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CMCG AE2/2016 – HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 01 Visto:

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Ten Nascimento

1ª QUESTÃO (10 escores)

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA
E TRANSCREVENDO-A PARA A TABELA DE RESPOSTAS. SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS
OPÇÕES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS AO FINAL DO ITEM 10.

Leia o excerto que segue para responder ao item 01.

“Após o tratado, pelo regime de virtual privilégio do comércio britânico, ficou sendo o seguinte o
estado legal das relações mercantis no Brasil: livres, as mercadorias estrangeiras que já tivessem
pago direitos em Portugal, e bem assim os produtos da maior parte das colônias portuguesas; sujeitas
à taxa de 24% ‘ad valorem’ as mercadorias estrangeiras diretamente transportadas em navios
estrangeiros; sujeitas à taxa de 16% as mercadorias portuguesas, e também as estrangeiras
importadas sob pavilhão português; sujeitas à taxa de 15% as mercadorias britânicas importadas sob
pavilhão britânico, ou português.”

(OLIVEIRA, Lima. D. João VI no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996.)

LIMA, Oliveira – D. João VI no Brasil

01. O acontecimento histórico abordado no texto está diretamente relacionado com o(a):

( A ) abertura dos portos brasileiros às nações amigas em 1808.


( B ) repúdio à manutenção do Pacto Colonial.
( C ) Tratado de Comércio e Navegação de 1810, celebrado entre Inglaterra e Portugal.
( D ) processo de emancipação política do Brasil, iniciado em 1810.
( E ) independência da economia portuguesa em relação aos interesses capitalistas britânicos.

Leia o excerto que segue para responder ao item 02.

“A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo


os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a
ascensão e D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a
aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o
autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais
democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias
assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se
afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à
violenta pressão organizada pelo governo imperial.”
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. Adaptado.)

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02. Com base no texto acima, é possível concluir que a composição da confederação do Equador
envolveu, a princípio:

( A ) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização


política.
( B ) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder descentralizado.
( C ) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o
Rio de Janeiro.
( D ) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
( E ) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão
de D. Pedro ao trono.

03. Muitos franceses, principalmente professores, cientistas, arquitetos, escultores e pintores vieram ao
Brasil no século XIX, a partir da instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro.

Pode-se explicar a presença desses franceses no país com o argumento de que

( A ) a maioria deles chegou ao Brasil com o intuito de colonizar as regiões desabitadas do interior do
país, constituindo núcleos de exploração de produtos tropicais, que seriam comercializados na
Europa.
( B ) eles tinham como missão convencer o rei D. João VI a romper relações diplomáticas com a
Inglaterra, uma vez que este país tinha estabelecido o Bloqueio Continental, impedindo as
relações comerciais entre França e Brasil.
( C ) grande parte deles desembarcou no Rio de Janeiro, estimulados por D. João VI, que
tinha como um dos seus grandes projetos trazer uma missão artística francesa, com o
objetivo de constituir no Brasil uma base de desenvolvimento cultural.
( D ) todos esses franceses chegaram ao Brasil como refugiados políticos, uma vez que os mesmos
discordavam da política cultural do imperador Napoleão Bonaparte, que perseguia os artistas
contrários às suas determinações políticas.
( E ) parte significativa da população francesa emigrou para o Brasil em razão dos intensos combates
ocorridos durante a Comuna de Paris, instalando-se principalmente nos Estados do Maranhão e
do Pará e trabalhando na extração da borracha.

04. É consequência imediata da revolução Constitucionalista do Porto de 1820 o (a)

( A ) elevação do Brasil à categoria de Reino Unido.


( B ) retorno de D. João VI a Portugal.
( C ) estabelecimento da República em Portugal.
( D ) fim do reinado de D. João VI.
( E ) rompimento das relações entre Inglaterra e Portugal.

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Leia o texto abaixo e responda ao item 05.


