e uma fé firme,
com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura”.
(Hebreus 10.22)

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31 “A natureza é a arte de Deus”. (D ante A lighieri )

DEZEMBRO
Poemas preferidos
A poesia bíblica tem o poder de nos animar e nos fazer amar a
vida.
São muitos os poemas da Bíblia, onde belezas e verdades se
encontram:
“O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as
suas mãos fizeram”. (Salmo 19.1)
A natureza é ainda mais bela porque mostra a beleza de Deus.
“Quando olho para o céu, que tu criaste, para a lua e para as
estrelas, que puseste nos seus lugares – que é um simples ser
humano para que penses nele?
Que é um ser mortal para que te preocupes com ele?
No entanto, fizeste o ser humano inferior somente a ti mesmo
e lhe deste a glória e a honra de um rei”. (Salmo 8.3-5)
Deus é grande e nos fez grandes também. Por seu amor, não
poderia nos ter feito menores. Por seu amor, ainda se impor-
ta conosco.
“Tu ouvirás os gritos dos oprimidos e dos necessitados e jul-
garás a favor deles para que seres humanos, que são mortais,
nunca mais espalhem o terror”. (Salmo 10.18)
Quem ouve os gritos dos oprimidos e dos necessitados da ter-
ra? Deus, que está ao lado dos pobres contra os opressores de
qualquer índole.
“Estou certo de que o SENHOR está sempre comigo;
Ele está ao meu lado direito, e nada pode me abalar.
Por isso o meu coração está feliz e alegre,
e eu, um ser mortal, me sinto bem seguro”. (Salmo 16.8-9)
A certeza da presença de Deus conosco faz nossa vida ter sen-
tido.

Para reler HOJE na Bíblia: Salmo 53


“Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês
precisam e orem sempre com o coração agradecido”. (Filipenses 4.6)

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Agora, esta última página não será de despedida,
Porque esperamos nos encontrar no livro que vem.
Linha por linha, fizemos juntos uma caminhada querida.
Assim, desejemos um a outro uma vida no compasso do bem.

Feliz ano novo.

Feliz BOM DIA AMIGO 2018.

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ANEXO

Roteiros para estudos em


PEQUENOS GRUPOS
(ou estudos individuais)

Os Roteiros estão baseados nas reflexões das segundas-feiras.  Os


roteiros completos, incluindo as respostas às perguntas formula-
das para discussão, estão no site da Igreja Batista Itacuruçá (Ti-
juca, Rio de Janeiro, RJ), seção “Roteiros para Pequenos Grupos”)

www.itacuruca.org.br

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 375

JANEIRO 2
Encontro: Qual é o perfil do vizinho com quem você mais se
relaciona?
Exaltação: Leiam Isaías 55.1-12 e destaquem os versículos
que chamam sua atenção. Orem agradecendo pela vida uns dos
outros.
Edificação: RESPOSTA PRONTA (Marcos 1.16-20)
É impressionante a rapidez com que os primeiros seguidores
de Jesus responderam ao convite do Mestre. Há mesma dispo-
sição hoje?
Para discussão:
1. Comente a afirmação: “Jesus anda por onde nós andamos”.
2. Jesus ainda nos chama para segui-lo? De que modo?
3. Qual a nossa principal missão, enquanto seguidores de Jesus?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que precisam ser alcançados pela graça
de Deus.
• Ouça os pedidos de oração dos membros do PG e orem uns
pelos outros.

JANEIRO 9
Encontro: Qual o seu personagem bíblico favorito?
Exaltação: Leiam o Salmo 16 e agradeça o poder de Deus que
atua em nós e através de nós.
Edificação: SEMPRE PARCEIROS (Gênesis 7.16)
Nem sempre sabemos onde Deus atua e até nós vamos. A his-
tória da construção da arca nos ajuda na boa compreensão da
nossa parceria com Deus.
Para discussão:
1. Enumere o que Deus fez para salvar a humanidade por
meio da arca construída por Noé?
2. Enumere o que Noé fez para obedecer ao chamado de Deus
para construir a arca?
3. Porque Deus fechou a porta da arca por fora?
Evangelismo:
• Orem sempre por novos membros para o PG.
• Seja sensível aos pedidos de oração de todos.

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376 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

JANEIRO 16
Encontro: Quando foi que Deus se tornou mais que uma pa-
lavra para você?
Exaltação: Leiam o Salmo 17 e agradeçam o socorro de Deus
sempre presente em nossas vidas.
Edificação: COMO SAIR DO CONFLITO (Gênesis 13.1-13)
Abraão nos ensina a como resolver os conflitos. No caso dele,
ele preferiu perder.
Para discussão:
1. Em conflitos, que tipos de atitudes impedem soluções?
2. Instalado um conflito, qual é um bom caminho a trilhar?
3. Qual é a verdadeira vitória diante de um conflito?
Evangelismo:
• Incentivem a que cada membro do PG tenha uma lista de
pelo menos cinco nomes de amigos que deseja levar a Cristo.
• Ouçam os pedidos de oração e sejam acolhedores com as ne-
cessidades de cada um.

JANEIRO 23
Encontro: Que sentimentos você experimenta quando entrega
seu dízimo ou uma oferta para uma atividade especial, na igreja?
Exaltação: Leiam o Salmo 24 e agradeçam o privilégio de par-
ticipar da proclamação do Reino de Deus, através dos dízimos.
Edificação: OS ALTARES DE JACÓ (Gênesis 28.17-22)
Há muita discussão sobre o dízimo. Alguns o rejeitam por ser
uma providência da Lei no Antigo Testamento. A questão é que
Jacó viveu antes de Moisés.
Para discussão:
1. Por que o ato de entrega dos dízimos na igreja provoca rea-
ções tão diferenciadas?
2. De acordo com o relato bíblico de Gênesis 14.17-24, qual foi
a motivação de Abraão para entregar o dízimo?
3. Em Gênesis 28.17-22, temos outros motivos que levaram
Jacó a entregar seus dízimos. Quais foram?
Evangelismo:
• Peça que cada um cite o nome de um amigo pelo qual está
orando.
• Divida em duplas para que orem uns pelos outros.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 377

JANEIRO 30
Encontro: Qual foi o conselho mais sábio que você já recebeu?
Exaltação: Leiam o Salmo 86 e agradeçam a Deus por oferecer
sempre sábias orientações.
Edificação: JOSÉ DO EGITO, UM MESTRE (Gênesis 45.1-15)
José nos ensina importantes lições. Vamos listá-las. Leia as fra-
ses e espere que o grupo comente cada afirmação e complete
com as respostas sugeridas.
Para discussão:
1. Podemos confiar que Deus está escrevendo uma história co-
nosco e, na hora certa, vai agir?
2. Podemos viver de modo a minimizar a ocorrência de fatos
perturbadores?
3. Em que nos ajuda reconhecer a sabedoria e a soberania de
Deus.
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que precisam de uma vida mais íntima
com Deus. Ouçam os pedidos de oração e orem em duplas.

