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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: Março/2015

Transcrição:

Fabiana Faria

Copidesque:

Marcelo Ferreira

Diagramação e Arte

Junio Amaro
INTRODUÇÃO

Toda a nossa fé é simples demais. A Bíblia


diz que Deus não é Deus de confusão! Mas nós
sabemos e a Escritura diz: “Meu povo está sen-
do destruído porque lhe falta o conhecimento”
(Oseias 4.6a). Mas a medida que você começa a
conhecer as Escrituras, tudo muda. Jesus Cris-
to mesmo disse: “Examinai as escrituras porque
vós cuidar ter nelas a vida eterna, e são elas que
de mim testificam” (João 5.39).
Deus nunca nos pede para fazer alguma
coisa só para nos envergonhar. Ele nunca nos

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pede para fazer alguma coisa sabendo que
não teremos condições de fazer aquilo que Ele
está pedindo. Não! Quando Pedro estava no
barco e Jesus falou: “Pedro, pode vir” (veja Ma-
teus 14.27-33), ele não queria envergonhar a
Pedro. Pelo contrário, Pedro caminharia os pas-
sos mais inesquecíveis da vida dele, andando
sobre a Palavra do Senhor Jesus. Assim, tudo o
que está nas Escrituras é para o nosso próprio
bem.
Neste livro quero tratar de um tema recor-
rente nas Escrituras: a perfeição. Pois diz a Pala-
vra: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é
o vosso Pai celeste” (Mateus 5.48).
Minha oração é para que Deus fale ao seu
coração e aprenda como crescer em maturida-
de e perfeição em Cristo.

Deus abençoe!

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“SEDE PERFEITOS”

Em Mateus, capítulo 5, o verso 48, lemos


acerca de um mandamento do Senhor muitas
vezes desprezado por muitos, pelo fato de não
entenderem a simplicidade e a beleza dessa
verdade. Diz o texto:

“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é


o vosso Pai celeste.”
“Portanto...” Após Jesus ter trazido aos dis-
cípulos e ao povo uma série de instruções, ele
conclui: “Portanto...” Basta ler todo o capítulo
5, 6 e 7 de Mateus para entender porque Jesus

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disse isso. E a perfeição de que Jesus fala tem
tudo a ver com o que Ele disse nos três capítu-
los, 5, 6 e 7. “Portanto...” é a conclusão do cha-
mado “Sermão da Montanha.”
Talvez você diga: “É uma utopia isso! Nin-
guém vai ser perfeito como o Pai celestial!” Mas
Jesus está dizendo: “Portanto, sede vós perfeitos
como perfeito é o vosso Pai celeste.” O padrão
aqui não é a inerrância, nunca falhar, pois so-
mos humanos e temos uma natureza caída. O
padrão aqui é a excelência.
A perfeição não é a questão do tamanho.
Você pode ter um círculo de um raio de dez
centímetros apenas, e outro cujo raio é de um
metro, e ainda outro de um quilômetro. To-
dos são perfeitos. A perfeição para nós não é,
portanto, uma questão do tamanho, mas de
progressão. Vamos crescendo na perfeição. Ou
seja, no momento, quando uma pessoa con-
verte, quando ela vai para o Senhor Jesus e diz:
“Jesus, entra na minha vida”, a vida perfeita en-
trou nela, porque Jesus é a expressão da perfei-
ção. O apóstolo Paulo mesmo disse: “[...] Logo,

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já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela
fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo
se entregou por mim” (Gálatas 2.20). Quando
Paulo diz: “Logo”, ele está como que concluin-
do a verdade da segunda metade do verso 19,
quando afirma: “[...] Estou crucificado com Cris-
to”. Isso é crescimento na perfeição.
Há uma grande diferença. Existem pesso-
as que não crescem, que não avançam ficam
a vida toda paradas em relação à maturidade
e caminhada na fé. “Sede, sede perfeitos como
é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” É uma
escolha. Eu preciso escolher.
Tem algumas coisas que só Deus é quem
pode fazer. Mas outras, somos nós quem faze-
mos, somos nós quem escolhemos. E a ordem
para mim e para você é essa: “Sede vós perfeitos
como perfeito é o vosso Pai celeste.” Por quê isso?
Lemos em 2 Timóteo, capítulo 3, os nove pri-
meiros versículos, sobre o tempo em que nós
estamos vivendo. E a única maneira de mudar-
mos esse contexto é se você e eu tomarmos

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posse dessa revelação em nossas vidas. Diz o
texto:

