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Trata-se de ato administrativo unilateral discricionário e precário, por meio do qual o Poder Público delega
a particulares a execução de certos serviços.
Não são todos os serviços públicos que podem ser delegados por intermédio de autorização, mas apenas
aqueles admitidos pela Constituição Federal e por leis específicas. Ex: serviços de telecomunicações.
Diferenças entre Concessão, Permissão e Autorização
Resumo
Existem alguns instrumentos previstos em nosso ordenamento jurídico que visam preservar a continuidade
do serviço público (STJ admite a interrupção do serviço público em razão do inadimplemento, desde que
haja prévio aviso).
Concessão, Permissão, Autorização, Natureza, Contrato, Contrato, Ato unilateral, Licitação, Obrigatória,
na modalidade concorrência, Obrigatória, em qualquer modalidade, Não há obrigatoriedade , Delegatários,
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas, Pessoa jurídica ou Pessoa físicaPessoa jurídica ou pessoa física,
Objeto, Serviço público, Serviço público, Alguns serviços públicos
Parcerias Público Privadas são modalidades especiais de concessão. Espécies: concessão patrocinada
(concessão de serviços públicos ou de obras públicas, quando envolver, além da tarifa cobrada dos
usuários, contraprestação pecuniária paga pelo parceiro público ao parceiro privado) e concessão
administrativa (contrato de prestação de serviços, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens, em que a Administração Pública seja usuária direta ou indireta).
A atuação do Estado na vida das pessoas é exercida por meio de pessoas físicas que atuam em seu nome,
chamados de agentes públicos. Sendo assim, surge para o Estado o dever de criar regras que irão orientar o
modo de atuação dos seus agentes.
Resumo: A atuação do Estado na vida das pessoas é exercida por meio de pessoas físicas que atuam em seu
nome, chamados de agentes públicos. Sendo assim, surge para o Estado o dever de criar regras que irão
orientar o modo de atuação dos seus agentes, fixando sanções ao descumprirem, formando o regime
disciplinar. Cumpre frisar que tal poder é exercido respeitando princípios basilares de natureza
constitucional respeitando assim o Estado Democrático de Direito. Dito isso tal artigo busca explanar de
forma sucinta todos os aspectos que envolvem o Processo Administrativo Disciplinar.
O afastamento é considerado uma medida cautelar do processo administrativo disciplinar, visto que tem o intuito de
manter o servidor afastado do exercício do cargo para que não haja prejuízo na apuração dos fatos acorridos.
Quanto ao afastamento no processo administrativo disciplinar o artigo 147 da Lei 8.112/90, que prevê tal hipótese:
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que
não concluído o processo.
Conforme lei acima o afastamento tem natureza preventiva e não pode ser considerada uma penalidade, pois não
ocasiona nenhum tipo de prejuízo financeiro para o servidor e somente tem a finalidade garantir o bom andamento do
processo sem que haja qualquer interferência do mesmo. O afastamento preventivo do acusado é ato da autoridade
instauradora e deve ser formalizado através de portaria. Este instituto somente deverá ser utilizado quando não houver
outros meios que venham a garantir o bom andamento do processo.
INQUÉRITO
O inquérito no âmbito administrativo é um meio pelo qual as autoridades competentes procuram apurar a
responsabilidade de algum servidor ou ainda a procedência ou verdade de fatos que são contrarias as normas da
Administração.
O inquérito administrativo é dividido em três fases, são elas: instrução, defesa e relatório, conforme disposto no artigo
abaixo:
Artigo 151 da Lei nº 8.112 de 11 de Dezembro de 1990
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;III - julgamento.
INSTAURAÇÃO
DEFESA
Após a instrução existe a possibilidade de defesa, nesta etapa o acusado deve juntar documentos,
apresentar testemunhas ou outra forma que possa se defender, ou seja, possibilitando o contraditório e a
ampla defesa, no entanto, deve se tomar cuidado, as formas de defesa devem ser procedentes, caso não
sejam, serão consideradas ilícitas.
