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FORRAGEM

BOLETIM DA
Pecege . QCF . Esalq
03 NOV/DEZ 2015

GESTÃO DA AQUISIÇÃO DE FERTILIZANTES NA PRODUÇÃO DE VOLUMOSOS

Luiz Gustavo Nussio – Professor do Dep. de Zootecnia da USP/ESALQ


Glauber dos Santos – Zootecnista, pesquisador PECEGE/ESALQ
Haroldo Torres – Economista, pesquisador PECEGE/ESALQ

Historicamente os agricultores optam por comprar os in- dos agricultores, tais como: dificuldade na entrega do pro-
sumos (adubos, sementes, herbicidas, inseticidas, etc.) no duto pela indústria, já que uma quantidade elevada de pro-
momento de sua utilização na propriedade, ou seja, com- dutores estão comprando o mesmo produto, as empresas
pram o adubo nas vésperas de sua utilização. Os motivos diminuem a eficiência na entrega; elevação no custo unitário
são variados como, ausência de uma estrutura adequada de do produto, em função da curva de oferta e demanda do
armazenamento do insumo; falta de capital giro para pagar produto, quando muitos agricultores estão à procura de um
as despesas operacionais e investir na compra antecipada de mesmo produto, este tende a custar mais caro comparado
tal; e ainda pelo alto risco de roubo na propriedade. com épocas de menor procura. Na figura 1 é possível ob-
Entretanto, como para toda ação existe uma reação, ocor- servar a variação média de preço de um determinado ferti-
rem alguns contra pontos referente a este comportamento lizante.

120,00

115,00

110,00

105,00

100,00

95,00

90,00

85,00

Índice Sazonal Limite Inferior Limite Superior


Figura 1. Sazonalidade do preço do Fertilizante formulado 20-05-20 pago pelos agricultores de São Paulo, 2008 a 2012. (Fonte: Mendes e Silva,
2013. Dados não publicados.)

E ainda para complicar um pouco mais, vivemos um mo- mos o risco de comprar fertilizantes, herbicidas, inseticidas
mento onde a economia está muito instável. Reflexo disso com o preço bem mais alto devido a esta flutuação no preço
são as constantes oscilações na taxa de câmbio, e como do dólar.
grande parte do insumos são precificados em dólar, corre-

Análise de Sensibilidade
Através de uma análise de sensibilidade, onde analisa-se o sição de fertilizantes. Considerando que os demais custo e a
impacto da variação de preço de um determinado insumo no produtividade permaneceriam os mesmos. Priorizar a com-
custo final (Mattos e Vasconcellos, 1989), chegamos a um pra de fertilizantes em épocas mais adequadas poderá gerar
aumento de 5% no custo total de produção da silagem de resultados técnicos e, sobretudo, econômicos considerados
milho apenas com essa variação de 35% (câmbio) na aqui- relevantes para o custo de produção.
Taxa de Câmbio

Além da variação na taxa de câmbio, a lei de oferta e deman- do ponto de vista da oferta e demanda, enfrenta limitações
da também contribui para elevar o preço de fertilizantes en- para sua adoção, geralmente justificadas por dificuldades de
tre os meses de julho, agosto, setembro e outubro. Já entre fluxo de caixa na fazenda, questões operacionais e de segu-
os meses de abril, maio e junho, historicamente, são como rança. Diante desta dualidade, a organização e administra-
mais convenientes para aquisição de fertilizantes. Podendo ção financeira é inevitável para a correta tomada de decisão
gerar ganhos reais de até 14 a 20% no custo de fertilizantes dos gestores, na intenção de evitar aquisição de insumos em
para a propriedade. Essa estratégia, embora conveniente, épocas menos vantajosas, reduzindo o poder de compra da propriedade.

NOV/DEZ 2015 01
Alguns produtores optam por reduzir a utilização de ferti- esse conceito, o nutriente proveniente da forragem mal ma-
lizantes, consequentemente menor produtividade do volu- nejada torna-se geralmente mais caro que aquele advindo
moso, e depois aumentam o fornecimento de concentrado dos concentrados.
na dieta dos animais. Essa decisão, embora conveniente, Com a redução da produtividade o custo unitário do alimen-
provoca a elevação no custo unitário da forragem produzi- to ficará mais elevado, pois todos os outros custos (hora-
da, ocasionando em menor demanda de alimentos para os máquina, diesel, mão-de-obra) serão fixos, portanto você
animais consequentemente menor produtividade animal, o terá uma produção inferior e tuas despesas fixas serão as
que levará a uma menor receita. Ainda, causará uma pro- mesmas. Assim, quando você calcular o custo unitário (Cus-
gressiva degradação das glebas exploradas, o que exigirá to total (R$) / Produção total (ton)), essa divisão terá um
uma adubação em maior quantidade na próxima safra. Sob denominador menor o que leva a um custo maior.