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, so-


brevirão tempos difíceis, pois os homens serão
egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes,
blasfemadores, desobedientes aos pais, ingra-
tos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, ca-
luniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos
do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais
amigos dos prazeres que amigos de Deus, ten-
do forma de piedade, negando-lhe, entretanto,
o poder. Foge também destes. Pois entre estes
se encontram os que penetram sorrateiramente
nas casas e conseguem cativar mulherinhas so-
brecarregadas de pecados, conduzidas de várias
paixões, que aprendem sempre e jamais podem
chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo
por que Janes e Jambres resistiram a Moisés,
também estes resistem à verdade. São homens
de todo corrompidos na mente, réprobos quanto
à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua
insensatez será a todos evidente, como também

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aconteceu com a daqueles.”

Você nunca pode exigir a perfeição de al-


guém que não nasceu de novo em Cristo, pois
não existe perfeição para aqueles que ainda
não nasceram de novo. Quando Jesus disse:
“Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celes-
tial”, somente aqueles que nasceram de novo,
que receberam a vida, como já disse, estão no
processo de expressar aqui na terra a perfeição.

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O “DNA” DIVINO

Está escrito em Efésios, capítulo 2, os três


primeiros versos:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos


vossos delitos e pecados, nos quais andastes
outrora, segundo o curso deste mundo, segundo
o príncipe da potestade do ar, do espírito que
agora atua nos filhos da desobediência; entre
os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo
a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos,
por natureza, filhos da ira, como também os

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demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia ,
por causa do grande amor com que nos amou,
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu
vida juntamente com Cristo, – pela graça sois
salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e
nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus”.

“Mas Deus, sendo rico em misericórdia...” Aí


está a salvação, a graça que recebemos por
meio de Jesus Cristo. Aleluia!

Agora veja o texto de Romanos 8, o verso de


número 29:

“Porquanto aos que de antemão conheceu,


também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o pri-
mogênito entre muitos irmãos.”

Antes que fosse dito “No princípio criou Deus


os céus e a Terra”, antes que a Terra fosse criada,
na mente de Deus, eu, você, nós, já existíamos.

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E dentro de um propósito. “Porquanto aos que
de antemão conheceu, também os predestinou...”
Essa palavra “predestinar” significa “ter um
destino prévio”. “Também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho...” Qual
é o propósito do Senhor? Que cada irmão seja
a “carinha” de Jesus.
Se pudéssemos ver o mundo espiritual, ve-
ríamos o que realmente somos. Eu não sou o
que sou do lado de fora; sou o que sou lá den-
tro, no interior. Meu corpo é apenas corpo, eu
sou um espírito. Quando você olha no espelho,
pode ver apenas a “casca” do lado de fora.
Paulo dizia assim:
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo
pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mes-
mo se entregou por mim.” (Gálatas 2.20).
E em Romanos 8.29, ele afirma:

“Porquanto aos que de antemão conheceu,


também os predestinou para serem conformes
à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o

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primogênito entre muitos irmãos.”

Para usar de um termo bem do nosso sécu-


lo, digo que temos um “DNA” divino, que é a
própria vida do Senhor na nossa vida.

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VEM DE DEUS

Jesus sempre tocava nas pessoas. Foi uma


escolha da parte dele. Assim também é com a
perfeição, é uma escolha.
A pessoa pode parar, não avançar na vida
com Cristo e muitos assim o fazem quando
apegam a coisas vãs.
Lemos em Mateus, capítulo 19, versículo 21:

“Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai,


vende os teus bens, dá aos pobres e terás um te-
souro no céu; depois, vem e segue-me.”

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“Se queres ser perfeito...” Em Mateus 19.16-
22 conta de um moço que questionou a Jesus
sobre o que deveria fazer para alcançar a vida
eterna. E Jesus lhe diz para vender tudo o que
tinha, dar aos pobres e O seguir, mas o moço
ouvindo essas palavras retirou-se da presença
de Jesus muito triste, por ser muito rico. O que
prendia aquele moço? As riquezas. Jesus não
queria o dinheiro dele. Mas a imperfeição dele
era exatamente o dinheiro; ele estava preso ao
dinheiro.
Só somos perfeitos quando estamos livres,
totalmente soltos. Jesus disse: “Se queres ser
perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres
e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-
me.” Tenha sempre esta compreensão.
Colossenses, capítulo 3, o verso 14:

“Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que


é o vínculo da perfeição.”

