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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL

DE XX

Processo n° ….

MATEUS, já qualificado no processo crime em epígrafe, vem por seu


ADVOGADO que esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 396 e 396-
A, ambos do Código de Processo Penal, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

em razão dos fatos e fundamentos narrados a seguir:

I - DOS FATOS

Trata-se o caso de ação penal oferecida pelo Ministério Público em face


do réu pela prática do crime previsto no art. 217-A c/c art. 234-A, todos do Código
Penal.

Alega o Ministério Público que o réu praticou os referidos crimes contra


Maísa, de 19 anos, conjunção carnal que resultou na gravidez da mesma. Ainda na
acusação, o Ministério Público alega que a suposta vítima seria incapaz por tratar-
se de pessoa doente mental.

Narra o Ministério Público que o Réu, no mês de agosto de 2016, em dia não
determinado, dirigiu-se à casa da vítima para assistir, pela televisão a uma partida
de futebol. Nesse intento, aproveitando na situação momentânea, realizou
conjunção carnal com a vítima, alegando o Ministério Público que a referida
conjunção ali praticada se dera sem o devido consentimento da vítima, embora não
empregado violência. Diz o Ministério Público que a vítima é incapaz, portanto, não
teria condições de discernir, muito menos de consentir tal prática.

No entanto, sabe-se claramente que a vítima apontada pelo Ministério Público não
padece de incapacidade, muito pelo contrário. Certo é que a mesma já mantinha
relações amorosas com o réu há algum tempo, sendo fato conhecido por diversas
pessoas, quais sejam, a avó materna do réu, Olinda e sua mãe, Aida, que residem
com e réu e sabiam do relacionamento e da capacidade da vítima.
Ademais, cabe ressaltar que suposta vítima não tem o interesse no prosseguimento
da ação penal em epígrafe, tendo, inclusive, manifestado tal desejo, no entanto,
mesmo assim, o promotor, por conta própria deu prosseguimento ao feito.

Em final, sabe que a vítima não apresenta nenhum tipo de incapacidade mental,
total nem relativa, não sendo plausível nem sustentável apontar-lhe como portadora
de tal enfermidade. Sabe que a vítima é perfeitamente sã, podendo, inclusive, ser
averiguado em depoimento pelo próprio juízo.

II - DOS DIREITO

2.1 – Preliminar

Sabe-se que em determinados crimes, para a propositura da ação penal em face do


réu faz-se necessário o preenchimento de certos requisitos. No caso em comento,
trata-se de crime de ação penal condicionada à representação, de modo que, para
que haja a ação plenamente válida faz-se necessário, obrigatoriamente que o
ofendido deve representar.

Erra o Ministério Público ao apontar o crime como o previsto no art. 217-A do CP,
tendo em vista que a suposta vítima não é pessoa incapaz, portanto, não sendo
cabível a aplicação do referido tipo penal.

Ademais, mesmo se entendêssemos que trata-se apenas de caso de estupor, faz-se


necessário a representação da vítima, o que não houve, agindo o Ministério Público
por conta própria, em desacordo com as normas processuais vigentes.

Diante do exposto, não merece prosperar a acusação do Ministério Público, tendo


em vista que não se trata de crime previsto no art. 217-A do Código Penal ou, caso
seja entendido que há tipo penal distinto previsto no art. 213 caput do Código Penal,
igualmente não merece prosperar tal intento, tendo em vista que não houve
representação da ofendida, sendo este requisito obrigatório, na forma do artigo
564, III, a do Código de Processo Penal.

2.2 - Da Absolvição Sumária

Como é sabidamente descrito pelos doutrinadores, para a averiguação do cabimento


de um tipo penal, deve-se percorrer o iter criminis, devendo o fato imputado ao réu
ser Típico, ilícito e culpável. No caso em comento, levando em consideração o
arguido na preliminar desta peça, o fato de constituir conjunção carnal com parceiro
de relação de modo algum constitui crime, sendo que tal ato não é ilícito, nem típico
e muito menos culpável.

De outro giro, conforme descrito no art. 20 do CP, o erro sobre o elemento


constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo. Levando-se em consideração uma
razoável interpretação do texto legal nos leva diretamente à não existência de crime
na conduta do agente, tendo em vista que a ação praticada não constitui crime.
IV - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer-se:

a) a nulidade do processo movido face do réu, ante a ausência de suporte mínimo


probatório, na forma do art. 564, III b e por falta de representação da ofendida,
na forma do art. 564, III, a, todos do CPP;

b) a absolvição sumária do réu, na forma do art. 397, III do CPP;

c) intimação as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na


audiência de instrução e julgamento;

Nestes termos, pede deferimento.

Local/data
Nome
OAB/UF

Rol de Testemunhas
a) Olinda
(qualificação)
b) Aida
classificação

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