FEVEREIRO 6
Encontro: O que você faz com muita alegria?
Exaltação: Leia o Salmo 34 e peça que cada um destaque um
verso que tenha lhe chamado atenção. Ore.
Edificação: OS COMPROMISSOS DE MOISÉS (Êxodo 17.10-13)
Moisés tinha uma clara visão dos seus compromissos. Se que-
remos ser aprovados, precisamos da mesma coragem.
Para discussão:
1. De que modo uma vida de oração pode nos ajudar no de-
sempenho de nossas tarefas?
2. O que pode nos ajudar na consciência de nossa missão?
3. Para o bom êxito de nossa missão, precisamos aprender a li-
dar com nossa humanidade. O que isso significa?
Evangelismo:
• Utilize pequenos pedaços de papel, distribua-nos e peça que
cada um escreva o nome de um amigo que deseja trazer ao
PG. Quando você sinalizar, todos devem passar o papel para
o amigo da direita. Assim, durante a semana, um orará pelo
amigo do outro.

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378 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

FEVEREIRO 13
Encontro: Qual a qualidade que você mais admira em seu me-
lhor amigo?
Exaltação: Leia o Salmo 56 e peça que cada um destaque uma
palavra que tenha lhe chamado atenção. Tenha um momento de
orações frases agradecendo a bondade de Deus para conosco.
Edificação: MANTENDO O CARÁTER FIRME (Êxodo 20.15)
Disse alguém que o Brasil acaba com a corrupção ou a corrup-
ção ao acaba com o Brasil. A luta nos envolve a todos nós.
Para discussão:
1. Como o desejo de ter pode corromper nosso caráter?
2. Diante do mandamento “Não furtarás” podemos ter condu-
ta de negação. Que consequências isso pode trazer?
3. A outra atitude diante dos mandamentos é relativizar. De
que modo esta decisão vai influenciar nossa vida?
Evangelismo:
• Divida em duplas para que cada um ore pelo outro e pelos
amigos que desejam trazer ao PG.
• Ouça os pedidos de oração e divida em trios para interces-
são mútua.

FEVEREIRO 20
Encontro: Para você, o que significa ser um cristão?
Exaltação: Leia o Salmo 62 e peça que cada um expresse um
motivo de gratidão que teve na semana que passou. Orem agra-
decendo a Deus por todas as bênçãos.
Edificação: A RELIGIÃO VERDADEIRA (Tiago 1.22-27)
Não podemos nos contentar em ter a religião certa. Nós preci-
samos viver a religião certa, em atitudes que vão além das pa-
lavras.
Para discussão:
1. Segundo Tiago 1.27, qual é a verdadeira religião?
2. A justiça deve ser uma decorrência da nossa fé? Por quê?
3. O exercício da fé é um ato que nos torna individualistas?
Evangelismo:
• Dediquem tempo intercedendo pelos amigos que desejam
trazer para o PG.
• Tenham um tempo de compartilhamento sobre o que o PG
tem significado na vida de cada um.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 379

FEVEREIRO 27
Encontro: Num dia de descanso, qual sua atividade favorita?
Exaltação: Leiam o Salmo 27 e agradeçam ao Senhor.
Edificação: FAZENDO MENOS E SENDO MAIS (Êxodo 20.8-11
e Êxodo 35.1-3)
Há cristãos que não entendem o sentido do sábado. Uns o to-
mam com literal e outros a abandonam como um dia dedicado
ao Senhor Deus. O equilíbrio é necessário.
Para discussão:
1. Nos termos cristãos, qual a função do sábado?
2. Temos separado o sábado ou o domingo para o descanso?
3. O que é “descansar”? O que isso significa?
Evangelismo:
• Peça que cada pessoa diga o nome de amigo que deseja tra-
zer ao PG. Divida o grupo em homens e mulheres, nomeie
um líder para cada grupo e dediquem tempo orando uns
pelos outros.

MARÇO 6
Encontro: O que é mais difícil: perdoar ou pedir perdão?
Exaltação: Leia o Salmo 5 e pergunte de que modo cada um se
sente cuidado por Deus. Depois tenha um tempo de orações fra-
ses agradecendo o cuidado de Deus.
Edificação: DEUS É DURO, 1 (Levítico 2)
Quando lemos as leis de Deus, sobretudo no livro de Levítico, fica-
mos confusos sobre o que permanece e o que não permanece. De-
vemos entender bem a questão, para não sermos desobedientes.
Para discussão:
1. Por que, às vezes, temos dificuldade de entender quando
Deus nos diz não?
2. Nos relatos do Velho Testamento, a religião também visava
a saúde. Como entender isso à luz dos relatos Bíblicos?
3. Qual a importância das proibições em nossa vida?
Evangelismo:
• Compartilhem a experiência de convidar pessoas para o PG.
• Ouça os pedidos de oração do grupo. Divida em duplas para
oração.

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380 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

MARÇO 13
Encontro: Se você pudesse criar uma lei para a nossa cidade,
qual lei seria?
Exaltação: Leiam o Salmo 119.97-105 e orem juntos agrade-
cendo pela Palavra de Deus que nos orienta a viver melhor.
Edificação: DEUS É DURO, 2 (Levítico 7.22-27)
As leis de Deus são para o nosso bem, mesmo quando não gos-
tamos delas ou não as compreendemos. Umas são cerimoniais
e não se aplicam mais hoje. Outras são morais e, portanto, per-
manentes.
Para discussão:
1. Qual o objetivo das leis criadas por Deus?
2. Como eram as leis cerimoniais e morais criadas por Deus?
3. O que Deus demonstrou com estas leis?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que desejam trazer para o PG.
• Ouça os pedidos de oração.
• Distribua cada pedido entre os participantes para que orem
também durante a semana.

