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CMCG AE1/2016 – LITERATURA 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 01 Visto:

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GABARITO Maj Pimenta

QUESTÃO ÚNICA (50 escores)

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA, E
TRANSCREVENDO-A PARA A TABELA DE RESPOSTAS.
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS AO FINAL DO
ITEM 20.

Leia o Texto I, constituído por uma obra de Maurício de Souza, e responda aos itens 01 a 03.

TEXTO I

(Disponível em: <http://obviousmag.org/pausas/2015/os-quadroes-de-mauricio-e-o-ensino-de-artes-para-criancas.html>. Acesso


em: 15 mar. 2016.)

01. O quadro acima é de Maurício de Souza, famoso quadrinista brasileiro, criador da Turma da Mônica, e
trata-se de uma paródia de famosa obra alemã do início do séc. XX. Tal obra pertence a uma das
várias Vanguardas Europeias que questionaram a arte feita até então. A obra e o(a) artista a que a
paródia se refere são:

( A ) A boba, Anita Malfatti.


( B ) Autorretrato mole com bacon frito, Salvador Dalí.
( C ) O grito, Edward Munch.
( D ) L.H.O.O.Q., Marcel Duchamp.
( E ) Pierrô, Pablo Picasso.

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02. A obra que gerou a paródia pertence a uma vanguarda na qual o artista pretende apresentar o que de
mais característico existe em um objeto, de um ponto de vista absolutamente

( A ) subjetivo, ainda que deformando a realidade de maneira cruel.


( B ) íntimo, mesmo que seja por meio da fragmentação e/ou geometrização do mundo.
( C ) equivocado, fazendo a releitura onírica de pessoas e paisagens.
( D ) descritivo, reunindo partes insignificantes na construção de um todo significativo.
( E ) objetivo e violento, privilegiando cenas brutais de guerras.

03. Uma frase que sintetiza a estética parodiada é

( A ) “O Expressionismo não vê; tem visões.” (Lotte Eisner)


( B ) “Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.” (Filippo Tomaso
Marinetti)
( C ) “Dadá é o dilúvio após o que tudo começa.” (André Gide)
( D ) “Não será o temor da loucura que nos forçará a hastear a bandeira da imaginação a meio pau.”
(André Breton)
( E ) “Ser contra um movimento é ainda fazer parte dele.” (Pablo Picasso)

Leia o Texto II, um poema de Fernando Pessoa, e responda aos itens 04 a 07.

TEXTO II

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda


Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

(PESSOA, Fernando. Poemas Escolhidos. Seleção e organização de Frederico Barbosa. Klick Editora: São Paulo. p. 176.)

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04. O adjetivo “fingidor” significa aquele que cria, inventa, imagina. No poema essa palavra

( A ) reforça a ideia de que fingir é o mesmo que mentir para o leitor, um ato necessário para a
compreensão da beleza.
( B ) leva à compreensão de que a poesia é fruto da inspiração: um poeta triste é incapaz de produzir
um poema com temática alegre, por exemplo.
( C ) expressa a impossibilidade da criação de um texto poético puro, visto que nunca poderá ser
interpretado sentimentalmente pelos leitores, alienados da verdade original.
( D ) sugere a ideia de que ao poeta cabe a simulação de uma dor que produza, naqueles
que o leem, emoções estéticas.
( E ) complica a interpretação do poema por parte do leitor, porque se trata de uma palavra com
inúmeros significados.

05. No último verso da segunda estrofe, a dor que faz os leitores se sentirem bem é

( A ) a dor material que o poeta sente em suas carnes.


( B ) produto da imaginação infantil da personagem que aparece na terceira estrofe.
( C ) de ordem psiquiátrica, como já vem de certo modo expresso no título do poema.
( D ) a dor de ter perdido os bons momentos da infância.
( E ) aquela que foi construída esteticamente pelo eu lírico e interpretada por eles.

06. Esse texto de Fernando Pessoa é metalinguístico porque

( A ) foi o próprio Fernando Pessoa quem o escreveu (e não um de seus heterônimos).


( B ) está acima da linguagem, toca o coração.
( C ) é um poema que trata da arte poética.
( D ) esclarece como se pode sofrer de modo equilibrado.
( E ) promove um diálogo artístico-cultural com o leitor.