Novas Alternativas
Assim, a busca por alternativas que permitam a compra de mentas financeiras disponíveis no mercado que objetivam
insumos de maneira viável financeiramente para cada pro- diminuir o risco financeiro. Tais ferramentas referidas são a
dutor, deve ser algo constantemente discutido em reuniões utilização de mercados futuros, operações de Barter entre
com os consultores, técnicos e até mesmo com os parceiros outras, no entanto essas exigem um certo conhecimento
da revenda. Com isso é possível alinhar estratégias e obter dos operadores.
apoio aos processos técnicos e gerenciais, na busca pela Momento de turbulências como o atual que passamos, tam-
eficiência operacional e na gestão de custos. Segundo Côn- bém pode ser visto como momento de oportunidades para
soli (2015), dada o momento de variabilidade de preços e otimizarmos procedimentos em busca de melhorias. Assim,
instabilidade momentânea no mercado, é preciso estar atua- consultores, produtores e revendedores que conseguirem
lizado sobre as condições de mercado, para tomar decisões implementar processos, financeiros e técnicos de maneira
assertivas. estruturada com certeza enxergarão oportunidades para su-
Outra alternativa aos produtores é a busca por ferra- perar este momentos de crise.

Referências:
CÔNSOLI, M. A. Gestão de vendas em momentos turbulentos. 2015 In: http://www.agrodistribuidor.com.br. Acessado em: 13/10/2015

MATTOS, A. C. M. E VASCONCELLOS, H. Análise de sensibilidade. Revista de administração de empresas, v. 29, n.1. 1989.

A CONJUNTURA ECONÔMICA RECENTE DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO


Humberto F. S. Spolador1
Alexandre Nunes de Almeida2

Analisando a participação dos setores na economia brasilei- rando o período 2010-2013, a taxa média de crescimento
ra, o agronegócio - incluindo insumos agrícolas, produção do PIB do Agronegócio brasileiro foi de 3,51%, enquanto
agrícola, agro-industriais e distribuição, conforme a defini- que a taxa média de crescimento do PIB total do país foi de
ção tradicional de Davis e Goldberg (1957) – representa 3,45%. Observa-se também que, no cenário atual de crise
uma grande parcela do PIB brasileiro. De acordo com da- econômica, são os recursos provenientes da matéria prima
dos do CEPEA/USP/ESALQ, o setor correspondeu a cerca da agropecuária que têm evitando a diminuição ainda mais
de 22,5% do PIB brasileiro3 em 2013 (valor mais recente), expressiva nas taxas de crescimento do país. Pesquisadores
um percentual que tem se mantido relativamente constante da Fundação Getúlio Vargas (FGV) projetam um crescimen-
no período 2009-2013. Portanto, o setor tem um impacto to do PIB da economia para 2016 de 0,1% enquanto que
relevante sobre o crescimento econômico do país. Conside- para o setor agropecuário, é estimada uma taxa de 2,4%.
1
Professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP
2
Professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP
3
Mais especificamente, estamos falando de uma sequência de atividades econômicas – da produção de insumos até a utilização dos
produtos finais – que se baseiam em determinada matéria-prima agropecuária. Pode-se falar na cadeia da soja como um dos componentes
do ramo agrícola, e a cadeia do leite como uma das cadeias do ramo pecuário, por exemplo.

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Exportações do Agronegócio

As exportações do setor agronegócio têm sido responsáveis mostra a evolução da participação das exportações do agro-
por aproximadamente 40% do total exportado pelo país. No negócio nas exportações totais do Brasil no período 1995 a
ano de 2014, por exemplo, as exportações do setor equi- 2014, tendo oscilado entre 35% a 45% em todo o período
valeram a 42,98% das exportações brasileiras. A figura 1 analisado.

50

45
% das Exportações Totais

40

35

30

25
1996

2005

2014
1995

1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004

2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Exportações - Agronegócio / Exportações totais

Figura 1 - Participação das exportações do agronegócio nas exportações totais (%) – 1995 a 2014. Fonte: MAPA (www.agricultura.gov.br), e elab-
oração dos autores.