MARÇO 20
Encontro: Como você se sente quando uma ordem sua não é
cumprida?
Exaltação: Leiam o Salmo 138 e agradeçam a Deus por aten-
der as nossas orações.
Edificação: DEUS É DURO, 3 (Êxodo 20.12-17)
Para entendermos as leis de Deus, precisamos compreender
os princípios que estão por trás das ordens expressa. Os princí-
pios valem ainda hoje.
Para discussão:
1. Qual o fundamento das leis morais?
2. Essas leis ainda se aplicam aos dias de hoje?
3. E as leis morais, ainda são válidas?
Evangelismo:
• Ouça os pedidos de oração. Ministre a cada um.
• Divida em duplas para oração.
• Incentive o grupo a trazer visitantes.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 381

MARÇO 27
Encontro: De que modo você sentiu-se abençoado (a) por
Deus na semana que passou?
Exaltação: Leiam o Salmo 23 e agradeçam porque Jesus é o
nosso pastor!
Edificação: A ALEGRIA DE ABENÇOAR (Números 6.22-27)
A bênção que Moisés ensinou a Arão ainda hoje é poderosa,
quando bendizemos as pessoas com suas palavras.
Para discussão:
1. O que significa nosso ato de abençoar o outro?
2. Que meios Deus pode usar para manifestar Sua graça em
nossas vidas?
3. Para que abençoemos, o que precisamos aprender?
Evangelismo:
• Tenha um tempo de oração pelos amigos.
• Divida em duplas com objetivo de orar uns pelos outros e
pelo grupo para que testemunhem aos outros sobre o amor
de Deus.

ABRIL 3
Encontro: Como você se sente diante dos obstáculos da vida?
Exaltação: Leiam o Salmo 142 e separem um tempo para agra-
decer a Deus por nos fortalecer diante dos obstáculos.
Edificação: GIGANTES FALSOS (Números 13.1-2 e 16-33)
Assim como os hebreus a caminho de Canaã e Davi diante de
Golias, temos hoje gigantes a enfrentar. Alguns deles nos ater-
rorizam, mas são falsos.
Para discussão:
1. Quem são os nossos gigantes na atualidade?
2. De acordo com o texto de Números, quais são os diferentes
modos de enfrentar os obstáculos?
3. Qual a importância dos olhos da fé, para vencermos nossos
gigantes?
Evangelismo:
• Ouça os pedidos de oração e ministre a cada um.
• Orem pelos amigos que o grupo deseja conquistar para Cristo.
Incentive o grupo a convidar visitantes.

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382 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

ABRIL 10
Encontro: O que você costuma fazer quando sente raiva?
Exaltação: Leiam o Salmo 56 e agradeçam a Deus que nos aju-
da em meio às dificuldades da vida.
Edificação: CUIDADO COM A IRA (Efésios 4.26)
Não temos como evitar a raiva, mas precisamos aprender a li-
dar com elas, para não destruímos e sermos destruídos.
Para discussão:
1. O que você costuma fazer num momento de raiva?
2. Quais podem ser as consequências de raiva represada?
3. Que atitudes podem nos ajudar no controle da raiva?
Evangelismo:
• Peça que um participante compartilhe a experiência de ter
convidado alguém para o PG.
• Ouça os pedidos de oração e divida em trios para que inter-
cedam uns pelos outros.

ABRIL 17
Encontro: Se Deus lhe desse oportunidade de fazer apenas um
pedido, o que você pediria?
Exaltação: Leiam o Salmo 71 e agradeçam porque Deus é o
nosso refúgio infalível.
Edificação: PROSSEGUINDO COM A VIDA (Atos 1.21-26)
A toda hora temos que tomar decisões. Todos desejamos fazer
escolhas certas. A escolha do sucessor de Judas nos ensina a es-
colher bem.
Para discussão:
1. De que modo as escolhas podem influenciar nossa vida?
2. Como prosseguir diante de um erro praticado?
3. Que atitudes podem nos ajudar a seguir em frente?
Evangelismo:
• Orem juntos pelo crescimento do grupo.
• Lembrem-se de convidar membros da igreja que ainda não
façam parte de um PG.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 383

ABRIL 24
Encontro: Que situações lhe causam mais ansiedade?
Exaltação: Leiam o Salmo 42 e agradeçam por Deus nos auxi-
liar em todos os momentos de nossas vidas.
Edificação: CONTRA A DISPERSÃO (Mateus 6.25-34)
Na corrida vida, muitas vezes perdemos o sentido dela. Se as-
sim acontece, corremos mas não sabemos para onde. O nosso
ideal é nos concentrar em objetivos que orientem a nossa corri-
da, para não ser em vão.
Para discussão:
1. Quais podem ser as dificuldades para a nossa concentração?
2. Quando Jesus fala para não sermos ansiosos, do que ele
quer falar?
3. Por que Jesus nos propõe olhar os lírios do campo?
Evangelismo:
• Orem por amigo(s) que cada um deseja trazer para o PG.
• Oportunize testemunhos sobre o valor da oração.
• Orem uns pelos outros.

MAIO 1
Encontro: Para você, que flor exala o melhor perfume?
Exaltação: Leiam 2Coríntios 2.14-15. Agradeçam as pessoas
que têm exalado bons perfumes ao nosso redor. Agradeça por
Jesus Cristo ser o nosso Salvador.
Edificação: PALAVRAS PARA ANIMAR (Atos 20.1-2)
Um dos ministérios do apóstolo Paulo era animar as pessoas
com palavras inspiradas e inspiradoras. Devemos imitar o após-
tolo em nossas práticas diárias.
Para discussão:
1. De que modo nossas atitudes podem “exalar” um bom per-
fume?
2. Que cuidados devemos ter antes de proferir uma palavra?
3. Como desenvolver a capacidade de prestar atenção nas
pessoas?
Evangelismo:
• Receba os pedidos de oração e distribua para que uns orem
pelos outros durante a semana. Divida em duplas para orem
pelos amigos a quem desejam que conheçam a Cristo.