"A luta pela independência na América espanhola implicou uma passagem de todo o poder político
àqueles que já possuíam a maior parte do poder econômico. Mesmo que no curso das guerras pela
independência muitos aventureiros surgidos no seio popular se hajam transformado em chefes
militares afortunados e tenham ficado com parte do poder político que os latifundiários, donos de
minas e grandes mercadores, exigiam para si, isso não altera muito o quadro. De qualquer modo o
comércio foi liberado, a aristocracia criolla - que cheirava a esterco, como dizia Sarmiento na
Argentina - veio a ocupar o vértice da pirâmide política e a riqueza expropriada aos trabalhadores
nativos não perdeu mais a parte tributada à Espanha."
(POMER, Leon. As independências na América Latina. São Paulo: Brasiliense, 1981. p. 12-13.)

05. De acordo com o texto e seu conhecimento histórico é correto afirmar que a luta pela independência
da América espanhola caracterizou-se

( A ) por lutas sociais populares, cuja finalidade era a implantação de sociedades republicanas,
fundadas nas ideias de liberdade e igualdade, ou seja, no pensamento iluminista.
( B ) por movimentos apoiados pela Inglaterra, que tiveram por objetivo o fim do
monopólio comercial imposto pela metrópole espanhola, ou seja, a ruptura do
chamado pacto colonial.
( C ) por uma mobilização que buscou instaurar monarquias parlamentares, inspiradas principalmente
no modelo inglês e estruturadas de acordo com o pensamento liberal.
( D ) como um conjunto de movimentos sociais antiescravistas de caráter burguês que objetivavam
promover um desenvolvimento capitalista no continente.
( E ) por uma transformação na estrutura social, que possibilitou aos trabalhadores nativos o acesso
à propriedade da terra.

As imagens a seguir reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos
papéis de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos
de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer
presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.

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06. A comparação das imagens permite concluir que o/a(s)

( A ) obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.


( B ) quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século XIX.

( C ) quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa,
nem ocupam o trono.
( D ) arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret.
( E ) fato de pai e filho aparecerem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de
continuidade dinástica, aspecto essencial ao exercício do poder régio.

07. (PUCMG-adaptado) Em 1823, o capitão mulato Pedro Pedroso comandou tropas formadas por
mestiços e negros que entoavam, pelas ruas de Recife, a seguinte quadra:

"MARINHEIROS E CAIADOS
TODOS DEVEM SE ACABAR
PORQUE SÓ PARDOS E PRETOS
O PAÍS DEVEM HABITAR."

Tal episódio, associado à Confederação do Equador, movimento revoltoso ocorrido durante o


Primeiro Reinado, demonstra o (a)

( A ) caráter democrático presente no processo de constituição do Estado nacional brasileiro.


( B ) peso das massas populares na condução da vida política do país logo após a independência.
( C ) força do movimento abolicionista e sua capacidade de mobilização dos segmentos sociais.
( D ) radicalização do movimento com a participação popular, gerando temor na elite
agrária.
( E ) disputa entre os oficiais do Exército, adeptos da abolição, e os quadros da Marinha, contrários.

(UNIFOR-CE) Considere o texto abaixo para responder ao item 08.

“A Constituição de 1824 procurou garantir a liberdade individual, a liberdade econômica e


assegurar, plenamente, o direito à propriedade. Para os homens que fizeram a independência, gente
educada à moda europeia e representantes das categorias dominantes, os direitos à propriedade,
liberdade e segurança garantidos pela Constituição eram coisas bem reais. Não importava a essa elite
se a maioria da nação era composta de uma massa humana para a qual os direitos constitucionais não
tinham a menor validade. A Constituição afirmava a liberdade e a igualdade de todos perante a lei,
mas a maioria da população permanecia escrava. Garantia-se o direito à propriedade, mas 95% da
população, quando não eram escravos, compunham-se de ‘moradores’ de fazenda, em terras alheias
[...] garantia-se a segurança individual, mas podia-se matar um homem sem punições. Aboliam-se as
torturas,mas nas senzalas os instrumentos de castigo, o tronco, a gargalheira e o açoite, continuavam
sendo usados, e o senhor era supremo juiz da vida e da morte de seus homens. [...]”
(COSTA, Emília Viotti da. Introdução ao estudo da emancipação política. In: MOTA, Carlos Guilherme (org). Brasil em perspectiva.
São Paulo: Difel, 1978. p. 123-4. Apud: COTRIN, Gilberto , História Geral. São Paulo: Saraiva, 1997, Adaptado.)