Crescimento Positivo

Conforme dados publicados pelo Ministério da Agricultura, que o agronegócio esteja contribuindo positivamente com o
Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre as exportações do crescimento econômico brasileiro. Contini et al. (2010) mos-
setor agronegócio, no ano de 2014 as exportações do com- traram que o dinamismo da agricultura foi viabilizado por três
plexo soja corresponderam a 32,5% do total exportado pelo instrumentos fundamentais de política agrícola, quais sejam:
agronegócio brasileiro; a participação do setor de carnes foi crédito, investimentos em ciência e tecnologia e extensão
18,02%, seguido do complexo sucroalcooleiro (10,72%), rural. Gasques et al. (2004) já enfatizava o papel dos in-
produtos florestais (10,29%), café (6,89%), entre outros. vestimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento (P&D)
A mão-de-obra, formal ou informal, qualificada ou não, cada como essenciais para o crescimento do agronegócio.
vez mais representa também um importante elemento na Para que este cenário se mantenha nos próximos anos, é ne-
estrutura de custos de produção e ao longo de todo a cadeia cessário manter investimentos em tecnologia, que permitam
produtiva afetando, portanto, a competitividade do setor e a manutenção da competitividade do setor pois o mercado
da economia do país por meio da geração de renda. Estima- internacional de commodities é altamente competitivo, e o
tivas mais recentes do CEPEA/USP/ESALQ para 2013 mos- setor compete em larga escala no mercado internacional.
tram que aproximadamente 40% das pessoas ocupadas no Outros investimentos importantes são aqueles destinados à
Brasil estavam diretamente vinculadas a algum setor produ- expansão de infraestrutura, portuária e rodoviária, e forta-
tivo da economia ligado ao agronegócio. lecimento das instituições públicas, igualmente importantes
Não obstante, foram os ganhos de produtividade auferidos para viabilizar o crescimento do setor no longo prazo.
pelo setor ao longo dos últimos anos fundamentais para

Referências Blibliográficas:
CONTINI, E.; GASQUES, J.G.; ALVES, E.; BASTOS, E.T. Dinamismo da agricultura brasileira. Revista de Política Agrícola, Brasília, v. 19, Edição especial de aniversário
do MAPA – 150 anos, p. 42-64, Jul. 2010.

DAVIS, J.H.; GOLDBERG, R.A. A concept of agribusiness. Journal of Farm Economics, Ithaca, v. 39, n. 4, p. 1042-1045, Nov. 1957.
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS. Boletim Macro IBRE (Julho de 2015). FGV: Rio de Janeiro.

GASQUES, J.G.; BASTOS, E.T.; BACCHI, M.R.P; CONCEIÇÃO, J.C.P.R. Condicionantes da produtividade da agropecuária brasileira. IPEA, Brasília, abr. 2004. 29 p.
(Texto para Discussão, 1017).

GASQUES, J.G.; BASTOS, E.T.; BACCHI, M.R.P.; VALDES, C. Nota Técnica: Produtividade e Crescimento da Agricultura Brasileira. Ministério da Agricultura, Pecuária
a Abastecimento, Maio 2011.

03 BOLETIM DA FORRAGEM - Pecege. QFC. ESALQ


COMO É A PRODUÇÃO DE VOLUMOSOS NO BRASIL?
A fim de conhecermos um pouco mais das características gem. Assim, produtores, técnicos, indústria e órgãos gover-
dos sistemas de produção de volumosos, nossa intenção é namentais poderão concentrar esforços nos pontos críticos
identificar os principais pontos que precisam ser melhorados da produção de forragem, buscando otimizar processos e
e apresentar tais informações em nosso Boletim da Forra- melhorar os resultados operacionais.

Para realizarmos esta caracterização contamos com o apoio de vocês produtores e técnicos para responderem um ques-
tionário, o qual encontra-se no endereço eletrônico: http://goo.gl/forms/yikKuaQfTO .

Os participantes desta pesquisa ganharão uma análise bromatológica do principal volumoso utilizado na propriedade. Caso
tenha alguma dúvida ou sugestão entre em contato com nossa equipe através dos telefones (19) 3377-0937 ou (19) 3375-
4251 ou através do e-mail forragem@pecege.esalq.usp.br

PRODUTOR: Cadastre-se e participe deste levantamento de custo. Ao ingressar você terá acesso gratuito a:

• Recebimento bimestral do Boletim da Forragem (digital);


• Análise de Pareto dos principais componentes do custo operacional efetivo;
• Acesso a uma plataforma (online) para análise comparativa de custo e eficiencia produtiva;
• Participação no seminário anual, no qual os pesquisadores apresentam a metodologia e eficiencia produtiva.

inscrições abertas
MBA agronegócios usp esalq www.pecege.esalq.usp.br

O Boletim da Forragem é uma publicação 19 3371.9072 | forragem@pecege.esalq.usp.br


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Equipe técnica: Prof. Luiz Gustavo Nussio, Para receber o Boletim da Forragem digital, encaminhe
Prof. Pedro Valentim Marques, Daniel Y. Sonoda, e-mail para forragem@pecege.esalq.usp.br com os
Glauber dos Santos e Haroldo Torres. seguintes dados: nome, e-mail, endereço completo
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Estagiários:
Bruno Arthur;
Letícia Junqueira;
Vinicius Nascimento.

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