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384 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

MAIO 8
Encontro: Qual seu lazer favorito?
Exaltação: Leiam o Salmo 43 e peça que cada um destaque
uma palavra do texto. Orem agradecendo a justiça de Deus.
Edificação: ALI NA NOSSA FRENTE (Deuteronômio 1.26-33)
Diante da dificuldades, podemos reclamar ou agradecer, re-
cuar ou avançar. Moisés mostra, na prática, como podemos se-
guir em frente e triunfar.
Para discussão:
1. De que modo Deus se manifesta com relação a opressão?
2. No processo de libertação, qual foi o principal inimigo de
Moisés?
3. O que precisamos fazer para não procedermos como o povo
liderado por Moisés?
Evangelismo:
• Incentive o grupo a fazer novos contatos toda semana. Fa-
çam alvos para o crescimento do PG.
• Orem uns pelos outros. Incentive a oração.

MAIO 15
Encontro: Quem você respeita como autoridade para lhe
aconselhar?
Exaltação: Leiam Provérbios 9 e orem agradecendo os sábios
conselhos da Palavra de Deus.
Edificação: PARECEM, MAS NÃO SÃO (Deuteronômio 18.14-22)
Muitos se apresentam como porta-vozes de Deus, mas como
saber se não falam de si e por si mesmos. Podemos e devemos
discernir entre uma palavra falsa e uma palavra verdadeira.
Para discussão:
1. Como podemos diferenciar um profeta falso de um profeta
verdadeiro?
2. O que devemos analisar quando algo nos é dito?
3. Qual deve ser a intenção de um profeta ao proferir algo?
Evangelismo:
• Divida em trios para que orem uns pelos outros.
• Lembre de orar por amigos que desejam trazer para o PG.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 385

MAIO 22
Encontro: Qual o seu ditado popular favorito?
Exaltação: Leiam Provérbios 3.1-12 e orem agradecendo o
privilégio de termos acesso a Palavra de Deus, que nos orienta
a como viver melhor.
Edificação: VERDADES IMPOPULARES (Deuteronômio 25.13-16)
Desde crianças, ouvimos certos ditados que contêm ensinos
moralmente reprováveis. Nem sempre a voz do povo é a voz
de Deus.
Para discussão:
1. Compartilhem alguns ditados que evidenciam a “lei da van-
tagem”.
2. De que maneira você acha que essa “cultura da malandra-
gem” tem prejudicado nossa sociedade?
3. Qual deve ser nossa postura numa sociedade desonesta?
Evangelismo:
• Orem pelos vizinhos para que Deus nos ajude a aproveitar
as oportunidades para testemunhar a fé cristã.
• Ouça os pedidos do grupo e ore por todos.

MAIO 29
Encontro: Através de quem você começou a ouvir sobre a
Bíblia?
Exaltação: Leiam Salmo 119.10-105 e agradeçam as orienta-
ções seguras da Palavra de Deus.
Edificação: A HISTÓRIA DO PECADO (Jeremias 17.9)
Não é fácil lidar com o nosso próprio pecado, especialmente
quando nos dizem que devemos fazer o que o nosso coração
manda. Temos ideais bem claros na Palavra de Deus.
Para discussão:
1. Que verdades a Bíblia nos traz acerca do pecado?
2. Que soluções a Bíblia nos traz diante do pecado?
3. De que maneira podemos ser perdoados?
Evangelismo:
• Ouça os pedidos de oração do grupo. Divida entre os mem-
bros para que orem também durante a semana.
• Lembre de motivar o grupo a orar e convidar novos amigos
para o PG.

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386 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

JUNHO 5
Encontro: Se você pudesse criar uma nova regra para as pes-
soas seguirem, que regra seria?
Exaltação: Leiam João 8.28-32. Orar agradecendo a Deus por
sua Palavra, a Bíblia, que nos ensina a andar corretamente.
Edificação: O REALISMO DA GRAÇA (Gálatas 5.1-15)
Já ao tempo do apóstolo Paulo, alguns ensinavam que a graça
nos liberta de qualquer tipo de cuidado moral, já que somos li-
vres. As pessoas confundem liberdade com libertinismo.
Para discussão:
1. Qual a diferença entre liberalismo e libertinismo?
2. O que há de comum no liberalismo e libertinismo?
3. Na vida real, o que significa ser alcançado pela graça de Deus?
Evangelismo:
• Peça aos integrantes do grupo que digam pelo menos o
nome de um amigo que deseja trazer para grupo. Orem uns
pelos outros.
• Desafie seu grupo a convidar amigos e orar por eles.
• Ouça os pedidos pessoais e dedique tempo em oração.

JUNHO 12
Encontro: Compartilhe um ato de coragem que você já teve.
Exaltação: Leiam o Salmo 6 e agradeçam a Deus por nos for-
talecer em momentos de dificuldade.
Edificação: CORAGEM PARA A VITÓRIA (Josué 1.6-9)
O medo nos paralisa, mas a coragem nos mobiliza. Josué é o
exemplo de um homem a quem Deus capacitou com a coragem
para vencer cidades inteiras. Ainda hoje Deus nos inspira a ser-
mos todos corajosos.
Para discussão:
1. Você se considera uma pessoa corajosa?
2. Que tipo de coragem Deus pode nos dar?
3. Que tipo de lições sobre confiança podemos aprender com a
história de peregrinação no deserto?
Evangelismo:
• Divida em duplas que para orem pelos amigos uns dos outros.
• Juntos, ouça os pedidos de oração e ministre a cada um.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 387

JUNHO 19
Encontro: Qual a comemoração de aniversário que você mais
gostou e por que?
Exaltação: Leiam o Salmo 90.12-17 e agradeçam a Deus o dom
da vida.
Edificação: DIA DE CELEBRAR (Josué 10.12-14)
A narrativa bíblica, de que “o sol parou” para que a vitória
chegasse para os condenados de Josué, nos convida a celebrar
aquilo que Deus faz conosco e por nosso intermédio.
Para discussão:
1. Qual é sua celebração preferida?
2. Que motivos Deus tem nos dado para celebrar?
3. Que tipo de celebração você aguarda em sua vida?
Evangelismo:
• Agradeçam a Deus pela vida no PG e pelo que cada um tem
significado na vida do outro.
• Orem pelos amigos.