RELATÓRIO
Após a defesa, a comissão responsável pelo inquérito, deverá apresentar um relatório descrevendo o
ocorrido no processo. O relatório deverá apresentar conclusões de forma fundamentada, definindo a
absolvição ou a aplicação da penalidade. Contudo, o relatório é considerado apenas uma opinião acerca do
que está sendo apurado, sendo possível por parte de a autoridade julgadora apresentar conclusões diversas.
2.3. JULGAMENTO
É de se afirmar, pela mais forte razão, que a imparcialidade do agente público é requisito indispensável para o
exercício de atividades numa comissão processante. Aliás, quando a Constituição exige que a administração pública,
por exemplo, deve reger-se pelos princípios da impessoalidade e da moralidade (CF, art. 37), naturalmente está
exigindo que, em qualquer setor da função pública haja sempre de prevalecer a imparcialidade do agente que vai
expedir um ato de autoridade.
Concluído o julgamento do processo em desfavor do acusado e, se for o caso, não tendo prescrita a punibilidade, após
a publicação da portaria de aplicação de penalidade, a projeção de gestão de pessoas deve registrar, nos assentamentos
funcionais do servidor, a penalidade aplicada ou o cometimento da ilicitude sem aplicação de penalidade em virtude da
prescrição. Este mandamento decorre da leitura conjunta dos artigos 131 e 170 da Lei nº 8.112/90.
O exercício do poder disciplinar pela Administração Pública exige a prévia instauração do PAD ou sindicância
punitiva, em que sejam asseguradas ao acusado as garantias do contraditório e da ampla defesa, desde o início do
procedimento até o seu desfecho, inclusive com possibilidade de interposição de recurso administrativo hierárquico
contra o ato de julgamento, se não se tratar de fato julgado originariamente pelo próprio Chefe do Poder Executivo ou
pela autoridade máxima dentro do órgão ou Poder (como é o caso, por exemplo, dos Presidentes do Senado e da
Câmara dos Deputados e do Procurador-Geral da República, relativamente aos processos administrativos disciplinares
instaurados contra os servidores que lhes são subordinados hierarquicamente), ou aquela competente para aplicar a
pena sugerida pela trinca disciplinar no relatório.
O julgamento é a fase final do processo disciplinar (art. 151, III, Lei n. 8.112/1990), em que a autoridade
administrativa (a que tomou ciência de irregularidades ou que mandou apurar e processar os fatos correspondentes a
possíveis infrações funcionais, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar) recebe o resultado de todo
um trabalho processual desenvolvido pela comissão processante, depois da suficiente produção de provas e da
apreciação rigorosa e imparcial dos fatos, com a participação e controle do acusado.
São encaminhadas à autoridade administrativa as alegações de defesa do servidor processado, juntamente com o
parecer do colegiado instrutor, depois da esperada elucidação dos fatos que originaram a abertura do processo
administrativo disciplinar, com a oitiva de testemunhas, a realização de perícias, o interrogatório do acusado, a
produção de vistorias, inspeções, a juntada de documentos e outros meios probatórios pertinentes.
O julgamento espelha o momento decisivo, no qual o órgão que procedeu à instauração do processo administrativo
disciplinar deverá se competente for decidir sobre a comprovação ou não do cometimento de infração funcional pelo
servidor acusado, apreciando, fundamentadamente, as provas e fatos coletados nos autos e cotejando as dialéticas
razões da defesa e da comissão acusadora, no intuito de formar um juízo final em torno da conduta praticada pelo
funcionário imputado, com vistas à aplicação de penalidade ou à absolvição.
2.4. REVISÃO
O instituto da Revisão Administrativa esta previsto no art. 65 da lei federal n° 9.784/99, embora sua possibilidade já
fosse prevista na lei federal n° 8.112/90, que estabeleceu regime jurídico dos servidores públicos federais.
O processo administrativo disciplinar é uma apuração realizada pela Administração Pública após tomar ciência de
alguma irregularidade cometida pelos seus servidores.
Ciente da ocorrência do fato irregular, a autoridade tem o dever de apurá-la imediatamente, mediante o devido
processo administrativo, a fim de averiguar os fatos e principalmente, possibilitar aos investigados o exercício e a
aplicação dos institutos da ampla defesa e contraditório, consoante o artigo 143 da Lei 8.112/90.