07. Uma afirmativa que cabe na interpretação do poema é a seguinte:

( A ) Muitas vezes, na vida, o homem é obrigado a fingir um comportamento que não possui a fim de
se beneficiar com o fingimento. Fingir é, portanto, viver em paz.
( B ) O leitor atento há de perceber que o poeta parte de uma dor sua, real, integral. Só
quem sente uma dor pode fingir outra que não sente.
( C ) A poesia é, como de resto todas as manifestações artísticas, um conjunto de estratégias
mentirosas com o objetivo de ludibriar o leitor e fazê-lo sorrir.
( D ) A constatação de que os valores clássicos são eternos dá-se pela volta à infância do eu lírico. Ou
seja, a poesia infantiliza a natureza humana.
( E ) A leitura minuciosa de boa poesia leva o homem ao sofrimento extremo porque as agruras da
vida são desmascaradas por meio das figurações construídas pelo artista literário.

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08. Mário de Sá-Carneiro, um dos mais importantes poetas da literatura portuguesa, tem sua obra
associada ao

( A ) Salazarismo.
( B ) Presencismo.
( C ) Neorrealismo.
( D ) Orfismo.
( E ) Neoclassicismo.

09. Sobre Mário de Sá-Carneiro, é possível afirmar:

I. Ele ocupou posição de destaque entre os modernistas portugueses, tendo sido um dos fundadores
da principal revista de divulgação dos ideais do movimento.
II. A melancolia e o descontentamento são temas recorrentes em sua obra, e a inadaptação à vida,
perceptível em seus poemas, levou o poeta ao suicídio.
III. O escritor português escreveu os primeiros textos com características românticas. A segunda fase,
no entanto, foi marcada pelo Realismo. Mário de Sá-Carneiro foi um dos responsáveis pelo início
do Realismo em Portugal.
IV. Apresenta uma visão crítica da sociedade, diferente do Romantismo que precedeu sua escola
literária. Mário de Sá-Carneiro fugiu, portanto, do estilo clássico de escrita, apostando em uma
maior liberdade na elaboração do texto.
V. A personalidade sensível, o humor instável, o narcisismo e o sentimento de abandono culminaram
em uma linguagem irônica e autossarcástica, principais características de sua poética.

Há correção nas alternativas:

( A ) III e IV, apenas.


( B ) I, II e V, apenas.
( C ) I e II, apenas.
( D ) I, III e V, apenas.
( E ) I, II, III, IV e V.

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Leia o Texto III, um poema de Florbela Espanca, e, de acordo com o poema e as características da
autora, responda aos itens 10 a 12.

TEXTO III

AMAR!

Eu quero amar, amar perdidamente!


Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...


Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:


É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada


Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

(ESPANCA, Florbela. Sonetos. Porto Alegre: L&PM, 2002. p. 80)

10. Sobre Florbela Espanca, autora do soneto acima, foi traçado o seguinte perfil: Os primeiros anos do
século XX, em Portugal, foram marcados pelo entrechoque de correntes literárias. Se por um lado as
Vanguardas ___________ faziam-se presentes na liberdade de criação e inovação artística,
especialmente com o Cubismo e o ___________, por outro lado, os escritores dessa época guardavam
um tom saudosista e hermético. A poeta Florbela Espanca não participou da Revista ___________,
mas viveu intensamente as contradições literárias da geração. Sua obra, sem classificação definida
pela crítica literária, marca-se por elementos românticos, simbolistas e modernistas, com temas
variados como: ___________, desejo de viver paixões, melancolia, ___________ e metalinguagem.

(Disponível em: <http://grupocev.com/vestibulares/arquivos.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2016.)

A fim de que o perfil acima esteja completo e correto, as lacunas devem ser preenchidas,
respectivamente, com as seguintes palavras:

( A ) Artísticas, Dadaísmo, Presença, alegria, euforia.


( B ) Europeias, Futurismo, Orpheu, solidão, erotismo.
( C ) Artísticas, Futurismo, Orpheu, elitismo, feminismo.
( D ) Europeias, Surrealismo, Presença, filosofia, morte.
( E ) Modernas, Expressionismo, Portugal, violência, alcoolismo.

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11. Sobre o texto III é correto afirmar que

( A ) o eu lírico desmistifica o amor.


( B ) é isométrico e está construído em versos de onze sílabas poéticas.
( C ) faz uso constante de onomatopeias ao final dos versos.
( D ) trata do amor eterno, vivenciado na alma.
( E ) apresenta o amor de cunho religioso.