JUNHO 26
Encontro: Qual a sua definição para a palavra “graça”?
Exaltação: Leia o Salmo 5 e destaque a bondade de Deus para
conosco. Ter um momento de orações de gratidão.
Edificação: RECUSANDO A GRAÇA (Efésios 2.1-10)
Temos muita dificuldade em entender que a salvação é pela
graça, sem que tenhamos feito algo para recebê-la. Ainda pode-
mos nos exaltar, como se tivéssemos merecido ser salvos.
Para discussão:
1. De que maneira podemos estar rejeitando a graça?
2. De que maneira a bondade de Deus se diferencia da bonda-
de humana?
3. Que áreas da sua vida você precisa reconhecer como graça
de Deus e não como mérito pessoal?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que precisam da graça salvadora de Je-
sus em suas vidas.
• Dividam em duplas e orem uns pelos outros.

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388 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

JULHO 3
Encontro: Se você recebesse uma grande herança financeira,
o que mudaria em sua vida?
Exaltação: Leiam Filipenses 4.1-19 e agradeçam a Deus por
nos suprir em nossas necessidades.
Edificação: CONQUISTE A TERRA (Josué 17.14-18)
Quando chegamos à vida, nossos pais já tinham construído
algo. Chegamos para receber e ampliar o eles nos legaram.
Para discussão:
1. Qual a maior “herança” que você recebeu de sua família?
2. Que atitudes serão diferenciais diante das boas heranças
que recebemos?
3. Que herança você quer deixar para os seus familiares?
Evangelismo:
• Peça que compartilhem de que modo cada um passou a fa-
zer parte de um Pequeno Grupo.
• Incentive a que convidem novos amigos.
• Orem uns pelos outros, após ouvirem os pedidos pessoais.

JULHO 10
Encontro: Qual o sonho que você tem para os próximos anos?
Exaltação: Leiam o Salmo 19. Destaquem e agradeçam a Deus
pelo belo mundo que criou.
Edificação: UMA VIDA QUE MERECE ESTE NOME (João 10.10)
Jesus nos promete uma vida abundante. A questão é como alcan-
çá-la. Que caminhos devemos tomar para a vida transbordante?
Para discussão:
1. Quais as características você julga serem importantes para
que possa considerar sua vida como abundante?
2. Uma vida vivida em Cristo está isenta de sofrimento?
3. Que meios que temos para vivenciar uma vida abundante?
Evangelismo:
• Peça que cada um cite o nome de um amigo pelo qual inter-
cede para que conheça Cristo como Salvador. Orem por es-
tes nomes.
• Incentive o grupo a convidar visitantes.
• Ouça os pedidos de oração e orem uns pelos outros.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 389

JULHO 17
Encontro: Que atitudes você toma quando alguém que você
ama passa por momentos dolorosos?
Exaltação: Leiam o Salmo 42 e agradeçam a Deus.
Edificação: NÃO DISPERDICE A DOR (2Cortintios 1.3-6)
O sofrimento é inevitável. Já que é assim, devemos usar o so-
frimento como um meio para crescermos. O apóstolo Paulo, ao
sofrer, pediu o livramento, e recebeu de Jesus a certeza que a
graça de Deus lhe era suficiente.
Para discussão:
1. Que lições podemos tirar dos nossos processos de dor?
2. Em suas orações em meio à dor, que respostas você busca?
3. “A minha graça é tudo o que você precisa” (2Corintios 12.9).
De que formas você já experimentou a graça de Deus em
meio ao sofrimento?
Evangelismo:
• Orem juntos pelos amigos uns dos outros.
• Orem pelos membros do grupo de acordo com os pedidos.

JULHO 24
Encontro: O que você mais aprecisa em sua vida hoje?
Exaltação: Leiam o Salmo 150 e pedir que cada um cite um
motivo para gratidão. Orem agradecendo as bênçãos de Deus.
Edificação: CONVITE À SIMPLICIDADE (Mateus 6.11)
Nossa época é a da ostentação (“Veja o que eu tenho”). Nossa
época é a comparação (“O que você tem que eu não tenho?”) En-
quanto estas práticas nos caracterizam, não fruiremos o prazer
da vida simples, ensinada por Jesus.
Para discussão:
1. O que é “simplicidade” de acordo com a Bíblia?
2. De que maneira a simplicidade pode refletir uma convivên-
cia com Deus?
3. Que medidas você pode tomar para que sua vida seja mais
simples?
Evangelismo:
• Ore pelas famílias uns dos outros.
• Dê oportunidades para pedidos de oração e divida em du-
plas para orar uns pelos outros.

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390 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

JULHO 31
Encontro: Que tipo de injustiça o deixa mais aborrecido?
Exaltação: Leiam o Salmo 3 e agradeçam por nosso Deus que
é justo!
Edificação: A ESCOLA DO CONFLITO (Romanos 14.19)
Viver é experimentar conflitos. No entanto, a paz é possível.
Toda a Bíblia nos ensina a como sermos homens e mulheres que
promovem a paz, onde quer que estivermos.
Para discussão:
1. Quando você está revoltado, como costuma reagir?
2. Que tipos de resultados você espera ao se envolver em um
conflito?
3. Você tem o hábito de submeter seus conflitos a Deus? Se
não, por que isto tem sido difícil?
Evangelismo:
• Divida em dois grupos, homens e mulheres, e orem uns pe-
los outros.
• Orem pelos amigos que possam vir a fazer parte do PG.