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08. A partir do texto, pode-se afirmar que a elite de intelectuais do império:

( A ) representante do pensamento liberal, preocupou-se em elaborar um conjunto de normas e leis


que ampliava os direitos e permitia o acesso da população à justiça.
( B ) representante dos interesses lusitanos, criou um conjunto de leis que garantia direitos políticos à
oligarquia rural e reduzia as desigualdades entre a população da cidade e do campo.
( C ) porta-voz das camadas urbanas, preocupou-se em defender os interesses dos grupos ligados à
exportação com o objetivo de promover o desenvolvimento da indústria no país.
( D ) porta-voz das camadas populares, estabeleceu a garantia dos direitos individuais e ao mesmo
tempo postergava o processo de democratização com o objetivo de se perpetuar no poder.
( E ) porta-voz das categorias dominantes, criou todo um conjunto de direitos políticos que
mascarava as contradições sociais do país e ignorava a distância entre a lei e a
realidade.

(UNIRIO-adapatado) Observe a charge abaixo e leia sua transcrição para responder ao item 09.

Repórter: - Quais são os limites dos seus PODERES?


Pedro I: – Deus, talvez.

(NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil para principiantes: de Cabral a Cardoso – quinhentos anos de novela.
São Paulo: Ática, 1998.)

09. A charge aponta para uma importante característica da Carta Outorgada de 1824, qual seja, a
instituição do(a):

( A ) poder moderador.
( B ) voto censitário.
( C ) voto universal.
( D ) parlamentarismo às avessas.
( E ) monarquia dual.

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(UFES-adaptado) Analise a pergunta feita pelo “O Globo”, sobre as eleições, para responder ao item

Se o voto deixasse de ser obrigatório, o senhor iria votar nas próximas eleições?

10. Conforme a pesquisa do Ibope, nos anos finais da década de 90, mais da metade dos eleitores não
fazia questão de votar. Entretanto, durante o período de Império, de acordo com a Constituição de
1824, no Brasil era o sistema eleitoral que restringia a participação política da maioria, pois

( A ) garantia a vitaliciedade do mandato dos deputados, tornando raras as eleições.


( B ) convocava eleições apenas para o cargo de Primeiro Ministro, conforme regulamentação do
Parlamentarismo.
( C ) promovia eleições em Portugal, com validade para o Brasil.
( D ) concedia o direito de votar somente a quem tivesse certa renda, sendo os votantes
selecionados segundo critérios censitários.
( E ) permitia apenas às camadas da elite portuguesa o direito de eleger seus representantes,
limitando a influência da aristocracia rural brasileira.

- TABELA DE RESPOSTAS -
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NESTA TABELA
OPÇÕES ITENS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A X X
B X X
C X X
D X X
E X X

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2ª QUESTÃO (10 escores)

VERDADEIRO OU FALSO

COLOQUE UM “V” NO RETÂNGULO À ESQUERDA, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO


VERDADEIRO. COLOQUE UM “F”, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO FALSO.

11. O mapa a seguir apresenta o Brasil pré-independente, no século XIX. Algumas províncias estão
hachuradas e se destacam das restantes. Sobre as hachuradas, analise as proposições a seguir:

V F As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina foram as primeiras a


aderirem ao movimento de independência.

V F Todas as províncias destacadas no mapa foram visitadas pela esquadra de Cochrane, militar
que combateu na guerra da Independência do lado brasileiro.

V F Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia, a resistência contra a independência foi


mais forte, ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de setembro de 1822.

V F A província Cisplatina conseguiu sua independência mais cedo que o próprio Brasil. Antes de
1822, a Cisplatina já se chamava Uruguai.