12. Acerca da relação do eu lírico com o amor, no texto III, pode-se afirmar que há o(a)
( A ) defesa do carpe diem como devoção ao amado.
( B ) amor de doação íntima e exclusiva ao amado.
( C ) consciência da finitude como amor a Deus.
( D ) liberdade de amar como maneira de ser feliz.
( E ) amor próprio da mulher submissa.

13. O Neorrealismo português, iniciado em 1939, com a publicação do romance Gaibéus, de Alves Redol,
tinha uma proposta engajada, tematizando os problemas sociais portugueses. Os neorrealistas
portugueses mantiveram um interessante ponto de contato com o Brasil, pois foram fortemente
influenciados pela literatura regionalista brasileira, em especial, pelas obras de

( A ) Aluísio de Azevedo, Visconde de Taunay e Franklin Távora.


( B ) Érico Veríssimo, Dyonelio Machado e Rachel de Queiroz.
( C ) Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Jorge Amado.
( D ) José de Alencar, Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay.
( E ) Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Graça Aranha.

14. No projeto estético que antecedeu e estimulou o advento da Semana de Arte Moderna, destacaram-se
os seguintes nomes em literatura, escultura e pintura, respectivamente:

( A ) Manuel Bandeira e Mário de Andrade; Hélio Oiticica; Tarsila do Amaral.


( B ) Mário de Andrade e Graça Aranha; Victor Brecheret; Victor Meirelles.
( C ) Oswald de Andrade e Manuel Bandeira; Victor Brecheret; Pedro Américo.
( D ) Mário de Andrade e Alcântara Machado; Lasar Segall e Di Cavalcanti.
( E ) Oswald de Andrade e Mário de Andrade; Victor Brecheret; Anita Malfatti.

15. A Semana de Arte Moderna de 1922, assim como toda a primeira geração de literatos modernistas,
estava diretamente ligada
( A ) ao projeto político de Menotti del Picchia e Plínio Salgado, que resultaria no Integralismo.
( B ) às fórmulas literárias alardeadas pelos simbolistas e decadentistas.
( C ) à elite cafeicultora paulista, com o objetivo de fortalecê-la.
( D ) ao fenômeno das vanguardas artístico-culturais da Europa.
( E ) aos problemas político-sociais advindos da seca nordestina.

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16. Quanto à famosa polêmica gerada pela crítica de Monteiro Lobato acerca de uma exposição de pintura,
podemos afirmar que, na verdade, os ataques eram dirigidos principalmente

( A ) ao público que era incapaz de compreender a arte moderna.


( B ) à extravagância de se expor pinturas alemãs e norte-americanas no Brasil.
( C ) aos modernistas que eram favoráveis a influências do exterior.
( D ) a Mário de Andrade, idealizador da exposição.
( E ) a todos os artistas que queriam uma arte 100% nacional.

Leia o texto abaixo, um excerto do último capítulo de São Bernardo, de Graciliano Ramos, romance
que você estudou no primeiro trimestre, e responda aos itens 17 a 20.

TEXTO IV

SÃO BERNARDO (EXCERTO)

As janelas estão fechadas. Meia-noite. Nenhum rumor na casa deserta.


Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se. Não tenho sono. Deitar-me, rolar no
colchão até a madrugada, é uma tortura. Prefiro ficar sentado, concluindo isto. Amanhã não terei com que
me entreter.
Ponho a vela no castiçal, risco um fósforo e acendo-a, sinto um arrepio. A lembrança de Madalena
persegue-me. Diligencio afastá-la e caminho em redor da mesa. Aperto as mãos de tal forma que me firo
com as unhas, e quando caio em mim estou mordendo os beiços a ponto de tirar sangue.
De longe em longe sento-me, fatigado e escrevo uma linha. Digo em voz baixa:
– Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente.
A agitação diminui.
– Estraguei a minha vida estupidamente.
Penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos... Para que enganar-me? Se
fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me, é o
que me aflige.
A molecoreba de Mestre Caetano arrasta-se por aí, lambuzada, faminta. A Rosa, com a barriga
quebrada de tanto parir, trabalha em casa, trabalha no campo, e trabalha na cama. O marido é cada vez
mais molambo. E os moradores que me restam são os cambembes como ele.
Para ser franco, declaro que esses infelizes não me inspiram simpatia. Lastimo a situação em que
se acham, reconheço ter contribuído para isso, mas não vou além. Estamos tão separados! A princípio
estávamos juntos, mas esta desgraçada profissão nos distanciou.
Madalena entrou aqui cheia de bons sentimentos e bons propósitos. Os sentimentos e os propósitos
esbarraram com a minha brutalidade e o meu egoísmo.
Creio que nem sempre fui egoísta e brutal. A profissão é que me deu qualidades tão ruins.
E a desconfiança terrível que me aponta inimigos em toda parte!