À medida que você vai conhecendo o Se-


nhor, experimentando da graça de Deus, acima

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de tudo, de todas as coisas “Acima de tudo isto,
porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfei-
ção”. O vínculo é aquilo que prende, liga. E a
nossa fé é exatamente esse vínculo que temos
que ter com o Senhor. Quando Pedro negou o
Senhor, bagunçou a vida, Jesus não perguntou
para ele: “Pedro, a sua doutrina, como é? Pedro,
me explica isso aqui!.” Quantas vezes as pessoas
têm tantas explicações na vida e acaba perden-
do esse sentido pleno da perfeição.
A Palavra diz que o amor é o vínculo da per-
feição. Você conhece alguém pelas expressões
que jorram da vida dele, porque Deus o amou.
Conhecemos a expressão maior de Deus, tão
simples, o amor do Senhor.
Agora, sabe, por que muitas vezes temos di-
ficuldade para viver a perfeição? Por causa da
língua! Olha o que está escrito em Tiago, capí-
tulo 3, verso 2:

“Porque todos tropeçamos em muitas coisas.


Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão,
capaz de refrear também todo o corpo”.

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Mas como me apropriar e colocar isso em
prática na minha vida? Por meio de uma pa-
lavrinha que é a chave na nossa caminhada e
que não gostamos muito de ouvi-la, que é a
palavra OBEDIÊNCIA.
Algo que nós fazemos na igreja é ler a Pala-
vra e deixá-la em seu coração. Eu poderia ficar
contando histórias e até fazer você dar garga-
lhadas, mas eu tenho que falar com você a Pa-
lavra do Senhor. É o peso da minha responsa-
bilidade, e vou dar contas a Deus da minha e
da sua vida.
Voltando então à Palavra:
“Aquele, entretanto, que guarda a sua pala-
vra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoa-
do o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos
nele:” (1 João 2.6).

Essa perfeição vem de Deus. E esse é o man-


damento:

“Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai


celestial.” (Mateus 5.48).

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O Salmo 18, verso 32 também diz:

“O Deus que me revestiu de força e aperfei-


çoou o meu caminho.”

Quando você está vivendo com o Senhor,


a “perfeição” vai acompanhá-lo durante toda a
sua trajetória. E tudo o que Deus fez é perfei-
to. Se você olha uma flor, ela é perfeita, assim
como toda obra de Deus, e você fica tão mara-
vilhado pela perfeição do Senhor!
Mas Ele quer fazer o seu caminho perfeito.
Por isso, o verso 32 do Salmo 18: “O Deus que
me revestiu de força e aperfeiçoou o meu cami-
nho...”
Mas como é esse caminho? Veja o verso 30:

“O caminho de Deus é perfeito; a palavra do


SENHOR é provada; ele é escudo para todos os
que nele se refugiam”.

O caminho de Deus é perfeito. Algumas

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vezes você pode até pensar: “Deus está errando
comigo.” Mas isso não é verdade, querido!
O caminho dEle é perfeito, meu irmão, e
quando você anda no caminho do Senhor, está
andando num caminho perfeito.
Quando eu leio “O caminho de Deus é perfei-
to”, “O Senhor me revestiu de força e aperfeiçoou
o meu caminho”, vejo o quanto Deus é maravi-
lhoso para conosco!

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“EM OBRAS”

Nós não somos hoje o que éramos ontem.


E não seremos amanhã o que somos hoje. A
nossa caminhada com o Senhor é a cada dia.
Estamos sendo aperfeiçoados, a cada dia, e nos
tornando mais parecidos com Ele, mais seme-
lhantes a Ele.
“Ele aperfeiçoou o meu caminho”. O caminho
aqui fala do nosso estilo de vida. Não significa
um caminho simplesmente natural. Diz o sal-
mista:

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia


nele, e o mais ele fará” (Salmo 37.5).

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O seu caminho pode estar todo tortuoso,
cheio de “pinguela”, cheio de “buraco”, cheio
disso, cheio daquilo, mas quando você se
entrega ao Senhor, Ele vai aperfeiçoando-o.
Quem sabe seu casamento é tão torto, um ca-
minhar, assim, tão cheio de depravação, um ca-
minho errado! Mas Deus pode aperfeiçoá-lo se
você entregar o seu caminho a Ele.
Jamais chegará o momento em que você
falará: “Basta, porque agora eu já alcancei tudo
o que eu podia alcançar”. Isso porque a Palavra
diz: “Sede perfeitos o vosso Pai celestial”, e o nos-
so Pai celestial é infinito, portanto, somos aper-
feiçoados dia após dia.
Jesus nunca nos pediria para fazer algo só
para nos envergonhar. Absolutamente. O que
Deus tem para você, meu irmão (ã), Ele mesmo
realizará. Diz o Salmo 138, o verso 8:

“O que a mim me concerne o SENHOR levará


a bom termo; a tua misericórdia, ó SENHOR, dura
para sempre; não desampares as obras das tuas
mãos.”