AGOSTO 7
Encontro: Quando erramos, qual a parte mais difícil a en-
frentar?
Exaltação: Leia o Salmo 1. (Explique que “justo” vem da pala-
vra “justificado”). Depois, peça que, de acordo com o texto, cada
um destaque uma providência a se tomar, para evitar o cami-
nho dos ímpios.
Edificação: QUEM NOS CORRIGIRÁ? (Provérbios 29.1)
Precisamos de pessoas que nos corrijam, se queremos ser pes-
soas melhores.
Para discussão:
1. Quais são as formas de reconhecermos nossos erros?
2. Uma vida desorganizada, tem jeito? Qual seria?
3. Qual o caminho para evitar o erro?
Evangelismo:
• Dedique um tempo orando para que Deus nos ajude a evitar
os erros.
• Orem pelos amigos uns dos outros.
• Lembre a importância de convidar novas pessoas para o PG.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 391

AGOSTO 14
Encontro: De que modo a graça de Deus se manifestou em sua
vida na semana que passou?
Exaltação: Leia o Salmo 18, peça que cada um destaque um
versículo e ore agradecendo a Deus por ser a nossa rocha!
Edificação: CRISTO EM NÓS (Gálatas 2.20)
O apóstolo Paulo disse que Cristo vivia de tal modo no seu co-
ração que era Cristo quem vivia e não ele. Era Cristo quem deci-
dia. Podemos viver assim?
Para discussão:
1. De que forma a graça de Deus pode existir em nós?
2. Como podemos desvalorizar a graça de Deus?
3. A graça de Deus tem sido suficiente para você?
Evangelismo:
• Orem uns pelos outros. Anotem os pedidos de oração para
orar durante a semana.
• Dediquem tempo orando pelos amigos que precisam de Jesus.

AGOSTO 21
Encontro: Que adjetivo já lhe foi dado, que você gostou?
Exaltação: Leiam o Salmo 20 e agradeçam a Deus que socorre
em tempos de angústias.
Edificação: OBRIGADO, ESPÍRITO SANTO (Mateus 10.19-20)
Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas que formam a Trin-
dade Divina. Não podemos exaltar o papel de um deles e esque-
cer o outro. Temos esquecido o Espírito Santo.
Para discussão:
1. Que adjetivos você pode atribuir ao Espírito Santo?
2. Em que situações você recorre ao Espírito Santo?
3. De que formas posso contar com a atuação do Espírito Santo?
Evangelismo:
• Motive o grupo a convidar novos amigos
• Orem pelas famílias uns dos outros.

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392 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

AGOSTO 28
Encontro: Compartilhe um momento emocionante de sua
vida.
Exaltação: Leiam o Salmo 25 e agradeçam a presença cons-
tante de Deus em nossas vidas.
Edificação: FORTES EMOÇÕES (1Samuel 2.1-11)
A história de Ana, uma mulher infértil em busca de um filho,
ainda hoje nos comove, porque muitas mulheres podem se es-
pelhar na vida da mãe do sacerdote Samuel.
Para discussão:
1. Além do milagre da gravidez de Ana, relatada no livro de Sa-
muel, o que mais podemos aprender com essa história?
2. Por que devemos orar por nossas emoções?
3. Suas emoções o têm aproximado ou afastado de Deus?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que desejam trazer ao PG.
• Receba os pedidos de oração, e ministre a cada um.

SETEMBRO 4
Encontro: Que qualidades você aprecia em um amigo?
Exaltação: Leia Provérbios 17.17 e peça que cada um diga o
nome de um bom amigo e, depois, ore agradecendo pelos amigos.
Edificação: TRÊS DOBRAS (Eclesiastes 4.12)
Não conseguirmos viver sem amigos. Como eles nos decep-
cionam, tendemos a nos afastar, mas não nos realizamos como
pessoas. Precisamos de amigos que nos apoiam nas horas boas
e nas horas duras.
Para discussão:
1. Como seria uma vida sem amigos?
2. O que uma boa amizade pode nos proporcionar?
3. O que precisamos fazer para termos amigos?
Evangelismo:
• Ouça os pedidos de oração. Ministre a cada um.
• Orem pelos amigos que precisam de um relacionamento
pessoal com Deus.
• Lembre a importância de orar diariamente pelos amigos.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 393

SETEMBRO 11
Encontro: Se dinheiro não fosse problema, que presente você
gostaria de oferecer, e para quem?
Exaltação: Leiam o Salmo 31 e agradeçam a segurança que
podemos ter em Deus.
Edificação: O LUGAR DO DINHEIRO (Eclesiastes 5.10)
Dos três pilares da vida (sexo, poder e dinheiro), o dinheiro
está presente em todos os relacionamentos e projetos de vida.
No entanto, ele não pode nos governar.
Para discussão:
1. Você concorda com a citação “o dinheiro é a raiz de todos os
males”? Por quê?
2. Quais são os perigos do amor ao dinheiro?
3. Que tipos de cuidados devemos ter para que a ambição por
dinheiro não nos domine?
Evangelismo:
• Divida em duplas para que compartilhem como tem sido a
experiência de convidar novas pessoas para o PG.
• Dê oportunidade para pedidos de oração, e orem juntos.

SETEMBRO 18
Encontro: Qual foi a última grande alegria que você sentiu, e
por que?
Exaltação: Leiam o Salmo 126 e agradeçam a Deus pela nos-
sa alegria.
Edificação: VIBRAÇÃO CONJUNTA (Colossensses 1.9-14)
Jesus disse que veio para nos dar alegria completa (João 16.24).
Como viver na perspetiva da alegria? A Bíblia nos ensina.
Para discussão:
1. Que tipo de coisas podem ser nossos ladrões de alegria?
2. Qual deve ser a fonte da nossa alegria?
3. Que tipo de alegria Jesus nos oferece?
Evangelismo:
• Leve pequenas tiras de papel, e peça que cada um escreva
o seguinte: Meu nome é .
Eu oro por .
• Recolha tudo e redistribua, como um processo de amigo oculto,
para que cada um ore pelo amigo do outro durante a semana.

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394 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

SETEMBRO 25
Encontro: Quem era o seu herói na infância?
Exaltação: Leiam o Salmo 34 e agradeçam a Deus por enviar
anjos ao nosso redor, para cuidar de cada um de nós.
Edificação: PESSOAS MELHORES (Tiago 2.14-18)
Podemos nos contentar com palavras, mas somos chamados a
viver. O Cristianismo é uma religião eminentemente solidária
ou para nada serve.
Para discussão:
1. Existe fé sem que nossas atitudes a reflitam?
2. Como podemos demonstrar fé em nosso cotidiano?
3. Em qual área de sua vida a fé precisa brilhar mais?
Evangelismo:
• Dedique tempo orando por seus vizinhos, para que um dia
possam estar no PG.
• Orem juntos por pessoas desempregadas, pelos enfermos,
pelas famílias do PG.