V F Na província da Bahia, o Dois de Julho é data em que se realizam os festejos cívicos que
rememoram a vitória do povo nas lutas contra o domínio português.

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12. (UFPR) O imperador D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, em 7 de abril de
1831. Sobre a perda de popularidade e a abdicação, julgue as assertivas que seguem.

V F D. Pedro I renunciou porque não atendia mais aos interesses brasileiros, após envolver-
se em fatos, como a dissolução da Constituinte, a repressão violenta à Confederação do
Equador e a sucessão portuguesa.

V F As críticas mais contundentes ao imperador partiam da Câmara dos Deputados e da


Imprensa. Os políticos e jornalistas liberais passaram a comparar D. Pedro I ao imperador
absolutista Carlos X, deposto na França.

V F Os conflitos entre portugueses e ingleses, em disputa pela hegemonia do tráfico de


africanos escravizados, duraram de 11 a 16 de março de 1831. Mobilizou a opinião
pública e ficou conhecido como “Noite das Garrafadas”.

V F A grave crise econômica que atingiu o país teve como razões o superávit na balança
comercial, com a venda de café e tabaco, e a queda nos preços de produtos alimentícios e
nos aluguéis provocada pela emissão de moedas de cobre.

V F A questão da Cisplatina, província que em 1825 uniu-se às Províncias Unidas do Rio da


Prata – futura Argentina, provocou uma guerra impopular, que consumiu numerosas vidas
e alta soma de dinheiro. Em 1828, o Império foi derrotado.

3ª QUESTÃO (20 escores)

DÊ O QUE SE PEDE

Leia o texto a seguir.

“De súbito, uma voz potente elevou-se no meio do congresso de sombras. Uma voz, cujo poder
de passar sem transição do registro grave ao agudo, dava uma estranha ênfase às palavras. Havia
muito de invocação e de ensalmo naquele discurso cheio de inflexões coléricas e de gritos. Era
Bouckman, o Jamaicano, que falava dessa maneira. Embora o trovão apagasse frases inteiras, Ti Noel
acreditava compreender que algo ocorrera na França e que uns senhores muito influentes haviam
declarado que se devia dar liberdade aos negros, mas que os ricos proprietários do Cabo, que eram
todos uns monarquistas [...], negavam-se a obedecer. Ao chegar a esse ponto, Bouckman deixou cair
a chuva sobre as árvores durante alguns segundos, como à espera de um raio que caiu sobre o mar.
Então, passado o estrondo, declarou que um pacto fora selado entre os iniciados daqui e os grande
Loas da África, para que a guerra se iniciasse sob os signos propícios. E das aclamações que agora o
rodeavam brotou a admonição final:
-- O deus dos brancos ordena o crime. Nossos deuses nos pedem vingança. Eles conduzirão
nossos braços e nos darão assistência. Quebrem a imagem do deus dos brancos, que tem sede de
nossas lágrimas; escutemos em nós mesmos o chamado da liberdade!”
(CARPENTIER, Alejo. O reino deste mundo. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2009. p. 53-54.)

13. Com base no texto acima e em seus conhecimentos responda aos subitens a) e b).

a) Identifique qual o processo histórico a que o texto faz referência. (01 escore)
O texto faz referência ao processo de independência do Haiti, √ irrompido pelo
quilombola Bouckman._____________________________________________________

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b) Apresente os principais aspectos econômicos e sociais da sociedade em tela no momento da


sublevação referida no texto. (03 escores)
A porção francesa da ilha de São Domingos era a colônia mais produtiva da América.√
Toda a riqueza assentava-se na exploração de mão de obra de africanos escravizados.√
Estes constituíam mais de 85% da população. √ E as desigualdades sociais entre
mulatos livres e brancos e a violência imposta aos escravizados provocavam o
recrudescimento das tensões no interior daquela sociedade. (ou√) Os escravos
desejavam a liberdade, e os mestiços, igualdade de condição entre homens livres._____

14. (UFMG) Leia este trecho: “[...] não somos índios nem europeus, mas uma espécie intermediária
entre os legítimos proprietários do continente e os usurpadores espanhóis: em suma, sendo
americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa, temos de disputar estes aos do país e
mantermo-nos nele contra a invasão dos invasores – encontramo-nos, assim, na situação mais
extraordinária e complicada.”
(BOLÍVAR, Simon. Carta de Jamaica, 1815.)