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A desconfiança é também consequência da profissão.


Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no
cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos
enormes.
Se Madalena me via assim, com certeza me achava extraordinariamente feio.
Fecho os olhos, agito a cabeça para repelir a visão que me exibe essas deformidades monstruosas.
A vela está quase a extinguir-se.
Julgo que delirei e sonhei com atoleiros, rios cheios e uma figura de lobisomem.
Lá fora há uma treva dos diabos, um grande silêncio. Entretanto o luar entra por uma janela
fechada e o nordeste furioso espalha folhas secas no chão.
É horrível! Se aparecesse alguém... Estão todos dormindo.
Se ao menos a criança chorasse... Nem sequer tenho amizade a meu filho. Que miséria!
Casimiro Lopes está dormindo. Marciano está dormindo. Patifes!
E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que hora, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça à
mesa e descanse uns minutos.
(RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1986. p. 184-188. Excerto.)

17. Em relação ao que viveu, o protagonista mantém a seguinte postura, EXCETO:

( A ) Angustia-se com o fato de não se transformar e seguir em frente.


( B ) Reprova seu próprio temperamento.
( C ) Arrepende-se de suas atitudes passadas, especialmente quanto a Madalena.
( D ) Encontra-se profundamente deprimido.
( E ) Teme que Marciano queira matá-lo devido aos problemas do passado.

18. Paulo Honório reconhece os erros cometidos, mas continua sendo um

( A ) homem justo, cumpridor fiel das leis. Sua posição coronelista o obriga a ser rígido com os
empregados, no entanto sempre os paga em dia e consegue manter a ordem na fazenda,
porque todos o reconhecem como um verdadeiro líder.
( B ) homem atormentado pelos espíritos dos homens que ele assassinou friamente. Seu pânico em
relação aos mortos é que o leva a se trancar na igreja e prometer a si mesmo que nunca mais
sairá de lá.
( C ) patrão tirânico e cruel. Mantém seus empregados em condições precárias; pode, mas
nada faz para mudar as condições de vida deles. Tem consciência, mas não transforma
em ações seus pensamentos.
( D ) idealista, com grande vontade de retomar as atividades da escola na fazenda. Paulo Honório
aguarda apenas que alguns de seus amigos políticos o auxiliem financeiramente, algo que está
próximo de ocorrer.
( E ) modelo ético, boa parte por ter aprendido com a Negra Margarida, quando esta lhe cuidava na
infância, como se fosse sua verdadeira mãe. Na realidade, a dúvida quanto à maternidade de
Margarida é um dos enigmas do livro.

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19. A personagem principal considera que boa parte das coisas ruins que aconteceram em sua vida foi por
culpa de

( A ) seu casamento.
( B ) sua profissão.
( C ) seu egoísmo.
( D ) sua desconfiança.
( E ) sua ganância.

20. À morte de Madalena sucede o(a)

( A ) decadência política e social de Paulo Honório. O impacto das perdas sofridas o tornam
ciente dos enganos fatais que cometera.
( B ) nobreza de sentimentos do protagonista, que ele demonstra ao jurar que iria criar o filho com
respeito e amor, a fim de compensar o que fizera a Madalena.
( C ) aprendizado de Paulo Honório às sutilezas das relações pessoais de caráter afetivo, quando se
descobre apaixonado pela segunda vez.
( D ) aumento do poderio econômico da personagem principal, visto que herda boa parte da fortuna
que Madalena possuía em segredo.
( E ) declínio moral de Paulo Honório, quando esfaqueia um homem e passa quase quatro anos na
prisão.

- TABELA DE RESPOSTAS -
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NESTA TABELA

ITENS
OPÇÕES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

A X X X X
B X X X X
C X X X X X
D X X X X
E X X X

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CORRESPONDÊNCIA

EXISTEM A SEGUIR VÁRIOS CONCEITOS EM COLUNAS. COLOQUE NOS PARÊNTESES DA


COLUNA DA DIREITA O NÚMERO QUE JULGAR CORRESPONDER AO CONCEITO DA COLUNA DA
ESQUERDA. CASO NÃO HAJA CORRESPONDÊNCIA, DÊ UM TRAÇO. LEVE EM CONTA QUE PODERÁ
HAVER REPETIÇÃO DE NÚMEROS.