OUTUBRO 2
Encontro: Do que você mais tem medo?
Exaltação: Leia o Salmo 46 e peça a cada um que destaque, do
texto, a palavra que mais lhe chamou a atenção. Orem, agrade-
cendo a Deus por nos ajudar em momentos de dificuldade.
Edificação: CELEBREMOS ÀS PEQUENAS VITÓRIAS (1Tessalo-
nicenses 1.3)
Agradecer é para poucos, mas são felizes os que agradecem.
Quem agradece experimenta a esperança que a perseverança dá.
Para discussão:
1. Quais as consequências de uma vida fixada nas dificuldades?
2. O que precisamos fazer para termos a esperança que ali-
menta a perseverança?
3. Quais os benefícios de celebrarmos as pequenas vitórias?
Evangelismo:
• Dê oportunidade para relatos de testemunhos dos que se
sentem ajudados por Deus em sua caminhada.
• Orem uns pelos outros.
• Lembre ao grupo da importância de convidar novos amigos.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 395

OUTUBRO 9
Encontro: Qual a sua lembrança mais preciosa?
Exaltação: Leiam o Salmo 37.1-11 e agradeçam a Deus que
nos guia sabiamente em todos os dias da nossa vida.
Edificação: PERGUNTAS INDISPENSÁVEIS (Salmo 49.16-20)
Vivemos como se não fôssemos morrer. Não gostamos que nos
falem de planos funerais. Nos sepultamentos nem sempre há
muita gente. No entanto, a morte dos outros nos faz pensar.
Para discussão:
1. Quando se fala a palavra “morte”, o que lhe vem a cabeça?
2. Que tipo de reflexões a morte traz a respeito da sua vida?
3. Você tem vivido como se fosse morrer daqui a muito ou pou-
co tempo?
Evangelismo:
• Divida em trios e orem por amigos e vizinhos que possam
ser membros do seu PG, futuramente.
• Ouça os pedidos de oração do grupo, e orem por cada um.

OUTUBRO 16
Encontro: O que você tem muito em sua casa?
Exaltação: Leiam o Salmo 40. Peça que cada pessoa destaque
apenas uma palavra do texto. Orem agradecendo a Palavra de
Deus.
Edificação: DOE O QUE LHE CUSTA (1Crônicas 21.18-26)
Quando o rei Davi decidiu construir um templo, alguém se
aproximou e ofereceu gratuitamente o terreno para a futura
construção. Davi recusou. Não queria fazer um sacrifício (uma
oferta) que não lhe custasse nada. Podemos ser como Davi.
Para discussão:
1. Que tipo de cuidado devemos ter ao fazer alguma doação?
2. O que você leva em consideração ao escolher um presente
para alguém?
3. Quando você faz algum tipo de doação espera receber al-
gum tipo de reconhecimento?
Evangelismo:
• Divida em duplas, e orem pelas necessidades uns dos outros.
• Incentive o grupo a convidar novas pessoas para o PG.

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396 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

OUTUBRO 23
Encontro: Quando você fica triste, o que lhe ajuda a vencer?
Exaltação: Leiam o Salmo 51 e agradeçam o perdão de Deus,
sempre nos arrependendo e confessando os nossos pecados.
Edificação: ELA VEM DE DENTRO (João 7.38)
Nossa cultura tem horror à tristeza e idolatria à alegria, mes-
mo a qualquer preço. No entanto, a alegria pode ser positiva.
Quanto à alegria, ela tem de vir de dentro.
Para discussão:
1. Qual a importância da tristeza?
2. A alegria pode ser ruim de alguma forma?
3. A alegria é algo palpável para você?
Evangelismo:
• Ore pelas famílias dos membros do PG.
• Motive o grupo a novos contatos para trazer novos amigos.

OUTUBRO 30
Encontro: Quem foi seu melhor amigo na infância?
Exaltação: Leia Provérbios 18.24 e agradeça pelos amigos.
Edificação: INFLUÊNCIAS AVASSALADORAS (1Coríntios
15.33-34)
Um dos nossos maiores equívocos é achar que somos suficien-
temente fortes para resistir às influências vindas dos amigos ou
dos meios de comunicação. Seremos sábios se percebemos que
somos frágeis.
Para discussão:
1. Quais são as pessoas que mais o influenciara e ainda in-
fluenciam?
2. Jesus tem sido verdadeiramente uma influência em sua
vida?
3. Quais devem ser os reflexos de uma vida influenciada por
Deus?
Evangelismo:
• Ouça os pedidos de oração do grupo, distribuia cada um en-
tre os presentes, para que orem também durante a semana.
• Lembre ao grupo de convidar amigos, e orem por isso.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 397

NOVEMBRO 6
Encontro: Qual a disciplina mais rígida que você já recebeu?
Exaltação: Leia Provérbios 2 e peça que cada pessoa desta-
que um versículo. Orem agradecendo a Deus, fonte de toda a
sabedoria.
Edificação: GRAÇA E DISCIPLINA (Salmo 17.1-2 e 128.1-2)
Confundimos graça e disciplina, como se nunca houvesse dis-
ciplina onde a graça está presente. A Bíblia nos mostra clara-
mente que primeiro vem a graça e depois a disciplina. Ambas
são indispensáveis.
Para discussão:
1. Qual a diferença entre graça e disciplina?
2. À luz dos Salmos 17.1-2 e 128.1-2, quando a disciplina vem
antes da graça, o que se torna?
3. De que modo a graça de Deus se manifesta em sua vida?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos que precisam ser alcançados pela graça.
• Dê oportunidade para os pedidos de oração. Estimule ao seu
grupo a orar também durante a semana.
• Motive seu grupo para convidar novos amigos.