Tendo por base a carta de Simon Bolívar, responda aos subitens a) e b).

a) Ao escrever esse texto: “sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa”, a quem
Simon Bolívar se refere? (01 escore)

Aos criollos. √____________________________________________________________

b) Apresente os 02 (dois) interesses desse grupo social, conquistados com o processo de


independência da América Espanhola. (02 escores)
Os criollos conquistaram o poder político √ e a liberdade de comércio. √______________

Leia o excerto que segue para responder ao item 15.

Indagando-lhe sobre o que era uma revolução, respondeu-lhe Lucas Dantas: “É fazer uma
guerra civil, entre nós, para que se não distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felizes,
sem exceção de pessoas, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer um homem tolo, que nos
governem que só governarão aqueles que maior juízo e capacidade para comandar a homens, seja
ele de que Nação for, ficando esta Capitania [da Bahia] em Governo democrático e absoluto.”
Lucas Dantas, Inconfidente da Bahia

(VILLALTA, Luiz Carlos. 1789-1808: o império luso-brasileiro e os Brasis. São Paulo: Companhia das Letra, 2000.)

O soldado pardo do regimento de milícias Lucas Dantas d´Amorim Torres foi um dos conjurados
da Bahia. Oriundo dos estratos inferiores da hierarquia social, Lucas Dantas foi condenado a penas
exemplares, à semelhança do que aconteceu com o alferes Joaquim José da Silva Xavier. Porém,
haviam importantes diferenças entre as propostas de inconfidentes mineiros e baianos.

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15. Considerando o exposto na declaração de Lucas Dantas, quais eram os objetivos mais evidentes da
Conjuração Baiana de 1798? (02 escores)

Segundo Lucas Dantas, a revolução tinha por objetivos o fim das distinções baseadas na cor
de pele √ e a proclamação de uma república democrática na capitania da Bahia. √________

Leia o excerto que segue para responder ao item 16.

Duzentos anos atrás, as rotas de navegação do Atlântico Sul já eram muito conhecidas. [...] Seria
muito fácil corrigir o rumo depois da tempestade e seguir para o ponto de encontro combinado antes
da partida. A decisão de parar em Salvador foi tomada ainda na terceira semana de viagem.
Segundo os documentos coletados por [Kenneth] Light, no dia 21 de dezembro de 1807, o
príncipe regente comunicou ao capitão James Walker que havia decidido ir para Salvador, sem cumprir
a rota planejada.
[...] Que razões teriam levado D. João a Salvador? Uma explicação óbvia, do ponto de vista
estratégico, a escala na Bahia era muito oportuna. D. João precisava, mais do que nunca, de um Brasil
unido em torno da Coroa portuguesa. O sucesso de seus planos dependia do apoio financeiro e político
de todas as províncias. Primeira Capital da colônia, Salvador tinha perdido essa condição havia quase
meio século, em 1763, mais ainda era um importante centro de comércio e das decisões. [...] Havia
sinais de descontentamento no ar. Uma tentativa de separação tinha acontecido dez anos antes, no
movimento que ficou conhecido com Revolta dos Alfaiates.
Uma visita a Salvador era, portanto, providencial. Seria uma forma inteligente de assegurar a
fidelidade dos baianos e das províncias do Norte e do Nordeste num momento de grande dificuldade.
[...] Foi [...] em Salvador que D. João anunciou a mais importante de todas as medidas que tomaria
nos seus treze anos de Brasil: a abertura dos portos. Era mais uma demonstração do quanto a Bahia
era importante no tabuleiro que a monarquia estava montando na sua fase americana.
(GOMES, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a
história de Portugal e Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. p.98-100)

No trecho acima, o jornalista Laurentino Gomes, autor de 1808, expõem a fragilidade da tese que
afirma que a escala do príncipe regente D. João na Bahia foi acidental – causada por uma tempestade
que teria desorientado os navios. Procurando mostrar a oportunidade da presença real em Salvador,
Gomes lança mão de alguns argumentos, entre eles: a abertura dos portos brasileiros às nações
amigas.