21. O poeta Fernando Pessoa expressou os problemas existenciais do homem moderno ao assumir a
postura de artista singular em suas pluralidades, denominadas ortônimo e heterônimos. Relacione,
pois, as personalidades poéticas pessoanas com excertos de seus poemas.

PERSONALIDADES EXCERTOS DE POEMAS:


PESSOANAS:

1. Fernando Pessoa (ortônimo). ( 3 ) “Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,


Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,
E outro Sol no novo Horizonte!”

2. Alberto Caeiro. ( 2 ) “Penso com os olhos e com os ouvidos


E com as mãos e com os pés
E com o nariz e com a boca.”

3. Álvaro de Campos. ( 2 ) “Não acredito em Deus porque nunca o vi.”

4. Ricardo Reis. ( 1 ) “Dizem que finjo ou minto


Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.”

( 4 ) “Só esta liberdade nos concedem


Os deuses: submetermo-nos
Ao seu domínio por vontade nossa.”

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DÊ O QUE SE PEDE.

Leia o Texto V, poema de Murilo Mendes, e responda aos itens 22 a 25.

TEXTO V

PRÉ-HISTÓRIA

Mamãe vestida de rendas


Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.

(MENDES, Murilo. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974. v. 2, p. 79.)

22. Qual a característica formal da literatura modernista presente no poema? (01 escore)

Versos brancos (ausência de rimas)√._________________________________________

23. Transcreva três passagens do poema nas quais se evidenciem imagens surrealistas.
(03 escores)

“Tocava piano no caos”√, “Uma noite abriu as asas”√ , “Equilibrou-se no azul”√, ou “Cai
no álbum de retratos”._______________________________________________________

24. O texto é quase todo construído com verbos no pretérito. Explique os efeitos de sentido na utilização
do presente do indicativo apenas no último verso do poema. (02 escores)

O verbo “cair” no presente do indicativo cria o sentido de ruptura com as ideias


anteriores√, o que pode significar uma volta à realidade do eu lírico, que estaria sonhando
com fatos do passado. √._____________________________________________________

25. Qual o significado do título de acordo com o que foi desenvolvido no poema? (01 escore)

O título sintetiza a visão do eu lírico acerca de que sua mãe é como a essência que antecede
e promove a sua história de vida√._____________________________________________

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Leia o Texto VI, um excerto de um dos poemas mais famosos de Mário de Andrade, e responda
aos itens 26 a 30.

TEXTO VI

ODE AO BURGUÊS (EXCERTO)

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,


O burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
É sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

[...]
Os barões lampiões! os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos;
E gemem sangues de alguns milréis fracos
Para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
E tocam o “Printemps” com as unhas!

[...]
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
[...]
Oh! Purée de batatas morais!
[...]

(ANDRADE, Mário de. Poesias Completas. Belo Horizonte: Itatiaia. São Paulo: Edusp, 1987. p. 88-89. Excerto.)

Glossário:
Zurro – relativo à voz do burro.
Milréis – valor de antiga moeda usada no Brasil até 1942.
Printemps – sonata número 5 de Beethoven.
Adiposidade - teor excessivo de gordura no organismo.
Purée – em port. purê - prato que se prepara com batata e outros tubérculos amassados com leite e temperos leves.

26. O título parece indicar um canto de triunfo (como eram as odes gregas) à burguesia, mas, na
realidade, quando lido com atenção, revela sua intenção crítico-agressiva. Explique o artifício usado
pelo autor para atingir essa intenção. (01 escore)

O título, ao ser lido oralmente, revela a palavra “ódio”; obtém-se, portanto, a seguinte
mensagem: “Ódio ao burguês”, ou seja, como o conteúdo expressa, uma série de críticas à
classe buguesa de São Paulo. √._______________________________________________

27. Explique o processo de construção dos neologismos “burguês-níquel”, “homem-curva” e “homem-


nádegas”, com que objetivo isso foi feito e indique a Vanguarda Europeia que preconizava o uso de
semelhantes neologismos. (03 escores)

Os neologismos foram construídos unindo dois substantivos por justaposição√ para lhes
dar um valor adjetivo√, e a Vanguarda que preconizava seu uso era o Futurismo√._______

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28. Analise, especificamente, o neologismo “burguês-burguês” e explique o que o autor procura enfatizar
na criação desse termo. (02 escores)