O processo pode sofrer a revisão a qualquer tempo, mediante uma solicitação do apenado (servidor ou ex-servidor), da
sua família, em caso de falecimento, ou mesmo de um curador, quando declarada a interdição de servidor incapaz.
Em relação ao pedido de Revisão do Processo Administrativo dispõe o Art. 174 da Lei 8.112/90:
“O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos
ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada”.
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
revisão do processo.
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Não é necessário ao interessado pela revisão do seu processo administrativo estar acompanhado por um advogado,
porém uma petição bem formulada por um profissional que elucide de forma mais concisa e clara, pode surtir um
efeito diverso na decisão da autoridade julgadora, vez que esse acompanhará todas diligências e inspeções, bem como
poderá requisitar perícia, se necessária, requerer a exibição de documentos, dentre outros meios instrutórios pertinentes
e fundamentais para melhor defesa do servidor.
Mas, para que seja possível a revisão, é necessário que surjam fatos novos, circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada, e que o interessado tenha provas dos critérios que
alegar.
Protocolado o pedido de revisão, a autoridade competente, no caso, o Ministro de Estado ou autoridade equivalente,
providenciará a constituição de uma comissão nos moldes do processo administrativo disciplinar, tendo 60 (sessenta)
dias para a conclusão dos trabalhos. Com o encerramento desses trabalhos, a autoridade julgadora terá o prazo de 20
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, para proferir a sua decisão.
Se julgado procedente o pedido do servidor, a penalidade aplicada será declarada sem efeito, tendo o servidor o direito
de perceber todos salários retroativos à aplicação da penalidade de demissão, ou mesmo na pena de suspensão.
Somando-se a questão financeira, outros direitos são restabelecidos, como exemplo, tempo de serviço
para aposentadoria, progressão na carreira com se estivesse no cargo.
Todavia, se julgado improcedente o pedido de revisão e o servidor não estiver conformado com essa decisão, poderá
ele pleitear o controle judicial da decisão mediante ação ajuizada por seu advogado, vez que o Poder Judiciário possui
a faculdade de controlar os atos administrativos, na sua legalidade, quando provocado pelo interessado. Segue os
diversos entendimentos a respeito da Revisão do Processo Administrativo Disciplinar:
Parecer Vinculante AGU Nº GQ - 28
Não há que se falar na espécie em prescrição porquanto a Lei nº 8.112/1990 diz que o processo
disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo quando ocorrerem os motivos elencados no caput do art. 174,
causadores do pedido revisional.
Revisão de processo administrativo disciplinar para anular ato demissório. A revisão do processo
administrativo disciplinar tem, como pressuposto, a adução de fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada (cf. o art. 174, da Lei n°
8.112/1990). Imprestável sob todos os aspectos processos de revisão que se baseia, tão somente, em
pareceres antinômicos, sem o exame de elementos novos, ainda não apurados no processo originário.
Devolução dos processos à origem para o fim de ser instaurado novo processo revisional.
O julgamento pode ser alterado também por meio da revisão do processo administrativo disciplinar, que
consiste em novo processo (não possui natureza jurídica de recurso), demandando-se, para sua instauração,
requisitos específicos previstos nos arts. 174 e seguintes da Lei nº 8.112, de 1990. (p. 37 e 38)
Está consolidado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que não é possível utilizar a via da
revisão administrativa com o fito de reabrir o prazo para impetração em prol da anulação de atos
administrativos disciplinares.
STJ – MS Nº 11441/DF
Inexistindo nos autos prova completa da deficiência mental ser contemporânea aos fatos apurados no
processo administrativo disciplinar, ou mesmo, que à época tenha se desencadeado, não há falar em direito
líquido e certo ao pedido de revisão, nos termos do artigo 174 da Lei n.º 8.112/1990.
STJ – MS Nº 8.084
“O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada.” (artigo 174 da Lei nº 8.112/1990).
Em não tendo sido aduzidos fatos novos ou qualquer outra circunstância suscetível de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da pena aplicada, impõe-se reconhecer a legalidade do ato que
indeferiu a instauração do processo revisional. Ademais, o artigo 176 da Lei nº 8.112/1990 estabelece que
“(...) a simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer
elementos novos, ainda não apreciados no processo originário”.