NOVEMBRO 13
Encontro: Qual foi a melhor viagem que você já fez?
Exaltação: Leia o Salmo 57 e pergunte quais motivos temos
hoje para exaltar o nome do nosso Deus? Orem agradecendo.
Edificação: ADORAR É VIVER (Salmo 66.1-5)
Os Salmos são o livro da adoração a Deus. Quando lemos e re-
petimos os salmos, somos capacitados a ver Deus em ação.
Para discussão:
1. De que formas podemos adorar a Deus?
2. Quais podem ser os resultados de nossa adoração a Deus?
3. A adoração é um recurso para que confiemos em Deus. Em
que áreas da sua vida sua confiança precisa crescer?
Evangelismo:
• Falem sobre estratégias para convidar amigos. Ouça o que
cada um tem feito para isso.
• Orem pelos pedidos do grupo, ministre a cada um.

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398 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

NOVEMBRO 20
Encontro: Diga algo positivo à pessoa que está a sua direita.
Exaltação: Leiam o Salmo 61 e agradeçam a Deus que sempre
nos ajuda a tomar boas decisões.
Edificação: PERTO DA DECISÃO (Provérbios 15.22)
Desde que acordamos, temos que decidir. Muitas vezes nos
precipitamos por não conseguirmos harmonizar razão e emo-
ção. Para decidir, precisamos de ajuda, de Deus e dos bons
amigos.
Para discussão:
1. O que devemos ponderar para tomar uma decisão?
2. Para uma decisão, devemos usar a razão ou a emoção?
3. Que tipo de ajuda podemos buscar para uma decisão?
Evangelismo:
• Orem para que o grupo almeje o crescimento.
• Intercedam pelos pedidos feitos.

NOVEMBRO 27
Encontro: Qual foi a melhor coisa da sua semana?
Exaltação: Leiam o Salmo 62 e agradeçam por Deus renovar
sempre as nossas esperanças.
Edificação: UMA QUESTÃO DE TEMPO (Habacuque 2.1-3)
Oramos e nada acontece. Ou melhor: oramos e parece que
nada acontece. Reclamamos porque não vemos Deus em ação.
Precisamos aprender a esperar Deus agir.
Para discussão:
1. Por quais coisas você costuma reclamar mais?
2. Diante das tarefas da vida, você se vê mais como queixoso,
otimista ou pessimista? Quais os perigos disso?
3. Que diferenças você vê entre o otimismo e a esperança?
Evangelismo:
• Orem pelos pedidos uns dos outros.
• Citem nomes de amigos e orem por eles.

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Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS 399

DEZEMBRO 4
Encontro: Que lição aprendeu de sua mãe e ainda guarda?
Exaltação: Leia Provérbios 3.1-7 e destaque a certeza de que
podemos confiar em nosso Deus. Ore agradecendo as orienta-
ções seguras que recebemos através da Sua Palavra.
Edificação: CRESCENDO COM MARIA (Lucas 2.19)
Maria, a mãe de Jesus, tomou a decisão certa quando foi convi-
dada por Deus a dar à luz o Salvador do mundo. Sua vida é uma
coleção de bons exemplos para nós hoje.
Para discussão:
1. O que devemos valorizar em Maria, mãe de Jesus?
2. Maria nos faz um convite a uma vida que pensa. A que ela
nos adverte?
3. A fé é cega?
Evangelismo:
• Dedique tempo orando pelos amigos que serão convidados a
participar do grupo.
• Dê oportunidade para pedidos de oração.
• Incentive seu grupo a uma vida de testemunho e oração.

DEZEMBRO 11
Encontro: Você faz alguma atividade física? Qual?
Exaltação: Leia o Salmo 63 e sugira um momento de orações
frases, agradecendo a bondade do nosso Deus.
Edificação: LEVANTE-SE (Lucas 8.40-42 e 49-56)
Jesus curou muitas pessoas. Algumas das curas nos são con-
tadas nos Evangelhos. Uma delas é a de uma mulher que tinha
uma hemorragia. Sua fé foi elogiada por Jesus.
Para discussão:
1. Você costuma orar a Deus quando sua mente ou sua alma es-
tão doentes ou somente quando o corpo adoece?
2. De que outras formas, além da cura, Deus pode nos respon-
der em meio a uma enfermidade?
3. Pela cura de qual aspecto de sua vida deseja a intervenção
de Deus?
Evangelismo:
• Orem pelos vizinhos dos membros do PG, para que Deus pre-
pare o coração deles para receber um convite do PG
• Orem uns pelos outros, pelas necessidades de cada um.

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400 Roteiros para estudos em PEQUENOS GRUPOS

DEZEMBRO 18
Encontro: De que modo você gosta de orar? Tem algum lu-
gar especial?
Exaltação: Leia o Salmo 77 e leve as pessoas a louvarem a
Deus pelo seu poder e misericórdia para conosco.
Edificação: A VERDADE SOBRE NÓS MESMOS (Lucas 18.9-14)
Jesus nos fala de dois homens que foram orar. Um teve a sua
oração respondia. O outro, não. As atitudes de um e de outro ex-
plicam por que.
Para discussão:
1. De que maneira temos orado?
2. Qual deve ser nossa atitude ao orar?
3. Por qual aspecto você tem deixado de orar por não perce-
ber a necessidade da intervenção de Deus?
Evangelismo:
• Orem pelos amigos uns dos outros.
• Peçam as bênçãos de Deus para encontrar novas pessoas
para o PG.

DEZEMBRO 25
Encontro: Qual seu enfeite de natal preferido?
Exaltação: Leiam o Salmo 85 e agradeçam a Deus por ter pro-
videnciado a nossa salvação em Cristo Jesus.
Edificação: PARA CELEBRAR O NATAL (Lucas 2.13-14)
Chegou o Natal de Jesus Cristo, o Salvador do mundo. É tem-
po de celebrar, mas também é tempo de lembrar o que Deus fez
por nós e o que podemos fazer pelos outros.
Para discussão:
1. Quais são suas recordações preferidas de Natal?
2. O que seria diferente em sua vida caso o nascimento de Je-
sus não tivesse significado para sua vida?
3. Quais motivos de gratidão a Deus você tem hoje?
Evangelismo:
• Orem pelo PG como agência de proclamação da Palavra de
Deus. Peçam que Deus ajude cada membro do PG a fazer
contato com novas pessoas.
• Orem pelas necessidades do grupo.

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