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A obra que o Senhor começou na minha, na
sua vida, Ele vai concluir. Vejo muitas pessoas
que começam a construir uma casa e param.
Uma das coisas que me impressionou muito
quando fui ao Cairo, no Egito, é que existe uma
lei da prefeitura, em que a pessoa começa a pa-
gar os impostos, o que se assemelha ao IPTU
para nós, somente quando terminar a casa. E
o que as pessoas fazem? Muitas não terminam
a obra que iniciaram, vemos sempre as casas
sem o reboco, porque se rebocarem, terão que
pagar o imposto, por conta disso não termi-
nam a casa nunca. Mas nós somos uma obra
inacabada nas mãos de Deus, porém, Ele irá
concluí-la.

Somos aperfeiçoados dia após pelo nosso


Pai Celestial. Quando eu leio sobre a perfeição,
não é tanto o meu esforço para vivê-la, mas a
minha rendição em querer viver esta realidade.
“O que a mim me concerne...” E o que a mim, a
você, concerne? É esse chamado: “Sede perfei-
tos como é perfeito vosso Pai celestial”.

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“O que a mim me concerne o SENHOR levará
a bom termo...” Em Cristo Jesus, você tem a per-
feição.
Em Filipenses, capítulo 3, verso 15, o após-
tolo Paulo escreve:

“Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos


este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro
modo, também isto Deus vos esclarecerá. Toda-
via, andemos de acordo com o que já alcança-
mos”.

Se você não tinha essa compreensão, tome


posse desta Palavra: “Todos, pois, que somos
perfeitos...”
Repare agora o verso 12 de Filipenses 3.
Paulo escreve assim:

“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já


obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar
aquilo para o que também fui conquistado por
Cristo Jesus”
É esse o processo!

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A PERFEIÇÃO NO
CONTEXTO DO
“CORPO”

Quais são seus alvos, qual o seu propósito


de vida? Muitas vezes, o seu propósito de vida
pode ser apenas para as coisas do aqui e agora,
daquilo que vai ficar aqui para o anticristo,
situações em que as trevas reinarão. Mas o que
é a sua escolha de vida? Escolha, meu irmão
(ã), viver esta realidade de ser perfeito aqui
na terra como o Senhor. Que o seu coração se

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incomode e você seja encodado (convertido)
por isso.
Ainda sobre o processo de ser perfeito
como Jesus, Paulo escreve em Colossenses, ca-
pítulo 2, verso 10:

“Também, nele estais aperfeiçoados.”

É nele, em Jesus. Ele é e deve ser a manifes-


tação da vida na sua própria vida. Todo crente
tem uma ordem, e a perfeição vem do seu rela-
cionamento com Ele.
O primeiro personagem que encontramos
nas Escrituras que viveu essa perfeição de re-
lacionamento com o Senhor fora do Jardim do
Éden foi Abraão. Gênesis, capítulo 17, o verso 1:

“Quando atingiu Abrão a idade de noventa e


nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe:
Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha
presença e sê perfeito.”

Há um ditado que diz: “Diga-me com quem

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tu andas e eu te direi quem tu és.” Quando você
anda com Deus, sabe o que acontece? O que
aconteceu com Abraão: ele viu a manifestação
da presença de Deus. Ele foi visitado por Deus.
E Abraão fez a parte dele. Foram 99 anos de ca-
minhada com Deus, até que Deus se manifes-
tou a ele.
Querido, graça é tudo que eu preciso, mas
não mereço. “Anda na minha presença, anda na
minha presença [...]” E o resultado, qual é? “...E sê
perfeito!” É o que a Palavra diz.
Veja o que Deus disse a Moisés:

“Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus.”


(Deuteronômio 18.13).

Nesse contexto está o resumo daquilo que


é a vontade do Senhor, que sejamos perfeitos
como o nosso Pai Celestial.

Agora veja o capítulo 32, verso 4:

“Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque

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todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelida-
de, e não há nele injustiça; é justo e reto”.

Suas obras são perfeitas!