Trata-se da reiteração de que está sendo feita uma crítica ao burguês original, pertencente
“clássico” da burguesia de São Paulo√, como se dissesse o burguês 100% burguês.√ _____

29. De acordo com o contexto, por que o autor usou exclamações em todos segmentos do texto e o que
esse uso revela? (02 escores)

Isso revela que os segmentos são expressos em tom alto, nervosamente, como gritos.√ _,
demonstrando toda a rebeldia contra os valores burgueses√.________________________

30. Relacione a segunda estrofe do poema com o romance “Amar, verbo intransitivo”, que você leu no
primeiro trimestre, analisando em que se assemelham e se diferem, destacando a condição de se
manter as aparências, algo típico da hipocrisia burguesa. (02 escores)

Assim como está na segunda estrofe do poema, que os burgueses gastam dinheiro para as
filhas serem educadas ao modo padrão, aprenderem francês e a tocarem piano, no romance,
de modo semelhante, é contratada uma governanta por uma família burguesa para ensinar
alemão e piano para crianças, dentro do modelo burguês√, mas, de forma diversa, para
além das aparências, a governanta tem por objetivo principal fazer a educação sentimental
do herdeiro da família.√ _____________________________________________________

Leia o Texto VII, um poema de Manuel Bandeira, e responda aos itens 31 a 34.

TEXTO VII

O BICHO

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 201-202.)

31. Por que o poema de Manuel Bandeira leva o leitor ao espanto e à tristeza? (02 escores)
Ao espanto porque é inusitado o fim do poema√, e à tristeza porque se constata uma trágica
realidade ao comparar um ser humano a um bicho√. _______________________________

32. Por que o poema deve ser classificado como lírico? (02 escores)
Porque está escrito em primeira pessoa (eu lírico)√ e expressa emoções, ou uma visão
bastante pessoal de mundo√.__________________________________________________

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33. O poema pode ser classificado como modernista por sua temática. Por quê? (02 escores)

Porque apresenta um tema do cotidiano√ de modo aparentemente prosaico√, ou sem


exagero retórico.___________________________________________________________

Leia o Texto VIII, uma notícia escrita pela jornalista Maria Flávia Werlang, e o Texto IX, uma
charge de Amarildo, acompanhada de uma explicação, e responda ao item 34.

TEXTO VIII

NÃO ERA BICHO, ERA HOMEM


(Maria Flávia Werlang)

“Vi ontem um bicho, na imundície do pátio, catando comida entre os detritos [...]. O bicho não era
um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”. A cena descrita pelo
poeta repetiu-se em Irajá, Zona Norte do Rio. Umas 1000 pessoas cavavam com as mãos e pás os
escombros do incêndio que no último dia 21, destruiu o pavilhão 41 da Ceasa. Para pegar sacos de arroz
e latas de óleo, muitos atravessaram um pirão de lama que as chuvas do fim de semana deixaram no
lugar, rasgaram as roupas, deixaram sapatos no caminho. Na corrida pela comida, teve até quem se
machucasse.

(WERLANG, Maria Flávia. Não era bicho, era homem. Jornal do Brasil. 31 jun 2001. Adaptado.)

TEXTO IX

A charge acima foi feita por ocasião da Rio+20: Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, e
ficou assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento
sustentável para as décadas seguintes.

(Disponível em: <https://amarildocharge.wordpress.com/page/251>. Acesso em : 15 mar. 2016.)

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CMCG AE1/2016 – LITERATURA 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 15 Visto:
Assinado por:
GABARITO Maj Pimenta

34. O poema de Manuel Bandeira foi publicado pela primeira vez em 1948; a notícia de Maria Flávia
Werlang, 51 anos depois; e a charge de Amarildo, por sua vez, foi publicada 64 anos depois do poema.
Ainda hoje, infelizmente, notamos que esses textos retratam uma realidade bastante atual. Explique o
que há de comum entre o poema, a notícia e a charge e, depois, indique por que são textos que, além
de dialogarem entre si, dialogam com a atualidade. (02 escores)

A miserabilidade humana, na qual pessoas que não participam de classes privilegiadas, via
de regra, consomem os restos dessas classes√.___A atualidade permanece no sentido de
que problemas iguais ou idênticos ainda não possuem solução e, portanto, continuam
ocorrendo com frequência hoje como à época em que os textos foram publicados.√_______

Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,3 ponto.

FIM DA PROVA

SSAA / STE / CMCG 2016

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