16. Explique a afirmativa contida no texto: “a mais importante de todas as medidas que tomaria nos seus
treze anos de Brasil: a abertura dos portos.” (02 escores)

A abertura dos portos às nações amigas era uma medida inevitável já que os portos
portugueses estavam ocupados pelos franceses. A medida eliminou √ o elemento essencial
das relações entre colônia e metrópole: o monopólio. √ As exportações e importações
brasileiras não precisariam mais passar pelos portos portugueses.____________________

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Observe o recorte abaixo, sobre a recordação feita pelo sítio da Biblioteca Nacional sobre o
aniversário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

O príncipe regente português D. João, em 1808, decidiu instalar na região próxima à lagoa
Rodrigo de Freitas uma fábrica de pólvoras e um jardim para a aclimatação de espécies originárias de
outras partes do mundo. Essa não foi uma atitude isolada e faz parte de um conjunto de medidas da
administração joanina.

17. Qual o objetivo do príncipe regente ao tomar medidas que deram origem ao Jardim Botânico (Horto
Real) e à Biblioteca Nacional (Biblioteca Real)? (02 escores)

Uma vez instalado, o governo de Dom João empenhou-se em modernizar √a cidade do Rio
de Janeiro, √assemelhando-a a Lisboa.__________________________________________

Leia o excerto que segue para responder ao item 18.

“Finalmente, o imperador resolve fechar a Constituinte. No dia 12 de novembro (de 1823), as


tropas cercam o prédio e forçam a sua evacuação. No decreto imperial constava:
“Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembleia Geral Constituinte e
Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos
que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembleia perjurado ao tão solene juramento que
prestou à Nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por
bem dissolver a mesma Assembléia[...]”

(LINHARES, Maria Yedda (Org.) História Geral do Brasil. São Paulo: Elsevier – Campus, 2000. p. 137)

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18. Quais foram os perigos iminente, aludidos no decreto imperial de 12 de novembro, que ameaçavam o
Brasil e que D. Pedro I afirmava ter afastado? (02 escores)

As Cortes de Lisboa,√ resultado da Revolução Constitucionalista do Porto de 1820,


ameaçavam reduzir as autonomias conquistadas pelo Brasil desde 1808 e mesmo reconduzi-
lo à condição de colônia. √____________________________________________________

Leia o texto a seguir para responder ao item 19.

(Unicamp) Em 1824, Frei Caneca criticou a Constituição outorgada por D. Pedro I, dizendo que o
poder moderador era a chave mestra da opressão da nação brasileira e que a Constituição não
garantia a independência do Brasil, ameaçava sua integridade e atacava a soberania da nação.

(Frei Caneca. Crítica da Constituição Outorgada: Ensaios Políticos. Rio de Janeiro: Editora Documentário. p. 70-75.)

19. A partir do texto acima responda aos subitens a) e b).

a) Defina o poder moderador. (02 escores)

Exclusivo do imperador, √ que o podia, entre outras prerrogativas, dissolver a câmara e


convocar novas eleições; além disso, servia para nomear presidentes de províncias.
Enfim, colocava o imperador acima dos demais poderes.√_________________________

b) Explique as principais características e o que foi a Confederação do Equador, da qual Frei Caneca
participou? (03 escores)

Movimento republicano √ e separatista que propôs a reunião de diversos estados do


Nordeste em torno de um governo federativo. √ Iniciado após a outorga da Constituição
de 1824 e a nomeação da nova Presidência da província, o movimento rebelde foi
derrotado pelas forças do Império. Julgados, seus líderes foram condenados à forca; Frei
Caneca foi fuzilado.√_______________________________________________________

Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,0 ponto.

FIM DA PROVA

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