Veja o que Paulo escreve em Efésios, capítu-
lo 4, sobre a ordem das coisas na igreja. Deus
colocou na igreja apóstolos, profetas, pastores
e mestres, para um propósito, e qual é? Veja os
versos 11-15:

“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,


outros para profetas, outros para evangelistas
e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho
do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo, até que todos cheguemos à unidade da
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da
plenitude de Cristo, para que não mais sejamos
como meninos, agitados de um lado para outro
e levados ao redor por todo vento de doutrina,
pela artimanha dos homens, pela astúcia com
que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade

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em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo”.

“...com vistas ao aperfeiçoamento dos san-


tos...” Esse é o propósito. Em Colossenses 1, ver-
so 28-29, Paulo toca nesse mesmo ponto. Ele
escreve:

“O qual nós anunciamos, advertindo a todo


homem e ensinando a todo homem em toda a
sabedoria, a fim de que apresentemos todo ho-
mem perfeito em Cristo; para isso é que eu tam-
bém me afadigo, esforçando-me o mais possível,
segundo a sua eficácia que opera eficientemente
em mim”.

O verso 28 diz: “...o qual nós anunciamos,


advertindo a todo homem e ensinando a todo
homem em toda a sabedoria, a fim de que apre-
sentemos todo homem perfeito em Cristo...” O
propósito de nos reunirmos várias vezes e de
estarmos numa célula é para que estejamos
nessa engrenagem rumo à perfeição em Cristo,

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a oração e a comunhão fortalecem, para que
alcancemos essa perfeição, essa excelência.
Todos os cerca de 200 ministérios que te-
mos na Igreja Batista da Lagoinha existem para
um propósito apenas: para que você seja apre-
sentado perfeito diante de Deus. Não é nosso
propósito entreter você. Quando você escuta
o coral cantar hinos, quando nós cantamos,
quando a orquestra toca, os dançarinos dan-
çam, quando você entrega os seus dízimos,
tudo gira em torno de um propósito, que é le-
var você a levar a vida perfeita. E o propósito fi-
nal é nos apresentarmos todos perfeitos diante
do Senhor.
Dentro desse contexto em que falo, a per-
feição em Cristo, o apóstolo Paulo diz em 2 Co-
ríntios, capítulo 7, o verso 1:

“Tendo, pois, ó amados, tais promessas, puri-


fiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne
como do espírito, aperfeiçoando a nossa santi-
dade no temor de Deus”.

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“Tendo, pois, ó amados, tais promessas...” A
que promessas Paulo está se referindo? Veja os
versos anteriores, 14 a 18, do capítulo 6:

“Não vos ponhais em jugo desigual com os


incrédulos; portanto, que sociedade pode haver
entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão,
da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cris-
to e o Maligno? Ou que união, do crente com o
incrédulo? Que ligação há entre o santuário de
Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do
Deus vivente, como ele próprio disse: Habi-
tarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e
eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do
meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não to-
queis em coisas impuras; e eu vos receberei,
serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e
filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.

“... Habitarei e andarei entre eles; serei o seu


Deus, e eles serão o meu povo... e eu vos recebe-
rei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e
filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”. Essas são as

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promessas a que Paulo se refere quando diz no
capítulo 7, verso 1: “Tendo, pois, ó amados, tais
promessas...” Todo o contexto do capítulo 6 de
2 Coríntios diz respeito à conduta no ministé-
rio. E aí, Paulo menciona a santidade, o separar-
se do mundo, do pecado.
É algo que você fará, meu irmão (ã). Todas
as vezes que percebe algo errado na sua vida,
você busca consertar. Quando você peca e
confessa os seus pecados, Deus está aperfei-
çoando você. Quando você pede ao seu irmão,
dizendo: “Meu irmão, me ajuda, olhe para mim”,
está sendo aperfeiçoado.
O temor do Senhor é o princípio de tudo, e
o temor do Senhor é a sabedoria, e a sabedoria
é a perfeição. No capítulo 13, verso 11 de sua
segunda carta aos Coríntios, quase no fim des-
ta, Paulo diz:

“Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-


vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei
em paz; e o Deus de amor e de paz estará con-
vosco”.

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Depois de se despedir “Quanto ao mais,
irmãos, adeus!, Paulo lista uma série de reco-
mendações. E a primeira ordem dele nessa lista
é essa: “Aperfeiçoai-vos”. É você, meu irmão,
minha irmã; a escolha é sua. Ninguém pode,
por exemplo, comer por você para engordá-lo,
pode? Alguém pode beber água para matar
sua sede? Não! É você! “Aperfeiçoai-vos”. É uma
escolha.

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POR TODA A
ESCRITURA

O convite, ou a ordem, para crescer nessa


perfeição, permeia toda a Escritura. E esse é um
tema constante nas cartas do apóstolo Paulo.
Veja o que ele escreve sobre a própria Escritura
e o que ela pode fazer por nós:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil


para o ensino, para a repreensão, para a corre-
ção, para a educação na justiça, a fim de que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente ha-
bilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16,17).

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Deus nos deu a Bíblia não simplesmente
para nós a estudarmos. A razão pela qual te-
mos as Escrituras e a lermos é para o propósito:
“...a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Tiago também escreve sobre a perfeição,
mas no contexto das provações:

“Ora, a perseverança deve ter ação completa,


para que sejais perfeitos e íntegros, em nada de-
ficientes.” (Tiago 1.4).

“...para que sejais perfeitos...” Essa é a razão


para perseverarmos em nossa caminhada na
fé. Falando sobre a obra redentora de Cristo,
mais precisamente sobre Seu sangue, o escri-
tor aos Hebreus escreve, no capítulo 13, versos
20 e 21:

“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer


dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o gran-
de Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna
aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para

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cumprirdes a sua vontade, operando em vós
o que é agradável diante dele, por Jesus Cris-
to, a quem seja a glória para todo o sempre.
Amém!”.

Agora veja o que Pedro escreve em sua


primeira carta, capítulo 5, verso 10:

“Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo


vos chamou à sua eterna glória, depois de ter-
des sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de
aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”.

Para você viver a perfeição, querido (a),


sofrerá um pouco, e muitas vezes será muito
o sofrimento. E falar de perfeição é falar de
padrão de excelência, e esse padrão é Jesus
e tudo que está escrito na Palavra. E seguir
a Jesus e as Escrituras tem a ver com a sua
integridade, a sua verdade, a sua pureza, o
seu zelo. Quantas vezes, por causa do seu
testemunho, você pode até perder seu
emprego! Quantas vezes você pode sofrer

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as pressões, as mais terríveis. Mas você não
está só, querido (a). Em Sua despedida dos
discípulos, preste a ser preso e morto, para
depois ressuscitar, Jesus ora ao Pai assim:

“Eu lhes tenho transmitido a glória que


me tens dado, para que sejam um, como
nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de
que sejam aperfeiçoados na unidade, para
que o mundo conheça que tu me enviaste e
os amaste, como também amaste a mim”.
(João 17. 22, 23).

Jesus fala aqui de unidade, e essa foi


a Sua oração. Pois a unidade gera algo: o
aperfeiçoamento. E essa unidade para o
aperfeiçoamento só acontece no contexto
do Corpo, da Comunidade, ou seja, na igre-
ja, quando crescemos na fé, na oração, na
Palavra.
Queremos ver você um crente válido,
um membro válido. Verso 24 de João 17:

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“Pai, a minha vontade é que onde eu es-
tou, estejam também comigo os que me des-
te, para que vejam a minha glória que me
conferiste, porque me amaste antes da fun-
dação do mundo.”

41
42
CONCLUSÃO

Falar de perfeição é falar de excelência, ma-


turidade, de santidade. E para nós, cristãos, fi-
lhos de Deus, só há excelência, maturidade e
santidade em Cristo. Fora dele, é mero esforço,
boas obras, religiosidade, nada que perdure.
Essa é uma obra de dentro para fora, do Espíri-
to Santo em nosso interior.
Mas, claro, há também, a nossa parte, pois a
perfeição é questão de escolha.
Expresse essa verdade, você é um membro
do Corpo, você faz parte do Corpo de Cristo.
Que você jamais esqueça da sua identidade

43
em Cristo. Que a cada dia, quando você olhar
no espelho, não veja apenas do lado de fora,
mas que as pessoas possam olhar e dizer: “Você
é tão diferente!”.
Quando o evangelho chegou em Antioquia,
ninguém sabia, e todos diziam sobre os cren-
tes: “Esse é o pessoal do caminho, é uma nova re-
ligião chamada do caminho”. E foi em Antioquia
que pela primeira vez eles foram chamados de
cristãos. E a palavra “cristão” significa “parecido
com Cristo”. É o que tem a vida de Cristo, tem a
natureza de Cristo. Lá eles deixaram de ser cha-
mados de gente “do caminho”, e passaram a ser
conhecidos como cristãos porque viviam esta
realidade, de perfeição em Cristo, que também
fala de testemunho de vida.

“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é


o vosso Pai celeste”.

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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